A RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DOS AVÓS NA PRESTAÇÃO DE ALIMENTOS

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1 Universidade Católica de Brasília PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Direito A RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DOS AVÓS NA PRESTAÇÃO DE ALIMENTOS Autor(a): Helena Moreira Alves Orientador: Professor Sérgio Domingos TAGUATINGA 2007

2 HELENA MOREIRA DA ALVES A responsabilidade subsidiária dos avós na prestação de alimentos Monografia apresentada à Banca examinadora da Universidade Católica de Brasília como exigência parcial para obtenção do grau de bacharelado em Direito. Orientação: Professor Sérgio Domingos. Taguatinga 2007

3 Trabalho de autoria de Helena Moreira Alves, intitulado A responsabilidade subsidiária dos avós na prestação de alimentos, requisito parcial para obtenção do grau de bacharelado em Direito, defendida e aprovada, em / /, pela banca examinadora constituída por: Orientador: Professor Sérgio Domingos Universidade Católica de Brasília Integrante: Professor Universidade Católica de Brasília Integrante: Professor Universidade Católica de Brasília Taguatinga 2007

4 Dedico o presente trabalho primeiramente a Deus, pois sem a presença Dele a conclusão desta etapa não seria possível. Aos meus pais, pelo importante incentivo durante toda a minha vida estudantil. A todos amigos que contribuíram direta ou indiretamente para a execução deste trabalho. E ao meu esposo, pelo apoio nos momentos difíceis e compreensão pelas horas despendidas para elaboração deste trabalho.

5 Agradeço ao Professor Sérgio Domingos pelo insubstituível auxílio e sábia orientação, contribuindo com excelência para a realização deste trabalho.

6 Não há melhor maneira de exercitar a imaginação do que estudar direito. Nenhum poeta jamais interpretou a natureza com tanta liberdade quanto um jurista interpreta a verdade Jean Giradoux

7 RESUMO ALVES, Helena Moreira da. A responsabilidade subsidiária dos avós na prestação de alimentos. 2007, 69 p. Trabalho de conclusão de curso (graduação) Faculdade de Direito, Universidade Católica de Brasília. Este trabalho consiste na reflexão do artigo e seguintes do Novo Código Civil, que versam sobre a prestação de alimentos entre parentes, dando maior enfoque à subsidiariedade da obrigação alimentar dos avós e das possibilidades em que o alimentando tem de recorrer à estes, caso os pais não possam cumprir a obrigação alimentar. O assunto encontra-se inserido no Direito de Família, que trata da prestação de alimentos em geral. Neste âmbito, o pedido de alimentos feito pelos filhos a seus pais é o mais comum, pois o dever de sustento dos pais advém do poder familiar, e aos avós, é exceção, tendo em vista que a obrigação destes é oriunda do parentesco, e só é possível ser pleiteada mediante prova de que os pais não podem arcar total ou parcialmente com a manutenção do alimentando. A obrigação alimentar entre parentesco vem causando algumas polêmicas tanto no embate doutrinário, quanto jurisprudencial, por se tratar de uma situação diferente do que a sociedade está acostumada a lidar. Palavras-chave: obrigação alimentar, responsabilidade subsidiária, avós.

8 ABSTRACT This work consists of the interpretations of article and following articles, including the New Civil Code which initiates the food transaction between relatives. These articles emphasize the obligation of the grandparents to provide child support when needed, and when parents cannot pay for it. The subject matter of these articles pertains to family law, which generally handles this type of food distribution. It s more usual when children ask for child support directly from their parents, especially because the parents have the obligation to give support to their kids without request. This obligation comes from the familiar power, and ask the child support to the grandparents, it is an exception, because this is an elementary obligation between relatives, yet this obligation causes many controversies in the doctrine and jurisprudence of family law, because it's an undesired circumstance within the society. Keywords: alimentary obligation, obligation of the grandparents, grandparents.

9 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABREVIATURAS Art. por artigo SIGLAS CC Código Civil NCC Novo Código Civil STJ Superior Tribunal de Justiça CPC Código de Processo Civil CPP - Código de Processo Penal

10 LISTA DE SÍMBOLOS > maior < menor parágrafo

11 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...12 Capítulo Dos alimentos em geral Evolução histórica da obrigação alimentar Pressupostos da obrigação alimentar O caráter publicístico da obrigação alimentar Função e conteúdo dos alimentos Execução da obrigação alimentar...26 Capítulo Da obrigação alimentar entre ascendentes e descendentes Diferença entre dever de sustento e obrigação alimentar A reciprocidade dos alimentos segundo o artigo do Novo Código Civil Natureza jurídica dos alimentos devidos pelos avós...43 Capítulo A responsabilidade subsidiária dos avós na prestação de Alimentos A possibilidade de pleitear ação de alimentos diretamente aos avós A possibilidade de serem demandados simultaneamente os pais e os avós Divisibilidade da obrigação alimentar entre avós paternos e maternos A formação do litisconsórcio...60 REFERÊNCIAS...68

12 12 INTRODUÇÃO A escolha do tema do presente trabalho surgiu a partir do anseio de pesquisar as possibilidades em que o alimentando pode recorrer aos avós, caso os pais não possam cumprir a obrigação alimentar, tendo em vista as dificuldades financeiras pelas quais muitos passam e pela necessidade do alimentado. Por se tratar de uma questão extremamente importante, o tema desperta um interesse maior, tendo em vista que faz parte do dia-a-dia de grande parte da população e em que os enfoques sociológicos e jurídicos estão entrelaçados. Este assunto encontra-se inserido no Direito Privado, propriamente no Direito de Família, onde é tratada a prestação de alimentos. Neste âmbito, o pedido de alimentos feito pelos filhos a seus pais é o mais comum. Aos avós, é exceção, e só será concedida mediante prova de que os pais não podem arcar com a manutenção do alimentando, total ou parcialmente. Por se tratar de uma questão bastante diferente do que a sociedade está acostumada, a obrigação alimentar entre parentesco vem causando algumas polêmicas tanto no embate doutrinário, quanto jurisprudencial. O artigo e seguintes do novo Código Civil, dispõem sobre a obrigação alimentar entre parentes. A ordem elencada na norma, contudo, muitas vezes é mal interpretada e até mesmo incompreendida. A linha de sistematização aqui adotada começa por um breve comentário sobre a evolução histórica dos alimentos demonstrando como foi desenvolvida a idéia de prestar alimentos no decorrer dos tempos, passando por uma breve conceituação de alguns elementos que constituem a obrigação alimentar como: os seus pressupostos, o caráter publicístico, sua função e conteúdo e a execução da obrigação alimentar. Em um segundo momento será tratada a obrigação alimentar entre ascendentes e descendentes, onde será feita uma análise sobre a diferença entre dever de sustento e obrigação alimentar decorrente do parentesco, dando então um

