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1 liderança Hegemonia americana: crise do sistema ou retomada da Heloise Vieira 1 Resumo Muito tem se falado sobre o papel dos Estados Unidos no mundo atual. Seu papel durante a Guerra Fria, como líder dos Estados Capitalistas, e sua jornada para se colocar como hegemônico entre todo o mundo garantiu sua hegemonia durante o século XX, denominado o Século Americano. Os especialistas em Política Internacional, porém, diferem de posições quanto à manutenção de sua posição no globo: alguns crêem que o fim da ordem bipolar e a expansão do modelo neoliberal levarão a um reforço da presença americana, enquanto outros vêem que as estruturas do sistema estão a ruir, e uma nova ordem tende a se configurar a partir de agora. Palavras-chave: Estados Unidos, hegemonia, neoliberalismo. Introdução Desde a década de 1970, muito tem se dito sobre o fim do sistema internacional baseado na liderança dos Estados Unidos da América. A grande crise da década de 1970 e o surgimento de diferentes centros de poder econômico colocaram em dúvida a capacidade da ordem do Ocidente prosseguir com a mesma configuração de poder que apresentava até o momento. A década de 1980 foi um marco, pois mostrou a retomada do poder americano, aliado a potências menores, 1 Aluna do Programa em Pós Graduação em Geopolítica e Relações Internacionais da Universidade Tuiuti do Paraná. Graduada em Relações Internacionais pela Universidade Tuiuti do Paraná. Heloise.g.vieira@gmail.com.

2 seguindo no centro da política mundial. Com o fim da URSS, considerou-se que o capitalismo foi vencedor da Guerra Fria; por conseqüência, que a liderança americana teria vencido o embate. Com o menor esforço para se manter no centro, como apoio financeiro a aliados, a manutenção de alianças e a conquista da simpatia de ex-inimigos para o centro do sistema. Assim, novamente, a capacidade americana em se manter comoo Estado que lidera o Sistema (hegemon) é colocada em dúvida por todo o globo. Diferentes visões sobre o que está ocorrendo atualmente no mundo surgem: alguns crêem que se encerra um ciclo, para que um novo se inicie, mesmo que ainda não esteja bem delineado como se configurará tal sistema. Outros evidenciam que o que se presencia atualmente é uma retomada da hegemonia, que tem se apresentado de formas diferentes, utilizando novos instrumentos, para se assegurar no poder. Diferentes correntes teóricas das Relações Internacionais discorrem o problema, mas as conclusões são difusas. É possível, então, avaliar se há perda ou manutenção da hegemonia americana? O presente artigo objetiva averiguar se as mudanças ocorridas no final do século XX e no início do século XXI são sintomáticos do colapso do sistema liderado pelos EUA ou se as formas pelas quais a hegemonia se manifesta que mudaram. Para isso, será necessário conceitualizar hegemonia, relatar como se formou o sistema americano e analisar o impacto das mudanças ocorridas nas últimas décadas para este sistema. O debate sobre os rumos do sistema internacional é central para as Relações Internacionais, assim como a percepção sobre onde estão os centros de poder, uma discussão essencial para o capitalismo mundial. Compreender como a Economia

3 Política Internacional transformou-se é imprescindível para as RI, que expande suas agendas cada vez mais. O conceito de hegemonia para as Relações Internacionais Para Gramsci (1984, p ), um Estado hegemônico deve possuir as seguintes características: lidera e guia um sistema de alianças e acordos, disporia de recursos mais do que outrem, tanto em quantidade quanto em qualidade, não dependeria de seus aliados para vencer uma guerra, e sua política externa seguiria uma linha lógica e perene de raciocínio, não dependendo de casualidades. Para Arrighi (2006, p. 11), as nações se desenvolvem em ritmos diferenciados, levando algumas a liderarem o sistema. Os processos de acumulação de capital e formação do Estado. Os processos não ocorrem de maneira separada, e um Estado hegemônico politicamente, também o é economicamente. Ocorre a competição pelo capital circulante, estruturas capazes de controlar o meio político e vantagens de posicionamento (ibid., p. 14). A teoria da estabilidade hegemônica, proposta por Kindleberger, mostra que o Sistema Internacional é melhor sucedido quando possui um poderoso líder. Este líder usa seu poder para manter a liberdade e a estabilidade do sistema que legitima seu poder. O hegemon promove a liberdade de comércio, um sistema monetário durável e lança mão de instrumentos diplomáticos para reduzir a incidência de guerras. O centro o faz por ser benéfico a si e por atender aos seus interesses, sendo o sistema internacional um sistema de auto-ajuda (GILPIN, 202, p. 166).

