Mercado Imobiliário Residencial e Expansão Urbana em Belo Horizonte

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Mercado Imobiliário Residencial e Expansão Urbana em Belo Horizonte"

Transcrição

1 Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Arquitetura Departamento de Urbanismo Laboratório de Estudos Urbanos e Metropolitanos (LAB-URB) Mercado Imobiliário Residencial e Expansão Urbana em Belo Horizonte Guilherme Araújo Grochowski Relatório Final de Iniciação Científica CNPq-PIBIC sob orientação da Professora Jupira Gomes de Mendonça Agosto de 2008

2 ÍNDICE Introdução, Objetivos e Metodologia. 03 Revisão Bibliográfica 06 Análise dos Dados 11 Conclusão 16 Anexos 17 Bibliografia 20 2

3 INTRODUÇÃO, OBJETIVOS E METODOLOGIA O trabalho Mercado Imobiliário Residencial e Expansão Urbana em Belo Horizonte explora e referencia no espaço a ocorrência na RMBH de um dos processos mais poderosos de criação e modificação de paisagens urbanas a dinâmica de incorporação imobiliária. O agente que se encontra na raiz deste processo, o incorporador imobiliário, se utiliza da modificação do uso do solo para gerar o chamado sobre-lucro de localização, que é a apropriação da renda advinda de uma localização extraordinária do produto imobiliário em questão. Tal modificação de característica de uso, quando realizada de forma concentrada em determinadas áreas, gera uma série de conseqüências para a cidade, desde desequilíbrios na morfologia urbana com fenômenos de hiperconcentração demográfica à homogeneização e obsolescência de zonas inteiras, sendo também parte fundamental no mecanismo de segregação domiciliar e secundariamente em boa parte dos desequilíbrios que observamos em nossas metrópoles. A necessidade de se entender tais processos é um pré-requisito para se propor uma cidade mais humana e digna. Uma vez que a dinâmica imobiliária está na raiz de boa parte dos problemas atuais, é mister o entendimento da lógica geral imobiliária, bem como das características únicas que compõem o mercado de imóveis residenciais em Belo Horizonte, com sua relação com o espaço metropolitano. OBJETIVOS Considerando esses fatos, foram levantadas duas questões principais, que o trabalho Mercado Imobiliário Residencial e Expansão Urbana em Belo Horizonte procura responder: Quais foram as alterações mais evidentes no processo de expansão imobiliária residencial em Belo Horizonte nas duas últimas décadas? Em que medida essas alterações impactaram o perfil socioeconômico das diversas regiões da capital mineira? Além dessas questões, os objetivos declarados da presente pesquisa são: 1. Identificar as principais alterações no mercado de imóveis residenciais, sua expansão territorial e eventuais mudanças no perfil socioeconômico das áreas de expansão. 2. Identificar alterações no mercado de imóveis residenciais, referentes à tipologia arquitetônica e localização geográfica. 3. Identificar relações entre as transformações de perfil socioeconômico das diversas regiões de Belo Horizonte e alterações no mercado de produção de moradias. Para serem alcançados tais objetivos e respondidos os questionamentos formulados acima, recorreu-se à uma metodologia, que será descrita a seguir. METODOLOGIA 3

4 O trabalho demandou a elaboração de um roteiro metodológico compatível com o prazo de realização de um ano e com a natureza da pesquisa, o que exigiu uma gama diversa de informações, de diversas procedências de bibliográficas a empíricas. Sendo assim o trabalho foi organizado nos moldes seguintes: 1. Revisão Bibliográfica, com leitura e fichamento dos textos indicados pela orientadora. 2. Realização de entrevistas nas prefeituras de Nova Lima, Contagem e Belo Horizonte. 3. Processamento de dados dos Censos Demográficos de1991 e 2000, do IBGE, através do programa de estatística SPSS, com o uso de uma metodologia especifica. 4. Tratamento dos dados obtidos nos três passos anteriores, com utilização dos softwares Excel, MapInfo, Arcgis e Autocad para a criação de tabelas e mapas. As consultas aos bancos de dados do IBGE obedeceram a uma lógica previamente estabelecida. Primeiro somente foram escolhidas variáveis que pudessem ser facilmente comparadas entre as séries de 1991 e 2000, cabendo algumas poucas modificações. Uma observação deve ser feita, a respeito de alguns critérios utilizados: o primeiro é sobre a unidade espacial adotada, qual seja a UEH (Unidade Espacial Homogênea). Tendo sido definida pela orientadora em estudos e pesquisas anteriores, a UEH é uma unidade espacial dimensionada com fins de detectar grandes deslocamentos imobiliários intra-metropolitanos, bem como tendências de regiões maiores que bairros e menores que regiões administrativas ou mesmo cidades (com algumas exceções). Sendo uma aglutinação de Áreas Homogêneas, utilizadas pela Fundação João Pinheiro na Pesquisa Origem e Destino, compatíveis com os Setores Censitários do IBGE, as UEH s têm como característica importante uma boa integração com outras bases de dados, principalmente com as disponibilizadas pelo IBGE e PBH. Além disso, deve-se mencionar o uso das chamadas Categorias Sócio-Ocupacionais. Também criadas pela orientadora e utilizadas em pesquisas anteriores, as categorias sócio-ocupacionais são agrupamentos de ocupações afins dadas por uma variável presente na pesquisa por amostragem do Censo do IBGE, filtrados por renda e escolaridade, construídas como uma representação da hierarquia social. Segue abaixo uma tabela com as categorias e os grupos sócio-ocupacionais a que pertence. Depois de se estabelecer este primeiro critério, foram determinadas quatro perguntaschave de modo a se direcionar a seleção das variáveis e as consultas como um todo. Tais perguntas chave são: Como estão as condições de saneamento e infra-estrutura na RMBH, onde estão os ricos de Belo Horizonte, quem é o público-alvo da dinâmica imobiliária e como está a distribuição dos imóveis residenciais na Região Metropolitana. Cada uma dessas questões pretende elucidar um ou mais aspectos da dinâmica imobiliária local, bem como confirmar em Belo Horizonte situações ou processos tidos como padrão pela bibliografia estudada (como será abordado mais profundamente na próxima seção). 4

5 A questão Como estão as condições de saneamento e infra-estrutura na RMBH pretende revelar na Região Metropolitana de Belo Horizonte uma correlação indireta entre desigualdade de oferta de serviços públicos e o mercado imobiliário. Apesar de essa desigualdade de oferta ter causas distintas e não influenciar diretamente na escolha dos agentes imobiliários, ela tem um papel relevante na formação do valor do solo, sendo então importante para a pesquisa nesse sentido. A importância de tal questionamento não pára por aí o impacto que tal fator gera nos padrões de valorização do solo acaba por condicionar as escolhas de uma população de baixa renda, que dispõe de pouco dinheiro e quase nenhuma opção de linha de crédito para comprar a casa própria. Onde estão os ricos de Belo Horizonte, é o questionamento-antítese da primeira pergunta. Pretende-se com tal pergunta localizar os ricos no espaço metropolitano, usando essas constatações como controle e referencia para as duas próximas perguntas. Quem é o público-alvo da dinâmica imobiliária e como está a distribuição dos imóveis residenciais na Região Metropolitana : duas questões em uma. Com o objetivo de determinar onde os apartamentos possuem presença mais expressiva, quem mora nesse tipo de domicílio e qual é seu padrão de vida, tais perguntas ainda pretendem confirmar a relação direta entre mudança de perfil dos residentes trazido pelo processo de incorporação, (mais notadamente um aumento de renda expressivo) bem como da relação entre o acesso do chamado valor de uso complexo e as áreas que sofrem e sofreram ação do capital imobiliário. Nessas duas perguntas, vários pontos abordados pela bibliografia serão retomados. De todo o modo, a bibliografia deve ser tratada como um guia de referencia para observação dos processos que ela aborda in loco, e não como uma verdade absoluta principalmente pelo fato de o presente trabalho ser todo direcionado a processos que têm fortes aspectos locacionais em sua raiz, o que aumenta ainda mais as chances de haver peculiaridades exclusivas a determinados locais. 5

