CANCRO DA MAMA. Protocolo de diagnóstico, terapêutica e seguimento

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CANCRO DA MAMA. Protocolo de diagnóstico, terapêutica e seguimento"

Transcrição

1 unidade funcional de patologia mamária grupo multidisciplinar de patologia mamária IPO - Coimbra CANCRO DA MAMA Protocolo de diagnóstico, terapêutica e seguimento IPOC FG - EPE -2012

2 Ficha Técnica Protocolo de diagnóstico, terapêutica e seguimento Propriedade: Unidade Funcional de Patologia Mamária, Grupo Multidisciplinar da Patologia Mamária Edição, paginação e produção: bloom up, lda Tiragem: 5000 exemplares

3 COORDENADOR Dr. João Moura Pereira CIRURGIA Dr. João Moura Pereira Dra. Isabel Cristina Dra. M. Eugénia Granjo RADIOTERAPIA Dra. Paula Alves Dr. Gilberto Melo ONCOLOGIA MÉDICA Dra. Helena Gervásio Dra. Gabriela Sousa Dra. Teresa Carvalho Dr. António Pego Dra. Mariela Marques GINECOLOGIA Dr. Luís Sá Dra. Clara Coelho Dra. Elisabete Castelo Branco IMAGIOLOGIA Dr. Idílio Gomes Dra. M. José Cabral Dra. Filomena Lopes Dra. M. João Rascão Dra. Anabela Costa Dra. Conceição Silva Dra. Paula Messias Dra. Cristina Miranda Dra. M. José Pacheco Dra. Isabel Pazos Dr. Pedro Silvestre Madeira Dra. Ana Filipa Pais Dra. Sofia Broco Dr. Paulo Correia Dra. Rita Sousa Dr. Paulo Aldinhas Dra. Isonda Pires Dra. Ana Marta Costa Dra. Olga Vaz Dr. Paulo Gil Agostinho ANATOMIA PATOLÓGICA Dra. Manuela Lacerda Dr. Paulo Figueiredo Dra. Olga Ilhéu Dra. Ana Paula Moniz BIOLOGIA MOLECULAR Dra. Teresa Martins MEDICINA NUCLEAR Dra. Ana Sofia Oliveira Dra. Vera Gonçalves Dr. João Neto 3

4 Índice Introdução 6 1. Processo Clínico 1.1. REGISTO DOS DADOS COLHIDOS NA HISTÓRIA CLÍNICA DA DOENTE 1.2. EXAMES AUXILIARES DE DIAGNÓSTICO Diagnóstico Imagiológico 2.1. DETECÇÃO E DIAGNÓSTICO 2.2. MONITORIZAÇÃO DA RESPOSTA À QUIMIOTERAPIA NEOADJUVANTE E AVALIAÇÃO DO TUMOR RESIDUAL 2.3. MARCAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA Exames Complementares Diagnóstico Anatomopatológico 4.1. NORMAS GERAIS 4.2. INFORMAÇÃO DIAGNÓSTICA EM CARCINOMAS IN SITU 4.3. INFORMAÇÃO DIAGNÓSTICA EM CARCINOMAS INVASIVOS Cirurgia 5.1. Condições GERAIS 5.2. TRATAMENTO CIRÚRGICO DO CARCINOMA IN SITU 5.3. TRATAMENTO CIRÚRGICO DO CARCINOMA INVASIVO EM ESTÁDIOS INICIAIS 5.4. TRATAMENTO CIRÚRGICO DO CARCINOMA DA MAMA INVASIVO > 3 CM OU DO CARCINOMA DA MAMA LOCALMENTE AVANÇADO 5.5. ESTADIAMENTO AXILAR Terapêutica Sistémica 6.1. TERAPÊUTICA ADJUVANTE 6.2. TERAPÊUTICA NEOADJUVANTE Protocolo de diagnóstico, terapêutica e seguimento

5 6.3. TERAPÊUTICA DA RECIDIVA LOCAL ISOLADA 6.4. TERAPÊUTICA SISTÉMICA DO CANCRO DA MAMA METASTIZADO Radioterapia 7.1. NORMAS GERAIS 7.2. CARCINOMA DA MAMA OPERADO 7.3. CARCINOMA DA MAMA LOCALMENTE AVANÇADO 7.4. RECIDIVA LOCAL Seguimento 8.1. OBJECTIVOS DO SEGUIMENTO 8.2. PROTOCOLO DE SEGUIMENTO EM DOENTES ASSINTOMÁTICAS Casos Especiais 9.1. DOENÇA DE PAGET 9.2. CARCINOMA INFLAMATÓRIO 9.3. GRAVIDEZ 9.4. FERTILIDADE E CANCRO Consulta de Risco Familiar de Cancro da Mama/Ovário CRITÉRIOS DE ADMISSÃO À CONSULTA METODOLOGIA Estratégias reductoras de riscos Anexos A.1. CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA A.2. CLASSIFICAÇÃO DA EWGBP A.3. MÚLTIPLOS CARCINOMAS SIMULTÂNEOS NA MESMA MAMA: MULTICENTRICIDADE/MULTIFOCALIDADE A.4. AVALIAÇÃO PATOLÓGICA DA RESPOSTA À TERAPÊUTICA A.5. PROTOCOLO DA TÉCNICA DO GÂNGLIO SENTINELA

6 Introdução Na realização deste trabalho foram considerados os seguintes pressupostos: 1. A abordagem do cancro da mama deve ser obrigatoriamente multidisciplinar. Sendo assim, deverá haver uma reunião em que idealmente participem patologista, imagiologista, cirurgião, ginecologista, radioterapeuta e oncologista médico que se deverão reunir antes do primeiro gesto terapêutico e sempre que se justifique uma reavaliação multidisciplinar. Cada membro desta equipa deve ter formação específica e treino; 2. Para a decisão terapêutica devem estar presentes exames imagiológicos, laboratoriais, relatório anatomopatológico e os dados da história clínica. A decisão desta reunião deve ficar expressa e assinada por todos os membros do grupo e deve ser comunicada à doente e ao seu médico assistente; 3. O diagnóstico e o tratamento do cancro da mama não são compatíveis com longos períodos de espera. Assim, entre o diagnóstico e a primeira abordagem terapêutica admite-se um intervalo máximo de quatro semanas. Um intervalo recomendável de quatro semanas deve ser considerado entre os vários meios de tratamento com objectivo curativo. A título excepcional, os intervalos acima referidos poderão ir até 12 semanas; 4. Este protocolo, institucional, tem como objectivo uniformizar o estudo, diagnóstico e tratamento de doentes com lesões da mama; 5. Deve ser alvo de actualização periódica. 6 Protocolo de diagnóstico, terapêutica e seguimento

7 1. Processo Clínico O processo clínico deve conter todos os elementos abaixo discriminados, quando o doente é presente à Reunião de Decisão Terapêutica REGISTO DOS DADOS COLHIDOS NA HISTÓRIA CLÍNICA DA DOENTE: Motivo da consulta; Registo dos sintomas; Antecedentes ginecológicos; Antecedentes pessoais; Antecedentes familiares; Exame objectivo à mama e regiões ganglionares classificação clínica TNM (7ª - anexo 1) EXAMES AUXILIARES DE DIAGNÓSTICO: Mamografia bilateral e ecografia mamária e axilar; Ressonância Magnética se indicado; Rx Tórax; Análises hemograma, bioquímica, marcadores tumorais (CEA, CA 15.3); ECG e avaliação cardiológica; Se suspeita de metastização, ecografia hepática, TAC torácica e cintigrafia óssea. 7

8 2. Diagnóstico Imagiológico 2.1. DETECÇÃO E DIAGNÓSTICO MAMA A detecção pode ser efectuada através de exames imagiológicos de rastreio ou de profilaxia. A mamografia permanece o método de eleição na detecção imagiológica do cancro da mama bem como na primeira abordagem diagnóstica de cancros que se manifestam clinicamente. A ecografia contribui também para a detecção de algumas neoplasias em mulheres jovens em que é o exame de primeira linha. Nas restantes idades este método concorre com a mamografia para o diagnóstico precoce. Por esse facto, deverá ser parte integrante do estudo mamário, efectuado em paralelo com a mamografia. As duas técnicas deverão ser executadas, preferencialmente, no mesmo tempo diagnóstico e pelo mesmo radiologista. As imagens radiológicas que, pelas suas características morfológicas, são suspeitas ou sugestivas de malignidade, implicam um diagnóstico histológico definitivo antes de qualquer abordagem terapêutica. A ressonância magnética é o método mais sensível na detecção do cancro da mama, tendo contudo muitos falsos positivos, cuja percentagem varia consoante o grupo de doentes seleccionados. Contribui para a detecção e diagnóstico do cancro da mama, nomeadamente nas doentes de alto risco e no carcinoma oculto (quando está presente adenopatia axilar metastática sem identificação do tumor na mamografia e ecografia). Também na doença de Paget quando não é identificado o tumor na mamografia (NCCN 2008). A ressonância magnética é recomendada na avaliação pré-terapêutica das doentes de alto risco. 8 Protocolo de diagnóstico, terapêutica e seguimento

