Extensão da Matriz Input Output à Matriz de Contabilidade Social. Aplicação a Portugal e ao Algarve. Susana Santos

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1 NOVOS DESENVOLVIMENTOS SOBRE A ANÁLISE INPUT - OUTPUT (Seminário) Universidade do Algarve CIDER 19 de Outubro de 2001 Extensão da Matriz Input Output à Matriz de bilidade Social. Aplicação a Portugal e ao Algarve Susana Santos Instituto Superior de Economia e Gestão Universidade Técnica de Lisboa Rua do Quelhas, LISBOA Portugal Tel. (+351) Fax. (+351) ss@iseg.utl.pt

2 Índice 1. Introdução Importância e características de uma estrutura SAM Matriz de bilidade Social para Portugal em Especificação da classificação adoptada Matriz para Portugal e descrição do conteúdo das células Associação ao Sistema de s Nacionais A Matriz de bilidade Social enquanto extensão da Matriz Input-Output. Aplicação à região do Algarve em Conclusões...35 Referências...36

3 1. Introdução O presente trabalho tem como objectivo, por um lado, realçar a importância da Matriz de bilidade Social, muitas vezes designada por SAM (Social Accounting Matrix), e, por outro, sistematizar e aplicar a metodologia subjacente à sua construção. Para tal foi utilizada uma parte da experiência e do trabalho intitulado: A Matriz de bilidade Social enquanto instrumento de trabalho para a definição de política económica. Aplicação a Portugal, no período , com ênfase para o sector agroindustrial. (Santos, 1999). Assim, o ponto 2, começa por fazer a apresentação daquela Matriz falando um pouco sobre a sua origem, desenvolvimento e características gerais da sua estrutura. No ponto 3 sistematiza-se e aplica-se a Portugal em 1995, de toda a metodologia subjacente à construção da SAM. Assim, após um trabalho exaustivo de contactos e levantamento de informação estatística, foram eleitas, como quadro estatístico de base para a construção da Matriz, as s Nacionais, do INE, o que fez com que tivesse sido adoptada uma classificação das contas das primeiras em perfeita consonância com a nomenclatura das segundas (conforme ponto 3.1). O facto de, estar a ser implementado em Portugal o Sistema de Europeu de s Nacionais, base 1995, baseado na versão revista de 1993 do Sistema de s Nacionais Internacionais das Nações Unidas (SNA) levou a que fosse trabalhado o último ano de valores do sistema base 86, que também é o último disponível, usando para tal a experiência adquirida no trabalho realizado para os primeiros nove anos do mesmo, ou seja, Conseguiu- -se pois, aquilo que é referido como intenção, nalguns trabalhos sobre o assunto, mas não se viu qualquer aplicação concreta, ou seja, uma perfeita articulação entre a Matriz e as s Nacionais. Mostra-se isso, no ponto 3.3., quando se identificam na Matriz construída, as identidades e saldos das várias contas internas do Sistema de s Nacionais, demonstrando, ao mesmo tempo, que praticamente todos os fluxos que fazem parte daquele Sistema estão integrados nas primeiras. No ponto 4, mediante uma aplicação à região do Algarve em 1988, procura-se mostrar que a SAM não é mais do que uma extensão da Matriz Input-Output. Conclui-se, defendendo as potencialidades da Matriz de bilidade Social e, ao mesmo tempo, a necessidade de continuar o trabalho do seu desenvolvimento e institucionalização. 1

4 2. Importância e características de uma estrutura SAM A Matriz de bilidade Social (SAM) é um importante instrumento de trabalho no planeamento a nível macroeconómico. A estrutura SAM pode, por um lado, dar uma "fotografia" do sistema económico, num momento particular, ao descrever as relações funcionais e institucionais que nele ocorrem e, por outro, servir de base para a criação de um modelo capaz de analisar o funcionamento desse mesmo sistema e simular os efeitos das intervenções de política tendentes a alterá-lo. O seu desenvolvimento inicial, verificou-se nos anos 70 e ficou-se a dever principalmente a R.Stone, considerado por muitos como o pai da contabilidade social e o maior arquitecto do Sistema de s Nacionais das Nações Unidas. Tal desenvolvimento foi motivado em parte pela necessidade de reconciliar as contas de rendimento e produção nacional com as contas Input-Output num contexto unificado (Adelman & Robinson, 1986). Tem-se para os vários agentes económicos, um conjunto de contas em que as entradas ou receitas e as saídas ou despesas se equilibram, sendo, por convenção, as primeiras representadas pelas linhas e as segundas pelas colunas da SAM. Está-se, portanto, perante uma matriz quadrada, com cada linha a registar os detalhes das receitas e cada coluna os detalhes das despesas de cada conta e com totais em linha e em coluna sempre iguais. Pode-se pois dizer que todo o fluxo tem que ir de um agente para outro, não havendo assim lugar para discrepâncias estatísticas. Pyatt, que tem dedicado parte substancial do seu trabalho à SAM, considera-a como um "meio simples e eficiente de representar a lei fundamental em economia, segundo a qual para toda a receita existe uma despesa correspondente" (Pyatt, 1988). Assim, enquanto quadro de equilíbrio de dupla entrada, ao identificar a origem e o destino de todas as transacções, a SAM dá as fontes de rendimento e despesa dos vários agentes económicos. Dentro de tais transacções, podem-se identificar, por um lado, as que reflectem fluxos físicos, na sua contrapartida em valor, através dos mercados, com pagamentos movimentando-se numa direcção (da conta coluna para a conta linha) e mercadorias movimentando-se na direcção oposta. E, por outro lado, aquelas que representam fluxos nominais sem contrapartida real, desde que não envolvam transacções através dos mercados de produtos e factores, ou seja, fluxos financeiros 2

