A TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL

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1 A TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL Sandra Maria Castanho 1 Resumo - Este artigo tem por objetivo demonstrar como a Educação a Distância passou por diversas transformações ao longo do tempo e como ocorreu saltos de significativa qualidade em seu processo de ensino aprendizagem sempre que surgiram novas tecnologias de comunicação, desde o surgimento da imprensa até a presente difusão globalizada da internet. Destaca-se também a contribuição da EaD para as discussões em relação as novas necessidades educacionais da sociedade, como a democratização do ensino a todas as camadas sociais e o atendimento a demanda por qualificação profissional. Por fim visualiza-se as inúmeras possibilidades da união entre a Educação a Distância a rede mundial de computadores e o ensino presencial para a evolução do sistema educacional brasileiro. Palavra chave: Educação a Distância no Brasil. Novas Tecnologias. Democratização do Ensino. 1 Mestre em História Política e Movimentos Sociais (UEM) e Tutora a Distância do Curso de História (UEM)

2 A TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL Sandra Maria Castanho 2 O Brasil tem passado por diversas transformações no campo educacional, as novas tecnologias tem proporcionado a aceleração do desenvolvimento da Educação a Distância (EaD) e uma maior transmissão de informações e instruções. Isto pode ser observado nas situações em que a educação convencional é de difícil acesso, seja pelas pessoas residirem em área geograficamente isolada ou por existir um déficit das condições sócio-econômicas que dificultam o acesso das mesmas aos cursos de ensino regular ou superior em período apropriado. A EaD também tem contribuído com aqueles que trabalham em horários que impossibilitam a freqüência em um curso presencial. O processo histórico da Educação a Distância foi marcado por experimentações, sucessos e fracassos. Sua origem foi caracterizada pela educação por correspondência iniciada no final do século XVIII e com ampla divulgação em meados do século XIX. A EaD tem sido adotada em diversos países e com várias possibilidades de atuação. Entre os propósitos da EAD tem aberta e continuada e uma educação que promove a cidadania. Assim, é neste final de milênio que surgem os grandes sistemas de educação superior a distância, primeiramente na Europa e, em seguida, no Canadá, nos Estados Unidos e na Austrália, para depois se expandir a todos os países desenvolvidos e para muitos países em processo de desenvolvimento (GUIMARÃES, 1997, p. 3). No que se refere a implementação da EaD no Brasil, destacamos a fundação das "Escolas Internacionais" em 1904, representando organizações norteamericanas. Um marco importante foi o Jornal do Brasil, que iniciou suas atividades em 1891, noticiando na primeira edição da seção de classificados, anúncio que oferecia a profissionalização por correspondência (datilógrafo), isto comprova como havia tentativas em se buscar alternativas para a melhoria a educação brasileira. 2 Mestre em História Política e Movimentos Sociais (UEM) e Tutora a Distância do Curso de História (UEM)