9 INDICAÇÕES PARA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA MAMÁRIA: 1. Detecção Nos casos validados de risco genético (investigação genética positiva ou não conclusiva). 2. Caracterização Em lesões difíceis de biopsar (massa múltiplas, assimetrias de densidade ou distorções arquitecturais apenas visíveis numa incidência) apoiar-se no seu bom valor preditivo negativo. 3. Extensão Carcinomas lobulares (in situ e invasivos); Em mulheres com mamas densas; Em mulheres jovens; Em mulheres com risco familiar; Situações em que o tumor não é visível ou medível em mamografia. 4. Follow-up Diagnóstico diferencial entre recidiva ou cicatriz; Em quimioterapia neoadjuvante permite avaliar a resposta ao tratamento e decidir pela possibilidade de terapêutica conservadora; Mulheres <30 anos com cancro da mama. INTERVENÇÃO DIAGNÓSTICA: A imagiologia contribui também para o diagnóstico definitivo do cancro da mama através da orientação guiada por mamografia, por ecografia ou por ressonância magnética, para colheita de material para exames histológicos, nomeadamente microbiópsias (agulhas de 14 a 16G) e macrobiópsias (agulhas de 8 a 11G). Sempre que a lesão tem tradução ecográfica deve optar-se por esta técnica, por ser mais cómoda, rápida e com menores custos. 9

10 Todas as biópsias das lesões mamárias deverão, preferencialmente, ser orientadas por uma técnica de imagem. As lesões palpáveis, passíveis de serem orientadas pela clínica, deverão ser referenciadas para biópsia por imagiologia se não houver concordância radio-histológica após uma primeira biópsia AXILA A avaliação ecográfica da axila tem de ser sistemática na investigação da patologia mamária. Em caso de suspeita de metástases ganglionares, as adenopatias deverão ser submetidas a biópsia (agulha fina) para avaliação citológica (agulha de 23 a 25G) ou histológica (agulha de 18G) MONITORIZAÇÃO DA RESPOSTA À QUIMIOTERAPIA NEOADJUVANTE NEOADJUVANTE E AVALIAÇÃO DO TUMOR RESIDUAL Nas doentes com indicação para quimioterapia neoadjuvante, deve ser colocado um clipe intratumoral (de preferência de titânio) que permita a identificação da topografia do leito tumoral no caso de remissão completa, excepto em tumores com calcificações. A ressonância magnética mamária é a técnica imagiológica que exibe maior precisão na avaliação do tamanho tumoral e da resposta terapêutica, permitindo uma melhor selecção das doentes para cirurgia conservadora. Nestas doentes é aconselhável a realização de uma ressonância magnética antes do início do tratamento (intervalo inferior a quatro semanas) e no final do tratamento MARCAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA Todas as lesões infraclínicas com indicação cirúrgica (sujeitas ou não a terapêutica neoadjuvante) têm de fazer marcação pré-operatória e exame imagiológico da peça operatória. 10 Protocolo de diagnóstico, terapêutica e seguimento

11 3. Exames Complementares Estádio I: não estão indicados exames adicionais, para além dos utilizados no diagnóstico, em doentes sem sintomas e sinais de doença metastática. Estádios IIA, IIB: são opcionais: cintigrafia óssea, ecografia abdominal e Rx do tórax. Estádio III: a cintigrafia óssea está recomendada, bem como, TAC torácica e ecografia abdominal. Estádio IV: são recomendados os exames radiológicos e laboratoriais como no Estádio III, com o acréscimo do estudo imagiológico das estruturas ósseas dolorosas ou com alterações na cintigrafia. Nos estádios III e IV, a realização de PET-CT deve ser ponderada caso a caso. 11

12 4. Diagnóstico Anatomopatológico 4.1. NORMAS GERAIS O diagnóstico anatomopatológico por microbiópsia ou macrobiópsia é o procedimento preferencial. A citologia aspirativa por agulha fina (FNA) é aconselhável em lesões quísticas e nas adenopatias axilares. Está igualmente indicada na avaliação de corrimentos mamilares e lesões cutâneas do mamilo. Na microbiópsia e macrobiópsia devem ser registadas a percentagem de neoplasia in situ e invasiva em relação ao total do material recebido. O número de fragmentos biopsados deve ser referido pelo médico radiologista na requisição do exame anatomopatológico. Se a microbiópsia ou biópsia assistidas por vácuo forem efectuadas por microcalcificações, tem de ser referida a sua presença/ausência de microcalcificações e correlacionar o padrão radiológico das microcalcificações com o respectivo aspecto microscópico (em Reunião de Decisão Diagnóstica). A classificação da EWGBP está incluída no diagnóstico anatomopatológico das microbiópsias e das biópsias assistidas por vácuo e das biópsias aspirativas (anexo 2). As categorias C1, C3, C4 e B1, B3, B4 são discutidas em Reunião de Decisão Diagnóstica. O diagnóstico definitivo é efectuado de acordo com a classificação da OMS e do ptnm /AJCC. Os receptores de estrogénios, os receptores de progesterona e o HER2, Ki-67 e CK5/6 são avaliados em todos os carcinomas invasivos primários e fazem parte do relatório anatomopatológico. Nos carcinomas in situ não se realiza a determinação dos receptores de estrogénios e de progesterona. A avaliação do HER2 é efectuada por imunohistoquímica e, nos casos com marcação 2+ ou marcação equívoca por imunohistoquímica, por CISH ou SISH. 12 Protocolo de diagnóstico, terapêutica e seguimento

13 A referência das margens cirúrgicas na terapêutica por cirurgia conservadora ou radical faz parte de um relatório anatomopatológico completo. Do relatório anatomopatológico faz parte (nos casos em que se aplica) a avaliação patológica da resposta à terapêutica de acordo com os critérios de Pinder (anexo 4). O diagnóstico anatomopatológico é condicionado pela informação clínico-imagiológica adequada. Estudo do gânglio sentinela (anexo 5) INFORMAÇÃO DIAGNÓSTICA EM CARCINOMAS IN SITU PRÉ-OPERATÓRIA (MICROBIÓPSIA /MACROBIÓPSIA) Tipo histológico (OMS); Grau histológico (OMS); Classificação da EWGBP; Alterações morfológicas benignas e/ou de risco; Microcalcificações (se biópsia for efectuada por microcalcificações). PÓS-OPERATÓRIA (PEÇA CIRÚRGICA) Dimensões e peso da peça; Tipo histológico (OMS); Grau histológico (OMS); Dimensões do tumor; Distância às margens cirúrgicas; Se alterações morfológicas benignas e/ou de risco; Receptores de estrogénios, progesterona, c-erbb-2 Ki-67 e CK 5/6 (se não tiverem sido efectuadas da biópsia). 13

14 4.3. INFORMAÇÃO DIAGNÓSTICA EM CARCINOMAS INVASIVOS PRÉ-OPERATÓRIA (MICROBIÓPSIA/MACROBIÓPSIA) Tipo histológico (OMS); Grau histológico (OMS): Se associado a carcinoma in situ, especificar tipo e grau histológico deste; Se alterações morfológicas benignas e/ou de risco. Receptores de estrogénios; Receptores de progesterona; HER2; Ki67; CK5/ PÓS-OPERATÓRIA SEM TERAPÊUTICA NEOADJUVANTE (PEÇA CIRÚRGICA) Dimensões e peso da peça: Tipo histológico (OMS); Grau histológico (OMS); Dimensões do tumor, multifocalidade, multicentricidade (ver definição da AJCC anexo 3); Invasão vascular; Distância às margens cirúrgicas: Quando associado a carcinoma in situ, especificar tipo e grau histológico deste, dimensão e/ou estimativa do componente in situ em relação ao carcinoma invasivo, distância às margens cirúrgicas; Alterações morfológicas benignas e/ou de risco concomitantes; Se não previamente realizados: Receptores de estrogénios; 14 Protocolo de diagnóstico, terapêutica e seguimento

15 Receptores de progesterona; HER2; Se dissecção axilar: Número de gânglios isolados; Metástases axilares: número de gânglios metastizados; dimensão da metástase maior; extensão extraganglionar. pt pn INFORMAÇÃO DIAGNÓSTICA EM CARCINOMAS INVASIVOS PÓS TERAPÊUTICA SISTÉMICA PÓS-OPERATÓRIA E PÓS TERAPÊUTICA SISTÉMICA (PEÇA CIRÚRGICA) Dimensões e peso da peça: Do relatório anatomopatológico faz parte (nos casos em que se aplica) a avaliação patológica da resposta à terapêutica (Pinder - anexo 4). SE TUMOR RESIDUAL: Dimensões do tumor, multifocalidade, multicentricidade; Invasões vasculares; Distância às margens cirúrgicas; Receptores de estrogénios; Receptores de progesterona; HER2. Quando possível: Tipo histológico (OMS); Grau histológico (OMS); Quando associado a carcinoma in situ, especificar tipo e grau histológico, dimensão e/ou estimativa do componente in situ em relação ao carcinoma invasivo, distância às margens cirúrgicas; Alterações morfológicas benignas e/ou de risco. 15

16 Referir dissecção axilar: Número de gânglios isolados; Metástases axilares: número de gânglios metastizados; dimensão da metástase maior; extensão extra ganglionar; ypt ypn INFORMAÇÃO DIAGNÓSTICA EM CARCINOMAS METASTÁTICOS OU RECORRENTES Se possível, comparar com o tumor inicial: Tipo histológico (OMS); Grau histológico (OMS); Receptores de estrogénios; Receptores de progesterona; HER2. Se excisão local: Dimensões da peça; Dimensões do tumor; Distância às margens cirúrgicas. 16 Protocolo de diagnóstico, terapêutica e seguimento

