A qualidade do emprego agrícola/ não agrícola entre os residentes rurais nas regiões metropolitanas brasileiras: Uma análise por gênero 2009.

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1 A qualidade do emprego agrícola/ não agrícola entre os residentes rurais nas regiões metropolitanas brasileiras: Uma análise por gênero Taciana Letícia Boveloni Ciências Econômicas Centro de Economia e Administração taci_boveloni@hotmail.com Nelly Maria Sansígolo de Figueiredo Desigualdades Sócio-econômicas e Políticas Públicas Centro de Economia e Administração nelly.figueiredo@puc-campinas.edu.br Resumo: O presente estudo visa analisar a qualidade do emprego na PEA rural com o objetivo de identificar as disparidades de gênero existentes nos vários aspectos que caracteriza a qualidade do emprego. Além do contraste por gênero, são estudadas as diferenças da qualidade do emprego quando o empregado vive no rural das regiões metropolitanas, comparativamente aos que vivem nas demais áreas rurais. O trabalho inclui; 1) uma investigação sobre as principais características socioeconômicas das pessoas ocupadas residentes no meio rural metropolitano e não-metropolitano segundo o gênero; 2) a identificação do perfil da ocupação dos trabalhadores - ocupação, posição na ocupação, setor de atividade, informalidade, rendimentos do trabalho - contrastando os resultados por gênero; 3) Cálculo de índices de qualidade do emprego,considerando três dimensões da qualidade do emprego- renda, formalidade e auxílios, contrastando as diferenças de gênero e tipo de rural. As informações básicas provêm dos microdados da PNAD de 2009, sendo analisados os ocupados na condição de empregado, residentes no meio rural do conjunto das 9 regiões metropolitanas oficialmente reconhecidas pelo IBGE (São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém) e seus respectivos estados. Os resultados mostram que a qualidade do emprego rural é pior para as mulheres e no rural nãometropolitano, e particularmente para as empregadas rurais da região não-metropolitana. Índices parciais da qualidade do emprego revelaram para a empregada rural uma alta taxa de informalidade e salários menore, quando comparados com os empregados de gênero masculino. Prevalece o trabalho feminino em setores de atividades em que prevalecem condições mais precárias,com grandes desvantagens em relação ao masculino, sobretudo no não-metropolitano. Palavras-chave: qualidade do emprego, mercado de trabalho rural, economia regional, gênero. Área do Conhecimento: Ciências Sociais aplicadas Economia Agrária CNPq. 1. INTRODUÇÃO Desde os anos 70 o setor agrícola passa por intenso processo de modernização da atividade agropecuária e expansão da fronteira agrícola, acompanhados pela intensificação dos fluxos migratórios principalmente em direção aos centros metropolitanos, acelerando a urbanização do país. O rural 1 brasileiro também mudou, pela diversificação das atividades econômicas que acontecem nesse espaço, que vão além da agropecuária, enquanto que a maior proximidade, acesso e comunicação com o meio urbano favoreceram o emprego de trabalhadores rurais no meio urbano (e vice-versa) bem como a adoção, no rural, de hábitos, padrões de consumo, culturais e valores antes considerados urbanos, caracterizando o que se denomina por novo rural brasileiro [3] Com relação ao trabalho feminino, tem sido observada uma crescente participação da mulher no mercado de trabalho brasileiro, com significativas mudanças no perfil da PEA feminina. Como apontado por BRUSCHINI [2], até os anos de 1970 a força de trabalho feminina era caracterizada por ser composta por jovens, solteiras e sem filhos, sendo que depois desse período passou a ser de mulheres mais velhas, casadas e mães. Porém a participação das mulheres prevalece nos empregos de má qualidade, e de salários mais baixos, comparativamente ao emprego masculino. Além disso, na PEA feminina a informalidade e o trabalho secundário são mais freqüentes, e a taxa de desemprego é maior [2]. No meio rural, as mulheres que tradicionalmente se ocupavam de atividades agrícolas e domésticas, quando deixam de atuar na agricultura, se direcionam para empregos não-agrícolas mais próximos à sua experiência anterior, principalmente o emprego de serviços domésticos, que representam ocupações 1 Não se deve confundir rural com agrícola. A idéia de rural está associada ao território enquanto que agrícola se refere ao setor de atividade. Uma síntese do debate sobre a definição e as características do rural pode ser encontrada em Kageyama [8]

