Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para Medida 9 MANUTENÇÃO DA ATIVIDADE AGRÍCOLA EM ZONAS DESFAVORECIDAS
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- Luca Gusmão Capistrano
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1 Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para Medida 9 MANUTENÇÃO DA ATIVIDADE AGRÍCOLA EM ZONAS DESFAVORECIDAS
2 Enquadramento Regulamentar Artigos do Regulamento (UE) n.º 1305/2013, do Conselho e do Parlamento Europeu: Artigo 31º - Pagamentos a favor de zonas sujeitas a condicionantes naturais ou a outras condicionantes específicas; Artigo 32º - Designação das zonas sujeitas a condicionantes naturais e outras condicionantes específicas; Anexo II - Montantes e taxas de apoio. Racionalidade da Medida/Ação e Prioridades e Domínios do Desenvolvimento Rural A Medida visa contribuir para uma utilização continuada de superfícies agrícola em zonas que apresentem condições naturais desfavoráveis de declive, altitude, solos, clima e outras condicionantes específicas, que se traduzam em desvantagens significativas para a atividade agrícola. Responde assim à necessidade de ultrapassar essas desvantagens de forma a combater a crescente desertificação a que essas zonas estão sujeitas. Neste particular assume especial relevância o objetivo de viabilização que esta medida tem para as explorações associadas à pequena agricultura, as quais desempenham um importante papel em termos de estruturação das zonas mais desfavorecidas. A Medida contribui de forma decisiva para a manutenção da paisagem rural e a conservação e promoção de sistemas agrícolas sustentáveis, diminuindo o risco de abandono que resulta das condições desfavoráveis, potenciando condições para uma maior coesão territorial. Prioridade 4 - restaurar, preservar e melhorar os ecossistemas ligados à agricultura e à silvicultura: (a) Restauração, preservação e reforço da biodiversidade, inclusivamente nas zonas Natura 2000, nas zonas sujeitas a condicionantes naturais ou outras condicionantes específicas e nas zonas agrícolas de elevado valor natural, bem como das paisagens europeias; (b) Melhoria da gestão da água, assim como dos adubos e dos pesticidas; (c) Prevenção da erosão dos solos e melhoria da gestão dos solos. Prioridade 6 - promover a inclusão social, a redução da pobreza e o desenvolvimento económico das zonas rurais: (b) Fomento do desenvolvimento local nas zonas rurais. Prioridade horizontal Ambiente. PDR2020 2
3 Operação Zonas de Montanha Código CE Pagamentos compensatórios a título de zonas de montanha DESCRIÇÃO DA OPERAÇÃO A operação prevê o apoio aos agricultores que assumam o compromisso de prosseguir a sua atividade agrícola nas zonas de montanha durante um ano, e tem como objetivo compensá-los pelos custos adicionais e perdas de rendimentos decorrentes das limitações à produção agrícola na zona em causa. O apoio é atribuído ao hectare de superfície agrícola, de forma degressiva, aos agricultores que detenham uma exploração agrícola cuja superfície agrícola tenha uma dimensão mínima. TIPO DE APOIO Apoios anuais degressivos em função de escalão de superfície agrícola elegível. BENEFICIÁRIOS Agricultor que respeite a condição de agricultor ativo na aceção do artigo 9.º do Regulamento (UE) n.º 1307/2013. CONDIÇÕES DE ACESSO Deter o mínimo de um hectare de superfície agrícola em zona de Montanha. COMPROMISSSOS Os beneficiários devem respeitar as condições de baseline 1 Manter a atividade agrícola durante o período anual a que respeita o apoio. NÍVEIS E TAXAS DE APOIO O apoio tem a forma de um pagamento anual, por hectare, sendo o nível de apoio modulado por escalões segundo a Área Elegível da Exploração: AE 3 ha 260 euros/hectare de Superfície elegível 3 ha < AE 10 ha 190 euros/hectare de Superfície elegível 10 < AE euros/hectare de Superfície elegível 30 < AE 150 ha 20 euros/hectare de Superfície elegível 1 Baseline constituída pelos requisitos obrigatórios relativos à condicionalidade em aplicação do disposto no Título VI do Regulamento (UE) n.º 1306/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho. PDR2020 3
