DENÚNCIAS A RESPEITO DE AGRESSÕES PELA POLÍCIA LEGISLATIVA

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Fábio Prada Dias
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1 DOSSIÊ DENÚNCIAS A RESPEITO DE AGRESSÕES PELA POLÍCIA LEGISLATIVA I - Casos recebidos: - Kathlen Amado Allysson Rodrigues Prata Marcelo Regis Luiza Eltevina Utta Ribeiro Habibe Cristiano Lucas Ferreira Maria das Graças Santos Margareth Rose Santos Alves

2 II - Relatos e/ou informações: Kathlen Amado enviado (anexo ao final) No dia 20 de março deste, enquanto os manifestantes, que eram cerca de 100 e foram diminuindo durante o manifesto, se encaminhavam para o túnel (hall de taquigrafia), vários seguranças da Câmara dos Deputados fizeram uma barreira impedindo a passagem para o túnel. Em um dado momento, criou-se um cordão de pessoas e os seguranças quiseram abrir espaço e o fizeram, empurrando os manifestantes em especial as mulheres, mais baixas e com menos estrutura para serem empurradas. Um dos seguranças me desferiu um soco do lado esquerdo do queixo, o qual instantaneamente tentei revidar em defesa, obviamente. Fui retirada da confusão - que continuou. Passada meia hora, dois policiais legislativos me acharam em um corredor, me chamaram por nome e sobrenome e disseram que eu deveria me dirigir à delegacia. Fui com eles, acompanhada de três testemunhas. E com medo. Não sei como eles me reconheceram, como sabiam meu nome e sobrenome e onde eu me encontrava, no meio de mais 50 manifestantes. Perguntei, eles disseram que me reconheceram do caso do Bolsonaro, b.o. de numero 043/2013. Chegando lá, me informaram que eu deveria realizar um b.o. e registrar queixa contra o segurança. Mesmo que eu não tivesse nenhum dado dele: nome, características físicas confirmadas nem nada. Vi em cima da mesa um "Termo de representação" contra Kathlen Amado e meus demais dados. Todos meus dados. CPF, Nome completo, TUDO. Quando pedi para ver o documento, os policiais disseram que o segurança havia aberto uma queixa contra mim pois foi agredido por mim. (Pelo visto, ele não citou que foi em legítima defesa, pois levei um soco no rosto). E que eu não deveria ver o documento, que era particular. Ele guardou esta folha e eu não tive acesso ao que estava escrito.

3 A polícia legislativa 'sugeriu' que eu fosse ao IML realizar exame de corpo delito. Porém, teria que ir a um carro/camburão da polícia, e não em meu veículo particular. E sem os meus amigos que me acompanhavam. Senti-me coagida, não iria sozinha em camburão. Vi que o número da ocorrência dele era 060/2013. A minha é 061/2013. Tive esta semana a informação de que o nome dele é Francisco José de Carvalho. Um dos meus problemas é: Como ele abriu um termo de representação contra mim? Isso já é processo na esfera cível, pelo pouco que sei. E como ele tinha todos os meus dados e a polícia não me forneceu nem o primeiro nome do cara? Isso me deu medo, me senti ameaçada e coagida. Não sei quem são essas pessoas, fui ao Congresso Nacional como cidadã, autônoma, exercendo meus direitos em um manifesto pacífico, fui agredida e ainda saio assim? Não fui à Delegacia da Mulher ainda pois não tenho nem o nome do segurança. Estou aguardando a resposta de uns fotógrafos que disseram ter fotos ou vídeos do momento da confusão. Não sei muito bem o que fazer agora e peço ajuda da Vossa Senhoria, Erika, para solucionar este problema ou ao menos, conseguir os dados dessa pessoa que registrou queixa contra mim.

4 Allysson Rodrigues Prata Preso pela policia da Câmara (Termo de Declaração e Ocorrência Policial em anexo) Motivo da Prisão: Allyson tentava apaziguar e impedir que manifestantes invadisse o gabinete de Feliciano. Enquanto Prata conversava com o agente conhecido como Guedes, escutou de outro a ordem para prender o magrinho. Allyson alega que durante o caminho percorrido até o Departamento Policial, ele foi ofendido com expressões de baixo calão, entre elas algema esse viado. Prata também foi agredido fisicamente e muitas das gravações arquivadas em seu rádio foram apagadas pelos agentes.

5 Marcelo Regis (reportagem da imprensa, em anexo) Na última quarta-feira, 27 de março, fomos testemunhas e vítimas de atos de extrema violência por parte de membros da polícia legislativa, da segurança da Câmara Federal, e de seguranças particulares de Marco Feliciano (PSC/SP) e Jair Bolsonaro (PP/RJ), bem como a prisão de dois ativistas. Há também fortes indícios de que policiais e seguranças foram infiltrados em nossos atos. Preso a mando de Marcos Feliciano. Motivo da Prisão: Regis chamou Feliciano de racista, uma alegação que varias pessoas estavam fazendo.

6 Luiza Eltevina Utta Ribeiro Habibe Encontrava-se no dia , no Corredor das comissões no Anexo II da Câmara dos Deputados por volta das 15h quando foi ameaçada por um policial legislativo não sabendo o nome quando solicitou sua identificação. O policial disse; Vou atrás da sua ficha.

7 Cristiano Lucas Ferreira (enviado e documento relato, anexos). Meu nome é Cristiano Lucas Ferreira, RG , CPF , professor da rede pública de ensino do DF e militante da Cia. Revolucionária Triângulo Rosa. Participo ativamente do movimento que questiona a presença do Deputado Marco Feliciano na presidência da CDHM da Câmara Federal. Na última quarta-feira participei da sessão da comissão. E mais uma vez, a confusão tomou conta do plenário. Fui agredido verbal e fisicamente. O Deputado Bolsonaro, filmou toda a cena e editou um video, publicando no youtube. Além dessas cenas, editou minha fala e imagens, com o objetivo de me desqualificar como pedófilo, por eu ser professor de séries iniciais, na rede pública aqui de Brasília. Por isso, peço que inclua meu relato no dossiê que você está articulando. O Sindicato de Professores do DF está me dando assessoria jurídica. Mas preciso de todo apoio possível para que não seja vítima de algum tipo de violência. Segue o video e o relato em anexo e aguardo, com urgência, a resposta.

8 - Maria das Graças Santos e Margareth Rose Santos Alves (carta manuscrita) Impedidas de entrar no Plenário onde estava sendo realizada a Reunião da Comissão de Direitos Humanos e Minorias.

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