ANÁLISE DE CONTAMINANTES MICROBIOLÓGICOS EM PRODUTOS COMERCIALIZADOS EM FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO

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1 ANÁLISE DE CONTAMINANTES MICROBIOLÓGICOS EM PRODUTOS COMERCIALIZADOS EM FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO Medeiros, A. C. D. ; Porto, K. L.; Paiva, A. V. R.; Procópio, J. V. V. Universidade estadual da Paraíba, Departamento de Farmácia e Biologia *anacdmedeiros@yahoo.com.br RESUMO O Brasil criou em 2000, a Resolução da Diretiva Colegiada nº 33, que aprova o regulamento técnico sobre Boas Práticas de Manipulação de medicamentos. O controle da qualidade de medicamentos analisa todos os insumos que participam do processo produtivo e o produto acabado. Nesse controle são realizados testes físico-químicos e biológicos, como a contagem de microrganismos viáveis em produtos não-estéreis. Produtos não-estéreis são aqueles nos quais se admite conceitualmente a presença de carga microbiana, embora limitada, tendo em vista as características de sua utilização. A atenção no controle dos produtos não-estéreis assegura que a carga microbiana presente não comprometa a sua qualidade final ou a segurança do paciente. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar a qualidade dos produtos comercializados por farmácias de manipulação. Foram adquiridas nove amostras, as quais foram analisadas pelo método de contagem em placas (Pour Plate). Observouse que 55,5 % das amostras estudadas não apresentaram valores significativos para contagem de microrganismos viáveis dentro dos limites especificados pela Farmacopéia Brasileira. Foram observadas as presenças de Staphylococcus aureus e Salmonella, nas amostras estudadas. Como também foi verificado que os prováveis fungos encontrados nas amostras poderiam ser dos seguintes gêneros: Arpergillus, Penicillium, Fusarium, Cladosporium, Microsporum, Epidermophyton e Phialophora. Diante dos resultados obtidos, observa-se a grande necessidade da implantação das normas estabelecidas pela RDC nº 33, que rege a garantia da qualidade, referente ao controle microbiológico interno de produtos não-estéreis. Palavras-chaves: Controle da Qualidade, Produtos Não-estéreis, Farmácia de Manipulação. 1

2 ANALYSIS OF THE QUALITY OF PHARMACEUTICAL PRODUCTS MARKETED BY MANIPULATION DRUGSTORES ABSTRACT Brazil created in 2000, RDC no. 33, which approves the technical regulation on Good Practices of Manipulation of Medicines. The quality control of medicines analyzes all the inputs that participate in the productive process and the finished product. In that healthy control accomplished physicalchemical and biological tests, as the count of viable microorganisms in non sterile products. Non sterile products are those us which the presence of load microbial, although limited is admitted. The attention in the control of the non sterile products assures that the present microbial load in the product doesn't commit your final quality or the patient's safety. Like this, the objective of that work was to evaluate the quality of the pharmaceutical products marketed by manipulation drugstores. They were acquired nine samples. The samples were analyzed by the Pour Plate method. It was observed that 55.5 % of the studied samples didn't present values inside for count of viable microorganisms of the limits specified by Farmacopéia Brasileira. The presences of Staphylococcus aureus and Salmonella were observed, in the studied samples. It was verified that the probable fungus found in the samples they can be of the following goods: Arpergillus, Penicillium, Fusariu, Cladosporium, Microsporum, Epidermophyton and Phialophora. Before the obtained results, the great need of the implantation of the established norms is observed by RDC no. 33, that it governs the quality control, regarding the control internal of non sterile products. Key words: Quality Control, Non Sterile Products, Manipulation drugstores. 2