4 Quando o hegemon não consegue mais lidar com os custos de manter o sistema, a estabilidade dos seus regimes e das alianças que o mantém é colocada à prova. Quebra com regimes, mudanças de preferências por alianças diplomáticas e a ebulição de conflitos, ideológicos e armados, contra a grande potência (ibid., p. 168). Nye (2002, p. 550) adiciona que as fontes do poder americano mudaram durante o século XX, com a perda de importância do poder militar e a ênfase na sua capacidade e econômica e de criar um melhor ambiente de comércio. As mudanças de fonte de poder, que muitas vezes caracterizaram a mudança na direção da centralidade do sistema passaram a ser assimiladas pela liderança do Sistema para garantir a manutenção do poder. Formação do Sistema Americano TODD (2002, p. 48) argumenta que um dos pontos para a modernização, e posterior liderança dos Estados Unidos estava em criação por elementos tanto endógenos quanto exógenos. Endogenamente, a alfabetização em massa, criada pelos americanos, garantia que toda a população tivesse acesso à educação básica. Os valores religiosos, ao lado de um bom sistema educacional, contribuíam para a baixa taxa de fecundidade fosse baixa, garantindo, assim, a manutenção da democracia e da disponibilidade de serviços básicos à população. O multiculturalismo, que a princípio poderia ser um empecilho à criação de uma nação, mostrou-se grande agregador de todos que buscavam liberdade, ainda cerceada na Europa.

5 Quando a Grã-Bretanha já não conseguia lidar com a dimensão que o seu Império tomou, e suas bases começaram a ruir, Alemanha e Estados Unidos mostravam-se dispostos a liderar o sistema. As vantagens americanas eram evidentes: um melhor posicionamento geopolítico, melhor acesso a matérias primas e a política externa que o tornava o maior credor da Grã-Bretanha, pelas grandes exportações feitas para o Centro (ARRIGHI, 2006, p. 61). Após as duas guerras mundiais, que Arrighi coloca como guerras pela liderança do sistema, os Estados Unidos saem como o único Estado capaz de se beneficiar do caos que assolava a Europa. Internamente, porém, a política isolacionista persistia; com o ataque a Pearl Harbour trouxe a confiança necessária para que o New Deal fosse acatado 2, estendendo a filosofia de Roosevelt de criar um mundo que teria segurança garantida pelos Estados Unidos (ibid., p. 285). O rearmamento do Pós Guerra resolveu os problemas de endividamento de vários países, especialmente o leste asiático, que levou à uma grande presença americana em todo o globo, além de o sistema de empréstimos altamente permissivo dos bancos americanos deixassem que este país se fortalecesse e acumulasse mais divisas (ibid., p. 307). Obviamente, a expansão dos anos 1950 pareceu mundial, porém os Estados Unidos agiam para facilitar as trocas e servir como principal exportador de bens, o que já era sua inclinação no século XIX (HOBSBAWM, 1995, p. 255). A nova ordem econômica mundial fora acertada antes do final da Segunda Guerra Mundial, através dos acordos de Bretton Woods, para estabelecer sua liderança. Os acordos foram formados, também, para evitar uma depressão como a 2 O New Deal já era aplicado na política interna americana. A Segunda Guerra Mundial criou a possibilidade de expandir a ordem criada por estes acordos para outros Estados, aplicando políticas keynesianas e aumentando a liderança dos EUA pelo mundo.

