Desenvolvimento Econômico
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- Júlia Cunha Marinho
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1 Desenvolvimento Econômico Tema 2: O Sistema de Bretton Woods e a Conformação do Mundo no Pós-Guerra: Países Desenvolvidos X Países Emergentes Autor: Márcio Sampaio de Castro Como citar este material: CASTRO, Márcio Sampaio. Desenvolvimento Econômico: O Sistema de Bretton Woods e a Conformação do Mundo no Pós-Guerra: Países Desenvolvidos X Países Emergentes. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, Há no mundo contemporâneo um intenso processo de transformação que coloca em cheque toda a ordem política e, principalmente, econômica estabelecida logo após o encerramento da Segunda Guerra Mundial ( ). As constantes crises enfrentadas pelo capitalismo, como os choques do petróleo nos anos 1970 e as bolhas especulativas forçadas pelo mercado financeiro nas décadas seguintes, são fatores de desequilíbrio do sistema. Por outro lado, a ascensão dos países emergentes tem levado estas nações a questionar a governança de organismos multilaterais, como o FMI e o Banco Mundial, e até mesmo o próprio sentido da globalização celebrada inicialmente como fator de desenvolvimento sem paralelo na história da humanidade. Essas são questões que estão na ordem do dia e, portanto, são fundamentais para o entendimento da dinâmica político-econômica do nosso tempo. 1
2 O Sistema de Bretton Woods e a Conformação do Mundo no Pós- Guerra: Países Desenvolvidos X Países Emergentes Em julho de 1944, o mundo ainda se encontrava às voltas com a Segunda Guerra Mundial, e a Alemanha e o Japão ainda não haviam sido derrotados, mas todos sabiam que isso era somente uma questão de tempo. Os países aliados já discutiam como seria o mundo do pós-guerra; para definir como seria a nova ordem econômica após o encerramento das hostilidades, os Estados Unidos com forte apoio da Inglaterra resolveram organizar na cidade de New Hampshire a Conferência de Bretton Woods, com a participação de 730 delegados de 44 países, inclusive o Brasil. O resultado da conferência foi o estabelecimento das bases que fariam dos Estados Unidos e seus aliados da Europa Ocidental os países mais ricos do mundo nas décadas seguintes. Na época, os Estados Unidos sozinhos já possuíam a maior economia do globo, com a maior produção de petróleo, de energia, de carvão, de manufaturados em geral e ainda detinham 80% das reservas de ouro de todo o planeta (GREEN, 1999). A União Soviética encontrava-se praticamente isolada em seu projeto socialista e, apesar de haver participado do encontro, pouco pôde influir em um desenho que tinha no capitalismo sua razão de ser. A primeira das medidas decididas na conferência foi a criação do padrão de câmbio-ouro, a partir do qual o dólar transformou-se em moeda de referência mundial a uma cotação de $ 35 (trinta e cinco dólares) por onça-troy (o equivalente a 31,1 gramas de ouro). Isto fez com que todas as moedas do mundo passassem a ter o dólar como parâmetro, tornando a moeda norteamericana automaticamente a mais valorizada entre todas, dando origem àquilo que ficaria conhecido como padrão dólar. A segunda medida foi a criação do Fundo Monetário Internacional, voltado para fomentar o desenvolvimento dos países, e do Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BIRD) que depois viria a se transformar 2
3 no Banco Mundial, inicialmente voltado para a reconstrução da Europa. Os dois organismos têm até hoje os Estados Unidos como principal cotista e, consequentemente, detentor do maior poder de voto em ambas as instituições. Ao longo das últimas décadas, estes foram os principais organismos financeiros fornecedores de empréstimos a diversos países ao redor do mundo, estabelecendo regras e condições rígidas para a liberação de recursos. Essas duas medidas a instituição do padrão dólar e a criação do FMI e do Banco Mundial determinaram o surgimento daquilo que ficou conhecido como Sistema Bretton Woods. Outra ação importante daquele período foi decorrente da divisão da Europa no imediato pós-guerra entre os países sob influência norte-americana e os países que pertenciam à esfera da antiga União Soviética, dando início ao que viria a ser conhecido como Guerra Fria. Preocupados com a possibilidade de países da Europa Ocidental se aproximarem dos soviéticos, tornando-se