Primeiros destaques da Drawing Room Lisboa mostram momento positivo que o desenho vive em Portugal

Transcrição

1 De 10 a 14 de Outubro na Sociedade Nacional de Belas Artes Primeiros destaques da Drawing Room Lisboa mostram momento positivo que o desenho vive em Portugal Adriana Molder, Cecília Costa, Emmanuel Lafont, Gonzalo Elvira, Hanns Schimansky, Jorge Martins, José Bechara, José Loureiro, Klaas Vanhee, Laurina Paperina, Luis Nobre, Marcos Pires, Miguel Palma, Nuno Henrique, Paulo Lisboa, Pedro A. H. Paixão, Pedro Cabrita Reis, Pedro Gomes e Rui Moreira, formam parte dos cerca de 50 artistas que integram uma selecção caracterizada pela diversidade, tanto geracional como de nacionalidades, suportada pelo Comité Consultivo da Feira do qual fazem parte Elsy Lahner, Curadora de Arte Contemporânea da Albertina Museum (Viena), Inmaculada Corcho, Diretora do Museu do Desenho ABC (Madrid) e Manuel Navacerrada, coleccionador. Programa paralelo da feira integra uma exposição que dará a conhecer o núcleo de desenho da Colecção de Arte Contemporânea da Fundação PT Altice e uma série de conversas dedicadas ao coleccionismos do desenho contemporâneo, as Millennium Talks, apoiadas pela Fundação Millennium bcp. Drawing Room Lisboa aposta em solo- projects e na reinvenção do desenho produzido pelas novas gerações de artistas, aos quais a Fábrica Portuguesa de Lápis Viarco oferece um prémio de residência artística. Nesta fase adiantamos alguns destaques da 1ª edição que se está agora a desenhar: a participação de Pedro A. H. Paixão (n. 1971, Lobito, Angola) vencedor do primeiro Prémio Navigator Arte em Papel. O artista representado em Portugal pela galeria 111 mostrará o seu trabalho conjuntamente com Pedro Vaz (n.1977, Maputo, Moçambique) que tem vindo a desenvolver um trabalho muito particular que parte da pintura em direcção ao desenho e vice-

2 versa e Joana Fervença (n.1988, Lisboa, Portugal) artista emergente que a galeria histórica fundada por Manuel de Brito também decidiu destacar de um conjunto de artistas mais estabelecidos que trabalham o desenho. A proposta da Módulo foi também a aposta na reinvenção do desenho clássico produzido pelas novas gerações de artistas como: Nuno Gil (n. 1983, Lisboa), Nuno Henrique (n. 1982, Funchal) e Pedro Calhau (n. 1983, Évora). A proposta da Galeria Miguel Nabinho, de Lisboa, incluiu obras inéditas de três reconhecidos artistas portugueses: Pedro Cabrita Reis (n. 1956, Lisboa) cujo trabalho transita por uma multiplicidade de meios, incluindo desenhos que utilizam grafiti e pastel, Ana Jotta (n. 1946, Lisboa) e Luisa Cunha (n.1949, Lisboa). Outro sinal do momento positivo que se faz sentir no desenho são as propostas das galerias de apresentação de um só artista para expor nos stands da feira, revelando a confiança e a solidez com que trabalham o meio do desenho e as suas possibilidades. Nos stands com solo- projects realizados especificamente para a feira pelos artistas: Adriana Molder (n. 1975, Lisboa) que participa com a galeria grega Donopoulos International Fine Arts de Tessalónica, Paulo Lisboa (n. 1977, Lisboa) representado pela Galeria Graça Brandão, Lisboa e Pedro Gomes (n. 1972, Moçambique) participa com a Galeria Presença com sede no Porto. O desenho como linguagem transversal e comum é outra das linhas que orientou a selecção dos artistas para a Drawing Room Lisboa que se consubstanciou no cruzamento de gerações de artistas estabelecidos e emergentes, e de que são exemplo a mostra proposta pela Galeria Pedro Oliveira que apresenta cinco artistas: Fernando Marques de Oliveira (n. 1947, Porto) carreira estabelecida, Cecília Costa (n. 1971, Caldas da Rainha), Joana Pimentel (n. 1971, Porto) artistas a meio de carreira, Marco Pires (n. 1977, Alcobaça) e Vera Mota (n. 1982, Porto) artistas emergentes. A mostra das possibilidades e diferentes tipologias de trabalho em torno do desenho, seja partindo do real, de ficções literárias ou cinematográficas ou produzindo imaginários poéticos, foi a aposta da galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea com a apresentação dos trabalhos de uma selecção de artistas representados pela galeria: Ricardo Angélico (n.1973, Cuíto, Angola), José Bechara (n. 1971, Rio de Janeiro, Brazil) e Luís Nobre (n.1971, Lisboa). Outro cruzamento geracional e também de nacionalidades é o proposto pela galeria histórica parisiense a Jeanne Bucher Jaeger que abriu recentemente em Lisboa, que reúne na mostra nomes como Jean Dubuffet (n. 1901, Le Havre, França 1985, Paris, France) artista conceituado do Pós- Guerra, o artista alemão Hanns Schimansky (n. 1949, Bitterfeld, Alemanha) e um dos artistas portugueses representados pela galeria, Rui Moreira (n. Porto, Portugal, 1971), que tem focado a sua prática unicamente no desenho com que tem vindo a ganhar destaque no contexto artístico nacional e internacionalmente.