6 que ocorrera na década de 1930 que, muito mais do que uma crise no sistema, foram uma crise da distribuição do poder global. As reservas mundiais converteramse para o padrão dólar. As atribuições do FMI não se limitavam a empréstimos para Estados devastados pela guerra, mas sim no condicionamento para que os Estados fossem merecedores de tais empréstimos, dando à Organização poder sobre a condução das políticas nacionais (BANDEIRA, 2005, p. 136). A produção fordista, também, se tornou um bem de exportação americano, assim criava-se um mercado consumidor global para os bens americanos 3. Onde existem mais proletários, existe mais capital circulante, o que aumenta o consumo e a necessidade por bens não disponíveis na periferia (HOBSBAWM, 1995, p. 259). O processo de proletarização 4, porém, já era um fenômeno observado durante vários séculos do capitalismo. A mercantilização 5 de todas as relações sociais se expandiu conforme o sistema também se ampliou, sendo necessária, cada vez mais, a criação de trabalhadores domesticados para tal sistema (WALLERSTEIN, 2001, p. 15). Pra ganhar mais mercados, os Estados Unidos passam, então a apoiar os processos de descolonização, baseados na auto-determinação dos povos. Roosevelt declarou que seu sonho era ver todos os povos que foram forçadamente privados de sua soberania livres de novo, e que todos tivessem acesso ao livre comércio, para que estes fossem prósperos e desenvolvidos (ROOSEVELT, 1941, citado por BANDEIRA, 2005, p. 157). A democracia, porém, não dizia exatamente 3 Notadamente, isto já acontecia antes da Segunda Guerra Mundial, e foi um dos fatores que determinou condições para os Estados Unidos se tornarem um centro na Economia Política Mundial. 4 O processo, já existente desde o início do sistema de acumulação capitalista, precisou se expandir geograficamente com o passar do tempo, em busca de mão de obra mais barata, matéria-prima a custos mais baixos. A vida econômica, em algumas partes do globo, não se dava de forma patrão empregado até o século passado. 5 Este processo diz respeito a colocar no mercado bens e serviços que antes eram feitos fora dele. Observa-se que esta necessidade do Sistema Capitalista chegou a uma expressão maior durante os dois últimos séculos.

7 das liberdades ou direitos dos indivíduos, mas de governos que apoiassem a estabilidade do regime. Ex-colônias passavam para regimes autoritários, mas dispostos a perseguirem alianças fortes com o centro do sistema. Para manter seu apoio a estes governos, os Estados Unidos clamavam pelo princípio internacional da não-interferência (BANDEIRA, 2005, p. 164). Na década de 1970, porém, uma grande crise colocou a liderança à prova. A mudança do preço do petróleo não foi uma medida arbitrária e isolada, mas o estopim de uma crise no sistema, que já se mostrava incapaz de lidar com as demandas do sistema. A corrida armamentista com a URSS levou, pela primeira vez desde a década de 1940, os Estados Unidos a registrarem saldo negativo na balança comercial. O mercado estava saturado, e mesmo com a expansão capitalista para outras partes do globo, não havia demanda o suficiente para manter o padrão de vida do centro. A social democracia custava muito aos cofres públicos e, junto a guerras onerosas e pouca proteção ao mercado interno, as economias sofreram com déficits e dificuldades de manutenção de poder. A balança comercial negativa começou a afetar crença que investidores estrangeiros tinham em empresas americanas. As instituições públicas, com verbas destinadas à saúde, educação em todo o centro tornam-se problemas para a administração pública. Com menos investimentos nos setores privados, ocorreu o fechamento de vários postos de trabalho, e as receitas fiscais diminuíram. No mesmo passo, estes trabalhadores, agora desempregados, têm, por lei, garantias como o auxílio-desemprego, gerando mais ônus para o Estado (AYERBE, 2002, p. 151).

8 O mercado entrara na fase de declínio de um ciclo, onde não havia mais segurança, por parte dos investidores, em reinvestir o capital resultante de suas transações no comércio. Os investimentos, então, saem destas atividades para encontrar refúgio da liquidez no sistema financeiro. A retirada destes investimentos tirou parte do dinamismo da inovação tecnológica, prejudicou postos de trabalho e dificultou o comércio A venda de divisas, por outro lado, tornou-se um lucrativo negócio, o que marca o início da fase financeira do ciclo de acumulação (ARRIGHI, 2006, p. 108). A questão trabalhista tinha tomado grandes proporções, pois desde o pósguerra os trabalhadores ficaram mais organizados e exigiam mais participação nas decisões empresariais. Os capitalistas estavam perdendo o seu poder de classe e, como dominantes no sistema capitalista, precisavam retomar sua centralidade nas relações de produção (HARVEY, 2005, p. 52). Para manterem-se no centro, os Estados Unidos passam, então a uma reformulação do sistema, para que este ainda atenda aos seus interesses e consiga, ao mesmo tempo, renovar-se e continuar a crescer. Uma nova forma de acumulação, iniciada na academia nos anos de 1940, que se colocava como uma releitura de idéias clássicas de economia, como a não intervenção do Estado, a maior liberalização das relações de produção, um novo fôlego para os investimentos e a reforma do poder de classe da classe capitalista. A retomada da hegemonia e o Estado Neoliberal Baseados nos ideais de liberdade, que guiavam o mundo capitalista durante a Guerra Fria, os neoliberais iniciaram a retirada do Estado em determinados setores

