Efeito da temperatura ambiente nas exigências de proteína bruta para galinhas reprodutoras pesadas na fase de produção
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- Felipe Fagundes Barreiro
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1 RPCV (2004) 99 (55) 6-65 Efeito da temperatura ambiente nas exigências de proteína bruta para galinhas reprodutoras pesadas na fase de produção Effect of environmental temperature on crude protein requirements of broiler breeders hens Carlos Bôa-Viagem Rabello *, Nilva Kazue Sakomura 2, Flávio Alves Longo 2 Departamento de Zootecnia, Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE, Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife, Pernambuco, Brasil, Cep Departamento de Zootecnia, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP, Via de Acesso Prof. Paulo D. Castellane, s/n, Jaboticabal, São Paulo, Brasil, Cep Resumo: O trabalho objetivou estimar as exigências de proteína bruta para manutenção (PBm) para aves reprodutoras pesadas submetidas a diferentes temperaturas. Foram utilizadas 92 aves reprodutoras pesadas, Hubbard HI-Y, alojadas em gaiolas de acordo com um delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro tratamentos, sendo quatro repetições de quatro aves/gaiola em três câmaras climatizadas com temperaturas controladas de 3, 2 e 30 0 C. Os tratamentos consistiram de quatro níveis de alimentação: ad libitum e 70, 50 e 30% do ad libitum. Durante o período experimental quantificou-se a ingestão de nitrogênio corporal. Foi utilizada técnica de abate comparativo para determinar o nitrogênio retido. As exigências em nitrogênio de manutenção (Nm) e a eficiência de utilização do mesmo (k) foram determinadas a partir da relação entre o nitrogênio consumido e retido. Os valores de Nm foram multiplicados por 6,25 para estimar as exigências de PBm. As exigências de PBm estimadas foram: 2525, 349 e 4269 mgpb/kg 0,75 /dia e as eficiências, 42, 40 e 38% nas temperaturas de 3, 2 e 30 0 C, respectivamente. Verificou-se aumento linear de 02,42 mgpb/ ave/dia para cada elevação de 0 C na temperatura ambiental, conforme a equação determinada: PBm = 29,4 + 02,42 x T, sendo T a temperatura ambiente. Palavras chaves: aves reprodutoras pesadas, exigência de proteína bruta, temperatura ambiente. Summary: The objective of this study was to determine the crude protein for maintenance (CPm) for broiler breeder hens. One hundred and ninety two birds were housed in climatic chambers at 3, 2 and 30 0 C. The birds were distributed in four treatments with four replications of four birds each. The treatments were: ad libitum intake and 70, 50 and 30% of the ad libitum intake. During the experimental period the ingestion of nitrogen was quantified. Comparative slaughter technique was used to determine the retained nitrogen. Maintenance nitrogen requirements (Nm) and efficiency of nitrogen utilization (k) were determined by the relationship of intaked and retained nitrogen. Nm was multiplied by 6.25 to estimate the demands of CPm. The CPm were: 2525, 349 e 4269 mgcp/kg 0,75 /day and efficiency were: 42, 40 e 38%, for temperature of 3, 2 and 30 0 C, respectively. Verified increasing of the mgpb/bird/day for each elevation of 0 C in the environmental temperature, according to the certain equation: PBm = x T, where T is the environmental temperature. *Correspondência: telefone: /55/576, cbviagem@ufrpe.br Key words: broiler breeder hens, environmental temperature, protein requirement Introdução Segundo Scott et al. (982) a proteína forma as partes estruturais do tecido mole do corpo animal como os músculos, o tecido conjuntivo, o colágeno, a pele, as