UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE LETRAS OS PROCESSOS ANAFÓRICOS NO GÊNERO RELATO ESPORTIVO MARGARETH ANDRADE MORAIS

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE LETRAS OS PROCESSOS ANAFÓRICOS NO GÊNERO RELATO ESPORTIVO MARGARETH ANDRADE MORAIS RIO DE JANEIRO JULHO DE 2012

2 2 OS PROCESSOS ANAFÓRICOS NO GÊNERO RELATO ESPORTIVO MARGARETH ANDRADE MORAIS Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Letras (Letras Vernáculas), Faculdade de Letras, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Letras Vernáculas, na Área de Concentração Língua Portuguesa. Orientador: Profa. Dra. Leonor Werneck dos Santos. Rio de Janeiro Julho de 2012.

3 4 OS PROCESSOS ANAFÓRICOS NO GÊNERO RELATO ESPORTIVO MARGARETH ANDRADE MORAIS Orientador: Profa. Dra. Leonor Werneck dos Santos Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Letras (Letras Vernáculas), Faculdade de Letras, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Letras Vernáculas, na Área de Concentração Língua Portuguesa. Examinada por: Profa. Dra. Leonor Werneck dos Santos (presidente) Profa. Dra. Mônica Magalhães Cavalcante (UFC) Profa. Dra. Maria Eduarda Giering (UNISINOS) Profa Dra. Deise Santos (UFRJ Suplente) Profa. Dra. Regina de Souza Gomes (UFRJ Suplente) Rio de Janeiro Julho de 2012

4 5 MORAIS, Margareth Andrade. Os processos anafóricos no gênero relato esportivo / Margareth Andrade Morais Rio de Janeiro: UFRJ / FL, V, 144f. Orientador: Leonor Werneck dos Santos. Dissertação (mestrado) UFRJ / Faculdade de Letras / Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas / Língua Portuguesa, Referências Bibliográficas: f Referenciação. 2.Gênero. 3.Linguística Textual. I. SANTOS, Leonor Werneck. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Letras, Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas. III. Os processos anafóricos no gênero relato esportivo.

5 6 AGRADECIMENTOS Antes de tudo, agradeço a Deus pela força que me fez seguir em frente em todos os momentos da minha vida. Ao meu pai (in memoriam), exemplo pra toda minha vida, que, mesmo na ausência se fez presença. Ao Sr. José Carlos Morais (e minha mãe, é claro) devo tudo o que sou hoje. A minha mãe, por ser essa pessoa de extrema generosidade, coisa que nunca vi igual. Com seu constante sorriso e colo acolhedor, faz com que tudo pareça muito mais fácil do que é. A minha querida irmã, Marcia, minha melhor amiga desde sempre, colega de mestrado, de profissão e de tudo mais! Obrigado pelo estímulo e por estar do meu lado sempre. Aos meus amigos pela alegria de sempre: Alane, Provietti, Sinézio, Nilze e todos os outros. Ao Thiago, meu cunhado querido, pois sem ele eu nunca saberia que o Fágner é lateral-direito. Aos meus amigos Elma e Carlos Iberê, pelo apoio e toda força que dispensaram a mim nessa caminhada. Aos meus alunos que estão na torcida, por serem um dos motivos pelos quais me aventuro ainda mais na busca pelo conhecimento. À Leonor Werneck, minha querida orientadora: esta dissertação é apenas a parte visível de tudo o que fez por mim. Exemplo de professora, foi com ela que aprendi o que é ser professora de Língua Portuguesa. Obrigada! Ao meu marido, Leandro, companheiro de toda uma vida, pela paciência infinita, por entender o meu cansaço e a minha ausência nos momentos mais tensos e por todo seu amor que torna a minha vida completa. Ao meu sogro, Alberto, pelas conversas agradáveis sobre futebol! Agradeço também à profa. Mônica Cavalcante pela generosidade nas sugestões dadas a este trabalho.

6 7 Tudo é teu, que enuncias. Toda forma nasce uma segunda vez e torna infinitamente a nascer. O pó das coisas ainda é um nascer em que bailam mésons. E a palavra, um ser esquecido de quem o criou; flutua, reparte-se em signos Pedro, Minas Gerais, beneditino para incluir-se no semblante do mundo. O nome é bem mais do que o nome: o além da-coisa, coisa livre de coisa, circulando. E a terra, palavra espacial, tatuada de sonhos, cálculos. Carlos Drummond de Andrade

7 8 SINOPSE Análise do fenômeno da referenciação em relatos esportivos sob a ótica da Linguística de Texto.

8 9 RESUMO OS PROCESSOS ANAFÓRICOS NO GÊNERO RELATO ESPORTIVO Margareth Andrade Morais Orientador: Leonor Werneck dos Santos Resumo da Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas, Faculdade de Letras, da Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Mestre em Letras Vernáculas (Língua Portuguesa). O presente trabalho trata da referenciação em relatos esportivos, analisando-os a partir do aparato teórico da Linguística de Texto. Os objetivos deste trabalho consistem em verificar os processos de referenciação mais frequentes nesse gênero e em que medida esses processos podem ser orientados por um gênero textual específico. Tendo em vista tais objetivos, será priorizada uma abordagem que integre os processos de referenciação ao estudo dos gêneros, observando como as formas de referenciação são importantes para a progressão temática dos textos, indicando como enunciador e coenunciador trabalham juntos para obter o sucesso no processo de comunicação. Pretendemos demonstrar ainda como o relato esportivo depende, para sua interpretação, do conhecimento de mundo compartilhado, o que pode ser percebido através das marcas de referenciação. Para isso, foram analisados 40 relatos esportivos retirados dos jornais Lance! e Marca e, a partir dessa análise, foram sistematizados os recursos mais frequentes e sua possível relação com o gênero relato esportivo.. Palavras-chave: Referenciação, gênero textual, relato esportivo, conhecimento de mundo.

