Doutoranda: Vera Lúcia de Azevedo Lima (UFPA) Orientadora: Dra. Maria de Lourdes de Souza (UFSC)
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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PROGRAMA DE DOUTORADO INTERINSTITUCIONAL EM ENFERMAGEM - UFSC/UFPA/CAPES ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FILOSOFIA, SAÚDE E SOCIEDADE Doutoranda: Vera Lúcia de Azevedo Lima (UFPA) Orientadora: Dra. Maria de Lourdes de Souza (UFSC) FLORIANÓPOLIS Setembro 2009
2 INTRODUÇÃO A violência contra a mulher é reconhecida como um problema de saúde pública e violação dos direitos humanos no mundo inteiro. (OLIVEIRA; CARVALHO, 2006)
3 MAGNITUDE NO MUNDO Quase a metade das mulheres assassinadas é morta pelo companheiro ou ex. A violência é causa de 7% de todas as mortes de mulheres na faixa etária de 15 a 44 anos. (OMS, 2002)
4 MAGNITUDE NO BRASIL Uma em cada cinco brasileiras declara espontaneamente já ter sofrido algum tipo de violência por parte de um homem. A cada 15 segundos uma mulher é espancada por um homem. 1/3 das mulheres (33%) admite ter, em algum momento de sua vida, sofrido de alguma forma de violência física. (Fundação Perseu Abramo, 2001)
5 MAGNITUDE NO BRASIL 24% das mulheres foram vítimas de ameaças com armas ou de cerceamento do direito de ir e vir; 22% sofreram agressões física; 13% foram objetos de estupro conjugal ou abuso. (Fundação Perseu Abramo, 2001)
6 MAGNITUDE EM BELÉM Mulheres vítimas de violência que buscaram ajuda na Delegacia da Mulher:(Liberal, 2007; 2009,2010) mulheres de janeiro de 2004 a setembro de mulheres e destas foram agressão física mulheres e destas foram agressão física mulheres em situação de vítimas de violência Ano 2007 Ano 2008 Ano 2009/2010
7 TRANSCENDÊNCIA A violência ocorre em todas as faixas etárias, classes sociais, níveis culturais, desencadeia a morte e resulta em perdas sociais.
8 VULNERABILIDADE É relacionada com a disponibilidade de tecnologia e recursos para reduzir o dano. Corresponde ao quanto a violência pode ser controlada mediante investimentos e conhecimentos para reduzir sua evolução. (GONÇALVES, 2006)
9 VULNERABILIDADE Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres: Lei /03 Notificação Compulsória da Violência contra a Mulher; Lei / conhecida como Lei Maria da Penha; Delegacias Especializadas no Atendimento de Mulheres; SOS Mulher; Disque 180 Central de Atendimento à Mulher; Centros de Referência; Centros de Reabilitação e Educação do Agressor ; Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; Defensorias da Mulher; Observatório Regional Norte Lei Maria da Penha.
10 ARTIGO V Violência contra a mulher paroara : reflexão sobre implicações para o cuidado de enfermagem
11 Art. V: Referencial teórico Escolheu-se como referência norteadora do presente trabalho a teoria de Wanda Horta (8), porque: Partiu-se do pressuposto de que a violência tira da mulher o direito a uma vida saudável e, por conseguinte, compromete a satisfação de suas necessidades humanas básicas. As necessidades humanas básicas comprometidas revelam que as mulheres vítimas de violência precisam de cuidado de enfermagem.
12 Art. V: Material e Método 1º critério de exclusão artigos duplicados: - Das 147 referências, 45 eram duplicadas, ou seja, foram incluídas em mais de um artigo, restando 102.
13 Art. V: Resultados NBB Das 102 referências, resultaram 23 artigos que foram considerados para a exploração, cujos autores mencionam, de alguma maneira, as NHB afetadas pela violência.
14 Art. V: Resultados NBB Dos 23 artigos considerados para exploração: 65,3% (15) dos autores mencionaram as conseqüências da violência contra a mulher, estas foram relacionadas com as NHB segundo a Teoria Wanda Horta.
15 Art. V: Resultados NHB Integridade cutâneo-mucosa Auto-estima Segurança Liberdade Sexualidade Comunicação Auto-imagem Sono e repouso Nutrição Cuidado com o Corpo Atenção Não citada 4,8% 3,2% 3,2% 3,2% 1,6% 1,6% 1,6% 7,9% 12,7% 14,3% 25,4% 27,0% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% Figura 1. Necessidades Humanas Básicas afetadas pela violência contra mulheres
16 Art. V: Resultados NHB Segundo Horta, as NHB estão relacionadas entre si. A violência contra a mulher afeta e compromete todas as necessidades humanas básicas da mulher. O cuidado de enfermagem, na perspectiva de Souza et al (2005), pode contribuir para atender as necessidades humanas básicas comprometidas pela violência contra a mulher.
17 Art. V: Conclusões Cuidado de enfermagem Diagnóstico NHB comprometidas e o grau de violência que há na sociedade; Planejamento a intervenção cuidado de enfermagem e o trabalho comunitário; Processo cuidado de enfermagem e os grupos de ajuda mútua e as redes sociais; Avaliação.
18 Art. V: Conclusões Cuidado de enfermagem Realizar a coleta de dados objetivos e subjetivos; Preservar a individualidade e a identidade da mulher; Realizar o exame físico (inspeção, ausculta, palpação e percussão); Verificar os sinais vitais; identificar os sinais e sintomas; examinar os órgãos e sistemas corporais; Elaborar relatório para sistematizar o cuidado de enfermagem prestado, face às NHB comprometidas pela violência;
19 Cuidado de enfermagem Art. V: Conclusões Esclarecer à mulher sobre os locais de acolhimentos e de registros da ocorrência da violência e sobre os direitos que a mesma tem mediante a Lei Maria da Penha e, também, da Constituição em termos do direito à vida e do ponto de vista religioso da mulher; Encaminhar a mulher para outras terapêuticas; Registrar no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Decreto Lei 5.099, de 3/06/2004 e Lei , de 24 de novembro de 2003).
20 COMENTÁRIOS FINAIS A violência contra mulheres apresentou variação quanto à forma e à gravidade, ocorrendo inclusive homicídio. Apesar da violência física não estar entre as cinco principais causas de morte em mulheres, acarreta impacto no conjunto das causas letais. Elimina da sociedade força produtiva, como trabalhadoras, como articuladoras das atividades educativas e culturais na família, que pode desencadear o abandono de filhos menores e a desagregação de mais que uma família.
21 COMENTÁRIOS FINAIS O impacto da mortalidade prematura de mulheres produtivas e a sua importância como problema social, político e de saúde publica, requer planejamento de ações de controle, prevenção e redução da mortalidade por homicídio. A reflexão sobre o conteúdo das bibliografias, à luz da Teoria de Horta, resultou na identificação de que a violência contra a mulher afeta todas as necessidades humanas básicas e que o cuidado de enfermagem para elas pode ser aplicado a partir dessa teoria e dos componentes de Souza et al (2005).
22 COMENTÁRIOS FINAIS A mídia, ao destacar os temas de relevância social, além de influenciar comportamentos da sociedade, colabora diretamente para a construção de políticas públicas. O tema violência contra mulheres foi desenvolvido em cinco artigos que se relacionam entre si, como uma contribuição para que este fenômeno social seja visto de diferentes maneiras e também possa ser prevenido.
23 COMENTÁRIOS FINAIS O estudo foi desenvolvido com métodos, abordagens e técnicas diferentes, mostrando ainda a possibilidade do cuidado de enfermagem para atender às necessidades humanas básicas comprometidas pela violência contra mulheres e como recurso para criar junto com as mulheres grupos de ajuda mútua e, que por meio destes, os serviços de saúde promovam o direito à vida e ao exercício da cidadania.
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