9 da economia. Não apenas o Estado e as empresas agiram para promover a ação individual rumo ao progresso, como também se utilizaram dos meios de comunicação, das instituições de ensino e em todos os campos das relações políticas e econômicas para criar uma nova cultura, baseada em indivíduos, não mais em identidades de classe (HARVEY, 2005, p ). A princípio, as instituições financeiras conseguiram manter as receitas, evitando grandes perdas. Esta resposta, porém, não conseguiu manter o sistema circulando por muito tempo. A baixa da produção mergulhou os Estados Unidos em uma grande recessão; mudanças administrativas encarregaram-se de pagar, primeiramente, os acionistas para poderem reinvestir dentro do país, em detrimento dos interesses dos trabalhadores e dos sindicatos (ibid., 55). Apesar da relutância dos trabalhadores, pouco conseguiu ser feito de fato, através de paralisações, greves, para frear a retirada dos direitos conquistados desde a década de Os altos índices de desemprego, os auxílios cada vez menores a desempregados e a desesperança em melhores condições de trabalho fizeram com que a nova realidade, apesar de insatisfatória, fosse abraçada pelos trabalhadores. As corporações passaram a ser o foco dos governos em vez dos trabalhadores (ibid., p. 56). Na questão que tange o excesso de liquidez, a não conversão do dólar em ouro, as saturações do mercado e a insegurança dos investidores com o comércio passou a ser tratado de forma diferenciada pela política externa americana. A socialização dos custos da crise atribuiu grande papel aos aliados americanos para a retomada do curso da economia. Essa socialização de custos não significa uma socialização de resultados; estes Estados dependiam ainda dos bons resultados da

10 economia Americana, tanto para o sucesso de suas economias, quanto para a manutenção do sistema político e da proteção americana (AYERBE, 2002, p. 159). O desemprego, para a teoria neoliberal, é sempre voluntário. Assim sendo, o Estado se isenta de obrigações como seguro desemprego e os baixos salários. O baixo preço dos salários é atribuído pelo limiar entre o que o trabalhador está disposto a vender sua força de trabalho e por qual quantidade ele prefere abster-se de ter uma ocupação (HARVEY, 2005, p. 63). As relações de trabalho se tornaram, também, mais flexíveis: existem trabalhadores com relações diferentes de trabalho do que os que possuíam todos os direitos assegurados do pós-guerra. Estes trabalhadores, chamados de mão-de-obra flexível, estão menos comprometidos com os processos de trabalho, com o mercado e com a produção, sendo através de um tempo determinado de trabalho, de menos horas de jornada, sazonalidades, mudanças geográficas, entre outras, que reduzem os custos das empresas em manter os empregados, assim como criam trabalhadores mais facilmente demissíveis (HARVEY, 1993, p. 140). O modelo neoliberal passa a ser um importante artigo de exportação para os Estados Unidos, e aos poucos seus apelos ganham simpatizantes em vários Estados, inclusive nos que tinham sindicatos fortes. As grandes dívidas contraídas com a crise da década de 1970 deixaram os Estados mais pobres dependentes do FMI para restaurar suas balanças de pagamentos, o que deu à instituição liberdade para implementar sua cartilha nestes países (HARVEY, 2005, p. 84). O fim da Guerra Fria

11 O fim da ordem mundial vigente durante a guerra fria trouxe mudanças para o mundo. Para LIMA (1996, p. 3) existem cinco teses sobre o que terminou com o fim da ordem bipolar: 1. O fim da História, onde a ordem neoliberal superaria todas as outras ordens, promovendo a libertação dos seres humanos e lideraria os Estados a uma ordem mais igualitária; 2. O fim do comunismo, assim, como o fim da história, é uma demonstração de uma nova ordem mundial insurgente, que denota que diferentes idéias e valores contrários aos vigentes não teriam espaço nesta ordem. O fim do comunismo seria, também, um fim das teorias que acreditavam em diferentes ordens, que não o capitalismo neoliberal, para a sociedade; 3. O fim do Sistema de Westfália, onde a erosão da capacidade do Estado em lidar com o que ocorre dentro de seu espaço nacional, enfatizando que as questões são, cada vez mais, transfronteiriças, e o fim de uma ordem conflitante facilitaria as trocas sem a presença do Estado, que se tornaria menos importante, já que a segurança não teria mais papel importante nas Reações Internacionais; 4. O fim do sistema de Versalhes, onde os novos Estados europeus levariam o continente de volta à ordem pré 1914, gerando instabilidade no continente. Os conflitos étnicos, transestatais, seriam um problema para a liberdade no continente; 5. O fim da Ordem Mundial pós 45, quando se encerram as mais profundas disputas ideológicas entre dois modelos de sociedade. Este