9 10 ABSTRACT ANAPHORIC PROCESSES IN THE GENRE SPORTS REPORTING Margareth Andrade Morais Advisor: Leonor Werneck dos Santos Abstract of Master s Thesis presented to Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas, Faculdade de Letras, da Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ, as a partial fulfillment of the requirements for the degree of Master of Portuguese. The present work deals with referenciation resources for sports reports, analyzing them from the theoretical apparatus of Textual Linguistics. The objectives of this research is to verify the referenciation processes frequently this genre and to what extent these processes can be guided by a specific genre. We tried to investigate, then, if this genre requires certain forms of identification. In view of these objectives will be prioritized an approach that integrates the processes of referenciation to the study of genres, observing the forms of referencing are important to the thematic progression of texts, showing how co-enunciator enunciator and work together to succeed in the communication process. For this, we analyzed 40 reports taken from newspapers Lance sports! and Marca, and from this analysis, the resources were systematically more frequent and their possible relationship to gender sports reporting. Keywords: genres, shared knowledge, referenciation, reporting sports.

10 11 SUMÁRIO Introdução TEXTO E REFERENCIAÇÃO O texto como lugar de interação Noções sobre referenciação A relação entre as palavras e o mundo Referenciação e objetos de discurso A recategorização dos referentes As formas de construção dos objetos de discurso e sua implicação para progressão referencial Classificação dos processos referenciais GÊNEROS TEXTUAIS: CONCEITUAÇÃO E ESPECIFICIDADES O que entendemos por gênero Gênero Relato esportivo O JORNALISMO ESPORTIVO Um pouco sobre o jornalismo esportivo O estilo dos jornais e a linguagem da imprensa esportiva O RELATO ESPORTIVO EM ANÁLISE Anáforas diretas recategorizadoras Epítetos: um caso especial de anáfora direta Expressões metafóricas Anáforas prospectivas Anáforas indiretas propriamente ditas... 87

11 Anáforas encapsuladoras Aprofundando a discussão A referenciação no relato esportivo: cruzando dados CONSIDERAÇÕES FINAIS BIBLIOGRAFIA ANEXOS

12 13 INTRODUÇÃO Acompanhando os avanços da Linguística Textual acerca dos processos de referenciação e sua importância para a textualidade, pretendemos, nesta pesquisa, analisar os processos referenciais anafóricos tendo em vista seu uso em determinado gênero: o relato esportivo. A motivação para esse trabalho nasceu do interesse em estudar a referenciação devido a sua importância para os estudos do texto, analisando as transformações e mudanças pelas quais passam os referentes e sua contribuição para os propósitos comunicativos dos textos. Esses mecanismos são importantes para a progressão temática, recuperação e construção dos sentidos, uma vez que os processos referenciais colaboram para a compreensão e mostram como os enunciadores trabalham juntos para obter sucesso no processo de comunicação, além de apresentarem uma série de funções discursivas de grande relevância para a construção do texto. Acreditamos em uma concepção de referenciação que vai além da simples rotulação de elementos presentes no mundo (cf. CAVALCANTE, 2011), por isso defendemos nesta pesquisa que os processos de referenciação são construídos na interação, tendo como base atividades cognitivas, sociais e o próprio entorno discursivo em que os falantes se encontram. Para nós, todos esses aspectos, incluindo as marcas linguísticas, apresentam igual importância dentro do processo de referenciação. Há muitos estudos sobre os processos de referenciação, tema a que têm se dedicado muitos estudiosos, porém ainda são poucos os estudos que procuram relacionar as formas de referenciação ao gênero no qual tais processos ocorrem. Os gêneros, uma vez que emergem e estabilizam determinadas práticas sociais, utilizam formas linguísticas na sua construção. Por isso, procuraremos também relacionar ao gênero relato esportivo os processos referenciais. Assim, para a presente pesquisa, cujos objetivos são verificar os mecanismos referenciais em relatos esportivos e descrever de que forma o gênero pode orientar a escolha dessas formas de referenciação, inicialmente, foram detectados os seguintes problemas: (1) de que forma ocorre a referenciação em relatos esportivos? (2) De que maneira tal gênero pressupõe certas formas de referenciação? A fim de responder a esses questionamentos, levantamos as seguintes hipóteses:

13 14 O gênero relato esportivo tem a sua interpretação bastante atrelada ao contexto sociocognitivo, sendo um fator importante para a compreensão desse gênero; Há, nesse gênero, uma preferência para o uso de anáforas diretas recategorizadoras em relação às outras formas de referenciação, apelando fortemente ao entorno cognitivo dos enunciadores; Para tentar elucidar as questões acima, o alicerce teórico em relação à referenciação tem como base Mondada e Dubois (2003) que estudam a referenciação como um processo colaborativo de construção que emerge da negociação dos sujeitos, posição corroborada no Brasil por Marcuschi (2008), Koch (2002, 2005 e 2006) e Cavalcante (2011), dentre outros. Concordamos com tais autores quando afirmam que a noção de referência não se restringe à equivalência das palavras aos elementos do mundo, mas abrange o fenômeno de uma construção conjunta de objetos cognitivos e discursivos, sempre tendo em vista as intenções dos sujeitos presentes na interação e seu contexto sócio-histórico. As entidades nomeadas, portanto, são vistas como objetos de discurso e não como objetos de mundo; desse modo os objetos são dinâmicos e não estáticos, podendo ser construídos, reconstruídos, recategorizados, contribuindo, assim, para o desenvolvimento e progressão dos textos. Adotamos também o posicionamento de Cavalcante (2011), para quem os processos de referenciação não podem ser analisados somente pelo prisma da manifestação de expressões referenciais para serem introduzidos no universo do discurso; concordamos com a autora quando ela defende que o objeto de discurso vai sofrendo transformações a partir da ação dos interlocutores sobre ele, podendo já estar disponível no entorno discursivo. Isso poderá ser verificado no corpus analisado, pois, ao pensarmos em futebol, todo um contexto cognitivo é ativado trazendo possíveis referentes à memória discursiva dos leitores. Também são pressupostos básicos desta pesquisa os estudos de Koch sobre o conceito de que todo texto contém marcas deflagradoras de pistas que orientam o leitor no seu percurso de construção de sentido. Portanto, a noção de texto aqui empreendida levará em conta que a construção de sentidos no texto não ocorre apenas pela sua materialidade linguística, como simples resultado de escolhas lexicais ou sintáticas, mas como marcas enunciativas, como ações dos sujeitos na sua relação com e sobre o

