PROJETO CEL (CENTRO DE ENGENHARIA LOGÍSTICA) FORMAÇÃO TÉCNICA
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- Elza Ximenes Belmonte
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1 PROJETO CEL (CENTRO DE ENGENHARIA LOGÍSTICA) FORMAÇÃO TÉCNICA EMPRESARIAL - DESENVOLVIMENTO
2 1. Índice 1. Índice Introdução O início do projeto O projeto hoje Objetivo e desenvolvimento do projeto Metodologia aplicada Abrangência Investimento e Resultados O CEL e o relacionamento com comunidades acadêmicas O CEL e o seu propósito... 8
3 Sinopse A necessidade de formar empregados em conhecimentos específicos para as operações ferroviárias e portuárias dentro da organização culminou-se na criação do projeto do CEL Centro de Engenharia Logística. O projeto foi elaborado em 2001 ocorrendo sua expansão em 2008 para atendimento de demais áreas que não eram atendidas. Dessa forma o projeto possibilita reter e tornar disponível o conhecimento dentro da empresa, uma vez que toda a estrutura implementada se reduziu a vulnerabilidade mediante a eventual perda de profissionais seniores garantindo a sustentabilidade da empresa no que tange ao conhecimento-especifico crítico para o negócio, com o compartilhamento do conhecimento de especialistas sêniores, tendo como objetivo principal acelerar a formação dos profissionais. Além de propiciar o desenvolvimento dos empregados internamente, o projeto propicia uma rede de relacionamento com a comunidade acadêmica, propiciando uma troca no tange as esferas escola x empresa.
4 1. Introdução O projeto CEL foi idealizado em 2008 com intuito de conseguir reunir as ações pulverizadas e sem padronização de capacitação técnica que existiam dentro da empresa, objetivando-se a retenção de conhecimento interno dos empregados mais experientes, para formação dos novos entrantes e reciclagem de empregados menos sêniores, devido a atualizações tecnológicas e melhoria de performance operacional. O principal diferencial para a construção e necessidade de se manter o projeto é a dificuldade de contratação de mão de obra para atuar nas operações da empesa, uma vez que, são conhecimentos muitos específicos e não são formados regularmente em escolas técnicas e/ou graduações O início do projeto A ideia de criação do projeto CEL inicia-se em 2001 com o conceito de Centro de Pesquisa e Treinamento, localizado em Belo Horizonte, exclusivo para formação e reciclagem de maquinistas função crítica no processo da Operação Ferroviária e não disponível no mercado diante dos bons resultados alcançados ocorre a expansão do projeto e sua área de abrangência. No ano de 2008 o projeto CEL amplia sua área de atuação e estrutura para ás áreas de negócio: Operação ferroviária, Manutenção Ferroviária, Operação Portuária e Manutenção Portuária. 1
5 2. O projeto hoje A área do CEL atua com foco no desenvolvimento técnico dos empregados para melhoria de performance operacional, retenção de conhecimento e formação de novos empregados. Hoje o CEL é referência interna e externa no que tange a capacitação técnica de empregados operacionais para atuarem em suas funções. A preocupação para tornar o ambiente de aprendizado mais próximo da realidade proporcionando ao empregado uma capacitação imersiva é o grande diferencial do CEL. 3. Objetivo e desenvolvimento do projeto Qualificar, capacitar e desenvolver seus empregados para estarem aptos a atuarem em suas funções é valor para Vale. Além de proporcionar ganhos operacionais, a proposta de capacitação técnica orientada para aplicação é uma maneira do empregado se sentir valorizado, reconhecido e seguro para desempenhar sua atividade. Para a empresa é uma oportunidade conseguir unir tantos ganhos em um só projeto. Os ganhos em sinergia podem ser levantados e enumerados conforme abaixo: 1. Segurança 2. Reconhecimento 3. Performance Operacional Para conseguir estabelecer a criação, estrutura e a ampliação do projeto foi necessário alguns estudos internos e trabalho em conjunto com outras áreas: áreas operacionais, Engenharia e Recursos Humanos (Desenvolvimento e Educação). Dessa forma, o projeto seguiu alguns passos a serem destacados: 1. Mapeamento das funções técnicas
