FIGURAS IDEACIONAIS TÍPICAS DA PRÁTICA PROCESSUAL PENAL EM GÊNEROS TEXTUAIS JURÍDICOS

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1 1 FIGURAS IDEACIONAIS TÍPICAS DA PRÁTICA PROCESSUAL PENAL EM GÊNEROS TEXTUAIS JURÍDICOS Cristiane Fuzer (Doutora em Estudos Linguísticos, Universidade Federal de Pelotas, RESUMO: O objetivo deste trabalho é verificar padrões de transitividade em textos de língua portuguesa que realizam a prática processual penal. Com base em Halliday & Matthiessen (1999, 2004), analisaram-se orações que constituem textos produzidos por operadores do direito (instanciando os gêneros Denúncia, Alegações finais e Sentença) e textos de que participam cidadãos leigos (Termos de declaração e Depoimentos). O corpus de análise advém dos autos de dois Processos Penais tramitados no Fórum de Santa Maira, RS, Brasil, no período de 1995 a Os resultados da análise mostram que, nos termos de declarações e nos depoimentos, os textos se constituem de orações em conformidade com os padrões da transitividade no registro cotidiano. Já nos textos produzidos pelos operadores do Direito, apresentam-se figuras ideacionais com significados distintos do senso comum e relacionadas à função sócio-comunicativa dos gêneros que integram o sistema de atividades da prática jurídica penal. Palavras-chave: Contexto; transitividade; figura ideacional; gêneros textuais jurídicos. ABSTRACT: The objective of this work is to verify transitivity patterns in Portuguese language texts that realize the penal process practice. Based on Halliday & Matthiessen (1999, 2004), clauses that constitute texts produced by law operators (genres: Information, Closing Arguments and Sentence) and texts that had the participation of laic citizens (genres: Declaration terms and Testimony) were analyzed. The analysis corpus used two Penal Process, both following the legal channels in the Court of Law of Santa Maria, RS, Brazil, in the period from 1995 to The analysis results demonstrate that, in the Declaration terms and in the Testimonies, the texts constitute of clauses in conformity with the transitivity patterns in the quotidian register. But, in the texts produced by Law operators, ideational figures are presented with distinct meanings from the common sense and related to the sociocommunicative function of the genres that integrate the system of activities of the juridical penal practice. KEYWORDS: Context; transitivity; ideational figure; juridical textual genres.

2 2 1 INTRODUÇÃO Para se conhecerem os meandros do mundo jurídico, não parece suficiente dominar o vocabulário técnico da área. É preciso muito mais que isso. Para se compreenderem os textos jurídicos, é necessário compreender-se primeiro esse mundo virtual e as práticas profissionais por meio das quais seus princípios controladores são aplicados. A partir do momento que se passa a ver o mundo real com sob a ótica do mundo virtual, adquire-se grande parte das condições necessárias para compreender a linguagem jurídica e os papéis sociais de quem dela se utiliza para agir socialmente. Na tentativa de encontrar um caminho para melhor compreender os textos produzidos no contexto jurídico, mais especificamente no âmbito penal, investigamos o funcionamento da linguagem nos autos de dois processos penais, tramitados na Comarca de Santa Maria, RS, Brasil. Com base nos pressupostos teóricos de Halliday & Matthiessen (1999, 2004) sobre a construção das experiências pela linguagem, analisou-se o sistema de transitividade dos textos que instanciam três gêneros fundamentais do processo penal: Denúncia, Alegações finais (da acusação e da defesa) e Sentença (de pronúncia, condenatória e acórdão). A interpretação dos dados aponta para a existência de um padrão de transitividade diferenciado nesses gêneros quando comparados aos gêneros Termos de declaração e Depoimentos, em que se reproduzem as falas dos acusados e testemunhas (leigos em relação à prática e à linguagem jurídica penal). 2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS A linguagem jurídica é constituída de uma série de termos que assumem significado específico no discurso jurídico, como, por exemplo, a palavra sequestrar. No Direito Processual, sequestrar é entendida como o ato de apreender judicialmente bem em litígio. Já no Direito Penal, significa privar alguém de sua liberdade de locomoção (DAMIÃO & HENRIQUES, 1997, p. 35). Esta última acepção também pode ser encontrada na linguagem cotidiana dos demais grupos sociais, já que é comum, especialmente na mídia, associar-se sequestrar ao ato de praticar um tipo de violência contra pessoas ( mais um sequestro é registrado, fulano sofreu sequestro relâmpago ). Já a primeira acepção, associada a objetos (bens), parece ter seu uso menos difundido na sociedade. Disso é possível depreender que os operadores do sistema jurídico se organizam em grupos mais específicos, com suas respectivas especialidades e, consequentemente, com seus termos técnicos específicos (jargão) que estão mais ou menos presentes na linguagem cotidiana. Uma

