ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA SÉRGIO RICARDO SEGOVIA BARBOSA A AMAZÔNIA AZUL: a sua gênese e a sua importância para o Brasil

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1 ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA SÉRGIO RICARDO SEGOVIA BARBOSA A AMAZÔNIA AZUL: a sua gênese e a sua importância para o Brasil Rio de Janeiro 2012

2 SÉRGIO RICARDO SEGOVIA BARBOSA A AMAZÔNIA AZUL: a sua gênese e a sua importância para o Brasil Trabalho de Conclusão de Curso Monografia apresentada ao Departamento de Estudos da Escola Superior de Guerra como requisito à obtenção do diploma do Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia. Orientador: CMG (FN-RM1) Jaime Costa Coelho. Rio de Janeiro 2012

3 C2012 ESG Este trabalho, nos termos de legislação que resguarda os direitos autorais, é considerado propriedade da ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA (ESG). É permitido a transcrição parcial de textos do trabalho, ou mencioná-los, para comentários e citações, desde que sem propósitos comerciais e que seja feita a referência bibliográfica completa. Os conceitos expressos neste trabalho são de responsabilidade do autor e não expressam qualquer orientação institucional da ESG. Sérgio Ricardo Segovia Barbosa Biblioteca General Cordeiro de Farias Barbosa, Sérgio Ricardo Segovia. A AMAZÔNIA AZUL: a sua gênese e a sua importância para o Brasil / CMG Sérgio Ricardo Segovia Barbosa. - Rio de Janeiro: ESG, f.: il. Orientador: CMG (FN-RM1) Jaime Costa Coelho. Trabalho de Conclusão de Curso Monografia apresentada ao Departamento de Estudos da Escola Superior de Guerra como requisito à obtenção do diploma do Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia (CAEPE), CNUDM. 2. Mar Territorial. 3. ZEE. 4. Plataforma Continental. 5. Amazônia Azul. 6. Recursos do Mar. 7. Marinha do Brasil. I. Título.

4 Aos meus pais, Gilson e Sueli. À minha esposa, Adriana. Aos meus filhos, André Luís, Júlia e João. Minha admiração, minha gratidão e o meu amor incondicional.

5 AGRADECIMENTOS À Marinha do Brasil por me privilegiar com a distinção de realizar o CAEPE e assim ter a oportunidade única de estudar o Brasil em todas as suas expressões. Aos estagiários da Turma Programa Antártico Brasileiro - PROANTAR pelo apreço, amizade e consideração, bem como pelo profícuo aprendizado decorrente da sadia, fraternal e diuturna convivência durante a realização do curso. Tenho absoluta certeza que essa espetacular experiência nos acompanhará até o fim de nossas vidas.

6 O Brasil dispõe de uma verdadeira Amazônia Azul, em relação à qual, sem dúvida, exerce direitos, mas tem também obrigações de conhecê-la e explorá-la economicamente, de forma racional e sustentável. Consequentemente, as riquezas incalculáveis desse espaço marinho sob jurisdição nacional exigem também um Poder Naval capaz de protegê-las. Almirante-de-Esquadra Roberto de Guimarães Carvalho Comandante da Marinha ( )

7 RESUMO Este trabalho de conclusão de curso aborda a construção da chamada Amazônia Azul, como resultado do trabalho diplomático que culminou na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) e do esforço científico e tecnológico empreendido pelo governo brasileiro para colher os dados necessários à definição dos seus limites marítimos. O objetivo deste estudo é, a partir de um breve histórico da evolução do direito do mar até a entrada em vigor da CNUDM, que dá o embasamento legal para a definição de Mar Territorial, Zona Contígua, Zona Econômica Exclusiva, Plataforma Continental, Alto-Mar e a Área, expor como foi definida e o que é a Amazônia Azul, mostrar a sua importância para o desenvolvimento nacional por meio das vertentes econômica, ambiental, científica e soberania, e a necessidade de o Brasil dispor de um Poder Naval que assegure a indispensável proteção dessa imensa região. A metodologia adotada comportou uma pesquisa bibliográfica e documental, visando buscar referenciais teóricos, além da experiência do autor como Oficial de Marinha. Palavras-chave: CNUDM. Mar Territorial. ZEE. Plataforma Continental. Amazônia Azul. Recursos do Mar. Marinha do Brasil.

8 ABSTRACT This end of course paper addresses the "construction" of the so called Blue Amazon, as a result of the diplomatic work that culminated in the United Nations Convention on the Law of the Sea (UNCLOS) and the scientific and technological effort undertaken by the Brazilian government to collect the necessary data for defining its maritime limits. The objective of this study is, from a brief history of the evolution of the law of the sea until the entry into force of UNCLOS, which provides the legal foundation for the definition of Territorial Sea, Contiguous Zone, Exclusive Economic Zone, Continental Shelf, High Seas and the Area, show how was defined and what the Blue Amazon is, show its importance to the national development through economic, environmental, scientific and sovereignty aspects, and the need for Brazil to have a Naval Power to ensure the necessary protection of this immense region. The methodology involved a literature and documentary review, aiming to seek theoretical frameworks, besides the author's experience as a Naval Officer. Keywords: UNCLOS. Territorial Sea. EEZ. Continental Shelf. Blue Amazon. Resources of the Sea, Brazilian Navy.

9 LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 Limites Marítimos FIGURA 2 Critérios para delimitação da Plataforma Continental Jurídica FIGURA 3 Definição da MCJ pelo critério de espessura sedimentar FIGURA 4 Exemplo de delimitação da Plataforma Continental de acordo com os critérios da CNUDM FIGURA 5 Mapa de localização das linhas geofísicas do projeto LEPLAC FIGURA 6 A Amazônia Azul e os seus limites QUADRO 1 Brasil, Amazônia Azul e Atlântico Sul - possíveis ameaças e vulnerabilidades estratégicas FIGURA 7 Orçamento da Marinha do Brasil no período de 2003 a JUL

10 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Reservas provadas de petróleo (milhões de barris) Tabela 2 Reservas provadas de gás natural (milhões de m 3 ) Tabela 3 Produção de petróleo (mil barris) Tabela 4 Produção de gás natural (milhões de m 3 ) Tabela 5 Produção total (toneladas) e participação relativa (%) da pesca extrativa e da aquicultura em águas marinhas e continentais do Brasil, de 1995 a Tabela 6 Potencial energético por regiões Tabela 7 Índice de Saúde dos Oceanos... 46