6 2. Mapeamento dos conhecimentos necessários para atuar em cada função 3. Mapeamento e formação dos instrutores internos 4. Criação dos treinamentos técnicos internos 5. Desenvolvimento de tecnologias para aplicação dos treinamentos A empresa utilizou de sua expertise para elaboração dos currículos de ações de desenvolvimento técnico (teóricas e práticas) no perfil e tempo necessários para cada empregado exercer a função, de modo que o mesmo realize ações específicas para a execução plena da sua função após conclusão dos treinamentos, tornando-se apto para realizar as tarefas, lidar com a rotina em que é inserido, e até mesmo com emergências operacionais que estejam ligadas à sua função, além de ser acompanhado por um especialista da área, juntamente com seu gestor imediato, num modelo de on the job training, para que sua formação seja validada. Ao longo do desenvolvimento do projeto verificou-se que além do atendimento interno para a formação dos empregados, o centro de treinamento também poderia ser utilizado pela comunidade, uma vez que estaria contribuindo para uma formação mais robusta de futuros profissionais não apenas da empresa em questão, como também de outras empresas do estado, elevando o nível da mão de obra especializada do mesmo, e abrindo as portas para que fosse possível a troca de informação entre a comunidade acadêmica e empresa, utilizando dos laboratórios e instrutores internos especializados. 4. Metodologia aplicada O projeto foi estruturado a partir de necessidades de melhoria de performance operacional, então, utilizou-se dos métodos de análise de indicadores, perfil de perdas e análise de falhas utilizados pela empresa. Além da melhoria de performance era necessário ter padrões na formação das funções técnicas que atuam na empresa.
7 Para definição dos conteúdos técnicos foi essencial a aplicação de métodos utilizados pela engenharia e áreas de confiabilidade, de modo que fosse possível uma leitura dos perfis técnicos do público que seria desenvolvido, e a criação dos treinamentos técnicos com abordagem direta para aplicação in loco. O desenvolvimento educacional contou com um modelo já praticado pela empresa, que possui como norteador o mapeamento de uma trilha técnica referenciada nas competências necessárias para que o profissional se desenvolva tecnicamente dentro da função que ocupa. Assim, em todo o tanto a abordagem educacional quanto a abordagem técnica andaram de mãos dadas para garantir o sucesso do projeto, o que é considerado como um grande diferencial para que o mesmo tenha alcançado bons resultados. 5. Abrangência Atualmente o programa CEL atende mais de 2000 empregados diretos das áreas operacionais que atuam em funções dentro da ferrovia e porto. Além de orientar a formação de empregados em novas plantas industriais da empresa. No momento estão sendo trabalhadas 280 funções técnicas que abrangem toda a área ferroviária e portuária. Diante do volume do público é necessário priorizar os conhecimentos críticos e de maiores volumes para atuação interna, sendo que para conhecimentos muito específicos ou de volume muito baixo, a formação destes empregados pode ser feita via solicitação de compra de treinamentos com empresas fornecedoras, diretamente com a equipe de educação corporativa do RH. Além do público interno o projeto abrange a população acadêmica do estado, com troca de conhecimentos e desenvolvimento de pesquisas em conjunto e tecnologias para aplicação na capacitação.