3 3 hipótese para isso é o fato de crimes contra a vida, julgados pelo sistema penal, poderem atingir todas as classes sociais, ao passo que delitos contra o patrimônio são cometidos principalmente nas classes mais favorecidas economicamente. Essa ideia está de acordo com a visão de Bakhtin (2003, p. 283), para quem determinados tipos de enunciados são gerados por uma determinada função (científica, técnica, oficial, cotidiana, etc.) e por determinadas condições de comunicação, específicas de cada campo. As diversas formas típicas de dirigir-se ao destinatário e as diversas concepções típicas de destinatários, de leitores, de ouvintes, de audiências são fatores determinantes para se reconhecer um texto como pertencente a um gênero específico. O termo gênero, neste trabalho, implica o conceito de discurso como a linguagem em uso num contexto específico para a realização de uma prática social. Certos gêneros tipificam as atividades de determinados grupos sociais. Tipificação é o termo usado por Bazerman (2004, p. 316) para designar o processo em direção a formas de enunciados padronizados, que reconhecidamente realizam certas ações em determinadas circunstâncias, e a uma compreensão padronizada de determinadas situações. Bazerman (2006, p. 23) destaca, também, que gêneros são formas de vida, modos de ser. [...] São os lugares onde o sentido é construído. Os gêneros moldam os pensamentos que formamos e as comunicações através das quais interagimos. Na concepção de gênero com ação social, texto é definido sob o ponto de vista de enunciado, que incorpora atos de fala. Segundo Bazerman (2005, p. 29), uma maneira de coordenar melhor nossos atos de fala uns com os outros é agir de modo típico, modos facilmente reconhecíveis com realizadores de determinados atos em determinadas circunstâncias [grifo nosso]. Quando um grupo de pessoas trabalha de forma articulada para alcançar um resultado (como é o caso de um processo judicial), tem-se um sistema de atividades, que se realiza em um sistema de gêneros, em que os textos são produzidos, recebidos e respondidos com finalidades e participantes previamente determinados na rede de ações (BAZERMAN, 2005). Com base nessa noção de gênero, buscamos, neste trabalho, investigar a tipificação de alguns gêneros jurídicos em termos de padrões linguísticos para a representação de ações comuns à maioria dos grupos sociais e, principalmente, ações específicas de um grupo social o grupo dos operadores do Direito. Para verificar como as representações se realizam no nível da léxico-gramática, contribuem os subsídios da Gramática Sistêmico-Funcional acerca do sistema de transitividade.

4 4 Na apresentação da teoria sobre como os seres humanos usam a linguagem para construir experiências em seu cotidiano, Halliday & Matthiessen (1999) utilizam como exemplos orações e complexos oracionais extraídos de um corpus constituído de receitas e previsões do tempo, textos cujo registro, em geral, é mais próximo do cotidiano, com uma linguagem mais próxima do senso comum. Para o desenvolvimento da GSF, os mesmos autores também descrevem a teoria tomando por base os dados extraídos de um corpus, formado por textos autênticos. Toda a descrição da gramática está baseada em textos escritos (preservados conforme o original) e orais (transcritos conforme a ortografia convencional). Esse corpus para análise lingüística inclui linguagem oral, estendendo-se da fala regularmente formal ou ao menos auto-monitorada (como em entrevistas) para conversa espontânea, casual 1 (HALLIDAY & MATTHIESSEN, 2004, p. 34) [grifo dos autores]. A partir desses textos reais, Halliday & Matthiessen (2004) realizam a descrição e análise da léxico-gramática em que se realiza cada uma das três metafunções da linguagem: ideacional (experiencial e lógica), interpessoal e textual. A metafunção ideacional, especificamente a experiencial, se realiza pelo sistema de transitividade; a interpessoal, pelo sistema de modo e modalidade, e a textual pelo sistema tema-rema. Em cada um desses sistemas, a oração desempenha determinado papel (Quadro 1). Quadro 1: Metafunções e seus reflexos na léxico-gramática (conforme HALLIDAY & MATTHIESSEN, 2004). Metafunção da linguagem Significados da oração Sistema léxico-gramatical Experiencial Oração como representação de experiências Transitividade Interpessoal Oração como troca (relações sociais) Modo e modalidade Textual Oração como mensagem Estrutura temática Neste artigo, é contemplado o estudo do sistema de transitividade, que configura a metafunção experiencial da linguagem. Essa metafunção se manifesta por meio do sistema de transitividade, que constrói o mundo de experiências gerenciável pelos tipos de processos (HALLIDAY & MATTHIESSEN, 2004, p. 170). É um sistema de relação entre componentes que formam uma figura (figure). 1 [...] spoken language, ranging from fairly formal or at least self-monitored (as in interviews) to casual, spontaneous chatter.

