POSIÇÃO REAL DO PLANO OCLUSAL NAS FOTOGRAFIAS INTRA-ORAIS EM CONSTRUÇÃO

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1 POSIÇÃO REAL DO PLANO OCLUSAL NAS FOTOGRAFIAS INTRA-ORAIS EM CONSTRUÇÃO Cléber Bidegain Pereira Silvia Bastos Sergio Lúcio Lopes Nas recomendações para fotografias, na ortodontia e ortopedia, o PADRÃO SPO ¹ recomendou, em boa oportunidade, a sistemática sugerida por Arnaldo Pinzan e outros para as fotografias intra orais com fins ortodônticos ² Esta sistemática era excelente, na época em que o ortodontista fazia, ele próprio suas fotografias. Posicionando o paciente com o Plano de Frankfurt na horizontal ( PHF) e a máquina fotográfica com as coordenadas, vertical e horizontal corretas, as fotografias intra-orais, assim tomadas, mostram a real posição do Plano Oclusal (PO) no espaço. Atualmente as fotografias não mais são feitas pelo ortodontista e sim por técnicos que, nem sempre têm a meticulosidade de bem posicionar paciente e máquina fotográfica. A não obediência precisa desta situação compromete a fidelidade da sistemática e a posição do PO pode não corresponder à realidade, como se comprova em imagens apresentadas em primorosos trabalhos, publicados em excelentes revistas indexadas, em que, com muita freqüência, ocorre inclinação do PO não correspondente a verdadeira. Exemplo nas imagens abaixo:

2 É freqüente imagens intra-orais mostrando inclinação do PO que não correspondem à realidade. Algumas vezes até bem diferente do real, como o exemplo acima, em que, na realidade mostrada pelo modelo gnatostático o PO está inclinado para um lado e nas fotografias mostradas está inclinado para outro. Cabe ao ortodontista, observando o paciente, corrigir a inclinação que mostra a fotografia de tal forma que seja a mesma do paciente. As facilidades de manipulação das imagens digitais possibilitam a rotação das fotografias efetuando a correção quando necessária. Carece este intento de informações sobre a real posição do PO, afim de que estas sejam transferidas para a correção da posição das fotografias. O propósito deste trabalho é sugerir maneiras de fazer esta correção, reproduzindo a posição real do PO para as fotografias, o mais próximo possível da verdadeira posição, tanto no sentido transversal quanto postero-anterior.

3 PLANO OCLUSAL NO SENTIDO TRANSVERSAL O ideal seria transferir a posição que se encontra nos modelos gantostáticos para a fotografia intra-oral, já que as modelagens, com fins gnatostáticos, são tomadas com arco facial que reproduz a exata posição do PO. Aqueles profissionais meticulosos, que em seus estudos de avaliação rotineiramente utilizam modelos gnatostáticos, devem transferir a posição dos modelos para as fotografias intra orais, o que se faz, com facilidade, usando os recursos atuais de manipulação das imagens. Porém, não se pode sugerir que os profissionais que não têm a rotina de modelos gnatostáticos passem a montá-los desta forma para observar a inclinação do PO. Para estes, outros meios mais fáceis devem ser empregados. O mais simples é fotografar o paciente com afastadores e abrangendo a face até a linha bipupilar.

4 Com os recursos da manipulação das imagens é possível transportar esta posição, com exatidão para as fotografias intra-orais com maior resolução. Basta colocar as fotografias lado a lado e carregar a linha da imagem da esquerda para a imagem intra-oral. Com maior precisão, Bastos e Pinzan, fotografam os pacientes mordendo uma espátula evidenciando, com mais clareza, a inclinação do PO no sentido transversal. Imagem do Dr. Pinzan, relatando as assimetrias faciais e inclinação do PO no sentido transversal. Toda a observação da face deve obedecer a uma sistemática, no caso seria o Plano de Frankfurt na horizontal que nas fotos considera-

5 se a linha bi pupilar. Se a face for observada e documentada em PNC a inclinação do PO apresenta-se com inclinação que em observação posterior não se terá parâmetros confiáveis, visto que a PNC pode ser diferente em momentos diferentes. Esta observação em roxo não faz parte do texto principal, ela é chamada por um link. Sabe-se que a face sempre é assimétrica, algumas mais outra menos, mas há algum grau de assimetria em todos nossos pacientes. As pálpebras e abertura dos olhos é um ponto em que se observam assimetrias, com freqüência. O globo ocular também pode ser assimétrico, mas em menor proporção. A linha bi pupilar é relativamente confiável, pelo menos é a mais confiável referência que temos nas fotografias de frente. O PHF continua sendo o ideal de observação, porém na fotografia onde não podemos apalpar o infraorbitário, não é de fácil determinação, salvo que se marque com lápis estes pontos na hora de fotografar. De qualquer maneira a linha bi pupilar continua sendo uma boa referência.

6 PLANO OCLUSAL NO SENTIDO POSTERO-ANTERIOR Imagens intra-orais completamente diferentes da realidade que mostram os modelos gnatostáticos onde a inclinação do PO é verdadeira. Esta falha na documentação fotográfica é grave, deve e pode ser corrigida com relativa fidelidade. A metodologia para isto é a transferência da linha representativa do PO nos modelos gnatostáticos para as fotografias. Outra metodologia, também relativamente precisa é transferir a linha do PO da telerradiografia para a fotografia intra-oral. Procedimento,da mesma forma simples utilizando-se os recursos de manipulação das imagens. Estas imagens, feitas em Centro de Documentação Ortodôntica, na simples observação, sugerem não fidelidade nas inclinações do PO. Além disto a proporção de tamanho entre as imagens laterais e a centrar está evidentes, sugerindo que estas fotografias não foram feitas seguindo os padrões e posicionamento de Pinzan.

7 A linha do PO na imagem inta-oral fotografada no Centro de Documentação mostra inclinação caudal, quando a telerradiografia mostra inclinação inversa. Este processo é de precisão relativa, visto que os lados direito e esquerdo algumas vezes não têm a mesma inclinação e esta é uma informação importante. Porem, serve para corrigir aberrações como a que mostrava a fotografia original do Centro de Documentação. Semelhante ao sistema de Pinzam e Bastos, mordendo uma haste no sentido transvesal do PO. Vamos investigar a colocação de haste de um lado e outro das arcadas dentárias, afim de avaliar e mostrar a inclinação do PO no sentido postero-anterior. REFERÊNCIAS: