Cristiane Silva Melo (UEM) Rosileide S. M. Florindo (UEM) Maria Cristina Gomes Machado (UEM)

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1 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL: UM ESTUDO SOBRE OS MOVIMENTOS DE EDUCAÇÃO E CULTURA POPULAR ( ) E AS CONTRIBUIÇÕES DE PAULO FREIRE Cristiane Silva Melo (UEM) Rosileide S. M. Florindo (UEM) Maria Cristina Gomes Machado (UEM) Resumo: Este texto expressa a comunicação intitulada História da Educação de Jovens e Adultos no Brasil: um estudo sobre os movimentos de educação e cultura popular ( ) e as contribuições de Paulo Freire. Aborda aspectos da história da educação de jovens e adultos no Brasil (EJA) com ênfase no desenvolvimento dos movimentos de educação e cultura popular no final da década de 1950 e início de 1960, bem como das contribuições do educador Paulo Freire ( ) na definição de uma educação para a ação política e social. Nesse período, destacam-se o nacional desenvolvimentismo e as reformas de base. O setor da educação fez parte do Plano de Metas do Governo Juscelino ( ), o qual teve por propósito o desenvolvimento econômico do Brasil. A educação também alvo de atenção no governo de João Goulart ( ), que incentivou programas de alfabetização de adultos pelos movimentos sociais. O país apresentava alto índice de analfabetismo, a sociedade civil envolveu-se em práticas que pudessem reverter essa situação, almejavam-se mudanças no contexto socioeconômico e político brasileiro, a alfabetização de adultos poderia contribuir para a transformação da realidade social. Muitos desses movimentos foram inspirados nas ideias de Paulo Freire que afirmava ser a educação um elemento indispensável para a tomada de consciência e prática da liberdade. O autor definiu premissas de um novo método de alfabetização a ser articulado com um ensino que promovesse a reflexão coletiva dos aspectos sociais e culturais da realidade brasileira. A alfabetização e conscientização eram condições para modificações no sistema de desigualdade política, cultural e social. Palavra-chave: História da Educação de Jovens e Adultos (EJA); Os Movimentos de Educação e de Cultura Popular; Paulo Freire.

2 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL: UM ESTUDO SOBRE OS MOVIMENTOS DE EDUCAÇÃO E CULTURA POPULAR ( ) E AS CONTRIBUIÇÕES DE PAULO FREIRE Cristiane Silva Melo (UEM) Rosileide S. M. Florindo (UEM) Maria Cristina Gomes Machado (UEM) Este texto discute a história da educação de jovens e adultos no Brasil (EJA) com destaque ao desenvolvimento de movimentos de educação e cultura popular no final da década de 1950 e início de 1960, bem como das contribuições do educador Paulo Freire ( ) na definição de uma educação voltada à ação política e social. Nesse período, o país apresentava alto índice de analfabetismo, a sociedade civil envolveu-se em práticas que pudessem reverter essa situação, almejavam-se mudanças no contexto socioeconômico e político brasileiro, a alfabetização de adultos foi considerada importante para a superação de condições de desigualdades no social. É importante considerar que a educação de jovens e adultos vem sendo uma prática ativa desde os primórdios da história do Brasil. Sobre o período do Brasil Colônia ( ), têm-se notícias que muitos indígenas adultos foram envolvidos em atividades de intensa ação cultural e educacional. O ensino da leitura e escrita também esteve atrelado à catequese, sendo esta uma das ações prioritárias no projeto de colonização. (GALVÃO; SOARES, 2006). Quando se trata das iniciativas de educação de adultos no período do Brasil imperial ( ), há relatos sobre a existência de cursos noturnos para a alfabetização de adultos em diversas províncias no país. Alguns cursos noturnos se estabeleceram pela iniciativa de associações de intelectuais, que programavam e ministravam os cursos para adultos, movidos pela defesa de necessário desenvolvimento e modernização social. No final do século XIX, desenvolveu-se fortemente a ideia de importância da alfabetização de adultos, em especial como condição primeira para as novas relações de trabalho industrial e para o exercício do voto. Cumpre recordar que a reforma do ensino primário, secundário e superior estabelecida por Leôncio de Carvalho ( ), em 1879, por meio do decreto nº 7.247, previu a criação e promoção de cursos elementares noturnos. Nessa época, o ministro Rui Barbosa ( ), que analisou a reforma proposta por Carvalho, ao relatar avaliação sobre o Decreto apontou a importância da educação para adultos não alfabetizados por considerar que as pessoas sem instrução apresentavam limitação em pensar por si próprias, dessa forma ele enfatizou a educação como importante na preparação do cidadão eleitor e do trabalhador nacional.