13 13 suporte para que se possa entender o motivo pelo qual é possível pleitear os alimentos aos avós, após essa análise, será abordada a reciprocidade dos alimentos segundo o artigo do Novo Código Civil, que determina os sujeitos da obrigação alimentar e em que ordem estes devem ser chamados a responsabilidade, partindo então para a conceituação da natureza jurídica dos alimentos devidos pelos avós, e suas principais características. Por fim, pretende-se uma análise mais intensa sobre o assunto em tela, tratando das possibilidades de pleitear alimentos diretamente aos avós, a possibilidade de serem demandados pais e avós simultaneamente e em quais situações seria possível, a divisibilidade da obrigação entre ascendentes paternos e maternos, e a possível formação de um litisconsórcio no pólo passivo da ação, inclusive a luz da jurisprudência pátria, com destaque ao caráter da subsidiariedade da obrigação alimentar prestada pelos avós. Por esta razão, é que constitui objetivo deste trabalho realizar uma reflexão sobre os dispositivos legais acima referidos, a fim de propiciar uma melhor compreensão acerca da aludida obrigação alimentar dos avós, e, deste modo, contribuir para amenizar as controvérsias que o tema encerra.

14 14 Capítulo 1 DOS ALIMENTOS EM GERAL 1.1 Evolução histórica da obrigação alimentar Os alimentos, na linguagem jurídica, possuem significado bem mais amplo que na linguagem comum, pois abrangem tudo que é necessário à existência da pessoa, como, moradia, remédios, despesas com vestuário e com o funeral, indo muito além da simples nutrição 1. Portanto, a obrigação alimentar é aquela onde se determina a uma pessoa fornecer a outra os meios necessários à satisfação das necessidades consideradas essenciais a vida. A linha histórica evolutiva do instituto dos alimentos é caracterizada por sua crescente ampliação. No Direito Romano, a concepção de alimentos não era conhecida, pois a própria estrutura familiar já conduzia essa questão não permitindo o reconhecimento da obrigação 2, sendo a obrigação alimentar estatuída inicialmente nas relações de clientela e patronato, vindo a ter aplicação muito tardia (na época imperial) nas relações de família 3. Sendo assim, a doutrina mostra-se uniforme no sentido de que a obrigação alimentícia fundada sobre as relações de família não é mencionada nos primeiros momentos da legislação romana 4, e que também não há um momento certo em que essa obrigação foi estabelecida dentro do contexto da família. O único registro encontrado foi na época de Justianiano onde foi reconhecida uma maneira de obrigação alimentar, representando assim um ponto de partida para o instituto dos alimentos 5. 1 VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil. 5 ed. v. 6. São Paulo: Atlas, 2005, p VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil. 5 ed. v. 6. São Paulo: Atlas, 2005, p CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4 ed. rev., ampl. e atual. de acordo com o Novo Código Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4 ed. rev., ampl. e atual. de acordo com o Novo Código Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4 ed. rev., ampl. e atual. de acordo com o Novo Código Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil. 5 ed. v. 6. São Paulo: Atlas, 2005, p. 392.

15 15 O direito canônico alargou substancialmente o conceito das obrigações alimentares 6, inclusive na esfera de relações extra-familiares 7. Já em relação ao direito comparado, afirma Yussef Cahali, in verbis: As legislações dos países civilizados cuidam da obrigação por alimentos em extensões variáveis, seja quanto à sua natureza (côngruos ou necessários), seja quanto às pessoas que a ela estariam vinculadas. 8 Na legislação brasileira, a evolução ocorreu juntamente com a sociedade. O documento de maior relevância nessa fase foi o Assento de , hoje apenas um documento histórico, que proclamava que cada um tem o dever de alimentar e sustentar a si mesmo, ressaltando algumas exceções ao princípio e em alguns casos e descendentes legítimos e ilegítimos, primos e outros consangüíneos legítimos, primos e outros consangüíneos ilegítimos 9. Nota-se que, no Código Civil de 1.916, a entidade familiar era lastreada na família centrada econômica e socialmente na figura do pai ou de qualquer outro homem que estivesse substituindo o cônjuge varão, ocupando este a posição de chefe da sociedade conjugal, e consequentemente sendo dele a obrigação de sustentar a família, o que se converteria em obrigação alimentar se ocorresse o rompimento do casamento 10. Após o CC de houve o surgimento de várias leis e uma modificação extensa de conceitos formada pela ativa elaboração jurisprudencial. Surgindo em meio a estas a Lei 5.478, de Esclarecedora explicação sobre a Lei de Alimentos faz Marcos Bahena, in verbis: Com o advento da Lei de Alimentos, as ex-esposas e filhos passaram a ser amparados e protegidos pela existência e aplicação dessa lei, onde, repitase aqui, o pai e ex-esposo, o único membro da família que desenvolvia uma 7 CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4 ed. rev., ampl. e atual. de acordo com o Novo Código Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4 ed. rev., ampl. e atual. de acordo com o Novo Código Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4 ed. rev., ampl. e atual. de acordo com o Novo Código Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 3 ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4 ed. rev., ampl. e atual. de acordo com o Novo Código Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p. 47.

