PROPOSTA DE NÍVEIS DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL PARA O EXERCÍCIO DA ARQUEOLOGIA

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1 PROPOSTA DE NÍVEIS DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL PARA O EXERCÍCIO DA ARQUEOLOGIA Luís Cláudio Symanski (CEPA - Universidade Federal do Paraná) Christiane Lopes Machado (Rheambiente) Roberto Stanchi (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) Lucas Reis Bueno (IB - Universidade de São Paulo) Sibeli Vianna (IGPA - Pontifícia Universidade Católica de Goiás) Eduardo Góes Neves (MAE Universidade de São Paulo)

2 Este texto foi elaborado por uma comissão mista formada por membros da Diretoria da Sociedade de Arqueologia Brasileira e por colegas arqueólogos atuantes na área empresarial e no IPHAN. Tratase de uma proposta que encaminhamos à comunidade arqueológica, ao Poder Executivo e ao Poder Judiciário e que, esperamos, receba contribuições para que seja aprimorada. Seu objetivo final é contribuir para a organização da prática atual da arqueologia no Brasil. A enorme expansão dos cursos de graduação e de pósgraduação em arqueologia na última década começará, em breve, a mudar o perfil dos arqueólogos profissionais no mercado de trabalho. Considerando a atual conjuntura, o projeto de reconhecimento da profissão (Projeto de Lei 912), elaborado em meados da década de 1980, o qual foi recentemente arquivado e posteriormente desarquivado, encontra-se defasado, dado que foi pensado para um período no qual a prática arqueológica no Brasil era predominantemente acadêmica e o mercado de trabalho escasso. Este projeto reconhece como arqueólogos aqueles: I - diplomados em bacharelado em Arqueologia, por escolas oficiais ou reconhecidas pelo Ministério da Educação; II - diplomados em Arqueologia por escolas estrangeiras reconhecidas pelas leis do país de origem, cujos títulos tenham sido revalidados no Brasil, na forma da legislação pertinente; III - pós-graduados por escolas ou cursos devidamente reconhecidos pelo Ministério da Educação, com área de concentração em Arqueologia, com monografia de mestrado ou tese de doutorado versando sobre Arqueologia, e com pelo menos 2 (dois) anos 1

3 consecutivos de atividades científicas próprias no campo profissional da Arqueologia, devidamente comprovados; IV - diplomados em outros cursos de nível superior que, na data de assinatura desta Lei, com pelo menos 5 (cinco) anos consecutivos ou 10 (dez) anos intercalados no exercício de atividades científicas próprias no campo profissional da Arqueologia; V - os que, na data de assinatura desta Lei, tenham concluído cursos de especialização em arqueologia reconhecidos pelo Ministério da Educação, que contem com pelo menos 3 (três) anos consecutivos de atividades científicas próprias do campo profissional da Arqueologia, devidamente comprovadas. Os critérios para estabelecer quem era arqueólogo, neste projeto, faziam sentido na conjuntura da década de 1980, em que a prática profissional da arqueologia no Brasil ainda era relativamente recente, e o escasso mercado de trabalho era predominantemente ocupado pela primeira geração de arqueólogos profissionais, que tiveram suas formações básicas em outras áreas do conhecimento. Apesar da existência de um curso de graduação em arqueologia desde o início da década de 1970, na Universidade Estácio de Sá, o processo de formação da enorme maioria dos arqueólogos consistia na graduação em disciplinas como história e geologia, aliada à experiência prática em instituições de pesquisa arqueológica. Esta formação era consolidada na pós-graduação, com o arqueólogo sendo reconhecido como profissional somente após ter defendido uma dissertação de mestrado versando sobre arqueologia. 2

