Incluir no pagamento por performance o preenchimento da variável raça/cor.
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- João Gabriel Marinho Antunes
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1 PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E DEFESA CIVIL SUBSECRETARIA DE PROMOÇÃO, ATENÇÃO PRIMÁRIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMITE TÉCNICO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA RUA AFONSO CAVALCANTI, 455/803 CIDADE NOVA CEP TELEFONE: ces@smsdc.rio.rj.gov.br III SEMINÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA- RJ PROPOSTAS VOTADAS NA PLENÁRIA PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO DA SMSDC/RJ 31 DE MAIO E 01 DE JUNHO DE 2011 Referentes a implantação e qualificação da variável raça/cor Trabalhar localmente os profissionais de saúde e gestores mostrando a importância do quesito cor nos registros de saúde e a sua real utilização para minimizar os impactos sobre a saúde da população negra, buscando a equidade. Capacitação através de comitês técnicos, de multiplicadores para atuarem nas unidades de saúde ou que se realize um treinamento para os profissionais de saúde desde a porta de entrada até aqueles que ficam na ponta, incluindo categorias como: enfermeiros, médicos, recepcionistas, assistentes sociais, vigilantes e outros que estão diretamente envolvidos no atendimento ao usuário dos serviços de saúde. Eles deverão ser esclarecidos da importância do preenchimento da variável raça/cor nos boletins, prontuários e demais formulários que envolvem o atendimento. Acelerar a inclusão da variável raça/cor nos impressos oficiais e nos prontuários eletrônicos, com substituição dos formulários antigos (impressos) pelos novos formulários que contém a variável raça/cor. Incluir no pagamento por performance o preenchimento da variável raça/cor. Seminário com a Rede de Serviços para discussão dos registros das informações sobre raça/cor, sendo que os participantes do III Seminário de Saúde da População Negra serão membros natos nos próximos seminários. Sensibilizar todos os profissionais para o combate ao racismo institucional e para a variável raça/cor ser mais detectada para fins de pesquisas e ações. 1
2 Referentes ao Planejamento e Gestão da SMSDC-RJ Incluir no Plano Municipal de Saúde metas específicas para a população negra. Especificar no Plano Municipal de Saúde ações para a diminuição da mortalidade de homens e jovens negros. Formalizar grupo de trabalho (GT) de combate ao racismo. Que as escolhas para a implantação de Clinicas da Família nas comunidades sejam discutidas nos Conselhos Distritais de Saúde e no Conselho Municipal de Saúde e não por solicitações de políticos. Criar grupo de trabalho (GT) interinstitucional na SMSDC-RJ para aprofundamento dos dados sobre doenças sexualmente transmissíveis /aids e tuberculose na população negra, a partir do recorte raça/cor com a definição de propostas e estratégias conjuntas (serviços de saúde e sociedade civil). Criar mecanismos para eliminar o racismo institucional. Homenagem a ícones negros colocando seus nomes em unidades de saúde. Referentes a vigilância e divulgação de indicadores e dados Publicação de relatório com os dados epidemiológicos do município do Rio de Janeiro desagregados por raça/cor com ampla divulgação dos dados. Produção de Boletim trimestral com os indicadores de saúde da população negra. Introdução dos seguintes indicadores no monitoramento das condições de saúde da cidade com o recorte raça/cor: mortalidade materna, mortalidade por diabetes mellitus, mortalidade por homicídio, gravidez na adolescência, doença falciforme, tuberculose, DST/AIDS, hipertensão, hepatite. Que as unidades de saúde coloquem em lugar visível o número de afrobrasileiros atendidos. Publicação de relatórios acerca de dados, bem como ampla divulgação dos mesmos. 2