11 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ANP Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis BIOMAR Programa de Levantamento e Avaliação do Potencial Biotecnológico da Biodiversidade Marinha BRICS Grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul Cenpes Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello CIRM Comissão Interministerial para os Recursos do Mar CLPC Comissão de Limites da Plataforma Continental CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNUDM Convenção das Nações Unidas sobre o Direito no Mar Coppe/UFRJ Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro CPRM Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais CRE Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional CTMSP Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo DHN Diretoria de Hidrografia e Navegação DNPM Departamento Nacional de Produção Mineral END Estratégia Nacional de Defesa EUA Estados Unidos da América GOOS/BRASIL Programa do Sistema Global de Observação dos Oceanos GT LEPLAC Grupo de Trabalho do Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira IEAPM Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira IPqM Instituto de Pesquisas da Marinha LEPLAC Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira LTS Laboratório de Tecnologia Submarina ONU Organização das Nações Unidas MB Marinha do Brasil MCG Margem Continental Geomorfológica MCJ Margem Continental Jurídica PAED Plano de Articulação e Equipamento das Forças Armadas

12 PAEMB Plano de Articulação e Equipamento da Marinha PCG Plataforma Continental Geomorfológica PCJ Plataforma Continental Jurídica PDN Política de Defesa Nacional Petrobras Empresa Brasileira de Petróleo S.A. PIB Produto Interno Bruto PNM Programa Nuclear da Marinha PNRM Política Nacional para os Recursos do Mar PROARQUIPÉLAGO Programa Arquipélago de São Pedro e São Paulo PROCAP Programa de Desenvolvimento Tecnológico de Sistemas de Produção em Águas Profundas PROSUB Programa de Desenvolvimento de Submarinos PROSUPER Programa de Obtenção de Meios de Superfície PROTRINDADE Programa de Pesquisas Científicas na Ilha da Trindade PSRM Plano Setorial para os Recursos do Mar REMAC Projeto Reconhecimento Global da Margem Continental Brasileira REMPLAC Programa de Avaliação da Potencialidade Mineral da Plataforma Continental Jurídica Brasileira REVIMAR Programa de Avaliação do Potencial Sustentável e Monitoramento dos Recursos Vivos Marinhos REVIZEE Programa de Avaliação do Potencial Sustentável dos Recursos Vivos na Zona Econômica Exclusiva SisGAAz Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul URSS União das Repúblicas Socialistas Soviéticas ZEE Zona Econômica Exclusiva ZOPACAS Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul

13 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO A CNUDM E O LEPLAC: O MARCO REGULATÓRIO E O EMBASAMENTO CIENTÍFICO PARA A GÊNESE DA AMAZÔNIA AZUL A CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DIREITO DO MAR (CNUDM) Histórico O Mar Territorial A Zona Contígua A Zona Econômica Exclusiva (ZEE) A Plataforma Continental Os critérios para a determinação da dimensão da Plataforma Continental de um Estado costeiro O Alto-Mar A Área O PLANO DE LEVANTAMENTO DA PLATAFORMA CONTINENTAL BRASILEIRA (LEPLAC) OS LIMITES DA AMAZÔNIA AZUL A IMPORTÂNCIA DA AMAZÔNIA AZUL PARA O BRASIL A VERTENTE ECONÔMICA O Petróleo e o Gás Natural O Transporte Marítimo Os Recursos Biológicos Os Recursos Minerais As demais utilizações econômicas do mar O turismo, os esportes náuticos e o lazer O mar como fonte de energia A VERTENTE AMBIENTAL A VERTENTE CIENTÍFICA O Projeto Reconhecimento Global da Margem Continental Brasileira (REMAC) O Programa de Desenvolvimento Tecnológico de Sistemas de Produção em Águas Profundas (PROCAP) O Programa de Avaliação do Potencial Sustentável dos Recursos Vivos na Zona Econômica Exclusiva (REVIZEE) O Programa Nuclear da Marinha (PNM) A VERTENTE SOBERANIA A MARINHA NECESSÁRIA AO BRASIL CONCLUSÃO REFERÊNCIAS... 63

14 13 1 INTRODUÇÃO O mar possui importância econômica, estratégica e social. Para um País como o Brasil, essa importância se torna mais veemente pela imensa costa da qual é possuidor. Em abril de 2013, o Grupo de Trabalho do Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira (GT LEPLAC) deve prontificar a Proposta Revisada de Limite Exterior da Plataforma Continental Brasileira além das duzentas milhas, para posterior encaminhamento à Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC) da Organização das Nações Unidas (ONU) em maio desse mesmo ano (MOURA NETO, 2012). Após a análise e parecer da CLPC dessa Proposta Revisada, as últimas fronteiras do Brasil estarão definidas: os limites da Amazônia Azul 1e2, o nosso patrimônio no mar. A Política de Defesa Nacional (PDN) ressalta a importância do mar e particularmente da Amazônia Azul em seu subitem 4.5: O mar sempre esteve relacionado com o progresso do Brasil, desde o seu descobrimento. A natural vocação marítima brasileira é respaldada pelo seu extenso litoral e pela importância estratégica que representa o Atlântico Sul. A Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar permitiu ao Brasil estender os limites da sua Plataforma Continental e exercer o direito de jurisdição sobre os recursos econômicos em uma área de cerca de 4,5 milhões de quilômetros quadrados, região de vital importância para o País, uma verdadeira "Amazônia Azul". Nessa imensa área estão as maiores reservas de petróleo e gás, fontes de energia imprescindíveis para o desenvolvimento do País, além da existência de potencial pesqueiro. A globalização aumentou a interdependência econômica dos países e, consequentemente, o fluxo de cargas. No Brasil, o transporte marítimo é responsável por movimentar a quase totalidade do comércio exterior. (BRASIL, 2005, não paginado). Mas o brasileiro, em geral, a despeito dos esforços empreendidos pela Marinha do Brasil (MB), ainda é desprovido de uma sólida mentalidade marítima, não percebendo a Amazônia Azul como espaço essencial para o desenvolvimento 1 A expressão foi usada, originalmente, pelo Comandante da Marinha, em Tendências/Debates: A outra Amazônia, Folha de S. Paulo, 26/2/2004. (VIDIGAL et al., 2006, p.18). 2 Registrada pela Diretoria de Marcas (DIRMA) de acordo com a Nota Técnica nº 032/2008 INPI/DIRMA, a marca Amazônia Azul está inscrita no banco de dados do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) desde 14 de agosto de 2008, como evento cultural e político oficial da Marinha do Brasil (MB).

