Niltonci Batista Chaves (Departamento de História Mestrado em História, Cultura e Identidades/UEPG) Intelectuais, discursos, imprensa

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1 OS PROBLEMAS CITADINOS EM UMA CIDADE CIVILIZADA : ESTRATÉGIAS DISCURSIVAS DE UM INTELECTUAL POLIVALENTE NO JORNAL DIÁRIO DOS CAMPOS PONTA GROSSA/PR (DÉCADA DE 1930) Niltonci Batista Chaves (Departamento de História Mestrado em História, Cultura e Identidades/UEPG) Intelectuais, discursos, imprensa Desde a década de 1980 é corrente no campo historiográfico o interesse sobre as temáticas que envolvem os intelectuais, em especial a história política dos intelectuais. A partir das provocações de Jean-François Sirinelli em Génération Intellectuelle (1988) verificamos uma ampliação e uma renovação dos estudos voltados para a chamada História Intelectual, bem como para a História de Intelectuais. Pensar a História Local a partir de figuras ou grupos compreendidos como intelectuais locais é algo que também permite novas problematizações e torna plausível um diálogo direto com a História Intelectual ou de Intelectuais. O intelectual é aqui definido como o produtor de uma fala autorizada, geralmente vinculado a um espaço institucional que legitima tal discurso. A produção discursiva desse sujeito histórico resulta de sua trajetória, de suas influências e alinhamentos teórico-filosóficos, enfim, de sua percepção de mundo. Considerando o cenário brasileiro das primeiras décadas do século XX, é possível afirmar que o jornalismo se constituiu em um intenso campo de atuação política e os discursos produzidos nas redações dos jornais alçaram muitos de seus autores a condição de intelectuais. Ao pensar a produção jornalística da década de 1930 e inserindo tal discussão a partir das premissas da História Intelectual, Tania de Luca destaca que esse decênio é fundamental para a reflexão sobre a condição do intelectual no Brasil. Para a autora... esse foi um período marcado pelo fortalecimento do poder executivo que multiplicou, especialmente durante o estado Novo ( ), suas ações no plano da cultura, aumento das chances de inserção em instituições estatais, sobretudo para os que dispunham de trunfos escolares, vigoroso crescimento do mercado editorial, sem esquecer os embates no campo

2 2 ideológico, marcados pela polarização das posições políticas, aspectos que têm sido destacados pela bibliografia especializada. (LUCA, 2015: 159) É com base nas premissas até aqui elaboradas que este estudo se propõe a analisar a produção discursiva de um intelectual local a respeito do cotidiano pontagrossense da década de 1930 e interpretar o seu esforço no sentido de construir uma representação de sociedade ordeira e harmoniosa (a cidade civilizada ), mesmo diante de evidências claras de tensões que se davam permanentemente no dia-a-dia local (os Problemas Citadinos ). Cidade pólo na região dos Campos Gerais do Paraná 1, Ponta Grossa exerceu um papel de destaque no cenário estadual durante a primeira metade do século XX, ocupando o posto de segunda cidade paranaense em termos demográficos, econômicos e políticos, sendo superada apenas por Curitiba, a capital paranaense. Beneficiada pela condição de entroncamento ferroviário 2, Ponta Grossa projetou-se como exemplo de urbanização no interior paranaense já na primeira década dos Novecentos, recebendo elogios de Nestor Victor, que a visitou enquanto escrevia o seu clássico Paraná: A terra do futuro. A respeito do desenvolvimento urbano pontagrossense, o literato paranista escreveu no capítulo A nova Ponta Grossa : - Veja se não é lindo este panorama! dizia-me o meu solicito companheiro, desde que nos colocamos no centro que ele procurava; olhe, ali no alto a igreja de Santa Ana, que é a principal de Ponta Grossa e agora em reconstrução. Depois, derramada por toda colina, a parte nova da cidade, ainda quase que toda ela de telhado vermelho e de paredes que branquejam na característica alvura dos prédios recentemente inaugurados. Lá para oeste, um apêndice da cidade, ainda construindo-se, para dar-lhe daqui a pouco um vulto maior... - Confesso, disse eu, que só agora estou voltando da meia decepção... O hotel onde fique acha-se na parte antiga da cidade, parte cuja área eu já conhecia de outros tempos e que não é nada sedutora. Ainda nos fala da alma meio dorminhoca e pesadona do antigo vilarejo que foi isto... Agora verifico: tem-se construído muito em Ponta Grossa. (VICTOR, 1996: ) 1 Uma melhor definição de Campos Gerais do Paraná pode ser encontrada no verbete Campos Gerais existente no Dicionário Histórico e Geográfico dos Campos Gerais, disponível no endereço: < 2 A Estrada de Ferro do Paraná chegou a cidade em Ligava Paranaguá aos Campos Gerais, sendo em Ponta Grossa o seu ponto final. Em 1896, foi a vez da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande passar pela cidade e que mais tarde se tornaria sede dos escritórios da Ferrovia. Essa configuração tornou Ponta Grossa o maior entroncamento ferroviário do sul do país durante décadas.