cerdas, os pêlos e as unhas, nas aves as penas, e outras porções como o bico. Além disso, a proteína é parte essencial na composição dos ovos e de fundamental importância para a produção de pintainhos, sendo que uma parte considerável da proteína ingerida pelas aves é utilizada para manutenção. Trabalho realizado por Rabello et al. (2002a) determinou que a maior parte da proteína ingerida (66%) foi destinada à produção de ovos, sendo 29% destinada para a manutenção e 5% para o ganho de peso. Leeson e Summers (2000) sugerem que reprodutoras pesadas às 32 semanas de idade devem consumir um total de 2g de PB/dia, sendo g para o crescimento (4,76%), 0 g para produção de ovos (47,62%) e 0g para manutenção (47,62%) e para aves às 55 semanas de idade um total de 9 g de PB/dia, sendo 8 g para produção de ovos (42,0%) e g para manutenção (57,80%). Diversos fatores influenciam as exigências de proteínas: os intrínsecos, como o genótipo, a idade e o peso da ave, e os extrínsecos como a nutrição, o nível de produção, as condições de manejo e alojamento e a alimentação durante a cria e recria (Santomá, 99). Por outro lado, alguns pesquisadores têm encontrado diferenças nas exigências de proteína bruta ao estudarem aves em diferentes condições de temperatura ambiental, sendo estas explicadas pelas alterações no metabolismo hormonal dos animais (Himms-Hagen, 967; Moberg, 976; De Andrade, 977; Geraert et al., 994). Para determinação da exigência de proteína, Santo- 6
2 RPCV (2004) 99 (55) 6-65 má (99) salienta que o melhor critério do ponto de vista fisiológico é a medida da taxa de deposição protéica, através da técnica do abate comparativo (composição da carcaça) ou pela técnica do balanço do nitrogênio. O abate comparativo leva em consideração que a composição corporal de um grupo de aves pode ser estimada pela composição da carcaça de uma amostra de aves, sendo abatida no início e no final do período experimental, permitindo desta forma quantificar a retenção de um determinado nutriente em um período de tempo estabelecido (Wolynetz e Sibbald, 987). A técnica do balanço de nitrogênio relaciona o balanço de nitrogênio em função do nitrogênio ingerido, permitindo determinar no intercepto do eixo da ordenada (nitrogênio retido) as perdas endógenas do animal quando este recebe uma dieta livre de nitrogênio. A exigência de nitrogênio para manutenção é determinada no intercepto do eixo da abscissa (nitrogênio ingerido), quando a retenção do nitrogênio é zero e a inclinação da reta representa a eficiência de utilização da proteína pelo animal (Boorman, 98). O método fatorial constitui a base para a elaboração de equações de predição, as quais são de grande importância para o Brasil, tendo em vista que a amplitude climática é variável e os galpões para criação das aves são abertos, pois as equações de predição levam em consideração parâmetros inerentes à ave e ao ambiente facilitando a elaboração de programas alimentares mais adequados (Rostagno et al., 996). Assim, esta pesquisa teve como objetivo determinar as exigências de proteína bruta para manutenção de galinhas reprodutoras pesadas na fase de produção, submetidas a diferentes temperaturas ambientais. Material e métodos O trabalho foi desenvolvido no Setor de Avicultura do Departamento de Zootecnia da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Campus de Jaboticabal, Jaboticabal, São Paulo, Brasil. A cidade de Jaboticabal está localizada no interior do Estado de São Paulo na latitude S, longitude W e altitude de 595 m. Os ensaios foram conduzidos em galpões climatizados com temperaturas controladas de 3, 2 e 30 0 C, utilizando 92 aves da linhagem Hubbard HI-Y, sendo alocadas 64 aves a cada temperatura. As aves foram alojadas em gaiolas (00 x 45 x 40 cm) onde permaneceram durante um período de 6 semanas (29 a 35 semanas de idade) sendo semana de adaptação e 5 semanas de coleta de dados. Cada gaiola representou uma parcela experimental, sendo composta por 4 aves. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com 4 níveis de alimentação e 4 repetições, sendo 4 aves por repetição. Os tratamentos consistiram em diferentes níveis de ingestão de alimento: consumo ad libitum e 70, 50 e 30% em relação ao consumo do ad libitum. O fornecimento de alimento para os tratamentos com restrição alimentar foi realizado diariamente em função do consumo do dia anterior do tratamento ad libitum, permitindo o controle da quantidade do alimento ingerido no período experimental. A dieta experimental foi formulada para atender às necessidades nutricionais das aves, segundo as recomendações do manual da linhagem (Tabela ). As aves receberam um programa de luz de 7 horas diárias com luz artificial, considerando que o galpão era climatizado, não se permitindo que as aves recebessem luz natural. As exigências e eficiências de utilização da proteína para manutenção foram determinadas pela técnica do abate comparativo. Durante o experimento quantificouse ingestão e retenção do nitrogênio ingerido. Foram sacrificadas quatro aves/temperatura no início e todas as aves das parcelas no final do período experimental. Inicialmente, as aves foram submetidas a um jejum de 24 horas e mortas por deslocamento cervical sendo em seguida pesadas, coletada uma amostra de penas em várias partes do corpo, depenadas e congeladas; uma amostra de seis ovos por parcela experimental foi também coletada no inicio e final do período experimental e os ovos foram homogeneizados e congelados. Para a análise de composição corporal, as carcaças foram serradas, moídas, amostradas e secas em estufa a 55 0 C por 72 horas, sendo novamente moídas em moinho de bola. As amostras de penas coletadas de diferentes partes do corpo da ave foram cortadas e os ovos homogeneizados em liqüidificador por 2 minutos e secos da mesma forma e, em seguida, moídos. Para a análise de nitrogênio foi utilizado o método micro Kjedahl conforme descrito pela AOAC (990). A variável ingestão de nitrogênio e nitrogênio retido quantificado foram relacionadas através de equações de regressão para obtenção das exigências diárias de nitrogênio para manutenção e as eficiências de utilização do nitrogênio para manutenção (k) em cada temperatura estudada. Para determinar o efeito da temperatura sobre as exigências de PBm, fez-se a regressão dos valores de PBm determinados em cada temperatura em função da temperatura ambiente. A análise estatística foi realizada através de análise de regressão por meio do procedimento PROC REG do programa computacional SAS for Windows v. 6.2 (996). Resultados Na Tabela 2 e 3, estão apresentados os dados de peso inicial e final no abate, variação no ganho de peso, consumo de ração e produção de ovo (massa de ovos e postura) das aves durante o experimento. Verifica-se que as aves submetidas à restrição, a partir do segundo nível de alimentação, começaram a perder peso corporal quando submetidas a 30 0 C. Isto é explicado pelo fato de que os níveis de restrição foram baseados na in- 62