5 (Kennes & Van Veen, 1983; Robinson, 1986; Round, 1991). Está-se, no primeiro caso, nas esferas da produção, repartição e consumo e no segundo nas esferas da redistribuição e da acumulação (Dionizio, 1983). A abordagem SAM pode ser usada para tratar problemas em qualquer campo da economia, podendo esse uso ser feito, por um lado, como estrutura para um conjunto de dados consistente e, por outro, como representação da teoria no que se refere ao valor transaccionado. Têm-se assim duas linhas paralelas de desenvolvimento: o «desenvolvimento do lado dos dados», em que a estrutura SAM é utilizada para organizar dados e resolver discrepâncias nos números; e o «desenvolvimento do lado conceptual» que tem a ver com a formulação de um modelo de comportamento para cada célula da SAM, dizendo-se neste caso que a SAM está na forma TV (Transactions Value). No primeiro caso, a SAM pode servir como base de informação quantitativa para a análise política. No segundo caso, tendo em conta as propriedades matemáticas da sua forma de representação, a SAM pode servir como base para o estudo de impactos de políticas, mediante a simulação de cenários quantitativos possíveis da economia, decorrentes da aplicação da mesma. A estrutura SAM está definida quando os processos de desenvolvimento do lado dos dados e conceptual são dados por terminados. Tem-se então a SAM em duas versões: uma representando o comportamento na forma TV e outra representando o conjunto de dados que registam o valor para cada tipo de transacção para o mesmo período base. Pode-se pois dizer, seguindo ainda o pensamento de Pyatt (1988), que a mesma SAM pode ser usada para a descrição empírica e teórica de uma economia. A primeira, passa pela sua utilização como estrutura de dados, sendo necessária a definição de uma estimativa numérica do valor de transacção correspondente a cada célula. A segunda, passa pela sua utilização como estrutura teórica, sendo necessário o preenchimento de cada uma das células com expressões algébricas representativas da transacção correspondente. Ainda de acordo com o mesmo autor, para cada modelo existe uma SAM correspondente, no entanto, o inverso não é verdadeiro pois para cada SAM existe um conjunto de modelos possíveis. Contrariamente ao Sistema e s Nacionais, alcançar a comparabilidade internacional não é o principal objectivo da construção da SAM (Keuning & Ruijter, 1988). 3

6 A estrutura SAM tem servido de base a vários estudos, feitos principalmente a nível de vários países. Dentro de tais estudos, é elevado o grau de especificidade, tendo em conta, por um lado, o país em si, e, por outro, os objectivos subjacentes a esses estudos. 3. Matriz de bilidade Social para Portugal em Especificação da classificação adoptada O nível de detalhe da SAM poderá, em princípio, ser fixado por cada um, de acordo com o tipo de análise que se propõe fazer, embora, na prática, os dados e os meios disponíveis para o seu tratamento imponham limitações. É, no entanto, fundamental, para o sucesso de qualquer análise, a definição de uma adequada classificação e caracterização dos subsectores de produção e institucionais. A grande vantagem tem a ver com o facto de em qualquer ocasião ser possível seleccionar as partes que interessam mediante diferentes níveis de agregação (King, 1981). Vejamos a aplicação a Portugal em 1995, tendo como fonte as s Nacionais - base 1986, elaboradas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Quando se fala em Portugal, fala-se no Território Económico Português, constituído por: território geográfico da República Portuguesa, incluindo as Regiões Autónomas dos Açores e Madeira; zonas francas, incluindo entreposto e fábricas sob controlo aduaneiro; e espaço aéreo Português e suas águas territoriais (INE, 1993; Eurostat, 1990). Por outro lado, quando se fala em Economia Nacional e Resto do Mundo, está-se a falar em todas as unidades institucionais ou de produção consideradas residentes 1 e não residentes, respectivamente, no Território Económico Português (INE, 1993; Eurostat, 1990). 1 Realizaram operações económicas durante um ano ou mais no Território Económico Português. Podem ter ou não a nacionalidade portuguesa, podem possuir ou não personalidade jurídica e podem estar ou não presentes no Território Económico Português no momento em que se efectuam as operações (Eurostat, 1990). 4

7 A conta Resto do Mundo, que representa todos os fluxos verificados entre a Economia Nacional e o exterior, não seria necessária se a economia estivesse completamente fechada, o que não passa de uma situação teórica. Trata-se de uma conta que pode ser desagregada da mesma forma que a Economia Nacional, no entanto, o âmbito do presente trabalho e a informação estatística disponível, levaram a que fosse considerada completamente agregada. A desagregação da Economia Nacional pode fazer-se de muitas maneiras, havendo, no entanto, contas/grupos de contas que são normalmente considerados. É o caso da "Produção" e das "Instituições" 2. Tal separação vai ao encontro do critério funcional, no primeiro caso, e institucional, no segundo. O critério funcional, é adoptado com o objectivo de destacar as relações de ordem técnico-económicas existentes entre as várias unidades produtivas e descrever processos de produção. O critério institucional, é adoptado para evidenciar relações de comportamento económico e é utilizado sobretudo para descrever actividades de repartição, acumulação e financiamento (Francisco, 1990). Tendo sempre a preocupação de adoptar uma classificação mutuamente exclusiva e, de certa forma exaustiva, as várias opções passam por aspectos relacionados com a inclusão ou não de contas de factores de produção; a distinção entre contas de actividades de produção e produtos; a separação de produtos fabricados internamente ou importados; a inclusão de contas necessidades; a valorização das mercadorias vendidas; a inclusão de contas de fluxos de fundos; etc. A desagregação que adoptada obedeceu aos critérios atrás referidos, com a Produção subdividida em factores de produção, actividades e produtos e as Instituições divididas em contas corrente, capital e financeira. Considerou-se também uma conta erros e omissões, que, como se verá, irá assumir valores perfeitamente justificados pela contabilidade nacional. 2 Embora, de acordo com a nomenclatura das s Nacionais, o Resto do Mundo também seja uma instituição, é considerado à parte. 5