3 A prática da Educação a Distância no Brasil desenvolveu-se através do uso de correspondências, mas inicialmente houve diversos obstáculos, a falta de agilidade com que era feito o trabalho dos correios e o pouco incentivo recebido por parte das autoridades educacionais e os órgãos governamentais comprometeu a uma maior eficiência da EaD. No ano de 1923, foi fundado a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, por um grupo liderado por Henrique Morize e Roquete Pinto, iniciando a transmissão do conhecimento pelo rádio. A emissora foi doada ao Ministério da Educação e Saúde em 1936, e posteriormente foi criado o Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação. Percebemos que desde o início do século XX até a II Guerra Mundial, aperfeiçoou-se a metodologia utilizada no ensino por correspondência, devido ao surgimento de meios de comunicação de massa como o rádio, que teve grande repercussão principalmente no meio rural. O rádio proporcionou vantagens na disseminação do conhecimento, pelo seu baixo custo e pela facilidade de seu acesso as pessoas residentes em regiões mais distantes das áreas urbanas. A transmissão de programas em rádio podia alcançar lugares mesmo onde não havia energia elétrica, isto facilitou a difusão de mecanismos de melhoria da prática da Educação a Distância. No decorrer do ano de 1939 foi fundado em São Paulo o Instituto Rádio Técnico Monitor, o que proporcionou a propagação da informação através da eletrônica. Em 1941 surgiu o Instituto Universal Brasileiro, seu objetivo era a formação profissional de nível elementar e médio. Outro marco importante para a EAD foi a iniciativa do SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) em 1946 de desenvolver atividades a distância no Rio de Janeiro e em São Paulo, levando o ensino a muitos alunos. Em 1947, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) e o Serviço Social do Comércio (SESC) juntamente com as Emissoras Associadas criaram a Universidade do Ar que também utilizava o rádio com o objetivo de treinar comerciantes e seus empregados em técnicas comerciais. Além do mais, destaca-se a criação do Movimento de Educação de Base (MEB) no início da década de sessenta, cujo objetivo era alfabetizar milhares de jovens e adultos através das chamadas "escolas radiofônicas", principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Porém esse movimento, não foi bem sucedido. Com o surgimento da televisão, programas pré-gravados ou ao vivo começaram a ser usados como meio de comunicação de massa. A partir dos anos 60, diversas iniciativas em todo o mundo mudaram o cenário da EAD, foram usadas intensamente mídias como o rádio e a televisão. No Brasil, o Telecurso Segundo e Primeiro Graus da Fundação Roberto Marinho surgiu no final da década de 70 e destinava-se a oferecer um curso de educação supletiva a distância. Essa iniciativa com grande sucesso, perdura até os dias de hoje (ROMANI, 2000, p. 26).

4 Muitas instituições de ensino a distância surgiram no decorrer das décadas de 1960 a 1980, o que fez com que a EaD se difundisse e se popularizasse por todo o Brasil, no entanto a maioria dessas instituições optou pelo uso do ensino por correspondência. De acordo com o Ministério da Educação, em fins dos anos de 1970 muitos estabelecimentos de ensino utilizaram a metodologia da EaD. A maioria situava-se nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro e priorizavam a transmissão do conhecimento para regiões mais distantes do país, eram ministradas matérias especificas para aqueles que já possuíam uma profissão e que pretendiam aprofundar seu embasamento teórico ou para orientar pessoas que pretendiam fazer exames especializados. Muitos desses cursos por correspondência tinham por base o modelo da Universidade de Wisconsin - USA. A década de 1980 foi marcada pelo início do uso das redes de computadores, o que revolucionou a forma de expansão da Educação a Distância. Com a consolidação da Internet como meio eficiente de comunicação, pesquisadores no mundo todo vislumbraram na rede uma oportunidade para propagar as inovações do processo educacional. O trabalho dos profissionais de educação conjuntamente com os cientistas da computação popularizou o acesso das pessoas às salas de aula virtuais. Surgiram inúmeros grupos de trabalho na rede e bibliotecas online, a tecnologia proporcionou a expansão das redes de aprendizagem, composta por pessoas que tinham por objetivo em comum aprender juntas. Dentro da rede as pessoas têm a liberdade de escolher o seu próprio local e horário de estudo, adequando-os as suas necessidades. De acordo com Rumble (1996, p. 2-3), o desenvolvimento tecnológico alterou as formas de organização dos estudos em EAD, podemos identificar ao longo do tempo quatro distintas gerações tecnológicas: a primeira desenvolveu-se a partir de 1840 e baseava-se exclusivamente no texto escrito; a segunda, a partir de 1950, utilizou-se da televisão e do áudio; a terceira, entre , incorporou as tecnologias das duas primeiras gerações, produzindo um sistema de multímeios; e, por fim a quarta, desenvolveu sistemas de comunicação mediados pelo computador, como as conferências assistidas por computador, e o correio eletrônico, o que possibilitou a criação das primeiras universidades virtuais. O principal diferencial na nova forma de educação a distância é o estabelecimento de uma comunicação interativa entre professor e aluno mesmo que estes não estejam no mesmo espaço físico. Geralmente, a opção pela EAD é feita por aquelas pessoas que têm alguma dificuldade de engajar-se em um programa presencial no qual há a necessidade de participar de aulas em horários e locais fixos (ROMANI, 2000, p. 26). Atualmente é significativo o investimento desprendido pela política brasileira para o financiamento da Educação a Distância, sobretudo a partir da aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB n , em 20 de dezembro de 1996, que apóia essa modalidade de ensino, apesar dos desafios a EaD ganha espaço em todo território nacional.

