Administração direta e indireta, órgãos públicos e. agentes públicos

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Administração direta e indireta, órgãos públicos e. agentes públicos"

Transcrição

1 Administração direta e indireta, órgãos públicos e agentes públicos Prof. Aloizio Sinuê da Cunha Medeiros Prezados alunos, estamos de volta com mais uma aula, cujos pontos estão acima destacados. Vamos seguir torcendo e estudando. O primeiro ponto de nossa aula diz respeito à Administração Direta e Indireta. Devemos, então, traçar os conceitos mais importantes sobre o nosso Estado. A Administração Pública é a responsável pela prestação dos serviços públicos. O cidadão paga os seus tributos com a expectativa de receber serviços públicos como educação, segurança, justiça, transportes etc. O Estado faz-se presente por meio de uma série de órgãos e pessoas jurídicas, entes e entidades que estão vinculadas ao Poder Público justamente com a finalidade de prestar os serviços para os quais foi criado. Os serviços podem ser prestados diretamente, pela Administração direta, sobre a qual podemos citar a entrega da prestação jurisdicional, ou, em outras palavras, a Justiça. Podemos citar o exemplo da segurança pública: o Estado criou os órgãos de segurança pública, que estão previstos no artigo 144 da Constituição da República. Há serviços que podem ser prestados tanto pela Administração Pública quanto por particulares, como a saúde e a educação. Com efeito, em regra, não há um monopólio na maior parte dos serviços. Apenas em caráter excepcional que a própria Constituição da República dispõe o eventual monopólio de um certo segmento de serviço. A regra geral é que o Poder Público não explora atividade econômica, devendo o particular ser empresário, mas há situações em que o Estado, nas hipóteses previstas na forma disposta pela própria Constituição da República, deverá inserir-se. 1

2 Curso de Direito Administrativo O artigo 173 da CF dispõe que nos casos em que não houver interesse do particular, em que houver relevante interesse público, será lícita a intervenção do Poder Público. Geralmente, nas hipóteses em que a Administração Pública intervém na exploração da atividade econômica, estaremos diante da administração indireta, sendo que as pessoas jurídicas serão de direito privado. Existem basicamente duas espécies de pessoas jurídicas de direito privado exploradoras de atividade econômica, a saber: I. Empresa Pública. II. Sociedade de economia mista. Na Administração direta, teremos também uma descentralização em que duas outras pessoas jurídicas se apresentam: I. Autarquias II. Fundações. A regra geral é que sejam pessoas jurídicas de direito público, responsáveis pela prestação de serviços públicos indireta, ocorrendo uma descentralização. Os exemplos conhecidos são os Detrans, autarquias dos Estados e do Distrito Federal, em que se exerce o poder de polícia da fiscalização do trânsito, emissão de habilitação, realização de exames de habilitação etc. É importante traçarmos algumas diferenças entre as pessoas jurídicas acima reveladas. A Administração Pública pode ser considerada em seu sentido objetivo, ou seja, o conjunto de órgãos e pessoas jurídicas, abrangendo os órgãos de Governo que exercem função política, mas poderemos tratar da Administração Pública em seu sentido estrito, ou seja, o conjunto de órgãos que exercem funções de natureza meramente administrativa. A doutrina nos ensina que a Administração direta é a responsável pela centralização administrativa, ou seja, o Estado executa diretamente os serviços públicos por meio de seus órgãos e agentes, órgãos estes despersonalizados, integrantes de uma mesma pessoa política, destacando-se que chamamos de pessoa política a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, pessoas que possuem a capacidade legislativa e capacidade de executar as políticas públicas. Aloizio Sinuê da Cunha Medeiros 2

3 Podemos citar como exemplo o Departamento da Polícia Federal, órgão despersonalizado que integra a Administração direta. Pelos atos do órgão ou de seus agentes, responde a União. A descentralização vai ocorrer quando o Estado desempenhar algumas atribuições não mais por meio da Administração direta, mas por meio de outras pessoas. Pressupõe a descentralização administrativa que existem duas pessoas distintas, sendo o Estado composto pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, enquanto que a Administração indireta é composta por pessoas jurídicas que executarão o serviço que lhes foi outorgado por meio de uma lei. A doutrina costuma, então, chamar de entes as pessoas políticas, enquanto que as entidades surgem em razão da necessidade da administração de descentralizar os serviços, outorgando-os a outras pessoas jurídicas, como as empresas públicas, sociedades de economia mista, autarquias e fundações. Acima tratamos da descentralização por outorga, ou seja, aquela que decorre da lei. É possível ainda que a descentralização decorra de um contrato. Nesse caso, será chamada de delegação. O contrato será de concessão ou de permissão, ou por meio de um ato administrativo unilateral, conhecido como autorização de serviços públicos. É importante destacarmos que NÃO HÁ HIERARQUIA em nenhuma forma de descentralização, ou seja, não há de se falar que a pessoa jurídica está hierarquicamente subordinada ao ente que a criou. A doutrina nos ensina que existe uma VINCULAÇÃO, e não uma subordinação entre o ente criador e a pessoa jurídica administrativa que executará o serviço. É o chamado controle finalístico, enquanto que no caso de delegação, ou seja, na hipótese em que os serviços são descentralizados com base em um contrato, existirá um controle muito maior pelo Poder Delegante. Com efeito, a descentralização decorrente de delegação estará prevista em um contrato administrativo, em que as prerrogativas da Administração Pública são inúmeras, tanto que a doutrina chama de cláusulas exorbitantes, inimagináveis nos contratos entre particulares em razão dos inúmeros privilégios. 3

4 Curso de Direito Administrativo Os exemplos são inúmeros, como a possibilidade de alteração unilateral das condições da prestação de serviços, a possibilidade de intervenção, de encampação, que consiste na retomada do serviço pela Administração, a possibilidade aplicação de sanções ao particular. A desconcentração é uma construção distinta da descentralização. Podemos afirmar que esta pressupõe a existência de mais de uma pessoa jurídica, enquanto que na desconcentração ocorrerá uma distribuição interna de competências na mesma pessoa jurídica. Trata-se de uma técnica administrativa de distribuição INTERNA de competências dentro da MESMA PESSOA JURÍDICA. Exemplo: o Estado distribuiu competências à Secretaria de Segurança Pública. É importante destacarmos que não se limita a distribuição do ente político à entidade, sendo possível que a entidade pessoa jurídica administrativa estabeleça uma divisão interna de funções. Exemplo: vamos imaginar que a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a UERJ, decida criar novos departamentos como departamento de graduação, de pósgraduação lato sensu e stricto sensu, Mestrado e Doutorado. A conclusão é no sentido da possibilidade da própria entidade da administração indireta desconcentrar, visando justamente atender ao princípio da eficiência, estudado na aula passada, buscando tornar mais ágil o serviço, menos burocrático. Podemos então resumir o que foi visto da seguinte forma: A Administração Pública divide-se em direta, formada pelos entes políticos, com capacidade de legislar e exercer as políticas públicas: I. União II. Estados III. Distrito Federal IV. Municípios A capacidade política consiste na capacidade de exercer as políticas públicas, que podemos dividir em: 1. Planejar. 2. Dirigir. Aloizio Sinuê da Cunha Medeiros 4