3 INTRODUÇÃO O Brasil criou em 2000, a RDC nº 33, que aprova o regulamento técnico sobre Boas Práticas de Manipulação (BPM) de medicamentos, farmácias e seus anexos. Essas BPM em Farmácias, de acordo com seu anexo I, tem como objetivo fixar os requisitos mínimos necessários para a manipulação, fracionamento, conservação, transporte, dispensação de preparações magistrais e oficinais, alopáticas e ou homeopáticas, e de produtos de interesse da saúde (BRASIL, 2000). Enquanto que, a RDC nº 481 considera a necessidade de estabelecer parâmetros para controle microbiológico de produtos cosméticos, bem como aprimora as ações de controle de produtos sujeitos a Vigilância Sanitária e às ações de proteção ao consumidor (BRASIL, 1999). Com os avanços científicos e tecnológicos, observa-se que são imprescindíveis que qualquer medicamento cumpra os requisitos básicos essenciais, quais sejam: EFICÁCIA, SEGURANÇA e QUALIDADE. A eficácia está relacionada à farmacologia do medicamento no paciente, a segurança com os efeitos adversos que o medicamento possa causar no paciente e a qualidade implica controle e neste estão envolvidas uma gama de experiências, testes, ensaios em que, sem dúvida, se insere o controle microbiológico. Apesar de todos os avanços no ramo da ciência, poucas e escassas são as publicações concernentes a este tema específico (SANTOS; OLIVEIRA; TOMASSINI, 1995). Produtos não-estéreis são aqueles nos quais se admite a presença de carga microbiana, embora limitada, tendo em vista as características de sua utilização. A atenção no controle dos produtos nãoestéreis assegura que a carga microbiana presente, seja no aspecto qualitativo ou quantitativo, não comprometa a sua qualidade final ou a segurança do paciente. A presença de cepas reconhecidamente patogênicas é proibitiva, pois representa potencial risco de aquisição de quadro clínico infeccioso, ou de transferência de toxinas igualmente indesejáveis. A qualidade microbiana dos medicamentos deve ser definida frente a diferentes fatores, entre os quais, o fato de ser consumido por pessoas debilitadas às vezes até imunodeprimidas. Cargas microbianas elevadas podem também facilmente comprometer a estabilidade do produto (OHARA, 2000). 3

4 A qualidade microbiana é uma dentre as várias exigências relacionadas com os critérios de segurança a serem considerados com produtos cosméticos viáveis, além de alterar propriedades do produto, pode constituir risco para a saúde do consumidor, principalmente em se tratando de microrganismos patogênicos (SOUZA; OHARA; SAITO, 1994). A avaliação da qualidade microbiológica de cosméticos consiste na determinação da carga microbiana viável e na comprovação da ausência de microrganismos específicos considerados de risco para o usuário (OHARA; FISCHER; SAITO, 1991). A Farmacopéia Brasileira estipula em limite de contaminação de até 100UFC/ml para fungos e 300UFC/ml para bactérias (FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 1988). Ao lado da qualidade microbiana adequada para comercialização, o cosmético deve ser seguro ao consumidor, garantindo a manutenção dessa qualidade durante o uso, mediante a adição de conservantes eficazes em concentração adequada. Este aspecto assume importância maior quando se trata de cosméticos de uso dérmico, já que estes passam um bom tempo em contato direto com a pele antes da remoção. Existe sempre o contato do produto com as mãos e a possibilidade de exposição do produto às repetidas contaminações durante o uso (OHARA; FISCHER; SAITO, 1991). A presença de contaminantes microbianos pode resultar em alterações físico-químicas do produto, comprometendo sua estabilidade. Estas alterações ainda que não afetassem o teor do princípio ativo, podem se manifestar pela mudança de cor, aparecimento de odor desagradável e mudanças nos valores de ph. Portanto, mesmo em produtos não-estéreis há necessidade de se estabelecer padrões quali e quantitativos de microrganismos presentes na amostra, a fim de assegurar a estabilidade do produto durante o prazo de validade, de modo a garantir inocuidade e eficácia terapêutica ao paciente (OHARA; SAITO, 1984). Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar a qualidade dos produtos farmacêuticos comercializados pelas farmácias de manipulação, da cidade de Campina Grande - PB. MATERIAL E MÉTODOS Amostras: As amostras foram adquiridas em farmácias de manipulação da cidade de Campina Grande PB, nas quais foram coletadas nove amostras, sendo cinco amostras de xaropes, três de loção hidratante e uma de hidratante, na forma de emulsão cremosa. As amostras foram analisadas no dia posterior a sua aquisição. 4

