Benefícios artigo censo artigo aplicações camaçari rio de janeiro regulamentação pará tecnologias gestão londrina gestão são josé dos pinhais

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1 Março de 2009 Benefícios Em sintonia com um novo mundo 2 artigo Uma resposta aos cidadãos 3 censo Sua cidade já é digital? 4 artigo Tarefa de todos 5 aplicações O que pode mudar no seu município 6 camaçari Do Brasil Colônia à Era Digital 8 rio de janeiro Charme e inovação tecnológica 10 regulamentação Sob o signo da legislação 12 pará Um projeto rumo ao interior do estado 14 tecnologias Um leque de possibilidades 16 gestão Como montar as licitações 19 londrina Rede sem fio apoia expansão 20 gestão Como financiar um projeto 22 são josé dos pinhais O desafio da extensão territorial 24

2 benefícios em sintonia com um novo mundo Quando se fala em Cidade Digital, pensa-se imediatamente em oferecer acesso à tecnologia às pessoas de classes sociais menos favorecidas. É isto? Também. Mas é muito mais. Significa criar um ambiente digital que favoreça a modernização da gestão pública, o empreendedorismo e o desenvolvimento econômico, além da prestação de serviços aos cidadãos em diversas áreas. Mas significa, principalmente, criar uma nova perspectiva de cidadania por meio da inclusão digital. O ponto de partida é a conexão à Internet em banda larga, que o governo federal promete que chegará aos municípios do País até Mas não é preciso esperar até lá. Com um projeto apropriado e um modelo de negócios adequado, que garanta sustentabilidade, é possível construir uma Cidade Digital que se mantenha ao longo do tempo, traga mais eficiência governamental para os municípios e estados e benefícios para toda a população. São utilizados três tipos de vias para levar o sinal de acesso à internet para os variados pontos de um mesmo município: cabos, fibra ótica ou sinal de rádio. É por uma destas três opções que circula a informação. A escolha de uma das três vias e dos equipamentos depende muito da infraestrutura tecnológica já existente. Nos municípios em que ainda não há cabos ou fibras e mesmo naqueles em já há, mas não chegam à totalidade do território, a opção de instalar redes sem fio para fazer o sinal chegar das centrais ao usuário final tem mostrado boa relação custo/benefício, pois evita o transtorno e o custo de quebrar ruas e calçadas [Leia mais sobre tecnologias sem fio nas páginas 16 a 18]. Por que um Guia das Cidades Digitais? Um projeto de Cidade Digital é acessível para qualquer município; tudo depende das tecnologias escolhidas e do plano de sustentabilidade a longo prazo. Para implementá-lo, são indispensáveis vontade política e uma gestão atenta às oportunidades que a iniciativa pode proporcionar. Neste Guia, as prefeituras têm informações básicas sobre pontos fundamentais como tecnologia, regulamentação e recursos. Podem conhecer também algumas experiências tão diversas quanto as do projeto Orla Digital, na cidade do Rio de Janeiro, de Camaçari (BA), Londrina (PR), São José dos Pinhais (SP) e estado do Pará. Leia também as opiniões do subsecretário estadual de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, Júlio Lagun Filho [na página 3] e do presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Marcos Mazoni [na página 5]. Acesse também o portal que traz informações atualizadas e indispensáveis para gestores, profissionais e empresas que se interessam pelo tema. Realização: Network Eventos Carlos Calazans - diretor-presidente marketing@networkeventos.com.br Redação e Edição: P&B Comunicação Bia Alvim diretora bia.alvim@pebcomunicacao.com reportagem: Marcelo Medeiros Maria Eduarda Mattar Edição de arte: Pedro Costa - pedro@thopus.com.br Impressão: Select Centro de Impressão 2 GUIA DAS CIDADES DIGITAIS

3 Foto: Divulgação artigo uma resposta aos cidadãos Na cidade de hoje, o desafio da tecnologia centra-se no democratizar a informação e no disponibilizar os artefatos que permitam ao cidadão produzir conhecimento, inovar e empreender Júlio Lagun * Diziam os filósofos gregos que a cidade é uma casa grande, e que a casa é uma cidade pequena. Ao longo da história, a tecnologia respondeu aos desafios do crescimento destas pequenas grandes casas, capilarizando artefatos, como os aquedutos, o gás canalizado e as redes distribuídas de energia elétrica e comunicação. Cada uma destas revoluções produziu transformações radicais nos seus espaços e fluxos, mas, na essência, o ideal de uma boa cidade permanecerá sempre associado, conforme destaca Kevin Lynch (em seu A Theory of Good City Form ), à sua capacidade em oferecer aos cidadãos uma resposta satisfatória à suas necessidades biológicas e de segurança, de conhecimento e integração às suas construções, espaços e redes, que lhes permitam conduzir seus projetos com sucesso, através do exercício das atividades, pelo alcance de recursos, serviços e informações, e onde tenham garantida sua palavra, em um clima onde os valores sejam a eficiência e a justiça. Ou, como diria o grego de outrora, a cidade somente ser realiza como espaço humano quando nos sentimos nela como nos sentiríamos em nossa casa. Na cidade de hoje, o desafio da tecnologia centra-se no democratizar a informação e no disponibilizar os artefatos que permitam ao cidadão produzir conhecimento, inovar e empreender. O conceito do Programa Estado Digital do Governo Sergio Cabral, articulado pelo Secretário Alexandre Cardoso, da Secretaria de Ciência e Tecnologia, está apoiado na crença de que a Tecnologia da Informação e da Comunicação, através de suas redes e conteúdos, pode ser uma oportunidade para que as cidades do Estado do Rio de Janeiro, vistas em um continuum territorial, possam alcançar o ideal de boas cidades. Uma responsabilidade pública? Entendemos que o papel do Governo se insere não apenas nos vácuos do empreendendorismo privado ou cidadão, mas tem, também, como responsabilidade, a representação da garantia das oportunidades e da convergência da redução dinâmica das desigualdades. Particularmente nos momentos de rompimento de paradigmas, em que o Estado deve ampliar sua competência nuclear de harmonizar as naturais tendências ao agravamento das desigualdades. A questão da inclusão digital e sua relação direta com a ampliação da exclusão social é uma preocupação estratégica para o Governo. É crucial a sua intervenção na construção de infraestruturas que permitam aos segmentos com menor acesso a recursos, serviços e informações construir e garantir ganhos sociais, especialmente aqueles ligados à empregabilidade. Com esta estratégia, esperamos cobrir as lacunas de inserção da sociedade ao mundo digital, ao mesmo tempo em que abrimos espaço para que o empreendedorismo privado possa ampliar seus serviços a partir dos novos mercados que surgirão. * Subsecretário de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro GUIA DAS CIDADES DIGITAIS 3