14 15 mundo. Deste modo, o texto não é um produto acabado, mas contém pistas que permitirão ao leitor percorrer caminhos na construção dos sentidos no texto. Outro pilar de sustentação desta pesquisa funda-se no estudo dos gêneros textuais. Baseamos esse conceito nos estudos de Bakhtin (2003[1929]), tendo em vista a sua definição de gênero como tipos relativamente estáveis de enunciado, compostos por uma estrutura composicional, estilo e conteúdo temático, assim como adotamos as contribuições de Marcuschi (2008) e Bhatia (2009). A fim de concretizar tais ideias, foram escolhidos como corpus vinte relatos esportivos extraídos do Jornal Lance!, durante a realização da Copa do Mundo de Futebol, em junho/julho de 2010, e vinte relatos do jornal Marca, referentes ao Campeonato Carioca de Embora tenham sido recolhidos 40 relatos de jogos da Copa do Mundo e 56 do Campeonato Carioca e separamos como amostra de análise vinte relatos de cada jornal, que se encontram numerados de 1 a 20, tendo como referência a letra inicial do nome do Jornal do qual foram retirados, por exemplo, L1 significa que se trata do relato número 1, do jornal Lance!. Esses relatos estarão ao final da dissertação como anexos. O tratamento qualitativo dos dados observará a forma como as estratégias referenciais se inserem no relato e quais são seus papéis textuais-discursivos, mas também quantificaremos as ocorrências para verificar que tipo de recurso foi mais empregado, tentando justificar esse possível predomínio. No primeiro capítulo, faremos um breve panorama sobre as bases teóricas desta pesquisa, como a noção de texto e de referenciação, partindo, resumidamente, dos seus estudos iniciais, que defendiam uma estabilidade entre o nome e seu referente no mundo, para chegarmos ao que se entende por referenciação hoje: uma atividade que, como já dissemos, não consiste em colocar etiquetas sobre os elementos presentes no mundo, mas reconstruí-los através do discurso. Ainda nesse capítulo, trataremos da noção de texto e progressão textual e abordaremos a questão da construção conjunta dos referentes com um exemplo de trecho retirado de um relato esportivo. No segundo capítulo, consideraremos os estudos sobre os gêneros e trataremos do relato esportivo, caracterizado como um gênero do domínio do relatar, de acordo com Dolz e Schneuwly (2004). Demonstraremos também sua composição e a forma como aparecem nos jornais. Após esse breve panorama, teceremos alguns comentários

15 16 sobre o jornalismo esportivo, já que tal gênero pertence a essa categoria, e discorreremos sobre o estilo dos dois jornais, bem como sobre a linguagem esportiva. As reflexões propostas no terceiro capítulo, além de estabelecerem o que entendemos por gêneros textuais, propõem-se a apresentar o gênero relato esportivo, a forma como aparece nos jornais, e a contextualizar ainda o histórico do tratamento dos esportes dentro dos jornais, uma vez que tais publicações destinam-se a um público específico e podem não ser conhecidas por todos. Já o quarto capítulo inicia a análise propriamente dita, começando com apontamentos sobre as estratégias metodológicas adotadas e apresentando a quantificação de cada subtipo de anáfora verificado no corpus. Após essa sistematização inicial, começaremos a análise pelos casos de anáfora direta, explicitando os subtipos que propusemos para a análise, bem como os conhecimentos envolvidos na construção dos referentes. Dentro desse capítulo, discutiremos ainda um caso especial verificado no corpus, envolvendo alguns casos de anáforas diretas que, de tão estabilizadas culturalmente na memória dos falantes, passam a atuar como equivalentes, dentro do contexto, de seus referentes: os epítetos de clubes. Discutiremos ainda sobre alguns casos de anáforas diretas que envolvem processos metafóricos para nomeação dos referentes. Cabe ressaltar que não esperávamos encontrar casos desse tipo, que, embora estejam em uma quantidade pequena, merecem ser destacados, pois suscitam discussões interessantes. Após as anáforas diretas, trataremos dos exemplos de anáforas indiretas e encapsuladoras, mostrando como atuam na construção do texto e que conhecimentos mobilizam para sua interpretação. Por fim, apresentaremos exemplos que motivam questionamentos relevantes sobre a necessidade de inferências para a interpretação de determinadas anáforas diretas, no item aprofundando a discussão. Após a análise do corpus, ainda no capítulo quarto, procuraremos estabelecer de que forma os processos de referenciação verificados se relacionam ao gênero relato esportivo, se é possível afirmar que alguns processos, como as anáforas diretas, são recorrentes nesse gênero, que particularidades ele abriga. Nas considerações finais, organizaremos os resultados e os discutiremos, verificando a pertinência das hipóteses e objetivos postulados. Vale ressaltar que esta

16 17 pesquisa pretende colaborar para um melhor entendimento dos casos de anáfora, contribuindo, assim, para os estudos de referenciação. Acreditamos que esta dissertação representa um importante movimento no sentido de expandir os estudos sobre referenciação e apresentar uma tentativa de associar esses estudos ao campo dos gêneros textuais, fomentando não só outras pesquisas na área, como o ensino de língua materna hoje com foco nos processos de leitura e produção textual.