15 14 do País, mas, sim, demonstrando especial atração pelo litoral, pois percebe o mar, principalmente, como área de diversão e lazer. O presente trabalho foi elaborado de modo a responder a questão afinal, o que é a Amazônia Azul? e proporcionar ao leitor o conhecimento de como estão sendo estabelecidos os limites da Amazônia Azul; o seu valor estratégico e econômico, demonstrando a importância desse nosso patrimônio, tanto hoje, quanto para as futuras gerações; e a necessidade de o Brasil dispor de meios com capacidade de exercer a vigilância e a defesa das suas águas jurisdicionais, bem como manter a segurança das linhas de comunicações marítimas. Para a garantia da soberania, do patrimônio nacional e da integridade territorial, essa imensa área marítima necessita da efetiva presença dos meios da Marinha do Brasil para a sua fiscalização, monitoramento e proteção, sem os quais o País não tem como exercitar os seus direitos de soberania e defender os interesses político-estratégicos brasileiros no mar, no âmbito nacional e internacional. Esta monografia está estruturada em cinco capítulos. No segundo capítulo apresenta o embasamento legal e científico-tecnológico para a definição dos limites da Amazônia Azul. O terceiro capítulo aborda a importância da Amazônia Azul para o País, por meio de suas vertentes econômica, ambiental, científica e soberania. No quarto capítulo, são apresentados as tarefas básicas do Poder Naval e a aplicação estratégica e tática dos seus meios; o Plano de Articulação e Equipamento da Marinha (PAEMB); o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB); o Programa de Obtenção de Meios de Superfície (PROSUPER); o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz) e as dificuldades orçamentárias para manter a MB apta a cumprir a sua missão constitucional. No quinto e último capítulo, a partir das conclusões obtidas nos capítulos anteriores, será possível entender a importância de a Marinha do Brasil se estruturar para vencer o desafio de estar apta a prover a vigilância e a defesa do nosso patrimônio no mar. O objetivo geral deste trabalho é, de modo didático, descrever o que é a Amazônia Azul, demonstrar a sua importância para o desenvolvimento do Brasil e a necessidade de reaparelhamento da MB para enfrentar o desafio de prover a sua vigilância e defesa. Seus objetivos específicos são: (a) identificar como a plataforma continental e outras áreas marítimas são juridicamente definidas; (b) conhecer os

16 15 limites da Amazônia Azul e descrever o trabalho realizado pelo Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira (LEPLAC); (c) apontar a importância político-estratégica da Amazônia Azul por meio das vertentes econômica, ambiental, científica e soberania; (d) descrever as tarefas básicas de um Poder Naval e a aplicação estratégica e tática dos seus meios; (e) conhecer o PAEMB; (f) apontar os projetos existentes para a obtenção de meios, como o PROSUB, o PROSUPER e outros; e (g) conhecer o SisGAAz. No que diz respeito à metodologia de trabalho, a elaboração da monografia foi realizada por intermédio de pesquisa bibliográfica e pesquisa documental. Desse modo, os dados foram reunidos, ordenados e analisados mediante a leitura de livros, consulta a apresentações, leitura de Leis e Convenções Internacionais, leitura de documentos e utilização de ferramentas de busca na Internet. No tocante à limitação da pesquisa, o texto baseia-se em fontes e informações ostensivas e da experiência do autor como Oficial de Marinha e, dentre os atores que contribuem para a proteção e o controle da Amazônia Azul, limita-se a analisar o papel desempenhado pela Marinha do Brasil e parcela do Poder Marítimo Brasileiro.

17 16 2 A CNUDM E O LEPLAC: O MARCO REGULATÓRIO E O EMBASAMENTO CIENTÍFICO PARA A GÊNESE DA AMAZÔNIA AZUL 2.1 A CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DIREITO DO MAR (CNUDM) Histórico Os oceanos estiveram, por muito tempo, sujeitos à doutrina da liberdade dos mares, um princípio desenvolvido no século XVII, que limitava os direitos e a jurisdição dos Estados sobre os oceanos a uma estreita faixa de mar, que se estendia a partir do seu litoral até geralmente três milhas marítimas 3, de acordo com a regra do tiro de canhão 4. O restante dos mares era tido como livre para todos e, por conseguinte, não pertencente a quaisquer deles. Essa situação perdurou até o primeiro terço do século XX, quando a exploração econômica do mar deixou de estar restrita à pesca e à navegação, e a comunidade internacional, sob a égide da Liga das Nações, iniciou as discussões a fim elaborar um regime jurídico internacionalmente reconhecido para o meio marinho. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, os avanços científicos e tecnológicos permitiram que os oceanos fossem explorados como nunca haviam sido, alterando o relacionamento do homem com esse espaço. O expressivo crescimento na captura proporcionado por novas técnicas e equipamentos de pesca, a exploração de petróleo offshore e a exploração de minérios em águas rasas, contribuíram para aumentar as reivindicações nacionais sobre os recursos do mar. Além disso, a rivalidade entre os Estados Unidos da América (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) que se estendia aos oceanos (tanto na superfície quanto sob o mar), causava inquietação aos Estados costeiros. Havia uma crescente preocupação a respeito do esgotamento dos estoques pesqueiros pela captura predatória realizada por frotas de pesqueiras de outros 3 1 milha marítima equivale a metros. 4 Tese defendida pelo jurista holandês Cornelius van Bynkershoek ( ). Ele estabeleceu o princípio geral de que um Estado tem o direito de exercer soberania sobre a faixa marítima que se estende de sua costa na baixa-mar até o alcance máximo do tiro de canhão. Como no tempo de Bynkershoek o alcance máximo era de cerca de três milhas, essa distância foi reconhecida como o limite das águas territoriais do Estado costeiro. (WALKER, 1945, não paginado).