5 De acordo com Maria Luiza Belloni (2001) vivemos numa sociedade do conhecimento, em que se busca através da educação o desenvolvimento tecnológico; a compreensão das relações de espaço e tempo; maior mobilidade, exigindo um trabalhador multicompetente, multiqualificado, competente para adaptar-se a situações novas e no trabalho em equipe. Para se ter uma mão-de-obra capacitada, é comum investimentos por parte das autoridades governamentais na qualificação da população, principalmente através da Educação a Distância. A EAD vem sendo vista por muitos governos como um caminho mais barato, que atinge rapidamente um número maior de trabalhadores, e, ao mesmo tempo, como uma estratégia política [...] (MARTINS, 1996, p. 4). A Educação a Distância é uma oportunidade aos trabalhadores de diferentes áreas se qualificarem. Porém, é necessário ter investimentos para garantir a qualidade do ensino, através de um corpo docente qualificado e uma infraestrutura adequada. Assim, verificamos que a Educação a Distância desenvolve-se no contexto das sociedades contemporâneas, como uma modalidade de ensino adequada a atender às novas demandas educacionais decorrentes das mudanças na nova ordem econômica mundial. Muda-se, assim, o discurso e as lutas em favor da democratização da educação, da formação profissional [...] (GENTILI, 1996, p. 25). O sistema educacional brasileiro teve que se adequar as novas exigências do mercado de trabalho, que requer uma mão-de-obra qualificada. Assim, a influência da conjuntura econômica e política interferiu e promoveu a inserção dos avanços tecnológicos da informação e da comunicação na implementação da Educação a Distância. Após essa retrospectiva verificamos que a Educação a Distância teve origem histórica e se desenvolveu no Brasil de forma significativa nas ultimas décadas principalmente em decorrência das Novas Tecnologias da Informação, esse termo, está diretamente associado com a informática. Essa tecnologia direciona-se a qualquer conhecimento, procedimento ou instrumento utilizado para a produção, difusão, transmissão, classificação, armazenamento, gravação, codificaçãodecodificação, interpretação, entre outros elementos que geram a informação. Outro aspecto importante para a difusão da prática da EAD foi o desenvolvimento das Novas Tecnologias Audiovisuais no processo educacional, desde o uso de projetores e gravadores de som, da televisão educativa e dos gravadores magnéticos de imagem e som (videocassetes), o que produziu um grande avanço na utilização de representações audiovisuais nas instituições escolares. Muitos são os avanços tecnológicos que facilitam a difusão do conhecimento, como o avanço da digitalização, da informação e de recursos audiovisuais, neste contexto criou-se um novo conceito, que pressupõe a integração dos meios, códigos e linguagens, irrompeu com força equivalente ao grau de confusão que gerou no mundo das novas tecnologias: Multimídia (MARTIN, 1995, p. 1). Assim, verificamos a utilização de novos materiais e aplicações "multimídia", com a