5 As amostras analisadas foram: Amostra A - xarope de ácido fólico 5 mg; Amostra B - xarope de ácido fólico 5 mg; Amostra C - xarope de ácido fólico 5 mg; Amostra D - xarope de acerola (Extrato fluido de acerola, própolis e mel de abelha); Amostra E - xarope de mastruço composto (Tintura de mastruço, tintura de guaco, tintura de alcaçuz e mel de abelhas); Amostra F - creme hidratante com extrato de Aloe Vera, extrato de Hamamelis e vitamina E acetato; Amostra G - loção hidratante com óleo de macadâmia; Amostra H - loção hidratante com dermoglycan; Amostra I - loção hidratante com uréia 10% e óleo de amêndoas doce. Meios de Cultura Utilizados: Foram utilizados, na pesquisa de possíveis contaminantes microbiológicos dos produtos em estudo, os seguintes meios de culturas: Meio I Ágar nutriente - este meio nutritivo é adequado para o cultivo de diversas bactérias. São utilizados para determinação do número de germes por isso é enriquecido e preparado como os meios de cultivo especiais. Meio II Ágar Sabouraud-dextrose - utilizado para pesquisa de fungos. Meio III Ágar Manitol Salgado seletivo para o isolamento e identificação presuntiva de Staphylococcus patogênicos. A elevada concentração de sal (NaCl 7,5%) suprime o crescimento de outras bactérias, deixando crescer apenas o gênero Staphylococcus. Meio IV Ágar verde brilhante altamente seletivo, sendo recomendado para isolamento de amostras de Salmonella. As colônias se apresentam opacas, ligeiramente branco-rosáceas, rodeadas de uma coloração vermelha do meio; Meio V - Caldo nutritivo - é utilizado para o crescimento de bactérias. Técnica de Preparação da Amostras e Reagentes: Preparação da Solução Tampão Fosfato ph 7,2 - dissolveu-se 34 g de fosfato de potássio monobásico em 500 ml de água, corrigiu-se o ph para 7,2 ± 0,1 com hidróxido de sódio 4 %, 5

6 completando-se o volume para 1000 ml com água destilada. Depois a solução foi esterilizada e conservada sob refrigeração (FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 1988). Manuseio e Preparação das Amostras - todos os frascos foram limpos com álcool a 70 % e após agitação manual, transferiu-se 10 ml, com pipetas estéreis, de cada uma das amostras para recipientes volumétricos devidamente identificados, contendo em cada um 90 ml de Tampão fosfato ph 7,2 estéril (diluição 1:10) e agitou-se até total dissolução. Transferiu-se 1 ml desta diluição para 9 ml da solução Tampão Fosfato (1:100), novamente transferiu-se 1 ml da diluição de 1:100 para 9 ml de Tampão Fosfato (1:1000) e finalmente 1 ml desta solução de 1:1000 para 9 ml de tampão Fosfato diluição 1:10000 (FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 1988). Preparação dos Meios de Cultura - foram preparados de acordo com especificações contidas nas embalagens cedidas pelos fabricantes. Método do Ensaio (Pour Plate): Seguiu-se a técnica de semeadura em profundidade, segundo o método da Farmacopéia Brasileira. Colocou-se em placas de Petri uma alíquota de 1 ml de cada diluição, contendo a amostra, e verteu-se ml de ágar nutriente e ágar Sabouraud-dextrose, liquefeito e estéril, sobre cada uma das placas, seguido de homogeneização. As placas foram incubadas em estufa durante 4 dias de inoculação a ºC, para bactérias e 7 dias a 20-25ºC para fungos (FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 1988), (PINTO; KANEKO; OHARA, 2000). Paralelamente colocou-se 10 ml, sem diluição, de cada amostra em erlenmeyer contendo 90 ml de caldo nutriente e incubou-se em estufa durante 4 dias a ºC. Após o tempo estabelecido foi realizada a contagem de bactérias e identificação morfológica dos fungos. Das amostras que tiveram crescimento bacteriano fora dos padrões estabelecidos pela farmacopéia, fez-se um repique pelo método de estrias sucessivas em meios seletivos para Staphylococcus aureus (ágar manitol salgado) e Salmonella (ágar verde brilhante) e incubou-se em estufa a ºC durante 48 horas de acordo com especificações da Farmacopéia Brasileira, Depois de decorrido o tempo de incubação, verificou-se se houve crescimento microbiano. Para comprovar o crescimento de Staphylococcus aureus fez-se a coloração pelo método de Gram. 6

7 RESULTADOS E DISCUSSÃO Com os resultados obtidos, observou-se que 45,5 % das amostras estudadas apresentaram valores para contagem de microrganismos viáveis dentro dos limites especificados pela Farmacopéia Brasileira IV edição (Figura 01). Percentagem das Amostras Contaminadas 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% Contaminados Não-contaminados Figura 01 Índice de contaminação das amostras analisadas. Apenas as amostras A, B, D e I, encontravam-se dentro dos limites estabelecidos pela Farmacopéia Brasileira IV edição, pois não foi detectado a presença de bactérias. Já as amostras C, E, F, G e H obtiveram valores na contagem de bactérias fora dos padrões da farmacopéia ( 10 3 UFC/mL) (Tabela 01). Tabela 01 - Contagem total de bactérias presentes nas amostras analisadas. AMOSTRAS Nº APROXIMADO DE BACTÉRIAS (UFC/mL) ESPECIFICAÇÕES 7