5 5 Figuras são configurações constituídas de um processo e participantes (quem faz o quê) e, eventualmente, de circunstâncias associadas ao processo (onde, quando, como, por que, etc.). As figuras são diferenciadas conforme tipos gerais de classificação dos processos: figuras de fazer e acontecer, de sentir, de dizer, de ser e ter, de existir e de comportar-se. Em outras palavras, figuras são os significados produzidos pelos processos. A configuração processo + participantes constitui o centro experiencial da oração (HALLIDAY & MATTHIESSEN, 2004, p. 176). Processos representam eventos que constituem experiências, atividades humanas realizadas no mundo; representam aspectos do mundo físico, mental e social. Como os processos são realizados tipicamente por verbos 2, a idéia de mudança perpassa a noção de processo o enunciador escolhe marcar a idéia de mudança ou não. No nível da léxico-gramática, a figura consiste numa sequência de configurações de processos (como núcleo) com, pelo menos, um participante inerente 3 e, opcionalmente, circunstâncias. No nível da semântica, uma seqüência de figuras é realizada por um complexo oracional (HALLIDAY & MATTHIESSEN, 1999, 2004). Os participantes do processo são as entidades envolvidas pessoas ou coisas, seres animados ou inanimados. Para Halliday & Matthiessen (2004, p. 181), a transitividade é um sistema da oração que afeta não apenas o verbo que serve como processo, mas também os participantes e as circunstâncias. Por isso, dependendo do tipo de processo, os participantes recebem diferentes denominações. Se o processo significa uma figura de fazer ou acontecer (material), por exemplo, o participante que o realiza é denominado Ator, e o participante afetado pelo processo é chamado Meta. Mas se o processo significa uma figura de sentir, os participantes serão denominados Experienciador e Fenômeno. Em suma, processo, participante e circunstância são categorias semânticas que explicam, de maneira geral, como os fenômenos do mundo real são representados na estrutura lingüística. Na GSF, os processos são divididos em três grupos principais: material, mental e relacional. Da relação entre esses tipos, outros três intermediários podem surgir: verbal, comportamental e existencial (Quadro 2). 2 Verbos modais (como poder, possibilitar, etc.) não serão incluídos na descrição dos textos selecionados neste trabalho por serem elementos interpessoais. 3 Uma função inerente está sempre associada com um tipo de oração, ainda que não seja necessariamente expresso na estrutura de todas as orações desse tipo (HALLIDAY, 2002, p. 181).

6 6 Quadro 2: Resumo dos tipos de orações. Tipos de Processos Definição Denominação do Participante Exemplos* Materiais Estabelecem uma quantidade de mudança no fluxo de eventos, a qual é provocada por algum investimento de energia por um participante, levando a um resultado diferente da fase inicial do desdobramento do processo. Ator Meta ( ) no desespero de cortar o cordão umbilical, [a ré] acabou cortando o recém-nascido, seu filho. Mentais Dizem respeito à experiência do mundo fluindo na consciência de um ser consciente (humano) ou dotado de consciência (personificação). Realizam processos de pensar, sentir, perceber e querer. Experienciador Fenômeno A defesa, por sua vez, entende que a ré deve responder por homicídio culposo, diante da circunstância do fato. [a ré] não queria matar o filho recém-nascido. Relacionais Constroem mudança sem dispêndio de energia, em fluxo contínuo, uniforme, sem fases distintas. Servem para caracterizar (processo relacional atributivo) e identificar (processo relacional identificativo). Portador e Atributo Identificado e Identificador Certamente a DOR é muito grande. O pai da criança é João. João é o pai da criança. Verbais Existenciais Comportamentais São Processos de DIZER, introduzem outras orações secundárias em um complexo verbal na forma de discurso direto ou discurso reportado. Representam o que existe ou acontece Representam formas de comportamento fisiológico e psicológico tipicamente humano. * Fonte dos exemplos: Autos do Processo Penal 1 Dizente Receptor Verbiagem Existente Comportante Comportamento Os peritos (fls. 63/64) responderam que não tinham elementos para responder, através de exames periciais, se a paciente agiu ou não sob o estado puerperal. Note-se que em ambas as situações há necessidade da vontade livre e consciente de produzir o resultado morte. No dia do fato, sozinha, desesperada, de noite, no escuro (embora o banheiro tivesse luz elétrica) certamente para não chamar a atenção, pariu. Halliday & Matthiessen (2004) salientam que orações que realizam diferentes tipos de processos têm contribuições distintas para a construção da experiência nos textos. A escolha por uma ou outra estrutura linguística dependerá do contexto em que ocorre a enunciação. Na GSF, processo, participante e circunstância são categorias semânticas que explicam de modo