16 16 atividade profissional, tinha como objetivo constituir e manter sua prole, e agora tinha também o encargo de garantir, como obrigação o sustento dos seus que já não se encontravam mais sob a sua responsabilidade, ou melhor, sob o seu próprio teto. 12 Dessa forma, a mulher que se separasse de seu marido, e os filhos do casal, se viam amparados pela Lei de Alimentos. Com o advento da Constituição Federal de 1988, em seu artigo 226, 5º, que passou a ter a seguinte redação, in verbis: Art A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher. 13 Com esta mudança, os alimentos adquiriram nova feição, pois, equiparou-se sob a ótica do Direito de Família, os direitos e deveres do homem e da mulher, considerando ser o casamento uma sociedade conjugal, onde os sócios têm direitos e deveres iguais. A Constituição Federal de 1988, trouxe, portanto, em seu bojo uma família estruturada em bases de solidariedade. Com efeito, atualmente, o Direito de Família passou a priorizar os interesses e anseios das crianças, dos adolescentes e das relações afetivas, ou seja, dos diversos integrantes da entidade familiar considerados tanto de forma global quanto individualmente. Diante de todas essas modificações, esperava-se que o Novo Código Civil viesse trazer um instituto mais atualizado e sistematizado 14, porém, como diz Francisco Cahali, o Código Civil atual trata promiscuamente dos alimentos, quer tenham ele origem na relação de parentesco, quer sejam conseqüentes do rompimento do casamento ou da convivência Pressupostos da obrigação alimentar 12 BAHENA, Marcos. Alimentos e união estável: à luz da nova lei civil. 4 ed. Leme: J.H. Mizuno Editora Distribuidora, 2003, p BRASIL. Constituição (1988) Constituição da República Federativa do Brasil. 20 ed. Brasília: Câmara do Deputados, 2003, p CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4 ed. rev., ampl. e atual. de acordo com o Novo Código Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p CAHALI, Francisco José. Direito de família e o novo código civil. Coordenação de Maria Berenice Dias e Rodrigo da Cunha Pereira. 2 ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2002, p. 194.

17 17 Os elementos básicos para que exista o direito aos alimentos são o vínculo de parentesco, a possibilidade econômica do alimentante e a necessidade do alimentado 16. Todavia, é necessário também fazer breve explicação sobre as duas hipóteses de responsabilidade civil por ato ilícito previstas no inciso I, do art. 948 e no art. 950, caput, ambos do CC vigente, onde se verifica a prestação de alimentos: em caso de homicídio e em caso de lesão corporal, respectivamente. Nesses casos, a obrigação alimentar decorrente de ato ilícito constitui em indenização paga na forma de alimentos e a Lei n. 8009/90 17, que trata da impenhorabilidade do bem de família. Assim, a indenização por ato ilícito, parte-se de que a responsabilidade é estabelecida em decorrência de um ato ilícito, sendo este o fato gerador da indenização. Diferentemente da pensão devida no Direito de Família que possui caráter alimentar, a pensão por ato ilícito possui caráter indenizatório, ou seja, a sua natureza jurídica é estabelecida como forma de indenizar a perda da vida, ou a incapacidade para o trabalho. Indenizam-se os prejuízos surgidos com o evento (ato ilícito), independentemente de necessitarem ou não os herdeiros do falecido. A menção alimentos, na hipótese de pensão por ato ilícito, constitui apenas em mero referencial para a fixação do quantum devido, tendo a dívida conteúdo de responsabilidade civil e não de Direito de Família, não sendo possível penhora o bem de família daquele que praticou o ato ilícito por conseqüência da aplicação da exceção contida no inciso III do art. 3º da Lei 8009/90. Somente a violação do direito não dá ensejo à reparação, se não houver efetivamente um dano e nem somente a ocorrência de um dano, caso não haja a violação de um direito. Para que surja a obrigação de indenizar, é necessário que exista: ação ou omissão do agente; nexo de causalidade entre essa conduta com o prejuízo suportado pela vítima, e; culpa 16 WALD, Arnold. O novo direito de família. 14 ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2002, p Lei n , de 29 de março de Dispõe sobre a impenhorabilidade do bem de família. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 30 mar Disponível em: < Acesso em: 16 out

18 18 em lato sensu (culpa ou dolo). Faltando algum desses elementos, não há de se falar em dever de indenizar 18. O artigo do novo Código Civil dispõe que: São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-lo, sem desfalque ao necessário ao seu sustento. Tal dispositivo repete os pressupostos da obrigação alimentar, ou seja, a necessidade do alimentando e a possibilidade do alimentante, que é binômio também reconhecido no 1 o do artigo acima citado, que assim dispõe: 1 o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada. Assim, a fixação dos alimentos deve obedecer ao princípio básico da obrigação alimentar, devendo ser fixados na proporção das necessidades do alimentando e dos recursos da pessoa obrigada 19. Segundo Orlando Gomes 20, são pressupostos da obrigação alimentar: a) a existência de determinado vínculo de família entre o alimentando e a pessoa obrigada a suprir alimentos, que constitui um fato básico de onde a lei faz derivar a obrigação, porém, não são todas as pessoas ligadas por laços familiares que são obrigadas, somente estarão sujeitos os ascendentes, os descendentes, os irmãos germanos ou unilaterais e os cônjuges, limitando-se assim os colaterais de segundo grau. Quanto aos cônjuges a obrigação pressupõe a dissolução da sociedade conjugal, uma vez que durante o casamento é dever do marido sustentar a mulher e esta concorrer para as despesas do casal são efeitos jurídicos decorrentes do casamento; b) o estado de miserabilidade do alimentando, apenas o vínculo familiar não é o bastante para que a obrigação se torne exigível, é necessário que quem pleiteie os alimentos realmente os necessite, ou seja, que este esteja em verdadeiro estado de miserabilidade, e que também esteja impossibilitado de prover pelo seu próprio esforço a sua mantença; c) as possibilidades econômico-financeiras da 18 VENOSA, Silvio de Salvo. Noções introdutórias sobre atos ilícitos: abuso de direito. In:. Direito civil: parte geral. 3. ed. v. 1. São Paulo: Atlas, 2003, cap. 31, p VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil. 5 ed. v. 6. São Paulo: Atlas, 2005, p GOMES, Orlando. Direito de família. 14 ed. rev. e atual. por Humberto Theodoro Júnior. Rio de Janeiro: Forense, 2001, p

