A demonstração dos fluxos de caixa evidencia a variação ocorridas no saldo das disponibilidades da companhia, em um determinado exercício ou período,
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- Eduardo Gentil Sá
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1 A demonstração dos fluxos de caixa evidencia a variação ocorridas no saldo das disponibilidades da companhia, em um determinado exercício ou período, por meio eo da exposição posção dos fluxos de recebimentos e e pagamentos. São úteis para avaliar a capacidade da entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como suas necessidades de liquidez. CONTAS DO ATIVO 20x1 20x2 Disponibilidades Variação =
2 Apesar do nome, além das modificações ocorridas no saldo da conta Caixa, a DFC deve expor as alterações sofridas pelas demais disponibilidades, inclusive a conta Bancos Conta Movimento e os investimentos de elevada liquidez. Caixa Disponibilidades BCM Equivalentes -Caixa Evidenciar o efeito periódico das transações de caixa, segregadas por atividades operacionais, de investimento e de financiamento. evidenciar separadamente, em notas explicativas que façam referência a DFC, as transações de investimento e financiamento que afetam a posição patrimonial da empresa mas não afetam seus fluxos de caixa do período. Reconciliar o resultado líquido com o caixa líquido gerado ou consumido nas atividades operacionais. 2
3 A DFC, com a Lei /2007, alterando a Lei das S.A. em seu artigo 176, inciso IV, ganhou o status de demonstração contábil obrigatória. Ressalte-se que, segundo o parágrafo 6º do art. 176 da Lei das S.A, com redação da norma supracitada, as Cias Fechadas com patrimônio líquido inferior a R$ ,00 (dois milhões de reais) estarão dispensadas da elaboração da DFC. Apenas estas!!! Toda Cia. Aberta sempre será obrigada a elaborar a DFC! Foi editada a Deliberação CVM 641/2010 que o ed tada a e be ação C 6 / 0 0 que aprova o Pronunciamento CPC 03 arespeitodetema, literatura interessante ao candidato bem preparado. 3
4 Na DFC, o conceito de caixa é ampliado para contemplar, também, os investimentos t classificados como equivalentes-caixa. Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, dealta liquidez, que são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança devalor. Segundo o CPC 03, são aqueles investimentos com prazo de resgate não superior a 90 dias contados da data da aplicação; 4
5 Serem facilmente realizáveis, ou seja, conversíveis em dinheiro; Devemos conhecer com razoável segurança o valor de resgate. Investimentos em fundos de ações, por exemplo, podem ter altíssima liquidez, mas, apresentam risco e não se enquadram nesta definição. Vale notar que os investimentos em equivalentescaixa não são parte da política de investimentos da sociedade,, ou seja, não são efetuados com caráter especulativo, buscando obter lucros anormais, mas, tão somente, obter a remuneração do capital ao longo do tempo, evitando sua desvalorização. Cadernetas de Poupança CDB prefixados RDB prefixados títulos públicos de alta liquidez 5
6 De acordo com a nova redação do artigo 188, inciso I da Lei das S.A (c/ redação dada pela Lei /2007), as alterações de saldo de caixa e equivalentes-caixa deverão ser evidenciadas em, no mínimo, três fluxos: Atenção, pois esta classificação deve levar em consideração a intenção real da transação. Veremos que a aquisição de um imobilizado à vista é tratada, t normalmente, como atividade id d de investimento. Porém se tal aquisição tiver intuito meramente especulativo, evidenciado pela intenção de revenda, esta transação deverá ser tratada como operacional. 6
7 São basicamente derivados das principais atividades geradoras de receita da entidade. Portanto, geralmente, resultam de transações que figuram na demonstração do resultado do exercício. Também outras atividades não enquadráveis como investimento ou financiamento devem ser enquadradas neste tipo de fluxo. Residual Fluxos Positivos Fluxos Negativos Vendas à Vista Compras a Vista Recebimento de Clientes Pgto. de Fornecedores Rcto. de Indenizações por Pgto. Desp. Operacionais Sinistros (salários, impostos, etc.) Rcto. Oriundos de Ações Pgto. Oriundos de Ações Judiciais Judiciais 7