8 6. Investimento e Resultados Desde de 2001 foi investido mais de R$ 30 milhões na construção de materiais didáticos, construção da estrutura física e desenvolvimento de tecnologias para capacitação. Diante disso, hoje a estrutura construída compreende: - Prédios físicos localizados em Vitória (ES) e Governador Valadares (MG) - (mais de 30 salas para treinamentos teóricos e práticos - 1 Vagão Escola (ES e MG) - Simulador de Operações Ferroviárias (ES e MG) - Simulador de CCO (ES e MG) - Simulador de Correção Geométrica (ES e MG) - Maquete Ferroviária (Vitória) - Modelos 3D (Manutenção Ferroviária) - Laboratório de Automação (Vitória) - Simulador de Operações Remotas (Porto Vitória) - Simulador de Operação de Recuperadora com cabine (Portos Sudeste) - Simulador de Descarregador de Navio (Porto Vitória) - Simulador de Solda (Vitória) Dentre das tecnologias e infraestrutura citadas acima o CEL desenvolve constantemente tecnologias aplicadas a capacitação.
9 Em relação aos números de relacionados a capacitação já foram mais de 500 mil homem-hora- treinado (HHT) e 30 mil participações. Esses números são referentes ao período de 2012 a Dessa forma, hoje o resultado comporta mais de 4000 HHT por mês (média) e mais de 300 participações mensais (média). Todos os programas de capacitação passam por um processo de avaliação da qualidade juntamente ao aluno participante e pela área que recebe o empregado, sendo que todas são analisadas e retroalimentam os programas em caso de sugestões e ou pontos de deficiência identificado. Isso só é possível devido a relação aberta do CEL com as áreas operacionais com o foco para atender internamente a demanda conforme a necessidade, seja de formação, de reciclagem, alguma oportunidade de melhoria operacional, entre outros. Olhando para os resultados operacionais são muitos os exemplos obtidos em indicadores. Para exemplificar uma maneira de ganhos, nas tabelas abaixo é possível observar o consumo de combustível na condução de trens com o maquinista antes e depois de passar pelo treinamento.
10 Tabela 1 Consumo de combustível pelo maquinista antes x depois É estimado que a passagem do empregado pelo processo de formação estabelecido, e sua ida para a área para ser formado na função, permite redução de até 30% no tempo de aprendizagem. E por fim, não se pode deixar de citar o ganho com a retenção do profissional capacitado e da disseminação do conhecimento dentro da empresa, uma vez que a estrutura implementada reduziu a vulnerabilidade mediante a eventual perda de profissionais seniores, além de garantir a sustentabilidade da empresa no que tange ao conhecimento-especifico crítico para o negócio, com o compartilhamento do conhecimento de especialista sêniores, tendo como objetivo principal acelerar a formação dos profissionais.
11 7. O CEL e o relacionamento com comunidades acadêmicas A partir do ano de 2014 o CEL abriu suas portas para atender em até 10% da sua capacidade os alunos de formação técnica e graduação do Espírito Santo. Todo o contato com este público é feito através da área de Relacionamento com Comunidades e mediante os cursos oferecidos é possível estabelecer uma rede de contatos e troca. Os laboratórios são utilizados como aplicação prática das aulas teóricas em seus cursos de formação, além de propiciar ao aluno uma integração no ambiente da empresa impactando positivamente na imagem da mesma perante a sociedade. Para os empregados é notória a satisfação em compartilhar sua rotina e conhecimento a possíveis futuros colegas de profissão. É uma maneira de estreitar esta relação empresa x escola e de aumentar o sentimento de valorização do empregado instrutor. Além dos cursos oferecidos, a parceria estende-se através de desenvolvimento de tecnologias para capacitação (ex.: simuladores, realidade virtual, realidade aumentada, entre outros) nos programas de iniciações cientificas, onde é possível alinhar o objetivo da demanda da empresa com desenvolvimento dos alunos. 8. O CEL e o seu propósito Ao longo do desenvolvimento do projeto, o CEL se propõe atuar como parte integrante do processo produtivo, capacitando tecnicamente, com profissionais experientes e recursos tecnológicos inovadores, provendo soluções de capacitação. Para isso, são seguidos seus pilares de trabalho, sendo eles: - Desenvolvimento Técnico e Valorização do Empregado - Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico - Capacitação Imersiva
12 - Excelência Operacional - Foco nas soluções Operacionais.
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