SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS

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1 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO EDITAL 044/ PROJETO BRA/06/032 CÓDIGO: BANCO DE DADOS O Projeto BRA/06/032 comunica que estará procedendo a contratação de consultoria individual, pessoa física, na modalidade produto, para prestar apoio técnico para subsidiar a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República na elaboração de um banco de dados customizado, que subsidie toda a montagem do modelo de intensificação do uso da terra no Brasil. Os interessados deverão enviar curriculum detalhado, no formato Word, para o sae.selecao@planalto.gov.br, até o dia 08/11/2010, às 17h, com o código: BANCO DE DADOS no título da mensagem. A não-inclusão deste código eliminará automaticamente o candidato da seleção. Esta seleção será efetuada mediante processo seletivo simplificado, com base no decreto nº 5.151/2004 e terá validade de um ano. O processo seletivo se dará em Brasília e os custos de transporte, hospedagem e alimentação, se necessário, são de responsabilidade do candidato. Os gastos com transferência de domicílio, se necessários, são de responsabilidade do selecionado. É vedada a contratação de pessoas com contrato vigente com Organismo Internacional, ou sem o cumprimento dos interstícios de tempo exigidos para nova contratação, conforme Art. 21, 5º, da Portaria MRE nº 717, de 09/12/2006. A qualquer tempo, os presentes editais poderão ser alterados, revogados ou anulados, no todo ou em parte, seja por decisão unilateral da Direção Nacional do Projeto, seja por interesse público ou de exigência legal, sem que isso implique em direitos a indenização e/ou reclamação de qualquer natureza. A execução dos trabalhos previstos não implica em qualquer relação de emprego ou vínculo trabalhista, sendo, portanto, regido sem subordinação jurídica conforme prevê o 9º do Artigo 4º do decreto nº 5.151/2004. OBS: Nos termos do Artigo 7º, do Decreto nº 5.151/2004 É vetada a contratação, a qualquer título, de servidores ativos da Administração Pública Federal, Estadual, do Distrito Federal ou Municipal, direta ou indireta, bem como empregados de suas subsidiárias ou controladas, no âmbito dos Projetos de cooperação técnica internacional. 1

2 TERMO DE REFERÊNCIA BANCO DE DADOS COMO SUBSÍDIO A RADIOGRAFIA INTEGRADA DO USO DO SOLO NACIONAL 1. Função no Projeto Técnico especialista. 2. Nosso Número 3. Antecedentes Com vistas a atender às diferentes e crescentes demandas de território para a produção de alimentos, agroenergia e florestas bem como conciliar com as exigências de mitigação dos impactos ambientais é imperativo uma maior capacidade de gestão da atividade agrícola nacional, envolvendo agricultura, pecuária e plantio florestal. A crise ambiental e a necessidade cada vez maior de eficiência na produção são os grandes desafios a serem enfrentados pelo setor rural brasileiro. A redução das pressões socioambientais ligadas às atividades agrícolas depende, em grande medida, de mudanças profundas nas políticas agro-econômicas que orientam a capacitação e difusão de novas tecnologias, além de uma maior eficiência na oferta de crédito orientado. A combinação de ambos é que, em outras palavras, permitirá o desejado aperfeiçoamento nos sistemas de produção. A tendência global de intensificação agrícola parece ser a solução desta equação, permitindo um maior descolamento das curvas que relacionam aumento de produção e aumento da área plantada. Dados históricos indicam que esta tendência já está em processo no Brasil, podendo ganhar mais velocidade se políticas públicas que facilitem a sucessão forem implementadas. Tais políticas, baseadas em planejamento, tecnologia e estratégias de crédito adequadas, devem ser capazes de ordenar, transformar e adequar o uso do solo no Brasil, permitindo aincorporação sistemática de produtividade, sem que seja necessário a conversão de novas áreas de vegetação nativa. A histórica ocupação e expansão do uso das terras no Brasil seguiram e, todavia seguem, uma lógica patrimonialista. A despeito dos significativos avanços tecnológicos, imensas porções do território foram incorporadas às diversas atividades produtivas, cumprindo assim sua vocação para a produção de biomassa para múltiplos fins. Mais de um terço do território nacional foi incorporado às atividades agropecuárias, perfazendo algo em torno de 3 milhões de quilômetros quadrados. A pecuária se destaca como grande mobilizador de terras (~1,7 milhões de quilômetros quadrados), vinculada a uma prática deveras extensiva e a níveis de produtividade baixos. Alguns estudiosos do assunto já argumentam que a incorporação de novas tecnologias na atividade já permitiria um uso mais eficiente destas terras, inibindo assim o constante avanço da fronteira agrícola. É a pecuária que pode oferecer parte do seu estoque de terras para outras atividades agrícolas e/ou florestais. Segundo dados do último Censo, se considerarmos as áreas de pecuária cujo índice de lotação (N cab/ha) não ultrapasse 1 cab/ha, teremos um total aproximado de 90 2