19 19 pessoa obrigada a prestar alimentos, ou seja, mesmo que se prove a necessidade de quem pleiteia alimentos é necessário que se verifique se aquele de quem os exige possui meios para prestá-los, sendo assim a potencialidade financeira da pessoa de quem está sendo exigidos alimentos é também um pressuposto da obrigação alimentar, bem como a necessidade de quem os pleiteia. Em outras palavras, em sua obra, Maria Helena Diniz cita que seriam esses os pressupostos essenciais: 1) Existência de companheirismo, vínculo de parentesco ou conjugal entre o alimentando e o alimentante; 2) Necessidade do alimentando; 3) Possibilidade econômica do alimentante; e 4) Proporcionalidade, na sua fixação, entre as necessidades do alimentário e os recursos econômicofinanceiros do alimentante 21. Já o Desembargador Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves 22, cita que a expressão alimentos deve ser observada sob o aspecto objetivo e subjetivo. Do lado objetivo, se encerra o conteúdo obrigacional, materializado em virtude de lei, a partir de uma causa jurídica já existente (casamento ou parentesco), da vontade (testamento, doação condicional ou contrato) ou decorrente de ato ilícito (por exemplo: a sentença judicial condenatória, estabelecendo tal pagamento a título de indenização para ressarcir danos provenientes de ato ilícito). Portanto, segundo ele seriam estes os pressupostos da obrigação alimentar. De outro lado, enfocaria o direito subjetivo de alguém receber a prestação, ou seja, caso seja confirmada a necessidade, o indivíduo terá um direito subjetivado, isto é, o direito de receber alimentos e, dessa forma, poderá exigir a prestação consistente na entrega de um quantum, para garantir sua existência. E, para satisfazer sua pretensão (nascida da combinação entre a situação fática e a incidência da norma jurídica que delimitou o direito subjetivo), necessitado poderá utilizar-se, em caso de renitência do devedor, de um remédio jurídico processual, apto a entregar-lhe o que lhe assiste por direito, no caso uma ação processual de alimentos DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil. 18 ed. v. 5. São Paulo: Saraiva, 2002, p CHAVES, Sérgio Fernando de Vaconcellos. Os alimentos e a obrigação dos avós. Revista Advocacia Dinâmica, n. 2, p , fev. 2005, p USTÁRROZ, Daniel. Provas ilícitas lícitas? Disponível em: < Acesso em: 16 out

20 20 Nesse caso, caberá unicamente ao juiz verificar e concretizar a necessidade de um com a possibilidade do outro, portanto só poderá reclamar alimentos aquele que provar que não pode sustentar-se por seu próprio esforço 24, assim como deve ser analisada a capacidade financeira do alimentante, uma vez que este deverá cumprir a obrigação alimentar sem prejuízo do seu próprio sustento, observando o fato de que o instituto dos alimentos foi criado para socorrer os necessitados, não para fomentar a ociosidade ou favorecer o parasitismo 25. O artigo do Novo Código Civil traz uma terminologia inovadora, onde os alimentos devem preservar a condição social de quem os pleiteia, nesse sentido: ALIMENTOS. FIXAÇÃO DO MONTANTE DA PENSÃO. Agravo retido. Elementos do feito suficientes para determinar o trinômio alimentar. Caso em que a oitiva da testemunha referida é desnecessária. Mérito. Sendo a alimentada uma menina de seis anos de idade, possui, obviamente, presumidas necessidades. Os alimentos destinam-se não só à sobrevivência de quem os necessita, como também para proporcionar uma razoável condição social ( art do CC). Ou seja, se o pai pode pagar mais do que as despesas ordinárias da vida do filho, deve este desde que não seja em excesso, se beneficiar da boa condição que conta com aquele. 26 Porém, é de conhecimento geral que a maioria da população não tem acesso a moradia, água, gás, saúde, etc. Todavia se o alimentante fica responsável por todos esses itens, certamente faltará a si próprio, por esse motivo é que o binômio 24 ALIMENTOS Pensão Ex-mulher Genitora jovem que está apta para o trabalho, podendo prover o seu próprio sustento Necessidade premente não demonstrada Inteligência do art. 226, par. 5 o da CF RNP. Os alimentos devem ser prestados desde que provada a necessidade de quem os recebe e a possibilidade de quem os presta. A necessidade implica, necessariamente, na impossibilidade absoluta de obter, com suor do rosto, o próprio sustento (SÃO PAULO. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Apelação Cível n , Rel. Des. Villa da Costa, 2/3/1993. TJSP, Disponível em: < Acesso em: 13 set ). 25 MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de direito civil, 36 ed. atual. por Ana Cristina de Barros Monteiro França Pinto. v. 6. São Paulo: Saraiva, 2001, p RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Oitava Câmara Cível, Apelação Cível n Rel. Juiz Rui Pontanova, j. 2/10/2003. TJRS, Disponível em: < 3>. Acesso em: 26 set. 2007

