Carla Ribeirinho. Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
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- Milena Carvalho Bentes
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1 Carla Ribeirinho Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Lisboa, 10 de Maio de 2012
2 Desafios e oportunidades Crescimento em massa da população idosa. Adopção de medidas que visem minorar situações de dependência e a promoção da qualidade de vida em simultâneo com a ampliação da expectativa de vida.
3 Desafios e oportunidades O crescimento do número de pessoas idosas não tem sido acompanhado por medidas tendentes a enfrentar o desafio dos múltiplos problemas inerentes ao envelhecimento.
4 Desafios e oportunidades De uma forma geral, as pessoas idosas acumulam situações de desfavorecimento no domínio económico, devido aos baixos rendimentos, ao nível da literacia, dado que a maioria possui baixos níveis de instrução, na limitação no acesso a cuidados de saúde, bem como de condições de alojamento, com níveis de conforto e qualidade deficitários.
5 Desafios e oportunidades É neste quadro que assume particular significado a responsabilidade e o papel da Gerontologia no estudo do envelhecimento e no suporte à criação de medidas e implementação de serviços que se destinam à promoção do bem-estar da população idosa.
6 Desafios e oportunidades Importantes mudanças e adaptações em resposta ao envelhecimento da população. Princípios da reciprocidade, da equidade e da interdependência entre as gerações de forma global e coordenada, protegendo os direitos das pessoas de todas as idades.
7 Desafios e oportunidades Promover uma imagem positiva das pessoas idosas. Promoção da cidadania activa. Promover a participação.
8 Desafios e oportunidades Envelhecimento Activo - Processo de optimização de oportunidades para a saúde, participação e segurança, no sentido de aumentar a qualidade de vida durante o envelhecimento (OMS, 2002). Promover políticas que permitam às pessoas alcançar uma idade avançada com mais saúde e mais segurança, assim como viver com independência e dignidade.
9 Desafios e oportunidades Promover a saúde, os estilos de vida saudáveis, a reabilitação e o fomento das possibilidades em todas as fases da vida, e melhorar a prevenção, o tratamento e os cuidados que exigem as doenças, a fragilidade e as dependências da idade avançada.
10 Envelhecimento activo Viver mais tempo transformou-se numa oportunidade para a saúde, participação e segurança, em que as pessoas idosas têm um papel fundamental na promoção da sua própria saúde, deixando de ser meros receptores passivos de cuidados ou de apoios sociais, para induzirem o próprio progresso no desenvolvimento de respostas cada vez mais adequadas às suas vontades e necessidades (Quintela, in Ribeiro e Paúl, 2011).
11 Envelhecimento activo Ser activo, à medida que a idade avança, também já não se limita à prática de actividade física, mas envolve o estímulo cognitivo, a saúde mental, a interacção com outros, uma alimentação e comportamentos saudáveis, cuidados com a saúde oral, a prevenção de acidentes, a assumpção de uma sexualidade saudável e o reconhecimento do direito ao afecto, à dignidade e ao respeito, ao combate aos fenómenos de maus tratos, de violência e de abuso, de isolamento e de solidão, de que tantos dos nossos mais velhos são ainda vítimas nos dias de hoje (Quintela, in Ribeiro e Paúl, 2011).
12 Promoção do envelhecimento activo de banda larga O envelhecimento activo é o novo paradigma para a velhice, é o novo marco que reconhece a pessoa idosa como membro integrado na sociedade em que vive, que contribui plenamente para o seu desenvolvimento, ao mesmo tempo que beneficia dele com o passar do tempo. A pessoa idosa deve poder manter a sua participação contínua em questões sociais, económicas, cívicas, culturais, espirituais, etc este é um desafio para todos nós cidadãos, familiares, profissionais e também para o Estado, através da tomada de medidas efectivas nesta área. Tal requer: Promover a saúde, os estilos de vida saudáveis, a reabilitação e o fomento das possibilidades em todas as fases da vida, e melhorar a prevenção, o tratamento e os cuidados que exigem as doenças, a fragilidade e as dependências da idade avançada.
13 Envelhecimento Activo - Envelhecimento Saudável Esperança de vida saudável O envelhecimento activo é precisamente o conjunto de atitudes e acções que podemos ter no sentido de prevenir ou adiar as dificuldades que envelhecer inevitavelmente acarreta Participação contínua nas questões sociais, económicas, culturais, espirituais e cívicas Sociedade inclusiva
14 Determinantes do Envelhecimento Activo CULTURA Determinantes Pessoais Determinantes Sociais Determinantes Comportamentais Determinantes Económicos Meio Físico Saúde e Serviços Sociais GÉNERO (Adapt Adapt. OMS, 2002)
15 Desafios e oportunidades Protecção contra os maus tratos e o abandono das pessoas idosas. Contribuir para realizar o potencial das pessoas de todas as idades em benefício da sociedade. Importância da investigação, da supervisão e da FORMAÇÃO.