3 Referentes a divulgação e informação da temática população negra à população Criação de um canal exclusivo de TV para discutir amplamente as questões de saúde no município do Rio de Janeiro. Realizar ações de saúde em toda a cidade, chamando atenção para o tema saúde da população negra. Utilizar rádios, TVs comunitárias e jornais locais para divulgar a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, com maior cobertura possível. Ampla divulgação das ações, notadamente, nos meios de comunicação institucional. Usar propagandas e espaços para a cultura do orgulho de ser negro, enfatizando não sermos melhores nem piores que outras raças, mas que devido a dívida que nosso país tem com os negros, a compensação seria através de políticas públicas focalizada em saúde e educação para negros. Levar para a mídia todo conteúdo do seminário, para informar a população de seus direitos independentemente da raça. Trazer o conhecimento de seminários para as comunidades, repassando informações nos meios de comunicação local : rádio e TV. Referentes a qualificação dos serviços e ações de saúde Criação de Comitês Técnicos de Saúde da População Negra em todas as Áreas Programáticas de Saúde. Acompanhamento, não só clínico, mas psicológico e social, com o objetivo de viabilizar o acesso a saúde como um todo; Ampliar e agilizar os encaminhamentos de referência e contra - referência. Em relação a saúde materno infantil, o acesso a pediatras poderá acontecer independente do CEP de moradia da clientela. Promover ações de saúde integral voltadas para a população negra com a valorização de sua autonomia e de seus conhecimentos sobre os seus processos de saúde e doença. Facilitar o acesso das jovens negras ao pré-natal através de recursos para a passagem e de apoio psicossocial. 3
4 Realização de oficinas de fantoches com material reciclável, estimulando a criatividade e a habilidade manual, trabalhando coletivamente a construção de roteiros que exemplifiquem o cotidiano e a dificuldade da população negra, apresentando o teatro de fantoches na comunidade ou em espaços de promoção da saúde. Incluir o Núcleo de Cultura, Ciência e Saúde neste processo. Integração da Ouvidoria da SMSDC-RJ com o Acolhimento das unidades da Estratégia de Saúde da Família a fim de capacitar os profissionais para a disseminação dos serviços disponíveis pelo SUS na sua Área Programática, esclarecendo como proceder quando não há o serviço desejado na unidade. Descentralizar a Ouvidoria (informações) para as unidades de saúde. Implantar o Conselho Gestor nas unidades de saúde do município do Rio de Janeiro. Colocar assistentes sociais nas clínicas da família e em todos os órgãos da SMSDC. Realizar ações promotoras de saúde para população negra nas religiões protestantes evangélicas e católicas. O material existente em relação à equidade é farto e caro. Exigir que cada setor que trata da sua especificidade faça com que o material chegue de fato à ponta, com acompanhamento do desenvolvimento da informação. Levar o Adolescentro para todas as Coordenações de Área Programática, principalmente para CAP 5.3, onde existe uma maior concentração de jovens e adolescentes. Promover ações de saúde e cultura como forma de enfrentamento das doenças sexualmente transmissíveis, AIDS e tuberculose. Criar espaços coletivos com diversos setores da sociedade civil organizada para discussões sobre doenças sexualmente transmissíveis, AIDS e tuberculose, tendo o objetivo de esclarecer os moradores das comunidades sobre as ações de prevenção, tratamento adequado e locais de atendimento. Referentes a capacitação, treinamento e sensibiização de profissionais, gestores, conselheiros e usuários 4
5 Preparar os profissionais de primeiro atendimento (acolhimento) através de cursos/reuniões para que os pacientes tenham melhor acesso a saúde. Capacitar as ouvidorias municipais de saúde sobre saúde integral da população negra de forma que possam garantir os direitos dessa população de acordo com a lei do Estatuto da Igualdade Racial (12.228/10). Organizar seminário para os Agentes Comunitários de Saúde e equipes da Estratégia de Saúde da Família, a fim de mostrar seu real papel na identificação dos casos de violência doméstica e sexual, com a identificação dos casos sem colocar em risco a integridade do profissional, devido a sua dupla inserção morador/acs na comunidade. Capacitar/qualificar conselheiros de saúde para que os mesmos sejam multiplicadores em sua área de atuação. A questão da equidade em saúde da população negra deverá ser incluída em todos os treinamentos oferecidos pela Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil -RJ e das Organizações Sociais de Saúde. Capacitação de todas as unidades de Saúde, para que os profissionais de todas as categorias e hierarquias possam ser sensibilizados e informados sobre a Portaria nº 992 de 13 de maio de 2009 do Ministério da