12 fim significa, principalmente, uma mudança na distribuição do poder em escala global, com a perda de poder da Rússia e a menor presença européia no mundo. Nota-se que todas estas teses tocam, de alguma forma, na ordem neoliberal e no papel de um centro que organize tais relações para a continuidade da ordem. Para FIORI (2005, p. 3), os Estados Unidos permanecerão no centro do sistema. O problema não é a perda de poder em relação a outros, mas o poder estrutural que este possui, como as bases para qualquer ação militar no mundo, através do sistema de satélites, os fluxos de informação que são baseados em matrizes americanas, as finanças, comandadas pelas bolsas dos Estados Unidos, como os investimentos, o centro do capital mundial e detém as reservas nacionais de todos os Estados no mundo. No sistema pós Guerra Fria houve a internacionalização do crescimento, que ocorreu de forma ainda mais desigual do que observado em outras fases do capitalismo, ao mesmo tempo em que se exacerbaram os interesses nacionais. O maior crescimento econômico do mundo, porém, não tirou o papel central dos Estados Unidos para as Relações Internacionais, não havendo nenhum desafiante à sua altura. É bastante interessante para a China, Índia e Japão manter a liderança americana, diminuindo custos de transações com segurança e o perigo de alianças se desfazerem com certo tempo. A capacidade financeira destes Estados, como o bom desempenho de suas economias, depende da manutenção dos Estados Unidos como centrais para a economia (ibid., p. 10). WALLERSTEIN (2002, p. 19) coloca esta mesma questão como um ponto de declínio americano, sendo que são a única superpotência de fato, mas sem poder

13 real; líderes mundiais que ninguém realmente segue e que poucos realmente respeitam. Para ele, o caos que toma conta do sistema internacional desde a década de 1990 não está em condições de ser controlado, nem pelos Estados Unidos, nem pelas incipientes potências mundiais que aspiram ter poder. O neoliberalismo, como arma para manter o domínio americano, funcionava bem enquanto existia um conflito ideológico capaz de manter a crença na evolução capitalista. A queda da URSS foi, também, a queda da última fonte de legitimação do poder americano para o restante do mundo. A criação da Organização Mundial do Comércio 6, para manter a liberdade de negociação, a retomada do FMI é mais uma tentativa de socialização dos custos que os EUA não conseguem mais pagar sozinhos os custos para a manutenção do sistema. A perda de poder ideológico, com os ataques de 11 de setembro de 2001, as más campanhas militares 7 e a queda do nacionalismo mostram também a perda de legitimidade de ação dos EUA (ibid., p. 25). ARRIGHI (2006, p. 343) destaca que esta revitalização das instituições internacionais denotam o desespero americano em encontrar uma forma de se manterem no poder, mesmo sem conseguir arcar com os custos para tal. Falando em uma nova ordem mundial interestatal, o governo George H. Bush defendeu a desregulação do mercado, para levar o mundo (especialmente o centro) a uma nova onda de crescimento homogêneo, o que não ocorreu. Os Estados Unidos não conseguem mais lidar com a dimensão de sua hegemonia, sendo que custos para a proteção de seus aliados sempre foi muito oneroso ao sistema. Também, após a Guerra Fria, não se viu a necessidade em manter os antigos pagamentos para o 6 Formalização, em forma de uma Organização multilateral, para evitar free riders, do GATT. 7 Wallerstein cita a Guerra do Golfo, os Balcãs e o 11 de Setembro, porém pode se considerar que o Afeganistão e o Iraque endossam tal tese.