3 milhões de hectares, espalhados pelo Brasil e que poderiam atender a outras demandas de uso da terra, considerando sua aptidão e algum potencial de negócio reconhecido. Por outro lado, a matriz florestal está muito aquém de seu potencial, o que configura uma grande oportunidade de expansão e desenvolvimento. Ao integrar a matriz florestal na lista de variáveis, pretende-se apontar onde as florestas plantadas podem aparecer como uma real oportunidade, seja para a reposição dos ativos florestais exigidos pelo Código Florestal, seja para suprir uma demanda reprimida de madeira, nos seus diversos usos potenciais, identificada a nível regional, ou para considerar as florestas como um componente essencial das iniciativas nacionais e internacionais de mitigação do aumento de GEE. Por outro lado, a crise ambiental e a necessidade cada vez maior de eficiência na produção são os grandes desafios a serem enfrentados pelo setor rural brasileiro. Com vistas a atender às diferentes e crescentes demandas de território para a produção de alimentos, agroenergia e florestas, bem como conciliar com as exigências de mitigação dos impactos ambientais, é imperativo uma maior capacidade de gestão da atividade agro-silvo-pecuária nacional. Considerando que a eficiência das políticas públicas aumenta quanto maior o grau de precisão espacial de sua incidência, faz-se necessário uma radiografia especializada da situação atual e futura do setor rural nacional, que sirva de suporte para um amplo diálogo entre os setores que compartilham a realidade agrária. Sete grandes demandas espaciais, todas consideradas estratégicas, devem ser consideradas nesta radiografia, a saber: (1) pecuária, (2) produção de grãos, (3) agricultura familiar, (4) agroenergia, (5) silvicultura, (6) exigências do Código Florestal (APP e RL) e (7) reposição de ativos em biomas depauperados. Considerando as grandes dimensões do Brasil e a ampla e difusa presença da agricultura sobre o território, faz-se necessário o uso de ferramentas de análise espacial de maneiras a abordar toda a diversidade de situações possíveis. Compreender sua distribuição espacial, situação e necessidades, pode ser um passo estratégico na construção de uma solução integrada e harmonizada com as grandes questões da atualidade. Este esforço permitirá integrar uma coleção de dados numa base espacial customizada, a partir da qual se podem testar diferentes cenários futuros de demanda. Este estudo faz parte de uma iniciativa de modelagem espacial mais ampla, coordenada pela SAE, tendo como parceiros Embrapa, Esalq e UFMG. O banco de dados a ser gerado será de uso público para todos aqueles grupos de pesquisas que tenham interesse na modelagem espacial. 4. Número do resultado no PRODOC A contratação desse estudo será realizada com base no produto 1.5, Estratégia de longo prazo para o desenvolvimento territorial do país, de responsabilidade da Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável (SSDS), com base no produto, Radiografia & Modelagem Integrada do Uso da Terra: Rearranjos Produtivos Potenciais no Brasil. Este estudo integra os resultados realizados por consultores externos (pecuária, silvicultura, agroenergia e produção de grãos, que foram objeto de outros TDRs. Outros estudos realizados por técnicos da SAE (Código Florestal e radiografia da agricultura e dos biomas) serão da mesma forma incorporados ao escopo deste trabalho. 5. Objetivos da consultoria O objetivo central deste estudo será constituir um banco de dados multitemático e customizado segundo as necessidades do programa Dinâmica-EGO, permitindo executar o trabalho de 3

4 modelagem. Estes dados uma vez customizados e associados a ferramenta de modelagem espacial permitirão uma análise bastante acurada da situação atual do uso do solo no Brasil. Uma radiografia espacializada da situação atual, suas demandas futuras e seus gargalos associados ao uso do solo no Brasil é condição sine qua non para uma perspectiva de planejamento das áreas agropecuárias, florestais e naturais. A precisão espacial do estudo pode oferecer uma ferramenta adicional na concepção de instrumentos orientadores de políticas públicas que, de maneira pró-ativa, transformem nossa realidade rural e resgatem nossa capacidade de planejamento e gestão. Objetivos Específicos Contratação de consultoria especializada, pessoa física na modalidade produto, para elaborar um banco de dados customizado, que subsidie toda a montagem do modelo de intensificação do uso da terra no Brasil. Todos os dados espaciais terão seus metadados ajustados aos formatos da plataforma de modelagem Dinâmica-EGO, desenvolvido pelo CSR UFMG (Centro de Sensoriamento Remoto da Universidade Federal de Minas Gerais. O banco de dados estará disponível em diversos servidores (EMBRAPA, UFMG e ESALQ), podendo ademais, servir a diferentes comunidades que tenham interesse na modelagem espacial no Brasil. 6. Descrição das atividades 6.1. Elaboração de projeto executivo Reunião inicial de trabalho com a equipe da Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável (SSDS) para organização e discussão da metodologia de trabalho. Haverá um acerto prévio do formato dos dados a serem analisados, mapas a serem gerados e incluídos no produto final Elaboração de projeto executivo com base nas discussões iniciais com a SSDS Integração e Análise de Dados Fontes de dados oriundos dos estudos acima mencionados O consultor se compromete a prover, entre outros, as seguintes informações espacializadas (shp, geotif e/ou dbf): 1. Elaboração de base de dados, incluindo pesquisa, organização, avaliação, integração e geração de bases para modelos de simulação na Plataforma DINAMICA EGO; 2. O banco de dados deverá conter os seguintes temas, em escala original, compatível e com cobertura para o Território Nacional: - Áreas Agrícolas: pecuária, grãos, cana de açúcar, florestas plantadas - Usinas de Álcool e açúcar - Frigoríficos - Silos e Armazéns - Demanda Florestal: energia, guseiras, carvão, movelaria, papel & celulose, construção civil e chapas. - Áreas Protegidas - Terras Indígenas - Assentamentos - Áreas Urbanas - Infra-estrutura: estradas, hidrovias e ferrovias - Hidrografia - Bacias hidrográficas 4