3 RPCV (2004) 99 (55) 6-65 Tabela - Composição alimentar e nutricional das rações utilizadas para matrizes durante a fase experimental Ingredientes Composição alimentar Nutrientes Níveis nutricionais Milho 68,670 Proteína bruta, % 5,500 Farelo de soja 20,99 Energia metabolizável, kcal/kg 2825 Fosfato bicálcico,840 Metionina, % 0,446 Calcário calcítico 7,558 Metionina+cistina, % 0,75 Sal comum 0,350 Lisina, % 0,760 DL-Metionina 99 0,9 Cálcio, % 3,390 Suplemento vitamínico () 0,300 Fósforo disponível, % 0,40 Suplemento mineral () 0,00 Os suplementos vitamínico e mineral foram formulados para atender as exigências nutricionais das matrizes e foram fornecidos pela Granja Rezende. Tabela 2 - Médias de peso do abate inicial e final com o desvio padrão da média e a variação de peso das aves durante o período experimental IR Peso Abate Inicial (g) Peso Abate final (g) Variação no peso (g) T ad libitum 00, , ,3 260,63 T2 70% 72, , ,25-3,25 T3 50% 5, , ,75-380,75 T4 30% 32, , ,3-572,38 Temperatura 22 0 C T ad libitum 00, , ,63 759,3 T2 70% 77, , ,38 83,88 T3 50% 56, , ,50-9,00 T4 30% 39, 3.442, ,00-59,50 Temperatura 3 0 C T ad libitum 00, , ,38 88,38 T2 70% 83, , ,00 90,63 T3 50% 60, , ,38-232,63 T4 30% 40, , ,63-534,38 gestão diária do tratamento testemunha, e assim as aves submetidas a temperaturas constantes de 30 0 C, tiveram dificuldade de perder calor, diminuindo drasticamente o consumo de ração, conforme apresentado na Tabela 3. Quanto às demais aves submetidas a temperaturas mais baixas, só apresentaram perda de peso corporal a partir do terceiro nível de alimentação. Como consequência da baixa ingestão de ração as aves começaram a diminuir a produção de ovos a partir do terceiro nível de restrição alimentar. Portanto, no nível de alimentação (ad libitum) as aves ingeriam ração acima das exigências de manutenção, no nível de alimentação 2 as aves supriram suas exigências nutricionais e a partir do nível de restrição 3 e 4 as aves diminuíram a sua postura. Na Tabela 4 estão apresentados os valores de nitrogênio ingerido e nitrogênio retido total (carcaça e ovos) durante o período experimental. Observa-se que as menores retenções de nitrogênio foram observadas nas aves submetidas à temperatura de 30 0 C, devido as menores ingestões das rações, observando inclusive retenção de nitrogênio negativa no último nível de restrição. No entanto, vale salientar que as aves perderam peso corporal, porém em maior proporção na sua reserva energética. A partir dos resultados da Tabela 4, foram realizadas análises de regressão obtendo-se as equações de predição apresentadas na Tabela 5, com suas respectivas estimativas nas exigências de nitrogênio e proteína bruta para manutenção e suas eficiências de utilização nas diferentes temperaturas. Observa-se variação nos valores das exigências de proteína bruta para manutenção quando as aves foram alojadas em diferentes temperaturas, 2528,48, 348,75 e 4268,75 mg/ kg 0,75 /dia de PB, submetidas a 3, 2 e 30 0 C, respectivamente, evidenciando exigências superiores para as aves mantidas em temperaturas mais elevadas, conforme apresentado na Figura, demonstrando um efeito linear da temperatura (P<0,05) sobre as exigências de PBm, segundo a equação: PBm = 29,4 + 02,42 x T, constatando que para cada 0 C de aumento na temperatura ambiente as exigências de proteína bruta aumentam em torno de 02,42 mg/kg 0,75 /dia de PB. Este efeito da temperatura sobre as exigências de proteína bruta pode ser explicado em parte pela menor eficiência de utilização do nitrogênio para manutenção. Por outro lado, verifica-se que os coeficientes (a) das equações que se referem à retenção de nitrogênio, diminuiram com o aumento da temperatura, evidenciando a regulação metabólica na síntese e deposição protéica corporal pelas aves com o intuito de diminuir a produção de calor, a fim de controlar inclusive o estresse calórico. 63