Saúde, que institui a Política Nacional da Saúde da População Negra. Capacitar toda a equipe dos Núcleos de Apoio a Saúde da Família (NASF) em saúde da população negra. Realização de seminários regionais por Coordenação de Área Programática de Saúde, sobre saúde da população negra, construídos pelos Conselhos Distritais de Saúde e pelas próprias CAPs. Capacitar profissionais para ampliar as ações de implementação da política de saúde da população negra,criando um grupo de trabalho (GT) ou coordenação ( criação de núcleos locais nas Coordenações de Área Programática). Capacitar os agentes comunitários de saúde e profissionais de saúde através de cursos promovidos pela SMSDC, com orientação para compreensão de raça, com ênfase nas religiões afrobrasileiras. Capacitar as equipes de saúde da família em questões relevantes para a saúde da população negra. 5
6 Capacitação continuada dos agentes de saúde para fortalecimento da integralidade e da equidade racial. Capacitação continuada dos agentes comunitários de saúde para o fortalecimento da equidade, integralidade e o enfrentamento do racismo. Devido ao aumento de dependentes químicos, capacitar profissionais de saúde de forma integral para a prevenção e tratamento dos usuários. Referentes a assistência a doença falciforme Inclusão dos adolescentes nos Pólos de Atenção à Doença Falciforme, mesmo aqueles que não foram triados no teste do pezinho. Capacitação de todos os profissionais da equipe de saúde da família na questão da doença falciforme, com elaboração de apostilas com informações sobre sinais, sintomas, tratamento e direcionamento de pessoas com doença falciforme. Ter na grade do pré-natal da gestante na Estratégia de Saúde da Família( ESF) o exame de eletroforese de hemoglobina. Que as capacitações em doença falciforme sejam estendidas para os representantes das associações de moradores, para a saúde do escolar, escolas do amanhã, técnicos, enfermeiros e professores. Criação de um cartão eletrônico que faça o rastreamento das crianças com doença falciforme. Criar grupos com os profissionais de saúde e usuários com a finalidade de discutir a qualidade da assistência às pessoas com doença falciforme. Promover a discussão de temas de interesse dos usuários relacionados a doença falciforme. Inclusão do exame de eletroforese de hemoglobina na grade de exames do pré natal. Realizar orientação nutricional para os pais de alunos com doença falciforme. Implantar o programa de doença falciforme para adultos em unidades de saúde do município, com atendimento de emergência. Implantar programa para atendimento a mulheres com doença falciforme em postos de saúde e hospitais da rede municipal, com atendimento prioritário na média e alta complexidade. 6
7 Capacitação através de vídeos, materiais didáticos, literatura, etc, de militantes, estudantes de patologia clínica e de enfermagem nas escolas técnicas, em cumprimento da lei /2003, que prevê o ensino da história dos afrobrasileiros e da África em todos os níveis da educação brasileira Referentes a Ações Intersetoriais Dialogar e tomar assento tanto nos conselhos de saúde, assistência social, educação, segurança alimentar, entre outros. Incluir o quesito COR na certidão de nascimento. Implementar Políticas Ocupacionais para reduzir a violência. Ampliar e fortalecer a pesquisa e o debate sobre racismo, violência e promoção da saúde no município do Rio de Janeiro. Inserir as comunidades hoje excluídas da cidade, através da implantação de todos os seus direitos de cidadania. Mobilizar toda população, governo, profissionais da área de saúde para a participação das comunidades, sendo informado seus direitos e deveres em relação as mudanças de postos de saúde para clínicas da família. Levar para a mídia todo conteúdo do seminário, para informar a população de seus direitos independentemente da raça. Valorizar ações de paz e diálogo. Implantação junto aos órgãos públicos de grupo de trabalho (GT) de combate ao racismo, de forma a sensibilizar os trabalhadores a não cometerem ações discriminatórias, inibindo e afastando os usuários. Investimento em saneamento básico nas comunidades, pois este é fonte essencial para a saúde da população negra, que é mais vulnerável devido às suas condições sociais. Parceiras para o investimento em educação nas diversas instituições. 7
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