5 - Vegetação - Solos - Biomas - Desmatamento - Modelo digital de Terreno - - Zonas Agroclimáticas Embrapa - Aptidão agrícola - ZEE - Zoneamento Ecológico Econômico 3. Modelo para análise do Código Florestal, desenvolvido na Plataforma DINAMICA EGO; 4. Geração de mapas de vulnerabilidade natural, onde os dados disponíveis forem suficientes para esta geração. Outros dados essenciais a serem coletados e analisados poderão surgir a partir da primeira reunião técnica (item 6.1.1) Apresentação, em reunião com equipe técnica da SSDS, do relatório final da consultoria. 7. Produtos Esperados 7.1. Projeto Executivo Produto 1. Elaboração de projeto executivo com o detalhamento metodológico de desenvolvimento da consultoria com base nas discussões iniciais com a SSDS. O documento deverá contemplar, de forma clara e completa, as informações técnicas necessárias para execução do estudo em questão Resultados Finais Produto 2. Nesta etapa, deverá ser elaborada e apresentada a versão final do banco de dados para a equipe técnica da SSDS, em reunião em Brasília-DF. 8. Formato dos produtos O material deverá ser disponibilizado na forma de mapas impressos para a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE/PR) em duas vias em papel A-4, e em meio digital nos formatos.doc,.pdf,.xls e.jpeg. e apresentar conteúdo e linguagem compatíveis com sua destinação, em Língua Portuguesa, devidamente digitado e formatado, contendo a relação de obras consultadas de acordo com as recomendações normativas da ABNT. Em todas as páginas deverá constar a rubrica do responsável pelo produto. Mapas devem estar em formato jpg (digital e impresso) 9. Qualificações O consultor deverá apresentar as seguintes qualificações classificatórios e pontuáveis: 5

6 Formação acadêmica nas áreas de Economia, Engenharia, Agronomia, Geografia ou Geologia; Pós graduação Lato ou stricto sensu em Geoprocessamento ou área afim; Experiência comprovada de mais de 5 (cinco anos) no software ArcGIS, em geração e manipulação de base de dados e layouts; Será considerado como diferencial pontuável na seleção dos candidatos: Experiência comprovada no uso do software Dinâmica-EGO; 10. Insumos Despesas com deslocamento (passagens aéreas e diárias) para execução das atividades serão custeadas pelo Projeto, conforme necessidade, desde que devidamente aprovadas pelo Diretor Nacional do Projeto. Outros tipos de deslocamentos (terrestres ou fluviais) deverão ser previamente comunicados e igualmente autorizados. Neste caso, as despesas serão reembolsadas após a entrega de recibos comprobatórios. 11. Supervisor A supervisão do Contratado será feita pelo Diretor de Amazônia da Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável (SSDS). 12. Local de trabalho O consultor poderá ter sede em qualquer Estado da Federação, desde que possa se deslocar quando necessário para realização do presente estudo e quando for solicitado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos, para reuniões de monitoramento. 13. Data de Início Previsão: outubro de Data de Término Previsão: dezembro de Produtos Honorários Os pagamentos serão feitos mediante a entrega e aprovação dos produtos, atestada pela direção do Projeto. Os pagamentos recebidos pelos consultores são passíveis de tributação, de acordo com a legislação brasileira vigente. É responsabilidade do Contratado fazer os devidos recolhimentos. 6

7 À Contratante, reserva-se o direito de recusar o pagamento se, no ato do atesto, os serviços prestados estiverem em desacordo com as especificações apresentadas e aceitas. Este contrato terá vigência prevista de 2 (dois) meses com possibilidade de prorrogação, sem ônus para o governo, desde que mediante justificativa consubstanciada em relatório, devidamente aprovado pelo Diretor do Projeto. A remuneração prevista será efetuada em 2 (duas) parcelas conforme calendário descrito a seguir: Produtos Esperados Cronograma de entrega dos produtos (a partir do início do contrato) Remuneração 1. Projeto executivo. 15 dias 20% 2. Integração de dados referentes aos temas listados no item dias 80% Total 60 dias 100% 16.. Número de parcelas Duas parcelas. 7