3 Em 1881, a Lei Saraiva determinou eleições diretas e estabeleceu restrições aos votos dos analfabetos, com isso em anos posteriores se deram maior ênfase a importância da educação para o exercício consciente do voto. A República, proclamada em 1889, encontrou um cenário de dificuldades no campo da educação. O censo de 1890 apresentava que mais de 80% da população brasileira não estava alfabetizada. A Constituição da República de 1891 referendou a proibição ao voto do analfabeto. A situação de alto índice de analfabetismo existente promoveu uma espécie de vergonha perante os países mais adiantados, diversos intelectuais passaram a defender a maior oferta do ensino elementar, sob a responsabilidade do Estado, sendo a instrução elementar requisitada para a diminuição de índices de analfabetismo. Desse modo, ampliaram-se as discussões sobre a educação para a emancipação de adultos não alfabetizados. O alto analfabetismo no país foi considerado um problema sério que precisava ser resolvido com urgência, uma calamidade pública que emperrava o desenvolvimento social. Galvão e Soares (2005, p. 257) nos remete a reflexão que no decorrer da história foram inúmeras as representações sobre o analfabeto, sendo este em muitos momentos considerado [...] ignorante, incapaz, cego, dependente, portador de uma doença grave, que precisa ser extirpada. Criança que precisa de ajuda de alguém para tirá-la das trevas. Alguém que precisa de carta de alforria, porque vive em uma espécie de escravidão., sendo assim, a educação foi posta como indispensável para a tomada de consciência e transformação na vida. A alfabetização historicamente, e ainda em alguns discursos na atualidade, vem sendo associada aos progressos pessoal e social. Diversas foram as experiências pensadas e exercitadas para a erradicação do analfabetismo no Brasil. Destacam-se, [...] Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (1947, governo Eurico Gaspar Dutra); Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (1958, governo Juscelino Kubitscheck); Movimento de Educação de Base (1961, criado pela Conferência Nacional de Bispos do Brasil-CNBB); Programa Nacional de Alfabetização, valendo-se do método Paulo Freire (1964, governo João Goulart); Movimento Brasileiro de Alfabetização - Mobral ( , governos da ditadura militar); Fundação Nacional de Educação de Jovens e Adultos - Educar (1985, governo José Sarney); Programa Nacional de Alfabetização e Cidadania - Pnac (1990, governo Fernando Collor de Mello); Declaração Mundial de Educação para Todos (assinada em 1993, pelo Brasil, em Jomtien, Tailândia); Plano Decenal de Educação para Todos (1993, governo Itamar Franco); e [...] o Programa de Alfabetização Solidária (1997, governo Fernando Henrique Cardoso). (REZENDE PINTO at all, 2000, p. 523) Na atualidade, encontra-se em desenvolvimento, pelo Ministério da Educação, desde 2003, o Programa Brasil Alfabetizado, que objetiva a superação do analfabetismo entre jovens de 15 anos ou mais, adultos e idosos. O programa visa contribuir para a universalização do ensino fundamental no país, está presente em várias localidades do território nacional, diversos municípios recebem apoio técnico para a implementação de ações desse Programa.