6 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A cidade, com sua superposição de elementos socioespaciais, culturais e econômicos é o local do valor de uso complexo, que como nos explica Ribeiro (1997:45), é a tradução da força produtiva socioespacial possibilitada pela cidade e suas duas características principais: os chamados efeitos úteis de aglomeração e a combinação de funções presentes em um só espaço. Essas características são possibilitadoras e potencializadoras de qualquer tipo de produção capitalista de bens e serviços, estando ligadas, porém a processos externos às condições gerais de produção de mercadorias, impossíveis de ser reproduzidas pelos detentores do capital. Os efeitos úteis de aglomeração, por exemplo, são todas as benesses geradas pela concentração de população em um espaço relativamente pequeno: mão de obra farta, presença de demanda em potencial, facilidades para distribuição e economias na logística, entre outros. Já a combinação e superposição de funções simples estão ligadas ao processo de reprodução da mão de obra e manutenção de sua saúde e boas condições da massa trabalhadora existente, tradicionalmente deveres do Estado em um esquema de produção capitalista. Levando então o valor de uso complexo em consideração, percebe-se o papel preponderante da terra urbana, sendo a matriz em que todas as atividades urbanas (de produção ou não) se desenvolvem. A terra, por sua vez acaba sendo objeto de disputa pelos agentes econômicos e sociais, e como é um bem não produzido e irreprodutível, como define Ribeiro (1997:39), acaba obtendo um valor, pela sua demanda. Esse valor nunca é determinado pela oferta, uma vez que cada pedaço de terra é único, pois possui localização exclusiva dentro da lógica de distribuição populacional e de serviços e funções que compõe o valor de uso complexo. Assim, para se ter acesso e poder internalizar no processo de produção todos esses benefícios trazidos pela cidade e aumentar a competitividade e o lucro das próprias empresas, deve-se ter a posse da terra onde está instalada, e é do grau de excepcionalidade do local que nasce a disputa por esta e consequentemente, o preço da terra. Curiosamente, apesar de essa explanação estar praticamente toda voltada para o processo de produção capitalista, os indivíduos estão sujeitos também ao valor de uso complexo. O valor de uso complexo se manifesta aos indivíduos como acesso a oportunidades de trabalho e rápido deslocamento em movimentos pendulares, bem como fácil acesso a serviços de saúde, educação, lazer e outros serviços especializados presentes em centralidades urbanas. E assim como as empresas, a moradia tem seu valor estabelecido não só pelo custo de sua produção, mas também pelo valor da terra sobre a qual está estabelecida nos parâmetros acima. Mas diferentemente das empresas, outros fatores têm papel fundamental na composição do preço, como o status e prestigio social, e outros artifícios gerados pela dinâmica imobiliária, como veremos mais adiante. No caso dos indivíduos, outra diferença marcante se faz notar com relação às empresas: ao invés da vantagem locacional significar maiores ganhos e um sobre-lucro, a localização de moradia, além de denotar menores custos de tempo e recursos na vida cotidiana, indica a posição em que a pessoa ocupa na sociedade Mendonça (2002: 13). No caso brasileiro, isso fica mais marcante quando se percebe que a posição hierárquica também é demonstrada pelo tipo e padrão de habitação e não só a localização, além do tipo de ocupação desempenhada pelo indivíduo. 6

7 A PRODUÇÃO CAPITALISTA DO ESPAÇO E MORADIA A moradia no Brasil é produzida em quatro esquemas diferenciados, como nos mostra Marques (2005: ) em seu estudo da dinâmica imobiliária em São Paulo: autoconstrução, construção por contrato, produção estatal de moradia e incorporação imobiliária. Desses quatro processos de produção, dois são voltados para o lucro, e para fins do estudo a incorporação imobiliária é o que se apresenta com maior capacidade de provocar mudanças significativas na estrutura urbana. A autoconstrução é a forma mais utilizada de produção de moradias e espaços no Brasil, mas encara o imóvel com o seu valor de uso e praticamente desconsidera o valor de troca ao qual possui, sendo a escolha da grande maioria da população, principalmente a de baixa renda, para obter uma casa própria. Dispensando qualquer corpo técnico, a autoconstrução é produzida pelo próprio morador ou por amigos e parentes em esquemas de mutirão, para atender uma necessidade latente de abrigo de si e sua família, considerando a falta de dinheiro e outros recursos para obter sua moradia através do mercado formal. Considerando a situação da massa desprovida de qualquer recurso, afastada do mercado formal de moradia e que ocupa favelas e periferias em casas e barracos através da autoconstrução, muitas vezes em situações completamente precárias, o Estado, através das companhias de habitação ou outros órgãos competentes, produz moradias voltadas para essa população de baixa renda, que não teria outra opção a não ser auto-construir sua casa. Mais uma vez, apesar de fazer o papel de articulador dos processos de construção, o Estado não produz essas moradias visando o lucro, mas sim pensando no valor de uso para a população usuária e como medida mitigadora das desigualdades de acesso à habitação, ainda que possa contratar empresas de construção civil, que obtêm o lucro industrial. Já a construção por encomenda é, em geral, voltada para uma classe média e alta, mas apesar de ser um esquema de produção capitalista, o imóvel construído não é o objeto pelo qual o construtor lucra, mas sim o processo; o espaço construído mais uma vez possui um valor de uso preponderante ao de troca (o espaço urbano é "o marco do lucro". Muitas vezes esse tipo de construção é praticado em subúrbios ou condomínios fechados, e a tipologia básica é a residência unifamiliar, sendo marcante a presença de corpo técnico e a propriedade da terra, e também o caráter individual da produção. A incorporação imobiliária é a única dessas maneiras de produção em que o objeto arquitetônico (e em muitas vezes, a cidade) é o objeto de lucro, sendo seu valor de uso superado pelo de troca. Sendo o processo dominante de provisão de moradias das metrópoles, a incorporação imobiliária é a expressão máxima do mercado formal de moradias e de terras. O processo de incorporação é composto por uma série de agentes, que podem acumular funções ou não, variando de caso em caso. O incorporador, ou o dono do capital imobiliário, é o mais importante no processo, estando seguido de construtoras (produção industrializada ou manufatura do espaço), o proprietário da terra, o corretor de imóveis, o agente financiador, o consumidor final e o Estado, que nesse processo tem papel fundamental, o qual será explicado adiante. 7

8 É o incorporador quem toma todas as decisões mais importantes a respeito do empreendimento imobiliário e é dele todo o risco de capital e responsabilidade da incorporação. Cabe a ele articular o processo de produção, escolhendo o local e o tipo de empreendimento a ser desenvolvido, captando recursos através das fontes de investimento disponíveis, contratando os serviços técnicos de construtoras e gerenciando os recursos, além de submeter a incorporação a todos os critérios legais necessários para sua aprovação junto aos órgão competentes e fazendo com que o empreendimento obtenha o lucro desejado. Simultaneamente por ser o elo da cadeia com maior carga de responsabilidade, o incorporador também tem maior poder sobre o espaço, e é quem obtém o maior percentual dos lucros do processo. É comum as incorporadoras acumularem os papéis de construtoras em Belo Horizonte. Os construtores, por outro lado, são empresas de caráter secundário, variando entre manufaturas (modo de produção dominante) e construção industrializada, empregando vasta mão de obra mal qualificada, um corpo técnico e uma vasta cadeia produtiva de insumos, que apóia essa atividade. Sua responsabilidade, quando somente construtores, é produzir o espaço seguindo padrões estabelecidos de qualidade e viabilizar os desejos dos incorporadores. Os proprietários da terra têm como prerrogativa a posse do solo e o privilégio das três rendas fundiárias, já citadas anteriormente. Os agentes financiadores são muitos, desde bancos estatais que fomentam e subsidiam a produção de moradias a grupos de investidores individuais passando por fundos imobiliários, bancos privados e, em última análise, o morador-consumidor dessa moradia, que pode comprar esse imóvel como modo de investimento mais conservador. De toda forma, quem fecha o ciclo e realimenta essa cadeia imobiliária, é o consumidor final, que pode obter seu imóvel direto com a incorporadora, ou usar de serviços de "atravessadores", o corretor de imóvel, que ganha um percentual do valor total do imóvel negociado. O Estado possui nesse processo três papéis distintos, mas cruciais na condução de toda a produção imobiliária: o papel de regulação, de provedor de serviços públicos e infraestrutura e um terceiro papel não-exclusivo de fomentador-produtor de habitação. O papel de fomento-produção já foi explicado: o Estado se vale das companhias de habitações, bancos estatais, uso de incentivos fiscais e outros recursos à mão do Poder Executivo para produzir moradias para uma população de mais baixa renda ou mesmo para desonerar o mercado formal de habitação. Esse papel exercido pelo Estado é secundário, pois o alcance das suas repercussões sobre a dinâmica de incorporação imobiliária é relativamente limitado ao se comparar com os outros dois papéis. O papel de regulação possui um grande impacto sobre a atividade econômica e produtiva da construção civil e sobre o preço da terra: apresentando múltiplas faces em diferentes instancias, o papel de regulação é o que impõe limites à atividade e faz com que ela tenha suas diferenciações locais, de cidade para cidade, de bairro para bairro. A regulação exercida do estado varia da lei federal de incorporações e a NBR que dá suporte técnico à lei, às leis de Uso e Ocupação do Solo e códigos de obra e/ou postura dos municípios, passando por outros dispositivos legais presentes nas instancias Federais, Estaduais e Municipais do Estado. Através desses instrumentos jurídicos, o Estado consegue impor critérios às características das construções, limitando ou expandindo seu potencial construtivo, obrigando em determinadas tipologias alguns equipamentos ou características de revestimento e material, limitando assim também a quantidade de lucro obtido, uma vez que tudo isso interfere na busca de lucro máximo. 8

