POLÍTICA DE INVESTIMENTO SOCIAL NA ÁREA DA INFÂNCIA
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- Marcelo Guilherme Marreiro Câmara
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1 POLÍTICA DE INVESTIMENTO SOCIAL NA ÁREA DA INFÂNCIA NOVOS PARÂMETROS DO CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (CONANDA) Carlos Nicodemos
2 DOUTRINA DA INDIFERENÇA Até 1899: Ausência de política estatal; Caridade; Abandono.
3 DOUTRINA DA SITUAÇÃO IRREGULAR De 1899 a 1989: Política estatal de controle social; Criança como objeto de tutela; Pobreza e criminalização como categorias para a infância.
4 DOUTRINA DA PROTEÇÃO INTEGRAL 1989 até os dias atuais: Política estatal protetiva integrada; Criança como prioridade absoluta; Criança como sujeito de direitos fundamentais.
5 DÉCADA DE 90: A ERA DOS DIREITOS El problema grave de nuestro tiempo respecto a los derechos humanos no era el de fundamentarlos, sino el de protegerlos. NOBERTO BOBBIO 1964 Encuentro promovido por el Institut International de Philosophie. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988; CONVENÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA DA ONU DE 1989; ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE LEI 8.069/90.
6 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE Art É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
7 POLÍTICA PROTETIVA INTEGRADA A regulação da modernidade está baseada em três princípios: o princípio do Estado, o princípio do mercado e o princípio da comunidade. BOAVENTURA DE SOUZA SANTOS Le Monde Diplomatique Brasil, Art. 86. A política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e não-governamentais, da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Estatuto da Criança e do Adolescente Lei 8.069/90.
8 OS CONSELHOS DE DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Art. 88. São diretrizes da política de atendimento: (...)II - criação de conselhos municipais, estaduais e nacional dos direitos da criança e do adolescente, órgãos deliberativos e controladores das ações em todos os níveis, assegurada a participação popular paritária por meio de organizações representativas, segundo leis federal, estaduais e municipais; IV - manutenção de fundos nacional, estaduais e municipais vinculados aos respectivos conselhos dos direitos da criança e do adolescente;
9 DOCUMENTOS PARA IMPLEMENTAÇÃO DOS FUNDOS DOS CONSELHOS DE DIREITOS PLANO DE AÇÃO: Política de Enfrentamento aos Processos de Vitimização contra Criança na Família, na Sociedade e no Estado: Trabalho Infantil, Violências Sexuais, Situação de Envolvimento com Drogas, etc. PLANO DE APLICAÇÃO; REGULAMENTAÇÃO DO FUNDO PARÂMETROS DE FINANCIAMENTO DAS POLÍTICAS; DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA;
10 RESOLUÇÃO Nº 137/10 DO CONANDA NATUREZA DA RESOLUÇÃO Resoluções são atos, normativos ou individuais, emanados de autoridades de elevado escalão administrativo, como, por exemplo, Ministros e Secretários de Estado ou Município, ou de algumas pessoas administrativas ligadas ao Governo. Constituem matéria das resoluções todas as que se inserem na competência específica dos agentes ou pessoas jurídicas responsáveis por sua expedição. São, portanto, atos administrativos, tendo natureza derivada, por necessitarem de lei ou outro ato legislativo a que estejam subordinadas. Assim, sendo o Conselho um Órgão Deliberativo, entendemos que as suas Resoluções possuem caráter vinculante, sendo marcos normativos que devem ser cumpridos integralmente.
11 FUNDOS PARA A INFÂNCIA E A ADOLESCÊNCIA FUNDOS FIA SERÁ CRIADO ATRAVÉS DE LEI, EXPLICITANDO SUAS FONTES DE RECEITAS, SEUS OBJETIVOS E FINALIDADES, BEM COMO SUA VINCULAÇÃO COM O CONSELHO (art. 5º, 2º da Resolução 137, com base no Decreto 1.196/94); CABE AO CONSELHO A REGULAMENTAÇÃO DO FUNDO (art. 6º da Resolução 137); NÃO POSSUI PERSONALIDADE JURÍDICA PRÓPRIA, ESTANDO VINCULADO A UM ÓRGÃO OU SECRETARIA. PORÉM, DEVE POSSUIR CNPJ PRÓPRIO (art. 7º da Resolução 137); DEVE CONSTITUIR UNIDADE ORÇAMENTÁRIA PRÓPRIA (art. 7º, 2º da Resolução 137); APLICAM-SE AS MESMAS NORMAS DE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA UNIÃO, DOS ESTADOS E MUNICÍPIOS AO FIA (art. 7º, 3º da Resolução 137); POSSUI CONTA BANCÁRIA PRÓPRIA (art. 8º, 1º, Resolução 137); A MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA DO FIA DEVE SER OBJETO DE DELIBERAÇÃO PRÉVIA EM ASSEMBLÉIA DO CONSELHO (art. 8º, 3º, Resolução 137).