4 A superfície forrageira só pode ser considerada elegível para pagamento desde que seja mantido um encabeçamento mínimo em pastoreio de animais do próprio, expresso em cabeças normais por hectare de superfície forrageira de 0,2 CN. As áreas de pousio só podem ser consideradas elegíveis para pagamento até um limite máximo de 3 vezes a área semeada com culturas temporárias. No caso das necessidades financeiras ultrapassarem as respetivas disponibilidades o pagamento anual, a nível do beneficiário, sofrerá um rateio proporcional. Operação Zonas, que não as de montanha, sujeitas a condicionantes naturais significativas Código CE 13.2 Pagamentos compensatórios a título de outras zonas que enfrentem condicionantes naturais significativas DESCRIÇÃO DA OPERAÇÃO A operação prevê o apoio aos agricultores que assumam o compromisso de prosseguir a sua atividade nas zonas, que não as de montanha, sujeitas a condicionantes naturais significativas durante um ano, e tem como objetivo compensá-los pelos custos adicionais e perdas de rendimentos decorrentes das limitações à produção agrícola na zona em causa. O apoio é atribuído ao hectare de superfície agrícola, de forma degressiva, aos agricultores que detenham uma exploração agrícola cuja superfície agrícola tenha uma dimensão mínima. TIPO DE APOIO Apoios anuais degressivos em função de escalão de superfície agrícola elegível. BENEFICIÁRIOS Agricultor que respeite a condição de agricultor ativo na aceção do artigo 9.º do Regulamento (UE) n.º 1307/2013. COMPROMISSSOS Os beneficiários devem respeitar as condições de baseline 2 Manter a atividade agrícola durante o período anual a que respeita o apoio. 2 Baseline constituída pelos requisitos obrigatórios relativos à condicionalidade em aplicação do disposto no Título VI do Regulamento (UE) n.º 1306/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho. PDR2020 4
5 DESPESA ELEGÍVEL Deter o mínimo de um hectare de superfície agrícola em zona, que não de montanha, sujeita a condicionantes naturais significativas. NÍVEIS E TAXAS DE APOIO O apoio tem a forma de um pagamento anual, por hectare, sendo o nível de apoio modulado por escalões segundo a Área Elegível da Exploração: AE 3 ha euros/hectare de Superfície elegível 3 ha < AE 10 ha - 95 euros/hectare de Superfície elegível 10 < AE euros/hectare de Superfície elegível 30 < AE 150 ha - 18 euros/hectare de Superfície elegível A superfície forrageira só pode ser considerada elegível para pagamento desde que seja mantido um encabeçamento mínimo em pastoreio de animais do próprio, expresso em cabeças normais por hectare de superfície forrageira de 0,2 CN. As áreas de pousio só podem ser consideradas elegíveis para pagamento até um limite máximo de 3 vezes a área semeada com culturas temporárias. No caso das necessidades financeiras ultrapassarem as respetivas disponibilidades o pagamento anual, a nível do beneficiário, sofrerá um rateio proporcional. Operação zonas sujeitas a condicionantes específicas Código CE 13.3 Pagamentos compensatórios a título de outras zonas afetadas por condicionantes específicas DESCRIÇÃO DA OPERAÇÃO A operação prevê o apoio aos agricultores que assumam o compromisso de prosseguir a sua atividade agrícola em zonas sujeitas a condicionantes específicas (durante um ano, e tem como objetivo compensá-los pelos custos adicionais e perdas de rendimentos decorrentes das limitações à produção agrícola na zona em causa. O apoio é atribuído ao hectare de superfície agrícola, de forma degressiva, aos agricultores que detenham uma exploração agrícola cuja superfície agrícola tenha uma dimensão mínima. PDR2020 5