8 De uma maneira geral, a ordem das contas não obedece a qualquer regra, obedece apenas ao critério de quem as trabalha. O critério de ordenação das contas adoptado no presente trabalho foi o que consta na SAM Básica, que se segue. 6

9 Recursos Produção Instituições Empregos Produção SAM Básica Instituições Factores Actividades Produtos C.Corrente C.Capital C.Financeira Valor Factores Acrescentado (a) Resto do Mundo (RM) Rendimento de Factores proveniente do RM Erros e Omissões Actividades 0 0 Produção Produtos 0 C.Corrente Produto Nacional Consumos Intermédios Impostos sobre as actividades (e) 0 Impostos sobre os produtos (f) C.Capital C.Financeitra 0 Resto do Mundo Rendimento de Factores pago ao RM Consumo Final (b) Transferências Correntes (g) Poupança Interna Formação Bruta de Capital (c) 0 0 Transferências de Capital Impostos sobre as actividades (e) Erros e Omissões 0 0 TOTAL Rendimento Agregado dos Factores Custos Totais Importações (k) Margens Comerciais Oferta Agregada Transferências Correntes para o RM (l) Transferências de Capital para o RM 0 Exportações (d) 0 0 Operações Financeiras Operações Financeiras com o RM (m) Transferências Correntes do RM (h) Transferências de Capital do RM Operações Financeiras com o RM (i) 0 0 Necess./Cap. Financ.das Inst.Nacion. Saldo de Créditos/ Débitos (j) Ajustamento TOTAL Rendimento Agregado dos Factores Valor da Produção Procura Agregada Rendimento Agregado Fundos de Investimento Saldo de Operações Financeiras Valor das Transacções pago ao RM Rendimento Agregado Investimento Agregado Saldo de Operações Financeiras Valor das Transacções recebido do RM 0 (a) VAB ao custo de factores. (b) Sobre o Território Económico das unidades residentes. (c) Formação Bruta de Capital Fixo + Variação de Existências. (d) Incluem Consumo Final sobre o Território Económico das Famílias não residentes. (e) Impostos ligados à produção, que constituem recurso das Administrações Públicas ou das Instituições Comunitárias Europeias. (f) IVA e impostos sobre as importações, que constituem recurso das Administrações Públicas. (g) Incluem também: subsídios de exploração e operações de seguros de acidentes. 7 (h) Incluem também operações de seguros de acidentes. (i) Dívidas das Instituições Nacionais ao Resto do Mundo. (j) Das Operações Financeiras entre a Economia Nacional e Resto do Mundo e as Instituições Nacionais. (k) Incluem também: IVA e impostos sobre os produtos, que constituem recurso das Instituições Comunitárias Europeias. (l) Incluem também: operações de seguros de acidentes e consumo final fora do Território das Famílias residentes. (m) Dívidas do Resto do Mundo às Instituições Nacionais.

10 Veja-se a "articulação" que se pode estabelecer entre as várias contas. Têm-se transacções dentro da Economia Nacional e entre esta e o Resto do Mundo. Desta forma, as actividades de produção compram "inputs" (consumos intermédios) e serviços dos factores de produção para produzirem produtos, gerando, nesse processo, o valor acrescentado. As únicas receitas das actividades são provenientes das vendas da sua produção no mercado de produtos, as quais são gastas em consumos intermédios, no pagamento de serviços aos factores de produção e no pagamento de impostos às administrações públicas. Tem-se, portanto, o valor da produção a equilibrar-se com os custos totais da economia (está-se na conta «actividades», 2ª coluna/linha da SAM Básica). Por seu lado, os factores de produção vão vender serviços às actividades de produção (nacionais e estrangeiras) recebendo um rendimento por isso. Uma vez que os serviços dos factores são fornecidos pelas instituições (nacionais e estrangeiras), o seu pagamento tanto é feito ao estrangeiro como às instituições nacionais (está-se na conta «factores de produção», 1ª coluna/linha, da SAM Básica). As outras fontes de rendimento das instituições nacionais são os impostos e as transferências correntes, conforme se pode ver pela sua conta corrente, a qual também mostra como esse rendimento é gasto em consumo final e transferências correntes (dentro da economia nacional ou para o resto do mundo) ou é poupado (está-se na 4ª coluna/linha da SAM Básica). Através das contas relativas aos produtos, têm-se a oferta e a procura dos mesmos. Como fontes da procura, têm-se os consumos intermédios, o consumo final, a formação bruta de capital (formação bruta de capital fixo mais variação de existências) e as exportações. Do lado da oferta, têm-se a produção e as importações, às quais se juntam os impostos sobre os produtos e as margens comerciais (está-se na 3ª coluna/linha da SAM Básica). As contas produtos, podem pois ser vistas como as contas daqueles que exercem actividades de intermediação, ou seja, que adquirem ou importam os produtos, organizam o processamento (transportes e armazenagem), adicionam a margem 8