21 21 necessidade/possibilidade deverá ser aplicado, uma vez que dependendo da situação econômica e financeira das partes, fatalmente haverá uma diminuição do padrão de vida dessas pessoas. Importante trazer, o seguinte argumento sobre o tema: Ainda, porém, que faça jus ao recebimento da prestação de alimentos, por estar em condições de reclamá-lo, o alimentando não pode exercer o seu direito se aquele de quem os exige não tiver condições de satisfazê-la. A potencialidade econômico-finaceira da pessoa de quem podem ser exigidos os alimentos é, assim, um pressuposto da obrigação, tal como o a necessidade do alimentando. 27 Nesse sentido, o dispositivo não prevê que o nível social citado, será mantido, mas apenas um padrão alimentar que lhe assegure viver com dignidade, tendo em vista as dificuldades financeiras acima citadas. No entanto, segundo Washington de Barros 28, se o alimentando se encontrar em situação de penúria, mesmo que tenha sido causada por ele próprio, faz ele jus aos alimentos que demanda. Neste caso os alimentos prestados serão apenas os tidos como necessários, ou seja, os indispensáveis a sobrevivência do indivíduo 29. Porém, Francisco Cahali 30, observa que é necessário que aguarde primeiramente o posicionamento da doutrina e jurisprudência no tocante a aplicabilidade de tal dispositivo. Ainda o artigo 1.694, caput, do NCC, dispõe que os alimentos devem servir inclusive para atender às necessidades de sua educação. Quanto aos filhos menores, não há discussão a respeito do direito à educação, que deve ser custeada pelos pais enquanto durar a menoridade civil, pois este se encontra sob a guarda do pátrio poder. 31 Quanto aos filhos que já atingiram a maioridade existia controvérsia quanto ao dever dos pais de custear os estudos, porém tal divergência já foi pacificada pela jurisprudência, no sentido de que os pais devem sim manter os 27 GOMES, Orlando. Direito de família. 14 ed. rev. e atual. por Humberto Theodoro Júnior. Rio de Janeiro: Forense, 2001, p MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de direito civil. 36 ed. atual. por Ana Cristina de Barros Monteiro França Pinto. v. 2. São Paulo: Saraiva, 2001, p LEITE, Heloísa Maria Daltro (Coord.). O novo código civil: do direito de família. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2004, p CAHALI, Francisco José. Dos alimentos. In:. Direito de família e o novo código civil. Coordenação de Maria Berenice Dias e Rodrigo da Cunha Pereira. Belo Horizonte: Del Rey, 2001, p CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4 ed. rev., ampl. e atual. de acordo com o Novo Código Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p. 525.

22 22 estudos de seus filhos mesmo após o atingimento da maioridade civil, enquanto estes não tiverem condições de proverem seu próprio sustento, mesmo porque tal direito foi estendido aos cônjuges e companheiros. Tal assunto resume-se na seguinte Ementa: DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO QUE INDEFERE PEDIDO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS. MAIORIDADE. AÇÃO PRÓPRIA. PETIÇÃO NOS AUTOS DA AÇÃOORIGINÁRIA. POSSIBILIDADE. Com a maioridade extingue-se o poder familiar, mas não cessa o dever de prestar alimentos, a partir de então fundado no parentesco. É vedada a exoneração automática do alimentante, sem possibilitar ao alimentado a oportunidade para se manifestar e comprovar, se for o caso, a impossibilidade de prover a própria subsistência. Diante do pedido exoneratório do alimentante, deve ser estabelecido amplo contraditório, que pode se dar: (i) nos mesmos autos em que forma fixados os alimentos, ou (ii) por meio de ação própria de exoneração.recurso especial conhecido e parcialmente provido. 32 Importante ressaltar que o binômio necessidade/possibilidade é mutável, bastando apenas que a situação em que se encontram alimentante e alimentando seja modificada, como por exemplo, o devedor passe a necessitar de prestação alimentícia e o alimentando passe a ter condições de prestar alimentos, ou caso o alimentante perca o emprego e não tenha mais condições de manter a prestação no mesmo valor anterior, etc. Sendo assim, a qualquer momento o montante dos alimentos fixados pode ser modificado, ou até mesmo ser extinta a obrigação alimentar, basta que se prove que foi alterada a situação econômica das partes, como por exemplo: o alimentando que passa a ter meio próprios de prover a sua subsistência e o alimentante que igualmente diminui sua fortuna e fica impossibilitado de prestar os alimentos, portanto, sendo sempre admissível a ação revisional ou de exoneração de alimentos. 32 BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. REsp. n /MG, Recurso Especial 2003/ Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI.Terceira Turma, j. 29/03/2005, p. DJ p STJ, Disponível em: < Acesso em: 12 set

23 O caráter publicístico da obrigação alimentar O caráter publicístico da obrigação alimentar; é considerado como um dos fundamentos da obrigação alimentar, onde a expressão publicístico é utilizada no sentido de normas de ordem pública, impostas pelo Estado, por mais que o único beneficiário dessa obrigação seja o alimentando. Portanto, pode-se concluir desde agora que o cumprimento da obrigação alimentar interessa ao Estado, pois deparamos em vários dispositivos que explicitam este público interesse 33. As regras que a regem são as mesmas relativas a integridade da pessoa, sua conservação e sobrevivência. Isto porque ao impor a obrigação alimentar, o Estado tutela o interesse social na vida de quem não tem condições de se manter. Em relação a fundamentação da obrigação alimentar, a doutrina desenvolve, por um lado, a obrigação legal de alimentos com base na teoria do interesse da sociedade na vida do cidadão; e de outro, na teoria do interesse à vida do próprio titular do direito aos alimentos 34. Outro fato que confirma o caráter publicístico da obrigação alimentar é que encontramos nesta a manifestação de um dos essenciais direitos a personalidade, que é o direito a vida, que por sua vez também é protegido pelo Estado 35. Nesse sentido ensina Yussef Cahali, in verbis: [...] orienta-se a doutrina no sentido de reconhecer o caráter de ordem pública das normas disciplinadoras da obrigação legal de alimentos, no pressuposto de que elas concernem não apenas aos interesses privados do credor, mas igualmente ao interesse geral [...]. 36 E, justamente com base neste caráter publicístico é que se justifica as medidas tomadas pelos legisladores para garantir a execução da dívida alimentar, protegendo o crédito alimentício, pois, dessa forma garante a sobrevivência do indivíduo 37. São medidas de exceção para proteger o crédito alimentício: a ressalva do artigo 5 o, LXVII, da Constituição Federal que admite a prisão civil por dívida alimentícia, do responsável pela inadimplência, bem como o Código Penal que pune 33 MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de direito civil. 36 ed. atual. por Ana Cristina de Barros Monteiro França Pinto. v. 2. São Paulo: Saraiva, 2001, p CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4 ed. rev., ampl. e atual. de acordo com o Novo Código Civil. São Paulo:Revista dos Tribunais, 2002, p CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4 ed. rev., ampl. e atual. de acordo com o Novo Código Civil. São Paulo:Revista dos Tribunais, 2002, p CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4 ed. rev., ampl. e atual. de acordo com o Novo Código Civil. São Paulo:Revista dos Tribunais, 2002, p MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de direito civil. 36 ed. atual. por Ana Cristina de Barros Monteiro França Pinto. v. 2. São Paulo: Saraiva, 2001, p. 311.