6 TIPO DE APOIO Apoios anuais degressivos em função de escalão de superfície agrícola elegível. BENEFICIÁRIOS Agricultor que respeite a condição de agricultor ativo na aceção do artigo 9.º do Regulamento (UE) n.º 1307/2013. COMPROMISSSOS Os beneficiários devem respeitar as condições de baseline 3 Manter a atividade agrícola durante o período anual a que respeita o apoio. CONDIÇÕES DE ACESSO Deter o mínimo de um hectare de superfície agrícola em zona sujeita a condicionantes específicas. NÍVEIS E TAXAS DE APOIO O apoio tem a forma de um pagamento anual, por hectare, sendo o nível de apoio modulado por escalões segundo a Área Elegível da Exploração AE 3 ha euros/hectare de Superfície elegível 3 < AE 10 ha - 95 euros/hectare de Superfície elegível 10 < AE 30 ha - 27 euros/hectare de Superfície elegível 30 < AE 150 ha - 18 euros/hectare de Superfície elegível A superfície forrageira só pode ser considerada elegível para pagamento desde que seja mantido um encabeçamento mínimo em pastoreio de animais do próprio, expresso em cabeças normais por hectare de superfície forrageira de 0,2 CN. As áreas de pousio só podem ser consideradas elegíveis para pagamento até um limite máximo de 3 vezes a área semeada com culturas temporárias. No caso das necessidades financeiras ultrapassarem as respetivas disponibilidades o pagamento anual, a nível do beneficiário, sofrerá um rateio proporcional. 3 Baseline constituída pelos requisitos obrigatórios relativos à condicionalidade em aplicação do disposto no Título VI do Regulamento (UE) n.º 1306/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho. PDR2020 6
7 Informação específica da medida Designação das zonas desfavorecidas As Zona de Montanha, caracterizam-se por uma limitação considerável das possibilidades de utilização das terras e por um aumento apreciável dos custos de produção devido, quer a condições climatéricas difíceis, quer à presença na maior parte da zona de declives que exijam usos de equipamento específicos, quer ainda a uma combinação destes dois fatores. As zonas de montanha foram definidas para períodos de programação anteriores com base em critérios de altimetria, de declive e de combinações destes dois. A delimitação estabelecida teve em conta: altitude mínima de 700 metros a norte do rio Tejo e 800 metros a sul do rio Tejo; declive médio superior a 25% e Altitude de 400 a 700 metros e inclinação de pelo menos 20% a norte do rio Tejo; altitude de 600 a 800 metros e inclinação de, pelo menos, 15% a sul do rio Tejo. As Zonas com Constrangimentos Específicos, As zonas sujeitas a condicionantes naturais específicas no território continental, onde o desenvolvimento da atividade agrícola desempenha um papel fundamental na gestão das terras e na conservação ou melhoria do ambiente, foram definidas a partir da identificação de uma área específica, com uma natureza especial de solos calcários associada a elevado número de afloramentos rochosos onde a prática agrícola se apresenta condicionada. A agricultura nestas zonas tem uma importância determinante, dado que através do uso do solo contribui para a formação de paisagens em mosaico geométrico com valor patrimonial importante para a proteção do potencial turístico destas zonas. As Zonas com Condicionantes Naturais Significativas foram definidas para períodos de programação anteriores com base no nível de ameaça de abandono da utilização das terras e para as quais se apresentam simultaneamente as seguintes: Presença de terras pouco produtivas, de difícil cultivo e com fracas potencialidades, que não possam ser melhoradas sem custos excessivos e que sejam sobretudo adequadas para a produção animal extensiva; Uma produção sensivelmente inferior à média em termos dos principais índices de rendimento económico da agricultura, devido à fraca produtividade do meio natural; Uma população escassa, ou com tendência para a diminuição, que dependa predominantemente da atividade agrícola e cujo declínio acelerado poria em causa a viabilidade e o povoamento da zona em causa. Nestas outras zonas com condicionantes naturais significativas, que não as zonas de montanha ou as zonas com constrangimentos específicos, será mantida a delimitação aplicada no período de programação , devendo a nova delimitação para esta zona ser aplicada, de acordo com os critérios biofísicos, até final de 2017, incluindo o exercício de fine-tuning ou ajustamento preciso. PDR2020 7
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