17 18 1. TEXTO E REFERENCIAÇÃO O texto como lugar de interação Como a proposta deste trabalho integra aspectos cognitivos, sociais e linguísticos na construção de sentidos do texto, não podemos analisar a materialidade linguística como simples resultado de escolhas lexicais ou sintáticas, mas como marcas enunciativas, ações dos sujeitos na sua relação com e sobre o mundo. Deste modo, o texto pode ser visto, conforme Koch (2006a, p.65), como um mapa da mina, o que permitirá ao leitor percorrer caminhos que o aproximem da ideia do produtor ou o desviem dela, por meio do levantamento de hipóteses de sentido, embora seja impossível garantir a captação da intenção de um locutor/produtor de um texto. Com essa abordagem atual dos estudos linguísticos, é possível deslocar o interesse atribuído, prioritariamente, à forma linguística para o funcionamento da língua em distintos contextos e, consequentemente, para a análise linguística de textos e/ou discursos, isto é, da língua em uso, no seu funcionamento entre os sujeitos, deixando a análise de enunciados isolados. Para Marcuschi (2008, p. 67), a função mais importante da língua não é a informacional e sim a de inserir os indivíduos em contextos sócio-históricos e permitir que se entendam, assim, entendemos que a língua é, de fato, um produto social: por meio dela, o conhecimento cultural e as relações interpessoais se estabelecem e nos inserimos no mundo. Desse modo, todos esses fatores atuam na produção linguística das pessoas. Não há, então, como falar em uso significativo da língua fora das interrelações pessoais e sociais. Essa nova concepção abre a possibilidade para que seja considerada a ação conjunta de autor/leitor, já que a leitura de um texto não é mais vista como codificação de estruturas linguísticas. Desse modo, a partir disso não podemos mais imaginar um leitor passivo, que apenas receba informações já prontas. Os estudos linguísticos, portanto, passaram a entender o leitor como coautor do texto, alguém que investe seus conhecimentos no ato da leitura, sendo sua participação parte do procedimento de interpretação dos textos.

18 19 O sentido não está no leitor, no texto, nem no autor, mas resulta do efeito das relações entre eles. Dentro dessa perspectiva, os textos não são estáveis, pelo contrário, apresentam um alto grau de instabilidade devido à complexa rede de relações que se estabelecem na atividade enunciativa. Os textos, então, têm por característica a instabilidade, e sua estabilidade é sempre relativa ao objetivo dos interlocutores e ao contexto sociocognitivo que os cerca, visto que os textos guardam marcas históricas. Tudo isso repercute diretamente sobre a organização do material linguístico presente neles e nas condições de processamento deles. A noção de que a compreensão do texto não se pauta, somente, pela superficialidade do escrito, no âmbito mais formal da língua, mas também se orienta pelas ligações que se estabelecem no funcionamento global da linguagem, institui uma nova acepção de texto. Nesta acepção, o texto passa a ser considerado uma atividade entendida a partir do processo de enunciação, que acontece de forma consciente e organizada, compreende processos e estratégias cognitivas inerentes à mente humana, colocados em prática na interação social. Ainda, seguindo essa ótica, de acordo com Marcuschi (2008, p.72): O texto é o resultado de uma ação linguística cujas fronteiras são, em geral, definidas por seus vínculos com o mundo no qual ele surge e funciona. Esse fenômeno não é apenas uma extensão da frase, mas uma entidade teoricamente nova. A afirmativa acima corrobora a ideia de que a leitura depende de uma determinada focalização para a qual confluem os aspectos da materialidade linguística e as estratégias de processamento cognitivo, suscetíveis a variações a cada nova interação. Assim, o efeito de sentido surge de acordo com a percepção e experiência de cada novo interlocutor. Portanto, entende-se aqui que a construção dos sentidos ocorre por meio de uma interação entre texto e leitor. Tal atividade não é somente uma forma de reprodução de sentidos já expostos no texto nem apenas a decodificação de estruturas linguísticas, mas um processo ativo de construção e reconstrução de sentidos que envolve aspectos linguísticos, cognitivos e sociais. Por meio dos textos, são concretizados os elementos do mundo que cercam os interlocutores. Isso significa dizer que a língua estabiliza valores, ideias, crenças,

19 20 manifestando o mundo que interpretamos à nossa volta. Desta forma, a língua, para os estudos da Linguística do Texto hoje, é uma construção social, lugar de interação, assim como o texto. É na interação que os sentidos do texto se estabelecem, não cabendo, portanto, pensarmos em um leitor passivo que não condiz com a atividade de leitura. A produção de sentidos, então, decorre de acontecimentos sociais, visto que o ser humano se relaciona através de acontecimentos interativos, pois os enunciados são concretizados em situações contextualizadas e não isoladas. Conforme Marcuschi (2008, p. 90), falamos de texto como um evento que atualiza sentidos e não como uma entidade que porta sentidos na independência de seus leitores. Assim, o procedimento de leitura dos textos envolve, segundo Koch (2006b), uma interação entre autor-texto-leitor, na qual se faz necessário tanto o conhecimento da materialidade linguística, como os conhecimentos do leitor para o estabelecimento do jogo interacional, conforme mostra a autora: O sentido de um texto é, portanto, construído na interação texto-sujeitos (ou texto-coenunciadores) e não algo que preexista a essa interação. Também a coerência deixa de ser vista como mera propriedade ou qualidade do texto, passando a dizer respeito ao modo como os elementos presentes na superfície textual, aliados a todos os elementos do contexto sociocognitivo mobilizados na interlocução, vêm a constituir, em virtude de uma construção de interlocutores, uma configuração veiculadora de sentidos (KOCH, 2006b p. 17). Por essa razão, não se fala em um sentido para o texto, uma vez que valores culturais atuam na interpretação deste. Portanto, considerar o leitor e perceber que os conhecimentos podem variar de um leitor para outro acarreta aceitar múltiplas leituras e sentidos oriundos de um mesmo texto, o que não significa dizer que se possa admitir qualquer interpretação, mas pensar o texto a partir das pistas que ele fornece tendo em vista a interação autor-texto-leitor e todos os outros conhecimentos envolvidos nesse processo. O processo de leitura não é único, pois os conhecimentos utilizados pelos diferentes leitores são acompanhados de diferentes fatores como diferenças sociais e linguísticas, por exemplo, que podem originar diversos sentidos durante a leitura. Sendo assim, os sentidos produzidos em distintas situações, ainda que de um mesmo texto,