5 3. Comandar. A Administração Pública indireta, formada pelas entidades de natureza administrativa, sem capacidade de legislar, sem o comando das políticas públicas, compreende a atividade de prestar o serviço, executando-o de forma vinculada às decisões dos entes. São exemplos de entidades da administração indireta: I. Empresa Pública. II. Sociedade de Economia Mista. III. Autarquias. IV. Fundações. Podemos citar dispositivo do Poder Executivo Federal apenas para ilustrar e servir de referência aos demais entes políticos. Trata-se do art. 4º, do Decreto-lei 200/1967, que dispõe: Art. 4º. A Administração Federal compreende: I A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios. II Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: a) Autarquias; b) Empresas Públicas; c) Sociedades de Economia Mista; d) Fundações Públicas. Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração Indireta vinculam-se ao Ministério em cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade. Conforme havíamos adiantado, estas pessoas jurídicas integrantes da administração indireta possuem personalidade jurídica própria diversa do ente que a criou. Observe que o dispositivo contido no parágrafo único acima descrito é expresso no sentido de revelar a vinculação ao ente que a criou. É importante frisarmos que embora o citado decreto seja frequentemente utilizado como referência em matéria de organização estrutural da administração pública brasileira, tecnicamente suas disposições restringem-se ao Poder Executivo Federal. 5

6 Curso de Direito Administrativo As competências e autonomias dos demais entes políticos da federação representa que cada um deverá criar suas próprias normas, mas, em regra, o modelo federal costuma servir de paradigma para as outras unidades da federação. A doutrina ainda nos ensina que não há óbice, nem mesmo a nível da União, que os demais Poderes da República criem estas entidades. Com efeito, é possível em tese a criação pelo Legislativo ou pelo Poder Judiciário destas entidades da administração indireta. Antes de adentrarmos o estudo mais aprofundado das entidades da administração indireta, é importante que ao menos façamos referência às entidades paraestatais. A doutrina costuma chamar de entidades paraestatais os particulares, que não integram a administração direta ou indireta, mas que prestam serviços colaborando com o Estado, desempenham funções não lucrativas que interessam à sociedade. Os exemplos são os serviços sociais autônomos (SENAI, SESC, SESI etc) as organizações sociais, as organizações da sociedade civil de interesse público e as denominadas entidades de apoio. Passemos ao estudo individualizado de cada entidade da administração indireta. As entidades da administração indireta podem ser pessoas jurídicas de direito público (autarquias e fundações) ou pessoas jurídicas de direito privado (empresas públicas e sociedades de economia mista). Vamos começar pelas pessoas jurídicas de direito privado. Conforme verificamos acima, temos duas espécies: as empresas públicas e as sociedades de economia mista. Empresas públicas Características: a) As empresas públicas são constituídas por capital exclusivamente público b) Admite qualquer forma de organização prevista no direito para a sociedade. c) o pessoal é contratado pela CLT, sendo chamados de celetistas ou empregados públicos. d) a competências para julgamento é a Justiça Federal, exceto as ações trabalhistas. e) são instituídas mediante autorização em lei específica. Aloizio Sinuê da Cunha Medeiros 6

7 Exemplos: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e Caixa Econômica Federal (CEF). Sociedades de economia mista Caraterísticas: a) são instituídas mediante autorização em lei específica. b) a formação será necessariamente por sociedade anônima. c) o seu capital é público e privado. d) o foro competente para julgar as ações é a Justiça estadual exceto nas causas trabalhistas. e) o regime de pessoal é o emprego público conhecido também como celetista. Exemplos: Banco do Brasil S.A. e Petrobras S.A. Distinções: A leitura das características acima de cada uma destas entidades da administração indireta nos revela as diferenças existentes entre estas pessoas jurídicas de direito PRIVADO. Composição de capital: Nas empresas públicas, o capital é EXCLUSIVAMENTE público, enquanto que nas Sociedades de Economia MISTA o capital será formado pela conjugação do capital público e privado, contendo ações de propriedade de particulares e a maioria das ações com direito a voto do Poder Público, pessoa política instituidora. Foro processual: Conforme destacamos acima, nas duas entidades o foro competente será a Justiça do Trabalho nas causas de natureza trabalhista envolvendo os empregados públicos e as pessoas jurídicas de direito privado. Entretanto, será competente a Justiça Federal nas ações envolvendo empresas públicas federais, quando interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes. As exceções além das causas trabalhistas são as de falência, eleitoral e acidente de trabalho, enquanto que nas sociedades de economia mista será competente a Justiça estadual. 7

8 Curso de Direito Administrativo A forma Jurídica: Podemos observar acima que há uma maior liberdade para as empresas públicas, que podem assumir qualquer forma admitida em direito, enquanto que as sociedades de economia mista necessariamente devem ter a forma de sociedade anônima. As pessoas jurídicas de Direito Público criadas por lei com capacidade exclusivamente administrativa são as Autarquias e Fundações. As autarquias Podem ser comuns ou sob regime especial. Caraterísticas: a) Pessoa Jurídica de Direito Público. b) Entidades autônomas criadas por lei específica. c) patrimônio Próprio e atribuições estatais determinadas. d) o seu pessoal é estatutário e o foro competente é aquele a que pertencer a pessoa jurídica de direito público que a criou, ou seja, o ente. Sendo federal, a competência será da Justiça Federal; caso contrário, será competente a Justiça estadual. e) Possuem as mesmas prerrogativas do Poder Público, tais como imunidade tributária recíproca aos impostos sobre o patrimônio, a renda e os serviços vinculados. f) execução pelo regime de precatórios contido no artigo 100 da CF e a impenhorabilidade de bens. Exemplos: Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). As autarquias sob regime especial são aquelas criadas pelas leis e pela jurisprudência, representando uma subdivisão do gênero autarquia. A distinção desta espécie para as autarquias comuns reside nas leis específicas que as criaram e, em regra, procuraram conferir maior autonomia perante o Poder Executivo, particularmente na nomeação e mandato dos dirigentes. Exemplos das autarquias especiais também conhecidas como agências reguladoras: Universidade de São Paulo (USP), ANATEL, ANEEL, ANP, ANA, ANTT etc. Aloizio Sinuê da Cunha Medeiros 8

9 As agências reguladoras são criadas com a função de exercer a função de polícia administrativa e a função regulatória, ou seja, exercer o poder normativo conferido por lei e pela CF. Fundações públicas As fundações tiveram a sua origem no direito privado, sendo um patrimônio afetado a um fim ou a personificação de um patrimônio voltado para uma determinada finalidade. No direito público, a essência é a mesma, ou seja, as fundações mantiveram conceitualmente os mesmos elementos importados do direito privado. Destacam-se, então, os seguintes elementos: o instituidor do patrimônio, a pessoa que destina um certo patrimônio a uma determinada finalidade. Os outros elementos relevantes consistem na atividade a ser desenvolvida e de interesse social e, finalmente, na ausência de fins lucrativos. A doutrina nos ensina que são atividades de interesse social sem fins lucrativos: saúde, educação, assistência social, pesquisa científica, proteção ao meio ambiente, ao patrimônio público etc. Caraterísticas: a) pessoa jurídica de direito público criada por lei específica. b) patrimônio afetado para um fim social de interesse público. c) pessoal estatutário e com foro próprio. d) goza dos mesmos privilégios dos entes políticos, como a execução pelo regime especial de precatórios, as mesmas imunidades que a Fazenda Pública. Exemplos: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Fundação Nacional do Índio (Funai). Órgãos públicos O outro ponto de nossa aula de hoje são os órgãos. Ao contrário do que estudávamos acima, quando tratávamos da administração indireta, a característica comum a estas entidades da administração era o fato de serem pessoas jurídicas, enquanto que os órgãos são entes despersonalizados. 9