socialistas, os Estados Unidos resolveram adotar a proposta apresentada pelo general George Marshall. O Plano Marshall, como ficou conhecido, era uma proposta que previa a destinação, ao longo de quatro anos, de 13 bilhões de dólares (que seriam equivalentes a mais de 100 bilhões de dólares em nossos dias) em forma de assistência técnica e financiamentos diversos voltados principalmente para países como Inglaterra, França, Itália e Alemanha. O apoio econômico, ainda que motivado por interesses políticos, garantiu aos países do bloco europeu ocidental um renascimento, que faria com que não só atravessassem as dificuldades da reconstrução do pós-guerra, como também que pudessem garantir à sua indústria e comércio um reflorescimento, o que se refletiu no alto padrão de vida de seus cidadãos nas décadas seguintes. Do outro lado do mundo, no extremo Oriente, a Guerra Fria teve mais um capítulo com a Guerra da Coreia, em que países comunistas e capitalistas se enfrentaram de fato no campo de batalha, entre 1950 e O conflito fez com que os Estados Unidos enxergassem no Japão, vizinho da península coreana e da China comunista e originalmente destinado pelos aliados a 3
4 tornar-se um país agrário um país de grande importância estratégica para seus interesses na região. A partir desta inflexão nos planos originais, o mesmo modelo aplicado para a Europa poucos anos antes foi reproduzido nas ilhas japonesas: empréstimos generosos e assistência técnica para que o país pudesse se reconstruir e atingir um alto nível de desenvolvimento. Para países de menor importância estratégica, mas com mercados consumidores potencialmente interessantes, houve o incentivo para que indústrias de menor valor agregado, ou seja, sem tecnologia de ponta, pudessem ser instaladas, como foi o caso das grandes montadoras de automóveis, que chegaram ao Brasil, na metade dos anos 1950, acompanhadas de empréstimos feitos por grandes bancos internacionais. A outras nações ainda menores sobrou simplesmente o papel de fornecedoras de matérias-primas para as fábricas dos grandes países industriais. Esta distinção criou no mundo daquele período uma divisão que ficaria conhecida por muitos anos como tendo, de um lado, os países ricos, ou desenvolvidos, e, de outro, os países do Terceiro Mundo, ou subdesenvolvidos, que eram os países de baixa renda. A expressão Terceiro Mundo servia para indicar que existia também um Segundo Mundo, composto pelos países sob a influência da União Soviética, onde a lógica do capitalismo não se fazia totalmente presente. Crise do Petróleo e Inflação Global No início dos anos 1970, a distância entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos começou a aumentar significativamente. A renda das pessoas nos países subdesenvolvidos quase não se alterava, enquanto nos países ricos aumentou de maneira expressiva no período compreendido entre 1975 e Também a partir dos anos 1970, um rearranjo no Sistema Bretton Woods ocorreu. Sobrecarregados pelos gastos com a Guerra do Vietnã e com um crescente desequilíbrio em sua balança comercial e em suas contas internas, os Estados Unidos perceberam que seus aliados começavam a abrir mão do dólar, comprando diretamente o ouro físico em seus estoques. Para 4
5 salvaguardar sua moeda e o poder de hegemonia econômica que ela lhe garantia, o governo norte-americano resolveu acabar com a paridade dólarouro. Em 15 de agosto de 1971, o presidente Richard Nixon tomou essa decisão, ratificada pelo FMI em 1973 (FIORI, 1999). O ouro não iria mais garantir o valor do dólar, e sim a palavra e a influência do governo dos Estados Unidos, respaldadas pelo seu tesouro nacional e pela emissão dos títulos da dívida do país, conhecidos como treasuries. Em 1973, uma nova crise, agora nascida no Oriente Médio, fez com que o governo dos Estados Unidos adotasse novas medidas, com impactos no mundo inteiro. O conflito entre árabes e israelenses, na chamada Guerra do Yom Kippur, levou os países árabes membros da Organização dos Produtores e Exportadores de Petróleo (OPEP) a inicialmente suspender o fornecimento e depois aumentar em quatro vezes o preço do barril de petróleo. Essa medida fez com que um efeito em cascata de aumento de preços de outros produtos atingisse todos os países do mundo, gerando uma inflação global. Para fazer frente a mais este desafio, os norte-americanos aumentaram no final daquela