RISCOS E CATÁSTROFES NATURAIS NO ENSINO DE ECONOMIA E GESTÃO
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- Manuel Vasques Tomé
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1 CURSO DE FORMAÇÃO RISCOS E CATÁSTROFES NATURAIS NO ENSINO DE ECONOMIA E GESTÃO Modalidade de formação: Curso/módulos Duração/N.º total de horas: 25 horas Destinatários: Docentes do Grupo de Recrutamento 430 Número de vagas: 25 formandos Validação: Acção validada pela DRE - Ofício nº 00248/ Formador: Ricardo Fernando Carneiro Gomes
2 JUSTIFICAÇÃO DA ACÇÃO A temática dos Riscos Naturais surge cada vez mais associada a outros fenómenos relacionados com a alteração dos padrões climatáticos ou com a ocupação humana de territórios anteriormente desabitados. Fenómenos tão diversos como inundações, incêndios, secas, vagas de frio ou ondas de calor, deslizamentos, dinâmicas de erosão costeira ou sismos incluem-se nesta temática dos Riscos Naturais. Alguns eventos recentes como as intempéries de 20 de Fevereiro de 2010 e os incêndio devastadores do verão de 2010 chamaram a atenção para a questão dos Riscos Naturais na Madeira. Este tipo de fenómenos e as suas consequências têm um grande impacto sobre a actividade económica em geral. Alguns dos aspectos abordados nas disciplinas de Economia A (10º e 11º anos) e particularmente Economia C, são directa e indirectamente profundamente afectados pelas consequências de eventos relacionados com Catástrofes Naturais. A título de exemplo poderíamos referir o impacto sobre a sobre a produção agrícola e de matérias-primas e consequentemente sobre a formação de preços nos mercados; na visibilidade e reputação de locais turísticos e consequentemente sobre toda a actividades económica (hotelaria, restauração, comércio etc) de que dependem esses locais; sobre a actividade e viabilidade de empresas seguradoras (veja-se a crise das seguradoras italianas após o sismo de Aquila); sobre o desenvolvimento sustentável, economia/ecologia (sismo/tsunammi no Japão e acidente na Central Nuclear de Fukushima); impacto sobre fluxos de capitais e de investimento externo globalizado (desvio para outros países de investimentos previstos e fuga de divisas após devastador sismo no Haiti em 2010; e sobre a própria capacidade de gestão de políticas económicas, sociais e de investimentos (no Haiti ou até na Madeira após as intempéries de 20 de Fevereiro de 2010 e custos de reconstrução - lei de meios). Com esta formação pretende-se analisar diferentes tipos de Risco Natural, os seus processos naturais, debater o impacto das suas consequências e custos de recuperação nas economias nacionais, regionais e locais. Pretende-se dotar os docentes de um conhecimentos específicos que lhes permita abordar as questões relacionadas com esta temática de uma forma mais precisa e adaptar ao contexto da RAM conteúdos didácticos, beneficiando a prática lectiva.
3 OBJECTIVOS GERAIS: - Dotar de conhecimento científico (teórico e técnico-prático) que facilite a articulação entre os conteúdos da disciplina de Economia e os Riscos e Catástrofes Naturais - Permitir a "regionalização" destes conteúdos analisando casos da Região Autónoma da Madeira - Dotar os docentes de conhecimentos, estratégias e recursos que ajudem os docentes a abordar correctamente estes conteúdos e a produzir material didáctico. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS: - Clarificar as diferenças entre Perigo e Risco - Clarificas as diferenças entre Evento, Catástrofe e Calamidade - Explicitar os fenómenos naturais associados a diferentes tipos de Risco Natural - Sensibilizar para dimensão antrópica dos Riscos Naturais - Avaliar custos associados a Riscos e Catástrofes Naturais - Discutir o conceito de Risco Aceitável - Analisar o impacto de Riscos e Catástrofes Naturais sobre a actividade turística - Analisar o impacto de Riscos e Catástrofes Naturais sobre a produção agrícola, energética - Analisar o impacto de Riscos e Catástrofes Naturais sobre mercados de alimentos e matérias primas - Analisar o impacto de Riscos e Catástrofes Naturais sobre actividade de empresas seguradoras - Analisar o impacto de Riscos e Catástrofes Naturais sobre a Administração Pública e Governo de Estados e Regiões
4 CONTEÚDOS: - Riscos Naturais e Tecnológicos - Tipos de Risco Natural - Fenómenos e processos físicos associados aos Riscos Naturais - Dimensão antrópica dos Riscos Naturais - Medidas e estratégias de Mitigação e Resiliência - Risco Aceitável - Gestão dos Riscos Naturais - Custos associados a Riscos e Catástrofes Naturais - Impacto de Riscos e Catástrofes Naturais sobre a actividade turística - Impacto de Riscos e Catástrofes Naturais sobre a produção agrícola, energética - Impacto de Riscos e Catástrofes Naturais sobre mercados de alimentos e matérias primas - Impacto de Riscos e Catástrofes Naturais sobre actividade de empresas seguradoras - Impacto de Riscos e Catástrofes Naturais sobre a Administração Pública e Governo de Estados e Regiões - Metodologias de abordagem ao Risco Natural em sala de aula. METODOLOGIA DE REALIZAÇÃO DA ACÇÃO: A acção irá funcionar em regime de b-learning, com 18 horas de sessões presenciais e 07 horas de sessões não presenciais(síncronas) recorrendo a ferramentas on-line (Plataforma LMS Dokeos), em que serão trabalhados conceitos e realizados exercícios práticos. A metodologia de realização da acção assentará na abordagem científica de conceitos e posterior análise de exemplos de ocorrências privilegiando a realidade da Região Autónoma da Madeira. Serão explicitados os processos associados a diferentes riscos naturais e o impacto de Riscos e Catástrofes Naturais sobre a produção agrícola, energética, sobre mercados de alimentos e matérias primas, sobre actividade de empresas seguradoras e sobre a Administração Pública e Governo de Estados e Regiões, utilizando gráficos, esquemas, imagens e vídeos bem como apresentações multimédia. Será promovido o debate entre os participantes da acção sobre os vários conteúdos abordados. Os Formandos irão elaborar um trabalho individual com análise de um tipo de risco, caracterização de uma ocorrência e avaliação do seu custo e impacto em termos económicos.
5 REGIME DE AVALIAÇÃO DOS FORMANDOS: Observação no decurso da acção; Participação nas tarefas e pertinência das intervenções nas sessões presenciais (40%) Assiduidade e Pontualidade (10%) Trabalho realizado pelos formandos com um peso total de 50% da avaliação final. A avaliação será realizada numa escala de 1 a 10 de acordo com orientações do Conselho Científico Pedagógico da Formação Contínua. Certificados com referência a avaliação Quantitativa e Qualitativa: Insuficiente de 1 a 4,9 valores; Regular de 5 a 6,4 valores; Bom de 6,5 a 7,9 valores; Muito Bom - de 8 a 8,9 valores; Excelente de 9 a 10 valores.
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