14 desenvolvimento de regimes favoráveis ao modelo americano, já que não existia mais nenhuma outra opção disponível. Uma das poucas exceções feitas ao caso foi durante e logo após a Guerra do Golfo, porém de forma muito tópica. Arrighi (ibid., p. 371) termina seu livro colocando que (...) Antes que a humanidade sufoque (ou se refestele) na masmorra (ou paraíso) de um império mundial pós-capitalista, ou de uma sociedade de mercado capitalista mundial, é bem possível que ela se inflame nos horrores (ou nas glórias) da escalada da violência que acompanhou a extinção da ordem mundial da Guerra Fria. Neste caso, a história capitalista também chegaria ao fim. Por mais que a hipótese de Arrighi aponte para um mundo em que a hegemonia seria transposta por uma ordem que nem ele mesmo ousou delinear como seria, o autor não descarta a possibilidade de mais um ciclo de hegemonia para o mundo. O que é fato é que o sistema está em uma fase de financeirização, que denota o fim de um ciclo, tomado por um caos que apenas uma nova liderança, ou uma nova forma de organizar o globo pode apaziguar. Para TODD (2002, p. 111) o sistema financeiro é o único pilar que a economia americana ainda sustenta, a despeito das outras, em todo o globo. Mesmo sem produção real, este sistema consegue, de certa forma, se alimentar e seguir lucrando. Observando além do período que Todd escreveu o livro, aumentam as dúvidas sobre a capacidade americana, vista a crise financeira de Mesmo antes da crise, Todd (ibdem) acreditava que a forma com que o sistema financeiro

15 age, sobrevivendo um dia após o outro através de bolsas de valores, não estaria à altura de um império global. A derrocada dos valores internos também contribui para o componente endógeno do sistema entre em crise. A baixa qualidade do ensino básico americano e o aumento acelerado de analfabetos funcionais não permitem que uma nova geração de grandes pensadores seja criada para reforçar o sistema. A taxa de fecundidade cada vez maior cria questionamentos, para um Estado com grandes débitos, sobre a continuidade do sistema público de ensino, já muito questionado. A antiga universalidade, em uma terra construída por imigrantes, foi colocada em dúvida com as restrições aos imigrantes latinos e a mudança de postura aos árabes após Para KENNEDY (2002, p. 73), os Estados Unidos desfrutaram, na década de 1990, do maior avanço que tiveram em anos, com o fim da URSS e a estagnação do Japão e da Europa. Expandindo sua presença para outros lugares do globo, os americanos conseguiram juntar tanto a expansão econômica quanto a militar para se manterem no centro. O poder simbólico pode ter sido abalado com os ataques terroristas, mas ainda sim, a centralidade econômica e política é fundamental para dar alguma estabilidade ao mundo. Kennedy alerta, porém, que esta manutenção de poder deve ser acompanhada de um bom emprego de recursos para a manutenção de seu espaço no mundo e que a política externa deve ser perene e a diplomacia deve estar lado a lado com o poder militar e econômico (ibid., p. 90). Para NYE (2010, p. 6), o pós Guerra Fria, visto por alguns como uma vitória do soft power americano, fora aclamado como a capacidade americana em se tornar um líder isolado, com um poder inato, visto que nenhum outro poderia chegar à sua

16 dominância. A verdade é que, para Nye, mais que o poder de fato, os valores, a cultura e o estilo de vida do Estado hegemônico devem ser abraçados pelos demais Estados, o que não tem ocorrido como se esperava durante a década de Os Estados Unidos influenciam, mas não conseguem mais determinar o que ocorrerá no mundo. As Relações Internacionais não ocorrem mais apenas no âmbito dos Estados, e é mais difícil para um Estado ser hegemônico, no sentido de preponderante, mundialmente. Nye acredita, porém, que os Estados Unidos conseguirão manter certo domínio entre as relações interestatais, mas deverão focar-se nas Instituições Internacionais, nos sistemas de aliança e na combinação estratégica dos núcleos duro (economia e militar) e brando (cultura, valores e figuras emblemáticas). Considerações Finais O estudo da construção da hegemonia americana mostra um Estado decidido a colocar-se no centro do sistema, com bons aliados e importantes contribuições para o mundo, pela economia, política, aparelho militar e uma política externa voltada a conseguir desenvolver-se. Esta política se aprofundou durante a Guerra Fria, enquanto os acordos que legitimavam as Relações entre seus aliados se tornavam mais fortes e a presença americana se expandia no mundo, tanto pelo medo da expansão comunista, quanto pela vontade em criar um império sem colônias. Com a súbita derrocada da URSS, a euforia em nome da liberdade e do capitalismo tomou conta de grande parte do mundo, em um primeiro momento. Diferenças culturais não aceitação do modelo de Estado mínimo pelos novos países (ex-membros da URSS), porém, começaram a retardar o domínio que alguns