4 censo Sua cidade já é?censo digital Quantos, quais, como são e onde estão os municípios digitais no Brasil. Quem vai responder é o Censo das Cidades Digitais Brasileiras, que irá mapear a situação dos municípios de todo o País no que se refere à utilização dos recursos das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) visando estabelecer um ambiente digital que leve em conta a modernização da gestão pública, o empreendedorismo e desenvolvimento econômico, ou a prestação de serviços aos cidadãos em uma ou mais das seguintes áreas: educação, saúde, segurança, governo eletrônico, lazer e turismo, engenharia de trânsito e inclusão digital. O Censo é uma iniciativa do Guia das Cidades Digitais, primeiro portal brasileiro na Internet sobre Retrato de um País Menos de hab. O tamanho dos municípios brasileiros Entre e hab. Entre e hab. das Cidades Digitais Brasileiras vai mapear quantas, quais, como são e onde estão as Cidades Digitais a construção de cidades digitais. No ar desde o final de 2007, o Guia tem levado informações exclusivas a gestores municipais, estaduais e federais, como prefeitos, governadores e secretários; empresas estaduais e municipais de processamento de dados; prestadores de serviço; executivos e técnicos da área de telecomunicações; consultores especializados e outros. O Censo é uma proposta ousada, mas possível, afirma Carlos Calazans, diretor do portal Guia das Cidades Digitais. Para definir diretrizes e critérios para o Censo das Cidades Digitais Brasileiras, foi formado um Conselho Consultivo. Fazem parte do Conselho, representantes de órgãos governamentais, associações e entidades públicas e privadas, além de algumas empresas que atuam no segmento de Mais que hab. Centro-Oeste Nordeste Sudeste Norte Sul Brasil Total TICs Tecnologias da Informação e Comunicação. A coleta de dados será realizada ao longo de 2009, com base em questionários a serem respondidos pelos prefeitos ou instâncias municipais competentes. A previsão é divulgar os dados no primeiro trimestre de Existem, hoje, no Brasil, municípios, e a imensa maioria deles tem menos de 100 mil habitantes, conforme mostra o quadro ao lado. 4 GUIA DAS CIDADES DIGITAIS

5 Foto: Divulgação artigo tarefa de todos Temos de pensar em um Plano Nacional de Inclusão Digital, que não é responsabilidade exclusiva da União, tampouco do Estado, e sim da sociedade brasileira Marcos Mazoni * Não sabemos qual será o padrão da tecnologia da informação nas diferentes atividades profissionais daqui para frente. Só sabemos que ela estará em todas. Portanto, ela será diferencial para as pessoas. Estarão incluídas nas atividades de trabalho as pessoas que estiverem incluídas digitalmente. Então passa a haver a necessidade de uma política pública efetiva para isso. E, assim como foi feito com a educação e a saúde, ela tem de ser articulada entre municípios, Estados e União. A União vem disponibilizando pontos de acesso, telecentros. Alguns projetos são mais audaciosos, como o Casa Brasil projeto interministerial cuja gestão é coordenada pela Casa Civil e os Pontos de Cultura, desenvolvidos pelo Ministério da Cultura. Mas eles precisam estar articulados com as situações que são diferenciadas localmente. E só quem lida com isso é o município: a questão local se estabelece através deles. Se colocarmos hoje um telecentro em uma comunidade indígena, queremos que ela entenda a internet, considerando que hoje 80% do conteúdo da rede é em inglês e só 3% é escrito em português e não há praticamente nada em guarani? Ou que possa usar a facilidade de comunicação, de interligação que pode estabelecer, por exemplo, com as 280 comunidades indígenas brasileiras espalhadas por esse continente que é o Brasil? Outro exemplo: queremos colocar telecentro em uma favela para que as pessoas de lá recebam um modelo das elites brasileiras? Ou que elas entrem em um telecentro e mostrem o que fazem de cultura, de hip hop e outras coisas fantásticas? Para mudar isso é preciso colocar conteúdo na rede e isso é um trabalho local, do município. Essa função é fundamental, pois senão teremos uma inclusão digital que nada mais será que a transmissão e a replicação de conhecimento das elites, gerando homogeneização e padronização. Outro fator importante é a capacitação e aí sim a União tem uma importância grande. Por isso insisto na relevância da articulação União-Estados-Municípios, pois cada um tem um papel nesse processo. E, se conseguirmos desenhar bem o papel de cada um, vamos criar uma possibilidade de crescimento da sociedade. Temos que construir uma política aderida a um conceito de Estado, e não a um conceito de governo. O município tem que ter financiamento, independentemente de tamanho e de articulações para conseguir fundos. Tem que existir uma política do país, e não uma política do governo. Precisamos de um modelo de fontes de financiamento, de projetos de conteúdo e de inclusão das pessoas, modelo esse não imposto pelo governo federal, mas sim negociado entre os diversos entes. Em resumo, temos de pensar em um Plano Nacional de Inclusão Digital, que não é responsabilidade exclusiva da União, tampouco do Estado, e sim da sociedade brasileira. * Presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) GUIA DAS CIDADES DIGITAIS 5

6 Aplicações O QUE PODE MUDAR NO SEUMUNICÍPIO Educação, saúde, segurança, finanças, turismo, cultura, esporte, assistência social e muitas outras áreas podem ser significativamente transformadas com as iniciativas de Cidade Digital. Atividades como planejamento, controle de custos e logística tornamse substancialmente mais eficientes e rápidas com a adoção de sistemas e processos interligados por internet. No atendimento direto ao cidadão, formulários eletrônicos, atendimento via internet (chat, , mensagens instantâneas), telefone e tecnologias agregadas (SMS), totens de autoatendimento e outros canais facilitam e poupam tempo tanto dos indivíduos quanto de funcionários públicos. A seguir, alguns exemplos de possibilidades que a tecnologia pode oferecer, mediante o uso da internet e de softwares específicos, que estão disponíveis em grande número no mercado: Educação: gerenciamento do funcionamento das escolas públicas, com controle informatizado e integrado à Secretaria de Educação do município ou estado da merenda escolar, frequência de alunos, carga horária de professores, suprimentos, material escolar, etc. Resultados online de testes e provas, matrículas e reserva de vaga via internet são mais algumas possibilidades, bem como integração das escolas a outras instituições de pesquisa e ensino; laboratórios de informática; acesso a acervos de livros e documentos históricos; capacitação dos professores. Saúde: gerenciamento dos processos e materiais da rede pública de atendimento, incluindo hospitais e postos de saúde; marcação de consultas online; monitoramento da retirada de remédios nos postos de saúde, impedindo que uma mesma pessoa receba o mesmo medicamento em vários postos; controle de ponto de médicos e funcionários. E mais: gestão integrada dos centros de assistência à saúde; interligação com serviços de emergência como o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil; uso de novas tecnologias, tais como videoconferência e telemedicina. Segurança: monitoramento de toda a cidade através de câmeras que enviam imagens automaticamente via internet para quaisquer canais ou destinatários pré-definidos; e a interligação dos sistemas de segurança de prédios públicos, pontos turísticos e outros diretamente com as centrais das polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros. Tributos: controle eficaz e mais rápido sobre pagamentos e inadimplência das pessoas físicas, do comércio e da indústria; suporte no combate à corrupção e ao contrabando, com a utilização de 6 GUIA DAS CIDADES DIGITAIS

7 notas fiscais eletrônicas; geração mais rápida de cobranças de multas e impostos (IPTU, ISS, ICMS, etc.) e uma série de outras aplicações podem ser aproveitadas pelos municípios e estados para garantir melhor saúde tributária. Comunicação: com a interligação de toda a rede pública, os órgãos podem fazer ligações via internet, através da tecnologia de voz sobre protocolo internet (VoIP, da expressão em inglês Voice over Internet Protocol). Com isso, os custos telefônicos caem drasticamente. As ligações entre os órgãos conectados na mesma rede são gratuitas. Por exemplo: telefonemas de uma secretaria para outra da mesma cidade ou da prefeitura para uma de suas secretarias são de graça. Já as ligações para fora da rede (ou seja, órgãos que não estão conectados) são barateadas em aproximadamente 70%, dependendo do local de destino da chamada. Cultura, Esporte & Lazer: divulgação da agenda cultural e esportiva da cidade ou do estado; possibilidade de compra online de ingressos e reserva de cadeiras; transmissão via internet, ao vivo, de eventos não-televisionados; instalação de totens de acesso à internet para turistas; acesso wireless gratuito em toda a cidade ou em pontos turísticos. À sua escolha A escolha de software tem duas frentes: aqueles que serão utilizados na infraestrutura da rede ou seja, nos computadores que têm a função de servidores e os que serão usados para as aplicações ou em cada computador. Nesta segunda frente, há centenas de softwares disponíveis, provenientes de empresas especializadas, de outras prefeituras que já desenvolveram programas para determinados serviços e atividades, e do próprio governo federal. Governo: modernização da administração pública, com a integração, via computador, de todos os órgãos diretos e indiretos; integração das estruturas tributária, financeira e administrativa; acesso mais imediato às informações e serviços. Turismo: para estimular este ramo de atividade, é possível, entre outras coisas, disponibilizar informações completas do município (incluindo textos, fotos e vídeos) na internet; apresentar fotos em tempo real de pontos turísticos; inserir condições climáticas; instalar totens de autoatendimento turístico em pontos de interesse; permitir a contratação e agendamento prévios de transporte e alimentação nos sítios turísticos; possibilidade de construção de sites por hotéis, pousadas e resorts, inclusive com reservas online. Engenharia de trânsito: uso de câmeras para monitoramento do tráfego em tempo real, com reflexos imediatos no planejamento. Economia e empreendedorismo: acesso à Internet sem fio para pequenos empresários; comunicação mais barata com entidades de classe ou empresários de outra cidade /região através da internet ou da telefonia VoIP; comunicação mais rápida e barata com outros países, visando exportações; estímulo a atividades econômicas antes impensáveis, como lojas de informática. Inclusão digital: instalação de telecentros; disseminação de terminais para consultas e reclamações por parte da população; acesso à Internet para as classes sociais menos favorecidas; produção de conhecimento. Além do que foi descrito, muitas outras atividades podem fazer parte do cardápio do seu município ou estado. Cada um tem necessidades diferenciadas e, assim, funções e serviços específicos podem ser criados e implementados. Várias dessas atividades já estão em andamento em diferentes partes do País. GUIA DAS CIDADES DIGITAIS 7

8 iniciativas camaçari Do Brasil colônia à era digital Um dos municípios mais antigos da Bahia, Camaçari entrou na era digital com bastante planejamento. Seu projeto foi idealizado de forma completa e iniciado em 2006, já previsto para ser realizado em etapas, até mesmo em função do alto investimento. Os benefícios já chegaram para a cidade, a apenas 42 quilômetros da capital baiana, com uma população de aproximadamente 221 mil habitantes e que abriga o maior polo industrial integrado do Hemisfério Sul. A primeira iniciativa foi a revisão das redes de dados e elétrica das unidades escolares. Sabíamos que iríamos precisar do bom funcionamento dos laboratórios para fazer um projeto de Cidade Digital realmente acontecer, afirma Luiz Karlos Ribeiro Barbosa, gerente de Tecnologia. Ele integra, com Tansy Abud, gerente de redes, e Bruno Moura, a equipe da Coordenação de Gestão da Tecnologia da Informação (CGI) da Secretaria de Administração, responsável pela elaboração do projeto. Nas unidades de ensino, na primeira fase, foram instalados laboratórios de robótica, mesas inteligentes e lousas digitais. Dos com- putadores adquiridos, metade destinou-se às escolas e metade foi doada aos professores municipais para que pudessem se familiarizar com a tecnologia. O passo seguinte foi o monitoramento de vias públicas, a partir de um sistema com 22 câmeras, 20 delas instaladas em pontos fixos definidos pela Polícia Militar e duas móveis, utilizadas em eventos como festas populares. Todas as câmeras são do tipo IP (Internet Protocol), possuem controle remoto e proteção antivandalismo. As imagens captadas por elas são enviadas à Central de Monitoramento no Batalhão da Polícia Militar e ao datacenter [centro de informática], no prédio da prefeitura. Em apenas quatro meses, houve uma redução de aproximadamente 70% nos índices de ocorrências nas áreas onde as câmeras foram instaladas. As vantagens da interligação, via rede sem fio, das 63 unidades de saúde também puderam ser percebidas desde o primeiro momento. Tornou- Fotos: Divulgação 8 GUIA DAS CIDADES DIGITAIS