11 correspondente ao preço, pagam impostos indirectos ao Estado, vendem os produtos aos produtores, famílias, estado e exterior, isto é, colocam os produtos no mercado (INE, 1993; Robinson, 1986; CWFD, 1980). A conta capital, ou de acumulação de capital, mostram, por um lado, os investimentos feitos, através da formação bruta de capital e transferências de capital, dentro da economia e para o estrangeiro e, por outro, os fundos disponíveis para tais investimentos, resultantes das poupanças e das transferências de capital, bem como de um saldo correspondente, consoante o seu sinal, à necessidade ou capacidade de financiamento (está-se na 5ª coluna/linha). A conta financeira, ou de fluxos de fundos, reflecte as actividades financeiras sobre a conta capital (King, 1981), mostrando como é que as poupanças são canalizadas através dos intermediários financeiros e usadas para acumulação de capital (está-se na 6ª coluna/linha). Á margem de todas as contas referidas, tem-se ainda uma conta de "erros e omissões", introduzida pela necessidade de considerar os saldos de operações financeiras e de capital, por um lado, e as margens comerciais, por outro. Devendo o saldo das operações financeiras cobrir o saldo das operações de capital, a sua soma deveria ser nula, o que na realidade nunca acontece, verificando-se um erro residual a que, tal como as s Nacionais, se chamou "ajustamento" (está-se na 8ª coluna/linha). Seguindo os fluxos do dinheiro, veja-se agora esquematicamente o que se acabou de descrever. 9

12 ECONOMIA NACIONAL Produção Factores de Produção Remuneração dos Serviços de Factores (Valor Acrescentado) Actividades Impostos sobre as actividades Produção Consumos Intermédios Produtos Rendimento de Factores Produto Nacional Impostos sobre os produtos Consumo Final Formação Bruta de Capital Exportações Instituições Corrente Transferências Correntes Poupanças Capital Transferências de Capital Operações Financeiras Operações Financeira Financeira RESTO DO MUNDO Importações Dentro da Economia Nacional, de uma forma mais condensada (não considerando os impostos indirectos e as transferências verificadas entre as várias contas das instituições), o esquema anterior pode apresentar-se como se segue. Actividades Remuneração dos Serviços Consumos Intermédios Produção Factores de Produção Produtos Pagamento Procura Instituições 10

13 Pode pois concluir-se que a SAM é a representação numérica do ciclo: produção - rendimento - despesa. Ela mostra como é que: o valor acrescentado resulta dos factores de produção e seus possuidores institucionais; os rendimentos, corrigidos de transferências correntes líquidas, são gastos; as despesas em produtos conduzem à produção e ao valor acrescentado (Keuning & Ruijter, 1988). Pode assim dizer-se que, a SAM fornece uma conta completa do fluxo circular em economia (Robinson, 1986), ou que descreve o fluxo circular do dinheiro e dos bens numa economia (Adelman & Robinson, 1986). Na matriz construída optou-se por fazer mais alguma desagregação à estrutura atrás descrita, assim: a conta factores, foi desagregada em trabalho e capital; as contas actividades e produtos, em primária(o)s, secundária(o)s e terciária(o)s 3 ; as contas corrente, capital e financeira, das instituições, em famílias, sociedades, administrações públicas e outras (instituições financeiras, empresas de seguros e instituições privadas) Matriz para Portugal e descrição do conteúdo das células 3 As actividades primárias incluem a agricultura, silvicultura e pesca (actividades 01 a 03 das s Nacionais). As actividades secundárias incluem as industrias (actividades 04 a 32 das contas Nacionais). As actividades terciárias incluem as actividades do resto da economia. 11

14 Portugal 1995 (milhões de escudos) Empregos (Despesas) PRODUÇÃO Factores de Produção Actividades Produtos Trabalho Capital Primárias Secundárias Terciárias Primários Secundários Terciários Total Total Recursos (Receitas) Total Factores Trabalho de Capital Produção Total Primárias Actividades Secundárias Terciárias Total Primários Produtos Secundários Terciários Total Famílias Sociedades Corrente PRODUÇÃO INSTITUIÇÕES Capital Financeira Adm.Públicas Outras Total Famílias Sociedades Adm.Públicas Outras Total Famílias Sociedades Adm.Públicas Outras Total RESTO DO MUNDO Erros e Omissões TOTAL Fonte: INE s Nacionais 12

15 Portugal 1995 (milhões de escudos) [continuação] Empregos (Despesas) INSTITUIÇÕES Corrente Capital Recursos (Receitas) Famílias Sociedades Adm.Públicas Outras Famílias Sociedades Adm.Públicas Outras Total Total Trabalho Capital PRODUÇÃO INSTITUIÇÕES Factores de Produção Total Primárias Actividades Secundárias Terciárias Total Primários Produtos Secundários Terciários Total Famílias Sociedades Adm.Públicas Corrente Outras Total Famílias Sociedades Adm.Públicas Capital Outras Total Famílias Sociedades Adm.Públicas Financeira Outras Total RESTO DO MUNDO Erros e Omissões TOTAL Fonte: INE s Nacionais 13

16 Portugal 1995 (milhões de escudos) [continuação] Empregos (Despesas) INSTITUIÇÕES RESTO DO Erros e Financeira MUNDO Omissões Famílias Sociedades Adm.Públicas Outras Total Recursos (Receitas) TOTAL Trabalho Capital PRODUÇÃO INSTITUIÇÕES Factores de Produção Total Primárias Actividades Secundárias Terciárias Total Primários Produtos Secundários Terciários Total Famílias Sociedades Adm.Públicas Corrente Outras Total Famílias Sociedades Adm.Públicas Capital Outras Total Famílias Sociedades Adm.Públicas Financeira Outras Total RESTO DO MUNDO X Erros e Omissões X 0 TOTAL X Fonte: INE s Nacionais 14