17 5. Cirurgia 5.1. CONDIÇÕES GERAIS O tratamento do cancro da mama tem sofrido uma enorme evolução nos últimos anos, com tendência a abordagens cada vez menos invasivas. Devido ao uso generalizado da mamografia e ecografia mamária como métodos de rastreio/profilaxia, a taxa de detecção de pequenas lesões ou de lesões mamográficas não palpáveis, tem aumentado significativamente. As técnicas de biópsia guiada por imagem permitem de forma minimamente invasiva o diagnóstico da maioria das lesões infraclínicas. O uso da quimioterapia pré-operatória permite a conservação da mama em casos seleccionados de tumores volumosos. A técnica de pesquisa de invasão ganglionar por biópsia do gânglio sentinela, constitui actualmente uma alternativa ao esvaziamento axilar, permitindo um estadiamento ganglionar mais preciso e com menor morbilidade. BIÓPSIAS DIAGNÓSTICAS O diagnóstico histológico por biópsia deve obrigatoriamente ser obtido antes de qualquer terapêutica, tal como referido no capítulo 2. No caso particular do carcinoma inflamatório, deve ser efectuada biópsia da pele, que poderá ser orientada por ecografia. BIÓPSIA EXCISIONAL: Quando não pode ser realizada microbiópsia ou macrobiópsia; Quando é necessário estudo histológico da totalidade da lesão; Quando os resultados da biópsia são discordantes dos estudos de imagem (para discutir em reunião de decisão diagnóstica). A biópsia excisional é um procedimento diagnóstico, cujo objectivo é a ressecção da lesão com uma margem preferencialmente de 1cm, pelo que em alguns casos poderá constituir o tratamento local definitivo. A peça operatória deve ser sempre orientada e radiografada. 17

18 5.2. TRATAMENTO CIRÚRGICO DO CARCINOMA IN SITU CARCINOMA LOBULAR IN SITU (CLIS) A abordagem do carcinoma lobular in situ é controversa. Actualmente existe alguma evidência que suporta o conceito de que o CLIS poderia ser uma lesão precursora de carcinoma invasivo. Regra geral o CLIS não tem tradução clínica ou imagiológica, sendo habitualmente um achado em peças de biópsia, associado ou não a outras lesões. Depois de uma adequada revisão patológica e imagiológica, as doentes com o diagnóstico de CLIS obtido através de microbiópsia, poderão ser submetidas a excisão local, no caso de existir lesão residual identificável, ou ficar em vigilância. As doentes com CLIS têm um risco aumentado de vir a desenvolver carcinoma invasivo em ambas as mamas. Dado tratar-se de uma entidade microscópica, habitualmente multicêntrica e bilateral pode ser considerado o uso de medidas de redução de risco, como mastectomia bilateral com reconstrução imediata ou quimioprevenção com tamoxifeno CARCINOMA DUCTAL IN SITU (CDIS) CIRURGIA Tumorectomia alargada + radioterapia; Tumorectomia; Mastectomia. O tratamento cirúrgico do carcinoma ductal in situ (CDIS) deve ter em conta: Tamanho e o tipo de tumor; As características imagiológicas, com referência à extensão da lesão; Bom resultado estético. A opção terapêutica não tem impacto na sobrevivência global se assegurado o controlo local. 18 Protocolo de diagnóstico, terapêutica e seguimento

19 TUMORECTOMIA ALARGADA + RADIOTERAPIA As margens da loca cirúrgica devem ser marcadas com clipes rádio-opacos (titânio); As doentes com um risco muito baixo de recidiva local (CDIS unicêntricos, menores de 1cm, de baixo grau e com margens superiores a 1cm) podem ser submetidas apenas a tratamento cirúrgico. MASTECTOMIA CDIS multicêntrico (definição EWGBP/AJCC anexo 3); Microcalcificações difusas com diagnóstico histológico de CDIS que não possam ser removidas completamente com um resultado estético aceitável; Margens positivas depois de duas tentativas de excisão local; Tumores de grandes dimensões (>4 cm). A mastectomia é uma alternativa para todas as doentes com CDIS. A preferência das doentes é determinante na opção terapêutica. Os riscos e benefícios da mastectomia e da cirurgia conservadora devem ser discutidos pormenorizadamente com as doentes. A reconstrução imediata deve ser considerada em todas as doentes com CDIS a quem se proponha mastectomia. O estadiamento ganglionar no CDIS não está indicado por rotina. A PESQUISA DO GÂNGLIO SENTINELA ESTÁ RECOMENDADA NOS SEGUINTES CASOS: Doentes com tumores extensos; Microcalcificações extensas; CDIS de alto grau; Com massa palpável. 19

20 5.3. TRATAMENTO CIRÚRGICO DO CARCINOMA INVASIVO EM ESTÁDIOS INICIAIS Objectivo do tratamento: proporcionar o máximo controlo local, com o melhor resultado estético, do cancro da mama potencialmente curável. Opções terapêuticas: excisão local seguida de radioterapia ou mastectomia ESTÁDIOS INICIAIS (ESTÁDIO I E II) A opção do tipo de tratamento cirúrgico deverá ser individualizada tendo em conta as circunstâncias e as preferências pessoais das doentes. As doentes que optem pela cirurgia conservadora devem ser informadas da obrigatoriedade de efectuar radioterapia pós-operatória, da necessidade de manter uma vigilância da mama operada e do maior risco de recidiva local a longo prazo. Um factor- -chave para a realização de cirurgia conservadora é a relação tamanho do tumor/ tamanho da mama. O tumor deve ter dimensões que permitam a excisão com margens adequadas e um resultado estético aceitável. CIRURGIA CONSERVADORA (INCLUINDO TÉCNICAS DE ONCOPLASTIA) Deverá ser a primeira escolha, desde que localmente as condições o permitam e seja essa a vontade da doente. Consideram-se margens suficientes 1 cm: Se as margens forem inferiores a 1cm está recomendada a realização boost à loca tumoral. Poderá ser realizada RM a partir das quatro semanas. Se RM suspeita de presença de lesão deverá ser efectuada a reexcisão de margens; Margens positivas obrigam a reexcisão. 20 Protocolo de diagnóstico, terapêutica e seguimento

21 MASTECTOMIA INDICAÇÕES: Existência de factores que aumentem o risco de recidiva local: Diversos agrupamentos de microcalcificações similares ao da lesão avaliada; Multicentricidade; Incapacidade para obter margens livres depois de duas tentativas de excisão local; Contra-indicações absolutas para a realização de radioterapia; Preferência da doente. RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA IMEDIATA A reconstrução imediata pode ser efectuada com tecidos autólogos (retalhos) ou heterólogos (próteses). A mastectomia poupadora de pele garante um melhor contorno da mama reconstruída, sem que isso represente um risco aumentado de recidiva loco-regional, desde que o tumor esteja a mais de 1cm da pele. Deve, no entanto, ser efectuada apenas quando há reconstrução imediata TRATAMENTO CIRÚRGICO DO CARCINOMA DA MAMA INVASIVO > 3 CM OU DO CARCINOMA DA MAMA LOCALMENTE AVANÇADO TUMORES > 3CM Opções terapêuticas: Abordagem combinada envolvendo a terapêutica sistémica, a cirurgia (cirurgia conservadora ou mastectomia) e a radioterapia. Tumores maiores de 3cm: Quimioterapia pré-operatória (eventual cirurgia conservadora ulterior, se houver resposta). As doentes com extensões grandes de microcalcificações, tumores multicêntricos, ou edema cutâneo persistente após a quimioterapia não são candidatas a cirurgia conservadora. 21

22 CARCINOMA DA MAMA LOCALMENTE AVANÇADO Objectivo do tratamento: Dada a elevada probabilidade de recidiva loco-regional e metástases à distância, o objectivo do tratamento local é assegurar o máximo controlo local para evitar a recidiva na parede torácica. Opções terapêuticas: Abordagem combinada envolvendo a terapêutica sistémica primária, a cirurgia e a radioterapia. As doentes com tumores em estádio III devem ser tratadas com quimioterapia pré-operatória seguida da cirurgia, radioterapia e terapêutica sistémica adjuvante quando indicado. Dependendo da resposta à quimioterapia pré-operatória poderá ser efectuada cirurgia conservadora ou mastectomia, seguidas de radioterapia e quimioterapia. Nas doentes idosas com receptores hormonais positivos, pode ser prescrita hormonoterapia pré-operatória. As doentes com doença inoperável depois da quimioterapia devem efectuar radioterapia ou um esquema alternativo de quimioterapia seguida de cirurgia, se exequível e ser tratadas de forma individualizada ESTADIAMENTO AXILAR Objectivo: Obter informação prognóstica e informação para decisão terapêutica. Opções: Técnica do gânglio sentinela ou esvaziamento axilar. O estadiamento axilar tem sido habitualmente realizado com o esvaziamento axilar. A técnica do gânglio sentinela permite o esvaziamento axilar selectivo: as doentes com gânglio sentinela metastizado ou positivo devem efectuar esvaziamento axilar, enquanto as doentes com gânglio sentinela negativo podem evitar o esvaziamento axilar e a morbilidade a ele associada. 22 Protocolo de diagnóstico, terapêutica e seguimento

23 AXILAS NEGATIVAS A técnica do gânglio sentinela é o método recomendável para o estadiamento axilar em doentes com cancro da mama e axilas clínica e ecograficamente negativas. Pode ser usada com tumorectomia alargada ou mastectomia. Deverá ser efectuado esvaziamento axilar quando o gânglio sentinela se encontrar metastizado ou quando o mapeamento linfático não identificar nenhum gânglio sentinela. Regra geral, qualquer gânglio duro ou aumentado de tamanho, encontrado durante a realização da técnica, deve ser removido e analisado como um gânglio sentinela. AXILAS CLINICAMENTE POSITIVAS As doentes com cancro da mama com metastização ganglionar axilar devem efectuar esvaziamento axilar. Para o adequado estadiamento e redução do risco de recidiva axilar, o esvaziamento axilar considera-se suficiente com um número mínimo de 10 gânglios excisados. Gânglio sentinela positivo: deve ser feito o esvaziamento ganglionar axilar. Gânglio sentinela com micrometástase (0,2mm-2 mm) a decisão de efectuar esvaziamento da axila deve ser individualizada em função de outros factores potencialmente relacionados com maior probablidade de metastização ganglionar. Gânglio sentinela com Células Tumorais Isoladas (CTI) deve-se prescindir do esvaziamento. 23