4 Deve ser considerado que, naquela época, a prática da arqueologia de contrato era apenas incipiente. Deste modo, o profissional em arqueologia era aquele indivíduo que trabalhava em instituições de pesquisa públicas e privadas, sendo a grande maioria dependente de bolsas de pesquisa. A partir da década de 1990 essa situação mudou, com a expansão da arqueologia de contrato. Naquela década este então novo mercado incorporou, sobretudo, uma geração de acadêmicos que não havia conseguido espaço no mercado de trabalho tradicional. Eram pessoas no geral bem qualificadas e com trajetórias vinculadas à pesquisa acadêmica. Na primeira década do século XXI, porém, os profissionais bem qualificados tornaram-se relativamente escassos frente à enorme expansão da arqueologia de contrato. Graduados de áreas afins, muitas vezes sem uma formação básica adequada, começaram a ser cada vez mais incorporados por esse mercado. Devido ao não reconhecimento da profissão, muitos desses indivíduos insuficientemente qualificados, ou mesmo sem nenhuma qualificação, têm aberto, após poucos anos de experiência somente com arqueologia de contrato, empresas de arqueologia de contrato, assumindo trabalhos que estão muito além do seu nível de qualificação. Assiste-se, também, a uma proliferação dos cursos de especialização em arqueologia, o que, dados os termos do projeto de lei, permite aos portadores desses títulos exercer indiscriminadamente funções e trabalhos que estão além de seu nível de qualificação. Por outro lado, a crescente demanda impulsionou a criação de cursos de graduação em arqueologia, o que é altamente benéfico para o desenvolvimento da disciplina no país. O principal problema, contudo, é o de garantir uma posição legítima como arqueólogos para 3

5 os egressos desses cursos. Afinal, qual é a vantagem de um estudante gastar quatro anos em um curso de graduação para formar-se em arqueologia se ele vai ter que competir no mercado de trabalho com egressos de história, geologia, geografia, ciências sociais etc., que fizeram cursos de especialização em arqueologia, dado que, no fim das contas, um título é tão válido para o exercício da profissão quanto o outro? Um problema relacionado é o dos egressos de outras áreas que defenderam dissertações e teses com uma temática arqueológica, porém em cursos de pós-graduação em outras áreas, como história, geografia, antropologia, geologia etc. Embora esta fosse uma alternativa viável no século passado, torna-se cada vez mais inadequada frente à crescente expansão dos cursos de pós-graduação em arqueologia e com concentração em arqueologia no Brasil. Até que ponto esses acadêmicos tiveram uma formação teórico-metodológica sólida em cursos que não contemplam arqueologia em sua grade curricular? Dados esses problemas, é imperativo o estabelecimento de critérios objetivos para o exercício da profissão de arqueólogo que levem em consideração a atual conjuntura da prática arqueológica em nosso país. Esses critérios devem ser pautados no nível de formaçãoqualificação do profissional, visando estabelecer quais os tipos de função este profissional está qualificado a exercer. Os exemplos dos Estados Unidos e da Inglaterra Nos Estados Unidos, o Guia de Padrões e Orientações da Secretaria do Interior (Secretary of the Interior s Standards and Guidelines) estabelece como qualificação profissional mínima em arqueologia a 4

6 titulação de mestre (a graduate degree) em arqueologia, antropologia 1, ou em um campo estreitamente relacionado e: 1. Pelo menos um ano de experiência profissional em regime de dedicação exclusiva ou em treinamento especializado em pesquisa, administração ou gerenciamento arqueológico; 2. Pelo menos quatro meses de campo supervisionado e experiência analítica em arqueologia geral norte-americana, e 3. Habilidade comprovada na execução de pesquisa completa. Verifica-se, de acordo com tais critérios, que mesmo os bacharéis com concentração em arqueologia não são ainda considerados profissionais, mas técnicos. Além dessas qualificações mínimas, ainda é feita uma diferenciação entre arqueólogos históricos e préhistoriadores. Um profissional em arqueologia pré-histórica deve ter pelo menos um ano de experiência profissional exclusiva como supervisor no estudo dos recursos arqueológicos do período préhistórico. Um profissional em arqueologia histórica deve ter pelo menos um ano de experiência profissional exclusiva como supervisor no estudo dos recursos arqueológicos do período histórico. Na Inglaterra, como nos Estados Unidos, a qualificação mínima para trabalhar em arqueologia consiste no título de Bacharelado em Artes (BA) ou Bacharelado em Ciências (BS) com concentração em arqueologia ou antropologia e a experiência mínima de uma estação de campo em arqueologia. Com esta qualificação o indivíduo está apto a trabalhar como técnico de campo ou de laboratório. O próximo degrau nesta hierarquia é o de supervisor de campo. Esta posição 1 Cabe ser destacado que nos Estados Unidos a arqueologia tradicionalmente é considerada como um dos quatro campos da antropologia, sendo os outros três antropologia cultural, antropologia física e lingüística. Assim, a grande maioria das pós-graduações em arqueologia está inserida em programas de antropologia. 5