17 Descrição do conteúdo das células: (1,3) remuneração do trabalho paga pelas actividades do sector primário (1,4) remuneração do trabalho paga pelas actividades do sector secundário (1,5) remuneração do trabalho paga pelas actividades do sector terciário (1,21) remuneração do trabalho paga pelas actividades do resto do mundo (2,3) remuneração do capital paga pelas actividades do sector primário (2,4) remuneração do capital paga pelas actividades do sector secundário (2,5) remuneração do capital paga pelas actividades do sector terciário (2,21) remuneração do capital paga pelas actividades do resto do mundo (3,6) produção, pelas actividades do sector primário, de produtos do mesmo sector (3,7) produção, pelas actividades do sector primário, de produtos do sector secundário; resíduos de laboração provenientes daquelas actividades (transferência de produtos fatais e vizinhos) (4,7) produção, pelas actividades do sector secundário, de produtos do mesmo sector (5,6) vendas residuais de produtos do sector primário provenientes dos ramos não mercantis das administrações públicas e privadas (5,7) vendas residuais de produtos do sector secundário provenientes dos ramos não mercantis das administrações públicas e privadas (5,8) produção, pelas actividades do sector terciário, de produtos do mesmo sector (6,3) consumos intermédios de produtos do sector primário, pelas actividades do mesmo sector (6,4) consumos intermédios de produtos do sector primário, pelas actividades do sector secundário (6,5) consumos intermédios de produtos do sector primário, pelas actividades do sector terciário (6,9) consumo privado de produtos do sector primário (6,13) formação bruta de capital fixo e variação de existências em/de produtos do sector primário, por parte/na posse das empresas individuais classificadas no sector institucional famílias (6,14) formação bruta de capital fixo e variação de existências em/de produtos do sector primário, por parte/na posse das sociedades (6,15) formação bruta de capital fixo em produtos do sector primário, por parte das administrações públicas 15

18 (6,16) formação bruta de capital fixo em produtos do sector primário, por parte das outras instituições (6,21) exportação de produtos do sector primário (7,3) consumos intermédios de produtos do sector secundário, pelas actividades do sector primário (7,4) consumos intermédios de produtos do sector secundário, pelas actividades do mesmo sector (7,5) consumos intermédios de produtos do sector secundário, pelas actividades do sector terciário (7,9) consumo privado de produtos do sector secundário (7,13) formação bruta de capital fixo e variação de existências em/de produtos do sector secundário, por parte/na posse das empresas individuais classificadas no sector institucional famílias (7,14) formação bruta de capital fixo e variação de existências em/de produtos do sector secundário, por parte/na posse das sociedades (7,15) formação bruta de capital fixo em produtos do sector secundário, por parte das administrações públicas (7,16) formação bruta de capital fixo em produtos do sector secundário, por parte das outras instituições (7,21) exportação de produtos do sector secundário (8,3) consumos intermédios de produtos do sector terciário, pelas actividades do sector primário (8,4) consumos intermédios de produtos do sector terciário, pelas actividades do sector secundário (8,5) consumos intermédios de produtos do sector terciário, pelas actividades do mesmo sector (8,9) consumo privado de produtos do sector terciário (8,11) consumo colectivo fornecido pelas administrações publicas (8,12) consumo colectivo fornecido pelas administrações privadas (8,13) formação bruta de capital fixo e variação de existências em/de produtos do sector terciário, por parte/na posse das empresas individuais classificadas no sector institucional famílias (8,14) formação bruta de capital fixo e variação de existências em/de produtos do sector terciário, por parte/na posse das sociedades 16

19 (8,15) formação bruta de capital fixo em produtos do sector terciário, por parte das administrações públicas (8,16) formação bruta de capital fixo em produtos do sector terciário, por parte das outras instituições (8,21) exportação de produtos do sector terciário e consumo final sobre o território económico de famílias não residentes. (9,1) remuneração do trabalho recebida pelas famílias (9,2) remuneração do capital recebida pelas famílias (9,10) prestações sociais recebidas pelas famílias e pagas pelas sociedades (9,11) subsídios de exploração, prestações sociais e transferências correntes diversas, recebidas pelas famílias e pagas pelas administrações públicas (9,12) juros imputados sobre responsabilidades resultantes de contratos de seguros e indemnizações de seguros de acidentes, recebido(a)s pelas famílias e pago(a)s pelas empresas de seguros; prestações sociais e transferências correntes diversas, recebidas pelas famílias e pagas pelas outras instituições (9,21) subsídios de exploração, prestações sociais e transferências privadas internacionais, recebidas pelas famílias e pagas pelo resto do mundo (10,2) remuneração do capital recebida pelas sociedades (10,10) transferências correntes diversas entre sociedades (10,11) subsídios de exploração recebidos pelas sociedades e pagos pelas administrações públicas (10,12) transferências correntes diversas e indemnizações de seguros, recebidas pelas sociedades e pagas, respectivamente, pelas instituições financeiras e empresas de seguros (10,21) subsídios de exploração e indemnizações de seguros de acidentes, recebidos pelas sociedades e pagos pelo resto do mundo (11,2) remuneração do capital, recebida pelas administrações públicas (11,3) impostos ligados à produção, à excepção do IVA pagos pelo sector primário, que constituem receita das administrações públicas (11,4) impostos ligados à produção, à excepção do IVA pagos pelo sector secundário, que constituem receita das administrações públicas (11,5) impostos ligados à produção, à excepção do IVA pagos pelo sector terciário, que constituem receita das administrações públicas (11,6) IVA onerando os produtos do sector primário mais impostos ligados à importação, à excepção do IVA, desses produtos, que constituem receita das administrações públicas 17