4 RPCV (2004) 99 (55) 6-65 Tabela 3 - Médias do consumo de ração e produção de massa de ovos (g/ave/dia) IR Consumo de Ração (g/ave/ dia) Postura Peso médio do ovo (g) T ad libitum 00,0 35,63 57,03 57,77 32,85 T2 70% 72,2 06,33 62,70 58,86 36,88 T3 50% 5,4 76,02 47,27 58,39 27,4 T4 30% 32,2 49,73 33,0 55,39 8,34 Temperatura 22 0 C T ad libitum 00,0 88,33 57,62 63,53 36,56 T2 70% 77,7 3,46 63,2 60,70 38,78 T3 50% 56,5 92,48 40,82 60,25 24,63 T4 30% 39, 59,9 30,08 57,62 7,20 Temperatura 3 0 C T ad libitum 00,0 29,5 68,94 65,46 45,85 T2 70% 83,0 44,50 70,04 62,84 43,98 T3 50% 60,6 96,65 4,35 6,37 25,78 T4 30% 40,7 58,20 23,90 60,4 4,50 Tabela 4 - Médias do consumo de nitrogênio e nitrogênio retido na carcaça durante o período experimental Ingestão de Nitrogênio T ad libitum 00,0,3 0,23 T2 70% 72,2,07 0,5 T3 50% 5,4 0,79 0,08 T4 30% 32,2 0,53-0,08 Temperatura 2 0 C Ingestão de Nitrogênio T ad libitum 00,0,7 0,45 T2 70% 77,7,28 0,35 T3 50% 56,5 0,93 0, T4 30% 39, 0,62 0,04 Temperatura 3 0 C Ingestão de Nitrogênio Nitrogênio corporal retido Nitrogênio corporal retido Nitrogênio corporal retido T ad libitum 00,0,93 0,60 T2 70% 83,0,36 0,47 T3 50% 60,6 0,95 0,22 T4 30% 40,7 0,59 0,06 Valores de composição total corporal (corpo+penas+ovos) 2 Ovo produzido (g/ ave/dia) Discussão As maiores exigências com o aumento da temperatura ambiente são justificadas pelas mudanças no equilíbrio hormonal das aves, principalmente quando submetidas ao estresse calórico, o que foi comprovado em experimentos realizados por Cheng et al. (997) com frangos de corte que observaram diminuição na eficiência de deposição de proteína na carcaça com a elevação da temperatura. As exigências de Nm para aves reprodutoras pesadas são bastante escassas na literatura. Valores inferiores aos encontrados neste trabalho com reprodutoras pesadas, em torno de 547 mgn/kg 0,75 /dia, utilizando a técnica do abate comparativo são diferentes das quantidades recomendadas por Scott et al. (982) para poedeiras leves em produção de 20 e 224 mgn/kg 0,75 /dia, para o período de 2 a 42 semanas e 42 ao descarte, respectivamente e, encontrados por Basaglia (999) de 307 mgn/kg 0,75 /dia pela técnica do balanço de nitrogênio e 439 mgn/kg 0,75 /dia pela técnica do abate comparativo utilizando poedeiras comerciais. Rabello et al. (2002b) utilizando a metodologia do balanço de nitrogênio com aves reprodutoras pesadas da mesma linhagem comercial determinaram exigência inferior de nitrogênio, 365 mg/kg 0,75 /dia, devido ao superior valor na eficiência de utilização do nitrogênio determinada por esta técnica, pois o valor do coeficiente (a) da equação foi similar (0,226) ao determinado neste trabalho, conforme a equação: BN=0, ,6079 NI, onde BN é o balan- 64
5 RPCV (2004) 99 (55) 6-65 Tabela 5 - Equações de regressão da retenção de nitrogênio (NR) em função da ingestão de nitrogênio (NI) nas temperaturas de 3, 2 e 30 0 C, seus coeficientes de determinação, as exigências de nitrogênio para manutenção e suas eficiências de utilização Temperatura ( 0 C) Equações R 2 Nm (mg/kg 0,75 /dia) PBm (mg/kg 0,75 /dia) 3 NR=-0,683+0,467NI 0, NR=-0,224+0,4046NI 0, NR=-0,2596+0,3799NI 0, Médias Estimadas a partir da multiplicação do fator 6,25 pela exigências de Nm Eficiências Bibliografia Figura - Efeito da temperatura sobre as exigências de PBm de aves reprodutoras pesadas ço de nitrogênio e o NI o nitrogênio ingerido; observa-se ainda que a eficiência determinada foi superior, 0,6079 (6%), mesmo considerando que a temperatura ambiente tenha sido similar (2,5 0 C) quando comparado a câmara termoneutra. Resultados de eficiência de 40% foram inferiores aos encontrados por Basaglia (999) que utilizando a técnica do balanço de nitrogênio encontrou valor de 58,95% para