7 7 mais geral como fenômenos de nossa experiência do mundo cotidiano são construídos na estrutura linguística. Com o propósito de verificar como algumas experiências do mundo jurídico são construídas no nível da léxico-gramática, passamos aos procedimentos para análise das orações de textos que instanciam gêneros textuais utilizados na prática processual penal brasileira. 3 DIRETRIZES METODOLÓGICAS 3.1 Seleção do corpus Os dados para análise constam dos autos de dois Processos Penais (doravante PP), tramitados na 1ª Vara Criminal da Comarca de Santa Maria, RS. Um dos processos tramitou de 1995 a 1998 (doravante PP1); o outro tramitou de 1997 a 2000 (doravante PP2). Os autos de ambos os processos reúnem os documentos referentes à investigação e julgamento de pessoas acusadas de praticarem crimes contra a vida. No PP1 são julgados e condenados uma mulher (aqui referida por A ) e um homem (aqui referido por B) acusados de matar um menino de dez anos de idade, num distrito de Santa Maria, RS. No PP2, é julgada e condenada uma mulher (aqui referida por C ) acusada de matar o próprio filho durante o parto. De ambos os documentos, analisaram-se orações que constituem textos produzidos por operadores do direito e textos de que participam pessoas não pertencentes ao grupo dos operadores. Sob esse critério, foram considerados os seguintes gêneros textuais: Denúncia, Alegações finais e Sentença (produzidos pelos operadores do direito); Termos de declaração e Depoimentos (de que participam acusados e testemunhas). Denúncia é a peça que dá início à ação penal, a qual corresponde ao direito do Estadoacusação (Ministério Público) ou do ofendido de ingressar em Juízo, solicitando a prestação jurisdicional, representada pela aplicação da lei penal ao caso concreto (NUCCI & NUCCI, 2006, p. 49). Em outras palavras, a denúncia é feita pelo promotor de justiça e apresentada ao juiz. Por meio dessa ação, prevista nos arts. 24 a 62 do Código Penal (BRASIL, 2005), ao Estado é permitida a efetivação do direito de punir o agente da infração penal, que se inicia com a denúncia. Alegações finais são as peças que o promotor de justiça (representante do Ministério Público) e o advogado de defesa utilizam para apresentar os argumentos que sustentam as respectivas teses (de acusação e de defesa). Esse gênero é utilizado na fase instrucional no processo penal

8 8 depois do interrogatório do(s) acusado(s) e testemunhas e antes da emissão da sentença pelo juiz (FUZER & BARROS, 2007). Sentença é o gênero textual que encerra o processo numa dada instância judicial, decidindo o mérito da causa, com base na lei, na jurisprudência, na analogia, na moral, nos bons costumes e nas provas constantes nos autos do processo (PIMENTA, 2007, p. 112). Na primeira instância, o juiz da causa utiliza a Sentença de pronúncia para encaminhar o processo ao Tribunal do Júri, isto é, determinar que o(s) réu(s) seja(m) julgado(s) pela sociedade representada por sete jurados. Na Sentença condenatória, o juiz estabelece a pena a ser cumprida pelo(s) réu(s) conforme decisão do Júri. Quando uma das partes recorre dessa Sentença (por meio de Recurso), três desembargadores se reúnem para analisar o processo e emitem a decisão por meio de um tipo especial de sentença, denominada Acórdão. O Termo de declaração consiste na transcrição das falas dos declarantes (acusados e testemunhas arroladas pelas partes) perante a autoridade policial (delegado) na fase de inquérito. O depoimento também consiste na transcrição (geralmente mais resumida) das falas dos acusados e testemunhas, com a diferença de que estes estão perante o juiz, na fase de interrogatório. Tendo em vista os objetivos deste trabalho, analisaram-se as orações dos textos que instanciam esses gêneros, conforme procedimentos descritos a seguir. 3.2 Procedimentos para análise Para a análise do corpus visando ao objetivo central deste trabalho, adotaram-se os seguintes procedimentos: a) identificação das orações que constituem cada texto; b) descrição e análise dos componentes de cada oração conforme o sistema de transitividade; c) verificação dos tipos de figuras, conforme classificação proposta por Halliday & Matthiessen (2004); d) verificação das semelhanças e/ou diferenças entre os tipos de figuras mais recorrentes nas estruturas linguísticas escolhidas pelos operadores do direito e pelos falantes leigos, nos respectivos gêneros textuais. Em todas as etapas de descrição e análise, a discussão é realizada considerando a relação dialética entre o contexto de cultura da prática jurídica, o contexto de situação dos PP (crimes contra a vida), e os textos que compõem o corpus. Esse procedimento está em conformidade

9 9 com o modo como Halliday & Matthiessen (1999, 2004) apresentam seus trabalhos. Eles consideram importante que teoria e descrição sejam desenvolvidas paralelamente, com constante troca entre elas 4 (HALLIDAY & MATTHIESSEN, 1999, p. 1). 4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Em Introduction to Functional Grammar (HALLIDAY & MATTHIESSEN, 2004), as estruturas linguísticas usadas para exemplificar a categorias léxico-gramaticais advêm do uso comum da língua inglesa em diversos contextos considerados cotidianos, mas sem se voltar especificamente para as instâncias jurídicas. Nos autos do PP analisados, o uso comum da língua portuguesa ocorre prioritariamente nos textos em que se registram (em geral se transcrevem) declarações da ré e das testemunhas envolvidas de algum modo no caso em julgamento. Nesses textos (no PP1 e PP2, trata-se dos Termos de declaração e dos Depoimentos), as orações foram classificadas em conformidade com os tipos de orações propostos em Halliday & Matthiessen (1999, 2004). Entretanto, no o trabalho de descrição e análise dos componentes da transitividade das orações que constituem os textos produzidos por promotores, advogados e juízes (gêneros Denúncia, Alegações finais e Sentença), várias vezes nos deparamos com orações que pareciam ir além dos critérios propostos por Halliday & Matthiessen (2004) para a classificação das orações no uso cotidiano da língua. Percebemos, então, que a noção de linguagem cotidiana depende, em grande parte, do grupo social a que pertence o produtor do enunciado. O que pode ser comum e, portanto, cotidiano para os membros de um grupo (no caso, os operadores do direito) não o é para quem não pertence a esse grupo (os cidadãos leigos no que se refere à prática jurídica institucionalizada na sociedade). Assim, vimo-nos no desafio de classificar orações cujos processos estavam fortemente relacionados ao contexto de cultura da prática jurídica processual e, por conta disso, escapavam à percepção da semântica cotidiana a um público mais amplo, não especializado. No Quadro 3, reunimos tais processos e as possibilidades de classificação. 4 [...] that theory and description should develop in parallel, with constant interchange between them.