3 O campo aberto pelo desenho contemporâneo a que se veio nomear de desenho expandido é internacional e sinal deste reconhecimento nas práticas artísticas é por um lado a participação de artistas portugueses: Adriana Molder [Donopoulos, Tessalónica], João Felino [Rosalux, Berlim], Martinho Costa [Sílvestre, Madrid], pela mão de galerias estrangeiras e por outro lado galerias estrangeiras que propõem artistas de diferentes nacionalidades: [Yusto/Gíner, Marbella] Emmanuel Lafont (n. 1980, Buenos Aires, Argentina, 1980), Ángeles Agrela (n. 1966, Úbeda, Jaén, Espanha), [Sílvestre, Madrid] Klaas Vanhee (n. 1982, Mechelen, Bélgica), Irene González (n. 1988, Málaga, Espanha) - para expor o seu trabalho em torno do desenho no contexto artístico português e ao seu mercado. O exemplo de como o recurso ao desenho é comum em práticas muito diversas entre si está patente na proposta de encontro entre os trabalhos dos artistas: José Loureiro (n.1961, Mangualde), Maria José Cavaco (n.1967, Ponta Delgada) e Miguel Palma (1964, Lisboa), na proposta a que Fátima Macedo, com galeria estabelecida em Ponta Delgada, muito sugestivamente intitulou de Diálogos. A Drawing Room Lisboa acompanha a tendência de feiras de arte especializadas no Desenho que têm vindo a surgir nas principais capitais europeias, como a Drawing Now em Paris, Paper Positions em Berlim ou a Art on Paper em Bruxelas. A Feira reunirá no Salão da Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa cerca de 20 galerias. Segundo Maria do Mar Fazenda, Directora Artística da Feira, é sinal da recorrência do desenho na prática artística contemporânea a adesão de galerias nacionais e estrangeiras, que apresentam propostas de projectos a solo produzidos especificamente para os stands da feira ou pequenas mostras que convocam o diálogo entre artistas, cruzando gerações e carreiras estabelecidas com artistas emergentes, sob o desígnio comum do desenho. Entre as actividades paralelas destaca- se a exposição que dará a conhecer o núcleo de Desenho da Colecção de Arte Contemporânea, da Fundação PT que materializa a vertente de responsabilidade social da Altice Portugal, com curadoria da Mónica Álvarez Careaga e Mónica Constantino, responsável pela gestão e curadoria da colecção de arte contemporânea da Fundação PT e o programa de conversas dedicado ao coleccionismo do desenho contemporâneo, as Millennium Talks, a cargo de Verónica de Mello e apoiadas pela Fundação Millennium bcp. Um espaço editorial dedicado ao desenho, por Filipa Valladares, da STET, e uma demonstração de ferramentas de desenho pela Fábrica Portuguesa de Lápis Viarco, patrocinadora do Prémio Novo Talento Desenho Drawing Room Lisboa & Viarco, que incluiu uma residência artística na Fábrica, em São João da Madeira, completam a proposta.