6 integração de linguagens e formas de representação: imagem, som e texto, e também pela interatividade, proporcionando a relação mútua entre o usuário e o meio. Vivenciamos um uma sociedade complexa e em permanente transformação, definida por alguns estudiosos como a Sociedade da Informação, onde é valorizado o saber, que não é estático e está em constante mudança. Nessa nova sociedade, as formas de aquisição do saber obrigam as pessoas a questionar o que realmente sabem e se tornarem capazes de integrar num saber-fazer, exigido pelo mercado de trabalho que se torna cada vez mais competitivo e dinâmico. É muito importante neste processo, o papel exercido pelas mídias no contexto da educação, observa-se que com a ampliação do acesso ao computador no ambiente escolar e a Internet, muitos deixaram até de usar a televisão e o vídeo, colocando-os em condições ultrapassadas. Porém, esses meios de comunicações audiovisuais desempenham, indiretamente, um papel educacional relevante. São transmissores de informações, interpretadas; mostram-nos modelos de comportamento, ensinam-nos linguagens coloquiais e transmitem valores. Destaca a importância dos meios de comunicação entre os educadores. Instruir os educadores para que esses realizem junto com os seus alunos o processo de troca, de informação-ocultamento-sedução, os códigos polivalentes e suas mensagens. Partindo dessa idéia a educação tem um papel significativo dentro de nossa sociedade, participando do processo de democratização, possibilitando que as pessoas possam exercer a sua cidadania. A integração entre a tecnologia digital com os recursos da telecomunicação, gerou a internet, ampliando as possibilidades do acesso à educação, porém o uso sem diretrizes bem definidas não proporciona a evolução adequada da aprendizagem e não traz mudanças significativas para as concepções de conhecimento, ensino e aprendizagem ou para nos papéis do aluno e do professor. Porém as transformações da comunicação entre alunos e professores já trouxeram mudanças de fato ao processo de ensino-aprendizagem, e estas precisam ser compreendidas e analisadas em todas suas potencialidades e limitações. A Educação a Distância, usou de várias tecnologias ao decorrer do tempo para desenvolver a comunicação, através da qual é estabelecido a troca de experiência e o conhecimento entre professores e alunos. Diversos recursos foram aprimorados desde o correio convencional à Internet, como o correio eletrônico ( ) passou a ser usado como canal de comunicação, sendo seguido pelas salas de bate-papo (chat) e a vídeo-conferência. A popularização da Internet revolucionou a difusão do conhecimento e aumentou a prática da Educação a Distância em todo o mundo. No Brasil, a rede passou a ser usada como importante suporte de cursos a distância. A rapidez de comunicação e os diversos recursos disponíveis na Internet, contribuiu para o uso educacional, segundo Santos (1999) é possível classificar em seis modalidades de uso: Aplicações hipermídia para fornecer instrução distribuída; Sites educacionais; Frameworks

7 para aprendizagem cooperativa; e Ambientes distribuídos para aprendizagem cooperativa. A Internet exerce hoje um papel significativo na educação, seja dentro do ambiente universitários ou escolares. Para se tornar mais atrativas as páginas da Internet são variadas e criativas. Algumas são padronizadas, previsíveis, em que mostram a sua filosofia, as atividades administrativas e pedagógicas. Outras páginas são atraentes, com projetos inovadores e múltiplas conexões. A Educação a Distância teve um grande desenvolvimento graças às redes eletrônicas, que aumentam a possibilidade das pessoas se intercomunicarem, trocarem informações, dados e realizarem pesquisas em diferentes locais. A integração das mídias facilita também a educação continuada pelo acesso das pessoas nas plataformas, que pode ser feito em tempo real ou no horário favorável a cada indivíduo, facilitando o contato entre educadores e educandos. As redes de computadores se tornaram ambientes favoráveis aos estudantes, principalmente na realização de pesquisas e interação entre as pessoas que buscam o conhecimento através do uso da internet. Dessa forma é constante a prática da navegação, de descobrir endereços novos, de divulgar suas descobertas, de comunicar-se com outros pesquisadores. A educação beneficia-se e revoluciona-se com o uso da Internet, porém se levar em consideração as mudanças que ocorrem simultaneamente nos paradigmas do ensino. Por isso, é fundamental reconhecer o papel do educador no processo de aprendizagem, este deve educar para saber compreender, sentir, comunicar-se e agir melhor, integrando a comunicação pessoal, a comunitária e a tecnológica. Nesta perspectiva lembramos a importância que o professor desempenha na Educação a Distância, na elaboração do material instrucional e no planejamento das estratégias de ensino, para isso deve-se ter profissionais bem preparado e para auxiliar tem-se o tutor, encarregado de responder as dúvidas dos alunos, corrigir provas e atividades, além ser um mediador entre os alunos e a instituição, este profissional também deve se qualificar constantemente. A par disso, o estar junto virtual indica o papel do professor como orientador do aluno que acompanha seu desenvolvimento no curso, provoca-o para fazê-lo refletir, compreender os equívocos e depurar suas produções, mas não indica plantão integral do professor no curso (ALMEIDA, 2003, p. 5). Dessa forma, os ambientes digitais de aprendizagem são usados como suporte para sistemas de Educação a Distância realizados excepcionalmente no ambiente on-line, dando suporte as atividades presenciais de sala de aula, expandindo-se através das interações das atividades de formação semipresencial e no ambiente digital. De acordo com Almeida, a Educação a Distância usa-se do meio digital de forma colaborativa para propagar o conhecimento, como verificamos através do material instrucional centrado na informação fornecida por um tutorial ou livro eletrônico, desempenhando à auto-instrução pelo aluno, diminuindo a dependência