2 com condições precárias de trabalho BALSADI [1]. Nesse contexto, estudos sobre o mercado de trabalho rural têm mostrado que a qualidade do emprego da PEA feminina está muito abaixo da masculina, tanto nas ocupações agrícolas como não-agrícolas, como mostra Balsadi para a década de 1990 [1]. Nesse contexto, este trabalho trata das disparidades de gênero na PEA rural em 2009, focalizando dois espaços rurais: o rural metropolitano de nove regiões metropolitanas brasileiras oficialmente reconhecidas pelo IBGE e o espaço rural não-metropolitano, compostos pelas demais áreas rurais das Ynidades da Federação (UF) a que pertencem as metrópoles estudadas. O rural das regiões metropolitanas possui características específicas, pela integração com o espaço urbano. Nesse aspecto, pode-se esperar que uma maior proximidade aos centros urbanos influencie favoravelmente nas condições de trabalho e renda para os trabalhadores rurais metropolitanos, pela maior diversificação de oportunidades de ocupação nas metrópoles. É esperado, também, que as disparidades de gênero no mercado de trabalho sejam menos intensas no rural metropolitano, tendo em vista que o ambiente urbano concorreria para uma maior formalização do trabalhador, favorecendo critérios mais objetivos de valoração do trabalho, independente do gênero. Dessa forma, busca-se analisar as diferenças de disparidades de gênero no rural metropolitano x rural metropolitano do Brasil. A qualidade do emprego nesta pesquisa é estudada com base em índices de qualidade do emprego apresentados em Balsadi [1]. 2. METODOLOGIA Fonte de dados O estudo é desenvolvido para o conjunto das nove regiões metropolitanas brasileiras oficialmente reconhecidas pelo IBGE, as quais são pesquisadas pela PNAD: Belém, Recife, Fortaleza, Salvador, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre. Esse espaço é caracterizado, neste estudo como rural metropolitano. Complementarmente, é estudada s demais áreas rurais das unidades federativas a que pertencem essas regiões metropolitanas, resultando no que se denomina neste estudo por rural não-metropolitano. A base de dados é fornecida pelos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (BGE). As análises estatísticas são feitas ponderando-se os dados pelos fatores de expansão (peso da pessoa) fornecidos pela PNAD para cada ano, sendo que a extração das amostras e a análise estatística exploratória dos dados foram desenvolvidas com o apoio do software SPSS. A classificação do domicílio por situação rural e urbana pela PNAD segue a classificação legal à época da realização do Censo Demográfico. Na presente pesquisa a população rural compreende os residentes nas 5 localizações de rural disponibilizadas na PNAD: 1) aglomerado de extensão urbana, localizados fora do perímetro urbano, de caráter urbano; 2) povoado, que é o aglomerado rural isolado que oferece um número mínimo de serviços ou equipamentos; 3) núcleo, que é o aglomerado rural isolado de caráter privado ou empresarial, vinculado a um único proprietário do solo que dispõe de serviços e equipamentos; 4) outros aglomerados que não dispõem de um mínimo de serviços ou equipamentos; 5) área rural exceto aglomerado [6: p.10]. São estudados os indivíduos ocupados com 10 anos ou mais de idade residentes no rural. O IBGE apresenta as seguintes categorias de ocupação: empregado (pessoa que trabalha para um empregador, com carteira assinada ou não, sendo que os empregados domésticos são tratados como uma categoria distinta); conta-própria (trabalha conduzindo seu próprio empreendimento, sem ter empregado remunerado); empregador (trabalha no próprio empreendimento, com pelo menos um empregado remunerado); trabalhador não-remunerado (membro da família ou não); trabalhador na produção para o próprio consumo; e trabalhador na construção para o próprio uso [7: p.12]. Na análise da qualidade do emprego são considerados apenas os trabalhadores ocupados na posição de empregados, seguindo o procedimento de outros trabalhos sobre