20 21 podem diferenciar-se devido à interferência do contexto sociocognitivo que abrange o espaço e o tempo em que o leitor se encontra. Podemos dizer, então, que o processamento textual, seja para a produção de um texto ou para a sua leitura, depende da interação entre os interlocutores que atuam em conjunto, mobilizando uma série de conhecimentos de ordem cognitiva, interacional, cultural e textual para produzirem sentido. Esse processamento envolve um movimento por parte do leitor para estabelecer pontes entre informações novas e outras já fornecidas dentro do texto. Cabe ressaltar que essa relação não é simples nem explícita: exige inferências, interpretação de expressões referenciais e de outros mecanismos linguísticos. De acordo com Koch (2002, p. 30): O sentido de um texto, qualquer que seja a situação comunicativa, não depende tão somente da estrutura textual em si mesma. Os objetos de discurso a que o texto faz referência são apresentados em grande parte de forma lacunar, permanecendo muita coisa implícita. O produtor do texto pressupõe da parte do leitor/ouvinte conhecimentos textuais, situacionais e enciclopédicos e, orientando-se pelo Princípio da Economia, não explicita as informações consideradas redundantes. Ou seja, visto que não existem textos totalmente explícitos, o produtor de um texto necessita proceder ao balanceamento do que necessita ser explicitado textualmente e do que pode permanecer implícito, por ser recuperável via inferenciação. Percebemos que a atividade de leitura pressupõe acionar mecanismos linguísticos que farão parte da composição do texto, a partir de um contexto sociocognitivo, e organizá-los de acordo com os propósitos comunicativos do autor, que conta com a participação do leitor para compor as lacunas que ele, intencionalmente, instaurou na composição do texto. Deste modo, a atividade de produção de sentidos abrange o trabalho do autor e do leitor, que, segundo Koch (2002) são estrategistas da atividade de linguagem e mobilizam uma série de fatores para a produção de sentidos. Por isso, podemos dizer que o texto é um processo e não um produto. Conforme Koch e Elias (2006) e Koch (2002), na atividade de leitura e produção de sentido, colocamos em ação várias estratégias sociocognitivas, que atuam no processamento textual e mobilizam tipos de conhecimento armazenados na memória. As autoras asseveram que, para o processamento textual, utilizamos três grandes sistemas de conhecimento: linguístico, enciclopédico e interacional. O conhecimento linguístico abrange o conhecimento gramatical e lexical, que permite aos falantes

21 22 compreender a seleção lexical, a organização dos elementos linguísticos na superfície textual e os mecanismos que atuam na coesão/coerência textual. Já o conhecimento enciclopédico ou de mundo refere-se às experiências vividas, eventos temporalmente situados; seriam esquemas cognitivos adquiridos ao longo do tempo e de acordo com cada experiência individual. Por fim, o conhecimento interacional leva em consideração aspectos sobre as ações verbais e sobre as formas de interação por meio da linguagem. Koch e Elias (2006) dividem ainda o conhecimento interacional entre: conhecimento ilocucional, referente ao reconhecimento dos objetivos propostos pela situação comunicativa; comunicacional, relacionado à variante linguística e ao gênero textual adequados à situação bem como à quantidade de informações necessárias; metacomunicativo, que permite ao leitor assegurar a compreensão do texto; e, por fim, conhecimento superestrutural, que diz respeito ao reconhecimento de exemplares de diversos gêneros textuais. Essas estratégias são responsáveis por articular os conhecimentos armazenados na memória e garantir a interpretação de um texto, pois, à medida que avançamos na atividade de leitura, vamos elaborando e descartando hipóteses que atuam na construção dos sentidos. Cabe ressaltar que, como vimos, são diversos os conhecimentos utilizados na articulação de sentidos dentro de um texto, imbricados em uma relação estreita, por isso é difícil falar em conhecimentos linguísticos e extralinguísticos; já que não se pode distinguir quais conhecimentos estariam dentro e quais estariam fora do texto, visto que todos eles atuam em igual medida na construção de sentidos. Marcuschi (2008, p. 95), ao refletir sobre a questão, já nos mostra essa direção quando assegura que não se pode imaginar o texto como se tivesse um dentro (cotextualidade) e um fora (contextualidade), o autor explica ainda que, se os textos são vistos como atrelados aos aspectos interacionais, tanto em situação de produção quanto de recepção, não é possível separar o que seria cotexto e contexto dentro dessa perspectiva de observação. Por fim, cabe acrescentar aqui que adotamos a posição de Cavalcante (2011), na esteira do que já nos apontou Koch (2002 e 2006a), de que o texto é algo que se abstrai da relação entre texto-autor-leitor dentro de um contexto sociocultural específico. Dessa forma, o texto não pode ser entendido como uma materialidade que leva ao discurso.

22 23 Pelo contrário, se é resultado de uma situação discursiva, o texto é indissociável do discurso. Segundo Marcuschi (2008, p.58), a distinção entre texto e discurso, além de complexa, não se mostra interessante, já que hoje as duas noções podem ser vistas como intercambiáveis, nas palavras do autor: A tendência é ver o texto no plano das formas linguísticas e de sua organização, ao passo que o discurso seria o plano do funcionamento enunciativo, o plano da enunciação e efeitos de sentido na sua circulação sociointerativa e discursiva envolvendo outros aspectos. Texto e discurso não distinguem fala e escrita como querem alguns nem distinguem de maneira dicotômica duas abordagens. São muito mais duas maneiras complementares de enfocar a produção linguística em funcionamento. Como vimos, entendemos o texto como um processo e não um produto, que só adquire significação dentro da situação comunicativa. Portanto, mesmo que se adote a ideia de que o texto é a materialização do discurso, seria difícil separar discurso e texto ou entender os dois conceitos de modo isolado, o que não seria produtivo. De acordo com Marcuschi, a tendência atual é ver um contínuo entre ambos, tendo em vista um condicionamento recíproco entre eles, pois o discurso ocorreria no plano de dizer e o texto no plano da esquematização e, portanto, observável. Marcuschi afirma ainda que, visto dessa forma, reitera-se a articulação entre plano discursivo e textual, considerando o texto como objeto de figura, que pressupõe uma configuração, e o discurso como objeto de dizer. Essa relação é de suma importância e permite integrar três conceitos bastante relevantes à Linguística do Texto: texto, discurso e gênero. O gênero seria a ponte entre o discurso e o texto, pois, sendo resultado de uma prática social e textual discursiva, apresenta uma composição observável que corresponde a formas sociais que cercaram a situação de sua produção. O conceito de gênero e a caracterização do gênero que compõe o corpus serão observados no capítulo Noções sobre referenciação