3 3 Censos revelam que em um espaço de três décadas a cidade quintuplicou sua população, passando de para habitantes (Censos de 1890 e 1920) e chegando a habitantes no fechamento da década de 1930 (Censo de 1940). A presença de imigrantes de diferentes nacionalidades (destaque para poloneses, russosalemães, alemães, ucranianos, sírio-libaneses, italianos e espanhóis), que chegaram à cidade por meio da ferrovia, mostrou-se fundamental para o crescimento demográfico ponta-grossense. Mais do que isso, os imigrantes foram decisivos para o arranque econômico local. Censos econômicos datados de 1913 e mostram que a maior parte dos estabelecimentos comerciais e industriais existentes na cidade nas primeiras décadas do século passado estavam atrelados a sobrenomes estrangeiros. Da mesma forma, milhares de imigrantes serviram de mão-de-obra nos diversos campos de trabalho então existentes em Ponta Grossa. Os sobrenomes estrangeiros também estiveram visceralmente ligados as atividades sociais e culturais que proliferaram na cidade naquele nascer de século. Assim, Ponta Grossa acompanhou o aparecimento de diversos clubes sociais, círculos literários, núcleos anti-clericais e livre pensadores, cinemas, bandas, teatros e, por fim, jornais, como o caso do Diário dos Campos (DC). Fundado por Jacob Holzmann, um russo-alemão que chegou aos Campos Gerais no final dos Oitocentos e que exerceu papel determinante para o desenvolvimento cultural ponta-grossense, o periódico tornou-se uma espécie de relator oficial do cotidiano local. O DC circulou pela primeira vez no dia 27 de abril de Então denominado O Progresso 4, o jornal foi o primeiro veículo de comunicação permanente existente em Ponta Grossa e, por conta disso, ocupou um lugar privilegiado na produção discursiva na cidade ao longo da primeira metade do século XX. O periódico reinou 3 Ambas as estatísticas são encontradas na dissertação de mestrado Energia elétrica e desenvolvimento industrial em Ponta Grossa , de autoria de Edson Armando Silva (UFPR, 1993), disponível no endereço: %20SILVA,%20EDSON%20ARMANDO.pdf?sequence=1. 4 Entre 1907 e 1913 o jornal chamou-se O Progresso e circulou com periodicidade semanal. A partir de 1913, sob o controle da Companhia Tipográfica Pontagrossense (uma associação entre políticos, fazendeiros, médicos e outros profissionais liberais) passou a ser impresso diariamente e assumiu a denominação de Diário dos Campos.

4 4 sozinho até 1941 (quando foi criada a Rádio Clube PRJ2) cabendo a ele o papel de noticiar os acontecimentos locais de forma hegemônica. Em 1931 o DC foi adquirido por José Hoffmann. Descendente de russosalemães, Juca (seu pseudônimo) era filho de um próspero comerciante que se radicou em Ponta Grossa nos fins do XIX. De família católica, estudou em escolas confessionais em Ponta Grossa e em São Paulo e, desde cedo, mostrou grande prazer pela leitura e pela política. Foi vereador na década de 1940, deputado estadual na década de 1950 e, por duas vezes, prefeito de Ponta Grossa ( / ). Sua maior vinculação partidária foi com o PTB e com a tradição política varguista, mas no final de sua vida pública filiou-se ao PSD. Apesar de ter obtido sucesso na política, teve um final melancólico, sendo destituído, em 1966, por ordem do regime militar, acusado de subversão. Na década de 1930 o DC apresentava uma configuração editorial bastante primária. Não existiam seções específicas para temas, tal como encontrado em jornais atuais. No formato standard, o periódico contava com quatro páginas, sendo muito comum a existência de matérias que começavam em destaque na primeira página e terminavam em um espaço minúsculo na terceira ou quarta página. A manchete de capa tanto podia se relacionar a acontecimentos locais ou fatos nacionais/internacionais. No corpo do jornal existiam anúncios profissionais (um arremedo de classificados), muitas publicidades, charges, poucas fotos e tudo predominantemente em preto e branco. Nesse período, os textos não eram assinados, no máximo traziam a referência Da Redação ao seu final. Apesar disso, é possível afirmar que Hoffmann soube utilizar habilmente o jornal como instrumento de ação política. Com um texto bastante característico recheado por referências a autores, filósofos e escritores do período e pelo ataque direto a adversários e desafetos políticos Juca tornou-se o principal redator do DC. Ao longo da década de 1930, abordou temas como religião, política, disputas ideológicas, economia, filosofia, etc A respeito da atuação de José Hoffmann como redator do DC existem maiores informações nos livros A Cidade Civilizada, de Niltonci Batista Chaves e Diário dos Campos: Memórias de um jornal centenário, de Alessandra Bucholdz.