o assunto [1, 4]. Isso se justifica porque para conta-própria, empregadores e os ocupados atividades de autoconsumo e autoconstrução se torna difícil caracterizar as ocupações exercidas e avaliar a qualidade do emprego nessas situações. Pela mesma razão foram eliminados os empregados com atividades mal definidas. Diferentemente dos autores supracitados, o trabalho inclui todos os trabalhadores não-remunerados, independente da jornada de trabalho exercida, resultando nas amostras da Tabela 1. Tabela 1. Empregados rurais segundo o gênero e tipo de área rural em 9 UF. Brasil (a)., Feminino Masculino N-Metrop Metrop N-Metrop Metrop Empregados % c/ rend. positivo. 55,2 91,1 78,6 96,6 % não-remunerado 44,8 8,9 21,4 3,4

3 Indicadores socioeconômicos estudados Como indicadores socioeconômicos deste estudo são considerados: ocupação ( ocupados e não ocupados dentro da PEA), posição na ocupação no trabalho principal, setor de atividade no trabalho principal, escolaridade média, taxa de alfabetização, grau de formalização no trabalho. Com relação à renda, é analisado o rendimento no trabalho principal do empregado e demais fontes de rendimento, notando-se que, segundo (Figueiredo et al., 2011), com base na PNAD2009, 95,5% empregados rurais tinham apenas um trabalho, e o trabalho principal contribuía com 96,9% do rendimento total de todos os trabalhos, e com 86,0% do rendimento de todas as fontes. Também são calculadas as proporções de empregados que recebem menos que 1 salário mínimo (SM) ou R$465,00 por mês, ½ SM (R$232,50) e ¼ SM (R$116,25). Para estudar a desigualdade da distribuição dos rendimentos do trabalho principal nos grupos estudados são calculadas medidas do índice de Gini, baseadas em Hoffmann [5]. Indices de Qualidade de Emprego: Para analisar a qualidade do emprego, são adotados os critérios utilizados por Kageyama e Reher (1993), e apresentados em Balsaldi [1] e Figueiredo et al.[4]. As características do emprego são desenvolvidas tomando como base o trabalho principal. São calculados primeiramente três índices parciais de qualidade do emprego que expressam três dimensões: grau de formalidade no emprego (IP_FORMAL); rendimento no trabalho principal (IP_REND) e auxílios recebidos pelo empregado na execução do trabalho principal (IP_AUX) 2. A partir desses índices parciais, são propostos três índices de qualidade do emprego (IEQ) apresentados abaixo: IQE = 1/3 IP_FORMAL + 1/3 IP_REND + 1/3 IP_AUX IQE* = 0,4 IP_FORMAL + 0,4 IP_REND + 0,2 IP_AUX IQE**= 0,3 IP_FORMAL +0,5 IP_REND + 0,2 IP_AUX 3. RESULTADOS Setor de atividade Pelos resultados da Tabela 2, quando não ocupada na agricultura, a empregada rural trabalha no setor de serviços, com grande participação nos serviços domésticos. Entre empregados de gênero masculino existe maior diversificação nas ocupações, com particiação mais expressiva da indústria e da construção. Comparando-se as duas regiões resulta que no 2 As variáveis utilizadas no cálculo dos índices parciais são apresentadas nas tabelas de resultados rural metropolitano a agricultura absorve 14,3% dos homens e 8,2% das mulheres empregadas enquanto que no rural não metropolitano a agricultura é responsável pelo emprego de 50% empregadas mulheres e 68,3% dos empregados. A maior ocupação no setor de serviços e nos serviços domésticos contribui para menores rendimentos entre elas, já que nestes h as condições do emprego são mais precárias. Tabela 2. Empregados rurais segundo o setor de atividade, por gênero e tipo de área rural em 9 UF. Brasil (a)., Setor de atividade (%) Feminino N-Metrop Metrop Masculino N-Metrop Metrop Agricultura 50,0 8,2 68,3 14,3 Indústria 6,3 12,7 9,6 20,0 Construção 0,1 0,4 5,2 12,0 Serviços 43,5 78,7 16,9 53,7 Serviços domésticos 16,8 30,2 2,0 6,3 (b) PA, CE, PE, BA, RJ, MG, SP, PR e RS. Escolaridade e rendimento 100,0 100,0 100,0 100,0 A Tabela 3 apresenta resultados para a escolaridade e o rendimento médio no trabalho principal e sua distribuição. Com relação à escolaridade, as mulheres têm em média mais anos de estudo do que os homens. Também apresentam maior grau de alfabetização. Isso acontece quando são comparados os dois gêneros dentro do mesmo tipo de rural. Comparando os resultados por tipo de rural, nota-se que a escolaridade média é superior no rural metropolitano