9 se possível o uso de um sistema de gestão, que permite marcar consultas, centralizar históricos médicos, usufruir da telemedicina, etc. Hoje, há postos de saúde com acesso a esse sistema e à internet que sequer têm telefone, como os localizados na zona rural, caso de Machadinho, diz o gerente de Tecnologia. Agora está em andamento a segunda fase do projeto na educação, com a ampliação da área de cobertura para as demais unidades escolares até então não atendidas. O objetivo é que todas as 90 escolas municipais tenham acesso à internet e a sistemas educacionais. Pretendemos fazer, no futuro, um piloto para matrícula online, comenta Barbosa. Toda a comunicação sem fio, utilizada nas unidades escolares, nos postos de saúde e no monitoramento das vias públicas, é feita via rádios Canopy, da Motorola, que também serão empregados no Orla Digital. A última etapa do projeto será o acesso gratuito à internet para a população, previsto para o final de Entretanto, ele terá algumas restrições. Na maioria das cidades de interior, fornecer acesso à internet é o ganha-pão de muitos provedores pequenos, e a administração municipal não quer prejudicá-los, explica o gerente de Tecnologia. Por isto, as velocidades e o compartilhamento e download de arquivos serão limitados. O objetivo é proporcionar internet para a população que não pode pagar por este serviço, acrescenta. Por este motivo, o acesso gratuito somente poderá ser feito com o uso de uma senha, fornecida apenas se forem atendidos alguns pré-requisitos. O cidadão precisará ter o IPTU regularizado, e seus filho(s) deverão estar matriculado(s) e assíduos na escola e com as vacinas em dia. Além disso, também terão acesso pessoas que forem voluntárias em projetos voltados para o crescimento do município. Orla Digital com sotaque baiano Famoso por sediar um polo petroquímico e um dos maiores complexos automotivos da América do Sul, Camaçari também é conhecido por suas praias paradisíacas, como as de Arembepe, Barra do Jacuípe, Guarajuba, Itacimirim e Jauá. Nada mais natural, portanto, do que ter um projeto de Orla Digital. Já em andamento, ele será finalizado até o final de Serão implantadas sete torres, sendo seis delas de 30 metros, para repetição e distribuição de sinal na orla, e uma de 60 metros para comunicação com a sede da prefeitura. A implantação dessas torres irá permitir a implantação de rede Mesh em toda a faixa à beira-mar do município. Temos aproximadamente 42 quilômetros lineares de orla, e estaremos cobrindo uma área de pelo menos 150 quilômetros quadrados com essa rede, explica Luiz Karlos Ribeiro Barbosa, gerente de Tecnologia da Secretaria de Administração. Iremos fornecer diversos serviços, tais como totens de apoio ao turista, para localização de hotéis, pousadas, restaurantes, etc, e ao cidadão. GUIA DAS CIDADES DIGITAIS 9

10 iniciativas rio de janeiro charme e inovação tecnológica Quando entrou em operação, em 22 de julho de 2008, o Orla Digital trouxe mais do que o charme de proporcionar conexão Wi-Fi à beira do mar de Copacabana, no Rio de Janeiro. Ele concretizou um dos projetos pioneiros de redes Mesh de acesso livre e de grande porte no País, agora plenamente implementado. A cobertura é feita com 24 rádios emitindo sinal Wi-Fi para os 4,5 quilômetros da princesinha do mar. Não há muitas redes Mesh no mercado brasileiro; elas ainda são experimentais. Porém, trazem vantagens interessantes para os governos, avalia Daniel Melo, gerente de Vendas Canais da Motorola, empresa que forneceu os rádios (MotoMesh) para a rede do Orla Digital, escolhida entre várias propostas. A rede ao longo de Copacabana opera em duas frequências: 2,4 GHz, ou seja, padrão Wi-Fi, para emissão do sinal que chega ao usuário final; e 5,8 GHz também uma banda de frequência não-licenciada, para a comunicação entre os próprios rádios, que se interconectam. A escolha da tecnologia Mesh teve benefícios, já que este tipo de rede, uma vez implantado, não depende de operadora, portanto, não tem conta no final do mês. O retorno sobre o investimento é muito maior quando se investe em rede própria, eliminando um dos custos mais elevados, que é o das operadoras, avalia Melo. Do outro lado da balança, está a necessidade de contratar provedor, operar a manutenção física, de segurança, etc., ou seja, manter a rede funcionando em bom estado. No caso do governo fluminense, como ele já dispõe da Rede Rio de Computadores, que interliga os órgãos do governo do Estado, o sinal de internet já estava disponível e não foi necessário, portanto, comprar banda internet de um provedor. Conhecidos o propósito e a abrangência do sistema, nossa engenharia elaborou projeto básico que, após diversas rodadas de discussões técnicas com o cliente, resultou no desenho final da rede, relata Newton Luiz de Ataíde Trindade, diretor da Mibra Engenharia, empresa responsável por montar e executar o projeto técnico, contratada pela Coppe, o instituto de pós-gradução e pesquisa de engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). facilidade de expansão e abrangência Outra vantagem é a facilidade de expansão, que poderá fazer com que, facilmente, a rede wireless chegue a bairros e praias vizinhas, como Ipanema, Botafogo, Urca, etc., caso isto seja previsto no projeto 10 GUIA DAS CIDADES DIGITAIS

