LTSP - Documentação para instalação sobre plataforma LibertasBR

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1 LTSP - Documentação para instalação sobre plataforma LibertasBR Projeto LibertasBR 15 de junho de 2005 Introdução O LTSP (Linux Terminal Server Project) é um conjunto de ferramentas (scripts em sua maioria) que se propõe a tornar possível o aproveitamento de estações de trabalho e de recursos escassos, através dos processos de iniciação e sessão X remotos. 1 Iniciando a instalação Primeiramente, realize a instalação de um sistema básico LibertasBR, como descrito no manual de instalação LibertasBR, disponível em Esta instalação deve incluir, obrigatoriamente, o pacote libertasbr-desktop-base, que por sua vez inclui o ambiente integrado KDE e o gerenciador gráfico de sessão do KDE, o KDM. Após realizada a instalação completa do sistema, incluindo a configuração do ambiente gráfico X, obtenha, a partir da seção de downloads em o arquivo ltsp-utils-0.10.tgz, ou outra versão mais recente do arquivo, para a qual este documento também deverá valer (entretanto, nenhuma garantia disto é dada). 2 Outros programas necessários Para a execução dos scripts de instalação e configuração do LTSP, é necessária a instalação de um pacote de extensão da linguagem interpretada Perl (na qual são escritos os scripts LTSP) para acesso a recursos de rede WWW, chamado libwww-perl - que não é incluído na distribuição LibertasBR base. O pacote deve ser instalado antes da execução dos scripts, através do comando: aptitude install libwww-perl 1

2 Também é necessária a instalação dos pacotes dos serviços nos quais se baseia o sistema de iniciação remota, no qual o LTSP, por sua vez, se baseia. Os pacotes necessários e os respectivos comandos para realizar a instalação dos mesmos são os seguintes (você precisará ter privilégios de usuário root para executá-los): ˆ Dynamic Host Configuration Protocol: dhcp3-server aptitude install dhcp3-server ˆ Trivial File Transfer Protocol: atftpd aptitude install atftpd ˆ Network File System: nfs-common e nfs-kernel-server aptitude install nfs-common aptitude install nfs-kernel-server Como a configuração de tais serviços será realizada pelos scripts de configuração do LTSP, não é necessária uma configuração especial no momento de instalação. Por isso, basta pressionar ENTER em todas as perguntas feitas no momento da instalação, utilizando desta forma todas as configurações padrão dos aplicativos. 3 Prosseguindo com a instalação Após a descarga (download) do arquivo ltsp-utils-0.10.tgz, descompacte-o com o comando: tar -xzf ltsp-utils-0.10.tgz Será criado então um diretório no diretório atual, com o nome ltsp-utils. Acesse-o através do seguinte comando: cd ltsp-utils Agora deverá ser executado o script de instalação dos outros scripts LTSP. Ele está no diretório criado e pode ser executado através do comando:./install.sh Após confirmada a instalação dos outros scripts LTSP, execute o seguinte comando: ltspadmin Ele exibirá um menu através do qual a instalação prosseguirá. Acesse o item Install/Update LTSP packages no menu e aguarde até que o instalador tenha terminado de obter a lista de pacotes disponíveis no servidor. No menu seguinte, escolha os pacotes a serem instalados - no nosso caso, escolheremos todos. Pressione a tecla <A> para selecionar todos os pacotes e <Q> para iniciar a instalação. Aguarde enquanto os pacotes são descarregados do servidor e instalados. A seção seguinte descreve os procedimentos necessários para configurar o sistema, que é próximo passo a ser seguido. 2