8 Em regra, os fluxos das atividades de investimento estão relacionados à aquisição e venda dos ativos de longo prazo (não circulantes), utilizados na produção de bens e serviços, assim como de investimentos não incluídos como equivalentes caixa. Esse grupo apresenta, também, os desembolsos decorrentes de empréstimos e financiamentos concedidos e os recebimentos correspondentes a esses empréstimos e financiamentos concedidos. Também fazem parte das atividades de investimento os desembolsos na aquisição de títulos e valores de outras sociedades, classificados no circulante ou no permanente, além dos valores pagos na aquisição à vista de bens do imobilizado e intangível. À Vista Fluxos Positivos Fluxos Negativos Venda de Imobilizado Compra de Imobilizado Venda de Investimentos Compra de Investimentos Venda de Intangíveis Compra de Intangíveis Rcto. principal Pgto. empréstimo empréstimo concedido concedido pela empresa Venda título outra empresa Compra título outra empresa Resgate principal Aplicações Investimentos investimentos ( eq-caixa) ( eq.-caixa) 8
9 Decorrem de atividades que resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e no endividamento da entidade que não se classifiquem no fluxo operacional. Sócios Terceiros Fluxos Positivos Fluxos Negativos Integralização (realização) Dividendos pagos pela de capital em dinheiro entidade Pagamento do principal Rcto. empréstimos obtidos dos empréstimos obtidos Rcto. por emissão de Resgate de títulos emitidos títulos pela sociedades pela sociedade Caso Admite-se Classificação Juros Pagos Juros Recebidos Dividendos Recebidos Duplicata Descontada Financiamento Investimento Investimento Financiamento Operacional Operacional Operacional Operacional 9
10 A única diferença entre os dois métodos diz respeito ao fluxo das atividades operacionais, sendo os dois demais fluxos obtidos de maneira idêntica em ambos os métodos. O Pronunciamento CPC 03 admite os dois métodos, porém, exige da empresa que opte pelo método direto que divulgue a conciliação do lucro líquido com o fluxo operacional, típica do método indireto, em notas explicativas. 10
11 No método direto, a DFC é elaborada a partir da movimentação encontrada para as principais classes de recebimentos e pagamentos brutos diretamente no razão das contas que envolvem as disponibilidades. No método direto, a DFC é elaborada a partir da movimentação encontrada para as principais classes de recebimentos e pagamentos brutos diretamente no razão das contas que envolvem as disponibilidades. A soma algébrica dos valores de cada grupamento (operacional, investimento e financiamento) totaliza a variação de caixa no período, que deve ser conciliada com os saldos respectivos de disponibilidades, constantes do balanço patrimonial, entre o início e o fim do período considerado. Saldos (FAO, FAI, FAF) Disponibilidades 11
12 Fluxos das Atividades Operacionais Recebimentos de clientes 1200 Dividendos recebidos 150 Vendas a vista 130 Pagamentos a fornecedores (360) Pagamentos de compras a vista (210) Pagamentos de salários (60) Pagamentos de impostos (220) Pagamentos de indenizações judiciais (40) Total do Fluxo das Atividades Operacionais 590 Fluxos das Atividades de Investimento Rcto. principal de empréstimos concedidos 260 Recebimentos por resgate de aplicações 120 Venda de bens do imobilizado 80 Venda de propriedades p para investimentos 110 Aquisição de títulos de outras sociedades (190) Compra de ações em outras sociedades (90) Compra à vista de bens do imobilizado (50) Desembolsos de financiamentos concedidos (160) Fluxo das Atividades de Investimento 80 Fluxos das Atividades de Financiamento Recebimentos de empréstimos obtidos 130 Integralização de capital em dinheiro 100 Venda debêntures emitidas pela sociedade. 70 Pagamento principal financiamentos obtidos (160) Pagamento dividendos e JSCP (30) Fluxo das Atividades de Financiamento 110 Portanto, a variação das disponibilidades, dada pelo somatório algébrico dos três fluxos seria: = 780 CONTAS DO ATIVO 20x1 20x2 Disponibilidades Variação =
