Fundamentos. da Cor. Claudio Dreher de Araujo Número de matrícula: Curso: Design (420) Teoria da Luz e Cor - EGR5110
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1 Fundamentos da Cor Aluno: Claudio Dreher de Araujo Número de matrícula: Curso: Design (420) Turma: 0195A Disciplina: Teoria da Luz e Cor - EGR5110 Professora: Berenice Gonçalves Data de entrega: 20/abr//2005
2 Introdução O que é cor? Abaixo selecionei várias definições de cor que conseguem de maneira técnica (não metafórica) esclarecer melhor o conceito de cor. A cor não tem existência material. Ela é, tão-somente, uma sensação provocada pela ação da luz sobre o órgão da visão. Em linguagem corrente, a palavra cor tanto designa a sensação cromática, como o estímulo (a luz direta ou o pigmento capaz de refletí-la) que a provoca. Mas, a rigor, esse estímulo denomina-se matiz, e a sensação provocada por ele é que recebe o nome de cor. PEDROSA, Israel. O universo da cor. Rio de Janeiro: Ed. SENAC Nacional, Um atributo visual das coisas, que resulta da luz que eles emitem, transmitem ou refletem; a cor branca é feita de vários diferentes comprimentos de onda. A aparência de objetos (ou fontes luminosas) descrita em termos da percepção de uma pessoa para sua matiz, luminância (ou brilho) e saturação. Cor é a sensação que (em seres humanos) deriva da habilidade da fina estrutura do olho em distinguir três diferentes análises filtradas de uma visualização. A percepção da cor é influenciada pela historia de longo prazo (cultura) do observador e também de efeitos de curto prazo como as cores ao redor. O termo cor também é usado para as propriedades de objetos ou fontes de luz que podem ser distinguidas por diferenças nos receptores do olho. O atributo da experiência visual que pode ser descrito como tendo dimensões quantitativamente especificáveis de matiz, saturação e brilho ou luminância. Ela não incluí aspectos de extensão (por exemplo tamanho, formato, textura, etc.) nem duração (por exemplo movimento, tremulação, etc..). Uma cor pode ser vista como um simples comprimento de onda ou uma combinação de vários. A maioria das cores são combinações bem complexas de vários comprimentos de onda com várias amplitudes. A propriedade de um objeto a qual é dependente do comprimento de onda da luz que ele reflete, ou no caso de um corpo luminescente, o comprimento de onda da luz que ele emite. Se, em qualquer dos dois casos supracitados, a luz for de um comprimento de onda simples, a cor será vista como uma cor espectral pura, mas, se luz de dois ou mais comprimentos de onda é emitida, a cor será misturada. Luz branca é uma mistura equilibrada de todas as cores espectrais visíveis.
3 Cor-luz, Cor-pigmento opaca e Corpigmento transparente O modelo de cores-pigmento opacas ou modelo artístico é questionado hoje em dia. O autor Israel Pedrosa o considera, enquanto que Luciano Guimarães não. Abaixo definições dos dois autores. Os efeitos luminosos, constituidos por radiações eletromagnéticas, capazes de provocar a sensação que denominamos cor, dividem-se em três grupos distintos. São eles: o das cores-luz, o das cores-pigmento opacas e o das cores-pigmento transparentes. Mesmo tendo a luz como origem comum, esses estímulos constituem espécies diferentes. Cores-luz são as que provêm de uma fonte luminosa direta, estudadas mais detidamente na área da Fisica, com vasto emprego na sociedade contemporanea. São elas que iluminam as nossas vidas, como a luz do sol, a de uma vela, a de uma lâmpada ou a de uma descarga eletrica. Sua tríade primária é constituída pelo vermelho, verde e azul-violetado. A mistura proporcional das cores-luz produz o branco, em síntese denominada aditiva Cores-pigmento opacas são as cores de superfície de determinadas matérias químicas, produzidas pela propriedade dessas matérias em absorver, refletir ou refratar os raios luminosos incidentes. Sua tríade primária é composta pelo vermelho, amarelo e azul, cores que em mistura proporcional produzem um cinza neutro escuro, o preto. Esse fenômeno é denominado síntese subtrativa. Cores-pigmento transparentes são as cores de superfície produzidas pela propriedade de alguns corpos químicos de filtrar os raios luminosos incidentes, por efeitos de absorção, reflexão e transparência, tal como ocorre nas aquarelas, nas películas fotográficas e nos processos de impressão gráfica em que as imagens são produzidas por retículas e por pontos nos processos computadorizados. PEDROSA, Israel. O universo da cor. Rio de Janeiro: Ed. SENAC Nacional, Cor-luz é o termo que especifica a cor formada pela emissão direta de uma fonte luminosa. Cor-pigmento é o termo que especifica a cor produzida pelo processo seletivo de reflexão e absorção da luz efetuado por um objeto iluminado. A cor transmitida por um objeto é, portanto, resultado da seleção da luz por sua superfície pigmentada. A cor resultante desse processo corresponde à soma dos raios refletidos pelo objeto. GUIMARÃES, Luciano. As cores na mídia. Editora AnnaBlume.