4 No Brasil, no período entre o final da década de 1950 e início de 1960, desenvolveram-se diversas campanhas e movimentos de educação e cultura popular, com o intuito de alfabetização das massas e erradicação do analfabetismo. O setor da educação fez parte do Plano de Metas do Governo Juscelino ( ), o qual teve por propósito o desenvolvimento econômico do Brasil. A educação também foi alvo de atenção no governo de João Goulart ( ), que incentivou programas de alfabetização de adultos pelos movimentos sociais. Alguns programas foram implantados a partir de iniciativas governamentais e contaram com a participação e organização da sociedade civil. Todos os brasileiros na sociedade foram convidados a agir para alterar a situação de analfabetismo que impossibilitava expressiva parcela da população de usufruir benefícios advindos da capacidade de leitura e escrita, sendo preciso haver alfabetização para maiores condições de vivência das pessoas na vida política e cidadania nacional. O discurso do Presidente João Goulart na Sede da Revista O Cruzeiro, em 26 de dezembro de 1962, apresenta-se como um documento interessante, que expressa a ênfase atribuída no período à importância da alfabetização de adultos e a necessária mobilização da sociedade para a superação do analfabetismo no país. Vejamos a discussão de Goulart presente no discurso: Conclamo todos os brasileiros para as tarefas de educação: ao professorado, para dar horas extras de trabalho e para ocorrer a cursos de aperfeiçoamento do magistério, a fim de elevar o próprio nível profissional; aos estudantes, para que coloquem a generosidade e o entusiasmo que têm devotado a tantas causas nacionais a serviço da recuperação de milhões de brasileiros; aos trabalhadores, para que ponham os seus sentimentos patrióticos, a capacidade de mobilização de seus sindicatos e a sua solidariedade de classe a serviço de uma campanha com o objetivo de levar cada categoria profissional a orgulhar-se de não ter, em seu meio, um só analfabeto; aos intelectuais, escritores e artistas, para que mobilizem seu poder criador, seu amor ao Brasil e seu sentimento de responsabilidade para com as tarefas da cultura, a serviço de milhares de brasileiros condenados ao analfabetismo; aos homens de empresa, para que convoquem a capacidade de organização de trabalho nas equipes, o seu espírito de iniciativa e todos os recursos disponíveis a serviço desta causa que lhe interessa vivamente, porque alfabetizar é, também, elevar a qualificação para o trabalho e ampliar os níveis de aspiração e de consumo; aos jornalistas, aos radialistas e aos publicistas, para que coloquem o seu talento em comunicar idéias e difundir valores a serviço de uma campanha que faça do progresso educacional a grande aspiração do povo brasileiro; aos cidadãos que servem ao país no Exército, na marinha e aeronáutica, para que dêem novo alento ao grande papel das Forças Armadas como educadoras da Nação; aos religiosos, aos pastores de almas, para que, com sua autoridade e sua ação educativa, orientem essa campanha redentora que abrirá ao povo do Brasil novas perspectivas de aperfeiçoamento espiritual. (DISCURSO DO PRESIDENTE, apud MANFRED, 1981, p. 51) João Goulart, em 22 de maio de 1962, por meio do Decreto nº , em época que já estava vigente a denominada primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 4.024/61, instituiu a Mobilização Nacional Contra o Analfabetismo,

5 incorporando e viabilizando alguns movimentos existentes, sendo estes: a Campanha da Educação de Adultos e Adolescentes; a Campanha Nacional de Educação Rural; a Construções de Prédios Escolares; a Campanha de Erradicação do Analfabetismo e a Campanha da Merenda Escolar. (ROCCO, 1979). Entre o final da década de 1950 e início de 1960 alguns movimentos de educação e cultura popular foram organizados influenciados pelas ideias do educador Paulo Freire a respeito da relação educação e conscientização. Dentre esses movimentos, destacam-se o Movimento de Educação de Base (MEB), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), os Centros Populares de Cultura (CPCs), organizados pela União Nacional dos Estudantes (UNE), o Movimento de Cultura Popular (MCP), ligado à prefeitura de Recife, a Campanha de Educação Popular (CEPLAR), o movimento De Pé no Chão Também se Aprende a Ler, da prefeitura de Natal, entre outros (GALVÃO; SOARES, 2006, p. 44). Paulo Freire ( ) definiu um novo método voltado para a alfabetização de adultos que articulava a aprendizagem da leitura e escrita, o conhecimento e a expressão da cultura, bem como a conscientização e a interpretação dos problemas da realidade brasileira. Em sua concepção, a educação era essencial para a percepção da condição humana e da prática e ação política do homem na sociedade. Em seu método destacou a necessidade de o conhecimento e a cultura popular serem valorizados, a alfabetização partia de temas geradores identificados na realidade de vivência do grupo inserido no processo de alfabetização. A partir do estudo da linguagem do povo, Paulo Freire sistematizou o seu método de alfabetização e as premissas de sua prática pedagógica. Sempre confiáramos no povo. Sempre rejeitáramos fórmulas doadas. Sempre acreditávamos que tínhamos algo a permutar com ele, nunca exclusivamente a oferecer-lhe. Experimentávamos métodos, técnicas, processos de comunicação. Superamos procedimentos. Nunca, porém, abandonamos a convicção que sempre tivemos, de que só nas bases populares e com elas, poderíamos realizar algo de sério e autêntico para elas. Daí, jamais admitirmos que a democratização da cultura fosse a sua vulgarização, ou por outro lado, a doação do povo, do que formulássemos nós mesmos, em nossa biblioteca e que a ele entregássemos como prescrições a serem seguidas. (FREIRE 2005, p. 110) Para Freire, os indivíduos precisavam estar cientes de suas necessidades e possibilidades de luta em prol da melhoria de suas condições de existência, assim, a educação era um instrumento de libertação do oprimido, indispensável para a conscientização e prática da liberdade, contribuía para a transformação no social. De acordo com Weffort (1980, p. 4) as ideias de Paulo Freire, na época de divulgação do método, se fortaleceram no contexto do movimento popular, desse modo, o autor afirma: Em verdade, seria difícil tratar de outro modo a um pensamento engajado como o de Paulo Freire. Suas idéias nascem como uma das expressões da emergência política das classes populares e, ao mesmo tempo, conduzem a uma reflexão e a uma prática dirigidas sobre o movimento popular.