20 (11,7) IVA onerando os produtos do sector secundário mais impostos ligados à importação, à excepção do IVA, desses produtos, que constituem receita das administrações públicas (11,8) IVA onerando os produtos do sector terciário mais impostos ligados à importação, à excepção do IVA, desses produtos, que constituem receita das administrações públicas (11,9) impostos correntes sobre o rendimento e o património, contribuições sociais a cargo dos trabalhadores por conta de outrem e dos trabalhadores independentes e transferências correntes diversas, recebido(a)s pelas administrações públicas e pago(a)s pelas famílias (11,10) impostos correntes sobre o rendimento e o património e transferências correntes diversas, recebido(a)s pelas administrações públicas e pago(a)s pelas sociedades (11,11) subsídios de exploração, recebidos pelas administrações públicas e pagos pelas mesmas e transferências correntes entre administrações públicas (11,12) impostos correntes sobre o rendimento e o património recebidos pelas administrações públicas e pagos pelas outras instituições; indemnizações de seguros de acidentes recebidas pelas administrações públicas e pagas pelas empresas de seguros; transferências correntes diversas para as administrações públicas das instituições financeiras e das administrações privadas (11,21) cooperação internacional corrente e transferências correntes diversas para as administrações públicas do resto do mundo (12,2) remuneração do capital, recebida pelas outras instituições (12,9) prémios líquidos de seguros de acidentes, recebidos pelas empresas de seguros e pagos pelas famílias; transferências correntes para as administrações privadas das famílias (12,10) prémios líquidos de seguros de acidentes recebidos pelas empresas de seguros e pagos pelas sociedades; transferências correntes diversas das sociedades para as instituições financeiras e empresas de seguros; transferências correntes para as administrações privadas das sociedades (12,11) subsídios de exploração recebidos pelas instituições financeiras e empresas de seguros e pagos pelas administrações públicas; prémios líquidos de seguros de acidentes recebidos pelas empresas de seguros e pagos pelas administrações públicas; transferências correntes diversas para as empresas de seguros das administrações públicas; transferências correntes para as administrações privadas das administrações públicas (12,12) prémios líquidos de seguros de acidentes, recebidos pelas empresas de seguros e pagos pelas instituições financeiras; indemnizações de seguros de acidentes, recebidos pelas outras instituições e pagos pelas empresas de seguros; transferências correntes diversas entre instituições financeiras; transferências correntes para as administrações privadas das instituições financeiras (12,21) prémios líquidos de seguros de acidentes, recebidos pelas empresas de seguros e pagos pelo resto do mundo (13,9) poupança interna das famílias 18

21 (13,15) ajudas ao investimento e outras transferências de capital, recebidas pelas famílias e pagas pelas administrações públicas (13,16) outras transferências de capital para as famílias das instituições financeiras (13,22) saldo de operações de capital entre a economia nacional e resto do mundo e as famílias (necessidade de financiamento das famílias) (14,10) poupança interna das sociedades (14,15) ajudas ao investimento e outras transferências de capital, recebidas pelas sociedades e pagas pelas administrações públicas (14,16) outras transferências de capital, recebidas pelas sociedades e pagas pelas instituições financeiras (14,21) ajudas ao investimento, recebidas pelas sociedades e pagas pelo resto do mundo (14,22) saldo de operações de capital entre a economia nacional e resto do mundo e as sociedades (necessidade de financiamento das sociedades) (15,11) poupança interna das administrações públicas (15,13) imposto de capital e outras transferências de capital, recebidas pelas administrações públicas e pagas pelas famílias (15,14) outras transferências de capital das sociedades para as administrações públicas (15,15) ajudas ao investimento e outras transferências de capital entre administrações públicas (15,16) outras transferências de capital das outras instituições recebidas para as administrações públicas (15,21) ajudas ao investimento recebidas pelas administrações públicas e pagas pelo resto do mundo (15,22) saldo de operações de capital entre a economia nacional e resto do mundo e as administrações públicas (capacidade de financiamento das administrações públicas) (16,12) poupança interna das outras instituições (16,14) outras transferências de capital das sociedades para as instituições financeiras (16,15) ajudas ao investimento recebidas pelas outras instituições e pagas pelas administrações públicas; outras transferências de capital das administrações públicas para as instituições financeiras e empresas de seguros (16,16) outras transferências de capital entre instituições financeiras (16,22) saldo de operações de capital entre a economia nacional e resto do mundo e as outras instituições (necessidade de financiamento das outras instituições) (17,18) saldo dos créditos a curto prazo transaccionados entre as sociedades e as famílias (montante em divida das últimas para com as primeiras) 19