década o valor dos juros de seus títulos públicos, encarecendo o custo do dinheiro no mundo inteiro, ou seja, todo tipo de empréstimo ficaria muito mais caro. Isso afetou diretamente os países subdesenvolvidos, que possuíam grandes dívidas com os países ricos. Do dia para a noite, eles se viram envolvidos por dois problemas gigantes: uma dívida externa enorme e uma inflação crescente. O Brasil não passou incólume por este processo. Sentindo os reflexos da crise do petróleo e do aumento da taxa de juros promovida pelo FED (Federal Reserve), o Banco Central dos Estados Unidos, o país parou de crescer, a inflação dos preços aumentou assombrosamente, assim como aumentaram o desemprego e a pobreza, e o país entrou na década seguinte em profunda crise. Este fenômeno se reproduziu em quase todos os países subdesenvolvidos no período. A crise foi tão grave que entre os economistas brasileiros os anos 1980 ficaram conhecidos como a década perdida. 5
6 Subitamente, com os juros mais altos, o volume das dívidas externas dos países do Terceiro Mundo se multiplicou. Como resultado, diante dessa crise, eles empobreceram ainda mais. Em acréscimo, o aumento da distância tecnológica entre os países desenvolvidos e os subdesenvolvidos fez com que estes últimos ficassem ainda mais defasados em um cenário de concorrência internacional. Para os países do Terceiro Mundo, duas décadas de graves crises inflacionárias, baixo crescimento e instabilidades políticas acabaram por transformá-los em laboratórios perfeitos para as experiências de globalização, que marcariam o último decênio do século XX. Globalização Em 1991, com a queda do Muro de Berlim e o fim da União Soviética, a economia mundial vivenciou novas transformações. Ganhava força a ideia de globalização. Empresas começaram a fechar suas plantas industriais em seu país de origem em busca de menor custo de produção em outros lugares. O mercado financeiro ganhou grande importância, e a desregulamentação da economia, visando o aumento dos lucros, passou para a ordem do dia. Grandes bancos e grandes corporações iniciaram um processo de crescimento, com fusões e incorporações, e o fluxo de capitais ao redor do globo tornou-se praticamente instantâneo. Novas tecnologias, como a informática, a robótica e a biotecnologia, passaram a fazer parte do mundo das empresas e do trabalho. Igualmente, a ideia de formação de blocos econômicos ganhou força, surgindo as mais variadas nomenclaturas, tais como União Europeia, Mercosul, Nafta, G20, entre tantas outras. Essa integração do mundo levou à mudança da classificação dos países, que agora passavam a ser divididos em países desenvolvidos e em países em desenvolvimento ou países emergentes, e, ainda, em uma terceira categoria, composta por países pobres ou países menos avançados. Esta mudança de grandes empresas para outros países em busca de mão de obra mais barata e custos menores de produção denominada outsourcing acabou por afetar em grande medida os países de origem dessas mesmas 6
7 empresas. Enquanto nações do leste asiático, por exemplo, experimentaram a chegada de novas indústrias e empresas de serviços, os países ricos passaram a conviver nas últimas décadas com a redução da oferta de empregos, e o alto padrão de vida construído nos pós-guerra foi seriamente ameaçado também pelas inúmeras crises financeiras causadas pelo descontrole dos mercados de capitais, por bolhas especulativas e pela incapacidade de seus governos em oferecer respostas a esses desafios. Diante deste quadro de renovadas crises e pouca efetividade do FMI e do Banco Mundial no combate a elas, o modelo construído a partir de Acordos de Bretton Woods atravessou sua maior crise desde sua criação, abrindo espaço para novos arranjos políticos e econômicos, em que países emergentes como a Índia, a Rússia e, sobretudo, a China começaram a ocupar um espaço inimaginável há duas ou três décadas no concerto mundial. Esses novos arranjos, em que esses países emergentes questionam cada vez mais a estrutura de governança global em diversos órgãos multilaterais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), além do FMI e do Banco Mundial, são a base para que outras formas de organização, a exemplo dos BRICS, ganhem destaque no cenário internacional contemporâneo e indiquem um possível redesenho dessa governança nos anos futuros. Saiba Mais! Bretton Woods: 70 anos depois 7