18 17 países. Os Estados costeiros passaram a estabelecer limites de pesca e os Estados possuidores de grandes frotas de pesca os contestavam. Havia também preocupação sobre a ameaça de poluição e descarte de resíduos por navios em geral, cargueiros transportando cargas nocivas ou perigosas e navios petroleiros. O perigo de poluição estava sempre presente, ameaçando santuários costeiros e todas as formas de vida marinha. No Mar do Norte, a Grã-Bretanha, a Dinamarca e a Alemanha não chegavam a um acordo quanto à divisão da plataforma continental, para a exploração de seus ricos recursos petrolíferos. As reivindicações conflitantes; o aumento da poluição; as desavenças sobre os lucrativos estoques pesqueiros em águas costeiras e adjacentes, com a progressiva tensão entre os direitos dos Estados costeiros a esses recursos e os dos pescadores de outros países; as perspectivas de uma rica exploração de recursos do leito do mar e do seu subsolo; o aumento das ações de presença de meios navais de potências marítimas; as demandas da navegação de longo curso; e uma ultrapassada doutrina da liberdade dos mares, tudo isso estava ameaçando transformar os oceanos em outra arena de conflito e instabilidade. Em suma, os oceanos e mares estavam gerando uma gama de tensões crescentes entre as nações a respeito do uso dos seus espaços e recursos. Por pressão da indústria de petróleo americana, em 1945, os EUA declararam de forma unilateral direitos de jurisdição sobre todos os recursos naturais da plataforma continental daquele País, tais como petróleo, gás, minerais, etc. Os EUA foram seguidos pela Argentina, que em 1946 reivindicou direitos de soberania sobre a sua plataforma continental e a massa d água sobrejacente. Chile e Peru (1947), seguidos por Equador (1950), afirmaram direitos de soberania sobre o mar até 200 milhas de suas costas, com o intuito de limitar o acesso de frotas de pesca estrangeiras aos seus recursos pesqueiros, para evitar o seu esgotamento e posterior dano às suas economias nacionais. Nesse mesmo período pós Segunda Guerra Mundial, outros países como Egito, Etiópia, Arábia Saudita, Líbia, Venezuela e alguns países do Leste Europeu reivindicaram um mar territorial de 12 milhas, abandonando o limite de três milhas tradicionalmente utilizado e aceito até então. O Canadá afirmou o seu direito de regulamentar a navegação em uma área que se estendia por 100 milhas de suas costas, a fim de proteger as águas do Ártico contra a poluição.

19 18 A necessidade de um ordenamento jurídico sobre o mar, a fim de aperfeiçoar o seu uso, de promover uma melhor gestão dos recursos oceânicos e gerar harmonia e boa vontade entre os Estados, resultou na convocação de três Conferências das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. A Primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Direito do Mar ( ) teve como resultado a elaboração de quatro Tratados: a Convenção sobre o Mar Territorial e Zona Contígua; a Convenção sobre a Plataforma Continental; a Convenção sobre o Alto-Mar; e a Convenção sobre a Pesca e a Conservação dos Recursos Vivos do Alto-Mar. Ainda que essa Conferência tenha sido bem sucedida ao estabelecer novos conceitos jurídicos, ela deixou em aberto a importante questão de fixar a largura do mar territorial e da zona contígua. Dada a relevância dessa questão, foi convocada em 1960 a Segunda Conferência das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, para examinar tanto a questão da largura do mar territorial quanto a dos limites das zonas de pesca. Porém, aspectos econômicos relacionados principalmente à pesca, geraram reivindicações contraditórias por parte de países marítimos e costeiros, revelando o conflito liberdade x soberania que impossibilitou a aprovação de qualquer acordo. Em 1967, apenas vinte e cinco Estados ainda utilizavam o limite de três milhas, enquanto sessenta e seis Estados adotavam o mar territorial de 12 milhas e oito adotavam o limite de 200 milhas. O Brasil, seguindo a tendência dos Estados Sul-Americanos, veio a adotar o mar territorial de 200 milhas por meio do Decreto- Lei nº 1.098, de 25 de março de A necessidade de se evitar uma possível escalada das tensões, devido ao malogro das duas Conferências anteriores em resolver as reivindicações conflitantes sobre os espaços marítimos, gerou apelos para que fosse criado um regime internacional efetivo sobre o leito e o subsolo do mar, além de uma jurisdição nacional claramente definida, resultando em um esforço diplomático global para legislar sobre todos os usos em todos os espaços marítimos e oceânicos. Esses foram alguns dos fatores que levaram à convocação, em 1973, da Terceira Conferência das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. Os trabalhos se desenvolveram ao longo de 11 sessões durante nove anos, até culminar com a abertura para assinatura da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) em 10 de Dezembro de 1982, em Montego Bay, Jamaica, tendo sido

20 19 assinada por 119 países (inclusive o Brasil), nessa mesma data (VIDIGAL et al., 2006). O Brasil ratificou a Convenção em 22 de dezembro de 1988 e regulamentou a definição dos limites marítimos brasileiros, nos termos da CNUDM, em 4 de janeiro de 1993, com a sanção da Lei nº 8.617, antecipando-se à entrada em vigor daquela Convenção. A CNUDM entrou em vigor em conformidade com seu artigo 308, em 16 de Novembro de 1994, 12 meses após a data do depósito do sexagésimo instrumento de ratificação ou adesão. Hoje, é o regime globalmente reconhecido para lidar com todas as questões relativas ao direito do mar (ONU, 2012). A Convenção define um quadro detalhado de regulamentação de todos os espaços marítimos e oceânicos, e de acordo com Vidigal et al. (2006), consagra a noção de que todos os problemas a eles atinentes estão estreitamente inter-relacionados e, portanto, devem ser abordados como um todo. A CNUDM compreende 320 artigos e nove anexos, que regem todos os aspectos do espaço oceânico, como delimitação, controle ambiental, pesquisa científica marinha, atividades econômicas e comerciais, transferência de tecnologia e a resolução dos litígios relativos às questões oceânicas (ONU, 2012). Dentre as diversas definições jurídicas expostas na CNUDM, para o presente trabalho interessam, principalmente, os conceitos de Mar Territorial, de Zona Contígua, de Zona Econômica Exclusiva, de Plataforma Continental, de Alto- Mar e da Área descritos a seguir e representados na figura O Mar Territorial A soberania do Estado costeiro estende-se além do seu território e das suas águas interiores e, no caso de Estado arquipélago, das suas águas arquipelágicas, a uma zona e mar adjacente designada pelo nome de mar territorial. (CNUDM, 1985, art. 2, par. 1). Esta soberania estende-se ao espaço aéreo sobrejacente ao mar territorial, bem como ao leito e ao subsolo deste mar. (CNUDM, 1985, art. 2, par. 2). Todo Estado tem o direito de fixar a largura do seu mar territorial até um limite que não ultrapasse 12 milhas marítimas, medidas a partir das linhas de base 5 [...]. (CNUDM, 1985, art. 3). 5 As linhas de base podem ser normais ou retas. As normais acompanham a linha de baixa-mar ao longo da costa, conforme indicada nas cartas náuticas produzidas pela Diretoria de Hidrografia e