para ambos os gêneros, com a média de 8 anos de estudo para as mulheres diante de 7,4 anos para os homens. Tabela 3. Escolaridade e Distribuição dos Rendimentos no trabalho principal, para os empregados rurais segundo o gênero e tipo de área rural em 9 UF. Brasil (a) Escolaridade N_Metr Metrop N_Metr Metrop Anos estudo 6,3 8,0 5,2 7,4 Total % Alfabetizados 88,0 95,6 81,9 94,0 85,4 Rendimento R-TPrinc (R$) 253,3 614,1 429,4 858,1 400,2 % c/ Rend. < 1 SM 69,3 26,3 51,3 14,1 54,4 % c/ Rend. < ½ SM 61,5 16,6 34,3 6,3 41,5 % c/ Rend. < ¼ SM 52,3 10,8 25,6 4,3 33,1 % c/ Rend. = 0 44,8 8,9 21,4 3,4 28,0 Índice de Gini 0,666 0,381 0,489 0,357 0,547 5,8

4 Com relação ao rendimento no trabalho principal, em média os homens empregados recebem rendimentos mais altos do que as mulheres: 70% a mais no rural não-metropolitano e 40% a mais no não metropolitano, apesar da maior escolaridade média das mulheres. Nota-se a grande proporção de mulheres com rendimento zero no trabalho principal, em especial no rural não-metropolitano (quase 45%). O rendimento de quase 70% da s empregadas rurais não alcançava 1 SM no rural não-metropolitano. A situação é menos crítica no rural das metrópoles, mas mesmo assim, cerca de ¼ das empregadas recebiam menos de 1 SM. Esse padrão se repete para as linhas de ½ e ¼ de salário mínimo: maior proporção de mulheres que não tingem esses patamares, e situação mais crítica no rural não-metropolitano. Os resultados sobre a desigualdade da distribuição de renda fornecidos pelo Índice de Gini (G) indicam que ocorre maior desigualdade de renda para as mulheres do não-metropolitano, com G=0,666 (neste grupo 44% têm rendimento zero). De uma maneira menor, os rendimentos são pior distribuídos nos grupo de empregadas e no rural não-metropolitano. Informalidade no emprego Entre os empregados rurais, a formalização no emprego é quando homens e no rural metropolitano. Pela Tabela 4, aproximadamente 67% dos empregados do rural metropolitano tinham carteira assinada, contra 55,7% das empregadas do mesmo tipo de rural, ou seja, nesse rural a proporção de homens com carteira é 20% maior do que as mulheres. No rural não-metropolitano a diferença na ofrmalização chega a 39%, com apenas 23,5% das empregadas com carteira assinada, contra 33,1% doe empregados homens. Portanto, as mulheres empregadas rurais nesses dois espaços sofrem de maior insegurança no emprego e menor acesso aos benefícios da seguridade social. Com relação aos que contribuem para a previdência, o empregado do rural metropolitano está em maior proporção, com 69,3%. Em contraste, encontram-se as mulheres do não-metropolitano, com 32,4%. Considerando os dois cortes regionais conclui-se que a formalização é maior no rural metropolitano, porém, nesse espaço as diferenças pro gênero ainda estão presentes, se bem que de forma menos aguda do que no rural não-metropolitano. Outro aspecto ligado à informalidade é a presença do trabalho infantil. Pela mesma Tabela 4 nota-se que neste aspecto as empregadas levam vantagens já que maior proporção de empregados têm mais de 15 anos de idade. No rural metropolitano a ocupação de menores também é menos frequente do que no rural metropolitano. Com relação à carga horária de trabalho novamente as mulheres apresentam vantagens, pela maior proporção delas que trabalham dentro do intervalo de 15 a 44 horas semanais. Os empregados homens apresentam maior sobrecarga de trabalho no mercado de trabalho: 34%dos empregados no rural nãometropolitano e 41% do rural metropolitano trabalham mais de 44 horas/semana. Para as empregadas esses números são 15% e 22%, respectivamente. Em compensação, as mulheres trabalhem mais horas em afazeres domésticos. Indices de qualidade no emprego A Tabela 4 fornece ainda o valor do índice parcial de formalidade (IP_FORMAL), que é o resultado das proporções dos indicadores para cada grupo estudado. Pelos valores do Índice Parcial de Formalidade, os empregados a região não-metropolitana estão em desvantagem com relação à metropolitana, enquanto que as mulheres da primeira região possuem um índice de 56,9 enquanto que na segunda elas apresentam o valor de 72,2 para esse índice de 72,2. Ao comparar o índice para os dois gêneros, ocorre uma pequena diferença entre eles, porém, para o item mais