10 Curso de Direito Administrativo Trata-se de uma unidade de atuação integrante da estrutura da administração direta ou indireta. São os chamados centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, por meio de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem. O exemplo que tratamos acima são as ações de tortura eventualmente cometidas no Departamento da Polícia Federal, ou a demora de meses ao emitir um passaporte pelo citado órgão. Inconformado, o cidadão poderá demandar a União federal, que figurará como ré em processo de responsabilidade civil. Situação diversa ocorreria caso um aposentado viesse a se insurgir contra uma decisão do INSS, autarquia federal, pessoa jurídica de direito público, que possui aptidão para figurar como ré em processo. A teoria que foi adotada pela doutrina e jurisprudência é a teoria do órgão, ou teoria da imputação volitiva, na qual a pessoa jurídica manifesta a sua vontade por meio de órgãos, sendo que, quando os agentes manifestam a sua vontade, é como se o próprio Poder Público representado pela pessoa jurídica de direito público estivesse manifestando. A vontade da pessoa jurídica deve ser atribuída aos órgãos que a compõem, sendo os órgãos compostos de agentes. A teoria da representação significa que o servidor público deve ser considerado um representante do Estado. A melhor doutrina critica esta teoria por considerar de certa forma o Estado como um incapaz, pois este é que necessita de representante. Características dos órgãos públicos: a) resultam da desconcentração administrativa. b) não possuem patrimônio próprio. c) não têm capacidade para representar em juízo a pessoa jurídica que integram. d) alguns possuem relativa autonomia gerencial, orçamentária e financeira. e) apesar de não possuírem personalidade jurídica, alguns órgãos possuem capacidade processual, restrita e específica, para a defesa em juízo de suas atribuições administrativas, ou seja, impetrar mandado de segurança cujo objeto seja a preservação de sua competência. Aloizio Sinuê da Cunha Medeiros 10

11 Classificação dos órgãos: Uma questão que costuma ser objeto de cobrança nos concursos com alguma frequência é a classificação dos órgãos. 1 Quanto à estrutura: Simples Formado por um só centro de competência. Composto Reúne em sua estrutura diversos órgãos, havendo uma desconcentração interna. 2 Quanto á atuação funcional: Singular As decisões são da competência de um único agente. Colegiado A atuação é mediante a manifestação conjunta dos membros do órgão. 3 Quanto à posição estatal: Independentes Sãos órgãos previstos na própria Constituição da República, sem subordinação hierárquica ou funcional, sujeitos apenas ao controle constitucional de um Poder sobre o outro. Autônomos Exercem funções de planejamento, coordenação e controle das atividades. Há uma grande autonomia de natureza administrativa, financeira e operacional. Não se equipara, contudo, aos independentes. Exemplo: Advocacia da União. Superiores São sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico, e não gozam de autonomia financeira, administrativa e operacional. Exemplo: Receita Federal. Subalternos Exercem apenas atribuições de mero expediente, de mera execução, sem gozar de autonomia alguma. Agentes públicos A expressão acima é bastante ampla, abarcando toda pessoa que mantenha qualquer vínculo com a administração pública, todos os indivíduos, que a qualquer título, exerçam uma função pública, remunerada ou gratuita, de natureza permanente ou transitória, política ou administrativa. Verifica-se que a legislação procurou abarcar da forma mais ampla possível todo e qualquer tipo de vínculo firmado entre uma pessoa e a Administração Pública, seja por 11

12 Curso de Direito Administrativo meio da investidura por concurso público, por meio de eleição, nomeação de cargo em comissão, emprego ou função pública. A doutrina apresenta majoritariamente a seguinte classificação: a) Agentes políticos São as autoridades que ocupam os mais altos cargos na administração. Em regra, o primeiro escalão, cuja competência está prevista na própria Constituição. São considerados agentes políticos, por regra geral, aquelas autoridades cujos cargos são eletivos, como Chefes do Poder Executivo, ou seja, presidente da República, governador de Estado e prefeitos, seus auxiliares imediatos que são os Ministros de Estado, os Secretários de Estado e de Municípios. Também os membros do Poder Legislativo, naturalmente, observando-se o princípio da simetria, nas três esferas: Senadores da República, Deputados Federais, Estaduais e Vereadores. A doutrina é dividida na inclusão de outras autoridades que são nomeadas, como os Juízes, Desembargadores, membros do Ministério Público, como Promotores de Justiça, Procuradores de Justiça e Procuradores da República. O fundamento reside na ampla liberdade de atuação dessas autoridades. Entendemos particularmente que a melhor doutrina não inclui essas autoridades como políticas apenas considerando a forma como ingressam nos cargos públicos. A tese da corrente que a considera se fundamenta na grande liberdade destas autoridades, que só devem obedecer à Constituição, sem subordinação hierárquica. Entretanto, considerando que você pretende ingressar no Poder Judiciário, naturalmente que a vaidade da banca examinadora tende a considerar essas autoridades como agentes políticos. b) Agentes administrativos São todos aqueles que exercem uma atividade junto à Administração de natureza profissional e remunerada, sujeitando-se a uma hierarquia funcional e estatuto próprio estabelecido pelo ente ao qual está inserido. Os agentes administrativos podem ser: Aloizio Sinuê da Cunha Medeiros 12

13 Servidores públicos Ocupantes de cargo público efetivo, considerado o estatutário, que é um regime jurídico-administrativo que regulamenta os direitos e deveres destes profissionais. Dividem-se em ocupantes de cargo efetivo e cargo em comissão. Empregados públicos São os chamados celetistas, conhecidos também como empregados públicos, sendo regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Em regra, os profissionais que trabalham na administração indireta na exploração de atividade econômica são celetistas, como no Banco do Brasil e na Petrobrás. Temporários São os contratados por um tempo determinado em razão de uma necessidade transitória de excepcional interesse público. Existe previsão constitucional para esta contratação, que leva a administração a cometer certos abusos para burlar o princípio da obrigatoriedade do concurso público. Oportuno destacar que se trata de contrato sui generis, cuja natureza é jurídicoadministrativa, e a competência para julgar eventuais demandas é da justiça comum. c) Agentes delegados São particulares que agem em nome próprio, tendo recebido a incumbência de exercer determinada atividade por sua conta e risco. Não são servidores públicos, não atuam em nome do Estado, apenas sofrem a fiscalização dele, sendo sujeitos à responsabilidade civil objetiva, ou seja, independe da comprovação da culpa. d) Agentes honoríficos São cidadãos requisitados para colaborar com o Estado em uma função de natureza transitória. A designação ou requisição decorre de sua condição cívica, de sua honorabilidade ou notória capacidade profissional. Observe que não existe qualquer vínculo com o Estado, trata-se de função em regra gratuita, sem receber nada pelo exercício da função. Exemplos são os jurados do tribunal do júri e os mesários nas eleições. 13

14 Curso de Direito Administrativo Questões de concursos públicos 01. (AFCE/TCU/Cespe/2011) As sociedades de economia mista podem revestir-se de qualquer das formas societárias admitidas em direito. ( ) certo ( ) errado Verifique que a afirmação estaria correta caso se tratasse de empresa pública, mas sendo sociedade de economia mista, apenas a forma sociedade anônima é admitida. Gabarito: errado. 02. (ACE-TI/TCU/Cespe/2010) As autarquias e as fundações públicas são consideradas entidades políticas. ( ) certo ( ) errado Novamente o CESPE tenta induzir o candidato a erro, pois, na verdade são pessoas jurídicas de direito público, que são consideradas entidades administrativas, pois exercem atividades típicas da administração, mas que politicamente optou em descentralizar o serviço. Gabarito: errado. 03. (Analista Judiciário sem Especialidade/TJ-RJ/2012) Com relação às prerrogativas e sujeições dos entes que integram a Administração Indireta, tem-se que as: a) empresas públicas submetem-se ao processo especial de execução previsto no art. 100 da Constituição Federal e gozam da imunidade tributária relativa a impostos sobre o patrimônio. b) autarquias gozam de imunidade tributária relativa a impostos sobre o patrimônio e seus bens estão protegidos pela impenhorabilidade, submetendo-se ainda a tutela do ente instituidor. c) empresas públicas submetem-se ao processo especial de execução previsto no art. 100 da Constituição Federal, o que não afasta a submissão à tutela do ente que as instituiu. Aloizio Sinuê da Cunha Medeiros 14