8 BRETTON Woods: 70 anos depois. Síntese dos acordos de Bretton Woods. Reportagem Euronews. 1:15min. Disponível em: < Acesso em: 12 out Documentário: Roger e Eu Roger e eu é um documentário produzido em 1989 por Michael Moore, em que o cineasta já denunciava o sofrimento de milhares de famílias prejudicadas com a saída da fábrica da GM da cidade de Flint, nos EUA, antecipando o processo de outsourcing das grandes fábricas dos países ricos. Disponível em: < Acesso em: 13 out Globalização e Integração Perversa. BELLUZZO, Luiz Gonzaga; CARNEIRO, Ricardo. Globalização e Integração Perversa. Texto publicado em 2003 na revista Política Econômica - Boletim 8
9 quadrimestral do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica do Instituto de Economia da Unicamp que traz uma análise retrospectiva a respeito das principais transformações verificadas na economia global a partir dos anos Disponível em: < Acesso em: 14 out O acordo de Bretton Woods e a evidência histórica: o sistema financeiro internacional no pós-guerra. KILSZTAJN, Samuel. Revista de economia política. São Paulo: Ed. 34, ISSN , ZDB-ID Vol , 4, p Disponível em: < Acesso em: 15 ago Acordos de Bretton Woods: resultantes da conferência homônima realizada nos Estados Unidos, em 1944, em que foram estabelecidos o padrão dólarouro, definindo a moeda norte-americana como reserva internacional, e a criação do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial. Banco Mundial e FMI: principais organismos financeiros fornecedores de empréstimos a diversos países ao redor do mundo, controlados principalmente pelos Estados Unidos. Estabelecem regras e condições rígidas aos países necessitados para a liberação de recursos. Crise do Petróleo: o conflito entre árabes e israelenses na chamada Guerra do Yom Kippur, em 1973, levou os países árabes membros da Organização dos Produtores e Exportadores de Petróleo (OPEP) a inicialmente suspender o fornecimento e depois aumentar em quatro vezes o preço do barril do petróleo. 9
10 Essa medida fez com que um efeito em cascata atingisse todos os países do mundo, gerando uma inflação global. Globalização: com o fim da União Soviética, em 1991, a economia mundial passou por grandes transformações. Empresas começaram a produzir em diversos países, em busca de menor custo. O mercado financeiro também ganhou grande importância, e a desregulamentação da economia, visando o aumento dos lucros, passou para a ordem do dia. Grandes bancos e grandes corporações iniciaram um processo de crescimento, com fusões e incorporações, e o fluxo de capitais ao redor do globo tornou-se praticamente instantâneo. Plano Marshall: proposta instituída em 1948, que previa a destinação, ao longo de quatro anos, de 13 bilhões de dólares em forma de assistência técnica e financiamentos diversos voltados principalmente para países como a Inglaterra, a França, a Itália e a Alemanha. Instruções Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido. Questão 1 (Brasil Escola) Sobre o Banco Mundial, considere as afirmativas a seguir: I. Foi inicialmente criado para fomentar, principalmente, o Plano Marshall. II. Os empréstimos concedidos podem ser utilizados para qualquer fim. III. Somente os governos podem contrair empréstimos. IV. Não estabelece regras para a concessão de empréstimos, o que lhe rende duras críticas. 10
11 Assinale a alternativa que apresenta somente o que for verdadeiro: a) I. b) II. c) I e III. d) II e IV. e) I, III e IV. Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. Questão 2 (FGV) A criação do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do BIRD (Banco Interamericano para a Reconstrução e Desenvolvimento) está vinculada diretamente à: a) Conferência de Yalta (Crimeia) em 1945, estabelecendo as agências financiadoras para a reconstrução da Europa e da Ásia no pós-guerra. b) Desvalorização do dólar em relação ao ouro, implementada por Nixon no início dos anos c) Conferência de Bretton Woods (EUA) em 1944, com a formação do Banco Mundial. d) Conferência de Potsdam (Berlim) em 1945, que determinou a área de ação dessas instituições. e) Substituição do padrão-ouro pela libra esterlina, com o intuito de fortalecer e desenvolver as economias dos países no pós-guerra. Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. Questão 3 (UFAM) São características da Globalização: 11