24 6. Terapêutica Sistémica 6.1. TERAPÊUTICA ADJUVANTE Na selecção da terapêutica adjuvante deverá ser tido em consideração a categoria de risco de recorrência estabelecida pelo Consenso de St Gallen Baixo risco (todas as características) Gânglios negativos Risco Intermédio 1) Gânglios negativos e pelo menos uma das seguintes: Alto Risco 3 gânglios positivos e HER2 positivo pt até 2cm pt > 2cm 4 gânglios positivos Grau 1 Grau 2 ou 3 Sem invasão vascular Sem sobreexpressão ou amplificação HER2 Idade superior a 35 anos Com invasão vascular HER2 positivo Idade < 35 anos 2) Gânglios positivos 3 e HER2 - Para além destas categorias a decisão do tratamento depende se se trata de uma doença com resposta endócrina (receptores de estrogénio ou progesterona >1%), que poderá ser tratada com hormonoterapia ou se se trata de doença sem resposta endócrina em que a única opção de tratamento será a quimioterapia. Assim, baseados nas categorias de risco e nos factores biológicos da doença, de acordo com o Consenso St Gallen 2011, o tratamento adjuvante deve contemplar: RECEPTORES HORMONAIS POSITIVOS E HER2 POSITIVO GÂNGLIOS NEGATIVOS pt <0,5 cm: Hormonoterapia ± Quimioterapia Nota: A prescrição de QT depende dos seguintes factores: Idade biológica; 24 Protocolo de diagnóstico, terapêutica e seguimento

25 Grau de diferenciação; Invasão vascular ou linfática; Ki 67. Não está indicado o uso de trastuzumab adjuvante nestes tumores. pt 0,5 cm: Quimioterapia + Hormonoterapia + Trastuzumab GÂNGLIOS POSITIVOS Qualquer pt: Quimioterapia + Hormonoterapia + Trastuzumab RECEPTORES HORMONAIS NEGATIVOS E HER2 POSITIVO GÂNGLIOS NEGATIVOS T <0,5 cm - Considerar quimioterapia cuja prescrição depende de: Idade biológica; Grau de diferenciação; Invasão vascular ou linfática. T 0,5 cm - Quimioterapia + Trastuzumab GÂNGLIOS POSITIVOS Quimioterapia + Trastuzumab RECEPTORES HORMONAIS POSITIVOS E HER2 NEGATIVO GÂNGLIOS NEGATIVOS Baixo risco: Hormonoterapia (idade > 35 anos, T < 2 cm, G1 e sem invasão vascular ) Risco intermédio: (Desde que não cumpra TODOS os anteriores) Hormonoterapia ± Quimioterapia GÂNGLIOS POSITIVOS Quimioterapia + Hormonoterapia 25

26 RECEPTORES HORMONAIS NEGATIVOS E HER2 NEGATIVO GÂNGLIOS NEGATIVOS T <0,5 cm - Considerar quimioterapia cuja prescrição depende de: Idade biológica; Grau de diferenciação; Invasão vascular ou linfática; Ki 67. T 0,5 cm e todos os outros casos Quimioterapia. GÂNGLIOS POSITIVOS Quimioterapia A evidência clínica para este tipo de tumor é a de realização de quimioterapia neoadjuvante sempre que possível (dada a elevada percentagem de micrometastização) HORMONOTERAPIA PRÉ-MENOPÁUSICAS: Tamoxifeno 20 mg/dia (5anos) Não há evidência de nível I para o uso concomitante de análogos da LHRH ou ablação ovárica na doença de baixo risco de recorrência. (Está recomendada a individualização desta terapêutica ou a inclusão destas doentes em ensaios clínicos). Na doença de risco intermédio ou alto deve ser associado o análogo LHRH se a doente só faz hormonoterapia ou se não ficou amenorreica após a quimioterapia. A duração do análogo LHRH deve ser de dois a cinco anos. PÓS-MENOPÁUSICAS: Tamoxifeno 20 mg/dia (dois a três anos) seguido de inibidor da aromatase durante dois a três anos até perfazer um total de cinco anos - switch ; Tamoxifeno durante cinco anos seguido de inibidor da aromatase extended adjuvant por cinco anos; Inibidor da aromatase durante cinco anos, estratégia upfront ; 26 Protocolo de diagnóstico, terapêutica e seguimento

27 Tamoxifeno 20mg/dia (cinco anos). Nota: Todos os estudos randomizados comparando tamoxifeno vs. inibidores da aromatase demonstraram prolongamento da sobrevivência livre de doença a favor dos inibidores da aromatase independentemente da estratégia usada. Assim, a ASCO e a NCCN recomendam o seu uso sistemático. Contudo, as recomendações nacionais 2009 salientam que só nalguns estudos e recorrendo a análise parcial dos dados, previamente não planeada (subgrupo com gânglios axilares positivos MA17 e exclusão de doentes RH negativos em avaliação central no estudo IES), se demonstra prolongamento da sobrevivência global com a administração de inibidores da aromatase QUIMIOTERAPIA GÂNGLIOS NEGATIVOS: FEC100 x 6 (5FU 500 mg/m 2 + epirrubicina 100 mg/m 2 + ciclofosfamida 500 mg/m 2 de 21/21 dias ev); CMF ev (dia 1 e 8) x 6 (doentes com contra-indicações ao uso de antraciclinas) (ciclofosfamida 600 mg/m 2 + metotrexato 40 mg/m fluoruracilo 600/m 2 e.v. dias 1 e 8, de 28/28 dias). Se tumores HER2 positivos (prevendo-se o uso do trastuzumab adjuvante), poderá ser ponderado o uso de: Docetaxel e carboplatina x 6 (docetaxel 75 mg/m 2 + carboplatina AUC de 6). Neste caso, é administrado o trastuzumab de 21 em 21 dias durante a QT e de 21 em 21 dias após a quimioterapia até perfazer um ano; Em doentes com factores de risco cardíaco também poderá ser ponderado o uso de antraciclinas lipossómicas (Myocet + ciclofosfamida). GÂNGLIOS POSITIVOS (INCLUINDO MICROMETASTIZAÇÃO): FEC100 x 3 seguido de docetaxel x 3 (5FU 500 mg/m 2 + epirrubicina 100 mg/m 2 + ciclofosfamida 500 mg/m 2 de 21/21 dias ev seguido de docetaxel 100 mg/m 2 de 21/21 dias ev); 27

1ª Edição do curso de formação em patologia e cirurgia mamária. Programa detalhado

1ª Edição do curso de formação em patologia e cirurgia mamária. Programa detalhado 15.6.2012 MÓDULO 1 - Mama normal; Patologia benigna; Patologia prémaligna; Estratégias de diminuição do risco de Cancro da Mama. 1 1 Introdução ao Programa de Formação 9:00 9:15 1 2 Embriologia, Anatomia

Leia mais

Pode ser difícil para si compreender o seu relatório patológico. Pergunte ao seu médico todas as questões que tenha e esclareça todas as dúvidas.

Pode ser difícil para si compreender o seu relatório patológico. Pergunte ao seu médico todas as questões que tenha e esclareça todas as dúvidas. Perguntas que pode querer fazer Pode ser difícil para si compreender o seu relatório patológico. Pergunte ao seu médico todas as questões que tenha e esclareça todas as dúvidas. Estas são algumas perguntas

Leia mais

Protocolo de Tratamento do Câncer de Mama Metastático. Versão eletrônica atualizada em Dezembro 2009

Protocolo de Tratamento do Câncer de Mama Metastático. Versão eletrônica atualizada em Dezembro 2009 Protocolo de Tratamento do Câncer de Mama Metastático Versão eletrônica atualizada em Dezembro 2009 Protocolo de Tratamento do Câncer de Mama Metastático O tratamento de pacientes com câncer de mama metastático

Leia mais

Radiology: Volume 274: Number 2 February 2015. Amélia Estevão 10.05.2015

Radiology: Volume 274: Number 2 February 2015. Amélia Estevão 10.05.2015 Radiology: Volume 274: Number 2 February 2015 Amélia Estevão 10.05.2015 Objetivo: Investigar a vantagem da utilização da RM nos diferentes tipos de lesões diagnosticadas na mamografia e ecografia classificadas

Leia mais

Diretrizes Assistenciais

Diretrizes Assistenciais Diretrizes Assistenciais Protocolo de tratamento adjuvante e neoadjuvante do câncer de mama Versão eletrônica atualizada em Fevereiro 2009 Tratamento sistêmico adjuvante A seleção de tratamento sistêmico

Leia mais

Tratamento Conservador do Cancro da Mama

Tratamento Conservador do Cancro da Mama Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca Sessão Clínica Serviço de Ginecologia Diretora de Departamento: Dra. Antónia Nazaré Diretor de Serviço: Dr. Silva Pereira Tratamento Conservador do Cancro da Mama

Leia mais

CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO OS TIPOS DE CANCER DE MAMA O câncer de mama ocorre quando as células deste órgão passam a se dividir e se reproduzir muito rápido e de forma

Leia mais

CÂNCER DE MAMA. O controle das mamas de seis em seis meses, com exames clínicos, é também muito importante.