8 deste com relação ao professor. As relações se estabelecem através de todos os participantes evidenciando um processo educacional colaborativo de forma que a comunicação exista entre todos e podem produzir conhecimento, como ocorre nas comunidades virtuais colaborativas. Uma das grandes ferramentas que colaboram para auxiliar na Educação a Distância é a possibilidade de gravar aulas e disponibilizar através da internet, alargando assim a expansão da informação entre seu público em diferentes localidades é as videoconferências que muitas vezes são organizadas em estúdio, que são salas especialmente preparadas com modernos equipamentos de áudio, vídeo, codificador e decodificador de sinais, microcomputadores, câmaras de documentos, interfaces de controles e acompanhamento técnico de todas as conexões, para se ter qualidade na transmissão e recepção dos sinais gerados, quanto na variedade de recursos a serem utilizados para a realização das reuniões, aulas, palestras, cursos, etc. A telepresença se configura em uma modalidade presencial virtual e não em um curso tradicional a distância. Assim, a telepresença não é uma espécie integrante do gênero ensino a distância. A EAD é normalizada pelo Decreto Nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, o qual, por sua vez, regulamenta o Artigo 80 da Lei 9.394/96, a LDB. O Artigo 1º do referido decreto estabelece a noção de EAD: Art. 1º Educação a Distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação. Ultimamente o processo de mudança na Educação a Distância vem se concretizando em todos os níveis e modalidades educacionais. Porém ainda nos deparamos no Brasil com uma desigualdade econômica, de acesso e de motivação das pessoas. As transformações ocorrem apesar das dificuldades em se mudar a mentalidade das organizações, dos governos, dos profissionais e da sociedade. Muitas pessoas ainda hoje não têm acesso a esses recursos tecnológicos, que podem democratizar o acesso à informação. Assim, é fundamental que todos tenham acesso às tecnologias, à informação significativa e à mediação de professores preparados para atuarem nessa nova forma de ensino. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini. Educação a distância na internet: abordagens e contribuições dos ambientes digitais de aprendizagem - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Educação e Pesquisa, São Paulo, v.29, n.2, p , jul./dez BELLONI, Maria Luiza. Educação a Distância. Campinas: Editora Autores Associados, 2001.

9 GENTILI, Pablo. Neoliberalismo e educação : manual do usuário. In: SILVA, Tomaz Tadeu da, GENTILI, Pablo. Escola S.A. : quem ganha e quem perde no mercado educacional do neoliberalismo. Brasília : CNTE, p GUIMARÃES, Paulo Vicente. A contribuição do Consórcio Interuniversitário de Educação Continuada e a Distância BRASILEAD ao desenvolvimento da Educação Nacional. Brasília, abr LDB - Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LEI N o , de 20 de dezembro de D.O. U. de 23 de dezembro de MARTÍN, Alfonso Gutiérrez, Educação e novas tecnologias. Texto traduzido de "Educación y Nuevas Tecnologias", La Obra, Revista de Educación nº 898, abr Buenos Aires. MARTINS, Onilza Borges. A Unesco e a educação no mundo. Cuiabá : Instituto de Educação/ Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), out Mesa Redonda durante o Seminário Educação 96 - A educação a distância frente aos paradoxos sociais. ROMANI, Luciana Alvim Santos. InterMap: ferramenta para visualização da interaçãoem ambientes de educação a distância na WEB, São Paulo: s.n. Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Computação, RUMBLE, Greville. The technology of disance education in Third World settings. Cuiabá, Conferência proferida na abertura do Seminário Educação 96 A educação a distância frente aos paradoxos sociais, out SANTOS, N. Estado da arte em espaços virtuais de ensino e aprendizagem. Revista brasileira de informática na educação, Florianópolis, n.4, p.75-94, abr, 1999.