8 A 10 3 Sim * B 10 3 Sim * C 51,225 x 10 2 Não ** D 10 3 Sim * E 2,55 x 10 3 F 1,4 x 10 3 G 3,6 x 10 3 H 1,4 x 10 3 I 0,4 x 10 3 Sim * * Atende as especificações da Farmacopéia Brasileira, IV edição. ** Não atende as especificações da Farmacopéia Brasileira, IV edição. Na amostra C foi identificada cepa de Staphylococcus aureus através do cultivo em ágar manitol salgado. Provavelmente essa contaminação tenha se originado a partir de portadores assintomáticos na hora da manipulação. Pois, segundo TRABULSI, 1989, o Staphylococcus aureus pode ser encontrado em várias partes do corpo, como fossas nasais, garganta, intestinos e pele. E a contaminação pode ocorrer através da perda de escamas do corpo, visto que em atividades normais essa perda é da ordem de 10 4 por minutos (PINTO; KANEKO; OHARA, 2000). Os Staphylococcus também podem ser encontrados regularmente na vestimenta, roupa de cama e outros fômites em ambientes humanos. Esses microrganismos podem, em pacientes causar pneumonia e meningite (KERN; BLEVINS, 1999). A amostra E, quando inoculada no meio de Agar verde brilhante, apresentou crescimento de colônias, tratando-se provavelmente espécies de Salmonella. Essa contaminação pode ter se originado a partir do procedimento utilizado na manipulação do produto, das condições de estocagem das matérias primas e/ou da água utilizada na manipulação, visto que a Salmonella pode sobreviver por um determinado período em águas. Bem como das condições de higiene dos operadores (FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 1988), (PINTO; KANEKO; OHARA, 2000). Dos cosméticos analisados apenas a amostra I, encontrava-se dentro dos padrões estabelecidos pela Farmacopéia Brasileira. A contaminação microbiológica em produtos cosméticos pode alterar as propriedades do produto, como também constituir um risco para o usuário. A farmacopéia Brasileira estipula um limite de contaminação de até 10 3 UFC/ml para bactérias. Também especifica a ausência de Salmonella sp., Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Sthaphylococcus 8

9 aureus, em produtos farmacêuticos. Além dos microrganismos citados, é indesejável a presença de Serratia marcescens, Klebsiella sp., Pseudomonas sp., e Streptococcus sp. em produtos de aplicação tópica (FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 1988). Os manipuladores de medicamentos, quando portadores de alguma doença, podem contaminar o ar ambiente e, conseqüentemente as amostras produzidas. Escherichia, Salmonella, Klebsiella e Serratia são bactérias cujo habitat natural é o trato intestinal de seres humanos e animais. Contaminação das amostras por estes organismos se relaciona com a higiene pessoal dos operadores, podendo estar presentes nas mãos e nas vias respiratórias. Os Streptococcus provocam infecção pulmonar, o que pode afetar o operador, e conseqüentemente o produto. A Farmacopéia Brasileira estipula um limite de contaminação de até 100 (UFC/mL) para fungos e/ou leveduras, os quais também devem ser evitados em produtos farmacêuticos e cosméticos, principalmente os causadores de dermatofitoses (Tabela 02). Tabela 02 - Contagem total de fungos presentes nas amostras estudadas. Número Aproximado de Fungos e/ ou Amostras Leveduras/mL Especificações A < 100 Sim * B < 100 Sim * C 12,6 x 10 2 Não ** D < 100 Sim * E F G H I 43,5 x 10 2 < 100 0,7 x ,7 x ,3 x 10 3 Sim * * Atende as especificações da Farmacopéia Brasileira, IV edição. ** Não atende as especificações da Farmacopéia Brasileira, IV edição. Na tabela 02, observa-se a contagem total de fungos presentes nas amostras analisadas. As amostras A, B, D e F apresentaram contagens de fungos dentro dos limites estabelecidos pela Farmacopéia Brasileira. 9