15 d) fundações públicas e autarquias submetem-se ao regime geral de execução, embora gozem de imunidade tributária relativa a impostos sobre o patrimônio. e) fundações, ainda que públicas, submetem-se ao regime jurídico de direito privado, o que afasta a imunidade tributária relativa a impostos sobre o patrimônio e a submissão ao ente que as instituiu. Observe que a questão acima, que foi cobrada no último concurso do TJ-RJ para analista judiciário, trata de um tema importante que consiste nas prerrogativas das pessoas jurídicas de direito público. Conforme afirmamos acima, as maiores dificuldades residem justamente nas prerrogativas concedidas às pessoas jurídicas de direito privado, que são as empresas públicas e sociedades de economia mista. Devemos ter a noção que, quando exploram atividade econômica, não podem gozar de privilégios não oferecidos aos demais concorrentes no mercado, conforme revela o art. 173, da Constituição da República. Entretanto, quando se trata de serviços públicos, alguns privilégios costumam ser concedidos. A questão aborda autarquia, que é uma situação em que se presta um serviço público de forma descentralizada por pessoa jurídica de direito público, naturalmente que deve gozar dos mesmos privilégios e imunidades que a Fazenda Pública possui, para atender ao interesse público. A alternativa B justamente confere esta isonomia à Fazenda Pública, pois confere à autarquia as mesmas prerrogativas da Fazenda Pública, que seria a impenhorabilidade. Poderia, ainda, conferir a execução pelos precatórios. Gabarito: B 15

Características das Autarquias

Características das Autarquias ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Professor Almir Morgado Administração Indireta: As entidades Administrativas. Autarquias Define-se autarquia como o serviço autônomo criado por lei específica, com personalidade d

Leia mais

Conteúdo de sala de aula.

Conteúdo de sala de aula. Assunto. Administração Pública I. Categoria. Conteúdo de sala de aula. III - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Mesmo sabendo que a expressão Administração Pública tem vários sentidos e formas de estudo, nesse momento

Leia mais

Administração Pública. Prof. Joaquim Mario de Paula Pinto Junior

Administração Pública. Prof. Joaquim Mario de Paula Pinto Junior Administração Pública Prof. Joaquim Mario de Paula Pinto Junior 1 A seguir veremos: Novas Modalidades de Administração no Brasil; Organização da Administração Pública; Desafios da Administração Pública.

Leia mais

1 (FCC/TRE-AC/Analista/2010) A respeito das entidades políticas e administrativas, considere:

1 (FCC/TRE-AC/Analista/2010) A respeito das entidades políticas e administrativas, considere: 1 (FCC/TRE-AC/Analista/2010) A respeito das entidades políticas e administrativas, considere: I. Pessoas jurídicas de Direito Público que integram a estrutura constitucional do Estado e têm poderes políticos

Leia mais

SETOR PÚBLICO, SETOR PRIVADO E TERCEIRO SETOR

SETOR PÚBLICO, SETOR PRIVADO E TERCEIRO SETOR SETOR PÚBLICO, SETOR PRIVADO E TERCEIRO SETOR Consiste na forma como as diferentes Pessoas Jurídicas atuam no desenvolvimento de atividades econômicas e sociais no âmbito da sociedade. De acordo com o

Leia mais

www.concursovirual.com.br

www.concursovirual.com.br DIREITO ADMINISTRATIVO TEMA: CONHECIMENTOS GERAIS CORREIOS/2015 CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO UNITÁRIO - PODER CENTRAL (França) ESTADO COMPOSTO ESTADO UNITÁRIO (Formação histórica) ESTADO REGIONAL MENOS

Leia mais

Administração Direta. Empresas Estatais

Administração Direta. Empresas Estatais Ordem Social Ordem Econômica Administração Indireta Administração Direta Autarquia Fundação Publica Direito Público Consórcio Público Direito Público Fundação Publica Direito Privado Consórcio Público

Leia mais

MATERIAL DE APOIO PROFESSORA DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO TEMA: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA. 2 o. SEMESTRE/2009

MATERIAL DE APOIO PROFESSORA DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO TEMA: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA. 2 o. SEMESTRE/2009 INTENSIVO REGULAR DE SÁBADO Disciplina: Direito Administrativo Profª.: Daniela Mello Datas: 03.10.2009 Aula n 01 MATERIAL DE APOIO PROFESSORA DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO TEMA: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

DIREITO ADMINISTRATIVO ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIREITO ADMINISTRATIVO ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Atualizado em 27/10/2015 ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO A administração pública exerce as suas competências

Leia mais

PONTO 1: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA PONTO 4: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA. 1. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA Administração Direta e Indireta

PONTO 1: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA PONTO 4: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA. 1. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA Administração Direta e Indireta 1 DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO PONTO 1: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA PONTO 4: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA 1. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA Administração Direta e Indireta O Estado, enquanto

Leia mais

2.6.2. Entidades fundacionais as fundações públicas 2.6.2.1. Conceito

2.6.2. Entidades fundacionais as fundações públicas 2.6.2.1. Conceito Esses consórcios, a fim de poder assumir obrigações e exercer seus direitos perante terceiros, precisam de personalidade jurídica, assim, a citada lei dispôs que eles serão pessoas jurídicas de direito

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Conceito Administração Pública é todo o aparelhamento do Estado, preordenado à realização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas. (MEIRELLES, Hely Lopes).

Leia mais

Regime jurídico das empresas estatais

Regime jurídico das empresas estatais Prof. Márcio Iorio Aranha Regime jurídico das empresas estatais 1) Submissão aos princípios gerais da Administração Pública (art. 37, caput legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência)

Leia mais

Tropa de Elite - Batalha Final Direito Constitucional Administração Pública Giuliano Menezes

Tropa de Elite - Batalha Final Direito Constitucional Administração Pública Giuliano Menezes Tropa de Elite - Batalha Final Direito Constitucional Administração Pública Giuliano Menezes 2012 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Leia mais

ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 1 - Administraça o Indireta Administração Indireta: Autarquias* Fundações Empresas Públicas Sociedade de Economia Mista *Dentro do conceito de autarquias: Consórcios públicos, associações públicas, agências

Leia mais

1 (FCC/MPE-AP/Técnico/2009) É característica das fundações públicas de direito público, dentre outras:

1 (FCC/MPE-AP/Técnico/2009) É característica das fundações públicas de direito público, dentre outras: 1 (FCC/MPE-AP/Técnico/2009) É característica das fundações públicas de direito público, dentre outras: a) Penhorabilidade dos seus bens. b) Necessidade de inscrição dos seus atos constitutivos no Registro

Leia mais

Organização Administrativa Administração Direta, Indireta e Entes de Cooperação. Professora: Paloma Braga

Organização Administrativa Administração Direta, Indireta e Entes de Cooperação. Professora: Paloma Braga Organização Administrativa Administração Direta, Indireta e Entes de Cooperação Professora: Paloma Braga Introdução Através da função administrativa, o Estado cuida da gestão de todos os seus interesses

Leia mais

ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Administração Direta A Administração Pública subdivide-se em Administração Direta (centralizada) e Administração Indireta (descentralizada). A Administração Direta é

Leia mais

IX ENCONTRO NACIONAL DE VEREADORES

IX ENCONTRO NACIONAL DE VEREADORES IX ENCONTRO NACIONAL DE VEREADORES Previdência Pública Servidores e Agentes Políticos Geilton Costa da Silva Conceito primitivo de previdência A raiz da palavra aponta para a faculdade ou ação de prever,

Leia mais

Direito Administrativo. Professor Marcelo Miranda professormiranda@live.com facebook.com/professormarcelomiranda

Direito Administrativo. Professor Marcelo Miranda professormiranda@live.com facebook.com/professormarcelomiranda Direito Administrativo Professor Marcelo Miranda professormiranda@live.com facebook.com/professormarcelomiranda QUESTÃO 1: CESPE - AA (ICMBIO)/ICMBIO/2014 No que diz respeito à organização administrativa,

Leia mais

AULA 01. Esses três primeiros livros se destacam por serem atualizados pelos próprios autores.