5 5 Atacou duramente comunistas e integralistas, afirmando que ambos os extremismos deveriam ser combatidos pela sociedade ponta-grossense, conforme explicita seu artigo Quem nos livrará dos dois?, no qual afirmou que os verdadeiros democratas e os são todos os brasileiros que não são hitleristas ou russificaram, mas que continuam a ser fiéis ao Brasil devem andar pouco edificados com o joguinho extremista, ora feito com faixas vermelhas, ora verdes... 6 Ao mesmo tempo em que criticava seus desafetos ou os projetos políticoideológicos com os quais não concordava, José Hoffmann adotava uma estratégia discursiva clara, baseada na ideia do bem comum e em uma noção de sociedade harmoniosa, capaz de superar as diferenças de classe por meio de boas ações decorrentes, sobretudo, dos princípios humanitários e cristãos que moldavam o conjunto social ponta-grossense. Em seus textos Hoffmann optou por isentar personagens locais, fazendo ataques, por exemplo, aos projetos políticos ao invés de criticar nominalmente aqueles que os integravam. Essa regra, contudo, encontrou exceção no caso dos comunistas, os quais tinham seus nomes expostos e eram duramente criticados pelo chefe de redação do DC. Nesse sentido, o católico José Hoffmann se alinhava plenamente a perspectiva norteadora da Igreja, que, na década de 1930, via no comunismo ateu o seu maior inimigo e defendia a necessidade de um ataque impiedoso aos seus seguidores. 7 No tocante à cidade, é possível afirmar que José Hoffmann construiu um discurso edulcorado, apontando-a como uma cidade ideal para nela se morar, caracterizada pelo:... clima ameno, faceis meios de comunicação com os grandes centros e com o hinterland, excellentes estabelecimentos de ensino, um dos quaes de vasto renome o Gymnasio Regente Feijó; vida relativamente barata; bons centros de diversões; magníficas sociedades recreativas; admirável ordem pública; povo lhano e hospitaleiro; corpo médico razoavel; centro ferroviário e comercial de grande importância; estabelecimentos hospitalares que rivalisam com os das grandes capitaes; hygiene e limpeza publica impeccavel; calçamento em quasi todas as ruas; estas e outras 6 Jornal Diário dos Campos. Ponta Grossa, 11 de abril de A esse respeito, Rosângela Zulian estuda as Cartas Pastorais de Dom Antônio Mazzarotto, bispo diocesano de Ponta Grossa na década de 1930 e explicita o teor das mesmas no livro Identidade e Experiência.

6 6 qualidades de grande importancia e admirada por todos quantos a conhecem. (DIÁRIO DOS CAMPOS, 18 de fevereiro de 1937) Essa representação sobre a Ponta Grossa, encontrada em centenas de artigos publicados no DC na década de 1930, passa a sensação de uma cidade que, na prática, inexiste. A grande maioria dos textos que acentuavam a representação da cidade civilizada 8 vinha sempre na primeira página, geralmente como principal matéria do jornal. Contudo, apesar da forte economia, do desenvolvimento urbano, da marcante vida cultural, da existência de escolas e hospitais de porte e da representatividade política ponta-grossense no cenário estadual do período, a cidade padecia com inúmeros problemas e os indícios que nos levam a perceber tal situação são encontrados no próprio periódico pertencente a Hoffmann. Prova disso, entre outubro de 1937 e março de 1938 o DC publicou uma coluna denominada Problemas Citadinos, na qual apontava para uma série de problemas ou situações que, claramente, rompiam a representação de Ponta Grossa como uma cidade civilizada expondo casos de pobreza, prostituição, marginalidade, violência, ausência de ordenamento urbano e de saneamento básico, entre outros. Em sua primeira edição, publicada no dia 26 de outubro de 1937, Hoffmann deixava claro quais os motivos que o levaram a passar a escrever sobre os problemas que afetavam o cotidiano local, bem como indicava que naquele dia teria início uma série de matérias com tal intuito: PROBLEMAS CITADINOS I Ponta Grossa, sem nenhum favor, faz juz á denominação que lhe deram: Princesa dos Campos. Sendo a primeira cidade do Estado, apresenta aspectos que a tornam evidentemente a jóia mais valiosa incrustada em nosso querido Paraná, excepção feita á Capital, já se vê. Desfavorecida pela topografia do terreno em que se acha assentada, os poderes públicos, entretanto, tem feito verdadeiros milagres para anular aquele inconveniente, de sorte que a cidade vai aos poucos, perdendo o aspecto pouco cômodo e estético de suas ruas acidentadas. De par com esses melhoramentos, nota-se acentuado esforço da Municipalidade no sentido de 8 A expressão foros de cidade civilizada foi utilizada por Hoffmann em um artigo de primeira página publicado no dia 09 de dezembro de 1937 e depois empregada diversas vezes em outras matérias que falavam sobre Ponta Grossa, popularizando o termo entre os leitores do jornal.

7 7 tornar mais moderna ainda a nossa terra e dota-la de todas inovações que o urbanismo impõe. Os poderes públicos carecem da cooperação do novo, sem qualquer distinção de classe ou cor, não para realização de nossos cometimentos, mas para a conservação do que já existe e do que está em construção. A população pontagrossense, que deseja ser das mais cultas, não pode ficar indiferente ao apelo que lhe vamos fazer, por estas colunas como sentinelas que nos julgamos. Assim, pedimos desde já a benévola atenção dos nossos leitores para os comentários que iremos fazer diariamente com este mesmo título, abordando todos os problemas da cidade e indicando a maneira pela qual o nosso laborioso povo poderá, de modo eficiente, colaborar com a Municipalidade na cruzada de defender o patrimônio cultural e urbano da querida Princesa dos Campos e torna-la consequentemente a legitima expressão do que é capaz a gente que a habita. (DIÁRIO DOS CAMPOS, 26 de outubro de 1937) Ao contrário das matérias veiculadas na primeira página do DC e que abordavam a beleza do quadro urbano e a civilidade da população local, as edições da coluna Problemas Citadinos não tinham grande destaque e geralmente apareciam nas páginas finais do jornal. Na contramão da representação da cidade civilizada, os Problemas Citadinos explicitavam, por exemplo, que em Ponta Grossa era comum:... ver-se belas residências, bonitas vivendas, em grande parte, pelo sistema antigo de cerca-las: táboas rústicas, sem segurança, a servir de resguardo ao terreno. Além de causar desagradável impressão, por isso que até um ar de tristeza põe no edifício, esse modo ainda desvaloriza a propriedade... (DIÁRIO DOS CAMPOS, 07 de novembro de 1937) E que... Três problemas, em nossa terra, vinham de há muito tempo, exigindo a atenção dos poderes públicos, no interesse imediato da saúde do povo... o sistema de entrega de pães, nas residências; entrega de leite e modo de se coletar lixo, defronte as casas, para ser coletado pela municipalidade. (DIÁRIO DOS CAMPOS, 11 de novembro de 1937) Esses são apenas dois exemplos do conjunto de problemas que a coluna explicitou ao longo dos meses que circulou. Situações envolvendo com a guarda de materiais inflamáveis por parte da municipalidade; o grande número de menores que vendiamm jornais a noite pelas ruas centrais da cidade; a ausência de arborização nas áreas públicas; a qualidade dos serviços e os valores cobrados pelos carregadores da Estrada de Ferro; a inexistência de critérios para a disposição de túmulos e jazigos no