10 De acordo com a observação visual, comparou-se os resultados obtidos com fotos presentes em Atlas de Micologia, nos quais foi verificado que os prováveis fungos encontrados nas amostras poderão ser dos seguintes gêneros: Arpergillus, Penicillium, Fusariu, Cladosporium, Microsporum, Epidermophyton e Phialophoara (KERN, M. E.; BLEVINS, K. S., 1999). Pelos resultados obtidos, observou-se que os xaropes que atenderam as especificações da Farmacopéia Brasileira (amostras A e B) apresentavam-se mais viscoso. Essa viscosidade além de conferir-lhes maior estabilidade protege a amostra contra ataques de microrganismos, visto que soluções concentradas de açúcar são muito resistentes aos microrganismos, pois não há água suficiente para sua proliferação (PRISTA, L. N.; ALVES, A. C.; MORGADO, M. R., 1990). Além disso, a amostra D apresenta na sua composição mel de abelha e própolis, substâncias reconhecidamente antimicrobianas. Segundo ANTUNES (1995), a própolis apresenta atividade antibacteriana sobre germes gram positivos e negativos. Com relação aos xaropes que estavam fora das especificações estabelecidas pela Farmacopéia Brasileira, observou-se que tinha pouca viscosidade. Provavelmente havia uma maior quantidade de meio aquoso, essencial para proliferação de microrganismo, e sua manipulação deve ter sido realizada a frio. Segundo PRISTA et al. (1990), em xaropes preparados a frio não ocorre destruição de possíveis formas microrgânicas vivas existentes, provenientes da água ou da sacarose. Assim pode ser encontrado nesses xaropes, certo fungo do gênero Arpergillus e Penicillium, além de bactérias. A água utilizada na manipulação dos produtos estudados também é uma possível fonte de contaminação, sendo muitas vezes o componente mais representativo de uma formulação farmacêutica, a contaminação do produto pode se originar diretamente da água do processo, ou indiretamente em decorrência de processos de limpeza na área produtiva (PINTO; KANEKO; OHARA, 2000). A contaminação também pode ocorrer acidentalmente decorrente do material da embalagem, más condições de estocagem e transporte, sendo os principais agentes de contaminação, os esporos de Penicillium sp. e Aspergillus sp. Apesar de existir a RDC nº 33 de 19 de abril de 2000 da ANVISA, referente às Boas práticas de manipulação, grande parte das farmácias de manipulação alopáticas e fitoterápicas ainda não implantaram o controle da qualidade microbiológica dos produtos não-estéreis em seus estabelecimentos. 10

11 CONCLUSÃO Observou-se que a maioria dos produtos estudados não atende as especificações da Farmacopéia Brasileira. Diante dos resultados obtidos, observou-se a grande necessidade da implantação das normas estabelecidas pela RDC nº 33, que rege a garantia da qualidade, referente ao controle microbiológico interno de produtos não-estéreis. Com a finalidade de efetuar-se um controle das possíveis fontes de contaminação de um produto farmacêutico, seja princípio ativo ou coadjuvante farmacotécnicos, além dos equipamentos, pessoal e local de produção. Finalizando o processo com estudo da eficácia dos conservantes, a fim de que o consumidor não seja exposto ao risco. REFERÊNCIAS 1) ANTUNES, R. M. P. Atividade Antimicrobiana da Própolis. Monografia, Campina Grande: UEPB, ) BRASIL. Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução n o 481, de 23 de setembro de ) BRASIL. Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução n o 33, de 19 de abril de ) FARMACOPÉIA Brasileira. 4. ed. São Paulo: Editora Atheneu, ) GOMES, M. V. M.; REIS, A. M. M.Ciências Farmacêuticas. São Paulo: Editora Atheneu, 1. ed., ) KERN, M. E.; BLEVINS, K. S. Micologia Médica: texto e Atlas. 2º ed., São Paulo: Editora Premier, ) OHARA, M.T.; FISCHER, D.C.H.; SAITO, Takako. Contaminação Microbiana em Condicionadores de Cabelo. Revista Brasileira de Farmácia e Bioquímica. 27(1),

12 8) OHARA, M.T.; SAITO, Takako. Contaminação Microbiana em Soluções para Uso Oral. Revista Brasileira de Farmácia e Bioquímica. 20(1): ) PINTO, T. J. A.; KANEKO, T. M.; OHARA, M. T. Controle Biológico da Qualidade de Produtos Farmacêuticos, Correlatos e Cosméticos. São Paulo: Atheneu, 2000, p ) PRISTA, L. N.; ALVES, A. C.; MORGADO, M. R. Técnicas Farmacêuticas e Farmácia Galênica. 3º ed., Vol. II, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, ) SANTOS, P. R. V.; OLIVEIRA, A. C. X.; TOMASSINI, T. C. B. Controle Microbiológico de produtos Fitoterápicos. Revista Brasileira de Farmácia e Bioquímica. 3(1): 35 38, ) SOUZA, M.R.; OHARA, M.T.; SAITO, Takako. Contaminação Microbiana em Emulsões Cosméticas para Aplicação Dérmica. Revista Brasileira de Farmácia e Bioquímica. 30(1): 23-28, ) TRABULSI, L. R. Microbiologia. 2º ed., Rio de Janeiro: Atheneu,

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