6 A alfabetização e a conscientização eram condições indispensáveis para a modificação no sistema de desigualdade política, cultural e social. As primeiras exposições do método de Paulo Freire ocorreram em 1958, tendo sido maior divulgado e sistematizado em 1962, expressou combinação da didática contemporânea, da teoria da comunicação e da psicologia (PAIVA, 1987). Segundo Manfredi (1981, p ) Paulo Freire desde o ano de 1955 vivenciava experiências na área da educação, que possibilitaram, posteriormente, a estruturação do seu método de alfabetização. O método, no ano de 1964, foi adotado legalmente por intermédio do Programa Nacional de Alfabetização, que foi instituído pelo Decreto nº , de 21 de janeiro de No artigo primeiro do Decreto encontra-se a determinação Fica instituído o Programa Nacional de Alfabetização, mediante o uso do sistema Paulo Freire, através do Ministério da Educação e Cultura.. As premissas teóricas do sistema de Paulo Freire foram expostas no Seminário Regional Preparatório, ao II Congresso Nacional de Educação de Adultos (Rio, 09 a 16 de julho de 1958), realizado em Pernambuco. Na época, Paulo Freire, defendia renovação nos métodos de educação para adultos e o ideário de educação para a participação no social. É possível encontrar as premissas do pensamento de Paulo Freire nas obras do autor intituladas Educação como Prática da Liberdade (FREIRE, 2005), Pedagogia do Oprimido (FREIRE, 1975) e Pedagogia da Autonomia (FREIRE, 2011), assim como nos artigos Carta aos Professores (FREIRE, 2001), A Importância do Ato de Ler (FREIRE, 2006), entre outros escritos. Paulo Freire considerava que a educação não podia ser um simples processo mecânico de transmissão de conteúdos. A educação precisava ser essencialmente dialógica, considerar o conhecimento e a leitura de mundo que o indivíduo em processo de alfabetização possuía, desse modo, ela podia promover a alfabetização e ao mesmo tempo a criticidade, por meio da problematização de conteúdos. Na concepção do autor, o educador precisava considerar que o ato de ensinar exigia a compreensão de que a mudança era possível, sendo esta uma maneira prática de intervenção no mundo. O educador devia apreciar a cultura que o aluno possuía e organizar situações para que ele pudesse pensar e refletir sobre os aspectos sociais e culturais coletivamente. Segundo Gadotti (1997, p.1, grifos do autor), que conviveu com Freire e junto a ele desenvolveu diversas atividades, na perspectiva de Paulo Freire [...] o conhecimento é construído de forma integradora e interativa. Não é algo pronto a ser apenas "apropriado" ou "socializado", como sustenta a pedagogia dos conteúdos. Por isso, essa pedagogia sustenta, até hoje, a necessidade da memorização. Conhecer é descobrir e construir e não copiar. Paulo Freire destacou o oprimido no palco da história, seu ensino privilegiou a liberdade e a autonomia, consistia num ensino contextualizado, envolto pelos aspectos sociais. Dentre os movimentos de educação sistematizados para a alfabetização de adultos, com a valorização da participação popular, destaca-se a Campanha De Pé no Chão Também se Aprende a Ler, desenvolvida pela prefeitura de Natal, no período de 1961 a Esse movimento se organizou e estruturou com base nas reivindicações e apoio da sociedade, visou a educação de crianças, jovens e adultos. A campanha contou com a criação de escolinhas e acampamentos escolares, bem como de bibliotecas