3 4 Configurando o sistema Ainda no menu principal do script ltspadmin, acesse o item Configure LTSP, aguarde a confirmação de instalação de todas as dependências do sistema e, na tela seguinte, pressione <C> para acessar o modo de configuração manual do sistema (Configure the services manually). A priori, acesse apenas a opção de configuração do seviço de DHCP, (3 - DHCP configuration), pois a partir da configuração do mesmo, o sistema LTSP gerará a configuração das outras partes do sistema. Na tela seguinte, pressione <Y> e <Enter> para criar o arquivo de exemplo de configuração do DHCP. Este arquivo será chamado dhcpd.conf.sample e será criado em /etc/dhcp3. Saia do menu ltspadmin com a seqüência de teclas <Q>, <Enter>, <Q>, e abra o arquivo /etc/dhcp3/dhcpd.conf em um editor de textos de sua preferência (o Vim, por exemplo :-) ). Você deverá modificar este arquivo de acordo com suas opções e configurações de rede. Segue uma explicação básica sobre os principais campos a serem modificados: ˆ option subnet-mask A máscara de sub-rede de sua rede. Normalmente para pequenas redes é utilizada a máscara sugerida: ˆ option routers O endereço do caminho padrão (default gateway), através do qual as estações clientes acessarão outras redes (inclusive a Internet). ˆ option domain-name-servers Servidores de nomes de domínio, ou DNS servers. ˆ optin domain-name O nome do domínio da rede. Para redes locais LibertasBR, usamos por padrão libertasbr.lan. ˆ subnet xxx.xxx.xxx.xxx O endereço da sua rede. Já deve estar corretamente configurado, pois foi obtido com base no endereço IP da máquina, assim como outros valores sugeridos no arquivo exemplo. ˆ host ws001{...} Esta seção, incluída no exemplo como um comentário, deve ser copiada e os itens correspondentes a cada cópia alterados para as configurações individuais de cada máquina, incluindo o nome da mesma (ws001 no exemplo acima), que deverá ser único para cada estação. Além do nome, deve ser fornecido o endereço MAC de cada estação (item hardware ethernet), o endereço IP da mesma (item fixed-address), e a imagem do kernel a ser utilizada pela estação (item filename). No caso da imagem do kernel, há uma inexplicável incoerência entre o nome da imagem fornecida ( /tftpboot/lts/vmlinuz ltsp-2 ) e o nome incluído no arquivo de exemplo ( /tftpboot/lts/vmlinuz ltsp-1 ). Neste caso, todas as entradas host devem ser modificadas para se referirem ao endereço da imagem fornecida ( com o número 2 no final). Ao copiar/colar o exemplo de entrada do arquivo, não se esqueça de remover os caracteres indicadores de comentário ( - sustenido), presentes no início de cada linha das entradas válidas. 3

4 Pode-se também optar por não utilizar configurações fixas para cada estação, e sim especificar um intervalo de endereços IPs válidos, mas esta opção não é abordada nesta versão deste documento. O arquivo exemplo é bem comentado (em inglês) e quaisquer modificações diferentes das propostas neste documento não deverão ser um grande desafio. Segue um exemplo de arquivo válido: Sample configuration file for ISC dhcpd Make changes to this file and copy it to /etc/dhcp3/dhcpd.conf.sample ddns-update-style none; default-lease-time 21600; max-lease-time 21600; option subnet-mask ; option broadcast-address ; option routers ; option domain-name-servers ; option domain-name "libertasbr.lan"; <--Fix this domain name option root-path " :/opt/ltsp/i386"; option option-128 code 128 = string; option option-129 code 129 = text; subnet netmask { use-host-decl-names on; option log-servers ; host cliente-icex-1 { hardware ethernet 00:C0:DF:03:1F:67; fixed-address ; filename "/tftpboot/lts/vmlinuz ltsp-2"; } host cliente-icex-2 { hardware ethernet 00:C0:DF:03:1F:66; fixed-address ; filename "/tftpboot/lts/vmlinuz ltsp-2"; } 4

5 If you want to use static IP address for your workstations, then un-comment the following section and modify to suit your network. Then, duplicate this section for each workstation that needs a static IP address. host ws001 { <----- Fix this hostname hardware ethernet 00:11:22:33:44:55; <-- Fix this MAC addr fixed-address ; <-- Fix this IP addr filename "/tftpboot/lts/vmlinuz ltsp-1"; } If you want to use a dynamic pool of addresses, then un-comment the following lines and modify to match your network. subnet netmask { range dynamic-bootp ; } } If you need to pass parameters on the kernel command line, you can do it with option-129. In order for Etherboot to look at option-129, you MUST have option-128 set to a specific value. The value is a special Etherboot signature of e4:45:74:68:00:00. Add these two lines to the host entry that needs kernel parameters option option-128 e4:45:74:68:00:00; NOT a mac address option option-129 "NIC=ne IO=0x300"; Salve o arquivo modificado como /etc/dhcp3/dhcpd.conf e execute o menu de configuração LTSP novamente com o comando ltspadmin. Acesse, como feito em passos anteriores, a opção de configuração manual (Configure LTSP Configure the services manually). Acesse então as opções de criação dos arquivos de configuração: ˆ 8 - Create /etc/hosts entries; ˆ 9 - Create /etc/hosts.allow entries; 5