9 Além disso, esses instrumentos legais podem estimular a concentração ou dispersão dos investimentos em terras ou imóveis, obrigar a construção ou mesmo estimular a verticalização e a ocupação, fazendo isso de maneira a considerar as características locais, sejam elas políticas, sociais ou espaciais e de infra-estrutura. Apesar de ser extremamente importante por delimitar e criar um cenário em que os capitais devem desenvolver suas atividades, a regulação é um papel relativamente passivo em que o Estado desempenha, tendo extrema importância por prever o desenvolvimento da cidade ao longo do tempo, mas sem influir diretamente sobre a valorização da terra. O terceiro papel por outro lado é a expressão ativa do Estado e sua influencia sobre o preço da terra: como provedor de infra-estrutura urbana e serviços essenciais. Como foi explicado anteriormente, o valor de uso complexo da cidade e o fácil acesso a este é impossível de ser reproduzido pelo capital, mas o Estado com seu papel de provedor de serviços básicos e infra-estrutura consegue manipular as condições mínimas necessárias para o surgimento e acesso a esse valor. Quando o Estado cria escolas, redes de saneamento ou vias terrestres e outros tipos de transportes, automaticamente as áreas próximas aonde esses serviços são oferecidos tem uma valorização, que condiz com a disputa das pessoas e empresas ao acesso a esses serviços. Logo, o capital imobiliário se vale tanto da valorização do preço da terra quanto do impacto das obras dessas facilidades sobre o cotidiano do cidadão comum para direcionar seus investimentos. O que se percebe então é a riqueza de processos e agentes envolvidos na produção de moradia no país, sendo múltiplos os fatores que interferem na produção capitalista do espaço. Entendendo esses fatores, agentes e as especificidades da produção, conseguiremos compreender de todo como a Incorporação Imobiliária age e sua relevância nas cidades. ESPECIFICIDADES DA PRODUÇÃO Para se obter lucro com segurança o incorporador imobiliário se vale de artifícios, processos e recursos de modo a minimizar os seus riscos, inerentes à atividade, uma vez que esta se desenvolve por durante um longo período de tempo e cujas opções não podem ser canceladas uma vez executadas. Além de articular todo o processo de produção, o incorporador possui como segunda característica marcante a modificação do perfil de uso e ocupação do solo. A alteração do perfil do uso do solo pode ser encarada como recurso principal de sobrevivência, uma vez que o capital escolhe as áreas com melhores probabilidades de lucro ao observar (às vezes pressionar) a ação do estado em seus papéis de provedor de serviços e regulador da cidade, associando as valorizações da terra urbana adjacentes às obras de melhorias às possibilidades de lucro. Ou ainda como conseqüência da atividade incorporatória, já que para diluir os riscos, o capital imobiliário cria frentes de valorização, sendo atraídos pela presença de capitais mais agressivos e inovadores que exploram novas fronteiras de expansão urbana, num processo citado por Pedro Abramo (1989: 135), como Inovação e Assimilação.Vale lembrar que a unidade padrão residencial produzida pelo mercado imobiliário é o apartamento, por ele ser uma unidade residencial mais compacta, que somente possui a propriedade sobre a fração da terra no qual está assentado, o que demonstra a busca do lucro pela mudança do espaço da cidade, realizada pela incorporação. 9

10 Abramo (data:página), em A Incerteza e A Inovação da Estrutura Urbana, discorre sobre outros instrumentos, recursos e processos utilizados pelos capitais para minimizar seus riscos: o deslocamento de demanda, a inovação e difusão, a presença de uma convenção e de uma cadeia de deslocamentos imobiliários. Derivados da mudança do perfil de uso e ocupação do solo, todos esses processos citados têm relevância nos efeitos finais encontrados em áreas que sofreram com intervenção do capital imobiliário, tais como superconcentração espacial, homogeneização de populações, etc. Daí a necessidade de explicar como cada um age. A convenção é o primeiro efeito de todos: como a incorporação se desenvolve por anos e as decisões não podem ser canceladas, a convenção é a atitude, modo de agir, executado por todos os capitais, como forma de minimizar os riscos. É ela quem leva à concentração de capitais em determinadas áreas. Apesar de ser uma saída fácil para se preservar os capitais de riscos, a convenção passa por modificações durante situações de crise ou crescimento. Nesses momentos, capitais mais agressivos ou com melhores condições de competição no mercado, para se diferenciar e/ou melhorar suas margens de controle sobre o espaço e oferecer um novo tipo de mercadoria, recorrem a inovações. Essas inovações são de duas ordens: sobre o processo, como forma de diminuir os custos e assim aumentar as margens de lucro, e sobre o produto, como forma de diferenciá-lo dos demais imóveis vagos na cidade. Vista dessa maneira, a inovação serve a um propósito: ajudar no processo de deslocamento de demanda, atraindo essa para os novos empreendimentos. São elas que dão ao incorporador maior controle sobre o tempo de depreciação do estoque e criam um caráter de exclusividade da habitação, o que ajuda na manutenção do ciclo imobiliário, na chamada "Destruição Criadora" do capitalismo, mencionada por Schumpeter e à qual Pedro Abramo recorre (1989: 135). O deslocamento da demanda é uma necessidade, pois o imóvel é um bem de alto tempo de durabilidade e o mercado consumidor de imóveis residenciais é relativamente limitado, estando restrito a segmentos de classe média e alta. Logo, para haver uma ciclicidade na produção e uma constante entrada de lucros com a atividade, é necessário deslocar tal demanda para imóveis mais novos, causando uma leve depreciação no preço de todo o estoque imobiliário. A depreciação faz com que os imóveis mais novos sejam atrativos às famílias-investidoras que são famílias que ao optar por um local de moradia, encaram a sua compra tanto como um investimento quanto pelos "serviços residenciais" oferecidos pelo imóvel: localização, configurações do imóvel, etc. A depreciação do estoque e a valorização dos novos espaços de moradia atraem a atenção dessas famílias, que acreditam na possibilidade de lucrar especulando com a propriedade dos apartamentos. Porém essa valorização já é a projeção dos lucros esperados pelos capitais com a incorporação e a mudança do uso do solo, o que diminuem muito as chances de lucro através da especulação com imóveis por parte das pessoas físicas. Os efeitos da depreciação também atingem as formas de financiamento que as pessoas utilizam para adquirirem sua nova moradia: como a maior parte das pessoas se vale da venda dos seus imóveis usados, a depreciação corrói parte do valor que seria destinado para a compra do novo espaço, o que leva as famílias a recorrer a empréstimos, poupanças ou outros tipos de investimento e mecanismos de acumulação para inteirar o valor do novo imóvel. Vale lembrar que essa é uma depreciação relativa e a depreciação real das moradias depende da obsolescência destas e sua pouca capacidade de adaptação às novas tecnologias, configurações familiares, modas e modos 10

11 de morar, além da deterioração física dos materiais e estruturas, como nos lembra Singer (1978:29-31). O que se vê então é a criação de uma cadeia de deslocamentos imobiliários : através do sucessivo movimento de compra e venda de imóveis de pessoas que ascendem e descendem na hierarquia social, consegue-se perceber uma linha clara que parte da área que sofre expansão imobiliária e que teoricamente termina em áreas de obsolescência ou sob mudança de perfil de ocupação, de onde há êxodo e não há re-ocupação por outras famílias. É essa cadeia de deslocamentos que define no tempo e no espaço a ação da dinâmica imobiliária sobre a cidade, sendo a melhor expressão desta. ANÁLISE DOS DADOS A análise do caso da Região Metropolitana de Belo Horizonte foi elaborada principalmente com o uso dos bancos de dados do IBGE, adicionando alguns critérios, a partir das perguntas já citadas, uma vez que a extensão e volume de informação útil para a pesquisa contida nesse banco de informações é gigantesco. Após a resposta das quatro perguntas feitas ao banco de dados, seguirá uma analise complementar do mapa síntese, realizado com base nas entrevistas. Todas as consultas de variáveis por UEH (utilizadas ou não pela pesquisa) estão presentes no anexo deste relatório. Para se responder às perguntas, foi preciso antes, a criação de um procedimento para se determinar o foco da consulta aos dados: foram escolhidas 14 UEH com alto e médio percentual de apartamentos, UEH com alta incidência de pessoas ganhando mais que 20 salários mínimos e todas as 49 UEH com índice de serviços adequados abaixo da média metropolitana. Tais UEH serão usadas como base para a resolução de tais questionamentos, como se segue. Como estão as condições de saneamento e infra-estrutura na RMBH A primeira pergunta é respondida através da leitura das variáveis de Cômodos, densidade de dormitórios acima de 5 pessoas/dormitório, domicílio improvisado, além da composição dos grupos ocupacionais de base da RMBH. Tal leitura, executada na Tabela do Anexo 01, utilizou como elemento balizador as 49 UEH com índices de serviços adequados abaixo da média metropolitana, indo de encontro ao objetivo, já explicitado nos Passos Metodológicos, do questionamento. A primeira conclusão efetiva sobre tal questionamento é feita quando se observa a média metropolitana do índice de serviços adequados: 22,34% dos moradores da RMBH não possuem uma rede completa de serviços públicos adequados. Traduzindo o percentual em números, são 1,15 milhões de pessoas não possuindo em suas residências pelo menos um serviço publico básico. Ao se considerar, então, que 31 das 49 UEH consideradas têm índices acima da média de pelo menos duas variáveis das três acima descritas; que todas as 49 UEH consideradas como grupo de análise para responder a presente questão estão na periferia da metrópole (bairros conurbados e cidades) ou são favelas em posições mais centrais; e que dessas mesmas UEH, apenas 4 não possuem condições indignas de moradia (representadas aqui pela variável densidade de dormitórios acima de 5 11