24 24 o abandono material, o não pagamento de pensão e a recusa de informações ao juiz, necessárias a instrução do processo. Uma vez que estando a cargo do Estado, tais medidas coercitivas à satisfação da obrigação alimentar, impedidas estão às pessoas de tentarem por si próprias, obter tal satisfação, que se torna obrigação do Estado 38. Nesse sentido leciona Sílvio Rodrigues 39, in verbis: O interesse do Estado, na estrita observância dessa norma, é direto, pois a desobediência de seus termos aumenta o número dos desprotegidos, ou seja, das pessoas de que ele, Poder Público, deve socorrer. Por isso, entre outras razões, o dispositivo vem munido de violenta sanção, que pode chegar à prisão do devedor de pensão alimentícia que, podendo atendê-lo, descumpre seu dever. Assim é que o Estado desincumbe-se do dever de socorrer os necessitados, uma vez que, transfere, através de disposição legal, aos parentes da pessoa necessitada o dever de atendê-los cada vez que for necessário e estes possuírem capacidade financeira para tal encargo. 1.4 Função e conteúdo dos alimentos A função ou finalidade da obrigação alimentar é o fornecimento àquele que está impossibilitado de se manter, dos bens necessários à sua manutenção, em sentido amplo. Com o advento do Novo Código Civil, surgiu uma inovação no sentido de distinguir dois tipos de prestação alimentícia: os alimentos civis, onde o limite é capacidade econômica do obrigado, uma vez que são fixados na proporção das necessidades do reclamante de viver de modo compatível a sua condição social; e os alimentos necessários, que representam o que é realmente indispensável à subsistência do alimentando. Embora tal distinção não estivesse no Código Civil de 1.916, na prática já era utilizada a muito, porém de forma transparente, pois não havia repercussão. Porém, vindo a nova lei determinar situações em que são devidos apenas alimentos 38 CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4 ed. rev., ampl. e atual. de acordo com o Novo Código Civil. São Paulo:Revista dos Tribunais, 2002, p RODRIGUES, Sílvio. Direito civil. 26 ed. v. 6. São Paulo: Saraiva, 2001, p. 367.

25 25 necessários se torna de grande relevância saber a exata identificação dessa distinção 40. Segundo Maria Berenice Dias, in verbis: Essa distinção, agora trazida à esfera legal, de há muito era sustentada pela doutrina. De conformidade com a origem da obrigação, a jurisprudência quantificava de forma diferenciada os alimentos destinados a filhos, excônjuge ou ex-companheiro. À prole eram deferidos alimentos civis, assegurando, compatibilidade com a condição social do alimentante, concedendo aos filhos a mesma qualidade de vida dos pais. Os consortes e companheiros percebiam alimentos naturais: o indispensável à sobrevivência com dignidade. 41 Já o conteúdo específico da prestação, embora não haja explicitação na lei, se traduz naquilo que constitui a obrigação. Na lição de Yussef Cahali 42, encontra-se um dispositivo do Código Civil mexicano que diz que: alimentos compreendem a comida, o vestuário, a habitação e a assistência em caso de enfermidade; com relação aos menores, os alimentos compreendem ainda os gastos necessários à educação primária do alimentando e para proporcionar-lhe algum ofício, arte ou profissão honesta, adequada ao seu sexo e às circunstâncias pessoais. Em nosso ordenamento jurídico o conteúdo da obrigação alimentar vem determinado no artigo do Novo Código Civil 43, repetindo o que era disposto no artigo do Código Civil de 1.916, ao tratar do legado de alimentos, que assim dispõe: O legado de alimentos abrange o sustento, a cura, o vestuário e a casa, enquanto o legatário viver, além da educação, se ele for menor. Porém, o Novo Código Civil introduziu uma inovação com a redação do artigo 1.964, ressalvando as necessidades de educação ao filho maior, o que antes era 40 CAHALI, Francisco José. Dos alimentos. In:. Direito de família e o novo código civil. Coordenação de Maria Berenice Dias e Rodrigo da Cunha Pereira. Belo Horizonte: Del Rey, 2001, p DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 3 ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4 ed. rev., ampl. e atual. de acordo com o Novo Código Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4 ed. rev., ampl. e atual. de acordo com o Novo Código Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p. 39.

26 26 destinado apenas ao beneficiário menor, estendendo, ainda, esse direito a todos os parentes, cônjuges ou companheiros 44. Assim é que o artigo 1.694, do Código Civil vigente preceitua que os parentes podem exigir uns dos outros o necessário à sua subsistência. Eis aí a tradução do conteúdo da obrigação alimentar. Dessa forma, o Código Civil ampliou o conteúdo, no momento em que autorizou que parentes ou cônjuges pleiteassem entre si os alimentos necessários a sua subsistência, e que sejam suficientes para viver de modo compatível com sua condição social. Isto quer dizer que engloba os alimentos necessários, aquilo que é indispensável à subsistência, como alimentação, saúde, educação etc., e os alimentos civis, que embora obedecendo ao limite da capacidade econômica do obrigado, são fixados na proporção das necessidades do reclamante para viver de modo compatível com sua condição social, levando em conta não só a condição social em si, mas a situação patrimonial dos sujeitos, as aptidões, a preparação e escolha de uma profissão para o necessitado menor. De qualquer modo, conclui-se que a idéia de função e conteúdo envolve, a idéia de satisfação das necessidades bem como, a manutenção do seu modo de vida compatível com a sua condição social, levando-se sempre em consideração o binômio: necessidade/possibilidade. 1.5 Execução da obrigação alimentar Estabelecida a obrigação alimentar, e não efetuando o pagamento o devedor, deve o credor executá-lo 45. A execução de alimentos é tratada pelo Código de Processo Civil, em seus artigos 732 a 735, na Constituição Federal pelo artigo 5 o, inciso LXVII e pela Lei , no que não conflitar com a Carta Magna e o estatuto 44 CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 4 ed. rev., ampl. e atual. de acordo com o Novo Código Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 3 ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p. 447.