AULA 01. Esses três primeiros livros se destacam por serem atualizados pelos próprios autores. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Direito Administrativo / Aula 01 Professora: Luiz Oliveira Castro Jungstedt Monitora: Mariana Simas de Oliveira AULA 01 CONTEÚDO DA AULA: Estado Gerencial brasileiro.introdução1

Leia mais

Terceiro Setor, ONGs e Institutos

Terceiro Setor, ONGs e Institutos Terceiro Setor, ONGs e Institutos Tomáz de Aquino Resende Promotor de Justiça. Coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Tutela de Fundações de Minas Gerais. Usualmente é chamado de

Leia mais

CIRLANE MARA NATAL MESTRE EM EDUCAÇÃO PPGE/UFES 2013

CIRLANE MARA NATAL MESTRE EM EDUCAÇÃO PPGE/UFES 2013 CIRLANE MARA NATAL MESTRE EM EDUCAÇÃO PPGE/UFES 2013 LEGISLAÇÃO E NORMA LEGISLAÇÃO GENERALIDADE PRINCÍPIOS; NORMA ESPECIFICIDADE REGRAS; CONSELHO DE EDUCAÇÃO: - CONTROLE SOBRE O CUMPRIMENTO DA LEI; - NORMATIZADOR

Leia mais

GUIA DE ESTUDOS INSS NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO FÁBIO RAMOS BARBOSA

GUIA DE ESTUDOS INSS NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO FÁBIO RAMOS BARBOSA DIREITO ADMINISTRATIVO Estado, governo e administração pública: conceitos, elementos, poderes e organização; natureza, fins e princípios. Direito Administrativo: conceito, fontes e princípios. Organização

Leia mais

Direito Administrativo: Organização Administrativa

Direito Administrativo: Organização Administrativa Direito Administrativo: Organização Administrativa Material didático destinado à sistematização do conteúdo da disciplina Direito Administrativo I ministrada no semestre 2014.1 do curso de Direito. Autor:

Leia mais

Agências Executivas. A referida qualificação se dará mediante decreto do Poder Executivo. Agências Reguladoras

Agências Executivas. A referida qualificação se dará mediante decreto do Poder Executivo. Agências Reguladoras Agências Executivas A Lei nº 9.649/98 autorizou o Poder Executivo a qualificar, como agência executiva aquela autarquia ou fundação pública que celebre contrato de gestão com o Poder Público. A referida

Leia mais

CONVÊNIOS E CONSÓRCIOS

CONVÊNIOS E CONSÓRCIOS CONVÊNIOS E CONSÓRCIOS 1. LEGISLAÇÃO - Fundamentação Constitucional: Art. 241 da CF/88 - Fundamentação Legal: Art. 116 da Lei 8.666/93, 2. CONCEITO - CONVÊNIO - é o acordo firmado por entidades políticas

Leia mais

LEI Nº 3.848, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1960

LEI Nº 3.848, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1960 LEI Nº 3.848, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1960 Cria a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, e dá outras providências. O Presidente da República, Faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a

Leia mais

Execução Orçamentária e Financeira

Execução Orçamentária e Financeira Execução Orçamentária e Financeira Introdutório aos cursos dos Sistemas de Contabilidade e Gastos Públicos Setembro / 2008 Administração Pública Classifica-se, conforme a CF/88 em: Administração Direta

Leia mais

CONSTITUIÇÃO DE 1988

CONSTITUIÇÃO DE 1988 CONSTITUIÇÃO DE 1988 Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,

Leia mais

FACULDADE FORTIUM UNIDADE ASA SUL CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO E TRIBUTÁRIO. PROFESSOR: Marcelo Thimoti

FACULDADE FORTIUM UNIDADE ASA SUL CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO E TRIBUTÁRIO. PROFESSOR: Marcelo Thimoti FACULDADE FORTIUM UNIDADE ASA SUL CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO E TRIBUTÁRIO SEMESTRE: 3º TURNO: Noite PROFESSOR: Marcelo Thimoti 1. Enumere a segunda coluna de acordo com a

Leia mais

EIXO 3 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. D 3.3 Fundamentos do Direito Público (20h) Professores: Juliana Bonacorsi de Palma e Rodrigo Pagani de Souza

EIXO 3 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. D 3.3 Fundamentos do Direito Público (20h) Professores: Juliana Bonacorsi de Palma e Rodrigo Pagani de Souza EIXO 3 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA D 3.3 Fundamentos do Direito Público (20h) Professores: Juliana Bonacorsi de Palma e Rodrigo Pagani de Souza 29 e 30 de setembro, 01, 05, 06 e 07 de outubro de 2011 ENAP Escola

Leia mais

Prof. Marcelino Fernandes DIREITO ADMINISTRATIVO

Prof. Marcelino Fernandes DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Marcelino Fernandes DIREITO ADMINISTRATIVO Twitter: @profmarcelino facebook.com/profmarcelino88 Fanpage:facebook.com/profmarcelino instagram.com/profmarcelino professormarcelino@hotmail.com AULA

Leia mais

Poderes Administrativos. Professora: Paloma Braga

Poderes Administrativos. Professora: Paloma Braga Poderes Administrativos Professora: Paloma Braga Poderes Administrativos - Conceito São os meios ou instrumentos através dos quais a Administração Pública exerce a atividade administrativa na gestão dos

Leia mais

Novas formas de prestação do serviço público: Gestão Associada Convênios e Consórcios Regime de parceria- OS e OSCIPS

Novas formas de prestação do serviço público: Gestão Associada Convênios e Consórcios Regime de parceria- OS e OSCIPS Novas formas de prestação do serviço público: Gestão Associada Convênios e Consórcios Regime de parceria- OS e OSCIPS Material de apoio para estudo: slides trabalhados em sala de aula com acréscimo de

Leia mais

AULA 02 ROTEIRO CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 5º; 37-41; 205 214; 227 229 LEI 8.069 DE 13/07/1990 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E C A PARTE 02

AULA 02 ROTEIRO CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 5º; 37-41; 205 214; 227 229 LEI 8.069 DE 13/07/1990 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E C A PARTE 02 AULA 02 ROTEIRO CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 5º; 37-41; 205 214; 227 229 LEI 8.069 DE 13/07/1990 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E C A PARTE 02 CAPÍTULO VII DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SEÇÃO I DISPOSIÇÕES

Leia mais

Consórcio Público. Administração Indireta

Consórcio Público. Administração Indireta Ordem Social Ordem Econômica Administração Direta Autarquia Fundação Publica Fundação Publica Empresa Pública Sociedade Economia Mista Subsidiária Consórcio Público Administração Indireta 1 Consórcio público