22 (17,19) saldo dos créditos a curto prazo, médio e longo prazo, transaccionados entre as administrações públicas e as famílias (montante em divida das últimas para com as primeiras) (17,20) saldo dos créditos a curto prazo transaccionados entre as instituições de crédito e as famílias; saldo dos créditos a médio e longo prazo transaccionados entre as instituições de crédito e empresas de seguros e as famílias (montante em divida das últimas para com as outras) (17,21) saldo dos créditos a curto, médio e longo prazo transaccionados entre o resto do mundo e as famílias (montante em divida das últimas para com o primeiro) (17,22) saldo de créditos das operações financeiras entre a economia nacional e resto do mundo e as famílias (18,17) saldo das acções e outras participações, transaccionadas entre as famílias e as sociedades, (montante em divida das últimas para com as primeiras) (18,18) saldo das acções e outras participações e dos empréstimos de curto prazo, transaccionada(o)s entre as sociedades (montante em dívida entre elas) (18,19) saldo das acções e outras participações e dos empréstimos a curto, médio e longo prazo, transaccionados entre as administrações públicas e as sociedades (montante em divida das últimas para com as primeiras) (18,20) saldo dos títulos a curto prazo, transaccionados entre as instituições de crédito e as sociedades; saldo das obrigações transaccionadas entre as instituições de crédito e empresas de seguros e as sociedades; saldo das acções e outras participações e dos empréstimos a curto prazo e a médio e longo prazo, transaccionada(o)s entre as outras instituições e as sociedades (montante em divida das últimas para com as outras) (18,21) saldo das obrigações, acções e outras participações e dos empréstimos de curto, médio e longo prazo, transaccionada(o)s entre o resto do mundo e as sociedades (montante em divida das últimas para com o primeiro) (18,22) saldo de créditos das operações financeiras entre a economia nacional e resto do mundo e as sociedades (19,17) saldo de numerário e depósitos à ordem transferíveis, de outros depósitos, de títulos a curto prazo, de obrigações e de créditos a curto prazo, transaccionado(a)s entre as famílias e as administrações públicas (montante em divida das últimas para com as primeiras) (19,18) saldo de numerário e depósitos à ordem transferíveis, de títulos a curto prazo, de obrigações e de créditos a curto prazo, transaccionado(a)s entre as sociedades e as administrações públicas (montante em divida das últimas para com as primeiras) (19,19) saldo de numerário e depósitos à ordem transferíveis, de títulos a curto prazo, de obrigações e de créditos a curto prazo, transaccionado(a)s entre as administrações públicas (montante em divida entre elas) (19,20) saldo de numerário e depósitos à ordem transferíveis, de títulos a curto prazo, de obrigações, de créditos a curto, médio e longo prazo, transaccionado(a)s entre as outras instituições e as administrações públicas (montante em divida das últimas para com as primeiras) 20

23 (19,21) saldo de obrigações, de créditos a curto, médio e longo prazo, transaccionada(o)s entre o resto do mundo e as administrações públicas (montante em divida das últimas para com o primeiro) (19,22) saldo de débitos das operações financeiras entre a economia nacional e resto do mundo e as administrações públicas (20,17) saldo de numerário e depósitos à ordem transferíveis, de outros depósitos, de títulos a curto prazo, de obrigações, de acções e outras participações e de créditos a curto prazo, transaccionado(a)s entre as famílias e as instituições de crédito; saldo de créditos a médio e longo prazo e reservas técnicas de seguros, transaccionado(a)s entre as famílias e as empresas de seguros (montante em divida das últimas para com as primeiras) (20,18) saldo de numerário e depósitos à ordem transferíveis, de outros depósitos, de títulos a curto prazo, de obrigações, de acções e outras participações, de créditos a curto, médio e longo prazo e de reservas técnicas de seguros, transaccionado(a)s entre as sociedades e as outras instituições (montante em divida das últimas para com as primeiras) (20,19) saldo de numerário e depósitos à ordem transferíveis, de outros depósitos, de títulos a curto prazo, de acções e outras participações, de créditos a curto, médio e longo prazo e de reservas técnicas de seguros, transaccionado(a)s entre as administrações públicas e as instituições financeiras e empresas de seguros (montante em divida das últimas para com as primeiras) (20,20) saldo de numerário e depósitos à ordem transferíveis, de outros depósitos, de títulos a curto prazo, de obrigações, de acções e outras participações, de créditos a curto, médio e longo prazo e de reservas técnicas de seguros, transaccionada(o)s entre as outras instituições (montante em divida entre elas) (20,21) saldo de meios de pagamento internacionais, numerário e depósitos à ordem transferíveis, de outros depósitos, de títulos a curto prazo, de obrigações, de acções e outras participações, de créditos a curto, médio e longo prazo e de reservas técnicas de seguros, transaccionada(o)s entre o resto do mundo e as outras instituições, excepto administrações privadas (montante em divida das últimas para com o primeiro) (20,22) saldo de créditos das operações financeiras entre a economia nacional e resto do mundo e as outras instituições (21,1) remuneração do trabalho paga pelas instituições nacionais ao resto do mundo (21,2) remuneração do capital recebida pelo resto do mundo (21,3) impostos ligados à produção, à excepção do IVA pagos pelo sector primário, que constituem receita das instituições comunitárias europeias (21,4) impostos ligados à produção, à excepção do IVA pagos pelo sector secundário, que constituem receita das instituições comunitárias europeias (21,5) impostos ligados à produção, à excepção do IVA pagos pelo sector terciário, que constituem receita das instituições comunitárias europeias 21

24 (21,6) importação de produtos do sector primário e parcela cobrada pelas instituições comunitárias europeias relativa a impostos ligados à importação e IVA sobre esses produtos (21,7) importação de produtos do sector secundário e parcela cobrada pelas instituições comunitárias europeias relativa a impostos ligados à importação e IVA sobre esses produtos (21,8) importação de produtos do sector terciário e parcela cobrada pelas instituições comunitárias europeias relativa a impostos ligados à importação e IVA sobre esses produtos (21,9) transferências privadas internacionais para o resto do mundo, e consumo final no resto do mundo das famílias residentes (21,10) prémios líquidos de seguros de acidentes, recebidos pelo resto do mundo e pagos pelas sociedades (21,11) prestações sociais, cooperação internacional corrente e transferências correntes diversas, recebidas pelo resto do mundo e pagas pelas administrações públicas (21,12) prestações sociais, recebidas pelo resto do mundo e pagas pelas empresas de seguros e administrações privadas (21,18) saldo de acções e outras participações e dos créditos a médio e longo prazo, transaccionado entre as sociedades e o resto do mundo (montante em divida do último para com as primeiras) (21,19) saldo de créditos a curto, médio e longo prazo, transaccionados entre as administrações públicas e o resto do mundo (montante em divida do último para com as primeiras) (21,20) saldo de meios de pagamento internacionais, numerário e depósitos à ordem transferíveis, de outros depósitos, de títulos a curto prazo, de obrigações, de acções e outras participações, de créditos a curto, médio e longo prazo e de reservas técnicas de seguros, transaccionada(o)s entre as outras instituições e o resto do mundo (montante em divida do último para com as primeiras) (21,22) ajustamento do saldo de operações financeiras ao saldo das operações de capital (22,6) margens comerciais associadas à comercialização de produtos do sector primário (22,7) margens comerciais associadas à comercialização de produtos do sector secundário (22,8) margens comerciais associadas à comercialização de produtos do sector terciário 3.3. Associação ao Sistema de s Nacionais Tendo como fonte de informação base as s Nacionais, praticamente todos os fluxos que fazem parte daquele Sistema estão integrados na SAM construída. 22