importante, que é ter carteira assinada, as mulheres estão em clara desvantagem Tabela 4. Índice Parcial de Formalidade e seus componentes para os empregados rurais segundo o gênero e tipo de área rural em 9 Unidades da Federação. Brasil (a)., 2009 N_Metr Metrop N_Metr Metrop Médial Carteira_assinada 23,8 55,7 33,1 66,9 32,7 Contrib. previdência 32,4 60,0 36,4 69,3 37,9 Idade_maior15 96,8 99,5 93,9 98,5 95,4 15 a < 45 h/semana 74,5 73,7 61,2 57,0 66,2 ÍP_FORMAL 56,9 72,2 56,2 72,9 58,1 O Índice Parcial de Rendimento (IP_REND) e seus componentes são apresentados na Tabela 5. O Rendimento padronizado foi calculado de forma a atribuir valor zero ao menor rendimento médio no trabalho principal (feminino não-metropolitano) e 100 ao maior valor observado (masculino metropolitano). O valor do índice parcial de rendimento para os homens da região metropolitana é 88, enquanto que para as mulheres dessa mesma região é de 59,1, ou seja, uma divergência de 28,9 pontos. As diferenças também são grandes na comparação por gênero no rural não-metropolitano (22,2 pontos). Ou seja, as mulheres empregadas rurais encontram-se em situação

5 menos favorável do que os homens nos dois tipos de espaço rural. Tabela 5. Índice Parcial de Rendimento no trabalho principal e seus componentes para os empregados rurais segundo o gênero e tipo de área rural em 9 Unidades da Federação. Brasil (a)., 2009 N_Metr Metrop N_Metr Metrop Média R-TPrinc padronizado 0,0 59,7 29,1 100,0 24,3 % c/ R-TPrinc > 1 SM 18,3 58,5 33,5 76,0 31,7 ÍP_REND 9,1 59,1 31,3 88,0 28,0 Com relação aos auxílios (Tabela 6), uma maior proporção de empregadas rurais recebe auxilio transporte e alimentação, enquanto entre que os empregados, é mais frequente o auxílio moradia. Os valores do índice de auxílios no rural não-metropolitano mostram que a proporção de mulheres do rural metropolitano que recebem auxílios é em média maior, podendo-se associar esse fato à ocupação feminina principalmente nos serviços domésticos. Em comparação, o índice parcial de auxilio para as empregadas rurais não-metropolitanas é de 13,4, em que o componente mais importante é o auxilio alimentação. Já para os homens, o índice parcial de auxílios também é superior na região metropolitana, com 26,8, sendo que o componente mais importante é o auxilio transporte. Portanto, o índice parcial de auxílios revela que as mulheres são a maioria dos que recebem auxílios, principalmente na região metropolitana. Tabela 6. Índice Parcial de Auxílios e seus componentes para os empregados rurais segundo o gênero e tipo de área rural em 9 UF. Brasil (a)., 2009 N_Metr Metrop N_Metr Metrop Média Auxílio moradia 10,0 5,5 23,0 8,6 17,4 Auxílio alimentação 31,4 60,0 25,7 50,7 31,0 Auxílio transporte 16,8 61,6 14,5 51,8 20,5 Auxílio educação 1,3 2,9 0,9 1,9 1,2 Auxílio saúde 7,5 18,8 7,2 20,8 8,9 ÍP_AUX 13,4 29,8 14,2 26,8 15,8 Dos três índices parciais apresentados acima são calculados três índices gerais, que variam conforme o peso dado a cada índice parcial. Pela Tabela 7 notase que no geral, o Índice de Qualidade no Emprego revela que as mulheres da região não-metropolitana estão em situação desfavorável na qualidade do emprego dado pelas três medidas propostas. Em segundo lugar estão os homens dessa mesma região. Em contraste com o baixo índice das mulheres, estão os homens da região metropolitana que apresentaram valores elevados para os três IQE do período estudado. Assim, permanece a visão do trabalho feminino secundário, pouco valorizado, caracterizado por remunerações inferiores e maior informalidade. Mesmo que as mulheres tenham melhorado sua posição no mercado de trabalho brasileiro, persistem graves disparidades associadas à qualidade do emprego. Tabela 7. Índices de Qualidade no Emprego para os empregados rurais segundo o gênero e tipo de área rural em 9 UF. Brasil (a)., 2009 N_Metr Metrop N_Metr Metrop Médial IQE 26,5 53,7 33,9 62,6 34,0 IQE* 29,1 58,5 37,8 69,7 37,6 IQE** 24,3 57,2 35,4 71,2 34,6 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Estudos sobre a desigualdade de gênero no mercado de trabalho rural têm apontado para grandes disparidades nos rendimentos dos trabalhadores, no grau de formalização no emprego e na qualidade do emprego rural, situando-se a mulher trabalhadora em uma condição