27 27 processual 46. Apesar das recentes reformas no processo de execução dos títulos executivos judiciais pela Lei n /05 47, houve silêncio do legislador, no que diz respeito à execução dos alimentos, o que vem causando divergência entre os doutrinadores, questionando se a simplificação dos atos de cumprimento da sentença alcançam os encargos de natureza alimentícia 48. A partir da vigência da Lei n /05, não existe mais o processo de execução de título executivo judicial. Portanto, para o cumprimento da sentença condenatória por quantia certa, basta que o credor peticione nos autos do próprio processo de conhecimento. Neste caso, o devedor não irá ser citado, pois não se encontra em sede de nova demanda. Sob esse aspecto leciona Maria Berenice Dias: Pela dicção da norma parece não haver dúvida de que a mora constitui-se independentemente da intimação do devedor. Ante sua inércia pelo período de quinze dias, a contar da sentença que desafia recurso no só efeito devolutivo ou do seu trânsito em julgado, o montante do débito já resta acrescido do valor da multa, que tem incidência automática, não havendo necessidade de ser imposta pelo juiz (CPC, art. 475-J). Frente a omissão do executado, o credor só precisaria requerer a expedição de mandado de penhora e avaliação. 49 Nesse ponto é que começam as divergências, questiona-se sobre a necessidade de citação do devedor para que cumpra a sentença em 15 dias, sob pena de imposição de multa de 10%. Uns autores entendem que o devedor não precisa ser intimado 50, outros sustentam que é indispensável sua intimação 46 SANTOS, Jonny Maikel. O novo direito de família e a prestação alimentar. Jus Navigandi, Teresina, ano 8, n. 208, 30 jan Disponível em: < Acesso em: 12 out BRASIL. Lei n de 22 de dezembro de Altera a Lei n , de 11 de janeiro de 1973 Código de Processo Civil, para estabelecer a fase de cumprimento das sentenças no processo de conhecimento e revogar dispositivos relativos à execução fundada em título judicial, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 23 dez Disponível em: < Acesso em: 18 out DIAS, Maria Berenice. Execução dos alimentos e as reformas do CPC. Revista IOB de Direito Civil e Processual Civil, Porto Alegre, ano 8, n. 46, mar./abr.2007, p DIAS, Maria Berenice. Execução dos alimentos e as reformas do CPC. Revista IOB de Direito Civil e Processual Civil, Porto Alegre, ano 8, n. 46, mar./abr.2007, p THEODORO JÚNIOR, Humberto. As novas reformas do código de processo civil. Rio de Janeiro: Forense, 2007, p. 145.

28 28 pessoal 51, e ainda há os que dizem que basta que seja feita a intimação do procurador do devedor pela imprensa oficial 52. Diante de tais posições, Maria Berenice Dias entende que: [...] não é possível dispensar a intimação do réu. Precisa ser intimado pessoalmente para ser constituído em mora. Só então começará a fluir o prazo para o cumprimento da sentença, ainda que eventualmente haja risco de se estar perpetuando o velho sistema que o legislador fez tanta questão de banir. A intimação serve também para dar ciência ao devedor da incidência da multa, caso não proceder ao pagamento no prazo de quinze dias. Não basta a intimação de seu procurador. Descabido impor-lhe o ônus de procurar seu cliente para que faça o pagamento. Certamente resistirão os advogados, pois, quando a intimação é de ser feita na pessoa do procurador, expressamente a lei faz tal ressalva, como ocorre com o auto de penhora e de avaliação (CPC, art. 475-J, 1º). 53 A Lei n /05 não revogou e nem alterou o Capítulo V do Título II do Livro II do CPC que trata Da Execução de Prestação Alimentícia, e também não fez nenhuma referência à obrigação alimentar nas novas regras de cumprimento da sentença que estão inseridas nos Capítulos IX e X do Título VIII do Livro I que trata Do Processo de Conhecimento. Em face disso, Humberto Theodoro Júnior 54, sustenta que a nova lei não se aplica à execução de alimentos. Segundo a nova lei, a cobrança de quantia certa fundada em sentença não necessita de processo de execução específico, neste caso, o devedor apenas necessitará ajuizar execução autônoma quando possuir apenas um título executivo judicial. O fato é que, os alimentos podem e devem ser cobrados pelo meio mais ágil, desta forma, o silêncio do legislador sobre a execução de alimentos não pode levar a idéia de que a falta de modificação nos artigos 732 e 735 do CPC impede que a sentença seja cumprida 55. Segundo Maria Berenice Dias, a omissão não encontra explicação plausível e não deve ser interpretada como intenção de afastar o 51 CÂMARA, Alexandre de Freitas. Lições de direito processual civil. 12 ed. v. 2. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006, p ASSIS, Araken de. Cumprimento da sentença. Rio de Janeiro: Forense, 2006, p DIAS, Maria Berenice. Execução dos alimentos e as reformas do CPC. Revista IOB de Direito Civil e Processual Civil, Porto Alegre, ano 8, n. 46, mar./abr.2007, p THEODORO JÚNIOR, Humberto. As novas reformas do código de processo civil. Rio de Janeiro: Forense, 2007, p CÂMARA, Alexandre de Freitas. Lições de direito processual civil. 12 ed. v. 2. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006, p. 163.