4 Alguns comentários sobre modelos de cor e parâmetros da cor: Don Jusko, artista da Ilha de Maui - Havaí, no seu site na internet mauigateway.com/~donjusko/othercolorwheel.htm critica o modelo de cores opacas, afirmando que a mistura de uma cor com a sua complementar gera marrons, nunca pretos ou cinzas-neutros; o modelo opaco obriga o uso do preto para a geração das tonalidades escuras, enquanto que o modelo CMY permite o uso da cor complementar para criar as tonalidades escuras, o que é mais lógico. Ele criou a roda RCW, que em tradução para Português seria o Verdadeiro Círculo das Corespigmento e prega o ensino e o uso do CMY nas escolas de arte, por ser mais fácil de ser entendido pelos alunos porque funciona. Luciano Guimarães, em seu livro As Cores na mídia, também critica o modelo de cores opacas, afirmando que o vermelho não é primário, pois pode ser obtido da mistura do amarelo e do magenta. Já o amarelo e o magenta, estes sim são primários, já que não são obtidos da mistura de nenhuma outra cor Um comentário final meu é que a definição usual de matiz diz respeito a um comprimento de onda predominante em uma cor observada. Acho que este conceito deve ser ligeiramente modificado pelas exceções que ocorrem: - Se a cor observada, for composta de um comprimento de onda vermelho e um comprimento de onda verde, a matiz percebida é a do amarelo, mesmo sem haver ondas de luz de comprimento de onda do amarelo. - Se a cor observada, for composta de um comprimento de onda vermelho e um comprimento de onda azul, a matiz percebida é a do magenta, que não existe no espectro, por isso a denominação de cores não-espectrais para estes matizes.
5 Disco de cor-pigmento opaco A maioria dos artistas reconhece o vermelho, o amarelo e o azul como as três cores primárias. Estas cores primárias são as cores puras que não podem ser criadas pela mistura de nenhuma outra cor. Este sistema é usado em pinturas a óleo e em diversas outras tintas de base opaca. Este sistema de cores, ao contrário do RGB e do CMY, não tem uma sigla que o denomina.
6 Disco de cor-pigmento transparente Na indústria gráfica, com a adição do preto, devida a limitações do papel, temos o modelo CMYK (Cyan, Magenta, Yellow and black). Este é usado em publicações impressas como jornais, revistas, livros e folders. Também é usado em impressoras jato-de-tinta domésticas.
7 Disco de cor-pigmento transparente Amostras de cores de mídia impressa Para exemplificar o uso prático do modelo CMYK, fizemos recortes de revistas contendo as cores primárias, secundárias e terciárias deste modelo.
8 Parâmetros da cor No ato perceptivo, distinguem-se três características principais que correspondem aos parâmetros básicos da cor: Croma - Refere-se à saturação, percebida como intensidade da cor. Estágio em que o vermelho apresenta-se mais vermelho, equidistante do azul e do amarelo; o amarelo mais amarelo; o verde mais verde; o azul mais azul. Valor, luminosidade ou brilho - Termos utilizados para designar o Indice de luminosidade da cor. Matiz - Variedade do comprimento de onda da luz direta ou refletida, percebida como vermelho, amarelo, azul e demais resultantes das misturas dessas cores. Escalas Correspondendo aos três parâmetros descritos acima, elaborei as escalas de saturação, valor e matizes. A escala de saturação começa com o azul ciano puro, cor bastante saturada, e partir da mistura com cinza, chega-se gradualmente a um cinza neutro. A escala de valor dá brilho ao azul ciano por mistura com o branco, processo conhecido por dessaturação e tira o brilho do azul ciano por mistura com o preto, processo conhecido por rebaixamento. A escala de matizes mostra diferentes matizes das cores saturadas.
9 Escala de Saturação Escala de Valor Escala de Matizes
10 Contrastes simultâneos Justapondo cores, uma ao lado de outra mais escura tende a parecer mais clara do que realmente é, enquanto que a outra se torna ainda mais escura pela aproximação da mais clara. Cores contrárias têm uma forma particular quando estão opostas às suas respectivas contrárias. Os efeitos gerados pelo contraste simultâneo de cor mostram que uma cor muda quando outra cor está presente. Por exemplo: um cinza parece ligeiramente azul em um fundo laranja. Deve-se lembrar do processo oponente da percepção: olho busca as complementares. A composição a seguir mostra o constraste de diversas cores com o verde-médio. O verde-claro escurece o verde-médio. O verde-escuro e o azul-escuro clareiam o verde-médio. As cores frias (azul e verde) o atenuam. As cores quentes (amarelo e vermelho) o realçam.
11 Contrastes simultâneos
12 Composições com contrastes e harmonias A composição com contraste escolhida foi o contraste de cores complementares. No caso o azul é o complementar do amarelo no modelo CMY. A forma espiral foi escolhida para reforçar mais ainda o contraste. A composição com harmonia escolhida foi a harmonia de cores quentes. Foram usadas as cores vermelho-alaranjado, laranja e amarelo em fundo salmão. A imagem do fogo foi escolhida para reforçar o conceito de cores quentes.
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15 Releitura a partir de imagem A imagem escolhida foi a pintura de Claude Monet intitulada Terraço sobre o mar perto do Havre (96 x 127 cm; 1866). A vibração da luz, expressa em termos já decisivamente impressionistas, parece trazer a atmosfera viva para a tela. A amostra escolhida para a releitura localiza-se no lado direito do jardim onde há plantas com flores vermelhas. Há uma predominância de cores saturadas nos matizes verde, amarelo, laranja e vermelho. Terraço sobre o mar perto do Havre por Claude Monet Detalhe escolhido para releitura
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17 Referências Bibliográficas PEDROSA, Israel. O universo da cor. Rio de Janeiro: Ed. SENAC Nacional, PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente GUIMARÃES, Luciano. As cores na mídia. Editora AnnaBlume. GONÇALVES, Berenice. Apostila Fundamentos para o estudo da Cor glossary.html
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