11 estadual. Bastaria adquirir e instalar rádios semelhantes. O Orla Digital do Rio de Janeiro destacase das demais iniciativas Mesh, como as de Petrópolis (RJ) e Porto Alegre (RS), em função do seu potencial de abrangência: segundo anunciou o governo do Estado, é atender 100 mil pessoas, em um bairro altamente turístico e com grande confluência de pessoas, especialmente nos finais de semana. Além disso, o que os técnicos da Coppe estão planejando, como aplicações de vídeo e interações possíveis entre vários pequenos aparelhos que têm acesso à Internet, pode criar usos até então impensáveis para redes desse tipo. Um exemplo interessante de utilização, comentado pelo professor da Coppe, Luis Felipe Magalhães de Moraes, um dos dois responsáveis técnicos pelo Orla Digital, é a possibilidade de monitorar batimentos cardíacos dos idosos que caminham na praia de Copacabana. Outro, mais óbvio, é o monitoramento mais abrangente ao longo da Orla, até para garantir as condições de segurança para as pessoas se sentirem confortáveis para utilizar o computador ao ar livre. Sem dúvida o grande legado dessa implan- Fotos: Divulgação tação foi aprofundar o conhecimento relativo à tecnologia de redes Mesh, acredita o diretor da Mibra. Daniel Melo, da Motorola, concorda e vai além: Este projeto vai servir como laboratório do que pode ser feito com redes Mesh em locais públicos. Não era sequer possível definir todas as aplicações antes de a rede estar operando. Pode-se fazer muita experiência, aprender através dela. Tecnologias com tanto impacto dão espaço para mudança de hábitos, geram reações e podem ter consequências sociais que ainda desconhecemos, avalia. Foto: Maria Eduarda Mattar Foco também em conteúdo Segundo Alexandre Cardoso, Secretário de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro, além da tecnologia em si, o projeto terá cuidado com o conteúdo. Daqui a algum tempo, internet será igual a rádio, todo mundo terá condições de acessar. O que vai definir a rede será seu conteúdo, que poderá ser voltado para segurança, saúde, educação, etc., diz. Cardoso informa ainda que a Secretaria de Ciência e Tecnologia está fazendo convênios com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) para fornecer conteúdo a essa rede. GUIA DAS CIDADES DIGITAIS 11

12 Regulamentação Sob o signo da legislação Como em qualquer atividade ligada às telecomunicações, todas as iniciativas relacionadas a projetos de Cidade Digital devem levar em conta o cumprimento das normas estabelecidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A este órgão, cabe regulamentar os assuntos vinculados ao setor, o que inclui administrar o uso do espectro de radiofrequência [vide quadro na página 13]. Para usar telecomunicações em sua localidade, seja internamente, na interligação dos órgãos municipais, seja oferecendo serviços como acesso à Internet à comunidade, a prefeitura pode recorrer às operadoras tradicionais de telefonia fixa ou móvel. Mas nem sempre isto é possível ou viável economicamente. As condições muitas vezes não são vantajosas ou o município sequer está na rota de atendimento comercial das operadoras, porque elas não vislumbram, ali, possibilidade de retorno financeiro que justifique seus investimentos. Nesse caso, os gestores públicos podem buscar alternativas como contratar serviços de terceiros ou criar uma solução própria. serviços de terceiros O poder municipal pode contratar os serviços de uma empresa, pública ou privada, que já tenha a licença de Serviço de Comunicação Multimídia (SCM). Esta licença custa R$ [preço em janeiro/2009] e permite às empresas contratadas pelos municípios cobrar pelos serviços prestados. É uma opção disponível, por exemplo, para as prefeituras que contam com um órgão municipal de informática, desde que tal órgão seja uma empresa. Para mais informações sobre a licença SCM e as empresas autorizadas, visite o portal da Anatel ( clique em Informações Técnicas > Comunicação Multimídia. solução própria A prefeitura também pode obter na Anatel uma licença de Serviço Limitado Privado (SLP), na submodalidade Serviço de Rede Privado. As normas relativas a essa opção foram aprovadas pela Anatel em março de 2007, especificamente para atender às demandas das municipalidades. Esta alternativa surgiu dos estudos e análises técnicas feitas por especialistas da Anatel. Eles constataram que, em função do avanço da tecnologia sem fio, muitas prefeituras já vinham instalando sistemas de telecomunicação em frequência de radiação restrita, ou seja, dentro de limites pré-estabelecidos, para oferecer a seus cidadãos não somente acesso à Internet, mas também a uma série de serviços municipais de forma online, via computadores ou totens de atendimento. A licença do Serviço Limitado Privado (SLP) não tem custo, mas há algumas res GUIA DAS CIDADES DIGITAIS

13 RadiofreqUência e licenças Espectro de radiofrequência é o espaço por onde trafegam as ondas eletromagnéticas de radiofrequências (ou ondas de rádio), que possibilitam a comunicação sem fio. Ele é dividido em faixas, e a responsável por sua regulamentação e fiscalização é a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A regulamentação das diversas faixas de radiofrequências está no Plano de Atribuição, Destinação e Distribuição de Faixas de Frequências no Brasil (PDFF). Para consultá-lo, visite o portal da Anatel ( br), clique em Informações Técnicas > Radiofrequência. No caso das tecnologias sem fio para banda larga, há necessidade de licença da Anatel para algumas faixas de frequências e, para outras, ela é dispensável, conforme o quadro ao lado: Faixas de frequência Tecnologia / Serviço Licença da Anatel 2.4 GHz Wi-Fi Não (1) Mesh 2.5 GHz e 3.5 GHz WiMax Sim (2) Ponto-a-multiponto 4.9 GHz Segurança pública Sim (3) Mesh Ponto-a-ponto Ponto-a-multiponto 5.4 GHz Mesh Não Ponto-a-ponto Ponto-a-multiponto 5.8 GHz Mesh Não Ponto-a-ponto Ponto-a-multiponto 3G 1.9 e 2.1 GHz Sim, exclusivamente para as operadoras de telefonia móvel. (1) Exceto para localidades com população superior a 500 mil habitantes e potência superior a 400 mw. (2) Ainda a serem licitadas pela Anatel. (3) Para aplicações de segurança pública. Fonte: Anatel trições: está condicionada à gratuidade do acesso e é válida apenas para os serviços da prefeitura e dentro do território municipal. Para mais informações sobre o SLP, visite o portal da Anatel ( clique em Informações Técnicas > Comunicação via Rádio > Serviço Limitado e selecione a opção Serviço Limitado Privado. Certificação de equipamentos A prefeitura precisa optar se irá usar sistemas de tecnologia baseados em faixas de radiofrequência licenciadas, ou seja, vendidas pela Anatel a empresas privadas por meio de licitação, ou não-licenciadas, isto é, aquelas que não sofrem fiscalização direta deste órgão regulador na prestação de serviços ao usuário. Para cada serviço de telecomunicações, a Anatel destina uma determinada faixa de frequência. Alguns serviços e suas respectivas faixas de frequência precisam obrigatoriamente de licença. Outros, que utilizam equipamentos de radiação restrita, ou seja, dentro de limites pré-estabelecidos, dispensam esta formalidade. Entretanto, mesmo para as faixas de frequên cia não-licenciadas, é necessário que os equipamentos empregados tenham um certificado de homologação da Anatel. Isto é necessário para assegurar que tais equipamentos estão de acordo com as regras internacionais para o oferecimento de serviços à população. Quanto à tecnologia Power Line Communications (PLC), até janeiro de 2009, a Anatel ainda não havia definido sua regulamentação. Na consulta pública, a Anatel propôs que a comunicação a ser estabelecida pelos sistemas de acesso em banda larga utilizando a rede de energia elétrica somente possa ocorrer na faixa de khz a 50 MHz. A Anatel estabeleceu ainda que os equipamentos devem possuir certificação expedida ou aceita por ela e atender às normas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). GUIA DAS CIDADES DIGITAIS 13