21 A Zona Contígua De acordo com o artigo 33 da CNUDM, numa zona adjacente ao seu mar territorial, denominada zona contígua, o Estado costeiro pode tomar as medidas de fiscalização necessárias a evitar as infrações às leis e regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração ou sanitários no seu território ou no seu mar territorial e reprimir as infrações às leis e regulamentos no seu território ou no seu mar territorial. A zona contígua não pode estender-se além de 24 milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial (CNUDM, 1985). ÁREA Figura 1 Limites Marítimos Fonte: Brasil (2012c) Navegação (DHN) da Marinha do Brasil. Nos locais onde a linha de costa apresenta recortes profundos ou uma franja de ilhas na sua proximidade imediata, é permitido o uso das linhas de base retas, mediante a união de pontos apropriados, que, no caso do litoral brasileiro, constam do Decreto nº 1.290, de 21 de outubro de 1994.

22 A Zona Econômica Exclusiva (ZEE) "A zona econômica exclusiva é uma zona situada além do mar territorial e a este adjacente [...]." (CNUDM, 1985, art. 55), e [...] não se estenderá além de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial." (CNUDM, 1985, art. 57). Na ZEE o Estado costeiro tem: a) Direitos de soberania para fins de exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não vivos das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo, e no que se refere a outras atividades com vista à exploração e aproveitamento da zona para fins econômicos, como a produção de energia a partir da água, das correntes e dos ventos. b) Jurisdição, em conformidade com as disposições pertinentes da presente convenção, no que se refere a: i) colocação e utilização de ilhas artificiais, instalações e estruturas, ii) investigação científica marinha, iii) proteção e preservação do meio marinho; c) Outros direitos e deveres previstos na presente convenção. (CNUDM, 1985, art. 56, par. 1). Com relação à conservação e à utilização dos recursos vivos da ZEE, O Estado costeiro fixará as capturas permissíveis dos recursos vivos na sua zona econômica exclusiva. (CNUDM, 1985, art. 61, par. 1). Tendo por objetivo [...] promover a utilização ótima dos recursos vivos na zona econômica exclusiva [...]. (CNUDM, 1985, art. 62, par. 1), O Estado costeiro deve determinar a sua capacidade de capturar os recursos vivos da zona econômica exclusiva. Quando o Estado costeiro não tiver capacidade para efetuar a totalidade da captura permissível deve dar a outros Estados acesso ao excedente desta captura, mediante acordos ou outros ajustes [...]. (CNUDM, 1985, art. 62, par. 2) A Plataforma Continental A plataforma continental de um Estado costeiro compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do prolongamento natural do seu território terrestre, até ao bordo exterior da margem continental, ou até uma distância de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial, nos casos em que o bordo exterior da margem continental não atinja essa distância. (CNUDM, 1985, art. 76, par. 1). Com relação à definição de plataforma continental consagrada pelo parágrafo 1º do artigo 76 da CNUDM, Souza (1999, p. 81) aborda a diferença entre a

23 22 Plataforma Continental Jurídica (PCJ) e Plataforma Continental Geomorfológica (PCG): A definição de plataforma continental, consagrada pelo parágrafo 1º do artigo 76 da CNUDM, tem um enfoque jurídico (PCJ) e pouco tem a ver com o conceito fisiográfico ou geomorfológico de plataforma continental (PCG) de Heezen et al. (1959). Segundo esses autores, a PCG é uma área plana, com relevo muito suave e gradiente sempre inferior a 1:1000. Mundialmente, está limitada a profundidades menores que -460 m, com predominância de profundidades inferiores a -185 m, razão pela qual comumente se utiliza a isóbata de 200 m como o limite da PCG. A sua largura varia de poucas milhas a mais de 200 milhas marítimas. Sua borda externa ou "quebra da plataforma" é marcada quando o gradiente passa, bruscamente, de menos de 1:1000 para maior do que 1:40. Pela definição jurídica de plataforma continental, vemos que a PCJ de um Estado costeiro pode englobar as feições fisiográficas conhecidas como plataforma 6, talude 7 e elevação 8 continentais, e, em algumas circunstâncias, inclusive regiões da planície abissal. O conceito de PCJ não se aplica à massa líquida sobrejacente ao leito do mar, mas apenas ao leito e ao subsolo desse mar. Nos casos em que a PCJ de um Estado costeiro assumir uma extensão de até 200 m.m., o conceito de ZEE é mais abrangente e, implicitamente, engloba o conceito de PCJ. Da definição de PCJ, deduz-se que a extensão mínima da PCJ brasileira será de 200 m.m., e, neste caso, coincidirá com a ZEE brasileira. De acordo com o artigo 77 da CNUDM, o Estado costeiro exerce direitos de soberania sobre a plataforma continental para efeitos de exploração e aproveitamento dos seus recursos naturais, e esses direitos são exclusivos no sentido de que, se o Estado costeiro não explora a plataforma continental ou não aproveita os recursos naturais da mesma, ninguém pode empreender estas atividades sem o expresso consentimento desse Estado. Os direitos do Estado costeiro sobre a plataforma continental são independentes da sua ocupação, real ou fictícia, ou de qualquer declaração expressa (CNUDM, 1985). Os recursos naturais acima mencionados compreendem os recursos minerais e outros recursos não vivos do leito e do subsolo do mar, bem como os organismos vivos pertencentes a espécies sedentárias, isto é, aquelas que no período de captura estão imóveis no leito do mar ou no seu subsolo ou só podem mover-se em constante contato físico com esse leito ou subsolo (CNUDM, 1985). 6 Na Margem Nordeste Brasileira, a PCG tem largura, em geral, inferior a 30 milhas marítimas, o que não ocorre no caso argentino da plataforma das Malvinas/Falklands, onde a PCG ultrapassa as 350 milhas marítimas. 7 Talude continental é a escarpa do relevo submarino que mergulha do limite (quebra) da PCG para os fundos ou abismos oceânicos (planície abissal). 8 Elevação continental é a região do relevo submarino relativamente plana e de pequena declividade que une o talude continental à planície abissal, que corresponde aos chamados fundos ou abismos oceânicos.