13 No método indireto, também conhecido como método da reconciliação, a DFC é elaborada apartir do resultado, ouseja,dolucroouprejuízolíquidodo exercício. Neste método, o resultado líquido do exercício deverá ser ajustado pelos efeitos: 1. De transações que não envolvem caixa Receitas e despesas que não gerem entradas ou saídas de caixa devem ser ajustados para expurgar seus efeitos. É o caso de depreciação, amortização, exaustão, resultados de equivalência patrimonial, etc. Vendas (...) (...) (-) Depreciação (10.000) (+) Resultado Positivo EP (...) (...) (=) Lucro Líquido do Exercício (+) Depreciação (-) Resultado Positivo EP (25.000) 13
14 2. Itens de Receita ou Despesa associados com Fluxos de Caixa das atividades de Investimento ou de Financiamento. BCM A Máquinas e Equipamentos A Lucro com Imobilizado Venda de Imobilizado a Vista Vendas (...) (...) (-) Depreciação (10.000) (+) Resultado Positivo EP (+) Lucro com Imobilizado (=) Lucro Líquido do Exercício (+) Depreciação (-) Resultado Positivo EP (25.000) (-) Lucro com Imobilizado (=) Lucro Líquido Ajustado (15.000) ( ) 3. Quaisquer diferimentos ou outras apropriações por competência sobre recebimentos ou pagamentos operacionais passados ou futuros 14
15 Determinadas transações são operacionais, mas não transitam pelo resultado, como é o caso do recebimento de um adiantamento de clientes ou o pagamento de um adiantamento a fornecedores. Da mesma forma, determinados valores no resultado podem não ter afetado o disponível. Como saber, por exemplo, o quanto da receita bruta de vendas foi efetivamente recebido ou o quanto das despesas operacionais foi efetivamente pago? Seguros Antecipados BCM D C D C (Si) (1) (1) (Sf) Saldo = Disponível = Seguros Antecipados Despesa c/ Seguros D C D C (Si) (1) (1) (Sf) 0 Saldo = Disponível = Contas Saldo Ajuste FAO Devedoras Operacionais: Clientes Estoques Duplicatas a Receber Despesas Antecipadas Adiant a Fornecedores, etc. Contramão 15
16 Impostos a Pagar Despesa c/ Impostos D C D C 0 (Si) (1) (1) (Sf) Saldo = Disponível = Impostos a Pagar BCM D C D C (1) (Si) (1) 0 (Sf) Saldo = Disponível = Contas Saldo Ajuste FAO Credoras Operacionais: Fornecedores Salários a Pagar Impostos a Recolher Adiantamento de Clientes PDD, etc. Mão Correta Aumento no saldo de Estoques Redução no saldo de Clientes Aumento no saldo de Fornecedores Redução no saldo de Salários a Pagar
17 (=) Lucro Líquido Ajustado ( ) (-) Estoques (10.000) (+) Clientes (+) Fornecedores (-) Salários a Pagar (20.000) (=) FAO ( ) Perceba que o valor apurado para o FAO deveria coincidir com aquele que seria encontrado pelo método direto. Saldo Inicial de Fornecedores Saldo Final de Fornecedores Saldo Inicial de Estoques Saldo Final de Estoques Saldo Inicial de Clientes Saldo Final de Clientes Baixa de Clientes contra PDD Receita Bruta de Vendas CMV
18 Compras Sempre aprazo Fornecedores CMV EI C Líq. EF = C C = Todas a Prazo!! Fornecedores D C (Pgto.)? (SI) (C) (SF) 18
19 Vendas Sempre aprazo Clientes Analisando o funcionamento da conta Clientes, temos que a mesma é debitada sempre que efetuamos uma venda a prazo. Como todas as vendas são a prazo, basta pegar o total das receitas de vendas na DRE. Quanto ao crédito, notamos que a mesma é creditada pelo recebimento de clientes que é, justamente, nossa pergunta. No entanto, ela também é creditada quando uma duplicata é baixada por incobrável contra a conta PDD. PDD Perda c/ Reversão Clientes de PDD Baixa Não Não Não Não Há Sim Não Não SI PDD Sim Sim Não Sim Não Sim SI PDD + Perda c/ Clientes SI PDD Reversão de PDD 19
20 D Clientes (SI) (V) (SF) C (Baixa)? (Rcto) Instruções para resolução das questões de nºs 01 a 06. Em uma operação de verificação dos livros contábeis, realizada na Cia. Luanda, foi possível identificar os seguintes dados: 1) (AFRF / 2003 / ESAF) O valor dos ingressos de caixa gerado pelas vendas no período examinado foi: a) b) c) d) e) CONTAS DO ATIVO 20x1 20x2 Clientes (-) Prov. Créd. de Liq. Duvidosa (300) (800) 20