12 a) A adoção do Toyotismo como modelo para a reorganização da produção, a restrição dos mercados e a valorização tecnológica. b) O estabelecimento de redes comerciais, com valorização do capital mercantil e o aumento do controle estatal na economia. c) A adoção de políticas neoliberais, a desregulamentação da economia e a diminuição dos índices de robotização na indústria. d) A dinamização tecnológica, com a garantia da ampliação de políticas sociais e direitos trabalhistas. e) A formação de blocos econômicos, a integração dos mercados e o avanço do capital financeiro. Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. Questão 4 Em 1944, foram lançados os fundamentos para uma nova ordem da economia global. Cite quais foram os três principais pilares estabelecidos naquele momento. Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. Questão 5 Explique como e por que a crise do petróleo nos anos 1970 gerou uma crise econômica em escala planetária. Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. Vimos neste tema que o final da Segunda Guerra Mundial ensejou o surgimento de uma nova ordem econômica, em que os Estados Unidos 12
13 despontaram como a principal nação do globo. Esta nova ordem estabeleceu o dólar como moeda de referência e trouxe à luz organizações multilaterais, como a ONU, o FMI e o Banco Mundial. As diversas e crescentes crises enfrentadas pelo capitalismo, principalmente a partir dos anos 1970, criaram a globalização, que surgiu como consequência natural da expansão do modelo e sua busca incessante por novas oportunidades de realização de lucro e tentativa de resposta a essas mesmas crises. Por outro lado, essa expansão trouxe para o cenário novos aspirantes ao protagonismo econômico: os países emergentes. BELLUZZO, Luiz Gonzaga; CARNEIRO, Ricardo. Globalização e Integração Perversa. Revista Política Econômica Boletim Quadrimestral do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica, Instituto de Economia da Unicamp, Campinas, mar./ago Disponível < Acesso em: 14 out FIORI, José Luis (Org.) Estados, Moedas e Desenvolvimento. In:. Estados e Moedas, no Desenvolvimento das Nações. Petrópolis: Editora Vozes, GREEN, Timothy. Central Bank Gold Reserves: An Historical Perspective Since World Gold Council, Research Study, v. 23, Disponível em: < Acesso em: 18 ago KILSZTAJN, Samuel. O acordo de Bretton Woods e a evidência histórica: o sistema financeiro internacional no pós-guerra. Revista de Economia Política, São Paulo: Ed. 34, v. 9, n. 4, p , Disponível em: < Acesso em: 15 ago
14 Vídeos: ROGER e Eu. Direção Michael Moore. EUA, Disponível em: < Acesso em: 13 out BRETTON Woods: 70 anos depois. Euronews. Síntese dos acordos de Bretton Woods. 1:15min. Disponível em: < Acesso em: 12 out Questão 1 Resposta: Alternativa A I. Verdadeiro O Banco Mundial foi inicialmente criado para ajudar na reconstrução dos países destruídos na Segunda Guerra Mundial, financiando ações que agissem neste sentido, a exemplo do Plano Marshal. II. Falso Os empréstimos concedidos pelo Banco Mundial são específicos para obras relacionadas ao desenvolvimento estrutural, como a construção de rodovias, ferrovias, geração de energia, entre outras. III. Falso Além dos governos, empresas de grande porte também podem solicitar ajuda financeira, desde que seus projetos de aplicação sejam aprovados. IV. Falso O Banco Mundial estabelece regras rígidas para a concessão de empréstimos. Questão 2 Resposta: Alternativa D A criação do FMI e do Banco Mundial ocorreu em 1944, durante as Conferências de Bretton Woods, nos Estados Unidos. 14
15 Questão 3 Resposta: Alternativa E A globalização ensejou a formação de blocos econômicos, a integração dos mercados e o avanço do capital financeiro. Questão 4 Resposta: A criação de instituições de fomento multilaterais como o FMI e o Banco Mundial e a adoção do padrão dólar-ouro, que instituiu a moeda norteamericana como referência de reserva internacional. Questão 5 Resposta: Os países árabes membros da Organização dos Produtores e Exportadores de Petróleo (OPEP), a partir da Guerra do Yom Kippur, em 1973, inicialmente suspenderam o fornecimento e depois aumentaram em quatro vezes o preço do barril do petróleo. Essa medida fez com que um efeito em cascata de aumento de preços de outros produtos atingisse todos os países do mundo, gerando uma inflação global. 15
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