CÂNCER DE MAMA. O controle das mamas de seis em seis meses, com exames clínicos, é também muito importante. CÂNCER DE MAMA Dr. José Bél Mastologista/Ginecologista - CRM 1558 Associação Médico Espírita de Santa Catarina AME/SC QUANDO PEDIR EXAMES DE PREVENÇÃO Anualmente, a mulher, após ter atingindo os 35 ou

Leia mais

TUMORES DO PÉNIS: Cirurgia Minimamente Invasiva. Pedro Eufrásio. Serviço de Urologia Centro Hospitalar Tondela-Viseu

TUMORES DO PÉNIS: Cirurgia Minimamente Invasiva. Pedro Eufrásio. Serviço de Urologia Centro Hospitalar Tondela-Viseu TUMORES DO PÉNIS: Cirurgia Minimamente Invasiva Pedro Eufrásio Serviço de Urologia Centro Hospitalar Tondela-Viseu INTRODUÇÃO Tumor do pénis é raro. Variabilidade geográfica. 95% são carcinomas espinho-celulares.

Leia mais

O que é câncer de mama?

O que é câncer de mama? Câncer de Mama O que é câncer de mama? O câncer de mama é a doença em que as células normais da mama começam a se modificar, multiplicando-se sem controle e deixando de morrer, formando uma massa de células

Leia mais

CAPÍTULO 2 CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO INICIAL E ACOMPANHAMENTO. Ana Flavia Damasceno Luiz Gonzaga Porto. Introdução

CAPÍTULO 2 CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO INICIAL E ACOMPANHAMENTO. Ana Flavia Damasceno Luiz Gonzaga Porto. Introdução CAPÍTULO 2 CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO INICIAL E ACOMPANHAMENTO Ana Flavia Damasceno Luiz Gonzaga Porto Introdução É realizada a avaliação de um grupo de pacientes com relação a sua doença. E através dele

Leia mais

O sistema TNM para a classificação dos tumores malignos foi desenvolvido por Pierre Denoix, na França, entre 1943 e 1952.

O sistema TNM para a classificação dos tumores malignos foi desenvolvido por Pierre Denoix, na França, entre 1943 e 1952. 1 SPCC - Hospital São Marcos Clínica de Ginecologia e Mastologia UICC União Internacional Contra o Câncer - TNM 6ª edição ESTADIAMENTO DOS TUMORES DE MAMA HISTÓRIA DO TNM O sistema TNM para a classificação

Leia mais

O QUE É? O NEUROBLASTOMA. Coluna Vertebral. Glândula supra-renal

O QUE É? O NEUROBLASTOMA. Coluna Vertebral. Glândula supra-renal O QUE É? O NEUROBLASTOMA Coluna Vertebral Glândula supra-renal O NEUROBLASTOMA O QUE SIGNIFICA ESTADIO? O QUE É O NEUROBLASTOMA? O neuroblastoma é um tumor sólido maligno, o mais frequente em Pediatria

Leia mais

Câncer de Mama COMO SÃO AS MAMAS:

Câncer de Mama COMO SÃO AS MAMAS: Câncer de Mama COMO SÃO AS MAMAS: As mamas (ou seios) são glândulas e sua função principal é a produção de leite. Elas são compostas de lobos que se dividem em porções menores, os lóbulos, e ductos, que

Leia mais

O QUE É? O TUMOR DE WILMS

O QUE É? O TUMOR DE WILMS O QUE É? O TUMOR DE WILMS Rim O TUMOR DE WILMS O QUE SIGNIFICA ESTADIO? O QUE É O TUMOR DE WILMS? O tumor de Wilms é o tipo de tumor renal mais frequente na criança. Desenvolve-se quando células imaturas

Leia mais

Cancro da Mama. Estrutura normal das mamas. O que é o Cancro da Mama

Cancro da Mama. Estrutura normal das mamas. O que é o Cancro da Mama Cancro da Mama O Cancro da Mama é um tumor maligno que se desenvolve nas células do tecido mamário. Um tumor maligno consiste num grupo de células alteradas (neoplásicas) que pode invadir os tecidos vizinhos

Leia mais

ORIENTAÇÕES SOBRE CARCINOMA DA BEXIGA INVASIVO E METASTÁTICO

ORIENTAÇÕES SOBRE CARCINOMA DA BEXIGA INVASIVO E METASTÁTICO ORIENTAÇÕES SOBRE CARCINOMA DA BEXIGA INVASIVO E METASTÁTICO (Texto actualizado em Março de 2008) A. Stenzl (Presidente), N.C. Cowan, M. De Santis, G. Jakse, M. Kuczyk, A.S. Merseburger, M.J. Ribal, A.

Leia mais

O QUE É? A LEUCEMIA MIELOBLÁSTICA AGUDA

O QUE É? A LEUCEMIA MIELOBLÁSTICA AGUDA O QUE É? A LEUCEMIA MIELOBLÁSTICA AGUDA A LEUCEMIA MIELOBLÁSTICA AGUDA O QUE É A LEUCEMIA MIELOBLÁSTICA AGUDA? A Leucemia Mieloblástica Aguda (LMA) é o segundo tipo de leucemia mais frequente na criança.

Leia mais

CARCINOMA DO OVÁRIO EM MULHER JOVEM QUANDO CONSERVAR?

CARCINOMA DO OVÁRIO EM MULHER JOVEM QUANDO CONSERVAR? CARCINOMA DO OVÁRIO EM MULHER JOVEM QUANDO CONSERVAR? JP Coutinho Borges, A Santos, A Carvalho, J Mesquita, A Almeida, P Pinheiro Serviço de Ginecologia e Obstetrícia ULSAM Viana do Castelo OBJETIVO Apresentação

Leia mais

O QUE É? O HEPATOBLASTOMA

O QUE É? O HEPATOBLASTOMA O QUE É? O HEPATOBLASTOMA Fígado O HEPATOBLASTOMA O QUE SIGNIFICA ESTADIO? O QUE É O HEPATOBLASTOMA? O hepatoblastoma é o tipo de tumor maligno do fígado mais frequente na criança; na maioria dos casos

Leia mais

RECOMENDAÇÕES NACIONAIS PARA DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO CANCRO DA MAMA

RECOMENDAÇÕES NACIONAIS PARA DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO CANCRO DA MAMA 09 RECOMENDAÇÕES NACIONAIS PARA DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO CANCRO DA MAMA PREÂMBULO PREÂMBULO No início dos anos 70, o Prof. Archibald Cochrane (que inspirou a criação de uma das grandes instituições

Leia mais

Analisar a sobrevida em cinco anos de mulheres. que foram submetidas a tratamento cirúrgico, rgico, seguida de quimioterapia adjuvante.

Analisar a sobrevida em cinco anos de mulheres. que foram submetidas a tratamento cirúrgico, rgico, seguida de quimioterapia adjuvante. Estudo de sobrevida de mulheres com câncer de mama não metastático tico submetidas à quimioterapia adjuvante Maximiliano Ribeiro Guerra Jane Rocha Duarte Cintra Maria Teresa Bustamante Teixeira Vírgilio

Leia mais

RM MAMÁRIA: quando indicar?

RM MAMÁRIA: quando indicar? RM MAMÁRIA: quando indicar? Lucio De Carli Serviço de Diagnóstico por Imagem da Mama Hospital Mãe de Deus SSMD Porto Alegre/RS e-mail: luciodc@terra.com.br RM MAMÁRIA - indicações - Incoerência EF x MG

Leia mais

Capítulo 18 (ex-capítulo 2) CÓDIGO V

Capítulo 18 (ex-capítulo 2) CÓDIGO V Capítulo 18 (ex-capítulo 2) CÓDIGO V O código V é uma classificação suplementar que se destina a classificar situações e outras circunstâncias que não as de doença ou lesão, que aparecem registadas como

Leia mais

Exames que geram dúvidas - o que fazer? SELMA DE PACE BAUAB

Exames que geram dúvidas - o que fazer? SELMA DE PACE BAUAB Exames que geram dúvidas - o que fazer? SELMA DE PACE BAUAB Exames que geram dúvidas - o que fazer? Como ter certeza que é BI-RADS 3? Quando não confiar na biópsia percutânea? O que fazer com resultados

Leia mais

Descobrindo o valor da

Descobrindo o valor da Descobrindo o valor da Ocâncer de mama, segundo em maior ocorrência no mundo, é um tumor maligno que se desenvolve devido a alterações genéticas nas células mamárias, que sofrem um crescimento anormal.

Leia mais

Discussão de Casos Clínicos Doença Localizada e Localmente Avançada Riad N. Younes William N. William Jr

Discussão de Casos Clínicos Doença Localizada e Localmente Avançada Riad N. Younes William N. William Jr Discussão de Casos Clínicos Doença Localizada e Localmente Avançada Riad N. Younes William N. William Jr Caso 1 Paciente fumante crônico, 61 anos, bom estado geral. Diagnosticado tumor de LSD de 3,7 cm,

Leia mais

Comitê Gestor dos Programas de Qualificação dos Prestadores de Serviços COGEP

Comitê Gestor dos Programas de Qualificação dos Prestadores de Serviços COGEP Comitê Gestor dos Programas de Qualificação dos Prestadores de Serviços COGEP GT Indicadores de SADT 3ª Reunião Subgrupo Oncologia 22 de abril de 2013 GERPS/GGISE/DIDES/ANS Agenda Definição da Estratificação

Leia mais

Relação entre as características ecográficas de um nódulo tiroideu e a sua benignidade/malignidade

Relação entre as características ecográficas de um nódulo tiroideu e a sua benignidade/malignidade Relação entre as características ecográficas de um nódulo tiroideu e a sua benignidade/malignidade Análise de 203 nódulos tiroideus do Hospital Geral de Coimbra Oliveira, C.M.; Costa, R.A.; Estêvão, A.;

Leia mais

CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS.

CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS. Laura S. W ard CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS. Nódulos da Tiróide e o Carcinoma Medular Nódulos da tiróide são um

Leia mais

13th StGallenInternationalBreast CancerConference2013 Aspectos Clínicos. Marcelo R. S. Cruz Oncologista Clínico

13th StGallenInternationalBreast CancerConference2013 Aspectos Clínicos. Marcelo R. S. Cruz Oncologista Clínico 13th StGallenInternationalBreast CancerConference2013 Aspectos Clínicos Marcelo R. S. Cruz Oncologista Clínico Declaraçãode Conflitosde Interesse Não tenho conflitos para esta apresentação 13th Consenso

Leia mais

CÂNCER DE MAMA PREVENÇÃO TRATAMENTO - CURA Novas estratégias. Rossano Araújo

CÂNCER DE MAMA PREVENÇÃO TRATAMENTO - CURA Novas estratégias. Rossano Araújo CÂNCER DE MAMA PREVENÇÃO TRATAMENTO - CURA Novas estratégias Rossano Araújo Papiro do Edwin Smith (Egito, 3.000-2.500 A.C.) Papiro Edwin Smith (Egito, 3000 2500 A.C.) Tumores Protuberantes da Mama Se você

Leia mais

MELANOMA EM CABEÇA E PESCOÇO

MELANOMA EM CABEÇA E PESCOÇO UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO MELANOMA EM CABEÇA E PESCOÇO COMPLICAÇÕES EM ESVAZIAMENTO CERVICAL UBIRANEI O. SILVA INTRODUÇÃO Incidência melanoma cutâneo: 10% a 25% Comportamento

Leia mais

O Que solicitar no estadiamento estádio por estádio. Maria de Fátima Dias Gaui CETHO

O Que solicitar no estadiamento estádio por estádio. Maria de Fátima Dias Gaui CETHO O Que solicitar no estadiamento estádio por estádio Maria de Fátima Dias Gaui CETHO Introdução Objetivo: Definir a extensão da doença: Estadiamento TNM (American Joint Committee on Cancer ). 1- Avaliação

Leia mais

Diretrizes Assistenciais. Protocolo de Conduta da Assistência Médico- Hospitalar - Mama

Diretrizes Assistenciais. Protocolo de Conduta da Assistência Médico- Hospitalar - Mama Diretrizes Assistenciais Protocolo de Conduta da Assistência Médico- Hospitalar - Mama Versão eletrônica atualizada em Novembro 2008 Protocolo de Conduta da Assistência Médico-Hospitalar Objetivos: - manuseio

Leia mais

Atuação da Acupuntura na dor articular decorrente do uso do inibidor de aromatase como parte do tratamento do câncer de mama

Atuação da Acupuntura na dor articular decorrente do uso do inibidor de aromatase como parte do tratamento do câncer de mama Atuação da Acupuntura na dor articular decorrente do uso do inibidor de aromatase como parte do tratamento do câncer de mama O câncer de mama - 2º tipo de câncer mais freqüente no mundo e o mais comum

Leia mais

ESTADIAMENTO. 1. Histórico

ESTADIAMENTO. 1. Histórico Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família 68 ESTADIAMENTO O estadiamento tem como objetivo agrupar pacientes segundo a extensão anatômica da doença. Essa normatização tem grande valia

Leia mais

PATOLOGIA DA MAMA. Ana Cristina Araújo Lemos

PATOLOGIA DA MAMA. Ana Cristina Araújo Lemos PATOLOGIA DA MAMA Ana Cristina Araújo Lemos Freqüência das alterações mamárias em material de biópsia Alteração fibrocística 40% Normal 30% Alterações benignas diversas 13% Câncer 10% Fibroadenoma

Leia mais

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA.

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. OUTUBRO ROSA ^ um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA ~ prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. ~ ^ O movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete

Leia mais

TRATAMENTO CONSERVADOR DO TUMOR DO PÉNIS Sociedade Portuguesa de Andrologia Lisboa 2013. Francisco E. Martins Serviço de Urologia, CHLN

TRATAMENTO CONSERVADOR DO TUMOR DO PÉNIS Sociedade Portuguesa de Andrologia Lisboa 2013. Francisco E. Martins Serviço de Urologia, CHLN TRATAMENTO CONSERVADOR DO TUMOR DO PÉNIS Sociedade Portuguesa de Andrologia Lisboa 2013 Francisco E. Martins Serviço de Urologia, CHLN INTRODUÇÃO TUMOR RARO! Europa e EUA: < 1: 100.000 (0,4% - 0,6%) Ásia,

Leia mais

Diagnóstico do câncer de mama Resumo de diretriz NHG M07 (segunda revisão, novembro 2008)

Diagnóstico do câncer de mama Resumo de diretriz NHG M07 (segunda revisão, novembro 2008) Diagnóstico do câncer de mama Resumo de diretriz NHG M07 (segunda revisão, novembro 2008) De Bock GH, Beusmans GHMI, Hinloopen RJ, Corsten MC, Salden NMA, Scheele ME, Wiersma Tj traduzido do original em

Leia mais

André Salazar e Marcelo Mamede CANCER PATIENTS: CORRELATION WITH PATHOLOGY. Instituto Mário Penna e HC-UFMG. Belo Horizonte-MG, Brasil.

André Salazar e Marcelo Mamede CANCER PATIENTS: CORRELATION WITH PATHOLOGY. Instituto Mário Penna e HC-UFMG. Belo Horizonte-MG, Brasil. F-FDG PET/CT AS A PREDICTOR OF INVASIVENESS IN PENILE CANCER PATIENTS: CORRELATION WITH PATHOLOGY André Salazar e Marcelo Mamede Instituto Mário Penna e HC-UFMG. Belo Horizonte-MG, Brasil. 2014 CÂNCER

Leia mais

QUIMIOTERAPIA NO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO

QUIMIOTERAPIA NO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO INDICAÇÕES 1 Carcinoma Espinocelular 2 Carcinoma da Rinofaringe 3 Carcinoma de Glândulas Salivares 1- CARCINOMA ESPINOCELULAR INDICAÇÕES: a. tratamento adjuvante: concomitante a RXT b. neo-adjuvante (indução)

Leia mais

Como tratar o câncer de mama na paciente com mutação genética? Prof. Dr. Giuliano Duarte

Como tratar o câncer de mama na paciente com mutação genética? Prof. Dr. Giuliano Duarte Como tratar o câncer de mama na paciente com mutação genética? Prof. Dr. Giuliano Duarte Quem é a paciente com mutação BRCA1/2? Ansiedade Penetrância dos genes BRCA1 e BRCA 2 até os 70 anos Meta-análise

Leia mais

Humberto Brito R3 CCP

Humberto Brito R3 CCP Humberto Brito R3 CCP ABSTRACT INTRODUÇÃO Nódulos tireoideanos são achados comuns e raramente são malignos(5-15%) Nódulos 1cm geralmente exigem investigação A principal ferramenta é a citologia (PAAF)

Leia mais

Conclusões científicas

Conclusões científicas Anexo II Conclusões científicas e fundamentos para a alteração do Resumo das Características do Medicamento, da Rotulagem e do Folheto Informativo apresentados pela Agência Europeia de Medicamentos 7 Conclusões

Leia mais

TOMOSSÍNTESE MAMÁRIA CASOS CLÍNICOS

TOMOSSÍNTESE MAMÁRIA CASOS CLÍNICOS TOMOSSÍNTESE MAMÁRIA CASOS CLÍNICOS SELMA DI PACE BAUAB Radiologista da Mama Imagem São José do Rio Preto - SP CASO 1 55 anos. Assintomática TOMOSSÍNTESE LESÃO EPITELIAL ESCLEROSANTE (Cicatriz Radial)

Leia mais

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem

Leia mais

O QUE É? O LINFOMA DE HODGKIN

O QUE É? O LINFOMA DE HODGKIN O QUE É? O LINFOMA DE HODGKIN Gânglio Linfático O LINFOMA DE HODGKIN O QUE É O LINFOMA DE HODGKIN? O linfoma de Hodgkin é um cancro do sistema linfático, que surge quando as células linfáticas se alteram

Leia mais

- Ambulatório: Termo usado geralmente em regime de tratamentos não obriga a estar acamado ou em observação;

- Ambulatório: Termo usado geralmente em regime de tratamentos não obriga a estar acamado ou em observação; A - Ambulatório: Termo usado geralmente em regime de tratamentos não obriga a estar acamado ou em observação; - Ajudas técnicas: segundo a ISO (Organização Internacional de Normalização entidade internacional

Leia mais

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RS PORTARIA 13/2014

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RS PORTARIA 13/2014 PORTARIA 13/2014 Dispõe sobre os parâmetros do exame PET-CT Dedicado Oncológico. O DIRETOR-PRESIDENTE DO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL-IPERGS, no uso de suas atribuições conferidas

Leia mais

O Cancro da Mama em Portugal. 1 em cada 11 mulheres em Portugal vai ter cancro da mama

O Cancro da Mama em Portugal. 1 em cada 11 mulheres em Portugal vai ter cancro da mama www.laco.pt O Cancro da Mama em Portugal 1 em cada 11 mulheres em Portugal vai ter cancro da mama Cancro em Portugal 2002 O Cancro da Mama em Portugal Surgem 5000 novos casos por ano Mas. Com a deteção