10 10 Quadro 3 Processos típicos do discurso jurídico e possibilidades de classificação. Processos Classificações Exemplos oferecer denunciar requerer julgar pronunciar citar, interrogar acordar Material ou verbal? Verbal ou material? Mental ou material? Mental, material ou relacional? Verbal ou material? Verbal ou material? Mental ou material? O Ministério Público [...] oferece denúncia contra A e B. (fl. 01 PP1) A PROMOTORIA DE JUSTIÇA [...] oferece denúncia contra C [...]. (fl. 03 PP2) O Ministério Público denunciou C pela prática do crime de homicídio duplamente qualificado. (fl.104 PP2) [...] o Ministério Público requer suas citações para interrogatórios e demais atos processuais, até sentença de pronúncia. (fl. 03 PP1) Ante o exposto, requer seja operada desclassificação para homicídio culposo (fl. 108 PP2). Ex positis, julgo procedente a denúncia para o fim de pronunciar os acusados A e B [...]. (fl. 390 PP1) Isto posto, julgo parcialmente procedente a denúncia [...]. (fl. 114 PP2) [...] para o fim de pronunciar C como incurso nos artigos 121, parágrafo 2º, inciso III, bem como o delito do artigo 211, por conexão, na forma do art. c/c 69, caput, todos do Diploma Material Repressivo. (fl. 114 PP2) Recebida a denúncia em 24 de junho de 1998, arrolando testemunhas, a ré foi citada (fl. 71), interrogada (fl. 72) e apresentou defesa prévia (fl. 73), onde arrolou testemunhas, através de advogado constituído (fl. 111 PP2). Acordam, em quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, por unanimidade, rejeitar a preliminar e negar provimento aos recursos dos réus [...]. (fl. 642 PP1) Acordam os desembargadores da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, à unanimidade, em negar provimento ao recurso defensivo. (fl. 139 PP2) fixar Verbal ou material? [...] fixo a pena inicial em UM ANO E SEIS MESES DE DETENÇÃO. (fl. 192 PP2) O processo oferecer, em situações cotidianas, é facilmente classificado como um processo material concreto, especialmente quando a Extensão é um objeto (como oferecer chá, oferecer dinheiro ). Especificamente no texto da Denúncia, esse processo tem como

11 11 Extensão denúncia, o que corresponde a denunciar. Então, tanto a figura oferecer denúncia quanto o processo denunciar poderiam ser considerados verbais, e o denunciado (a acusada) seria a Verbiagem. Porém, se considerarmos o contexto de cultura em que essas e outras figuras foram usadas, podemos verificar que elas significam não apenas um dizer jurídica; significam também ações jurídicas. Fundamentamos esse modo de interpretar as figuras na observação de Halliday & Matthiessen (2004, p. 256) de que há possibilidade de um participante agir verbalmente sobre outro e de que certas orações verbais estão mais próximas da estrutura material de Ator + Meta. Essa afirmação nos levou a pensar na ampliação do número de processos verbais que se aproximam dos materiais quando dirigidos a um Alvo. Todos eles estabelecem relações assimétricas entre os participantes e, normalmente, não projetam orações quando significam ações verbais. Por representarem ações verbais, o participante que atinge o Alvo precisa preencher duas funções: Ator e Dizente. No Quadro 4, reunimos alguns desses processos, com exemplos extraídos do corpus. Quadro 4 Processos típicos do discurso jurídico como ações verbais. O Ministério Público denunciou C pela prática do crime de homicídio duplamente qualificado. [O juiz] pronuncia C como incurso nos artigos 121, parágrafo 2º, inciso III, bem como o delito do artigo 211, por conexão, na forma do art. c/c 69, caput, todos do Diploma Material Repressivo. Ator e Dizente Ação verbal Alvo Circunstância A ré foi citada (fl. 71), [pelo juiz]. Alvo Ação verbal Circunstância Ator-Dizente Fonte: Alegações finais da defesa (fl.104 PP2); Sentença de pronúncia (fl. 111 a 114 PP2). No corpus analisado, constatamos igualmente que ações verbais podem ser realizadas também por processos materiais + Extensão, como se observa no Quadro 4. Quadro 4 Processos típicos do discurso jurídico como ações verbais processo + Extensão.

