Presid ncia da Rep blica Casa Civil Subchefia para Assuntos Jur dicos
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- Maria Vitória Covalski Brandt
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1 1 de 5 05/07/ :39 Presidncia da Repblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurdicos LEI N o , DE 12 DE FEVEREIRO DE d Cria o Programa de Arrendamento Residencial, institui o arrendamento residencial com opo de compra e outras providncias. Fao saber que o PRESIDENTE DA REPBLICA adotou a Medida Provisria , de 2001, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Antonio Carlos Magalhes, Presidente, para os efeitos do disposto no pargrafo nico do art. 62 da Constituio Federal, promulgo a seguinte Lei: CAPTULO I DAS DISPOSIES GERAIS Art. 1 o Fica institudo o Programa de Arrendamento Residencial para atendimento da necessidade de moradia da populao de baixa renda, sob a forma de arrendamento residencial com opo de compra. (Redao dada pela Lei , de 2007) 1 o A gesto do Programa cabe ao Ministrio das Cidades e sua operacionalizao Caixa Ecomica Federal - CEF. (Redao dada pela Lei , de 2004) 2 o Os Ministros de Estado das Cidades e da Fazenda fixaro, em ato conjunto, a remunerao da CEF pelas atividades exercidas no mbito do Programa. (Includo pela Lei , de 2004) 3 o Fica facultada a alienao, sem prvio arrendamento, ou a cesso de direitos dos imveis adquiridos no mbito do Programa. (Redao dada pela Lei , de 2011) Art. 2 o Para a operacionalizao do Programa institudo nesta Lei, fica a CEF autorizada a criar um fundo financeiro privado com o fim exclusivo de segregao patrimonial e contbil dos haveres financeiros e imobilirios destinados ao Programa. (Redao dada pela Mediada Provisria 561, de 2012) 1 o O fundo a que se refere o caput ficar 2 subordinado fiscalizao do Banco Central do Brasil, devendo sua contabilidade sujeitar-se s normas do Plano Contbil das Instituies do Sistema Financeiro Nacional - COSIF. O patrimnio do fundo a que se refere o caput ser constitudo: (Redao dada pela Mediada Provisria 561, de 2012) I - pelos bens e direitos adquiridos pela CEF no mbito do Programa institudo nesta Lei; e (Includo pela Mediada Provisria 561, de 2012) II - pelos recursos advindos da integralizao de cotas. (Includo pela Mediada Provisria 561, de 2012) 3 o Os bens e direitos integrantes do patrimnio do fundo a que se refere o caput, em especial os bens imveis mantidos sob a propriedade fiduciria da CEF, bem como seus frutos e rendimentos, o se comunicam com o patrimnio desta, observadas, quanto a tais bens e direitos, as seguintes restries: I - o integram o ativo da CEF;
2 2 de 5 05/07/ :39 II - o respondem direta ou indiretamente por qualquer obrigao da CEF; III - o compem a lista de bens e direitos da CEF, para efeito de liquidao judicial ou extrajudicial; IV - o podem ser dados em garantia de dbito de operao da CEF; V - o so passveis de execuo por quaisquer credores da CEF, por mais privilegiados que possam ser; VI - o podem ser constitudos quaisquer nus reais sobre os imveis. 4 o No ttulo aquisitivo, a CEF far constar as restries enumeradas nos incisos I a VI e destacar que o bem adquirido constitui patrimnio do fundo a que se refere o caput. 5 o No registro de imveis, sero averbadas as restries e o destaque referido no pargrafo anterior. 6 o A CEF fica dispensada da apresentao de certido negativa de dbitos, expedida pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, e da Certido Negativa de Tributos e Contribuies administradas pela Secretaria da Receita Federal, quando alienar imveis integrantes do patrimnio do fundo a que se refere o caput. 7 o A alienao dos imveis pertencentes ao patrimnio do fundo a que se refere o caput deste artigo ser efetivada diretamente pela CEF, constituindo o instrumento de alienao documento hbil para cancelamento, perante o Cartrio de Registro de Imveis, das averbaes pertinentes s restries e ao destaque de que tratam os 3 o e 4 o deste artigo, observando-se: (Redao dada pela Lei , de ) I - o decurso do prazo contratual do Arrendamento Residencial; ou (Includo pela Lei , de 2007) II - a critrio do gestor do Fundo, o processo de desimobilizao do fundo financeiro de que trata o caput deste artigo. (Includo pela Lei , de 2007) Cabe CEF a gesto do fundo a que se refere o caput e a proposio de seu regulamento para a aprovao da assembleia de cotistas. (Redao dada pela Mediada Provisria 561, de 2012) Art. 2-A. A integralizao de cotas pela Unio poder ser realizada, a critrio do Ministrio da Fazenda: (Includo pela Mediada Provisria 561, de 2012) I - em moeda corrente; (Includo pela Mediada Provisria 561, de 2012) II - em ttulos pblicos; (Includo pela Mediada Provisria 561, de 2012) III - por meio de suas participaes minoritrias; ou (Includo pela Mediada Provisria 561, de 2012) IV - por meio de aes de sociedades de economia mista federais excedentes ao necessrio para manuteo de seu controle aciorio. (Includo pela Mediada Provisria 561, 2012) 1 o A representao da Unio na assembleia de cotistas ocorrer na forma do inciso V do caput do art. 10 do Decreto-Lei n o 147, de 3 de fevereiro de (Includo pela Mediada Provisria 561, de 2012) 2 o O Fundo de Arrendamento Residencial - FAR, de que trata o inciso II do caput do art. 2 o da Lei n o , de 7 de julho de 2009, ter direitos e obrigaes prprias, pelas quais responder com seu patrimnio, o respondendo os cotistas por qualquer obrigao do Fundo, salvo pela integralizao das cotas que subscreverem. (Includo pela Mediada Provisria 561, de 2012) Art. 3 o Para atendimento exclusivo s finalidades do Programa institudo nesta Lei, fica a CEF autorizada a: I - utilizar os saldos dispoveis dos seguintes Fundos e Programa em extio:
3 10188compilada de 5 05/07/ :39 a) Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social - FAS, criado pela Lei n o 6.168, de 9 de dezembro de 1974; b) Fundo de Investimento Social - FINSOCIAL, criado pelo Decreto-Lei n o 1.940, de 25 de maio de 1982; c) Programa de Difuso Tecnolgica para Construo de Habitao de Baixo Custo - PROTECH, criado por Decreto de 28 de julho de 1993; e d) Fundo de Desenvolvimento Social - FDS, a que se refere o Decreto n o 103, de 22 de abril de 1991; II - contratar operaes de crdito com o Fundo de Garantia do Tempo de Servio - FGTS, na forma e condies disciplinadas pelo Conselho Curador do FGTS, at limite a ser fixado pelo Poder Executivo; e (Redao dada pela Lei , de 2004) (Vide Decreto 4.918, de 2003 e Decreto 5.434, de 2005) III - incorporar as receitas pertencentes ao fundo financeiro especfico do Programa, provenientes do processo de desimobilizao previsto no inciso II do 7 o do art. 2 o desta Lei; e (Redao dada pela Lei , de 2007) IV - receber outros recursos a serem destinados ao Programa. (Includo pela Lei , de 2007) 1 o Do saldo relativo ao FDS ser deduzido o valor necessrio ao provisionamento, na CEF, das exigibilidades de responsabilidade do Fundo existentes na data de publicao desta Lei. 2 o A CEF promover o pagamento, nas pocas prprias, das obrigaes de responsabilidade do FDS. 3 o As receitas provenientes das operaes de arrendamento e das aplicaes de recursos destinados ao Programa institudo nesta Lei sero, deduzidas as despesas de administrao, utilizadas para amortizao da operao de crdito a que se refere o inciso II. 4 o O saldo positivo existente ao final do Programa ser integralmente revertido Unio. 5 o A aquisio de imveis para atendimento dos objetivos do Programa ser limitada a valor a ser estabelecido pelo Poder Executivo. (Redao dada pela Lei , de 2004) (Vide Decreto 4.918, de 2003 e Decreto 5.434, de 2005) 6 o No caso de imveis tombados pelo Poder Pblico nos termos da legislao de preservao do patrimnio histrico e cultural ou daqueles inseridos em programas de revitalizao ou reabilitao de centros urbanos, a CEF fica autorizada a adquirir os direitos de posse em que estiverem imitidos a Unio, Estados, Distrito Federal, Municpios e suas entidades, desde que devidamente registrados no Registro Geral de Imveis - RGI, nos termos do art. 167, inciso I, item 36, da Lei n o 6.015, de 31 de dezembro de (Redao dada pela Lei , 2004) Art. 3-A. O FAR o contar com qualquer tipo de garantia ou aval por parte do setor pblico e responder por suas obrigaes at o limite dos bens e direitos integrantes de seu patrimnio. (Includo pela Mediada Provisria 561, de 2012) Art. 4 o Compete CEF: I - criar o fundo financeiro a que se refere o art. 2 o ; II - alocar os recursos previstos no art. 3 o, inciso II, responsabilizando-se pelo retorno dos recursos ao FGTS, na forma do 1 o do art. 9 o da Lei n o 8.036, de 11 de maio de 1990; III - expedir os atos necessrios operacionalizao do Programa; IV - definir os critrios tcnicos a serem observados na aquisio, alienao e no arrendamento com opo de compra dos imveis destinados ao Programa; (Redao dada pela Lei , de 2007) V - assegurar que os resultados das aplicaes sejam revertidos para o fundo e que as operaes de
