Microbiologia Geral SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL Instituto Federal de Alagoas - Campus Piranhas ENGENHARIA AGRONÔMICA. Patogenicidade e Imunologia

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1 Microbiologia Geral SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL Instituto Federal de Alagoas - Campus Piranhas ENGENHARIA AGRONÔMICA Patogenicidade e Imunologia Prof.(a) Juliana Moraes Piranhas 2018 Patogenicidade 1

2 ALGUNS CONCEITOS: Patogenicidade: Processo pelo qual os microorganismos causam doenças. Infecção: crescimento microbiano que não é normal dentro do organismos hospedeiro. Hospedeiro: organismo que abriga o patógeno. Doença: dano ou lesão tecidual que prejudica as funções normais do corpo do hospedeiro. Propriedades únicas de cada patógeno contribuem para sua patogenicidade. VIRULÊNCIA O que é? Medida de patogenicidade (capacidade relativa de um patógeno causar doenças). DL 50 (dose letal 50 ) números de células de uma agente patógeno capaz de matar 50 % dos animais no grupo teste. 2

3 ATENUAÇÃO O que é? Diminuição ou perda da virulência de um patógeno. Como ocorre? Patógenos virulentos mantidos em culturas laboratoriais são superados pelo crescimento mais rápido de mutantes não virulentos em meio de cultura, onde as cepas virulentas são pouco competitivas. ADESÃO O que é? Capacidade de aderir a células ou superfícies Fatores de adesão não covalentes: Glicocálice Capsula Camada limosa Outros fatores de adesão: Fímbrias Pili Flagelos 3

4 INVASÃO Após colonização um patógeno precisa invadir um tecido para dar inicio ao processo de doença. Invasão seria a capacidade de um patógeno invadir uma célula ou tecido hospedeiro, propagar-se e causar a doença. Geralmente ocorre pela presença de fissuras nos tecidos. Bacteriemia = invasão/infecção do sistema sanguíneo Septicemia = infecção sistêmica Multiplicação Inoculo inicial Colonização INFECÇÃO Infecção: refere-se a qualquer situação em que um microorganismos e não um membro da microbiota local se estabelece e se desenvolve em um hospedeiro, independente se o hospedeiro encontra-se prejudicado. A infecção não é sinônimo de doença, uma vez que o crescimento de um microrganismo, mesmo um agente patogênico, em um hospedeiro nem sempre causa danos a este. Em algumas condições a microbiota normal pode passar de inofensiva para patógeno oportunista que promove doença. A infecção requer o crescimento de microrganismos após a ligação com a superfície. Para o crescimento é necessário que haja condições ambiente e disponibilidade de nutrientes. 4

5 FATORES DE VIRULÊNCIA Fatores de virulência: características que aprimoram a capacidade de invasão. Muitos são enzimas: Hialuronidase (degradação do ácido hialurônico cimento intracelular de células animais) Colagenase (degrade o colágeno que sustenta os tecidos e impede a disseminação da infecção) Estreptocinase (impede o processo de coagulação) Coagulase ( produção de fibrina insolúvel que serve de proteção contra o ataque de células de defesa) proteases lipases dnases EXOTOXINAS Toxicidade: consiste na capacidade de um organismo causar uma doença, por meio, de uma toxina pré-formada que inibe a função ou mata as células hospedeiras. Exotoxinas: são proteínas tóxicas liberadas pela célula do patógeno, a medida que ele cresce. E são liberadas e se deslocam para regiões distantes da infecção. Classificação das exotoxinas: Toxinas citolítica: destroem a integridade da membrana, promovendo a lise celular. Clostridium prefrigens; Streptococcus sp. Toxinas AB: subunidades se ligam a membrana e causam inibição da síntese proteica Corynebacterium diphtheriae; Clostridium tetani, C. bitulinum, Shigella dysenteriae, Vibrio cholerae Superantígenos: estimulam um grande numero de células da resposta imune, resultando m intensas reações inflamatórias e danos teciduais. 5

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7 ENDOTOXINAS São lipolissacarideos (LPS), tóxicos encontrados na maioria das bactérias Gram-negativas. Componentes estruturais da membrana externa gram-negativa, desta forma, não são produtos solúveis de bactérias em crescimento. As célas precisam sofre lise para liberação das endotoxinas Propriedades Exotoxinas Endotoxinas Propriedades químicas Proteínas excretadas, Geralmente termolábeis Mecanismo de ação (sintomas) toxicidade Específicos; Geralmente se ligam a receptores ou estruturas celulares especificas; Ação especifica em células e tecidos Frequentemente altamente tóxicas em diminutas quantidades e, algumas vezes, fetal. Resposta da imunidade Altamente imunogênica; Estimulam a produção de anticorpos neutralizantes (antitoxinas) Potencial de febre Origem genética Apirogênica (não produz febre) Codificada com genes extracromossômicos Complexo lipopolissacarídeos, Termoestáveis Geral; Febre, diarreia, vômitos Pouco tóxicas em 10 a 100µg; Raramente fatais Pouco imunogênica; Resposta imune insuficiente para neutralizar a toxina Pirogênica (produz febre no hospedeiro) Genes cromossômicos 7