Leia mais

Simulado de Direito Administrativo Professor Estevam Freitas

Simulado de Direito Administrativo Professor Estevam Freitas Simulado de Direito Administrativo Professor Estevam Freitas 01. ( FUNIVESA/SEPLAG/AFC 2009) Assinale a alternativa correta acerca da organização administrativa brasileira. ( A ) Toda a sociedade em que

Leia mais

Direito Administrativo

Direito Administrativo Olá, pessoal! Trago hoje uma pequena aula sobre a prestação de serviços públicos, abordando diversos aspectos que podem ser cobrados sobre o assunto. Espero que gostem. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS O

Leia mais

Maratona Fiscal ISS Direito tributário

Maratona Fiscal ISS Direito tributário Maratona Fiscal ISS Direito tributário 1. São tributos de competência municipal: (A) imposto sobre a transmissão causa mortis de bens imóveis, imposto sobre a prestação de serviço de comunicação e imposto

Leia mais

NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS. INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT]

NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS. INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT] NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT] 1. Os Tribunais de Contas somente podem realizar suas tarefas quando são independentes da entidade auditada e são protegidos

Leia mais

SEPARAÇÃO DE PODERES DO ESTADO

SEPARAÇÃO DE PODERES DO ESTADO SEPARAÇÃO DE PODERES DO ESTADO Plano horizontal diferenciação funcional (Legislativo, Executivo e Judiciário) Plano vertical ordens jurídicas especiais (União, Estados, DF e Municípios) Impõe limites e

Leia mais

Direito Administrativo. Professor Marcelo Miranda professormiranda@live.com facebook.com/professormarcelomiranda

Direito Administrativo. Professor Marcelo Miranda professormiranda@live.com facebook.com/professormarcelomiranda Direito Administrativo Professor Marcelo Miranda professormiranda@live.com facebook.com/professormarcelomiranda Administração Pública Todo aparelhamento do Estado preordenado à realização de serviços,

Leia mais

Anteprojeto de Lei: Autonomia das Universidades e Institutos Federais.

Anteprojeto de Lei: Autonomia das Universidades e Institutos Federais. X Encontro Nacional- PROIFES-Federação Anteprojeto de Lei: Autonomia das Universidades e Institutos Federais. Apresentação PROIFES-Federação A Constituição Brasileira de 1988 determinou, em seu artigo

Leia mais

Direito Constitucional Econômico. Prof. Murillo Sapia Gutier

Direito Constitucional Econômico. Prof. Murillo Sapia Gutier Direito Constitucional Econômico Prof. Murillo Sapia Gutier Constitucionalização da ordem econômica: Meios de atuação estatal na ordem econômica Pode ser direta ou indireta: uma não exclui a outra; Atuação

Leia mais

Autarquia. Administração Indireta. Figura sujeita a polemicas doutrinárias e de jurisprudência. Ausente na estrutura do Executivo Federal

Autarquia. Administração Indireta. Figura sujeita a polemicas doutrinárias e de jurisprudência. Ausente na estrutura do Executivo Federal Administração Direta Fundação Publica Direito Público Consórcio Público Direito Público Fundação Publica Direito Privado Empresa Pública Consórcio Público Direito Privado Sociedade Economia Mista Subsidiária

Leia mais

12. Assinale a opção correta a respeito da composição e do funcionamento das juntas eleitorais.

12. Assinale a opção correta a respeito da composição e do funcionamento das juntas eleitorais. TRE-MT ANALIS. JUD. ADM CESPE 9. Assinale a opção correta com relação aos órgãos da justiça eleitoral. a) A justiça eleitoral é composta pelo Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ), pelo TRE, na capital de

Leia mais

A atividade contábil e o ISS

A atividade contábil e o ISS A atividade contábil e o ISS Janeiro de 2014. A prática da atividade de contabilista pode ser exercida por profissional autônomo, sociedade empresária e sociedade simples. Para tanto, o responsável tem

Leia mais

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Setembro/2013 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO 1. O que são unidades de conservação (UC)?

Leia mais

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum 11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas As sociedades não-personificadas são sociedades que não tem personalidade jurídica própria, classificada em: sociedade em comum e sociedade

Leia mais

AS PROCURADORIAS GERAIS DOS ESTADOS E AS PROCURADORIAS DAS AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS (pessoas jurídicas de direito público)

AS PROCURADORIAS GERAIS DOS ESTADOS E AS PROCURADORIAS DAS AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS (pessoas jurídicas de direito público) AS PROCURADORIAS GERAIS DOS ESTADOS E AS PROCURADORIAS DAS AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS (pessoas jurídicas de direito público) No art. 132 da CR 88 está escrito: Art. 132. Os Procuradores dos Estados

Leia mais

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2014 (Do Sr. Moreira Mendes e outros)

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2014 (Do Sr. Moreira Mendes e outros) PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2014 (Do Sr. Moreira Mendes e outros) Altera o artigo 93, o artigo 129 e o artigo 144, da Constituição Federal, para exigir do bacharel em Direito, cumulativamente,

Leia mais

Evandro Guedes. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br

Evandro Guedes. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Evandro Guedes Graduado em Administração de Empresas pelo Centro Universitário Barra Mansa (UBM). Graduado em Direito pelo Centro Universitário Geraldo di Biasi (UGB) e pela Faculdade Assis Gurgacz (FAG-PR).

Leia mais

Receita Orçamentária: Conceitos, codificação e classificação 1

Receita Orçamentária: Conceitos, codificação e classificação 1 Receita Orçamentária: Conceitos, codificação e classificação 1 1. CODIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA RECEITA Para melhor identificação da entrada dos recursos aos cofres públicos, as receitas são codificadas

Leia mais

INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO

INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO O ESTADO VEIO TENDO, NO DECORRER DO SÉCULO XX, ACENTUADO PAPEL NO RELACIONAMENTO ENTRE DOMÍNIO JURÍDICO E O ECONÔMICO. HOJE, TAL RELAÇÃO JÁ SOFRERA PROFUNDAS

Leia mais

DAS SOCIEDADES: (A) A PERSONALIZAÇÃO DAS SOCIEDADES EMPRESARIAIS (PRINCÍPIOS DO DIREITO SOCIETÁRIO) GERA TRÊS CONSEQÜÊNCIAS:

DAS SOCIEDADES: (A) A PERSONALIZAÇÃO DAS SOCIEDADES EMPRESARIAIS (PRINCÍPIOS DO DIREITO SOCIETÁRIO) GERA TRÊS CONSEQÜÊNCIAS: DAS SOCIEDADES: CONCEITO: A sociedade empresária pode ser conceituada como a pessoa jurídica de direito privado não estatal, que explora empresarialmente seu objeto social ou a forma de sociedade por ações.