4 4 de 5 05/07/ :39 aquisio de imveis sujeitar-se-o aos critrios tcnicos definidos para o Programa; VI - representar o arrendador ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; VII - promover, em nome do arrendador, o registro dos imveis adquiridos. VIII - observar as restries a pessoas jurdicas e fsicas, no que se refere a impedimentos atuao em programas habitacionais, subsidiando a atualizao dos cadastros existentes, inclusive os do Sistema Financeiro da Habitao - SFH. (Redao dada pela Lei , de 2007) Pargrafo nico. As operaes de aquisio, construo, recuperao, arrendamento e venda de imveis obedecero aos critrios estabelecidos pela CEF, respeitados os princpios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade administrativa, interesse pblico e eficincia, ficando dispensada da observncia das disposies especficas da lei geral de licitao. Art. 5 o Compete ao Ministrio das Cidades: (Redao dada pela Lei , de 2004) I - estabelecer diretrizes gerais para a aplicao dos recursos alocados; (Redao dada pela Lei , de 2004) II - fixar regras e condies para implementao do Programa, tais como reas de atuao, pblico-alvo, valor mximo de aquisio da unidade habitacional, entre outras que julgar necessrias; (Redao dada pela Lei , de 2007) III - acompanhar e avaliar o desempenho do Programa em conformidade com os objetivos estabelecidos nesta Lei. (Redao dada pela Lei , de 2004) IV - estabelecer diretrizes para a alienao prevista no 7 o do art. 2 o desta Lei; (Redao dada pela Lei , de 2007) V - encaminhar s 2 (duas) Casas do Congresso Nacional relatrio semestral sobre as aes do Programa. (Includo pela Lei , de 2007) CAPTULO II DO ARRENDAMENTO RESIDENCIAL Art. 6 o Considera-se arrendamento residencial a operao realizada no mbito do Programa institudo nesta Lei, que tenha por objeto o arrendamento com opo de compra de bens imveis adquiridos para esse fim especfico. Pargrafo nico. Para os fins desta Lei, considera-se arrendatria a pessoa fsica que, atendidos os requisitos estabelecidos pelo Ministrio das Cidades, seja habilitada pela CEF ao arrendamento. (Redao dada pela Lei , de 2004) Art. 7 o (Revogado pela Lei , de 2004) Art. 8 o O contrato de aquisio de imveis pelo arrendador, as cesses de posse e as promessas de cesso, bem como o contrato de transferncia do direito de propriedade ou do domnio til ao arrendatrio, sero celebrados por instrumento particular com fora de escritura pblica e registrados em Cartrio de Registro de Imveis competente. (Redao dada pela Lei , de 2004) 1 o O contrato de compra e venda referente ao imvel objeto de arrendamento residencial que vier a ser alienado na forma do inciso II do 7 o do art. 2 o desta Lei, ainda que o pagamento integral seja feito vista, contemplar clusula impeditiva de o adquirente, no prazo de 24 (vinte e quatro) meses, vender, prometer vender ou ceder seus direitos sobre o imvel alienado. (Includo pela Lei , de 2007) 2 o O prazo a que se refere o 1 o deste artigo poder, excepcionalmente, ser reduzido conforme critrio a ser definido pelo Ministrio das Cidades, nos casos de arrendamento com perodo superior metade
5 5 de 5 05/07/ :39 L10188compilada do prazo final regulamentado. (Includo pela Lei , de 2007) 3 o Nos imveis alienados na forma do inciso II do 7 o do art. 2 o desta Lei, ser admitida a utilizao dos recursos depositados em conta vinculada do FGTS, em condies a serem definidas pelo Conselho Curador do FGTS. (Includo pela Lei , de 2007) Art. 9 o Na hiptese de inadimplemento no arrendamento, findo o prazo da notificao ou interpelao, sem pagamento dos encargos em atraso, fica configurado o esbulho possessrio que autoriza o arrendador a propor a competente ao de reintegrao de posse. Art. 10. Aplica-se ao arrendamento residencial, no que couber, a legislao pertinente ao arrendamento mercantil. Art. 10-A. Os valores apurados com a alienao dos imveis sero utilizados para amortizar os saldos devedores dos emprstimos tomados perante o FGTS, na forma do inciso II do caput do art. 3 o desta Lei, nas condies a serem estabelecidas pelo Conselho Curador do FGTS. (Includo pela Lei , de 2007) Art. 11. Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida Provisria n o , de 28 de dezembro de Art. 12. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao. Congresso Nacional, em 12 de fevereiro de 2001; 180 o da Independncia e 113 o da Repblica Este texto o substitui o publicado no DOU de Senador ANTONIO CARLOS MAGALHES Presidente
1º A gestão do Programa cabe ao Ministério das Cidades e sua operacionalização à Caixa Econômica Federal CEF.
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