21 Vendas Provisão Céd Créd. de Liq. Duvidosa D Clientes (SI) (V) (SF) C? (Baixa)? (Rcto) D Clientes C (SI) ? (Baixa) (V) ? (Rcto) (SF) PCLD D C (Baixa)? 300 (SI) 800 (Desp.) 800 (SF) 300 1) (AFRF / 2003 / ESAF) O valor dos ingressos de caixa gerado pelas vendas no período examinado foi: a) b) c) d) e)
22 2) (AFRF / 2003 / ESAF) Examinando os dados, verifica-se que a empresa pagou aos fornecedores o valor de: a) b) c) d) e) CONTAS DO ATIVO 20x1 20x2 Estoques CONTAS DO PASSIVO+PL 20x1 20x2 Fornecedores CMV EI C Líq. EF CMV = C C = Todas a Prazo!! 22
23 Fornecedores D C (Pgto.)? (SI) (C) (SF) 2) (AFRF / 2003 / ESAF) Examinando os dados, verifica-se que a empresa pagou aos fornecedores o valor de: a) b) c) d) e) ) (AFRF / 2003 / ESAF) Com base nos dados identificados, pode-se afirmar que a saída de caixa para o pagamento de despesas foi: a) b) c) d) e) CONTAS DO PASSIVO+PL 20x1 20x2 Contas a Pagar
24 Itens Adicionais 20x1 20x2 Despesas totaist do período Variações Cambiais Passivas (*1) Despesas de Depreciações Provisão Créditos de Liq. Duvidosa (*1) Os financiamentos foram contratados junto ao Banco ABC em x1 pelo prazo de 8 anos, com carência de 3 anos e juros de 5% anuais, pagáveis ao final de cada período contábil. O saldo devedor é corrigido pela variação da moeda x, com pagamento do principal em 5 parcelas anuais após o período de carência. Despesas Totais (-) Depreciação (5.500) (-) Variação Cambial Passiva (6.000) (-) Devedores Duvidosos (800) (=) Valor Parcial Contas a Pagar D C (Desp. X1) (SI) (Desp. X2) (SF) Pagas em X2!! Não Pagas em X2!! 24
25 Despesas X1 Pagas em X Despesas X2 Não Pagas em X2!! (4.000) Contas a Pagar D C (SI) Saldo da Conta = Efeito Final no Pgto. Despesas X2 (3.000) (SF) Efeito no Disponível Despesas Totais (-) Depreciação (5.500) (-) Variação Cambial Passiva (6.000) (-) Devedores Duvidosos (800) (=) Valor Parcial (-) Contas a Pagar (3.000) (=) Pgto de Despesas ) (AFRF / 2003 / ESAF) Com base nos dados identificados, pode-se afirmar que a saída de caixa para o pagamento de despesas foi: a) b) c) d) e)
26 4) (AFRF / 2003 / ESAF) O valor do caixa líquido consumido nas atividades operacionais é: a) (9.300) b) (8.000) c) (3.000) d) e) CONTAS DO PASSIVO+PL 20x1 20x2 Impostos Provisionados Itens Adicionais 20x1 20x2 Provisão p/ Pagamento do IR Impostos Provisionados D C (Desp. X1) (SI) (Desp. X2) (SF) Recebimento Vendas (Q1) Pagamento Fornecedores (Q2) (89.500) Pagamento Desp. Operacionais (Q3) (43.700) Pagamento IR (Q4) (1.0000) Pagos em X2!! Não Pagas em X2!! Total do FAO
27 4) (AFRF / 2003 / ESAF) O valor do caixa líquido consumido nas atividades operacionais é: a) (9.300) b) (8.000) c) (3.000) d) e) ) (AFRF / 2003 / ESAF) Com os dados fornecidos e aplicando o método indireto para elaborar o fluxo de caixa, pode-se afirmar que a contribuição do resultado ajustado para a formação das disponibilidades é: a) b) c) d) e) LLE (Extraído da DMPL) (+) Depreciação (+) Variação Cambial Passiva ) (=) Resultado Ajustado Apenas ajustes 1) e 2) Não há ajustes 2) (=) Resultado Ajustado (+) PDD 500 (-) Clientes (10.500) (-) Estoques (4.500) (+) Contas a Pagar (+) Impostos Provisionados (-) Fornecedores (3.000) (=) FAO ) = Q4 27
28 5) (AFRF / 2003 / ESAF) Com os dados fornecidos e aplicando o método indireto para elaborar o fluxo de caixa, pode-se afirmar que a contribuição do resultado ajustado para a formação das disponibilidades é: a) b) c) d) e) ) (AFRF / 2003 / ESAF) O valor dos itens de Investimentos que contribuíram para a variação das disponibilidades é: a) (5.500) b) (5.000) c) (500) d) e) CONTAS DO ATIVO 20x1 20x2 Equipamentos Aquisição i de Aumento de Saldo Imobilizado Saída de Recursos (Fluxo Negativo) = ) (AFRF / 2003 / ESAF) O valor dos itens de Investimentos que contribuíram para a variação das disponibilidades é: a) (5.500) b) (5.000) c) (500) d) e)
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