Leia mais

CURSOS PRÉ-CONGRESSO 9. OUTUBRO

CURSOS PRÉ-CONGRESSO 9. OUTUBRO CURSOS PRÉ-CONGRESSO 9. OUTUBRO CURSO PRÉ-CONGRESSO 1 09h00-16h00 09h00-10h45 10h45-11h00 11h00-12h30 12h30-13h00 ABC DA SENOLOGIA Organização e coordenação: José Carlos Marques, IPO Lisboa Curso destinado

Leia mais

Pereira C., Henriques J., Cirurgia Patologia e Clínica, Lisboa, McGraw-Hill, 2ª Edição

Pereira C., Henriques J., Cirurgia Patologia e Clínica, Lisboa, McGraw-Hill, 2ª Edição Anotadas do 5º Ano 2008/09 Data: 21/10/08 Disciplina: Cirugia II Prof.: Dr.ª Emília Vieira, Dr.ª Isidra Cantante Tema da Aula Teórica-Prática: Neoplasia da mama Autores: Joana G. Moreira e Inês Coelho

Leia mais

Entenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção. Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca)

Entenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção. Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca) Entenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca) O que é? É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não

Leia mais

Apesar de ser um tumor maligno, é uma doença curável se descoberta a tempo, o que nem sempre é possível, pois o medo do diagnóstico é muito grande,

Apesar de ser um tumor maligno, é uma doença curável se descoberta a tempo, o que nem sempre é possível, pois o medo do diagnóstico é muito grande, Cancêr de Mama: É a causa mais frequente de morte por câncer na mulher, embora existam meios de detecção precoce que apresentam boa eficiência (exame clínico e auto-exame, mamografia e ultrassonografia).

Leia mais

CARCINOMA MAMÁRIO COM METÁSTASE PULMONAR EM FELINO RELATO DE CASO

CARCINOMA MAMÁRIO COM METÁSTASE PULMONAR EM FELINO RELATO DE CASO CARCINOMA MAMÁRIO COM METÁSTASE PULMONAR EM FELINO RELATO DE CASO HOFFMANN, Martina L. 1 ; MARTINS, Danieli B. 2 ; FETT, Rochana R. 3 Palavras-chave: Carcinoma. Felino. Quimioterápico. Introdução O tumor

Leia mais

DIAGNÓSTICO MÉDICO DADOS EPIDEMIOLÓGICOS FATORES DE RISCO FATORES DE RISCO 01/05/2015

DIAGNÓSTICO MÉDICO DADOS EPIDEMIOLÓGICOS FATORES DE RISCO FATORES DE RISCO 01/05/2015 01/05/2015 CÂNCER UTERINO É o câncer que se forma no colo do útero. Nessa parte, há células que podem CÂNCER CERVICAL se modificar produzindo um câncer. Em geral, é um câncer de crescimento lento, e pode

Leia mais

TRANSPORTE INTER-HOSPITALAR PEDIÁTRICO DA REGIÃO NORTE NORMAS DE ACTIVAÇÃO E CRITÉRIOS DE TRANSPORTE

TRANSPORTE INTER-HOSPITALAR PEDIÁTRICO DA REGIÃO NORTE NORMAS DE ACTIVAÇÃO E CRITÉRIOS DE TRANSPORTE TRANSPORTE INTER-HOSPITALAR PEDIÁTRICO DA REGIÃO NORTE NORMAS DE ACTIVAÇÃO E CRITÉRIOS DE TRANSPORTE O sistema de Transporte Inter-hospitalar Pediátrico (TIP) foi formalmente criado por protocolo entre

Leia mais

EMENTA: Câncer urológico - Critérios de alta para pacientes com câncer CONSULTA

EMENTA: Câncer urológico - Critérios de alta para pacientes com câncer CONSULTA PARECER Nº 2422/2013 CRM-PR PROCESSO CONSULTA N.º 11/2013 PROTOCOLO N. º 10115/2013 ASSUNTO: CRITÉRIOS DE ALTA DE SERVIÇOS DE CANCEROLOGIA PARECERISTA: CONS. JOSÉ CLEMENTE LINHARES EMENTA: Câncer urológico

Leia mais

ANÁLISE COMPARATIVA DOS GRAUS HISTOLÓGICOS ENTRE TUMOR PRIMÁRIO E METÁSTASE AXILAR EM CASOS DE CÂNCER DE MAMA

ANÁLISE COMPARATIVA DOS GRAUS HISTOLÓGICOS ENTRE TUMOR PRIMÁRIO E METÁSTASE AXILAR EM CASOS DE CÂNCER DE MAMA ANÁLISE COMPARATIVA DOS GRAUS HISTOLÓGICOS ENTRE TUMOR PRIMÁRIO E METÁSTASE AXILAR EM CASOS DE CÂNCER DE MAMA Pinheiro, A.C ¹, Aquino, R. G. F. ¹, Pinheiro, L.G.P. ¹, Oliveira, A. L. de S. ¹, Feitosa,

Leia mais

ANEXO CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RESPEITANTES À UTILIZAÇÃO SEGURA E EFICAZ DO MEDICAMENTO A SEREM IMPLEMENTADAS PELOS ESTADOS-MEMBROS

ANEXO CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RESPEITANTES À UTILIZAÇÃO SEGURA E EFICAZ DO MEDICAMENTO A SEREM IMPLEMENTADAS PELOS ESTADOS-MEMBROS ANEXO CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RESPEITANTES À UTILIZAÇÃO SEGURA E EFICAZ DO MEDICAMENTO A SEREM IMPLEMENTADAS PELOS ESTADOS-MEMBROS 1 Os Estados-Membros devem garantir que todas as condições ou restrições

Leia mais

Módulo: Câncer de Rim Localizado

Módulo: Câncer de Rim Localizado Módulo: Câncer de Rim Localizado Caso 1 CAL, 56 anos, masculino Paciente médico, obeso (IMC = 41; peso 120 kg) Antecedentes clínicos: nefrolitíase Antecedentes cirúrgicos: Laparotomia mediana por divertículo

Leia mais

Apresentação de Caso Clínico L.E.M.D.A.P.

Apresentação de Caso Clínico L.E.M.D.A.P. Apresentação de Caso Clínico L.E.M.D.A.P. De Oliveira,J.V.C¹; SILVA, M.T.B¹; NEGRETTI, Fábio². ¹Acadêmicas do curso de Medicina da UNIOESTE. ²Professor de Anatomia e Fisiologia Patológica da UNIOESTE.

Leia mais

CAPSULITE ADESIVA OU OMBRO CONGELADO. A capsulite adesiva ou ombro congelado é uma doença de causa

CAPSULITE ADESIVA OU OMBRO CONGELADO. A capsulite adesiva ou ombro congelado é uma doença de causa CAPSULITE ADESIVA OU OMBRO CONGELADO A capsulite adesiva ou ombro congelado é uma doença de causa desconhecida. Por vezes os doentes associam o seu inicio a um episódio traumático. Outros doentes referiam

Leia mais

Página 19, 1.ª frase: O Ministério da Saúde do Reino Unido recomenda que, em vez de examinar a mama mensalmente, conheça a sua mama.

Página 19, 1.ª frase: O Ministério da Saúde do Reino Unido recomenda que, em vez de examinar a mama mensalmente, conheça a sua mama. Página 5, 1.ª frase da resposta: O cancro da mama é o cancro mais comum no Reino Unido. Página 6, 1.ª frase da resposta à 1.ª pergunta: O cancro da mama é a segunda maior causa de morte de cancro na mulher

Leia mais

Cirurgia poupadora de órgão no tratamento da massa testicular

Cirurgia poupadora de órgão no tratamento da massa testicular Cirurgia poupadora de órgão no tratamento da massa testicular TUMORES DO TESTÍCULO Nuno Louro nunorlouro@gmail.com 16 de Novembro de 2013 ORQUIDECTOMIA RADICAL Maioria das massas testiculares palpáveis

Leia mais

vulva 0,9% ovário 5,1%

vulva 0,9% ovário 5,1% endométrio 12,3% ovário 5,1% vulva 0,9% colo uterino 13,3% câncer de mama 68,4% Maior incidência nas mulheres acima de 60 anos ( 75% ) Em 90% das mulheres o primeiro sintoma é o sangramento vaginal pós-menopausa

Leia mais

Seminário Metástases Pulmonares

Seminário Metástases Pulmonares Seminário Metástases Pulmonares Tatiane Cardoso Motta 09/02/2011 CASO CLÍNICO Paciente do sexo feminino, 52 anos, refere que realizou RX de tórax de rotina que evidenciou nódulos pulmonares bilaterais.

Leia mais

Numeração Única: 0112.14.001131-6 TEMA: TAMOXIFENO NO TRATAMENTO ADJUVANTE DO CANCER DE MAMA

Numeração Única: 0112.14.001131-6 TEMA: TAMOXIFENO NO TRATAMENTO ADJUVANTE DO CANCER DE MAMA NT 38/2013 Solicitante: Dra. Renata Abranches Perdigão do JESP da Fazenda Pública de Campo Belo Data: 22/02/2014 Medicamento X Material Procedimento Cobertura Numeração Única: 0112.14.001131-6 TEMA: TAMOXIFENO

Leia mais

Gradação Histológica de tumores

Gradação Histológica de tumores Gradação Histológica de tumores A gradação histológica é uma avaliação morfológica da diferenciação celular de cada tumor. Baseada geralmente em 03-04 níveis de acordo com o tecido específico do tumor.