de precariedade em todos esses aspectos. Também têm mostrado, assim como neste trabalho, que a mulher tem maior grau de instrução, está mais presente no mercado de trabalho na posição de empregada, e nas atividades de prestação de serviços domésticos e serviços sociais e coletivos. Este trabalho buscou contribuir para o estudo das disparidades de gênero na qualidade do emprego rural, incorporando uma dimensão espacial à análise. Ou seja, busca comparar a qualidade do emprego das mulheres e homens em dois espaços rurais metropolitano e não-metropolitano buscando destacar as disparidades de gênero entre esses dois espaços. Os resultados apontaram que as empregadas rurais da região não-metropolitana estão em pior situação do que os homens, assim como com relação às empregadas do rural metropolitano. Em geral as empregadas rurais apresentam maior escolarização e grau de alfabetização que os homens empregados, porém, os rendimento delas são inferiores aos deles. O setor de atividade em que se ocupam as empregadas rurais e a formalização no trabalho são fatores que contribuem para as disparidades de rendimento. Este trabalho comprovou que elas apresentam me-

6 nor formalização e quando ocupadas fora da agricultura, estão inseridas principalmente no setor de serviços, grande parte ocupadas em prestação de serviços domésticos. Justamente onde ocorre maior informalidade no trabalho. Desse conjunto de fatores resultam índices de qualidade no emprego que expressam que a mulher do rural não-metropolitano tem pior qualidade no emprego. NO rural não metropolitano, o valor do IQE para elas equivale a 78% do encontrado para os homens nesse mesmo rural. E no rural metropolitano a diferença é de 86%. Esse mesmo padrão é observado quando se comparam os valores dos demais índices, o que leva às seguintes conclusões deste trabalho: Em geral, a qualidade do emprego é pior para as mulheres empregadas rurais, comparativamente aos empregados de gênero masculino; A qualidade no emprego feminino é pior no rural não-metropolitano, determinada predominantemente pela informalidade e baixa remuneração; Da comparação entre regiões conclui-se que a qualidade no emprego é mais baixa no rural nãometropolitano, pelas mesmas razões anteriores;e, Finalmente, as disparidades de gênero na qualidade do emprego são maiores no rural metropolitano. Portanto, além de comprovar também para 2009 que para as mulheres rurais empregadas o emprego é de pior qualidade, comparativamente aos homens rurais empregados, este trabalho apontou que o rendimento no trabalho e a informalidade são fatores importantes para determinar as diferenças encontradas. Conclui-se também que as diferenças por gênero são maiores no rural metropolitano. Em geral, confirmou-se, com relação à qualidade do emprego rural, que as mulheres continuam ocupando uma posição secundária no mercado de trabalho. REFERÊNCIAS [1] BALSADI, Otavio V. Características do Em-prego rural no estado de São Paulo nos anos 90. Campinas:Unicamp, 2000 (dissertação de mestrado) [2] BRUSCHINI, M. C. A. (2007) Trabalho e gênero no Brasil nos últimos dez anos. Cadernos de Pesquisa, v.37, n 132, p set/dez.. [3] CAMPANHOLA, Cesar Píeres; GRAZIANO DA SILVA, José (orgs) O novo rural brasileiro. Brasília:Embrapa, v.3. [4] FIGUEIREDO, N. M. S. de; BRANCHI, B. A.; SAKAMOTO, C. S. (2010) evolução da qualidade do emprego rural no Brasil e regiões entre 2004 e 2009 sob uma perspectiva de gênero. In: A- nais do XII Encontro Nacional da ABET. João Pessoa (PB), 21 a 23 de setembro de [5] HOFFMANN, R. (1998) Distribuição da renda: medidas de desigualdade e pobreza. São Paulo: Edusp. [6] INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Notas Técnicas, v.28, Rio de Janeiro, [7] INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Microdados (CD), Rio de Janeiro, [8] KAGEYAMA, Angela Desenvolvimento Rural. Conceitos e Aplicação ao caso brasileiro. Porto Alegre: Editora da UFRGS. [9] KAGEYAMA, Angela ; REHDER, Paulo. O bemestar rural no Brasil na década de oitenta. Revista de Economia e Sociologia Rural. Brasília, v.31, n.1. p AGRADECIMENTOS Agradeço a Profa. Nelly pelo ensinamento, oportunidade, orientação e repeito, contribuindo para a minha formação. Muito obrigada.

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