4 Equipa Drawing Room Lisboa Mónica Álvarez Careaga, Directora Mónica Álvarez Careaga é comissária de arte contemporânea e produtora cultural. Historiadora de arte pela Universidade de Oviedo e museóloga pela École du Louvre (Paris). O seu trabalho como curadora tem- se centrado nas relações entre a identidade, a arquitectura e o doméstico, com particular destaque para os suportes como o desenho e a fotografia. Já comissariou diversas mostras de artistas como Cang Xin, Candida Höfer, Pedro Barateiro, Carlos Bunga, Ellen Kooi, Georges Rousse, Wolf Vostell, o Rosa Muñoz e colectivas em Espanha, Portugal, Alemanha, Polónia, Bélgica, Estados Unidos, China e Japão. O seu percurso profissional incluiu ainda funções de direcção na organização de festivais e feiras. Foi directora do Festival Miradas de Mujeres em 2014 e consultora artística da Arte Lisboa de 2017 a É responsável pelo comissariado de projectos na Arco Madrid, Swab Barcelona, Art Beijing, Set Up Bologna e MIA Photo Fair Milano. Maria do Mar Fazenda, Directora Artística Maria do Mar Fazenda é curadora independente e investigadora no Instituto de História da Arte da Universidade NOVA de Lisboa. Neste momento, prepara a exposição Artist s Film International para inaugurar em Outubro no MAAT. Destaca dos projectos curatoriais mais recentes: as exposições individuais de Miguel Ângelo Rocha, Spielraum (galeria águas- livres 8, 2018) e de Sérgio Taborda, Desenhos- Acções (Fundação Carmona e Costa, 2016), a exposição colectiva resultante do Prémio de Curadoria AMJP- EGEAC 2015 (Atelier- Museu Júlio Pomar, 2016) e a programação do Espaço Arte Tranquilidade 2012/2014. É membro da AICA Associação Internacional de Críticos de Arte, desde 2010.

5 Verónica de Mello, Programa de Coleccionadores Arquitecta e Curadora. Trabalha em Lisboa; cursa os mestrados de Arquitectura, Arte e Espaço Efémero Universidad Politécnica de Catalunya e o Mestrado deestudos Curatoriais da Faculdade de Belas Artes de Lisboa em consórcio com a Fundação Calouste Gulbenkian. Pos- graduada em Curatorial and Cultural Practices in Art and New Media pelo Media Centre of Art and Design de Barcelona y ZKM Karlsruhe. Fundadora da Associação Cultural Colectivo de Curadores. Funda e co- dirige o ProjectoMap - Mapa de Artistas de Portugal desde 2009, presente em conferências no Pavilhão de Portugal da 55ª Bienal de Veneza, Guimaraes Capital da Cultura (2012), Uncertain Spaces: Virtual Configurations in Contemporary Art and Museums UNPLACE/Fundação Calouste Gulbenkian (2013) Basic Forms for Collection of the Future Pinta Art Fair Miami (2015) É também fundadora e Co- Directora da REDE Art Agency, que tem como missão desenvolver projectos curadoria e eventos culturais, nomeadamente " Portugal Tropical" EE.UU (2015), e a exposição site specific de Los Carpinteros nas Carpintarias de São Lázaro (2017) entre outras. Em 2018 cura a exposição Escala 1:1, produção Ministério de Cultura Espanhol, Tabacalera, Madrid. Escreve regularmente sobre arte contemporânea para várias publicações de arte. Mais informações, contactar por favor: Maria do Carmo Mendes project.management@creativebysc.eu Imagens disponíveis em:

6 HORÁRIOS Quinta- feira, 11 de Outubro 14h00 21h00 Sexta feira, 12 de Outubro 14h00 21h00 Sábado, 13 de Outubro 14h00 21h00 Domingo, 14 de Outubro 12h00 18h00 BILHETES Geral: 5 Menores de 18 anos, maiores de 65 anos e membros da Sociedade Nacional de Belas Artes: 3 Drawing Room Lisboa 10 a 14 de Outubro de 2018 Sociedade Nacional de Belas Artes Rua Barata Salgueiro, 36, Lisboa drawingroom.pt