12 12 O Ministério Público [...] oferece denúncia contra A e B. A Promotoria de oferece denúncia contra C. Justiça Processo Extensão Ator e Dizente Alvo Ação verbal Fonte: Denúncia (fl. 02 PP1); Denúncia (fl. 02 PP2). Nessas orações que introduzem o texto da Denúncia, o verbo oferecer aproxima-se dos verbos lexicalmente vazios. Nesses casos, o processo da oração é expresso somente pelo nome que funciona como Extensão (HALLIDAY & MATTHIESSEN, 2004:193). Na estrutura oferecer denúncia, o processo de denunciar não poderia ser realizado sem a Extensão, e os Alvos ( A, B e C ) são introduzidos pela preposição contra. Ao relacionarmos essa estrutura léxico-gramatical ao contexto de cultura da prática jurídica, relacionada ao gênero em que o termo foi usado, podemos verificar que a figura denunciar alguém significa mais que um dizer. Significa uma ação jurídica, a qual ocasiona duas consequências principais. A primeira consiste na abertura de um processo judicial em que se julgará a prática de um crime. A segunda consequência implica uma mudança na condição do participante atingido pelo processo: as pessoas antes indiciadas na fase de investigação do caso (no relatório policial, havia apenas indícios de participação no delito) passam a ser oficialmente, perante o juízo, acusadas como autoras do crime, ou seja, são responsabilizadas pela morte de alguém. Portanto, oferecer denúncia e denunciar consistem em atos de fala performativos 5 (AUSTIN, 1962), que realizam um ato jurídico quando são verbalizados nas circunstâncias adequadas previstas em lei, isto é, pelo promotor do Ministério Público (enunciador necessário), após o recebimento do relatório de inquérito (momento necessário), para o juiz de Direito (destinatário necessário). Em vista desses critérios pragmáticos, podemos considerar 5 Esse princípio advém da teoria dos Atos de Fala proposta por Austin (1962). Segundo esse autor, para nossas palavras realizarem atos, elas devem ser ditas pela pessoa certa, na situação certa, com o conjunto certo de compreensões. Trata-se das condições de felicidade do ato de fala. Essa teoria é referida por Halliday & Matthiessen (2004, p. 634) ao tratarem da metáfora interpessoal, a qual, assim como a metáfora ideacional, pode ser representada de maneira semelhante, pela postulação de uma forma congruente e pela análise de uma em relação à outra. Em relação ao discurso jurídico, Pimenta (2007) observa que os performativos não descrevem algo, mas estabelecem novas relações jurídicas como acontece com o ato de posse, do casamento, dentre outros. Para a autora, o performativo [...] permite, nas situações adequadas, passar de solteiro para casado, ou de não proprietário a proprietário, de acusado a condenado, o qual implica novas relações jurídicas; o de pessoa natural a pessoa cidadã como acontece com o registro de nascimento, com a cédula de identidade, etc. (p. 48).

13 13 oferecer denúncia e denunciar como processos materiais transformativos que tipificam o gênero Denúncia, integrante do sistema de gêneros do processo penal. De modo semelhante analisamos o processo requerer. Seguindo os critérios propostos por Halliday & Matthiessen (2004), poderíamos classificar esse processo como mental, uma vez que um desejo se manifesta no nível da consciência do Experienciador. Entretanto, no contexto jurídico, requerer parece indicar não apenas uma figurar de querer, mas um ato de fala que realiza uma ação típica em termos administrativos. Quando o promotor enuncia a PROMOTORIA DE JUSTIÇA requer a instauração do devido processo legal, está realizando mais que um pedido; está realizando uma atividade típica em textos que instanciam documentos dirigidos a uma autoridade (no caso, juiz de Direito). Atividade semelhante é realizada pelo advogado quando enuncia Ante o exposto, requer seja operada desclassificação para homicídio culposo. Embora o processo requerer projete orações (critério gramatical para a classificação de orações mentais, conforme Halliday & Matthiessen, 2004), a relação com o contexto de cultura da prática jurídica nos permite classificar requerer como um processo material transformativo, não só porque aponta para ações posteriores (mudanças), como também porque tipifica as atividades do promotor e do advogado no decorrer do PP. Em vista disso, é possível reconhecer os gêneros Denúncia e Alegações finais como pertencentes ao conjunto de gêneros utilizados pelo promotor e pelo advogado. Não encontraremos requerer como ato de fala performativo na Sentença, por exemplo, a qual é reconhecida por outros atos de fala: julgar e pronunciar (Sentença de pronúncia), fixar e determinar (Sentença condenatória). Em textos cotidianos, conforme analisados por Halliday & Matthiessen (2004), julgar é um processo facilmente classificado como mental, pois representa uma experiência desdobrandose no nível da consciência do enunciador. De fato, esse critério parece se aplicar à oração Isto posto, julgo procedente a denúncia, presente nas Sentenças de pronúncia de ambos os PP. Mas também podemos pensar nos critérios utilizados para classificar as orações relacionais: parcialmente procedente seria o Atributo para a denúncia, e o juiz seria aquele que atribui. Por outro lado, consideramos mais conveniente trazer aqui a noção de Atributo em orações materiais. O processo julgar pode ser classificado como material, por ser um ato de fala típico do gênero Sentença num PP, só o juiz tem o poder de julgar, ação que pode implicar uma mudança no estado geral dos acusados. No caso em questão, ao escolher o Atributo procedente para qualificar a denúncia, o juiz realiza sua atividade fundamental no PP e