23 24 Esclarecidos os pressupostos sobre a noção de texto e discurso desta pesquisa, discorreremos agora sobre outro tema relevante: o conceito de referenciação e seus processos A relação entre as palavras e o mundo A trajetória do pensamento sobre a questão da referência é acompanhada por dicotomias, pois, a priori, o entendimento geral era de que a referência se constituía por atividades objetivas, tendo em vista uma relação concreta entre a língua e a realidade, de forma que qualquer referente pudesse corresponder a um estado de coisas no mundo de modo estável. No entanto, outros pensadores já percebiam a dificuldade de estabelecer tal relação concreta entre a linguagem e o mundo e começaram a pensar a referência de modo mais subjetivo, enfocando a ligação entre linguagem e pensamento sem negar a existência de uma realidade fora das mentes, mas afirmando a necessidade de uma visão não somente realista sobre o fenômeno da referência. De fato, é bastante complicado pensar a estabilidade/instabilidade dos referentes, já que a própria natureza da atividade de nomeação aproxima os nomes da realidade e não se pode descartar esse aspecto. Entretanto, é importante perceber que as categorias usadas para descrever o mundo são plurais e passíveis de mudança porque não se trata de uma rotulação real e objetiva, mas de conceber que a relação entre a linguagem e o mundo é construída pelos falantes, podendo ser modificada a todo instante. O cérebro humano não opera somente de forma a refletir exemplarmente a realidade, isto é, o modo como dizemos o real é reelaborado dentro de nossas mentes e essa reestruturação ocorre no discurso, não de forma individual e isolada, mas obedecendo a condições culturais, sociais, históricas e linguísticas, conforme apontam Koch e Marcuschi (1998). Isso implica dizer que os objetos, sejam eles sociais ou físicos, são construídos, interativa e discursivamente, pelos participantes da atividade linguística; tais objetos não são, portanto, representações fiéis aos objetos do mundo, eles não pré-existem ao discurso, são constituídos dentro da atividade discursiva. O ato de referir, então, não pode ser interpretado como rotulação da realidade.

24 25 Dentro dessa nova perspectiva, porém, não se refuta a relação entre as palavras e as coisas do mundo, mas se destaca que a questão da referência vai muito além disso. Conforme Marcuschi (2004, p.263), o problema da significação não é resolver se às palavras corresponde algo no mundo externo, e sim o que fazemos do ponto de vista semântico quando usamos as palavras para dizer algo. O problema da referenciação, para a Linguística do Texto, é o como fazemos, do ponto de vista semântico, pragmático e social, quando nos referimos a algo. A relação entre a linguagem e o mundo deve incluir a subjetividade de quem diz, seus propósitos comunicativos, experiências de vida dentro de uma dada cultura e de um determinado momento histórico. Dessa forma, as coisas não estão no mundo da maneira pela qual nós as dizemos, mas são construídas através de nossa atividade linguística, das práticas discursivas dos locutores, tendo a língua como instrumento de ação sobre o mundo, instrumento esse que se apoia em nossos conhecimentos culturais, sociais, cognitivos. Essa visão se alinha hoje com o que é concebido como referente pela Linguística do Texto. Tal mudança de foco está centrada na dimensão discursiva, deixando claro que o referente é construído e modificado pelo falante ao referi-lo Referenciação e objetos de discurso Conforme já afirmamos, atualmente focaliza-se a dimensão discursiva e cognitiva dos fenômenos referenciais e, nesta pesquisa, será adotada a perspectiva de que a referência funciona em cooperação com os parceiros da interação, sendo, portanto, construída no discurso, como uma atividade linguístico-cognitiva, ligada à interação. Toda essa concepção foi baseada em uma noção de língua heterogênea, histórica, variável e socialmente construída. A partir desses pressupostos, a Linguística do Texto apresenta o termo referenciação em lugar de referência, uma vez que aquela remete à noção de processo, atividade, ao passo que referência denota certa estaticidade/estabilidade que não condiz com o que se entende atualmente pela atividade de referir. Mondada (2005, p.12), ao tratar da questão, confirma o uso do termo referenciação e propõe também o uso de objeto de discurso no lugar de referentes, como diz a autora:

25 26 Nessa perspectiva, são as práticas referenciais manifestadas na interação que são objetos de análise- práticas linguageiras, mas também práticas gestuais, movimentos no espaço, orientação do olhar; os referentes visados por estas práticas não são tratados como preexistindo a elas, mas como instaurados na realização e no desenrolar da atividade referencial, pela maneira mesmo como esta é reconhecidamente organizada. (...) Tornando, assim, um pertinente, visível e presente um referente que é tratado não como um objeto de mundo, mas como um objeto-de-discurso. Tal como postulam Mondada e Dubois (2003), a noção de representação do mundo é discutida, passando ao conceito de discursivização do mundo. Dentro dessa perspectiva, postula-se a construção de objetos cognitivos e discursivos na intersubjetividade das negociações linguísticas, que podem ser transformadas, modificadas e serem alvo de reavaliações dos interlocutores. Para Mondada e Dubois (2003, p. 20), os objetos referidos pelo discurso são objetos constitutivamente discursivos, criados na enunciação; isto é, eles são gerados em uma dinâmica discursiva e não fazem uma simples remissão linguística. Essas novas conclusões se devem ao fato de não se usar mais a noção de referência, como dissemos anteriormente, pois não se trata de uma designação especular de um elemento tal qual ele é, mas de uma construção conjunta desse elemento. De acordo com os autores (2003, p. 20): (...) passando da referência à referenciação, vamos questionar os processos de discretização e de estabilização. Esta abordagem implica uma visão dinâmica que leva em conta não somente o sujeito encarnado, mas ainda um sujeito sociocognitivo mediante uma relação indireta entre os discursos e o mundo. Este sujeito constrói o mundo ao curso do cumprimento de suas atividades sociais e o torna estável graças às categorias notadamente às categorias manifestadas no discurso. Defendemos o enfoque discursivo no processo de referenciação, uma vez que esse processo é visto como uma atividade de construção de objetos de discurso, que não se confundem com a realidade extralinguística, mas (re) constroem-na no processo de interação. Desse modo, referir é, sobretudo, elaborar uma discursivização ou textualização do mundo, a qual se funda em escolhas do sujeito em função de um querer-dizer. Segundo Koch e Elias (2006, p. 123), eles (os referentes) são construídos e reconstruídos, de acordo com nossa percepção. Ou seja, não há uma perfeita equivalência entre as palavras e as coisas. Ao serem reconstruídas no interior do