29 29 procedimento mais célere e eficaz logo da obrigação alimentar, cujo bem tutelado é exatamente a vida 56. Desta forma, os dois tipos de execução que o nosso ordenamento jurídico colocava a disposição, sendo a prisão apenas uma delas, continuam vigentes. Neste caso, deve obedecer primeiramente, quando possível, o disposto no artigo 734, que assim dispõe: Art Quando o devedor for funcionário público, militar, diretor ou gerente de empresa, bem como empregado sujeito à legislação do trabalho, o juiz mandará descontar em folha de pagamento a importância da prestação alimentícia. Parágrafo único. A comunicação será feita à autoridade, à empresa ou ao empregador por ofício, de que constarão os nomes do credor, do devedor, a importância da prestação e o tempo de sua duração. Sendo inclusive recomendada pelo artigo 16 da lei especial 57, nestes termos na execução da sentença ou do acordo nas ações de alimentos, será observado o disposto no art. 734 e seu parágrafo único do Código de Processo Civil e acrescentado pelo artigo 17 que assim dispõe, quando não for possível a efetivação executiva da sentença ou do acordo mediante desconto em folha, poderão ser as prestações cobradas de alugueres de prédios ou de quaisquer outros rendimentos do devedor, que serão recebidos diretamente pelo alimentado ou por depositário nomeado pelo juiz. Este procedimento também pode ser feito quando o credor alegar a impontualidade do devedor, solicitando ao juiz que oficie determinando o desconto 58. Nesse caso, o juiz determinará que o desconto da importância da prestação alimentícia seja feito na folha de pagamento, comunicando à empresa ou órgão por meio de ofício, não sendo necessário, portanto, que intente o processo executório. Caso esta forma não seja possível, a execução se dará pelos outros meios estabelecidos no Código de Processo Civil, de acordo com os artigos 732 (execução contra devedor solvente) e 733 (execução mediante coação pessoal), podendo até mesmo ser proposta nos mesmos autos em que foi determinado o encargo. 56 DIAS, Maria Berenice. Execução dos alimentos e as reformas do CPC. Revista IOB de Direito Civil e Processual Civil, Porto Alegre, ano 8, n. 46, mar./abr.2007, p BRASIL. Lei n de 25 de julho de Dispõe sobre ação de alimentos e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 25 jul Disponível em: < Acesso em: 17 out DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 3 ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p. 447.

30 30 Sob esse aspecto decidiu o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul: EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS. ACORDO HOMOLOGADO JUDICIALMENTE, COM TRÂNSITO EM JULGADO. EXAME DE CONDIÇÃO SUSPENSIVA. EXECUÇÃO PROMOVIDA NOS MESMO AUTOS POSSIBILIDADE. 1. A avença das partes homologada judicialmente e já transitada em julgado constitui título executivo judicial que, segundo prevê expressamente o artigo 589 do Código de Processo Civil, poderá ser executado nos mesmo autos. 2. Até por economia processual, merece prosseguimento o feito a fim de se examinar o adimplemento da condição suspensiva pactuada, não se exigindo o ajuizamento de nova ação. Recurso provido. 59 (grifo nosso) Neste caso, a escolha da modalidade a ser aplicada está condicionada ao período do débito, se já está vencido ou não há mais de três meses. A Constituição Federal dispõe em seu artigo 5º, LXVII, que: Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel. Pelo fato de ter existido certa dificuldade entre os juízes para decretar a prisão do devedor, foi acertado pela jurisprudência que, essa forma de execução seria aplicada apenas para cobrança das três últimas prestações vencidas, tendo como justificativa de que a dívida alimentar que está acumulada por muito tempo perde o caráter de indispensabilidade à sobrevivência do credor 60, ou seja, os alimentos pretéritos, que são aqueles vencidos a mais de seis meses perdem a natureza alimentar, passando a ter características basicamente reparatórias de despesas já efetivadas, não justificando por isso o decreto de prisão 61. Apesar de muitas críticas vindas da Doutrina, o STJ aceitou a solução e sumulou a matéria nos seguintes termos: Súmula 309: O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores à citação e as que vencerem no curso do processo. 59 RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Sétima Câmara Cível, Agravo de Instrumento n , Rel. Des. Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves, j TJRS, Disponível em: < 5>. Acesso em: 25 set DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 3 ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p WALD, Arnold. O novo direito de família. 14 ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2002, p. 49.

31 31 Neste âmbito, Maria Berenice Dias, cita algumas observações que devem ser feitas, in verbis: Não há necessidade de que estejam vencidas três prestações para o credor buscar a cobrança. O inadimplemento de uma única parcela já autoriza o uso de via executória. Também podem ser cobradas parcelas alternadas. Basta figurar a hipótese de o devedor deixar de pagar uma parcela e proceder a mais um pagamento antes de voltar à inadimplência. Mais uma observação importante: ainda que a obrigação alimentar seja atendida por meio de prestações sucessivas, o vencimento é antecipado, pois se destina a garantir a sobrevivência do credor. Trata-se, portanto, de dívida que deve ser paga de imediato. Assim, estipulados os alimentos, devem ser adimplidos imediatamente, e qualquer atraso autoriza o uso da via executória. 62 Nos casos onde a dívida alcançar prestações recentes e antigas, admite-se o uso simultâneo de dois processos executórios, um pelo rito da coação pessoal, ou seja, pelo regime estabelecido no art. 733 do CPC, para a cobrança das três últimas parcelas vencidas e outro, para cobrança das prestações anteriores, pelo rito do art. 732 do CPC 63. No artigo 733, encontra-se descrito o procedimento do juiz na execução de alimentos, onde citará o devedor para que em 3 (três) dias efetue o pagamento, prove que o fez ou justifique a impossibilidade de fazê-lo, se o obrigado não cumprir nenhuma dessas determinações o juiz irá decretar sua prisão pelo período de um a três meses 64, como já citado acima. Essa prisão não poderá ser decretada de ofício, pois a decisão que decreta a prisão civil deve ser fundamentada, mesmo que o devedor não apresente qualquer justificativa 65. Sob essa hipótese não será incorporada multa, pois tal encargo não integra a obrigação alimentar quando o pagamento é exigido sob pena de prisão. 66 Porém, é de grande importância ressaltar que a prisão é apenas um meio coercitivo para o pagamento, portanto, o cumprimento da pena não exime de forma alguma o devedor de efetuar o pagamento das prestações vencidas e vincendas, assim, não sendo pagas as 62 DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 3 ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p DIAS, Maria Berenice. A reforma do CPC e a execução dos alimentos. Disponível em: < Acesso em: 12 set VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil. 5 ed. vol. 6. São Paulo: Atlas, 2005, p SANTOS, Jonny Maikel. O novo direito de família e a prestação alimentar. Jus Navigandi, Teresina, ano 8, n. 208, 30 jan Disponível em: < Acesso em: 12 out DIAS, Maria Berenice. Execução dos alimentos e as reformas do CPC. Revista IOB de Direito Civil e Processual Civil, Porto Alegre, ano 8, n. 46, mar./abr.2007, p. 73.

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