24 23 Os direitos do Estado costeiro sobre a plataforma continental não afetam o regime jurídico das águas sobrejacentes ou do espaço aéreo acima dessas águas. (CNUDM, 1985, art. 78, par. 1) Os critérios para a determinação da Plataforma Continental de um Estado costeiro Segundo Souza (1999, p. 81), Nos termos do parágrafo 3º do artigo 76 da CNUDM, "A margem continental compreende o prolongamento submerso da massa terrestre do Estado costeiro e é constituída pelo leito e subsolo da plataforma continental, pelo talude e pela elevação continental. Não compreende nem os grandes fundos oceânicos, com as suas cristas oceânicas, nem o seu subsolo". A definição jurídica de plataforma continental (PCJ) é um tanto complexa e possibilita distintas interpretações do seu enunciado. Nessa definição (CNUDM, art.76, par. 1), o termo margem continental é empregado no sentido fisiográfico ou geomorfológico (MCG) de Heezen et al. (1959). A determinação do limite exterior da PCJ de um Estado costeiro é obtida pela utilização integrada dos critérios de delimitação da margem continental jurídica (MCJ) conceito implicitamente embutido no parágrafo 4º do artigo 76 da CNUDM com os critérios de restrição da máxima extensão da PCJ (CNUDM, art. 76, par. 5). O traçado da MCJ deve ser definido de acordo com os seguintes critérios: a) Para os fins da presente convenção, o Estado costeiro deve estabelecer o bordo exterior da margem continental, quando essa margem se estender além das 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial, por meio de: i) Uma linha traçada [...], com referência aos pontos fixos mais exteriores em cada um dos quais a espessura das rochas sedimentares seja pelo menos 1% da distância mais curta entre esse ponto e o pé do talude continental; ou ii) Uma linha traçada [...], com referência a pontos fixos situados a não mais de 60 milhas marítimas do pé do talude continental. b) Salvo prova em contrário, o pé do talude continental deve ser determinado como o ponto de variação máxima do gradiente na sua base. (CNUDM, 1985, art. 76, par. 4). seguir. A compreensão desses critérios é facilitada com o auxílio das figuras 2 e 3 a

25 24 Figura 2 Critérios para delimitação da Plataforma Continental Jurídica Fonte: Albuquerque (2008) A figura 3 indica como é determinada a MCJ pelo critério de espessura sedimentar. O ponto c, onde a espessura sedimentar de 6 km corresponde a 1% da distância c1 (600 km), define o limite da MCJ, de acordo com esse critério.

26 LINHA DA COSTA 25 Nível Médio do Mar SEDIMENTOS Pé do Talude Continental Leito do Mar Subsolo Por exemplo: Assim, o ponto A diz respeito à Plataforma Continental. Assim, o ponto B diz respeito à Plataforma Continental. Assim, o ponto C diz respeito à Plataforma Continental. Assim, o ponto N não diz respeito à Plataforma Continental. Figura 3 Definição da MCJ pelo critério de espessura sedimentar Fonte: Albuquerque (2008) Uma vez determinado o bordo exterior da MCJ por quaisquer dos critérios supramencionados, Os pontos fixos que constituem a linha dos limites exteriores da plataforma continental no leito do mar, [...] devem estar situados a uma distância que não exceda 350 milhas marítimas da linha de base a partir da qual se mede a largura do mar territorial ou a uma distância que não exceda 100 milhas marítimas da isóbata de 2500 metros, que é uma linha que une profundidades de 2500 metros. (CNUDM, 1985, art. 76, par. 5).

27 26 O Estado costeiro deve traçar o limite exterior da sua plataforma continental, quando esta se estender além de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial, unindo, mediante linhas retas, que não excedam 60 milhas marítimas, pontos fixos definidos por coordenadas de latitude e longitude. (CNUDM, 1985, art. 76, par. 7). Os seguimentos de reta vermelhos da figura 4 representam como ficariam os limites da PCJ de um Estado costeiro. No traçado do limite exterior da plataforma continental jurídica, são utilizados os pontos mais exteriores (mais distantes das linhas de base) que preencham tanto os requisitos de delimitação da MCJ, quanto os de restrição da máxima extensão da PCJ. Figura 4 Exemplo de delimitação da Plataforma Continental, de acordo com os critérios da CNUDM Fonte: Albuquerque (2008)

28 27 Informações sobre os limites da plataforma continental, além das 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial, devem ser submetidas pelo Estado costeiro à Comissão de Limites da Plataforma Continental, [...], com base numa representação geográfica equitativa. A comissão fará recomendações aos Estados costeiros sobre questões relacionadas com o estabelecimento dos limites exteriores da sua plataforma continental. Os limites da plataforma continental estabelecidos pelo Estado costeiro com base nessas recomendações serão definitivos e obrigatórios. (CNUDM, 1985, art. 76, par. 8). O Estado costeiro deve depositar junto do secretário-geral das Nações Unidas mapas e informações pertinentes, incluindo dados geodésicos, que descrevam permanentemente os limites exteriores da sua plataforma continental. O secretário-geral deve dar a esses documentos a devida publicidade. (CNUDM, 1985, art. 76, par. 9) O Alto-Mar Designa-se alto-mar [...] todas as partes do mar não incluídas na zona econômica exclusiva, no mar territorial ou nas águas interiores de um Estado, nem nas águas arquipelágicas de um Estado arquipélago [...]. (CNUDM, 1985, art. 86). Nos termos do art. 87 da CNUDM, o alto-mar está aberto a todos os Estados, quer costeiros quer sem litoral. A liberdade do alto-mar é exercida nas condições estabelecidas naquela Convenção e nas demais normas de direito internacional. Compreende, entre outras coisas: a) Liberdade de navegação; b) Liberdade de sobrevoo; c) Liberdade de colocar cabos e dutos submarinos; d) Liberdade de construir ilhas artificiais e outras instalações permitidas pelo direito internacional; e) Liberdade de pesca; e f) Liberdade de investigação científica. Tais liberdades devem ser exercidas por todos os Estados, tendo em devida conta os interesses de outros Estados no seu exercício da liberdade do alto-mar, bem como os direitos relativos às atividades na área previstos na CNUDM (CNUDM, 1985).

29 A Área A Área Internacional do Fundo do Mar (ou simplesmente a Área ) compreende o leito e o subsolo do mar situados além da jurisdição nacional e que, pelo art. 136 da CNUDM, é patrimônio comum da humanidade. Assim como para o Alto-Mar, na Área foram estabelecidos regimes jurídicos distintos. Mas enquanto que para o Alto-Mar foi estipulado o regime de liberdade, uma mudança fundamental ocorreu com relação aos Fundos Marinhos. Esses, apesar de situados além das áreas de jurisdição nacional, não são considerados livres, pois quaisquer atividades econômicas na Área devem ser submetidas à aprovação da Autoridade Internacional para os Fundos Marinhos, sediada em Kingston, Jamaica (CNUDM, 1985). 2.2 O PLANO DE LEVANTAMENTO DA PLATAFORMA CONTINENTAL BRASILEIRA (LEPLAC) Com o propósito de estabelecer o limite exterior da plataforma continental brasileira no seu enfoque jurídico, ou seja, determinar a área marítima além das 200 milhas na qual o Brasil exercerá direitos de soberania para a exploração e o aproveitamento dos recursos naturais do leito e do subsolo do mar, o Governo brasileiro instituiu, pelo Decreto nº de 15 de setembro de 1989, o Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira (LEPLAC), em cumprimento ao seguinte preceito estabelecido na CNUDM: Quando um Estado costeiro tiver intenção de estabelecer, de conformidade com o artigo 76, o limite exterior da sua plataforma continental além de 200 milhas marítimas, apresentará à Comissão, logo que possível, mas em qualquer caso no prazo de dez anos a contar da entrada em vigor da presente convenção para o referido Estado, as características de tal limite juntamente com informações científicas e técnicas de apoio. O Estado costeiro comunicará ao mesmo tempo os nomes de quaisquer membros da Comissão que lhe tenham prestado assessoria científica e técnica. (CNUDM, 1985, anexo II, art. 4). As atividades de levantamento de perfis geofísicos teve início em junho de 1987, dois anos antes da criação do LEPLAC, com a primeira Comissão de Levantamento efetuada pelo Navio Oceanográfico Almirante Câmara, da Marinha do Brasil, e foram desenvolvidas conjuntamente pela Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), pela Empresa Brasileira de Petróleo S.A. (Petrobras) e pela Comunidade Científica Brasileira, sob a coordenação da Comissão Interministerial

30 para os Recursos do Mar (CIRM), criada, pelo Decreto-Lei n o de 12 de setembro de 1974, com a finalidade de assessorar o Presidente da Republica na consecução da Política Nacional para os Recursos do Mar (PNRM) (BRASIL, 2012c). Durante toda a fase de aquisição de dados, que terminou em novembro de 1996, da qual participaram quatro navios da Marinha do Brasil em 20 comissões, foram coletados cerca de km de perfis sísmicos de reflexão multicanal, km de perfis batimétricos, km de perfis magnetométricos e km 29 Figura 5 Mapa de localização das linhas geofísicas do projeto LEPLAC Fonte: Moura Neto (2012) de perfis gravimétricos, ao longo de toda a extensão da margem continental brasileira (Fig. 5) (BRASIL, 2012b). A Proposta de Limite Exterior da Plataforma Continental Brasileira foi protocolada em 17 de maio de 2004 à Comissão de Limites da Plataforma

31 30 Continental (CLPC), na sede da ONU, por intermédio do Ministério das Relações Exteriores, a fim de ser apreciada por aquela Comissão. A proposta brasileira foi exposta e defendida perante a CLPC no período de 30 de agosto de 2004 a 17 de setembro de 2004, e uma subcomissão de sete peritos internacionais dessa comissão foi, em seguida, designada para analisá-la detalhadamente (BRASIL, 2012c). Ocorreram diversas interações entre essa subcomissão e delegações brasileiras (abril/maio de 2005, agosto/setembro de 2005, março e setembro de 2006), sucedendo a última em 27 de março de 2007, com a presença de todos os membros da CLPC. Nessa ocasião, foram minuciosamente apresentados à Comissão os argumentos científicos e técnicos que embasaram a proposta brasileira (BRASIL, 2012c). A CLPC concluiu a análise da proposta brasileira em abril de 2007, quando encaminhou suas recomendações relativas à mesma ao Governo Brasileiro. As recomendações recebidas foram desfavoráveis a cerca de 189 mil km 2 da área pleiteada de aproximadamente 960 mil km 2 de plataforma continental além das 200 milhas, e refere-se ao Cone do Amazonas, às Cadeias Norte Brasileira e Vitória- Trindade e à Margem Continental Sul da plataforma continental brasileira, o que não foi aceito pelo Governo Brasileiro. A área não aceita pela CLPC corresponde, aproximadamente, a 4,2% da área de nossa Amazônia Azul e a 19% da área da nossa plataforma continental estendida. (BRASIL, 2012c, não paginado). A fim de sustentar o pleito inicial, a CIRM, na sua 168ª Sessão Ordinária, decidiu coletar novos dados oceanográficos para que fosse elaborada uma Proposta Revisada de Limite Exterior da Plataforma Continental Brasileira além das duzentas milhas, a ser oportunamente encaminhada à CLPC. Por despacho exarado na Exposição de Motivos nº 263, de 16 de junho de 2008, publicada no DOU nº 127, de 4 de julho de 2008, a elaboração dessa Proposta Revisada foi autorizada pelo Exmº Sr. Presidente da República, que posteriormente sancionou a Lei nº /2008, por intermédio da qual foi aprovado um crédito especial para custear as despesas decorrentes da elaboração da Proposta Revisada (BRASIL, 2012c). A aquisição de novos dados geofísicos ao longo da margem continental brasileira foi efetuada pelos navios de pesquisa M/V Sea Surveyor (Bahamas) e R/V Professor Logachev (Rússia), nos quais embarcaram pesquisadores de universidades e Oficiais de Marinha brasileiros.