26 27 discurso, as entidades se tornam novos objetos de discurso, revestidos de nossas crenças, atitudes e intenções comunicativas. Tal noção parece mais abrangente do que a noção comum de referente. O processo de referenciação, então, não é a simples substituição de um termo por outro equivalente, mas uma prática discursiva, já que pressupõe uma interação entre os sujeitos do discurso e estes procedem a escolhas significativas para representar as coisas de acordo com a sua proposta de sentido. Em resumo, entende-se por referenciação as diversas formas de introdução, em um texto, de novos referentes ou entidades. Já quando tais referentes são retomados mais adiante ou servem de base para a introdução de novos referentes, há o que se chama de progressão referencial (cf. KOCH & ELIAS, 2006 e 2009). A categorização dessas entidades, conforme apontam Koch e Elias (2006) pode ocorrer de acordo com a multiplicidade de pontos de vista dos sujeitos e não dependendo somente de restrições semânticas determinadas pelas categorias linguísticas empregadas no ato de referir. Ainda de acordo com a autora, mudanças no contexto comunicativo, no ponto de vista ou nos propósitos comunicativos dos sujeitos envolvidos podem resultar na recategorização de um objeto dentro do texto. Para Mondada e Dubois (2003, p. 24): A variação e a concorrência categorial emergem notadamente quando uma cena é vista de diferentes perspectivas, que implicam diferentes categorizações da situação, dos atores, dos fatos. A mesma cena pode, mais geralmente, ser tematizada diferentemente e pode evoluir no tempo discursivo e narrativo focalizando diferentes partes ou aspectos. O próprio entorno discursivo pode alterar a percepção do objeto de discurso, sendo responsável também por sua identificação, uma vez que, nas atividades discursivas, a instabilidade categorial manifesta-se em todos os níveis da organização linguística, de forma que a recategorização seja uma evolução natural do referente dentro do discurso. É na prática social de linguagem que se constroem os referentes e construímos a realidade a partir das estruturas linguísticas; assim, a instabilidade dos referentes é inerente ao discurso. Portanto, a escolha de determinadas categorias textuais está intimamente relacionada às representações sociais, aos papéis sociais, aos propósitos comunicativos dos enunciadores e ao próprio sentido que se deseja atribuir ao texto.

27 A recategorização dos referentes A partir do momento em que ocorre a categorização de um determinado objeto discursivo, são instauradas possibilidades de que esse mesmo objeto possa ser transformado no decorrer do discurso. Dessa forma, um mesmo objeto pode ser renomeado e sofrer constantes alterações no ato enunciativo. Tal possibilidade opera mudanças tanto nas formas linguísticas como nos processos cognitivos envolvidos na construção/reconstrução desses objetos que pode apresentar significativas alterações do referente. Essa operação tem sido classificada pelos estudiosos em geral como um caso de continuidade referencial, um subtipo das anáforas diretas, como será exposto mais adiante. Como dissemos no final do item anterior, a instabilidade dos objetos é inerente aos processos de referenciação, pois ocorre no interior de uma situação comunicativa. Desse modo, a transformação dos objetos acontece sempre tendo em vista os propósitos comunicativos dos enunciadores. Segundo Koch (2005), as formas nominais, com função de categorização ou de recategorização de referentes, são resultados de escolhas frente a uma diversidade de formas de caracterizar o referente, de acordo com os sentidos pretendidos pelo produtor do texto. Essas formas ativam conhecimentos partilhados, como informações culturais, valores e crenças sobre características dos referentes, que podem levar o interlocutor a reconstruir a imagem do objeto de discurso. Koch (2002) assevera que a recategorização, além de trabalhar na referência, auxilia a interpretação dos sentidos realizada pelo receptor do texto, como no exemplo abaixo: Hoje, Laerte desperta ódio e perplexidade. Friamente, confessou 11 assassinatos de crianças, entre quatro e dez anos. Duas outras mortes foram confessadas informalmente à polícia, até quinta-feira, 27. O Monstro de Rio Claro, como passou a ser conhecido, gostava de registrar num caderno o dia e a cidade onde passava (...). O andarilho da morte fez questão de dizer que tem profissão: é engraxador de portas de estabelecimentos (...) (Isto É, 02/02/00) (Koch, 2002, p.106)

28 29 Ao objeto de discurso Laerte vão sendo incorporadas novas designações (monstro de Rio Claro e o andarilho da morte) que contribuem para a progressão do texto. Além de formarem uma cadeia coesiva, elas trazem para a situação discursiva outros sentidos, complexificando o processo de interpretação, visto que outras significações, como monstro, por exemplo, são acrescentadas ao texto. Segundo a autora, essas transformações só são possíveis porque essas novas categorias se formam durante a enunciação. Esses fenômenos também foram verificados no nosso corpus, conforme podemos observar adiante: (1) (...)A Austrália só assustou no começo, quando Garcia teve a chance de abrir o placar Lahm evitou o gol. Mas logo a Alemanha passou a se impor, trocando passes com objetividade, e fez 1 a 0 aos oito minutos, num chute forte de Podolski. Daí em diante, ao seu melhor estilo, com ótima movimentação, o time dirigido por Joachim Löw pôs os australianos na roda e passou a criar um punhado de oportunidades. Aos 26, Klose ampliou, de cabeça, após cruzamento de Lahm. No intervalo, o técnico holandês da seleção da Oceania, Pim Verbeek, trocou Grella por Holman, e a equipe saiu em busca de reação. Inútil... (L2). No exemplo (1), retirado do relato da partida entre Austrália e Alemanha, os objetos de discurso são apresentados no começo do texto, depois recebem uma nova configuração, pois são recategorizados pelas expressões sublinhadas, a primeira faz referência ao técnico alemão e a segunda, à localização geográfica da seleção da Austrália. Tal estratégia não é usada ocasionalmente, mas de forma proposital para fornecer ao co-enunciador outras informações. Como afirma Cavalcante (2011), são situações de anáfora correferencial em que o mesmo referente vai sendo alterado em proporções variadas. Koch (2005) também alerta que, para interpretação mais adequada dessas recategorizações, são necessários conhecimentos prévios, pois a reativação dos referentes se manifesta acrescida de novas significações. A autora acrescenta ainda que esse recurso constitui uma importante forma de construção textual que pode contribuir, inclusive, para atribuir valores argumentativos ao texto: O emprego de uma descrição nominal, com função de categorização ou recategorização de referentes, implica sempre uma multiplicidade de formas