7 exige uma titulação mínima de mestrado em arqueologia ou antropologia. Esta titulação é suficiente para coordenar equipes de campo, mas não para tornar-se o site director (coordenador de projetos). A coordenação geral de projetos de campo é somente permitida a aqueles com titulação de doutorado em arqueologia. O contexto brasileiro No atual contexto brasileiro aqueles que atualmente trabalham com arqueologia podem ser classificados em, pelo menos, dezessete níveis de qualificação: 1- Formados em outras áreas, sem cursos de especialização em arqueologia, atuando em trabalhos de campo ou laboratório, 2- Formados em outras áreas, com curso de especialização em arqueologia, 3- Formados em áreas afins, tendo cursado disciplinas de arqueologia durante a graduação e atuado como estagiários em projetos envolvendo campo e laboratório, 4- Idem acima, adicionando curso de especialização em arqueologia, 5- Formados em outras áreas, com dissertação de mestrado sobre arqueologia, em cursos de pós-graduação em áreas afins, 6

8 6- Formados em outras áreas, com dissertação de mestrado em cursos de pós-graduação com concentração em arqueologia, 7- Formados em outras áreas, com dissertação de mestrado em cursos de pós-graduação em arqueologia, 8- Formados em outras áreas, com tese de doutorado sobre arqueologia em cursos de pós-graduação em áreas afins, 9- Formados em outras áreas, com tese de doutorado em cursos de pós-graduação com concentração em arqueologia, 10- Formados em outras áreas, com tese de doutorado em cursos de pós-graduação em arqueologia, 11- Formados em arqueologia, sem cursos de especialização ou pós-graduação, 12- Formados em arqueologia, com curso de especialização ou pós-graduação, 13- Formados em arqueologia, com mestrado em cursos de pósgraduação em áreas afins, 14- Formados em arqueologia, com dissertação de mestrado sobre arqueologia, em cursos de pós-graduação em áreas afins, 15- Formados em arqueologia, com dissertação de mestrado em cursos de pós-graduação em arqueologia, 7

9 16- Formados em arqueologia, com tese de doutorado sobre arqueologia, em cursos de pós-graduação em áreas afins, 17- Formados em arqueologia, com tese de doutorado em cursos de pós-graduação em arqueologia. Apresenta-se a seguir quadro com as categorias identificadas, remetendo a classificação anteriormente exposta: Formação Graduação em Arqueologia Graduação em Outra Área Sem especialização ou pós em 11 1 Arqueologia Especialização em Arqueologia 12 2, 4 Estágios e Discplinas na Graduação 3 Mestrado em Área Afim 13 5 Mestrado em Arqueologia 15 7 Mestrado com concentração em 14 6 Arqueologia Doutorado em Arqueologia Doutorado em Área Afim 16 8 Doutorado com concentração em 9 Arqueologia Considerando esses diferentes níveis de formação, é necessário determinar as funções que esses profissionais estão ou não aptos a exercer. Em primeiro lugar, colocam-se as seguintes questões: Dada a expansão dos cursos de graduação e de pós-graduação em arqueologia o reconhecimento como arqueólogos daqueles somente com experiência prática na área deve ser mantido? 8