12 PAPEL DOS CONSELHOS DE DIREITOS E DO FUNDO FIA 1. Deliberar sobre a Política de Promoção, proteção, defesa e atendimento dos direitos das crianças e dos adolescentes (art. 6º, Lei 8.242/91); 2. Promover diagnósticos sobre os direitos das crianças e adolescentes, à luz do SGD Sistema de Garantia de Direitos (Decreto 1.196/94); 3. Elaborar Planos de Ação anuais e plurianuais, contendo programas e suas respectivas metas (art., Resolução 137); 4. Elaborar anualmente Planos de Aplicação dos recursos do FIA (art. 11, Resolução 137); 5. Elaborar Editais fixando procedimentos e critérios para aprovação de projetos a serem financiados com recursos do FIA (art. 13, Resolução 137); 6. Tornar público e monitorar os projetos aprovados (Princípio da Publicidade, art. 37, caput, CF); 7. Desenvolver atividades de captação de recursos (art. 9º, IX, Resolução 137).
13 FONTES E RECEITAS DO FUNDO FIA ART. 10, RESOLUÇÃO Recursos do Orçamento Público; 2. Doações de pessoas física e jurídicas, seja de bens materiais, imóveis ou recursos financeiros; 3. Destinações de receitas dedutíveis do Imposto de Renda; 4. Contribuições de governos estrangeiros e de organismos internacionais multilaterais; 5. Resultado de Aplicação Financeira; 6. Recursos provenientes de multas, concursos de prognósticos, dentre outros que lhe forem destinados.
14 CRITÉRIOS DE APLICAÇÃO DE INVESTIMENTOS DOS DOADORES DE RECURSOS AO FUNDO FIA DECRETO 3.000/99 C/C INSTRUÇÃO NORMATIVA SRF 258/ Compete ao Conselho de Direitos definir em última instância; 2. A partir do Plano de Aplicação deve ser facultado ao destinador indicar, aquela ou aquelas de sua preferência para aplicação dos recursos destinados; 3. As destinações poderão ser objeto de termo de compromisso entre o Conselho e o destinador; 4. Os Conselhos de Direitos poderão chancelar projetos através de Edital próprio. Entende-se por chancela, a autorização para captação de recursos necessários para execução dos projetos; 5. A captação de recursos deverá ser feita pela instituição proponente do projeto; 6. Os Conselhos de Direitos deverão fixar percentual de no mínimo de 20% de retenção em cada chancela concedida ao projeto. 7. O tempo de duração entre a chancela e a captação de recursos será de 2 anos; 8. O nome do doador/investidor será divulgado mediante prévia autorização.
15 CONDIÇÕES PARA APLICAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDO FIA ART. 15, RESOLUÇÃO 137 Destina-se a ações governamentais e não governamentais; Desenvolvimento de ações com durabilidade máxima de 3 anos na política de promoção, proteção, defesa e atendimento dos direitos das crianças e dos adolescentes; Acolhimento, sob forma de guarda, de crianças e adolescntes, órfãos ou abandonados, na forma do Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária; Programas e projetos de pesquisa, estudos, diagnósticos, sistemas de informações, monitoraento e avaliação das políticas públicas de promoção, proteção, defesa e atendimento; Programas de capacitação e formação de profissionais do SGD; Programas de comunicação, campanha educativas, publicações, divulgação das ações; Ações de Fortalecimento do SGD com ênfase na mobilização social e articulação;
16 LIMITES DE APLICAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDO FIA ART. 16, RESOLUÇÃO Atividades que não se identifiquem com os objetivos fim do Conselho; 2. Pagamento, manutenção e funcionamento do Conselho Tutelar; 3. Manutenção e funcionamento dos Conselhos de Direitos da Criança; 4.Financiamento de políticas públicas sociais básicas, em caráter continuado e, que disponham de funco específico; 5. Investimentos em aquisição, construção, reforma, manutenção e/ou aluguel de imóveis públicos e/ou provados, ainda que de uso exclusivo da política da infância; 6. Recursos orçamentários disponíveis;
17 CONSIDERAÇÕES GERAIS Para administração do FIA será nomeado um gestor que será responsável por todas as fases e etapas de movimentação de processo administrativo (art. 21, Resolução 137); Os recursos do FIA estão sujeitos a fiscalização de todos os órgãos de controle administrativo, além do Tribunal de Contas e do Ministério Público (art. 22, Resolução 137); Os Conselhos deverão fazer ampla divulgação de suas ações e aplicações financeiras frente a política da infância e adolescência (arts. 23 e 24, Resolução 137); A celebração de convênios decorrentes da utilização de recursos do FIA estão sujeitas as exigências da Lei 8666/93 (art. 25, Resolução 137).
18 FIA FUNDO PARA A INFÂNCIA E A ADOLESCÊNCIA Art. 260 da Lei 8.069/90 Origem dos Recursos DEDUÇÃO DO IR SOBRE O IMPOSTO DEVIDO PESSOA JURÍDICA - 1% PESSOA FÍSICA - 6% 100% Abatido do IR Devido POTENCIAL DE ARRECADAÇÃO RJ 2008 PESSOA JURÍDICA: R$ 210 MILHÕES/ANO PESSOA FÍSICA: R$ 180 MILHÕES/ANO
19 CONTATOS Carlos Nicodemos (21) (21)
Brasília, 27 de maio de 2013.
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