12 pessoas/dormitório), pode-se dizer há um quadro de degradação expressiva da habitação nessas UEH. Apesar de não responder pelos domicílios das 1,15 milhões de pessoas espalhadas pela RMBH, tal quadro acima descrito é representativo. Porém, ao se considerar os grupos socioeconômicos predominantes nessas UEH, notase a presença acima da média metropolitana de trabalhadores do secundário, do terciário e trabalhadores não qualificados. Das 49 UEH em questão, apenas 5 não possuem índices expressivos de cada um desses grupos, sendo que uma delas representa uma área próxima a uma centralidade secundária (UEH Barreiro de Cima), com uma composição média, e as outras 4 representam cidades distantes do Centro Metropolitano, provavelmente possuindo economias com características rurais. Somando-se os fatos enumerados acima, consegue-se confirmar a afirmação de Paul Singer sobre o leiloamento das áreas melhores servidas por entre a população mais favorecida através da ineficácia do Estado em fornecer infra-estrutura. Percebe-se claramente que justamente nas UEH com os piores indicadores de serviços básicos estão morando as pessoas que compõem a base da pirâmide social, em condições adversas, afastadas do Centro e de todas as oportunidades que este representa. Como contraposição a essa realidade exposta apenas de relance, o próximo tópico localizará os ricos de Belo Horizonte. Onde estão os ricos de Belo Horizonte Essa pergunta é respondida através da analise das 32 UEH com percentuais de moradores que ganham mais que 20 salários mínimos acima da média metropolitana. Através do uso dos indicadores entre 12 e 16 anos de estudo, 1 automóveis ou mais e presença de Máquina de Lavar, juntamente com a análise da distribuição das categorias de Dirigentes por entre estas UEH s, consegue-se mapear e confirmar a presença da elite. A primeira conclusão que se obtém da leitura destes dados é que nessas UEH com percentuais de residentes recebendo acima de 20 salários mínimos acima da média, há também em todas índices acima da média de pessoas com escolaridade entre 12 e 16 anos de estudo. Ao se tratar de bens de consumo, há na maioria dessas UEH índices de pessoas que possuem 1 automóvel ou mais e/ou máquina de lavar roupa, acima da média metropolitana. Isso demonstra que há relação direta entre escolaridade, renda e padrões de consumo mais elevados. A segunda conclusão vem da observação das 10 UEH com maiores percentuais de moradores recebendo acima de 20 salários mínimos: de todas essas, nove são consideradas áreas com alto e médio percentual de apartamentos - exceção clara da UEH Ouro Preto/São Luis, que apresenta baixo percentual de apartamentos. Além de todas essas 10 UEH possuírem percentuais entre 10 e 20% de pessoas que recebem mais que 20 salários mínimos (um número bem acima da média metropolitana de 3,42%), a sua localização é reveladora: todas, com exceção de Ouro Preto/São Luis e Cidade Nova, estão no centro ou são adjacentes a este. Isso revela um padrão de valorização que está diretamente relacionado com o valor de uso complexo, estando localizado aonde tal valor se encontra mais enraizado. 12

13 Ainda, dessas 10 UEH, todas possuem percentuais elevados, bem acima da média metropolitana, de Dirigentes Públicos, Privados, Grandes e Pequenos Empregadores (estes últimos estando menos relacionados com o caráter de exclusividade do local). Todos estes fatos somados comprovam a relação capitalista, já descrita na revisão bibliográfica, do capital incorporador com o uso solo e seu produto imobiliário. Além disso, percebe-se que os lugares ocupados pela elite são privilegiados em termos de localização, próximo ao Centro da cidade de Belo Horizonte (secundado pelos centros de cidades da RMBH), que é o local de oportunidades. Com isso em mente, faz-se necessária a exibição dos resultados obtidos pela analise dos dados com o questionamento da ultima pergunta. Quem é o público-alvo da dinâmica imobiliária e como está a distribuição dos imóveis residenciais na Região Metropolitana Para se responder adequadamente a essas duas perguntas, deve-se recorrer inicialmente aos percentuais de apartamentos presentes no tabela do Anexo 01. Primeiro é necessária a criação de faixas que expliquem as várias situações encontradas na tabela e na realidade das ruas. Foram arbitrados os seguintes valores, com base na média metropolitana de 14,29% das pessoas morando em apartamentos: se a UEH possui entre 14,29% e 50% foi dada a caracterização de UEH com baixo percentual de apartamentos; entre 50% e 70% como UEH com médio percentual de apartamentos e acima de 70%, como UEH com alto percentual de apartamentos. Para os fins deste relatório, só serão trabalhados os dados das UEH com alto e médio percentual de apartamentos, já que representam vetores já consolidados e/ou em vias de saturação. Mas é recomendável que sejam trabalhados em outra pesquisa os dados das UEH com baixo percentual de apartamentos por elas representarem vetores de expansão em potencial, como será exibido no mapa síntese em anexo. O primeiro passo será apresentar o quadro de evolução da dinâmica imobiliária em Belo Horizonte dos anos 90 e tendências de 2000 segundo os Censos do IBGE. Ao se observar as diferenças entre os percentuais de apartamentos presente na tabela do Anexo 01, percebe-se que houve um crescimento no número de apartamentos, difuso por toda RMBH. Todas as UEH, com exceção de 32, obtiveram crescimento no número de apartamentos acima dos índices médios metropolitanos, o que indica que a atividade incorporadora foi generalizada e irrestrita. Outra observação importante é que todas as UEH com alto e médio percentual de apartamentos, com exceção das UEH Santa Cruz/Glória, obtiveram aumentos acima da média e duas UEH, Serra/Mangabeiras e Jardim América, alcançaram patamares de crescimento de apartamentos acima de 10%. Além dessas duas, outras 10 UEH obtiveram o mesmo resultado, sendo todas localizadas no território das cidades de Belo Horizonte e Contagem. Nenhuma dessas UEH possuem percentuais de apartamentos abaixo da média metropolitana. As tabelas de 01 a 06, impressas nos versos das paginas 10 a 14, tratam da dinâmica geral e dos perfis dos moradores de apartamento em Belo Horizonte. Utilizando-se de variáveis como Tipo de Domicilio, Condição de Domicílio, Grupos Ocupacionais, Faixas de Renda e Anos de Estudo, pretende-se descobrir padrões gerais sobre quem mora em que tipo de domicilio e como mora. 13

14 A tabela 01 faz uma comparação entre tipo e condição de domicílio, com vistas a determinar quais são as formas mais usuais de condição de ocupação para cada tipo de moradia aluguel, posse, cessão ou outro. Ao se observar os dados, descobre-se que há um alto percentual de pessoas morando em apartamentos alugados, baixos percentuais de pessoas residindo em apartamentos cedidos e um percentual semelhante de pessoas morando em cômodos alugados e cedidos. Isso demonstra o caráter de imóvel produzido com fins de troca e reserva de valor, e revela também uma face do mercado imobiliário informal. A tabela 02, que é um cruzamento entre tipo de domicilio e categorias, pretende revelar o uso dos tipos de domicilio pelos diversos grupos sociais, determinando preferências ou padrões. Há uma presença marcante de dirigentes, intelectuais e de pessoas do grupo médio residindo em apartamentos. Observa-se também que a grande maioria dos intelectuais reside em apartamentos, além de que a grande maioria das pessoas dos grupos mais baixos reside em casas, mas proporcionalmente estes são mais facilmente encontrados residindo em cômodos. Isso demonstra mais uma vez a relação capitalista já explicada anteriormente: as pessoas que não apenas possuem mais dinheiro, mas também melhor posicionamento na sociedade consegue tem melhores condições de habitação, residindo em locais onde a disputa por terra é tão alta, que é economicamente viável para um incorporador ali trabalhar em busca de lucros provenientes de tal localização. A tabela 03 é semelhante à tabela 02: apresenta o cruzamento das categorias ocupacionais com as condições de domicilio, determinando-se a relação entre a posição social dos moradores com a sua condição de residência. O que se descobre é que há uma presença equânime em todos os grupos de pessoas residindo em apartamentos alugados, o que sugere uma difusão da prática do aluguel. Porém, em termos quantitativos, o aluguel é mais presente entre os grupos médio e trabalhadores do secundário. Além disso, a cessão é uma pratica relativamente mais alta entre os grupos operários. A tabela 04 pretende confirmar as questões trazidas à baila pela pergunta Onde estão os ricos de Belo Horizonte : ao se cruzar a variável de tipo de domicilio pelas faixas de renda, espera-se obter relações mais explicitas entre perfil de renda e tipo de domicílio, comprovando o caráter capitalista da dinâmica imobiliária e sua característica de elitização dos espaços. A principal conclusão obtida através dessa tabela é que há sim relação direta de proporção entre renda e tipo de domicílio: quanto maior a renda, maior a chance de se residir em um apartamento, habitação mais comumente produzida pelo mercado imobiliário empresarial. O que surpreende nesta tabela é a tendência, revelada anteriormente na tabela 04, de pessoas pertencentes às categorias ocupacionais e rendas mais baixas optarem mais pelo modo de habitação casa. Tal pode ser explicado, tanto pelo fato da moradia ser mais barata, quanto pela flexibilidade da casa como objeto imobiliário, que pode ser subdivida em fragmentos e compartilhada por outras famílias, e servir também como espaço de trabalho e produção, o que a torna um ótimo instrumento de sobrevivência. A tabela 05 é o cruzamento das variáveis anos de estudo e tipo de domicílio. Sendo a primeira das duas tabelas que apresentam dados relativos ao perfil do residente de cada tipo, a tabela pretende determinar o perfil de escolaridade do morador, e com isso, determinar indiretamente a sua posição na sociedade. A principal observação que se pode extrair de tal tabela é de que existe uma relação de proporção quase perfeita entre 14