10 Até que nível podem atuar aqueles que são portadores apenas de títulos de especialização? Devem ainda ser reconhecidos como arqueólogos aqueles formados em outras áreas e com cursos de pós-graduação também em outras áreas, mesmo que as dissertações ou teses versem sobre arqueologia? E, por fim, uma discussão que deve ser posta no centro da pauta, diz respeito ao que a titulação de bacharel em arqueologia adiciona aos seus portadores em relação a aqueles formados em outras áreas e a aqueles com título de especialização? Considerando esses problemas fazemos, abaixo, uma proposta de especificar as funções que arqueólogos com diferentes graus de qualificação podem exercer, considerando quatro categorias hierárquicas: I. Auxiliar de Pesquisa: Ao auxiliar de pesquisa é vetado qualquer tipo de coordenação, assinatura de projetos ou de laudos, podendo trabalhar somente sob a supervisão direta de um arqueólogo júnior, sênior ou pleno. Nesta categoria, o tempo de experiência não consistirá em uma variável relevante. A única forma do auxiliar de pesquisa ascender na hierarquia será cursando uma graduação ou pós-graduação específica em arqueologia. 9

11 São considerados como auxiliares de pesquisa aqueles enquadrados nas seguintes categorias: 1- Portadores de título de graduação em outras áreas do conhecimento; 2- Portadores de título de graduação em outras áreas do conhecimento, com curso de especialização em arqueologia; 3- Portadores de título de curso técnico de graduação em arqueologia. 4- Portadores de título de graduação em outras áreas do conhecimento, com titulação de mestrado ou doutorado também em outras áreas do conhecimento, mesmo que versando sobre arqueologia. II. Arqueólogo Júnior: Aos arqueólogos enquadrados na categoria júnior é permitida a coordenação de trabalhos de campo e de laboratório sob a supervisão de um arqueólogo sênior ou pleno. É vetada a assinatura de projetos ou laudos. Nesta categoria, o tempo de experiência não consistirá em uma variável relevante. A única forma do arqueólogo júnior ascender na hierarquia será, no caso daqueles com graduação em áreas afins, cursando um mestrado específico em arqueologia ou com área de concentração em arqueologia. Aqueles com bacharelado em arqueologia poderão ter a opção de cursar mestrado em áreas afins com dissertação versando sobre arqueologia. São considerados como arqueólogos-júniores aqueles enquadrados nas seguintes categorias: 10

12 1- Portadores de título de bacharelado em arqueologia por escolas oficiais ou reconhecidas pelo Ministério da Educação ou por escolas estrangeiras reconhecidas pelas leis do país de origem, cujos títulos tenham sido revalidados no Brasil, na forma da legislação pertinente; 2- Portadores de título de graduação em outras áreas do conhecimento, com titulação de mestrado (acadêmico ou profissional) em arqueologia ou com concentração em arqueologia, por escolas oficiais ou reconhecidas pelo Ministério da Educação ou por escolas estrangeiras reconhecidas pelas leis do país de origem, cujos títulos tenham sido revalidados no Brasil, na forma da legislação pertinente. 3- Portadores de título de graduação em outras áreas do conhecimento, com titulação de mestrado ou doutorado também em outras áreas do conhecimento, mesmo que versando sobre arqueologia, com experiência contínua do exercício da profissão em arqueologia superior a 5 anos. III. Arqueólogo Pleno: Aos arqueólogos enquadrados na categoria pleno é permitida a coordenação de trabalhos de campo e de laboratório bem como a assinatura de projetos ou laudos. Nesta categoria, o tempo de experiência consistirá em uma variável relevante. São considerados como arqueólogosplenos aqueles enquadrados nas seguintes categorias: 1. Portadores de título de bacharelado em arqueologia por escolas oficiais ou reconhecidas pelo Ministério da Educação ou por escolas 11