14 14 determina que os trâmites do processo sigam uma direção específica (no caso, ao Tribunal do Júri). Com isso, cabe à defensoria interpor recurso. Se o Atributo fosse improcedente, o resultado seria diferente: caberia à promotoria interpor recurso, ou o processo seria arquivado por falta de provas que garantissem a materialidade da autoria. Portanto, levando em conta o contexto de cultura subjacente ao uso da linguagem, parece-nos conveniente classificar o processo julgar, no gênero Sentença (tanto na pronúncia e na condenatória, quanto no acórdão), um processo material transformativo, com um Atributo resultativo. Consideramos também necessário classificar como material transformativo o processo pronunciar, e não verbal (como seria classificado em registros cotidianos). A razão para tal classificação também está relacionada à tipificação do gênero textual: o processo pronunciar só pode ser realizado, segundo a lei, pelo juiz de Direito, após análise das Alegações finais das partes. Trata-se de um ato de fala performativo que implica o envio dos autos para o Tribunal do Júri, onde os réus serão julgados. Isso significa a realização de a outra atividade reservada ao juiz, para a qual utiliza o gênero Sentença de pronúncia, em que instancia o ato de encaminhar os réus ao ritual em que representantes da sociedade (jurados) decidirão o seu destino. Com esse ato de fala, o juiz isenta-se da decisão. Quem vai decidir é o povo. Caberá ao juiz apenas aplicar a pena prevista em lei para o tipo de crime que o povo tiver decidido classificar. Outro processo que materializa uma ação típica do juiz de Direito é o processo fixar. Embora não realize um ato concreto em si (como em textos cotidianos, a exemplo de fixar um cartaz, fixar o cabelo, etc.), o verbo em fixo a pena inicial em UM ANO E SEIS MESES DE DETENÇÃO remete a uma atividade típica realizada no gênero Sentença condenatória (última peça do PP em primeira instância). No texto que instancia esse gênero, tendo os jurados apresentado a decisão 6, o juiz determinou penalidades previstas em lei para os crimes classificados 7. A textualização desse ato se dá por meio dos verbos fixar, determinar ou estabelecer. Como nas demais figuras aqui analisadas, o resultado do ato de fala afeta os réus, que terão de cumprir a pena fixada para cada um. Em vista disso, classificamos o processo fixar, no gênero Sentença condenatória, como um processo material transformativo abstrato. 6 No PP1, a decisão do Júri foi pela condenação da ré A e do réu B (pena de cinco anos de reclusão) pela prática de crime hediondo. No PP2, a decisão foi pela condenação da ré C (dois anos e meio de detenção) pela prática de homicídio culposo, com atenuantes. 7 No PP1, o cálculo da pena foi fixado em dezessete anos de reclusão (regime fechado) para a ré A e cinco anos de reclusão (regime fechado) para o réu B. No PP2, foi fixada a pena de dois anos e meio de detenção em regime aberto para a ré C.

15 15 Também analisamos os verbos citar e interrogar, que, em registros cotidianos de uso, tipicamente realizam processos verbais. No contexto jurídico, porém, citar é a função sóciocomunicativa do gênero Citação, peça processual em que o juiz dá conhecimento ao acusado de sua situação no PP e determina que compareça em juízo e apresente defesa. Por isso, toda vez que é mencionada nos textos do PP, a figura citar o acusado se aproxima mais das orações materiais do que das verbais. A mesma observação consideramos válida para o verbo interrogar, que remete à função sócio-comunicativa de outro gênero: o termo de interrogatório. Textos desse gênero são redigidos pelo escrivão e assinados também pelo juiz de Direito, pelo promotor do Ministério Público (MP), pelo advogado de defesa e pelo denunciado. Pimenta (2007) considera que o produtor do texto é o juiz de Direito, pois cabe a ele fazer o interrogatório; mesmo as perguntas realizadas pelo MP e pelo advogado de defesa passam pelo crivo do juiz que as refaz ao denunciado e dita as perguntas e respostas para que o escrivão as escreva (p. 108). Assim, em orações como a ré foi citada e interrogada, a ré não é apenas Verbiagem, mas também Meta, o participante afetado por uma série de ações envolvidas nas figuras de citação e interrogatório. Por fim, analisamos o processo acordar, presente nos PP. No contexto especificamente jurídico, o verbo acordar realiza um processo que se aproxima do mental (julgar e decidir), não só pelo critério semântico (processo se desdobrando no nível da consciência), mas também pelo critério gramatical (projeta outra oração como Fenômeno). Considerando o gênero em que é tipicamente usado o acórdão, parece-nos relevante classificar o processo indicado pelo verbo acordar da mesma maneira em que classificamos o processo indicado pelos verbos julgar e fixar. Assim como estes, o processo acordar é um ato de fala performativo enunciado pelo desembargador que se encontra na função de relator. Pressupõe processos mentais (analisar, julgar, decidir) e verbais (dizer o que se decidiu) realizado por três participantes (desembargadores). Porém, consideramos fundamental observar o resultado ocasionado pelo processo enquanto ato de fala. O ato de dizer o que se julgou promove o encaminhamento da ré ao Tribunal do Júri, dessa vez com o aval não apenas de um juiz, mas de três juízes que detêm o poder de decisão na fase de recurso no PP. Portanto, acordar é um processo material transformativo que pode ratificar (ou não) o processo material já realizado pelo juiz da primeira instância. Pela análise empreendida aos processos referidos na comparação com textos cuja linguagem se aproxima do registro cotidiano, concluímos que os processos denunciar, requerer, julgar, pronunciar, fixar e acordar são materiais transformativos no PP, por consistirem em um