Leia mais

1 Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Magalhães ESTADO DA BAHIA

1 Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Magalhães ESTADO DA BAHIA A 1 CNPJ 04.214.41910001-05 DECRETO N 3.091, DE 05 DE JANEIRO DE 2014. "Dispõe sobre a estrutura organizacional da Procuradoria Geral do Município ". O PREFEITO MUNICIPAL DE LUIS EDUARDO MAGALHÃES,, no

Leia mais

SUMÁRIO INTRODUÇÃO... PRIMEIRA PARTE: A ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

SUMÁRIO INTRODUÇÃO... PRIMEIRA PARTE: A ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO SUMÁRIO INTRODUÇÃO... PRIMEIRA PARTE: A ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO Capítulo I As transformações do Estado e a organização administrativa moderna 1.1. Estado Liberal, Estado

Leia mais

Direito Administrativo

Direito Administrativo Direito Administrativo Parte 1 Carlos Barbosa Advogado e Consultor Jurídico em ; Professor de Direito, especialista em Aperfeiçoamento em Direito pela Faculdade de Direito Damásio de Jesus - São Paulo

Leia mais

Capítulo 3 ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Capítulo 3 ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Capítulo 3 ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fernando Baltar Sumário 1. Introdução 2. Órgãos públicos 3. Autarquias: 3.1 Conceito; 3.2 Características; 3.3 Criação; 3.4 Prerrogativas; 3.5 Capacidade

Leia mais

SOCIEDADE EMPRESÁRIA

SOCIEDADE EMPRESÁRIA SOCIEDADE EMPRESÁRIA I-CONCEITO Na construção do conceito de sociedade empresária dois institutos jurídicos servem de alicerce: a pessoa jurídica e a atividade empresarial. Um ponto de partida, assim para

Leia mais

www.apostilaeletronica.com.br

www.apostilaeletronica.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO I. Sistema Tributário Nacional e Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar... 02 II. Tributos... 04 III. O Estado e o Poder de Tributar. Competência Tributária... 08 IV. Fontes

Leia mais

Exceção: Art. 156, 3º, II, CF c/c LC 116/03 Vedação da incidência de ISS na exportação de serviços para o exterior.

Exceção: Art. 156, 3º, II, CF c/c LC 116/03 Vedação da incidência de ISS na exportação de serviços para o exterior. Turma e Ano: Direito Público I (2013) Matéria / Aula: Direito Tributário / Aula 12 Professor: Mauro Lopes Monitora: Carolina Meireles (continuação) 8) Princípio da vedação de isenção heterônoma Art. 151,

Leia mais

Noções de Direito Civil Personalidade, Capacidade, Pessoa Natural e Pessoa Jurídica Profª: Tatiane Bittencourt

Noções de Direito Civil Personalidade, Capacidade, Pessoa Natural e Pessoa Jurídica Profª: Tatiane Bittencourt PESSOA NATURAL 1. Conceito: é o ser humano, considerado como sujeito de direitos e deveres. Tais direitos e deveres podem ser adquiridos após o início da PERSONALIDADE, ou seja, após o nascimento com vida

Leia mais

LEI 13.019/14. Regime jurídico das parcerias voluntárias marco regulatório do terceiro setor

LEI 13.019/14. Regime jurídico das parcerias voluntárias marco regulatório do terceiro setor LEI 13.019/14 Regime jurídico das parcerias voluntárias marco regulatório do terceiro setor A lei é resultado de ampla discussão entre a Administração Pública federal e a sociedade civil gerando o Projeto

Leia mais

Princípios da Administração Pública. Direito Administrativo. Princípios da Administração Pública. Legalidade. Impessoalidade.

Princípios da Administração Pública. Direito Administrativo. Princípios da Administração Pública. Legalidade. Impessoalidade. Direito Administrativo Princípios da Administração Pública Armando Mercadante Fev/2010 Princípios da Administração Pública Princípios expressos no caput do art. 37, CF Legalidade Impessoalidade Moralidade

Leia mais

NOVO CÓDIGO CIVIL ALGUNS ASPECTOS RELEVANTES PARA O REGISTRO DE EMPRESAS. Denis Dall Asta Msc. Denisdall@unioeste.br

NOVO CÓDIGO CIVIL ALGUNS ASPECTOS RELEVANTES PARA O REGISTRO DE EMPRESAS. Denis Dall Asta Msc. Denisdall@unioeste.br NOVO CÓDIGO CIVIL ALGUNS ASPECTOS RELEVANTES PARA O REGISTRO DE EMPRESAS. Denisdall@unioeste.br TIPOS JURÍDICOS ABORDADOS EMPRESÁRIO SOCIEDADE EMPRESÁRIA LIMITADA REVOGAÇÃO DE PARTE DO CÓDIGO COMERCIAL

Leia mais

PARECER ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS

PARECER ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS RELATÓRIO PARECER ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS Considerando a multiplicação de solicitações encaminhadas à Comissão de Fiscalização COFI do CRESS 17ª Região a respeito de acumulação de cargos públicos,

Leia mais

QUESTÕES DE CONCURSOS FISCAL DE RENDAS ICMS/RJ - 2010

QUESTÕES DE CONCURSOS FISCAL DE RENDAS ICMS/RJ - 2010 QUESTÕES DE CONCURSOS FISCAL DE RENDAS ICMS/RJ - 2010 01 A respeito da validade dos atos administrativos, assinale a alternativa correta. a) A Administração Pública do Estado do Rio de Janeiro pode convalidar

Leia mais

QUESTÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

QUESTÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO QUESTÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Alexandre Bastos Direito Administrativo 1 - O conceito de empresa estatal foi elaborado durante anos pela doutrina. Contudo, a edição do Decreto-Lei nº 200/67,

Leia mais

Lei nº11.107 Consórcios públicos e gestão associada de serviços públicos

Lei nº11.107 Consórcios públicos e gestão associada de serviços públicos Lei nº11.107 Consórcios públicos e gestão associada de serviços públicos Seminário de Licenciamento Ambiental de Destinação Final de Resíduos Sólidos Brasília, DF - Novembro de 2005 Coleta de resíduos

Leia mais

40 questões sobre princípios orçamentários Material compilado pelo Prof: Fernando Aprato para o concurso do TCE-RS 2011.

40 questões sobre princípios orçamentários Material compilado pelo Prof: Fernando Aprato para o concurso do TCE-RS 2011. 1 40 questões sobre princípios orçamentários Material compilado pelo Prof: Fernando Aprato para o concurso do TCE-RS 2011. TRT_22/Técnico_Judiciário_Administrativa/FCC/2010 - E05 9 1. A exclusividade concedida

Leia mais

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO I. EMPREGADOR 1. Conceito A definição celetista de empregador é a seguinte: CLT, art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual

Leia mais

Acerca das características básicas das organizações formais modernas, julgue os itens subseqüentes.

Acerca das características básicas das organizações formais modernas, julgue os itens subseqüentes. Administração Pública- Prof. Claudiney Silvestre 1- CESPE - 2012 - TRE-RJ - Técnico Judiciário - Área Administrativa Disciplina: Administração Acerca de noções de administração pública, julgue os itens

Leia mais

O REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE TAQUARITINGA

O REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE TAQUARITINGA O REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE TAQUARITINGA 1. INTRODUÇÃO A previdência social no Brasil pode ser divida em dois grandes segmentos, a saber: Regime Geral de Previdência Social (RGPS):

Leia mais

Gabarito 1 Gabarito 2 Gabarito 3 Gabarito 4 11 1 51 21 E E E E PARECER

Gabarito 1 Gabarito 2 Gabarito 3 Gabarito 4 11 1 51 21 E E E E PARECER 11 1 51 21 E E E E Houve interposição de recursos em que os recorrentes, resumidamente, aduziram que a questão deveria ser anulada ou ter o gabarito modificado em virtude de que haveria duas opções com

Leia mais

Direito Administrativo: Serviços Públicos

Direito Administrativo: Serviços Públicos Direito Administrativo: Serviços Públicos Material didático destinado à sistematização do conteúdo da disciplina Direito Administrativo I Publicação no semestre 2014.1 do curso de Direito. Autor: Albérico

Leia mais

CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE PÚBLICA 1ª PARTE Leonardo Silveira do Nascimento cpublicaconcursos@yahoo.com.br

CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE PÚBLICA 1ª PARTE Leonardo Silveira do Nascimento cpublicaconcursos@yahoo.com.br CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE PÚBLICA 1ª PARTE Leonardo Silveira do Nascimento cpublicaconcursos@yahoo.com.br Olá pessoal! Nesta aula iremos abordar um assunto cada vez mais recorrente nas provas