15 escolaridade e tipo de moradia: quanto maior a escolaridade é mais provável se morar em apartamento. Tal máxima é válida para todas as faixas de escolaridade, com exceção da faixa que compreende as pessoas com mais de 17 anos de estudos. Nesse caso há mais pessoas residindo em casas do que em apartamentos, o que pode indicar que tal padrão seja mais uma questão de escolha, pois pessoas com tais índices de escolaridade tendem a pertencer aos grupos dirigentes. Por fim, a tabela 06 pretende gerar um perfil dos moradores de cada tipo de moradia com base na relação entre as variáveis de bens de consumo Automóveis e Máquina de Lavar com o tipo de domicilio. A primeira conclusão feita é de que há uma concentração expressiva de proprietários de um automóvel ou mais residindo em apartamentos, maior que a média metropolitana; ao se considerar apenas os donos de dois ou mais automóveis, o percentual destes que moram em apartamentos aumenta consideravelmente. A segunda conclusão é que, as máquinas de lavar, um bem de consumo não universalizado e de posse tão difícil quanto um automóvel (observe as médias metropolitanas no Anexo 01), estão fortemente concentrados nas mãos dos residentes de apartamentos, sendo mais presentes nas vidas destes que os automóveis. 15

16 CONCLUSÃO A presente pesquisa conseguiu comprovar várias afirmações da bibliografia, com informações relacionadas à RMBH, e determinou com sucesso um perfil básico do morador de apartamento e quais regiões foram mais afetadas pela dinâmica imobiliária. Apesar do presente relatório não mencionar, foram analisadas as UEH de médio e alto percentuais de apartamento, sendo gerado um perfil para os residentes de apartamento em tais UEH. Por questões de espaço, não foi incluída neste relatório tal analise e suas tabelas, mas recomenda-se que tais análises pormenorizadas sejam aprofundadas e publicadas em outra ocasião. Ainda assim, o tema de dinâmica imobiliária não se esgota nas analises dos dados do IBGE, sendo necessárias também a utilização de bancos de dados do IPTU e do SINDUSCON-MG de forma a descobrir, com maior grau de confiabilidade, os padrões construtivos, áreas, e os anos exatos em que foram aprovados/lançados, algo impossível de se obter através das pesquisas do IBGE. 16

17 ANEXO 01: TABELA DOS PERCENTUAIS DE APARTAMENTO POR UEH s PARA 1991/

18 ANEXO 01: TABELA DOS PERCENTUAIS DE APARTAMENTO POR UEH s PARA 1991/

19 ANEXO 03: MAPA SINTESE DE DINAMICA IMOBILIÁRIA. 19

20 BIBLIOGRAFIA MARQUES, Eduardo. A dinâmica imobiliária de incorporação em período recente (C.9 p ) In MARQUES, E.; TORRES, H. (Org.) São Paulo: segregação, pobreza e desigualdades sociais. São Paulo: Editora Senac São Paulo, ABRAMO, Pedro. A incerteza e a inovação na estruturação urbana: elementos da dinâmica imobiliária. III ENCONTRO NACIONAL DA ANPUR, Águas de São Pedro, Anais... RIBEIRO, Luiz César de Queiroz. Dos cortiços aos condomínios fechados. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; IPPUR, UFRJ: Fase, Cap.1 A Urbanização e a Questão Fundiária (p.37-50) SINGER, Paul. O uso do solo urbano na economia capitalista. Rio De Janeiro: Civilização Brasileira: IPPUR, UFRJ: Fase, In: MARICATO, Ermínia A produção capitalista da casa (e da cidade) no Brasil Industrial. 2. ed. São Paulo, SP: Alfa Omega, MENDONÇA, Jupira Gomes de. Segregação e mobilidade residencial na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Tese de Doutoramento - Rio de Janeiro: IPPUR, UFRJ: Fase,

Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es).

Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es). A QUALIDADE DE VIDA SOB A ÓTICA DAS DINÂMICAS DE MORADIA: A IDADE ENQUANTO UM FATOR DE ACÚMULO DE ATIVOS E CAPITAL PESSOAL DIFERENCIADO PARA O IDOSO TRADUZIDO NAS CONDIÇÕES DE MORADIA E MOBILIDADE SOCIAL

Leia mais

Como estruturar empreendimentos mistos

Como estruturar empreendimentos mistos 1 Como estruturar empreendimentos mistos Por Mariana Borges Altmayer Advogada esclarece dúvidas sobre o registro de incorporação, a convenção de condomínio e o modelo de gestão para empreendimentos de

Leia mais

Urbanização Brasileira

Urbanização Brasileira Urbanização Brasileira O Brasil é um país com mais de 190 milhões de habitantes. A cada 100 pessoas que vivem no Brasil, 84 moram nas cidades e 16 no campo. A população urbana brasileira teve seu maior

Leia mais

Panorama da avaliação de programas e projetos sociais no Brasil. Martina Rillo Otero

Panorama da avaliação de programas e projetos sociais no Brasil. Martina Rillo Otero Panorama da avaliação de programas e projetos sociais no Brasil Martina Rillo Otero 1 Sumário Objetivos da pesquisa Metodologia Quem foram as organizações que responderam à pesquisa? O que elas pensam

Leia mais

A REINSERÇÃO DE NOVA ESPERANÇA NA REDE URBANA DE MARINGÁ: UMA PROPOSTA DE ESTUDO

A REINSERÇÃO DE NOVA ESPERANÇA NA REDE URBANA DE MARINGÁ: UMA PROPOSTA DE ESTUDO A REINSERÇÃO DE NOVA ESPERANÇA NA REDE URBANA DE MARINGÁ: UMA PROPOSTA DE ESTUDO 5 Amanda dos Santos Galeti Acadêmica de Geografia - UNESPAR/Paranavaí amanda_galeti@hotmail.com Kamily Alanis Montina Acadêmica

Leia mais

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Setembro/2013 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO 1. O que são unidades de conservação (UC)?

Leia mais

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia Módulo 1 Questões Básicas da Economia 1.1. Conceito de Economia Todos nós temos uma série de necessidades. Precisamos comer, precisamos nos vestir, precisamos estudar, precisamos nos locomover, etc. Estas

Leia mais

Urbanização no Brasil

Urbanização no Brasil Urbanização no Brasil Urbanização é o aumento proporcional da população urbana em relação à população rural. Segundo esse conceito, só ocorre urbanização quando o crescimento da população urbana é superior

Leia mais

História da Habitação em Florianópolis

História da Habitação em Florianópolis História da Habitação em Florianópolis CARACTERIZAÇÃO DAS FAVELAS EM FLORIANÓPOLIS No início do século XX temos as favelas mais antigas, sendo que as primeiras se instalaram em torno da região central,

Leia mais

Parte V Financiamento do Desenvolvimento

Parte V Financiamento do Desenvolvimento Parte V Financiamento do Desenvolvimento CAPÍTULO 9. O PAPEL DOS BANCOS PÚBLICOS CAPÍTULO 10. REFORMAS FINANCEIRAS PARA APOIAR O DESENVOLVIMENTO. Questão central: Quais as dificuldades do financiamento

Leia mais

Ao dormir, todos somos vulneráveis. William Shakespeare NOTA TÉCNICA. Adma Figueiredo. Eloisa Domingues. Ivete Rodrigues

Ao dormir, todos somos vulneráveis. William Shakespeare NOTA TÉCNICA. Adma Figueiredo. Eloisa Domingues. Ivete Rodrigues Ao dormir, todos somos vulneráveis. William Shakespeare NOTA TÉCNICA Tipologia da Vulnerabilidade Social na Bacia Hidrográfica do São Francisco, Brasil Adma Figueiredo Geógrafa IBGE Eloisa Domingues Geógrafa

Leia mais

1.3. Planejamento: concepções

1.3. Planejamento: concepções 1.3. Planejamento: concepções Marcelo Soares Pereira da Silva - UFU O planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência

Leia mais

A URBANIZAÇÃO SOB O CAPITALISMO E SEUS PROBLEMAS. www.tiberiogeo.com.br A Geografia Levada a Sério

A URBANIZAÇÃO SOB O CAPITALISMO E SEUS PROBLEMAS. www.tiberiogeo.com.br A Geografia Levada a Sério A URBANIZAÇÃO SOB O CAPITALISMO E SEUS PROBLEMAS 1 Industrialização e urbanização A industrialização dá o tom da urbanização contemporânea; Teve seu início próxima as áreas de matériasprimas e água; Ela

Leia mais

MUDANÇAS DA ORDEM URBANA DAS METRÓPOLES LIVROS COMPARATIVOS Ciência e Tecnologia Ministério da Ciência e Tecnologia

MUDANÇAS DA ORDEM URBANA DAS METRÓPOLES LIVROS COMPARATIVOS Ciência e Tecnologia Ministério da Ciência e Tecnologia MUDANÇAS DA ORDEM URBANA DAS METRÓPOLES LIVROS COMPARATIVOS Ciência e Tecnologia Ministério da Ciência e Tecnologia Capítulo 6 Organização Social do Território e formas de provisão de moradia Seminário

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

PRATICANDO EXERCÍCIOS - 2013. Colégio Santa Clara Prof. Marcos

PRATICANDO EXERCÍCIOS - 2013. Colégio Santa Clara Prof. Marcos PRATICANDO EXERCÍCIOS - 2013 Colégio Santa Clara Prof. Marcos Densidade e crescimento demográfico brasileiro (FUVEST 2011) E este mapa, por que que ele difere dos demais? a) Correlacione as informações

Leia mais

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras 1. DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável, das áreas onde atuamos e

Leia mais

INCT Observatório das Metrópoles. Acesso às tecnologias digitais no Brasil Metropolitano Documento preliminar

INCT Observatório das Metrópoles. Acesso às tecnologias digitais no Brasil Metropolitano Documento preliminar INCT Observatório das Metrópoles Acesso às tecnologias digitais no Brasil Metropolitano Documento preliminar As mudanças desencadeadas pelo avanço da tecnologia digital hoje, no Brasil, não tem precedentes.