32 31 O M/V Sea Surveyor realizou, no período de 14 de março de 2009 a 27 de maio de 2010, investigação científica marinha na Margem Continental Sul, Margem Meridional Brasileira, Cadeia Norte Brasileira e Delta do Amazonas. Durante as 13 comissões realizadas por esse navio de pesquisa, foram coletados dados de batimetria multifeixe, sísmica multicanal, gravimetria, magnetometria, sonoboias e perfilador de subfundo (BRASIL, 2012b). O R/V Professor Logachev realizou, no período de 22 de fevereiro de 2010 a 18 de abril de 2010, dragagens de rochas frescas na Cadeia Vitória-Trindade (13 amostras) e na Cadeia Norte Brasileira (17 amostras) (BRASIL, 2012b). O LEPLAC está agora em fase de processamento e interpretação desses novos dados adquiridos, que subsidiarão a elaboração da Proposta Revisada de Limite Exterior da Plataforma Continental Brasileira além das duzentas milhas. A prontificação do seu relatório final está prevista para abril de 2013, para posterior encaminhamento à CLPC em maio de 2013 (MOURA NETO, 2012). Em razão da experiência obtida com a realização do LEPLAC, o Brasil passou a ter uma capacitação técnica única em relação ao estabelecimento de limites no mar (BRASIL, 2012c). Esse know-how vem permitindo ao País atuar na área internacional de cooperação técnica, onde contribuiu significativamente com a realização do LEPLAC da Namíbia e tem mantido entendimentos no sentido de cooperar com Moçambique e Angola, no estabelecimento de tais limites. (COSTA, 2012, p. 31). 2.3 OS LIMITES DA AMAZÔNIA AZUL Aos mil km 2 da ZEE deve ser somada a área de 960 mil km 2 correspondente à plataforma continental além das 200 milhas reivindicada pelo Brasil, que se distribui ao longo da costa brasileira nas regiões Norte (região do Cone do Amazonas e Cadeia Norte Brasileira), Sudeste (região da Cadeia Vitória- Trindade e Platô de São Paulo) e Sul (região de Platô de Santa Catarina e Cone do Rio Grande), e é equivalente à soma das áreas dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Fig. 6). Embora a CLPC já tenha aceitado a incorporação de uma área de 771 mil km 2 de plataforma continental além das 200 milhas, espera-se que com a nova proposta a ser apresentada à CLPC, o Brasil incorpore total ou parcialmente os 189

33 32 mil km 2 restantes (indicados em laranja na figura 6), podendo atingir a área oceânica sob jurisdição brasileira - a Amazônia Azul - entre 4,3 e 4,5 milhões de km 2, o que corresponde, aproximadamente, à metade da área terrestre do território brasileiro. Sem dúvida, a definição do limite exterior da plataforma continental será um legado de fundamental importância para o futuro das próximas gerações de brasileiros, que verão aumentadas as possibilidades de descoberta de novos campos petrolíferos, a exploração de recursos da biodiversidade marinha, que a ciência atual reconhece como um dos campos mais promissores do desenvolvimento da biogenética, e de exploração de recursos minerais em grandes profundidades, ainda não viáveis economicamente. (BRASIL, 2012c, não paginado). Cone do Amazonas ( km 2 ) Cadeia Norte Brasileira ( km 2 ) 200 milhas marítimas ZEE ( km 2 ) Plataforma Continental ( km 2 ) Cadeia Vitória-Trindade ( km 2 ) Platô de São Paulo Platô de Santa Catarina Cone do Rio Grande Margem Continental Sul ( km 2 ) Figura 6 A Amazônia Azul e os seus limites Fonte: Moura Neto (2012)

34 33 3 A IMPORTÂNCIA DA AMAZÔNIA AZUL PARA O BRASIL O Oceano Atlântico Sul é [...] área geoestratégica de interesse vital para o Brasil. (COSTA, 2012, p. 46). Segundo Assis (2007 apud PESCE, 2008, p. 101), define-se Atlântico Sul [...] como a área compreendida entre o paralelo 16 o N, a costa oeste da África, a Antártica, o leste da América do Sul e o leste das Pequenas Antilhas (excluindo o Caribe).. E é dentro desse espaço geoestratégico que está situada a Amazônia Azul. Embora a ocupação do Brasil pelos europeus tenha se efetuado pelo mar, 80% da sua população viva a menos de 200 km do seu litoral e o mar tenha sido até as primeiras décadas do século XX, a única via de comunicação significante entre as cidades litorâneas brasileiras e entre o Brasil e o mundo, atualmente não é percebida uma firme mentalidade marítima no brasileiro. O brasileiro médio visualiza o mar fundamentalmente como fonte de alimentos (pesca e sal) e de lazer, poucos se dando conta da importância do mar como fonte de recursos energéticos (petróleo e gás) e como meio de transporte (MOURA NETO, 2012). O fantástico aumento do fluxo de bens, de informações e de capitais decorrentes da globalização tem incrementado a interdependência entre as nações, com consequências diretas no fluxo internacional de comércio que, por sua vez, tem produzido um desenvolvimento extraordinário do transporte marítimo, [...] já que cerca de 90% do comércio mundial medido em peso e volume é realizado por via marítima. (SILVA, 2007, p. 96). Além de via essencial de comunicação, os mares e oceanos se tornam cada vez mais importantes como fontes de riquezas (recursos energéticos, minerais e biológicos) e pela sua atuação no equilíbrio do meio ambiente. E a importância dos espaços marítimos [...] tende a crescer na medida em que novas pesquisas demonstram as potencialidades dos recursos do mar e as novas tecnologias possibilitam a exploração econômica dessas riquezas. (SILVA, 2007, p. 95). Na imensa área marítima definida como Amazônia Azul, destacam-se os interesses de natureza econômica (as linhas de comunicação marítimas, a explotação de campos de petróleo e de gás na PCJ, os recursos vivos e os recursos minerais), embora também importantes sejam as responsabilidades de protegê-la e de manter a segurança do tráfego aquaviário, a salvaguarda da vida humana no mar e a prevenção da poluição ambiental por plataformas e navios.

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