Leia mais

CHUC Clínica Universitária de Radiologia

CHUC Clínica Universitária de Radiologia CHUC Clínica Universitária de Radiologia Director: Prof. Dr. Filipe Caseiro Alves Reunião Bibliográfica 03/06/2013 Mafalda Magalhães Introdução Incidência dos tumores da tiróide aumentou nos últimos anos

Leia mais

Cancro do Pulmão. Serviço de Pneumologia Director: Dr. Fernando Rodrigues Orientador: Dr. José Pedro Boléo-Tomé

Cancro do Pulmão. Serviço de Pneumologia Director: Dr. Fernando Rodrigues Orientador: Dr. José Pedro Boléo-Tomé Cancro do Pulmão O DESAFIO CONSTANTE Serviço de Pneumologia Director: Dr. Fernando Rodrigues Orientador: Dr. José Pedro Boléo-Tomé Telma Sequeira Interna de Formação Complementar de Pneumologia Amadora,

Leia mais

CÂNCER DE MAMA. Breast Cancer I. EXAMES DE AVALIAÇÃO 1. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA

CÂNCER DE MAMA. Breast Cancer I. EXAMES DE AVALIAÇÃO 1. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA CONDUTAS DO INCA/MS / INCA/MS PROCEDURES CÂNCER DE MAMA Breast Cancer O estado atual da Mastologia tem permitido detectar mais freqüentemente lesões neoplásicas iniciais, como o carcinoma ductal in situ.

Leia mais

CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva 2014 Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva/ Ministério da Saúde. Esta

Leia mais

Prolapso dos Órgãos Pélvicos

Prolapso dos Órgãos Pélvicos Prolapso dos Órgãos Pélvicos Autor: Bercina Candoso, Dra., Ginecologista, Maternidade Júlio Dinis Porto Actualizado em: Julho de 2010 No prolapso dos órgãos pélvicos, a vagina e os órgãos adjacentes, uretra,

Leia mais

CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva 2014 Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva/ Ministério da Saúde. Esta

Leia mais

CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva Cartilha_Outubro Rosa_Mitos_26-09-2014.indd 1 08/10/2014 14:24:37 2014 Instituto Nacional

Leia mais

Alexandre de Lima Farah

Alexandre de Lima Farah Alexandre de Lima Farah Declaração de conflito de interesse Não recebi qualquer forma de pagamento ou auxílio financeiro de entidade pública ou privada para pesquisa ou desenvolvimento de método diagnóstico

Leia mais

BREAST IMAGING REPORTING AND DATA SYSTEM NOVO BI-RADS EM MAMOGRAFIA

BREAST IMAGING REPORTING AND DATA SYSTEM NOVO BI-RADS EM MAMOGRAFIA BREAST IMAGING REPORTING AND DATA SYSTEM NOVO BI-RADS EM MAMOGRAFIA Breast Imaging Reporting and Data System Dr Marconi Luna Doutor em Medicina UFRJ Ex-Presidente da SBM Breast Imaging Reporting and Data

Leia mais

TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme

TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme NOTA TÉCNICA 2014 Solicitante Dr. Renato Martins Prates Juiz Federal da 8ª Vara Data: 19/02/2014 Medicamento X Material Procedimento Cobertura TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme

Leia mais

Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo:

Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo: Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo: Análise dos dados e indicadores de qualidade 1. Análise dos dados (jan ( janeiro eiro/2000 a setembro/201 /2015) Apresenta-se aqui uma visão global sobre a base

Leia mais

Serviço de Oncologia Médica; Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga

Serviço de Oncologia Médica; Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga Serviço de Oncologia Médica Director: Prof. Dr. António Araújo CONTRIBUIÇÃO PARA A MELHORIA DOS CUIDADOS AOS DOENTES COM CANCRO DO RIM CASO CLÍNICO Vânia Peixoto 1, Sónia Rego 1, Ana Luísa Faria 1, Manuela

Leia mais

Câncer de Pulmão. Prof. Dr. Luis Carlos Losso Medicina Torácica Cremesp 18.186

Câncer de Pulmão. Prof. Dr. Luis Carlos Losso Medicina Torácica Cremesp 18.186 Câncer de Pulmão Todos os tipos de câncer podem se desenvolver em nossas células, as unidades básicas da vida. E para entender o câncer, precisamos saber como as células normais tornam-se cancerosas. O

Leia mais

III EGEPUB/COPPE/UFRJ

III EGEPUB/COPPE/UFRJ Luiz Otávio Zahar III EGEPUB/COPPE/UFRJ 27/11/2014 O que é a próstata? A próstata é uma glândula pequena que fica abaixo da bexiga e envolve o tubo (chamado uretra) pelo qual passam a urina e o sêmen.

Leia mais

Qual é a função dos pulmões?

Qual é a função dos pulmões? Câncer de Pulmão Qual é a função dos pulmões? Os pulmões são constituídos por cinco lobos, três no pulmão direito e dois no esquerdo. Quando a pessoa inala o ar, os pulmões absorvem o oxigênio, que é levado

Leia mais

Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde

Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde PORTARIA Nº 1.008, DE 30 DE SETEMBRO DE 2015 Aprova as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Carcinoma de Mama. A Secretária de Atenção à Saúde, no uso das atribuições, Considerando a necessidade de

Leia mais

Neoplasias dos epitélios glandulares II

Neoplasias dos epitélios glandulares II Neoplasias dos epitélios glandulares II PATOLOGIA II Aula Prática nº4 MAMA: Correlação estrutura/lesão Cél. Basais/mioepiteliais Cél. Basais/mioepiteliais (actina) Cél. luminais Cél. luminais MAMA: Estrutura

Leia mais

Informação de segurança muito importante para os profissionais de saúde que prescrevem, dispensam e administram

Informação de segurança muito importante para os profissionais de saúde que prescrevem, dispensam e administram Informação de segurança muito importante para os profissionais de saúde que prescrevem, dispensam e administram Este medicamento está sujeito a monitorização adicional. Versão 1, março 2014 ATENÇÃO: Risco

Leia mais

Tratamento do câncer no SUS

Tratamento do câncer no SUS 94 Tratamento do câncer no SUS A abordagem integrada das modalidades terapêuticas aumenta a possibilidade de cura e a de preservação dos órgãos. O passo fundamental para o tratamento adequado do câncer

Leia mais

LINHA DE CUIDADOS DE SAÚDE EM ONCOLOGIA

LINHA DE CUIDADOS DE SAÚDE EM ONCOLOGIA SAÚDE EM DIA O Programa Saúde em Dia consiste em linhas de cuidados integrais, com foco na patologia e na especialidade médica, direcionados a melhoria da saúde dos beneficiários de planos de saúde empresariais.

Leia mais

13. CONEX Pôster Resumo Expandido 1 O PROJETO DE EXTENSÃO CEDTEC COMO GERADOR DE FERRAMENTAS PARA A PESQUISA EM CÂNCER DE MAMA

13. CONEX Pôster Resumo Expandido 1 O PROJETO DE EXTENSÃO CEDTEC COMO GERADOR DE FERRAMENTAS PARA A PESQUISA EM CÂNCER DE MAMA 13. CONEX Pôster Resumo Expandido 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE (X ) SAÚDE ( ) TRABALHO

Leia mais

CANCER DE COLO DE UTERO FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

CANCER DE COLO DE UTERO FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO CANCER DE COLO DE UTERO FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO CANCER DE COLO DE UTERO O câncer de colo uterino é o câncer mais comum entre as mulheres no Brasil, correspondendo a, aproximadamente,

Leia mais

TÍTULO: UTILIZAÇÃO DA MAMOGRAFIA PARA O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA MASCULINO

TÍTULO: UTILIZAÇÃO DA MAMOGRAFIA PARA O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA MASCULINO TÍTULO: UTILIZAÇÃO DA MAMOGRAFIA PARA O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA MASCULINO CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: MEDICINA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE

Leia mais

Diagnóstico do câncer

Diagnóstico do câncer UNESC FACULDADES ENFERMAGEM - ONCOLOGIA FLÁVIA NUNES Diagnóstico do câncer Evidenciado: Investigação diagnóstica por suspeita de câncer e as intervenções de enfermagem no cuidado ao cliente _ investigação

Leia mais

A IMAGIOLOGIA NA PATOLOGIA PANCREÁTICA 5º ANO

A IMAGIOLOGIA NA PATOLOGIA PANCREÁTICA 5º ANO 5º ANO SUMÁRIO Métodos de imagem (MI) Pancreatite aguda (PA) Pancreatite crónica (PC) Tumores do pâncreas MÉTODOS DE IMAGEM Ecografia ( ECO ) Tomografia computorizada ( TC ) Ressonância magnética ( RM

Leia mais

Unidade de cabeça e pescoço Actividade durante o ano de 2007

Unidade de cabeça e pescoço Actividade durante o ano de 2007 Unidade de cabeça e pescoço Actividade durante o ano de 2007 Hospital de S. Marcos Braga Departamento de Cirurgia. Serviço de Cirurgia I Director: Dr. A. Gomes Unidade de Cabeça e Pescoço Responsável:

Leia mais

Agenda. Nódulo da Tireóide. Medicina Nuclear. Medicina Nuclear em Cardiologia 17/10/2011

Agenda. Nódulo da Tireóide. Medicina Nuclear. Medicina Nuclear em Cardiologia 17/10/2011 Agenda Medicina Nuclear Endocrinologia Walmor Cardoso Godoi, M.Sc. http://www.walmorgodoi.com O objetivo desta aula é abordar a Medicina nuclear em endocrinologia (notadamente aplicações Câncer de Tireóide).

Leia mais