poedeiras leves e Scott et al. (982) que consideram o valor de 55% como eficiência de utilização do nitrogênio da dieta para ser depositado no corpo para aves em produção, o mesmo foi encontrado por Silva (999) para aves reprodutoras pesadas em crescimento. Scott et al. (982) e Basaglia (996) ainda relatam eficiências de 67 e 67,2% para frangos de corte e poedeiras leves em crescimento, respectivamente. Eficiência menor e mais próxima à deste trabalho é citada por Macleod (990) trabalhando com frangos de corte, em torno de 46% para deposição de nitrogênio. As diferenças nas exigências de nitrogênio entre os trabalhos, além de outros fatores, estão basicamente relacionadas com as metodologias utilizadas e categoria animal em estudo. De acordo com os resultados encontrados neste trabalho, sugere-se que o fator temperatura ambiente seja levado em consideração no momento do ajuste da quantidade de proteína bruta na dieta das aves reprodutoras pesadas, levando em consideração a diversidade climática no Brasil e em outros países do mundo. Agradecimentos Os autores agradecem à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) pelo apoio financeiro e a Granja Rezende pela doação das aves. Association of Agricultural Chemists (990). Official methods of Analysis, 6 a edição. Washington, 094 p. Basaglia, R. (999). Equações de predição das exigências das exigências de energia e proteína para poedeiras leves. Tese de Doutorado em Zootecnia, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal. Cheng, T.K., Hamre, M.L., Coon, G.N. (997). Responses of broiler to dietary protein levels and amino acid supplement to low protein diets at various environmental temperatures. Journal Applied Poultry Research, 6, De Andrade, A.N., Rogler, J.C., Featherston, W.R., Alliston, C.W. (977). Interrelation between diet and elevated temperatures (cyclical and constant) on egg production and shell quality. Poultry Science, 56, Geraert, P.A., Padilha, J.C.F., Ain Bartz, H., Guillaumin, S. (994). Heat-induced changes in energy metabolism in broilers. In: Proc. 3 th Symposium of Energy Metabolism of Farm Animals, EAAP Mojacar, Spain. No. 76, Himms-Hagen, J. (967). Sympathetic Regulation Of Metabolism. Pharmac. 9, Leeson, S., Summers, J.D. (2000). Broilers Breeder Production. Guelph: University Books. Macleod, M.G. (990). Energy and nitrogen intake, expenditure and retention at 20 0 in growing fowl given diets with a wide range of energy and protein contents. British Journal Nutrition, 64, Moberg, G.P. (976). Effects of environment and management stress of reproduction in dairy cows. Journal Dairy Science, 50, Rabello, C.B.V., Sakomura, N.K., Longo, F.A., Junqueira, O.M., Pacheco, C.R. (2002a). Avaliação de uma equação de predição das exigências protéicas para aves reprodutoras pesadas na fase de produção. Revista Brasileira de Zootecnia, 3, Rabello, C.B.V., Sakomura, N.K., Longo, F.A., Resende, K.T., Couto, H.P. (2002b). Equação de predição da exigência de proteína bruta para aves reprodutoras pesadas na fase de produção. Revista Brasileira de Zootecnia, 3, Santomá, G. (99). Necessidades protéicas de las gallinas ponedoras. In: Nutricion y alimentación de gallinas ponedoras. Editores: De Blas, C. y Mateos, G.G. Mundi-Prensa, Madrid, 7-4. Scott, M.L., Nesheim, M.C., Young, R.J. (982) Nutrition of the chicken. 3 a edição. Editores: Scott, M.L. (Ithaca). Silva, R. (999). Equações de predição das exigências das exigências de energia e proteína para matrizes pesadas em crescimento. Tese de Doutorado em Zootecnia, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal. 65
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