14 iniciativas pará Iniciado em abril de 2008, o projeto Cidades Digitais do Pará vem marcando a interiorização do acesso a banda larga para seus municípios, acompanhada de outras atividades como telecentros e uso de Voz sobre IP. No estado de quase 7 milhões de habitantes, a intenção é chegar inicialmente a pelo menos 2 milhões de pessoas, ou cerca de 28% da população. O projeto Cidades Digitais integra o programa estadual NavegaPará, lançado em novembro de 2007, que inclui ainda a construção de infovias (estadual e a municipal em Belém) e a instalação de telecentros para uso geral e de negócios. Para a primeira fase, foram selecionados 15 municípios, que vêm recebendo sinal de internet e telecentros. O plano é iluminar até 2010 todas as 143 cidades paraenses, distribuídas por aproximadamente 1,3 milhão de quilômetros quadrados de área. Estaremos disponibilizando internet de alta velocidade a 2 milhões de pessoas. E também telecentros para ações de telemedicina e tele-educação, além de melhorar serviços já existentes e oferecer novos como a governança eletrônica no interior, diz o secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia do Pará, Maurílio Monteiro. Ele lembra que o objetivo final é reduzir a alta taxa de exclusão digital do estado. Segundo o IBGE, cerca de 6% da população paraense tem acesso ao computador, e apenas metade deste percentual utiliza a internet, informa. Uma parceria estabelecida com a Eletronorte é ponto-chave do projeto paraense. Através da rede da companhia elétrica, que tem quilômetros de fibra ótica instalada, passará o sinal de internet em direção às suas subestações situadas nas portas das cidades, de onde será redistribuído para dentro dos municípios. Cada um poderá ter uma banda de, no mínimo, 6 Mbps. Os equipamentos para compor a infovia começaram a ser instalados em dezembro de 2008, e a plena operação será iniciada até final de março de 2009, com a infovia 100% implementada e interligando as 15 cidades escolhidas para a primeira fase do projeto. Os municípios aos quais não chegam as fibras da Eletronorte ficaram para a segunda fase. A expectativa é levar banda larga até eles diretamente através de conexão sem fio. Um projeto rumo ao interior do estado As 15 primeiras As 15 cidades incluídas na primeira fase do projeto Cidades Digitais são: Abaetetuba Altamira Barcarena Belém Itaituba Jacundá Marabá Marituba Pacajá Rurópolis Santa Maria Santarém Tailândia Tucuruí Uruará 14 GUIA DAS CIDADES DIGITAIS

15 Segundo o presidente da Empresa de Processamento de Dados do Estado do Pará (Prodepa), Renato Francês, apenas nas cidades mais populosas Belém, Marabá e Santarém, incluídas na primeira fase a rede intramunicipal será de fibra, em vez de sem fio. O compromisso do NavegaPará, no qual o projeto de Cidades Digitais está inserido, é interligar todas as secretarias e órgãos estaduais e municipais, escolas públicas, delegacias, quartéis de polícia, hospitais e também algumas instituições do terceiro setor das cidades aonde o programa chegar. Foto: Divulgação Também no âmbito do NavegaPará, o projeto Infocentros vem instalando, nos mesmos municípios, telecentros que oferecem capacitação, formação e possibilidade de utilização do computador e suas ferramentas. Em 2010, haverá um total de 300 no estado. Destes, no máximo 10 serão na região metropolitana de Belém, informa o presidente da Prodepa, caracterizando a intenção de interiorizar ao máximo os Infocentros. Nos locais, além de computadores e acesso à internet, haverá também totens para acesso à delegacia virtual, emissão de segunda via de certidões e de guias de impostos e matrícula na rede estadual de ensino, entre outras opções. Na área da educação, todas as escolas estaduais e muitas municipais terão acesso à internet de alta velocidade. Além dos impactos diretos no ensino, isso permitirá a realização de videoconferências para reuniões entre os docentes do Estado, sem a necessidade de deslocamento entre as cidades. Cerca de 600 colégios, de um total de 920 escolas estaduais, serão conectados à rede. A maioria dos laboratórios de informática dessas escolas já está pronta, porém sem o acesso a internet. Muitos deles foram montados com equipamentos doados pelo Ministério da Educação (MEC), no entanto, estão parados ou trancados. A falta de acesso comprometia fortemente os programas do MEC, relata Renato Francês. Inspiração em Porto Alegre O modelo que está sendo adotado no Pará, com fibra ótica para grandes distâncias e rede sem fio para levar o sinal ao usuário final, se inspira no projeto de Porto Alegre, que leva sinal por fibra até os bairros e, neles, redistribui por Wi-Fi. Para aproveitar a experiência já acumulada pela equipe que implantou a iniciativa na capital gaúcha, o estado do Pará firmou parceria de cooperação técnica com a Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre (Procempa). No processo de implantação de sua rede, toda vez que o Pará necessitar de um técnico nosso, enviaremos uma pessoa para lá, disponibilizamos o conhecimento e a experiência que acumulamos. Serão os próprios técnicos que viveram, estudaram e implementaram o modelo de Porto Alegre, explica o presidente da Procempa, André Imar Kulczynski. GUIA DAS CIDADES DIGITAIS 15