16 16 elemento léxico-gramatical tipificador de gêneros textuais utilizados pelos operadores do direito para realizarem as atividades que lhes competem na instituição jurídica. CONSIDERAÇÕES FINAIS Como resultados das descrições e análises apresentadas, podemos dizer que, no corpus selecionado para este trabalho, os textos que registram as declarações de cidadãos leigos em Direito (a acusada e as testemunhas) se constituem de orações em conformidade com os padrões da transitividade no registro cotidiano teorizados por Halliday & Matthiessen (1999, 2004). Grande parte das orações cuja classificação se identifica com a teoria referida constitui os textos que instanciam os gêneros Termos de declaração e Depoimento. Desses gêneros participam os réus e as testemunhas, que utilizaram o registro mais usual da língua para manifestar representações da realidade exterior e interior. Já os textos que registram os discursos dos operadores do direito (promotores, advogados, juízes e desembargadores) apresentam não só padrões de transitividade da linguagem cotidiana (quando citam os dizeres de membros de outros grupos sociais), como também um padrão de transitividade diferenciado, constituído de figuras com significados um pouco distintos do senso comum e relacionados à função sócio-comunicativa dos gêneros que integram o sistema de atividades da prática jurídica penal. Nos textos que instanciam os gêneros Denúncia, Alegações finais e Sentença, encontramos figuras ideacionais em que, conforme Halliday & Matthiessen (2004), um participante (Ator/Dizente) age verbalmente sobre outro participante (Alvo). É típico, portanto, desses gêneros textuais, orações verbais mais próximas da estrutura material de Ator + Meta. Nessas orações verbais-materiais, os processos estabelecem relações assimétricas entre os participantes e, normalmente, não projetam orações quando significam ações verbais. Assim, a análise das orações na interface com o contexto jurídico possibilitou a sistematização de um padrão de transitividade típico da prática jurídica processual representa nos textos. Sob esse ponto de vista, registro cotidiano da linguagem só pode ser assim considerado pelos membros pertencentes a um mesmo grupo social. Por isso, para o grupo dos operadores do direito, são cotidianas figuras como Ministério Público oferece denúncia/denuncia acusado, Promotor/Advogado requer uma ação, Juiz cita/interroga/pronuncia/julga réu, Juiz fixa pena e Desembargadores acordam. Em vista dos participantes envolvidos e do contexto em que ocorrem os enunciados, os processos

17 17 oferecer, denunciar, requerer, citar, interrogar, pronunciar, julgar, fixar e acordar não podem ser interpretados da mesma forma que seriam no uso comum da linguagem (senso comum). Verificamos, assim, que os processos não podem ser classificados isoladamente. É preciso analisá-los na relação com os participantes envolvidos, formando uma figura ideacional. Essa figura, por sua vez, pode refletir aspectos semânticos e pragmáticos advindos do contexto em que ocorre a interação (contexto de produção, circulação e recepção). Em outras palavras, consideramos fundamental analisar quaisquer processos em relação com o contexto em que se inserem os enunciados para se poder, desse modo, classificar de modo coerente as orações e, por conseguinte, depreender as figuras ideacionais típicas em determinado gênero textual. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, BAZERMAN, C. Gênero, agência e escrita. Tradução e organização de Angela Paiva Dionísio e Judith Chambliss Hoffnagel. São Paulo: Cortez, Gêneros textuais, tipificação e interação. Tradução e organização de Angela Paiva Dionísio e Judith Chambliss Hoffnagel. São Paulo: Cortez, BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos BRASIL. Código de Processo Penal. Decreto-lei n de 03 de outubro de Presidência da República. Disponível em: Lei/Del2848.htm. Acesso em: 10 abr FUZER, C.; BARROS, N. C. Acusação e defesa: a função ideacional da linguagem no gênero Alegações Finais. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE GÊNEROS TEXTUAIS, 4, ago. 2007, Tubarão, SC. Anais. Tubarão, SC: Unisul, HALLIDAY, M. A. K. On grammar. Edited by Jonathan J. Webster. v. 1, Collected Works of M. A. K. Halliday. London, New York: Continuum, HALLIDAY, M.; MATTHIESSEN, C. An introduction to functional grammar. 3th. ed. London: Arnold, Construing experience through meaning: a language-based approach to cognition. London e New York: Continuum, NUCCI, G. S.; NUCCI, N. C. F. Prática forense penal. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2006.

18 18 PIMENTA, V. R. Textos forenses: um estudo de seus gêneros textuais e sua relevância para o gênero sentença. Uberlândia: UFU, Dissertação (Mestrado em Lingüística), Programa de Pós-Graduação em Lingüística, Instituto de Letras e Lingüística, da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, p.

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