16 Desafios e oportunidades Sociedade para todas as idades: Respeito pelos Direitos Humanos; Protecção contra a discriminação com base na idade; Coesão social; Igualdade de oportunidades para os homens e as mulheres de todas as idades.
17 Desafios e oportunidades Princípios das Nações Unidas para as Pessoas Idosas Independência Dignidade Cuidados Princípios Realização Participação
18 Envelhecimento activo Alguns exemplos de programas, meios e políticas que capacitam os mais velhos para um efectivo convívio na sua comunidade: Ambientes de trabalho sem obstáculos ou com adaptações, horários e jornadas de trabalho flexíveis. Vias públicas bem iluminadas com calçadas planas e bem conservadas, WC s públicos acessíveis e semáforos que dêem mais tempo para as pessoas idosas atravessarem as ruas. Programas públicos de exercício e reabilitação que ajudem a pessoa idosa a manter ou recuperar sua aptidão física. Programas de alfabetização e de formação contínua durante toda a vida. Programas de acesso a tecnologias de assistência auditiva, visual e locomotora. Efectivação dos princípios da acessibilidade universal. Planos de créditos e acesso a oportunidades de negócios. Políticas de apoio aos cuidadores de idosos, especialmente àqueles que prestam serviços informais e voluntários (são os membros da família, os amigos e vizinhos que proporcionam a maior parte do apoio e dos cuidados aos adultos de idade avançada necessitados de ajuda) (OMS, 2002; Jönsson, 2003).
19 Promover o Envelhecimento activo algumas ideias Incentivar a procura de novos centros de atenção e de ocupação com significado Promover sentimentos de segurança e de identidade pessoal Encorajar as pessoas idosas a desenvolver e a manter amizades/relacionamentos significativos Fomentar a estimulação sensorial e cognitiva Evitar actividades massivas (elas não só podem não combater a solidão, como até a podem fomentar) em detrimento de actividades em grupos mais restritos ou mesmo de actividades individuais Trabalhar com a família a aproximação e o envolvimento com a pessoa idosa, sempre que isso seja desejado pela pessoa idosa (lutar contra o isolamento e a solidão implica, para além de construir novas relações, manter os laços sociais existentes, por muito ténues que eles sejam) Promover projectos intergeracionais Promover a preservação dos laços de vizinhança Preservar a continuidade da vida social da pessoa idosa Impulsionar novas solidariedades formais e informais (que não devem substituir as existentes, mas que podem vir a compensar de alguma forma as perdas relacionais e a retracção progressiva do território de vida (Pitaud, 2004)) Impulsionar a animação da vida social e cultural local Estimular a resiliência Criar ambientes interactivos Promover o desenvolvimento de projectos de vida (re)criar a existência. É importante que em todas as idades se tenha horizonte e expectativas de futuro.
20 Desafios e oportunidades para os profissionais Visão sistémica, holística, integrada e integral das pessoas idosas, dos seus contextos e das suas trajectórias de vida (conhecer a heterogeneidade das situações quem são, perfis, necessidades, expectativas, motivações ).
21 Desafios e oportunidades para os profissionais promover, fomentar a dignidade das pessoas idosas ideal de justiça social e de igualdade de oportunidades promover o exercício da cidadania activa dinamizar a comunidade envolvente a pessoa idosa faz parte dessa comunidade integração das respostas melhoria contínua bons sistemas de avaliação integral e interdisciplinar planos individualizados de apoio
22 Desafios e oportunidades Ampliar a acção profissional - aliar a intervenção à investigação/produção de conhecimento Proposição e acompanhamento de políticas sociais e de saúde Efectivação dos direitos das pessoas idosas Compromisso social/profissional: melhoria da qualidade de vida promoção da dignidade do envelhecimento
23 Envelhecimento Activo: Um caminho de sensibilização e boas práticas
24 Envelhecimento Activo: Um caminho de sensibilização e boas práticas
25 Envelhecimento Activo: Um caminho de sensibilização e boas práticas
26 Encarar a pessoa idosa como força motriz do processo, pessoa de valor único, sujeito de direitos e deveres e com determinado perfil de necessidades e capacidades.
27 Em suma Optimizar potencialidades até ao final da vida optimização do funcionamento Criar oportunidades de desenvolvimento e reestruturação pessoal Dissipar estereótipos sobre a pessoa idosa enquanto ser frágil, dependente, pobre, assexuado, esquecido e infantil (Lima, 2004)
28 Em suma Centrar a intervenção social num sentido emancipatório vs paliativo e paternalista O indivíduo tem dentro de si recursos para alterar o seu auto-conceito, as suas atitudes e os seus comportamentos, ou seja, acreditar na autonomia e capacidades da pessoa, no seu direito de escolher qual a direcção a tomar, bem como assumir as responsabilidades dessas escolhas.
29 Em suma O maior desafio que se coloca aos profissionais é efectivamente o da inovação e da qualificação do seu desempenho, alterando atitudes, comportamentos e modelos de actuação. Tudo isto. sem perder o humanismo!
30 O homem é o que ele faz. Jean-Paul Sartre
31 Obrigada pela vossa atenção!
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