7 populares, praças de cultura, centro de formação de professores, teatrinho do povo e galeria de arte. Houve a formação de círculos de leitura, segundo Germano (1982, p. 103) a Campanha também significou [...] a realização de encontros culturais, a reativação de grupos de danças folclóricas, a promoção de exposição de arte, a apresentação de peças teatrais, isto é, redundou numa organização cultural da cidade, onde o povo participava efetivamente e não apenas assistia como mero espectador. Sendo assim, a Campanha expressou grande mobilização popular na promoção e propagação da cultura. Cavalcante (2012) destaca aspectos positivos da Campanha, que procurava aliar a educação escolar com a formação política e cultural de crianças, jovens e adultos, que nela participava: [...] a cidade de Natal participou de uma das mais eficientes políticas educacionais, de caráter democrático, já realizadas em território nacional, a Campanha de pé no chão também se aprende a ler. Voltada à educação de crianças, de jovens e de adultos de origem popular, a campanha se constituiu uma exitosa experiência de formação educacional e cultural, quando camadas populares, lideranças políticas e educadores se uniram, em consonância, pela elevação dos índices de pessoas inseridas na cultura escolar, dentro de um amplo e orgânico contexto sociocultural e políticopedagógico. (CAVALCANTI, 2012, p. 43) A Campanha de Pé no Chão Também se Aprende a Ler fundou escolinhas e acampamentos escolares. Não havia altos recursos para a construção de prédios escolares, sendo assim, a prefeitura contou com a colaboração da sociedade para a organização de locais para o ensino. Eram instaladas escolinhas onde fossem cedidas gratuitamente salas, desse modo, sabe-se que residências particulares, igrejas, sindicatos, sedes de clubes de futebol, sociedades beneficentes, cinema, entre outros, colaboraram para a organização desses locais. Os acampamentos escolares, por sua vez, foram organizados a partir da construção de galpões, de escolas de palha, sugestão destacada pela própria população. Sobre as características dos Acampamentos Escolares, Germano (1982, p. 104) explica: Os Acampamentos Escolares eram, pois, constituídos de grandes galpões de 30X8 metros, com estrutura de madeira, coberta com palha de coqueiro e chão de barro batido. Constavam, em geral, de quatro galpões, com quatro classes cada um (separadas por um tabique) e mais um galpão em forma de círculo, destinado à recreação, às reuniões do círculo de pais e professores, bem como à realização de sessões festivas. Surgia, assim, uma escola erguida sem paredes e sem portas, inteiramente aberta à comunidade. A Campanha de Pé no Chão Também se Aprende a Ler, bem como outros diversos movimentos de educação e cultura popular desenvolvidos no Brasil no final da década de 1950 e início de 1960, expressam aspectos da história da educação de jovens adultos. As iniciativas e experiências voltadas para a educação de jovens e adultos ao longo da história estiveram envolvidas pelo ideário de desenvolvimento e progresso

8 social. A história relata que, no país, aos poucos houve o aumento de práticas e programas para a erradicação do analfabetismo, algumas iniciativas muito contribuíram para a diminuição de índices de analfabetismo em diversas regiões brasileiras, porém não foram suficientes para a total superação dessa situação, de modo, que ainda torna-se atual as discussões sobre métodos e práticas para a alfabetização e letramento de jovens e adultos, estando este discurso atrelado à defesa de uma educação emancipatória, que promova formação para a vida, cidadania e ação política e social. REFERÊNCIAS CAVALCANTI, Eduardo A G. A Campanha De Pé no Chão Também se Aprende a Ler. Revista Científica das Escolas de Comunicação e Artes e Educação QUIPUS Universidade Potiguar. ano 1, n 2, jun. nov., p , Disponível em: Acesso em: 07 dez FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, Carta de Paulo Freire aos professores. In: Revista Estudos Avançados. 15 (42), p , Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, GADOTTI, Moacir. Lições de Freire. Revista da Faculdade de Educação. São Paulo. vol. 23, n. 1-2, dez., Disponível em: Acesso em: 08 out GALVÃO, Ana Maria de Oliveira; SOARES, Leôncio José Gomes. História da alfabetização de adultos no Brasil. In: ALBUQUERQUE, Eliana Borges Correia de; LEAL, Telma Ferraz. Alfabetização de jovens e adultos em uma perspectiva de letramento. Belo Horizonte: Autêntica, p GERMANO, José Willington Germano. Lendo e aprendendo: a Campanha de Pé no Chão. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1982.

9 MANFREDI, Sílvia Maria. Política e Educação Popular (experiências de alfabetização no Brasil com o método Paulo Freire 1960/1964). São Paulo: Cortez: Autores Associados, PAIVA, Vanilda Pereira. Educação popular e educação de adultos. São Paulo: Loyola, REZENDE PINTO, José Marcelino de. at all. Um olhar sobre os indicadores de analfabetismo no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v. 81, n. 199, p , set./dez ROCCO, Gaetana Maria Jovino di. Educação de adultos: uma contribuição para seu estudo no Brasil. São Paulo: Edições Loyola, SOARES, Leôncio; GALVÃO, Ana Maria de Oliveira. Uma história da alfabetização de adultos no Brasil. In: STEPHANOU, Maria; BASTOS, Maria Helena Camara (Orgs.). História e memórias da educação no Brasil. Petrópolis, RJ: Vozes, p WEFFORT, Francisco C. Educação e Política (Reflexões sociológicas sobre uma pedagogia da Liberdade). In: FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, p

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