8 8 Cemitério Municipal; a má educação dos menores que danificavam o patrimônio público; a falta de regras para o trânsito de automóveis na zona urbana; a necessidade de cuidar das árvores e dos jardins públicos; o péssimo estado de cercas e de calçadas na área central da cidade; a urgência em regulamentar a publicidade nas principais ruas de Ponta Grossa; o comportamento inadequado das pessoas que jogavam papéis fora das lixeiras; o estado precário de determinados hotéis locais; a falta de alinhamento e de calçamento das ruas; a urgência em fundar um Centro de Letras e de ampliar a Faculdade de Farmácia e Odontologia existente na cidade; a precariedade na forma de guarda e recolhimento do lixo urbano; a urgência na melhoria de um sistema de captação de esgoto e da água pluvial; a necessidade de regulamentação municipal para a construção de casas comerciais e residenciais; o grande número de animais cães, cavalos, vacas e cabras que perambulam pelas ruas da cidade, bem como os maus tratos a que muitos eram submetidos por seus proprietários; o vandalismo contra o patrimônio público cometido por ponta-grossenses que tripudiavam sobre os mais comezinhos princípios de civilidade ; o mau cheiro produzido pelo acúmulo de fezes dos animais de tração que passavam o dia estacionados nas principais vias da cidade a espera de frete; a recomendação para que a classe dos motoristas e chauffeurs adotasse uniformes; a existência de alunos que desrespeitavam os professores; o mau comportamento de adolescentes que utilizavam a grade de ferro da Estação Ferroviária como bancos e barras para ridículas exibições atléticas ; os desagradáveis e sujos terrenos baldios; etc., foram objetos de crítica na coluna editada na redação do DC. A última edição dos Problemas Citadinos destacou uma questão que feria a visão e o olfato de todos que passavam ao redor da Estação Ferroviária, na área central da cidade: Desapercebida tem passada, quer nos parecer, a Inspetoria de veículos a anomalia decorrente do estacionamento das gaiotas que, a espera de carretos, costumam fazer ponto nas proximidades do Armazém de cargas da R.V.P.S.C., á Rua Benjamim Constant, bem defronte as casas residenciais, inconveniente esse originário das bulhas da loquacidade excessiva dos respectivos condutores, ao qual ha a acrescer o de maior monta, qual seja o dos maléficos efeitos das micções das alimárias, que, ao par de constituírem focos de miasmas, nos dias de (?), ferem deveras o olfato dos que, nas cercanias residem.

9 9 Fazendo este registro, nos permitimos alvitrar que fosse designada a permanência desses veículos, em local mais adiante, ao pé do muro que circunda o terreno da via férrea, entre as ruas Marechal Deodoro e Padre Lux. (DIÁRIO DOS CAMPOS, 27 de março de 1938) Ainda houve edições em que a coluna apontou situações ou ações que poderiam melhorar o viver na cidade, como a pertinência da abertura de uma indústria de fósforos (para aproveitar a intensa atividade madeireira da região); a sugestão para que a banda do 13º Regimento de Infantaria tocasse músicas de compositores nacionais durante suas retretas na Praça Marechal Floriano; a necessidade de melhoria das agências bancárias e da possibilidade da Caixa Econômica subsidiar o funcionalismo público na construção de casas para tal segmento. Mas como interpretar o fato de o jornal se preocupar em destacar os aspectos de cidade civilizada de Ponta Grossa, a revestindo de uma característica própria de cidade ideal, onde as relações sociais se davam em harmonia e concordância, não restando espaços para as contradições, os conflitos e as tensões, ao mesmo tempo em que criava uma coluna especificamente para falar de problemas efetivos e que maculavam a representação que o próprio veículo de comunicação tanto se esforçou para disseminar? Evidenciamos que José Hoffmann utilizou o jornal como um espaço de ação política. Tanto é assim que, em 1945, foi eleito vereador e seguiu carreira por mais de duas décadas, se valendo, em parte desse tempo, do DC para divulgar e defender suas ideias. 9 Mesmo sendo um momento de restrições (especialmente após 1937, com a implantação do Estado Novo), foi característica dessa geração de intelectuais fazer política, bem como destaca um trecho de uma carta escrita, em 1945, por Mário de Andrade para o amigo Carlos Drummond: Mas o intelectual, o artista, pela sua natureza, pela sua definição mesma de não conformista, não pode perder a sua profissão, se duplicando na profissão de político. Ele pensa, meu Deus! E a sua verdade é irrecusável para ele. Qualquer concessão interessada para ele, para sua posição 9 Na década de 1950 Hoffmann arrendou o jornal, afastando-se da condução direta do jornal e dedicandose exclusivamente a vida pública.