Leia mais

FINANCIAMENTO DO DESENVOLVIMENTO URBANO

FINANCIAMENTO DO DESENVOLVIMENTO URBANO FINANCIAMENTO DO DESENVOLVIMENTO URBANO As condições para o financiamento do desenvolvimento urbano estão diretamente ligadas às questões do federalismo brasileiro e ao desenvolvimento econômico. No atual

Leia mais

Planejamento Estratégico

Planejamento Estratégico Planejamento Estratégico Análise externa Roberto César 1 A análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças, bem como a

Leia mais

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. Uma arma verdadeiramente competitiva Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos "Uma arma verdadeiramente competitiva" Pequeno Histórico No período do pós-guerra até a década de 70, num mercado em franca expansão, as empresas se voltaram

Leia mais

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA Autores: Fábio Bruno da Silva Marcos Paulo de Sá Mello Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária INTRODUÇÃO

Leia mais

MANUAL GERENCIAMENTO DE RISCO DE MERCADO

MANUAL GERENCIAMENTO DE RISCO DE MERCADO 1 - INTRODUÇÃO Define-se como risco de mercado a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições detidas pela Cooperativa, o que inclui os riscos das operações

Leia mais

Notas metodológicas. Objetivos

Notas metodológicas. Objetivos Notas metodológicas Objetivos Qual é a população de empresa em um determinado ano? Esta é aparentemente uma pergunta simples, entretanto, existem inúmeras questões envolvidas na definição, identificação

Leia mais

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA IMPACTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO PRODUTO INTERNO BRUTO BRASILEIRO

Leia mais

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras 2012 2 Sumário Apresentação... 3 A Pesquisa Perfil dos Empreendedores Sul Mineiros Sexo. 4 Estado Civil.. 5 Faixa Etária.. 6 Perfil

Leia mais

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 11 de maio de 2011 Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO SPAECE-ALFA E DAS AVALIAÇÕES DO PRÊMIO ESCOLA NOTA DEZ _ 2ª Etapa 1. INTRODUÇÃO Em 1990, o Sistema de Avaliação

Leia mais

ANEXO 2 - INDICADORES EDUCACIONAIS 1

ANEXO 2 - INDICADORES EDUCACIONAIS 1 ES R O D A C I D N I 2 O X E N A EDUCACIONAIS 1 ANEXO 2 1 APRESENTAÇÃO A utilização de indicadores, nas últimas décadas, na área da educação, tem sido importante instrumento de gestão, pois possibilita

Leia mais

SIMULAÇÃO DE GESTÃO EMPRESARIAL

SIMULAÇÃO DE GESTÃO EMPRESARIAL SIMULAÇÃO DE GESTÃO EMPRESARIAL I INTRODUÇÃO O JOGO DE GESTÃO EMPRESARIAL é uma competição que simula a concorrência entre empresas dentro de um mercado. O jogo se baseia num modelo que abrange ao mesmo

Leia mais

AVALIAÇÃO E CONSULTORIA IMOBILIÁRIA (VALUATION & ADVISORY)

AVALIAÇÃO E CONSULTORIA IMOBILIÁRIA (VALUATION & ADVISORY) Valuation & Advisory América do sul A Cushman & Wakefield é a maior empresa privada de serviços imobiliários comerciais do mundo. Fundada em Nova York, em 1917, tem 250 escritórios em 60 países e 16.000

Leia mais

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Julho 2009

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Julho 2009 Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Julho 2009 Desafios do Programa Habitacional Minha Casa Minha Vida Profa. Dra. Sílvia Maria Schor O déficit habitacional brasileiro é

Leia mais

A USINA HIDRELÉTRICA DO ESTREITO-MA: ANÁLISE DE SEUS ESPAÇOS DE INFLUÊNCIA SOB A CONTRIBUIÇÃO DO TRABALHO DE MILTON SANTOS

A USINA HIDRELÉTRICA DO ESTREITO-MA: ANÁLISE DE SEUS ESPAÇOS DE INFLUÊNCIA SOB A CONTRIBUIÇÃO DO TRABALHO DE MILTON SANTOS Thaís Samara de Castro Bezerra José Carlos Bezerra Universidade Estadual da Paraíba UEPB thaissamara@hotmail.com karligor@hotmail.com A USINA HIDRELÉTRICA DO ESTREITO-MA: ANÁLISE DE SEUS ESPAÇOS DE INFLUÊNCIA

Leia mais

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros 1 of 5 11/26/2010 2:57 PM Comunicação Social 26 de novembro de 2010 PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009 Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros O número de domicílios

Leia mais

DIMENSÕES DO TRABAHO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE: O ENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÕES DE TRABALHO PRECOCE

DIMENSÕES DO TRABAHO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE: O ENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÕES DE TRABALHO PRECOCE Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 18 a 22 de outubro, 2010 337 DIMENSÕES DO TRABAHO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE: O ENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM

Leia mais

---- ibeu ---- ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO

---- ibeu ---- ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO INSTITUTO NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA CNPq/FAPERJ/CAPES ---- ibeu ---- ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO COORDENAÇÃO LUIZ CÉSAR DE QUEIROZ RIBEIRO EQUIPE RESPONSÁVEL ANDRÉ RICARDO SALATA LYGIA GONÇALVES

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

Mudanças Socioespaciais em um Mundo Globalizado

Mudanças Socioespaciais em um Mundo Globalizado Mudanças Socioespaciais em um Mundo Globalizado Colégio Salesiano São José 8º ano Geografia Professor: Juliano Mudanças no Espaço Geográfico Como ocorrem essas mudanças: Formas; Funções; Fluxos; Modos

Leia mais

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR APRESENTAÇÃO DO TI O Trabalho Interdisciplinar é um projeto desenvolvido ao longo dos dois primeiros bimestres do curso. Os alunos tem a oportunidade de visualizar a unidade da estrutura curricular do

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

Sumário Executivo. Amanda Reis. Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo

Sumário Executivo. Amanda Reis. Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo Comparativo entre o rendimento médio dos beneficiários de planos de saúde individuais e da população não coberta por planos de saúde regional e por faixa etária Amanda Reis Luiz Augusto Carneiro Superintendente

Leia mais

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental O momento certo para incorporar as mudanças A resolução 4.327 do Banco Central dispõe que as instituições

Leia mais

Conceito de Contabilidade

Conceito de Contabilidade !" $%&!" #$ "!%!!&$$!!' %$ $(%& )* &%""$!+,%!%!& $+,&$ $(%'!%!-'"&!%%.+,&(+&$ /&$/+0!!$ & "!%!!&$$!!' % $ $(% &!)#$ %1$%, $! "# # #$ &&$ &$ 0&$ 01% & $ #$ % & #$&&$&$&* % %"!+,$%2 %"!31$%"%1%%+3!' #$ "

Leia mais

AS TRANSFORMAÇÕES SOCIOESPACIAIS NA REGIÃO DO BARREIRO: A METROPOLIZAÇÃO NA PERIFERIA DE BELO HORIZONTE.

AS TRANSFORMAÇÕES SOCIOESPACIAIS NA REGIÃO DO BARREIRO: A METROPOLIZAÇÃO NA PERIFERIA DE BELO HORIZONTE. AS TRANSFORMAÇÕES SOCIOESPACIAIS NA REGIÃO DO BARREIRO: A METROPOLIZAÇÃO NA PERIFERIA DE BELO HORIZONTE. Saulo de Paula Pinto e Souza Evânio dos Santos Branquinho 1068 saulodepaula@gmail.com Geografia

Leia mais

1 INTRODUÇÃO. 1.1 Motivação e Justificativa

1 INTRODUÇÃO. 1.1 Motivação e Justificativa 1 INTRODUÇÃO 1.1 Motivação e Justificativa A locomoção é um dos direitos básicos do cidadão. Cabe, portanto, ao poder público normalmente uma prefeitura e/ou um estado prover transporte de qualidade para

Leia mais

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Trabalho / PEM Tema: Frameworks Públicos Grupo: equipe do TCC Entrega: versão digital, 1ª semana de Abril (de 31/03 a 04/04), no e-mail do professor (rodrigues.yuri@yahoo.com.br)

Leia mais

Questão 1. Resposta A. Resposta B

Questão 1. Resposta A. Resposta B Questão 1 Ao longo do século XX, as cidades norte-americanas se organizaram espacialmente de um modo original: a partir do Central Business District (CBD), elas se estruturaram em circunferências concêntricas

Leia mais

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que Supply Chain Management SUMÁRIO Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM) SCM X Logística Dinâmica Sugestões Definição Cadeia de Suprimentos É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até