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 6.047-D, DE 2005. O CONGRESSO NACIONAL decreta:

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 6.047-D, DE 2005. O CONGRESSO NACIONAL decreta: COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 6.047-D, DE 2005 Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN com vistas em assegurar o direito

Leia mais

POLÍTICAS PÚBLICAS Aula 09. Prof. a Dr. a Maria das Graças Rua

POLÍTICAS PÚBLICAS Aula 09. Prof. a Dr. a Maria das Graças Rua POLÍTICAS PÚBLICAS Aula 09 Prof. a Dr. a Maria das Graças Rua ALTERNATIVAS TÉCNICO-INSTITUCIONAIS DE IMPLEMENTAÇÃO CONSÓRCIOS PÚBLICOS: são meios de cooperação, ou seja, alternativas institucionais que

Leia mais

TERCEIRIZAÇÃO. Autor: Ivaldo Kuczkowski, Advogado Especialista em Direito Administrativo e Conselheiro de Tributos da Empresa AUDICONT Multisoluções.

TERCEIRIZAÇÃO. Autor: Ivaldo Kuczkowski, Advogado Especialista em Direito Administrativo e Conselheiro de Tributos da Empresa AUDICONT Multisoluções. TERCEIRIZAÇÃO Autor: Ivaldo Kuczkowski, Advogado Especialista em Direito Administrativo e Conselheiro de Tributos da Empresa AUDICONT Multisoluções. INTRODUÇÃO Para que haja uma perfeita compreensão sobre

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 11.346, DE 15 DE SETEMBRO DE 2006. Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional SISAN com vistas em assegurar

Leia mais

Natanael Gomes Bittencourt Acadêmico do 10º semestre de Direito das Faculdades Jorge Amado

Natanael Gomes Bittencourt Acadêmico do 10º semestre de Direito das Faculdades Jorge Amado ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Natanael Gomes Bittencourt Acadêmico do 10º semestre de Direito das Faculdades Jorge Amado Resumo: A Administração Pública se liga ao interesse público e às necessidades sociais,

Leia mais

REGIMENTO DA UNIDADE DE AUDITORIA INTERNA DO IF SUDESTE DE MINAS GERAIS CAPÍTULO I

REGIMENTO DA UNIDADE DE AUDITORIA INTERNA DO IF SUDESTE DE MINAS GERAIS CAPÍTULO I REGIMENTO DA UNIDADE DE AUDITORIA INTERNA DO IF SUDESTE DE MINAS GERAIS CAPÍTULO I Disposições Preliminares Art. 1º A Auditoria Interna do IF Sudeste de Minas Gerais, está vinculada ao Conselho Superior,

Leia mais

1 (FCC/TRE-RS/Analista/2010) A publicidade, como um dos princípios básicos da Administração,

1 (FCC/TRE-RS/Analista/2010) A publicidade, como um dos princípios básicos da Administração, 1 (FCC/TRE-RS/Analista/2010) A publicidade, como um dos princípios básicos da Administração, a) deve ser observada em todo e qualquer ato administrativo, sem exceção. b) é elemento formativo do ato. c)

Leia mais

Turma TCMRJ Técnico de Controle Externo 123 Módulo 1 4

Turma TCMRJ Técnico de Controle Externo 123 Módulo 1 4 Turma TCMRJ Técnico de Controle Externo 123 Módulo 1 4 Banca: SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO/RJ Edital SMA Nº 84/2010 (data da publicação: 27/09/2010) Carga horária (aulas presenciais): 126 horas

Leia mais

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO Estudamos até o momento os casos em que há vínculo empregatício (relação bilateral, nas figuras de empregado e empregador) e, também, casos em que existe

Leia mais

36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público federal:

36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público federal: Hoje, continuaremos com os comentários ao simulado da 2ª Feira do Concurso. 36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público

Leia mais

CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS OU PARAFISCAIS (Art.149 c/c 195, CF)

CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS OU PARAFISCAIS (Art.149 c/c 195, CF) CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS OU PARAFISCAIS (Art.149 c/c 195, CF) Prof. Alberto Alves www.editoraferreira.com.br O art. 149, caput, da Lei Maior prescreve a possibilidade de a União instituir Contribuições

Leia mais

MANUAL DE PREENCHIMENTO DE ART DESEMPENHO DE CARGO OU FUNÇÃO

MANUAL DE PREENCHIMENTO DE ART DESEMPENHO DE CARGO OU FUNÇÃO MANUAL DE PREENCHIMENTO DE ART DESEMPENHO DE CARGO OU FUNÇÃO A ART de cargo ou função relativa ao vínculo contratual do profissional com a pessoa jurídica para desempenho de cargo ou função técnica deve

Leia mais

Receita Orçamentária: conceitos, codificação e classificação 1

Receita Orçamentária: conceitos, codificação e classificação 1 Receita Orçamentária: conceitos, codificação e classificação 1 Para melhor identificação dos ingressos de recursos aos cofres públicos, as receitas são codificadas e desmembradas nos seguintes níveis:

Leia mais

1. REGISTRO RESTRIÇÕES PARA ATUAR COMO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL. Falido:... Estrangeiro:... Médico:... Advogado:... Membros do legislativo:...

1. REGISTRO RESTRIÇÕES PARA ATUAR COMO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL. Falido:... Estrangeiro:... Médico:... Advogado:... Membros do legislativo:... 1 DIREITO EMPRESARIAL PONTO 1: Registro PONTO 2: Incapacidade Superveniente PONTO 3: Sociedade Empresária 1. REGISTRO Para fazer o registro, a pessoa deve estar livre de qualquer impedimento ou proibição.

Leia mais

Seja Bem-vindo(a)! AULA 1

Seja Bem-vindo(a)! AULA 1 Seja Bem-vindo(a)! Neste módulo vamos trabalhar os principais conceitos de Administração Pública que apareceram com mais frequência nas últimas provas. AULA 1 Estado, origens e funções Teoria Burocrática

Leia mais

SOCIEDADES COMERCIAIS

SOCIEDADES COMERCIAIS Legislação Societária / Direito Comercial Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 11 SOCIEDADES COMERCIAIS Sociedade comercial é a pessoa jurídica de direito privado, nãoestatal, que tem por objeto social

Leia mais

DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL

DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL A organização político administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal, e os Municípios, todos autônomos, nos termos

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO ESTADO DE PERNAMBUCO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete da Presidência INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 21, DE 24 DE SETEMBRO DE 2010

PODER JUDICIÁRIO ESTADO DE PERNAMBUCO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete da Presidência INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 21, DE 24 DE SETEMBRO DE 2010 PODER JUDICIÁRIO ESTADO DE PERNAMBUCO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete da Presidência INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 21, DE 24 DE SETEMBRO DE 2010 EMENTA: Dispõe sobre a participação de servidores ocupantes de cargos

Leia mais

INSTRUÇÃO CONJUNTA Nº 1, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2008

INSTRUÇÃO CONJUNTA Nº 1, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2008 SECRETARIA DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR INSTRUÇÃO CONJUNTA Nº 1, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2008 Estabelece critérios para a execução das atribuições legais da Secretaria de Previdência Complementar - SPC e da

Leia mais

Contribuição Sindical. Conceito

Contribuição Sindical. Conceito Contribuição Sindical Conceito A Contribuição Sindical é um tributo federal (art. 149 da CF), descontada em folha de pagamento e que deve ser recolhida compulsoriamente pelos empregadores, conforme estabelecido

Leia mais