10 10 política, o desmoraliza, e qualquer combinação, qualquer concessão o infama. (ANDRADE, 1982: p. 243) Cabe ressaltar que José Hoffmann integrou essa mesma geração de intelectuais e que, portanto, (nas palavras de Mário de Andrade) além de não ser um conformista, não desvencilhava sua condição de jornalista de sua militância política. É possível compreender Hoffmann dentro dessa perspectiva da geração de intelectuais da década de 1930, tal qual a percebe Luiz Rodolfo Vilhena quando afirma que no Brasil da primeira metade do século XX era bastante comum a presença de pessoas sem formação acadêmica militando no jornalismo. Em especial fora do eixo Rio-São Paulo, enfatiza Vilhena, esses personagens se proliferavam, eram intelectuais polivalentes exercendo ao mesmo tempo diferentes atividades no ensino, como profissionais liberais, no jornalismo, no funcionalismo público, etc. (VILHENA, 1996: 136) Na década de 1930 Ponta Grossa era uma cidade de cerca 30 mil habitantes, marcada pela proximidade (física e social) de seus moradores e regida pela norma de conveniência tal qual a concebe Pierre Mayol ao falar sobre o bairro de Saint Germain em Paris. Para o historiador francês, a norma de conveniência:... representa, no nível dos comportamentos um compromisso pelo qual cada pessoa, renunciando à anarquia das pulsões individuais, contribui com sua cota para a vida coletiva, com o fito de retirar daí benefícios simbólicos necessariamente protelados. (MAYOL, 1996: 112) Considerando todos esses elementos, é possível concluir que Hoffmann adotou estratégia discursiva baseada nos seguintes pontos: 1. Como membro da sociedade local, José Hoffmann respeitou os acordos tácitos presentes na norma de conveniência, não atacando pessoalmente figuras que integravam o conjunto social ponta-grossense. Ao adotar essa postura, ele contribuiu com sua cota para a vida coletiva e, ao mesmo tempo, tornou-se reconhecido e considerado por seus pares, tal como preconiza Mayol. 2. A construção da representação da cidade civilizada se adequava ao contexto nacional da década de 1930, esmaecendo as questões de disputas sociais, as lutas de classe e arrefecendo possíveis manifestações que perturbassem a ordem social instituída.

11 11 3. Ao tratar de problemas que afetavam o cotidiano local, Hoffmann aparecia como um agente autorizado para tal prática. Usando o jornal como trincheira, ele apontava questões que eram perceptíveis para todos que moravam em Ponta Grossa, como os animais que sujavam as ruas, a precariedade na coleta do lixo ou a existência de fétidos terrenos baldios em toda zona central da cidade. Num contexto social marcado pela pluralidade pela multiplicidade de discursos, a produção discursiva do Diário dos Campos influenciou a opinião pública pontagrossense e projetou José Hoffmann como um intelectual preocupado com a vida local, fato que ele soube capitalizar na medida em que se tornou um dos políticos mais influentes do interior do Paraná até meados da década de Referências Bibliográficas: BUCHOLDZ, Alessandra. Diário dos Campos: Memórias de um jornal centenário. Ponta Grossa: Ed. UEPG, CHAVES, Niltonci Batista. A cidade civilizada: Discursos e representações sociais no jornal Diário dos Campos, na década de Curitiba: Aos Quatro Ventos, KARVAT, Erivan Cassiano; CHAVES, Niltonci Batista. Intelectuais, discursos e instituições: Relações entre a História Intelectual (e/ou de Intelectuais) e História Local. Anais do VI Congresso Internacional de História. Maringá: UEM, LUCA, Tania Regina de. O jornal literário Dom Casmurro e a condição do intelectual. In: ENGEL, Magali Gouveia; SOUZA, Flavia Fernandes de; GUERELLUS, Natália de Santanna (Orgs.). Os intelectuais e a Imprensa. Rio de Janeiro: Mauad X: Faperj, SILVA, Edson Armando. Energia elétrica e desenvolvimento industrial em Ponta Grossa Dissertação de Mestrado. Curitiba: UFPR, SIRINELLI, Jean-François. Génération intellectuelle. Khâgneux et normaliens dans l entre-deux-guerres. Paris: Librairie Arthème Fayard, VILHENA, Luís Rodolfo. Os intelectuais regionais: o folclore e o campo das ciências sociais nos anos 50, Revista Brasileira de Ciências Sociais, 11 (32), p , VÍTOR, Nestor. A Terra do Futuro. Impressões do Paraná. Curitiba: Prefeitura Municipal, 1996.

12 12 ZULIAN, Rosângela Wosiack. Identidade e Experiência: Uma Escola Confessional na República Velha. Curitiba: Champagnat, 2005.

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