Leia mais

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS POLÍTICA DE INVESTIMENTOS Segurança nos investimentos Gestão dos recursos financeiros Equilíbrio dos planos a escolha ÍNDICE INTRODUÇÃO...3 A POLÍTICA DE INVESTIMENTOS...4 SEGMENTOS DE APLICAÇÃO...7 CONTROLE

Leia mais

COMPUTADORES NAS EMPRESAS Cloud Computing Prof. Reginaldo Brito

COMPUTADORES NAS EMPRESAS Cloud Computing Prof. Reginaldo Brito COMPUTADORES NAS EMPRESAS Prof. Reginaldo Brito Os computadores são essenciais para enfrentar o desafio da concorrência global, na qual as empresas precisam ser eficientes e ágeis e tem de produzir produtos

Leia mais

Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO

Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO Abril/2014 Porto Velho/Rondônia Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO Terceiro Setor É uma terminologia sociológica que

Leia mais

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO INTRODUÇÃO Os processos empresariais são fluxos de valor

Leia mais

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Setembro de 2010 Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente

Leia mais

SERVIÇO DE ANÁLISE DE REDES DE TELECOMUNICAÇÕES APLICABILIDADE PARA CALL-CENTERS VISÃO DA EMPRESA

SERVIÇO DE ANÁLISE DE REDES DE TELECOMUNICAÇÕES APLICABILIDADE PARA CALL-CENTERS VISÃO DA EMPRESA SERVIÇO DE ANÁLISE DE REDES DE TELECOMUNICAÇÕES APLICABILIDADE PARA CALL-CENTERS VISÃO DA EMPRESA Muitas organizações terceirizam o transporte das chamadas em seus call-centers, dependendo inteiramente

Leia mais

O papel do estado no urbano

O papel do estado no urbano O papel do estado no urbano O papel do estado na afirmação da segregação Fabiana Rezende Poliana Alessandra Lorena Yoshiko A segregação no espaço urbano pode ser encontrada em várias esferas, iremos analisar

Leia mais

Programa de Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais. Secretaria Nacional de Programas Urbanos

Programa de Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais. Secretaria Nacional de Programas Urbanos Programa de Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais Secretaria Nacional de Programas Urbanos CONCEITOS Área Urbana Central Bairro ou um conjunto de bairros consolidados com significativo acervo edificado

Leia mais

ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO DA REGIÃO METROPOLITANA DE FLORIANÓPOLIS

ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO DA REGIÃO METROPOLITANA DE FLORIANÓPOLIS ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO DA REGIÃO METROPOLITANA DE FLORIANÓPOLIS Gustavo Henrique P. Costa INTRODUÇÃO Recentemente o INCT Observatório das Metrópoles divulgou o livro e também e-book intitulado Índice

Leia mais

Diretrizes visando a melhoria de projetos e soluções construtivas na expansão de habitações de interesse social 1

Diretrizes visando a melhoria de projetos e soluções construtivas na expansão de habitações de interesse social 1 Diretrizes visando a melhoria de projetos e soluções construtivas na expansão de habitações de interesse social 1 1. INTRODUÇÃO 1.1. Justificativa O tema estudado no presente trabalho é a expansão de habitações

Leia mais

O CENSO 2010: BREVE APRESENTAÇÃO E RELEVÂNCIA PARA A GEOGRAFIA

O CENSO 2010: BREVE APRESENTAÇÃO E RELEVÂNCIA PARA A GEOGRAFIA O CENSO 2010: BREVE APRESENTAÇÃO E RELEVÂNCIA PARA A GEOGRAFIA BRUNO DE OLIVEIRA SOUZA 1 e RÚBIA GOMES MORATO 2 brunooliveira_souza@hotmail.com, rubiagm@gmail.com 1 Aluno do curso de Geografia Unifal-MG

Leia mais

MERCADO DE TRABALHO NA PRODUÇÃO DE ALGODÃO E SOJA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA

MERCADO DE TRABALHO NA PRODUÇÃO DE ALGODÃO E SOJA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA MERCADO DE TRABALHO NA PRODUÇÃO DE ALGODÃO E SOJA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA Alexandre Nunes de Almeida 1 ; Augusto Hauber Gameiro 2. (1) Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, CEPEA/ESALQ/USP,

Leia mais

Cidade e Urbano: uma caracterização do terciário superior (mini-curso)

Cidade e Urbano: uma caracterização do terciário superior (mini-curso) 1 Cidade e Urbano: uma caracterização do terciário superior (mini-curso) II Seminário do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas As Ciências Sociais e Aplicadas na era dos Serviços. Profa.Mariângela Alice

Leia mais

HETEROGENEIDADE ESTRUTURAL NO SETOR DE SERVIÇOS BRASILEIRO

HETEROGENEIDADE ESTRUTURAL NO SETOR DE SERVIÇOS BRASILEIRO HETEROGENEIDADE ESTRUTURAL NO SETOR DE SERVIÇOS BRASILEIRO João Maria de Oliveira* 2 Alexandre Gervásio de Sousa* 1 INTRODUÇÃO O setor de serviços no Brasil ganhou importância nos últimos tempos. Sua taxa

Leia mais

FAZER ESTES ITENS NO FINAL, QUANDO O TRABALHO ESTIVER PRONTO

FAZER ESTES ITENS NO FINAL, QUANDO O TRABALHO ESTIVER PRONTO 1. CAPA 2. SUMÁRIO 3. INTRODUÇÃO FAZER ESTES ITENS NO FINAL, QUANDO O TRABALHO ESTIVER PRONTO 4. DESCRIÇÃO DA EMPRESA E DO SERVIÇO 4.1 Descrever sua Visão, VISÃO DA EMPRESA COMO VOCÊS IMAGINAM A EMPRESA

Leia mais

na região metropolitana do Rio de Janeiro

na região metropolitana do Rio de Janeiro O PERFIL DOS JOVENS EMPREENDEDORES na região metropolitana do Rio de Janeiro NOTA CONJUNTURAL MARÇO DE 2013 Nº21 PANORAMA GERAL Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) de 2011,

Leia mais

SUGESTÕES PARA A REFORMULAÇÃO DOS SISTEMAS DE TRANSPORTE PÚBLICO DE PASSAGEIROS URBANOS E METROPOLITANO DE PORTO ALEGRE 1

SUGESTÕES PARA A REFORMULAÇÃO DOS SISTEMAS DE TRANSPORTE PÚBLICO DE PASSAGEIROS URBANOS E METROPOLITANO DE PORTO ALEGRE 1 SUGESTÕES PARA A REFORMULAÇÃO DOS SISTEMAS DE TRANSPORTE PÚBLICO DE PASSAGEIROS URBANOS E METROPOLITANO DE PORTO ALEGRE 1 Contribuições ao debate do Conselho Deliberativo Metropolitano - CDM Por Mauri

Leia mais

Intervenção Pública na década de 90:

Intervenção Pública na década de 90: Intervenção Pública na década de 90: Uma análise dos impactos espaciais do Programa Rio-Cidade no mercado imobiliário da cidade do Rio de Janeiro Andrea Paulo da Cunha PULICI Observatório Imobiliário e

Leia mais

Aplicações da FPA em Insourcing e Fábrica de Software

Aplicações da FPA em Insourcing e Fábrica de Software Aplicações da FPA em Insourcing e Fábrica de Software Copyright 2002 por FATTO CONSULTORIA E SISTEMA LTDA. Esta publicação não poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer modo ou meio, no todo ou

Leia mais

Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3

Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3 Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3 Teorias da Administração Aula 3 Teoria Científica Taylorismo (Continuação) Taylor observou que, ao realizar a divisão de tarefas, os operários

Leia mais

INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO

INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO O ESTADO VEIO TENDO, NO DECORRER DO SÉCULO XX, ACENTUADO PAPEL NO RELACIONAMENTO ENTRE DOMÍNIO JURÍDICO E O ECONÔMICO. HOJE, TAL RELAÇÃO JÁ SOFRERA PROFUNDAS

Leia mais

Categorias Temas Significados Propostos

Categorias Temas Significados Propostos 91 5. Conclusão O objetivo do presente trabalho foi descrever a essência do significado da experiência consultiva para profissionais de TI que prestam de serviços de consultoria na área de TI. Para atingir

Leia mais

DIMENSIONANDO PROJETOS DE WEB-ENABLING. Uma aplicação da Análise de Pontos de Função. Dimensionando projetos de Web- Enabling

DIMENSIONANDO PROJETOS DE WEB-ENABLING. Uma aplicação da Análise de Pontos de Função. Dimensionando projetos de Web- Enabling DIMENSIONANDO PROJETOS DE WEB-ENABLING Uma aplicação da Análise de Pontos de Função Dimensionando projetos de Web- Enabling Índice INTRODUÇÃO...3 FRONTEIRA DA APLICAÇÃO E TIPO DE CONTAGEM...3 ESCOPO DA

Leia mais

A urbanização Brasileira

A urbanização Brasileira A urbanização Brasileira Brasil Evolução da população ruralurbana entre 1940 e 2006. Fonte: IBGE. Anuário estatístico do Brasil, 1986, 1990, 1993 e 1997; Censo demográfico, 2000; Síntese Fonte: IBGE. Anuário

Leia mais

Análise do Ambiente estudo aprofundado

Análise do Ambiente estudo aprofundado Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5 Disciplina Gestão Estratégica e Serviços 7º Período Administração 2013/2 Análise do Ambiente estudo aprofundado Agenda: ANÁLISE DO AMBIENTE Fundamentos Ambientes