13 estrangeiras reconhecidas pelas leis do país de origem, cujos títulos tenham sido revalidados no Brasil, na forma da legislação pertinente, com titulação de mestrado em arqueologia, ou com área de concentração em arqueologia, ou em áreas afins com dissertação versando sobre arqueologia, e com mais de cinco anos de exercício contínuo da profissão em arqueologia após a obtenção deste último título; 2. Portadores de título de graduação em outras áreas do conhecimento, com titulação de mestrado (acadêmico ou profissionalizante) em arqueologia ou com área de concentração em arqueologia, por escolas oficiais ou reconhecidas pelo Ministério da Educação ou por escolas estrangeiras reconhecidas pelas leis do país de origem, cujos títulos tenham sido revalidados no Brasil, na forma da legislação pertinente, e com mais de cinco anos de exercício contínuo da profissão em arqueologia após a obtenção deste último título; 3. Portadores de título de graduação em outras áreas do conhecimento, com titulação de doutorado em arqueologia ou com área de concentração em arqueologia, por escolas oficiais ou reconhecidas pelo Ministério da Educação ou por escolas estrangeiras reconhecidas pelas leis do país de origem, cujos títulos tenham sido revalidados no Brasil, na forma da legislação pertinente, com até cinco anos de exercício contínuo da profissão em arqueologia 4. Portadores de título de bacharelado em arqueologia por escolas oficiais ou reconhecidas pelo Ministério da Educação ou por escolas estrangeiras reconhecidas pelas leis do país de origem, cujos títulos 12

14 tenham sido revalidados no Brasil, na forma da legislação pertinente, com titulação de doutorado em arqueologia, ou com área de concentração em arqueologia, ou em áreas afins com tese versando sobre arqueologia, e com até cinco anos de exercício contínuo da profissão em arqueologia após a obtenção deste último título. IV. Arqueólogo Sênior: Aos arqueólogos enquadrados na categoria sênior é permitida a coordenação de trabalhos de campo e de laboratório bem como a assinatura de projetos ou laudos. São considerados como arqueólogos-sêniores aqueles enquadrados nas seguintes categorias: 1. Portadores de título de graduação em outras áreas do conhecimento, com titulação de mestrado em arqueologia ou com área de concentração em arqueologia, por escolas oficiais ou reconhecidas pelo Ministério da Educação ou por escolas estrangeiras reconhecidas pelas leis do país de origem, cujos títulos tenham sido revalidados no Brasil, na forma da legislação pertinente, e com mais de dez anos de exercício contínuo da profissão em arqueologia após a obtenção deste último título; 2. Portadores de títulos de graduação em outras áreas do conhecimento, com titulação de doutorado em arqueologia, por escolas oficiais ou reconhecidas pelo Ministério da Educação ou por escolas estrangeiras reconhecidas pelas leis do país de origem, cujos títulos tenham sido revalidados no Brasil, na forma da legislação pertinente, e com mais de cinco anos de exercício contínuo da profissão em arqueologia após a obtenção do referido título. 13

15 3. Portadores de título de bacharelado em arqueologia por escolas oficiais ou reconhecidas pelo Ministério da Educação ou por escolas estrangeiras reconhecidas pelas leis do país de origem, cujos títulos tenham sido revalidados no Brasil, na forma da legislação pertinente, com titulação de mestrado em arqueologia, ou com área de concentração em arqueologia, ou em áreas afins com dissertação versando sobre arqueologia, e com mais de dez anos de exercício contínuo da profissão em arqueologia após a obtenção deste último título; 4. Portadores de título de bacharelado em arqueologia por escolas oficiais ou reconhecidas pelo Ministério da Educação ou por escolas estrangeiras reconhecidas pelas leis do país de origem, cujos títulos tenham sido revalidados no Brasil, na forma da legislação pertinente, com titulação de doutorado em arqueologia, ou com área de concentração em arqueologia, ou em áreas afins com tese versando sobre arqueologia, e com mais de cinco anos de exercício contínuo da profissão após a obtenção deste último título. Os critérios acima estabelecidos terão validade a partir do ano de Aqueles profissionais já atuando na área validados pelo antigo projeto de lei serão considerados como arqueólogos legítimos se cumpriram os critérios daquele projeto até o final do mês de março de , acrescidos do seguinte tempo de experiência: 2 Considerando a data da apresentação da presente proposta para a comunidade de arqueólogos, em reunião no Ministério Público Federal de São Paulo, em 05/04/

16 - Arqueólogo Sênior: profissional graduado ou não em arqueologia, no Brasil ou exterior, com ao menos 15 anos de experiência contínua em pesquisa arqueológica. - Arqueólogo Pleno: profissional graduado ou não em arqueologia, no Brasil ou exterior, com ao menos 10 anos de experiência contínua em pesquisa arqueológica. 15