16 Tecnologias Um leque de possibilidades A conexão via banda larga sem fio possibilita que voz, dados e imagens sejam transmitidos e acessados em altas velocidades, e seu custo é relativamente baixo em comparação a tecnologias convencionais. Por meio de uma tecnologia sem fio e/ou sua combinação com outras, é possível iluminar todo o município, isto é, ter conectividade em todo o território, tanto na zona urbana quanto rural, para fornecer acesso e serviços públicos aos seus habitantes e visitantes. A banda larga sem fio pode ser expandida aos poucos. Uma de suas principais vantagens é dis- Ponto-a-ponto e Ponto-a-multiponto Estas tecnologias podem ser consideradas fortes pilares da implementação de uma Cidade Digital. A ponto-a-ponto interliga as estações radiobase entre si, permitindo a instalação de várias delas dentro de uma cidade, inclusive em áreas remotas. A ponto-a-multiponto é utilizada para chegar na ponta, ou seja, na localidade que precisa de conexão sem fio, como escolas, postos de saúde, centrais de monitoramento de segurança, etc, ou seja, faz a distribuição do sinal a partir de um ponto central e ilumina prédios e outras áreas públicas, sendo também usada para interconectar redes Mesh. As tecnologias ponto-a-multiponto e ponto-a-ponto utilizam rádios que operam nas frequências de 4.9 GHz, 5.4 GHz e 5.8 GHz. Ambas são fáceis de implementar e administrar, podendo ser integradas com redes Mesh. Há diferentes opções de rádios, com ou sem linha de visada direta [termo que se utiliza quando não pode haver obstáculos entre os equipamentos]. Ficha técnica: Tecnologia: Ponto-a ponto e ponto-a-multiponto. Faixas de frequência: 4.9 GHz, 5.4 GHz e 5.8 GHz. Taxas de transmissão de dados: na ponto-a-ponto é bastante ampla, variando de 7 Mbps a 300 Mbps por enlace; na ponto-a-multiponto, em torno de 80 Mbps para cada estação radiobase completa. Alcance: na ponto-a-ponto, o alcance é de até 200 km com visada direta; na ponto-amultiponto, em torno de 15 km. Exigência: os equipamentos utilizados na construção da rede devem ser obrigatoriamente homologados pela Anatel GUIA DAS CIDADES DIGITAIS

17 pensar a instalação, bem mais cara, de fios aéreos ou subterrâneos. Ela tem como base protocolos de Internet, e por isto é bastante flexível. Pode constituir a instalação inicial de uma cidade digital ou ser integrada a outros tipos de rede, como as de fibra ótica, cabo ou energia elétrica, esta última conhecida como PLC [do inglês power line communications, que significa comunicações via linha de energia]. Para que um projeto de cidade digital dê certo, é essencial que ele seja o mais adequado às características geográficas e às necessidades de uso. Escolher a melhor tecnologia é uma etapa importante, e somente um estudo técnico cuidadoso pode apontar aquela, ou aquelas, que vão render bons frutos. Conheça um pouco sobre as principais tecnologias disponíveis. WiMAX A tecnologia WiMAX proporciona conectividade em banda larga sem fio de alcance mais longo que o Wi-Fi, com a vantagem de não precisar de linha de visada direta à estação radiobase para ter ótimo desempenho. É ideal para conexões fixas e móveis com altas taxas de transmissão. Destina-se a grandes áreas urbanas, onde a integridade do sinal é de fundamental importância. No caso da tecnologia WiMAX, é indispensável mencionar a questão Ficha técnica: Tecnologia: WiMAX (Worldwide Interoperability for Microwave Access, ou interoperabilidade mundial para acesso via ondas de rádio). Padrão internacional: IEEE d (somente fixo) e IEEE e (fixo e móvel). Faixas de frequência: 2.5 GHz (já licenciada); e 3,5 GHz (até fevereiro de 2009, em processo de licitação pela Anatel). Taxa de transmissão de dados: até 75 Mbps para cada estação radiobase completa. Alcance: até 5 quilômetros de raio. Exigência: os equipamentos precisam ser homologados pela Anatel, que ainda está definindo as especificidades deste processo. da regulamentação. A faixa de frequência de 2.5 GHz foi concedida, em leilão, a operadoras de MMDS, ou, simplificando, empresas de TV por assinatura via micro-onda. Quanto à faixa de 3.5 GHz, houve um primeiro leilão em 2003, quando foram concedidas licenças a algumas operadoras, entre elas a Brasil Telecom e a Embratel. As demais licenças nessa faixa ainda serão licitadas pela Anatel. Empresas de todos os portes têm interesse nesse leilão, e a principal polêmica, neste caso, é se as operadoras de telefonia fixa podem, ou não, ter direito a uma licença. GUIA DAS CIDADES DIGITAIS 17

18 Tecnologias Wi-Fi É uma das tecnologias mais utilizadas atualmente para complementar uma infraestrutura de Cidade Digital, oferecendo acesso à Internet em alta velocidade, sem fio, a quem esteja usando equipamentos móveis (com cartões ou placas internos ou externos para este tipo de conexão) e no raio de ação de um ponto de acesso, conhecido como hotspot. As prefeituras não precisam obter licença de frequência da Anatel para instalar ou operar a tecnologia Wi-Fi até um determinado nível de potência de transmissão de sinal. Já para operar o serviço, é indispensável licença somente se o uso for comercial. Ficha técnica: Tecnologia: Wi-Fi (abreviação de Wireless Fidelity, ou fidelidade sem fios); ou WLAN (Wireless Local Area Network, ou rede sem fio local). Padrão internacional: IEEE a/b/g. Faixas de frequência: 2.4 GHz e 5.8 GHz. Taxa bruta de transmissão de dados: até 54 Mbps (megabits por segundo) para acesso. Alcance: 100 a 300 metros por estação. Exigência: seu desempenho é melhor com linha de visada direta, ou seja, sem que haja obstáculos entre os equipamentos e as estações; e os equipamentos utilizados devem ser obrigatoriamente homologados pela Anatel. Mesh Mesh, ou redes em malha, aplicam às redes sem fio a mesma arquitetura de roteamento distribuído encontrada na Internet. É formada quando uma série de roteadores sem fio (repetidores) é conectada a nós ou pontos de acesso inteligentes para fornecer cobertura sobre uma área maior do que a possibilitada com um ponto de acesso independente, ou hotspot. As redes em malha foram projetadas para continuar funcionando e roteando sinais com eficiência mesmo quando encontrarem interferência ou algum nó tiver saído do ar. A experiência tem mostrado que as redes Mesh representam a solução ideal para inundar áreas urbanas com acesso sem fio de alto desempenho e baixo custo. Redes Wi-Fi em malha já estão sendo utilizadas em cidades brasileiras e de outros países para fornecer acesso universal à Internet e prometem estimular o desenvolvimento econômico, além de agilizar os serviços públicos e segurança pública GUIA DAS CIDADES DIGITAIS