29 30 de caracterizar o referente(...). Trata-se, em geral, da ativação, dentre os conhecimentos culturalmente pressupostos como compartilhados, de características ou traços do referente que devem levar o interlocutor a construir dele determinada imagem(...) uma de suas funções textualinterativas específicas é a de imprimir aos enunciados em que se inserem, bem como ao texto como um todo, orientações argumentativas conformes à proposta enunciativa do seu interlocutor. (KOCH, 2005, p. 35) O emprego dessas expressões nominais anafóricas opera a recategorização dos objetos de discurso, reconstruindo-os de acordo com intenções comunicativas do interlocutor. Acreditamos, portanto, que a recategorização é um processo textual que revela as transformações de um referente, o que pode acarretar mudança de significação, podendo indicar a orientação argumentativa do texto. Como vimos, para a construção da referenciação, são necessários conhecimentos textuais e extratextuais. Entretanto, a mente humana não é apenas um processador de informações, mas outro participante da ação, de modo que o processamento das informações ocorre por meio de estratégias de ordem sociocognitiva, as quais consideram os conjuntos de conhecimentos socioculturalmente determinados e adquiridos em (con)vivência, passíveis de complementação e/ou de reformulação. Desta forma, os processos de referenciação são vistos de modo dinâmico, como uma atividade, e a construção de sentidos como um processo que acontece dentro e fora da mente, requerendo constante negociação. Nesta perspectiva teórica, os signos linguísticos, então, funcionam como pistas deflagradoras de sentidos, as quais, junto com outras pistas, confluem para a construção de um sentido situado, emergente do contexto, da prática discursiva. O contexto, de acordo com essa ótica, segundo Carvalho (2005, p.33) é mais do que o entorno físico, social ou cultural. É, acima de tudo, uma noção cognitivamente construída. O conjunto dessas representações se encontra interiorizado nos interlocutores e é mobilizado, sempre que necessário, no ato da enunciação. Ele engloba, portanto, não só o lugar e o momento da enunciação, mas também os participantes, os meios de interação de que se utilizam, os recursos extralingüísticos gestos, olhares, etc., o texto em realização, os conhecimentos de mundo compartilhados entre os usuários e o entorno sociocultural, que ultrapassa a enunciação. Enfim, a noção de contexto se amplia e abarca os aspectos cognitivos em funcionamento na interação.

30 31 As formas de construir o real no mundo não são oriundas de sistemas de significação com correspondência semântica para cada entidade; os modos de construção dos referentes são gerados criativamente pelos interlocutores. Podemos afirmar que eles dizem criativamente, de forma que a significação não é algo dado a priori, mas fornecido pelo contexto interacional. Tendo em vista essa perspectiva sóciointeracionista, a construção de uma dada realidade é feita a partir da experiência dos indivíduos que convivem e interagem em uma determinada cultura ou sociedade. Veremos, no exemplo abaixo, como todas essas circunstâncias são primordiais para a emergência dos sentidos no texto retirado do jornal O Lance!, no qual se fala sobre um jogo do clube São Paulo pelo campeonato brasileiro: (2) A quinta vítima! São Paulo Jason vence quinto jogo seguido, entra no G4 e diferença para o líder cai Barueri, Grêmio, Vitória, Botafogo e Goiás. O tricolor Jason despachou mais um, completou cinco vitórias seguidas, sete jogos sem perder e entrou pela primeira vez no G4. A diferença para o líder Palmeiras, com um jogo a menos, caiu para cinco pontos. A vítima da vez foi a melhor colocada na tabela entre as já feitas pelo Sampa. E entrou em território tricolor com seis vitórias seguidas.(...) Ontem, o Jason demorou a entrar em cena. A vítima de Goiânia até ofereceu resistência. Só no início. O São Paulo, protagonista do filme, não conseguiu impor a marcação pressão que Ricardo Gomes gosta no começo. (...) O primeiro grande golpe do Jason foi com Richarlyson. O travessão salvou a vítima verde.(...) (NÚCLEO DE FUTEBOL. A quinta vítima. Jornal Lance). O exemplo 2 relata a vitória do São Paulo sobre o Goiás. O jornalista se valeu do nome Jason (personagem de filme de terror que sempre reaparecia após ser considerado morto) para fazer referência ao clube paulista. Tal associação foi feita pelo fato de o São Paulo realizar uma campanha ruim no campeonato, distante da zona de classificação para disputar a Taça Libertadores da América (G4) e distante também da luta pelo título de campeão brasileiro. No entanto, o time emplacou uma sequência de cinco vitórias seguidas, conseguindo, assim, entrar no G4. Devido a essa melhora, Jason passou a ser o símbolo da reação do São Paulo no campeonato, conforme pode ser percebido através dos sintagmas o tricolor Jason, o primeiro grande golpe do Jason, que retomam o clube São Paulo bem como através das expressões a vítima da vez e a vítima de Goiânia, que retomam o referente Goiás, pois o uso do substantivo vítima faz parte do campo semântico da associação realizada.

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