6 ˆ 10 - Create /etc/exports entries; ˆ 11 - Create lts.conf file. Em cada uma das seções acima, quando perguntado se deseja prosseguir com a alteração do arquivo, pressione <Y> e <Enter> para confirmar. A seguir, saia novamente do sistema de menus e, no terminal, execute os seguintes comandos: /etc/init.d/dhcp3-server restart exportfs -ra Retorne novamente ao sistema de menus (ltspadmin) e, novamente no menu de configuração manual (Configure LTSP Configure the services manually) acesse os seguintes itens para confirmar a correta execução dos serviços: ˆ 3 - DHCP configuration ˆ 4 - TFTP configuration ˆ 5 - Portmapper configuration ˆ 6 - NFS configuration ˆ 7 - XDMCP configuration Em cada uma das seções acima, verifique se o serviço correspondente está corretamente configurado e está em execução. Normalmente é exibida uma mensagem da seguinte forma: dhcpd is already enabled and running! No caso do serviço DHCP, não é necessário aceitar a geração de um novo arquivo de configuração (dhcpd.conf ). Se ocorrer algum erro com algum dos serviços neste ponto, verifique os passos anteriores deste HOW-TO ou características e configurações específicas necessárias ao seu sistema não abordadas neste documento. 5 Configurações do XDMCP Por uma questão de segurança, algumas configurações padrão do sistema XDMCP (que permite iniciar seções gráficas remotas) na distribuição LibertasBR estão especificadas de forma a não permitir conexões remotas. Entretanto o princípio básico do LTSP é exatamente a conexão remota a seções gráficas no servidor. Para alterar estas configurações, é necessário fazer pequenas alterações nos arquivos: /etc/kde3/kdm/kdmrc e /etc/kde3/kdm/xaccess. Essas alterações são descritas abaixo: 6

7 ˆ /etc/kde3/kdm/xaccess Adicione a este arquivo uma linha contendo o nome de cada estação cliente (nomes estes especificados no arquivo dhcpd.conf ), ou então uma única linha com um padrão utilizando curingas (wildcards) que abranja todos os nomes das máquinas clientes. Por exemplo, para uma rede em que todas as estaçoes clientes têm nomes da forma cliente-1, cliente-2,..., cliente-n, pode-se utilizar uma única entrada da forma cliente-* no arquivo Xaccess. ˆ /etc/kde3/kdm/xaccess Por padrão, o suporte ao sistema XDMCP não está habilitado no kdm. Para habilitá-lo, basta alterar no arquivo acima, na seção correspondente ao XDMCP (o início da seção estará indicado por [Xdmcp]) a entrada: Enable=false para o novo valor: Enable=true Após as modificações acima, reinicie o KDM com o comando: /etc/init.d/kdm restart e... pronto! Neste momento o seu servidor LTSP deverá estar funcionando. Outra etapa necessária mas não abordada neste manual é a configuração dos clientes, que inclui a gravação das ROMS das placas de rede ou gravação dos disquetes de iniciação para iniciar o sistema de iniciação remota (Etherboot). Para saber mais detalhes sobre este processo, acesse o endereço 7

8 A Créditos Documento LTSP - Documentação para instalação sobre plataforma LibertasBR Direitos Autorais Reservados (c) Universidade Federal de Minas Gerais Departamento de Ciência da Computação Projeto LibertasBR Rui César Andrade de Pinho - rui@dcc.ufmg.br Esta documentação é livre; você pode redistribuí-la e/ou modificá-la sob os termos da Licença Pública Geral GNU conforme publicada pela Free Software Foundation; tanto na sua versão 2, como qualquer versão posterior (a seu critério). A distribuição desta documentação é feita na expectativa de que ela seja útil, porém, sem nenhuma garantia; nem mesmo a garantia implícita de comerciabilidade ou adequação a uma finalidade específica. Consulte a Licença Pública Geral do GNU para mais detalhes