19 gestão Como montar as licitações Depois da decisão de implantar um projeto de Cidade Digital, a prefeitura se vê ante o desafio de montar a licitação. Que equipamentos pedir e o que considerar no edital? Quantas licitações fazer? Especialistas indicam ser imprescindível preparar, antes de tudo, o pré-projeto, e gastar o tempo que for preciso nessa etapa, contratando consultorias independentes para ajudar a definir objetivos e características. Chamo o pré-projeto de plano diretor da Cidade Digital, pois considero que é um planejamento a longo prazo, como fazemos como o plano diretor de ocupação urbana, diz o professor Leonardo Mendes, coordenador do Laboratório de Redes e Comunicação (LarCom) da Universidade de Campinas (Unicamp). Gasta-se um pouco mais de energia antes, mas o desenvolvimento será mais suave depois, completa. Para Bruno Soares, do Inatel Competence Center, na etapa do pré-projeto é importante definir as atribuições de cada um: quem vai fazer obras civis, instalação, implementação, configuração, manutenção, etc. É bom procurar consultores técnicos capacitados e planejar também uma possível expansão da rede, diz. Uma vez feito o planejamento detalhado e minucioso do que se deseja para a Cidade Digital, chega a hora de montar os textos dos editais. Nesta fase, a dica de especialistas é dividir serviços e equipamentos a serem contratados em dois grandes blocos: montagem de infraestrutura e, depois, serviços, aplicações e manutenção da rede. A primeira parte envolve a implantação física, ou seja, compra e instalação de equipamentos. A segunda, depois da rede pronta, abrange a sua operação, manutenção, atendimento a usuário, instalação de sistemas, uso, prestação de serviços através dessa rede, etc., orienta Newton Scartezini, consultor em Cidade Digitais. O prof. Leonardo Mendes recomenda também observar os regulamentos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Lei Geral de Telecomunicações e resoluções do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (Confea) e dos conselhos regionais. Contratação como serviço A maioria das licitações é feita considerando que a prefeitura será a dona da rede municipal, adquirindo equipamentos e operando a infovia depois de montada. Mas especialistas atentam para uma segunda opção: a contratação da infovia como serviço. Dependendo do porte e das necessidades do município, ela pode trazer redução de custos e evitar problemas. O consultor Newton Scartezini defende essa alternativa: A licitação para compra de serviço é mais garantida e mais simples. No outro caso, a prefeitura fica dona de um ativo que não é sua área de atuação, diz ele. Com a compra do serviço, evita-se que a prefeitura tenha que conduzir uma operação que não é seu negócio, analisa. O professor Leonardo Mendes, da Unicamp, acredita que as vantagens econômicas nesse modelo dependem de vários fatores, como o porte da cidade. O estudo inicial é que indica a melhor opção, diz. Para Bruno Soares, do Inatel, caso a prefeitura opte por fazer licitação do serviço, é recomendável exigir o que chamamos de turnkey, ou seja, a entrega do projeto completo funcionando. GUIA DAS CIDADES DIGITAIS 19

20 iniciativas londrina Rede sem fio apoia expansão do Sem deixar de lado o anel de fibra ótica em uso há cerca de 10 anos, Londrina decidiu implementar uma nova tecnologia para apoiar sua necessidade de expansão. A rede sem fio, inaugurada em 10 de novembro de 2008, inicialmente atenderá toda a rede municipal de educação e, numa segunda fase, servirá para ampliar a interligação dos órgãos públicos, conectando, entre outros, todos os pontos de atendimento à população das redes de saúde e de assistência social. Localizado a 379 quilômetros da capital paranaense, o município tem aproximadamente 500 mil habitantes. A primeira fase do projeto começou em 1997, quando a prefeitura iniciou a construção de um anel de fibra ótica no centro da cidade para servir aos órgãos da administração pública. Na época, o serviço de conexão já atendia às necessidades do governo municipal, mas, dado o crescimento dos serviços e às possibilidades da Internet, foi planejada uma ampliação. Uma das necessidades do poder público era operar uma rede própria a fim de garantir o sigilo de dados. Afinal, pela malha da prefeitura passam informações sigilosas relacionadas a tributos e receitas médicas. O custo de construção de uma rede própria de fibra ótica maior do que a em uso mostrou-se além A ideia é operar com duas redes a de fibra ótica e a sem fio pois, na eventualidade de uma cair, os serviços não seriam afetados possível para as contas municipais. Assim, há cerca de cinco anos, a prefeitura decidiu iniciar estudos de viabilidade para implementação de uma rede sem fio ponto-a-multiponto. A tecnologia wireless é bem mais barata, diz Edvaldo Oliveira, diretor de Tecnologia da Informação da Secretaria de Planejamento de Londrina. Começamos a desenvolver o projeto há pouco mais de um ano. A idéia é operar com duas redes para garantir aos usuários maior segurança e disponibilidade, de modo a não causar prejuízo aos serviços e à população. Foco em educação e saúde O custo do projeto, batizado de Londrina Digital e abrigado na Secretaria de Educação, está em R$ 4,6 milhões, a serem investidos ao longo de cinco anos. Quando pronta, a iniciativa dará acesso à internet a 82 escolas municipais, incluindo as da zona rural, e 11 centros de educação infantil. A conexão das unidades de ensino era feita via cabo (ADSL). Com a rede sem fio, todas passam a operar em banda larga e com acesso liberado aos alunos, pois cada unidade terá ao menos dois computadores disponíveis para o corpo discente. Para isso, foi lançado um edital de compra de 700 computadores, 140 notebooks e 140 data shows, 20 GUIA DAS CIDADES DIGITAIS

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