8 ESPECIFICIDADE TECIDUAL DAS DOENÇAS INFECCIOSAS Doença Tecido infectado organismo Aids Linfócitos T Vírus da imunodeficiência humana (HIV) Botulismo Placa motora terminal Clostridium botulinum Cólera Epitélio do intestino delgado Vibrio cholerae Cáries dentais Epitélio oral Streptococcus mutans Gonorreia Epitélio de mucosas Neisseria gonorrhoeae Tétano Interneurônio inibidor Clostridium tetani Gripe Epitélio respiratório Vírus da Influenza A e B Imunologia 8

9 RESISTÊNCIA INATA Á INFECÇÃO Resistência natural do hospedeiro: Barreiras físicas, químicas e anatômicas a infecções Remoção de partículas cílios e nasofaringe Lizosima olhos/lagrimas quebra da parede celular Pele- barreira física, química e microbiológica (microbiota normal) Acidez estomacal Muco no pulmões Proteínas sanguíneas Rápida alteração de ph no duodeno ( parte inicial do intestino) Microbiota normal do intestino, aparelho geniturinário Fluxo do trato urinário. FATORES DE RISCO PARA INFECÇÃO Estresse Idade Dieta 9

10 ALGUNS CONCEITOS Imunidade inata: capacidade intrínseca do corpo em conhecer e destruir os patógeno ou seus produtos. Fagócitos: células capazes de englobar, matar e digerir a maioria dos patógenos. Imunidade adaptativa: capacidade adquirida de reconhecer e destruir patógenos específicos e seus produtos. Antígenos: moléculas especificas contidas nos patógenos CÉLULAS E ÓRGÃOS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO Células tronco: células multipotentes são as precursoras que podem se diferenciar em diferente células do sangue. Essas células crescem e são diferenciadas na medula óssea. Sangue: consiste em componentes celulares acelulares dispersos no plasma. Eritrócitos Leucócitos Plaquetas Plasma Linfa: fluido semelhante ao sangue que conte, células nucleadas e proteínas, mas carece de hemácias. 10

11 LINFA SISTEMA LINFÁTICO ORGÃOS PRIMÁRIOS Onde ocorre transformação de células troncos em linfócitos funcionais reativos aos antígenos. medula óssea timo ORGÃOS SECUNDÁRIOS Locais onde antígenos interagem com fagócitos apresentadores de antígenos e linfócitos para gerar resposta imune adaptativa. Linfonodos Tecido linfoide associado às mucosas (MALT) Baço 11

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13 LEUCÓCITOS Chamados de glóbulos brancos Encontrados no sangue e na linfa Tipos de leucócitos: Monócitos Granulócitos Leucócitos Neutrófilo Eosinófilo Linfócito Macrófago Monócito Função Fagocitose dos complexos antígeno-anticorpo. Atuam liberando histamina e heparina, substâncias que ajudam na dilatação dos vasos sanguíneos e na anticoagulação, respectivamente. envolvidas com a produção de anticorpos Função primária e fagocitar partículas, sejam elas restos celulares, partículas inertes ou microorganismos. Eles tornam-se macrófagos, células especializadas no processo de fagocitose de vírus, fungos e bactérias. Além disso, são responsáveis pela destruição de células mortas e danificadas no corpo. 13

14 RESPOSTA IMUNE Resposta imunologia inata Capacidade preexistente não induzível em conhecer e destruir patógenos e seus produtos. Não requer exposição prévia Mediada por fagócitos (macrófagos e neutrófilos) Resposta imunologia adaptativa Está relacionada a um composto molecular do patógeno (antígeno) Requer exposição prévia Ocorre após a segunda exposição 1 exposição Resposta imune primária: o contato célula-antígeno estimula o crescimento e a multiplicação de células antígeno-reativas idênticas (clones). Esses clones persistem por anos e confere imunidade especifica de longa duração. 2 exposição: O antígeno é reconhecido pela células reativas ao antígeno especifico gerando resposta imune secundária (mais rápida)- memória ANTICORPOS São proteínas solúveis sintetizadas pelas linfócitos em resposta a exposição antigênica Controlam a disseminação da infecção no ambiente extracelular (sangue e secreções das mucosas) Também conhecidos como imunoglobulina (Ig) Tipos de Anticorpos: 14

15 VACINAS É o antígeno ou mistura de antígenos utilizados para induzir a uma memoria imune. OBRIGADA!!! 15