Leia mais

Panorama da Avaliação. de Projetos Sociais de ONGs no Brasil

Panorama da Avaliação. de Projetos Sociais de ONGs no Brasil Panorama da Avaliação de Projetos Sociais de ONGs no Brasil Realização Parceria Iniciativa Este documento foi elaborado para as organizações que colaboraram com a pesquisa realizada pelo Instituto Fonte,

Leia mais

Reunião de Abertura do Monitoramento 2015. Superintendência Central de Planejamento e Programação Orçamentária - SCPPO

Reunião de Abertura do Monitoramento 2015. Superintendência Central de Planejamento e Programação Orçamentária - SCPPO Reunião de Abertura do Monitoramento 2015 Superintendência Central de Planejamento e Programação Orçamentária - SCPPO Roteiro da Apresentação 1. Contextualização; 2. Monitoramento; 3. Processo de monitoramento;

Leia mais

7 etapas para construir um Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis de sucesso

7 etapas para construir um Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis de sucesso 7 etapas para construir um Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis de sucesso Saiba como colocar o PINS em prática no agronegócio e explore suas melhores opções de atuação em rede. Quando uma empresa

Leia mais

A Concentração do Capital Humano e o Desenvolvimento das Cidades

A Concentração do Capital Humano e o Desenvolvimento das Cidades A Concentração do Capital Humano e o Desenvolvimento das Cidades Bernardo L. Queiroz Departamento de Demografia CEDEPLAR/UFMG O ESPAÇO METROPOLITANO NA PERSPECTIVA DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Referências

Leia mais

Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Pós-graduação à distância e Mercado de Trabalho Sandra Rodrigues

Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Pós-graduação à distância e Mercado de Trabalho Sandra Rodrigues Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Pós-graduação à distância e Mercado de Trabalho Sandra Rodrigues Resumo: O trabalho intenta investigar o cenário de pós-graduação à distância na área das Ciências

Leia mais

CONTRIBUIÇÃO AO PROCESSO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA n o 001/2008:

CONTRIBUIÇÃO AO PROCESSO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA n o 001/2008: CONTRIBUIÇÃO AO PROCESSO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA n o 001/2008: Procedimentos para análise dos limites, condições e restrições para participação de agentes econômicos nas atividades do setor de energia elétrica

Leia mais

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA Constata-se que o novo arranjo da economia mundial provocado pelo processo de globalização tem afetado as empresas a fim de disponibilizar

Leia mais

PLANO DIRETOR MUNICIPAL

PLANO DIRETOR MUNICIPAL PLANO DIRETOR MUNICIPAL Todos os municípios têm por atribuição constitucional a responsabilidade de exercer o controle sobre o uso e ocupação do solo, e criar condições para o desenvolvimento sustentável

Leia mais

CP 013/14 Sistemas Subterrâneos. Questões para as distribuidoras

CP 013/14 Sistemas Subterrâneos. Questões para as distribuidoras CP 013/14 Sistemas Subterrâneos Questões para as distribuidoras 1) Observa-se a necessidade de planejamento/operacionalização de atividades entre diversos agentes (distribuidoras, concessionárias de outros

Leia mais

PLANEJAMENTO DA MANUFATURA

PLANEJAMENTO DA MANUFATURA 58 FUNDIÇÃO e SERVIÇOS NOV. 2012 PLANEJAMENTO DA MANUFATURA Otimizando o planejamento de fundidos em uma linha de montagem de motores (II) O texto dá continuidade à análise do uso da simulação na otimização

Leia mais

INCT Observatório das Metrópoles

INCT Observatório das Metrópoles INCT Observatório das Metrópoles INDICADORES SOCIAIS PARA AS REGIÕES METROPOLITANAS BRASILEIRAS: EXPLORANDO DADOS DE 2001 A 2009 Apresentação Equipe Responsável Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro Marcelo Gomes

Leia mais

DESIGUALDADE AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE SALINAS MG

DESIGUALDADE AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE SALINAS MG DESIGUALDADE AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE SALINAS MG BRENO FURTADO LIMA 1, EDUARDO OLIVEIRA JORGE 2, FÁBIO CHAVES CLEMENTE 3, GUSTAVO ANDRADE GODOY 4, RAFAEL VILELA PEREIRA 5, ALENCAR SANTOS 6 E RÚBIA GOMES

Leia mais

A URBANIZAÇÃO BRASILEIRA. www.tiberiogeo.com.br A Geografia Levada a Sério

A URBANIZAÇÃO BRASILEIRA. www.tiberiogeo.com.br A Geografia Levada a Sério A URBANIZAÇÃO BRASILEIRA 1 Início de nossa urbanização Segundo o Censo 2010 aponta que aproximadamente 85% é urbano; Nossa economia estava voltada para a exportação; As primeiras ocupações urbanas se deram

Leia mais

Boletim de Conjuntura Imobiliária. Clipping. Águas Claras é a cidade mais rentável do Distrito Federal. 46ª Edição Comercial Abril de 2014

Boletim de Conjuntura Imobiliária. Clipping. Águas Claras é a cidade mais rentável do Distrito Federal. 46ª Edição Comercial Abril de 2014 + Boletim de Conjuntura Imobiliária 46ª Edição Comercial Secovi-DF, Setor de Diversões Sul, Bloco A, nº44, Centro Comercial Boulevard,Salas422/424, (61)3321-4444, www.secovidf.com.br Econsult Consultoria

Leia mais

Unesp 2014/2 Geografia 2ª Fase

Unesp 2014/2 Geografia 2ª Fase QUESTÃO 5 (Placas Tectônicas e Terremotos) A partir das informações apresentadas e de conhecimentos geográficos, indique as áreas e as razões que levam algumas zonas do planeta a estarem sujeitas a maior

Leia mais

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho Pesquisa Semesp A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho 2008 Ensino superior é um forte alavancador da carreira profissional A terceira Pesquisa Semesp sobre a formação acadêmica dos profissionais

Leia mais

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Indicadores CNI RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Previdência 20 Maioria dos brasileiros apoia mudanças na previdência Sete em cada dez brasileiros reconhecem que o sistema previdenciário brasileiro apresenta

Leia mais

Marketing. Aula 06. Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

Marketing. Aula 06. Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Marketing Aula 06 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia e

Leia mais

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 O RISCO DOS DISTRATOS O impacto dos distratos no atual panorama do mercado imobiliário José Eduardo Rodrigues Varandas Júnior

Leia mais

AS PROFISSÕES DE CONTADOR, ECONOMISTA E ADMINISTRADOR: O QUE FAZEM E ONDE TRABALHAM

AS PROFISSÕES DE CONTADOR, ECONOMISTA E ADMINISTRADOR: O QUE FAZEM E ONDE TRABALHAM 1 AS PROFISSÕES DE CONTADOR, ECONOMISTA E ADMINISTRADOR: O QUE FAZEM E ONDE TRABALHAM De acordo com uma pesquisa realizada em Brasília, conforme consta em reportagem publicada pelo jornalista Luis Bissigo,

Leia mais

Conjunto de pessoas que formam a força de trabalho das empresas.

Conjunto de pessoas que formam a força de trabalho das empresas. 1. OBJETIVOS Estabelecer diretrizes que norteiem as ações das Empresas Eletrobras quanto à promoção do desenvolvimento sustentável, buscando equilibrar oportunidades de negócio com responsabilidade social,

Leia mais

-Esta apresentação foi realizada no âmbito do projeto Moradia é Central durante a Oficina 3 - Financiamento para habitação social em Centros.

-Esta apresentação foi realizada no âmbito do projeto Moradia é Central durante a Oficina 3 - Financiamento para habitação social em Centros. -Esta apresentação foi realizada no âmbito do projeto Moradia é Central durante a Oficina 3 - Financiamento para habitação social em Centros. -Data: 05/12/2008 -Local: Instituto Pólis MORADIA É CENTRAL

Leia mais

Resolução de Exercícios Orientações aos alunos

Resolução de Exercícios Orientações aos alunos 2015 Resolução de Exercícios Orientações aos alunos Área de Concentração: EXATAS Disciplina de Concentração: FÍSICA Professores: Gustavo Castro de Oliveira, Reine Agostinho Ribeiro. UBERABA 2015 Colégio

Leia mais

INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1

INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1 1.0 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1 1.2 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Qual o objetivo das empresas para a administração financeira? Maximizar valor de mercado da empresa; Aumentar a riqueza dos acionistas.

Leia mais

2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado

2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado 2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado Conteúdo 1. Função Produção 3. Administração da Produção 1 Bibliografia Recomenda Livro Texto: Introdução à Administração Eunice Lacava Kwasnicka - Editora

Leia mais

A estruturação de Grupos de Pesquisa

A estruturação de Grupos de Pesquisa A estruturação de Grupos de Pesquisa Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós- Graduação O que é um Grupo de Pesquisa? Um conjunto de indivíduos organizados hierarquicamente em torno de uma ou, eventualmente, duas

Leia mais

O MAIS COMPLETO SISTEMA DE MONITORAMENTO E ANÁLISE DO MERCADO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO!

O MAIS COMPLETO SISTEMA DE MONITORAMENTO E ANÁLISE DO MERCADO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO! O MAIS COMPLETO SISTEMA DE MONITORAMENTO E ANÁLISE DO MERCADO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO! A evolução da indústria da construção civil A indústria da construção civil evoluiu, assumiu um papel importante

Leia mais