25 Conforme já foi referido, o Sistema de s Nacionais adoptado em Portugal no ano para o qual tal Matriz foi construída, era o Sistema Europeu de s Económicas Integradas, segunda edição de 1979 (Eurostat, 1990), o qual tem por base a versão revista de 1968 do Sistema de s Nacionais Internacionais das Nações Unidas (SNA), concebido por R. Stone e seus colaboradores em 1953 (I.T.E.O.& D.E.C.O.; Pyatt & Roe, 1977). Tendo como objectivo final, fornecer uma base de dados para a análise e política económica, aquele sistema de contas, ao descrever estatisticamente as transacções que têm lugar numa economia e seus sectores institucionais, tem formado a base analítica e conceptual para uma aplicação empírica particular: a SAM (I.T.E.O.& D.E.C.O.; Pyatt & Roe, 1977; Rushdi, 1982). Nesse sentido, o seu desenvolvimento e modificações têm sido fortemente influenciados pela filosofia subjacente à abordagem SAM (Pyatt & Round, 1985), o que é visível no SNA de 1993, base do Sistema Europeu de s Nacionais e Regionais de 1995, a ser implementado em Portugal. Tal como alguns autores já o reconheceram, nomeadamente, I. Adelman e S. Robinson (1986), S. Keuning e W. Ruijter (1988), S. Keuning (1991), pode-se considerar a SAM como uma extensão do Quadro Input/Output ou de Entradas e Saídas (QES), das s Nacionais, abarcando todos os fluxos do Quadro Económico de Conjunto (QEC) e de Operações Financeiras (QOF). De acordo com os dois primeiros autores, referidos no parágrafo anterior, a SAM alarga as contas input/output para incluir uma especificação completa do fluxo circular em economia (Adelman & Robinson, 1986). Por seu lado, para S. Keuning e W. Ruijter (1988), a SAM serve de alternativa aos quadros input/output tradicionais, mas como um suplemento às estatísticas de contas nacionais tradicionais que continuam a ser necessárias, quanto mais não seja para dar uma panorâmica da situação económica e para comparações internacionais. De referir também a posição de V. Dionizio (1983) para o qual, a SAM revela a mesma vocação dos sistemas de contabilidade nacional tradicionais, diferindo deles não pelas variáveis que abarca, mas pela forma inovadora de representação e tratamento da informação estatística. 23

26 Considera-se que a SAM pode ser vista como um instrumento de trabalho para a análise de um qualquer nível meso, sempre num contexto macroeconómico, o qual está quantificado pelo sistema de contas. Portanto, SAM e Sistema de s Nacionais são dois instrumentos de trabalho de grande importância na análise económica e social duma economia, sendo o segundo a base da primeira. A seguir tentar-se-ão identificar na SAM construída as identidades e saldos das várias contas internas do Sistema de s Nacionais, reportando-se cada uma delas a um aspecto do circuito económico. Como empregos e recursos, sempre em milhões de contos, usar-se-ão as designações que usadas para as várias contas da SAM; aos saldos acrescentar-se-à um '. de Bens e Serviços - equilibrada por definição (Eurostat, 1990): Empregos Consumos Intermédios ,3 Consumo Final sobre Território Económico ,2 Formação Bruta de Capital ,7 Exportações ,5 Total ,8 Recursos Produção ,7 Importações ,3 IVA ,3 Impostos sobre a Importação...87,5 Total ,8 Pode associar-se esta conta à conta "Produtos", pertencente ao grupo das contas "Produção", com os empregos e recursos da primeira a corresponderem, respectivamente, aos recursos e empregos da segunda. Assim: Recursos Consumos Intermédios ,3 Consumo Final ,9 Formação Bruta de Capital ,7 Exportações ,8 Procura Agregada ,8 24

27 Empregos Produção ,7 Impostos sobre os Produtos ,7 Importações ,4 Oferta Agregada ,8 de Produção - descreve as operações que constituem o processo de produção propriamente dito (Eurostat, 1990): Empregos Consumos Intermédios ,3 (N1) PIBpm ,1 Total ,5 Recursos Produção ,7 IVA ,3 Impostos sobre a Importação...87,5 Total ,5 Assim: VAB pb : ,4 = , ,3 = produção - consumos intermédios. No presente trabalho, pode identificar-se aquela conta com a conta "Actividades": Empregos Consumos Intermédios ,3 Impostos sobre as Actividades ,0 (N1 ) Valor Acrescentado ,4 Custos Totais ,7 Recursos Produção ,7 Tem-se assim um valor acrescentado (N1 ) correspondente ao PIBpm (N1) líquido de impostos indirectos (sobre a produção e os produtos), ou seja, VAB ao custo de factores: VAB cf = ,4 = ,1 - (1.223,3 + 87, ,0) = , ,7. Ou ainda, VAB cf = VAB pb - Impostos sobre as Actividades. de Exploração - regista as operações de repartição que estão directamente ligadas ao processo de produção (Eurostat, 1990): 25

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