17 consideravam como manifesto. Os avanços tímidos do neoliberalismo para dar novo ânimo à Economia Mundial também se mostrou um motivo de descontentamento para vários países; a desilusão com este modelo levou a um questionamento profundo sobre a capacidade de inovação da política americana. A grande máquina diplomática parou de trabalhar com tanta força, e os Estados não recebiam mais os grandes bônus e créditos para manter a política atrelada aos interesses de Washington. A força das Instituições internacionais no final do século XX e no começo do século XXI não são mais reflexo de um meticuloso cálculo americano para manter a dominância mundial, mas o resultado do trabalho de vários Estados centrais para não perder suas posições no mundo e tentarem, apesar da incapacidade americana para lidar com os novos desafios globais, manterem alguma dignidade aos seus Estados. Observando o presente momento da Europa, onde os endividamentos não apenas de pequenos países, mas também de importantes economias, não tornam possíveis a saída da recessão em que se encontram, a queda da lucratividade das bolsas de valores, o início do fim dos Estados Unidos como líderes da academia mundial, os argumentos a favor da retomada do poder americano parecem se distanciarem da realidade. O mundo está, desde a queda do muro de Berlim, em transição. Há poucos anos, não era possível dizer para onde caminhávamos. Mas sabe-se que o poder, em escala mundial, desloca-se para onde existe maior capacidade de o capital se alocar. Esta capacidade econômica, e o poder político, também, encontram-se cada vez mais distantes dos centros de decisões em Washington.

18 A queda da hegemonia americana é, para a maior parte dos especialistas, um destino certo. Este término, porém, não dá margem para afirmarmos com certeza o que se seguirá. Durante a década de 1970, muitos acreditavam que a Alemanha tomaria o lugar dos Estados Unidos. Nos anos 1990, o Japão parecia o maior desafio ao domínio americano. No começo do século XXI, a Europa, como um bloco unido, parecia voltar a ser o centro do mundo. Atualmente, o crescimento e o aumento do interesse chinês em todo o mundo parece configurar uma nova cultura mundial. Existem questionamentos se o mundo conseguirá fazer mais uma rodada capitalista baseada em um Estado hegemônico. Não há, no entanto, como comprovarmos tal ordem como uma certeza antes que esta se mostre para o mundo. Referências ARRIGHI, Giovanni. O longo século XX. São Paulo: Unesp, AYERBE, Luís Fernando. Estados Unidos e América Latina: a construção da hegemonia. São Paulo: Unesp, BANDEIRA, Alberto Moniz. Formação do império americano: da guerra contra a Espanha à guerra no Iraque. Rio de Janeiro: Record, FIORI, José Luis. Economia Política Internacional e Teoria das Relações Internacionais. São Paulo: USP, GILPIN, Robert. The rise of american Hegemony. In: O BRIEN, Patrick. Two Hegemonies: Britain and the United States Aldershot: Ashgate Publishing, GRAMSCI, Antonio. Maquiavel, a Política e o Estado Moderno, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1984.

19 HARVEY, David. Condição pós moderna. São Paulo: Loyola, HARVEY, David. Neoliberalismo: história e implicações. São Paulo: Loyola, HOWBSBAWM, Eric. A era dos Extremos. São Paulo: companhia das letras, KENNEDY, Paul. A manutenção do poder americano: da ferida à recuperação. In CHANDA, Nayan. TALBOTT, Strobe. A era do Terror. Rio de Janeiro: campus, LIMA, Maria Regina Soares de. Teses equivocadas sobre a Ordem Mundial. Rio de Janeiro: UFRJ, revista dados, vol. 39, nº 3. NYE, Joseph. Limits of American power. Nova Iorque: Academy of Political Science, revista Political Science Quarterly, vol. 114, nº 4. NYE, Joseph. The future of soft Power in US foreign policy. In COX, Michael. PARMAR, Iderjeet. Soft Power and US Foreign Policy. Nova Iorque: Routledge, TODD, Emmanuel. Depois do Império: decomposição do sistema americano. Rio de Janeiro: Record, WALLERSTEIN, Immanuel. Capitalismo histórico e civilização capitalista. Rio de Janeiro: Contraponto, WALLERSTEIN, Immanuel. O fim do mundo como o conhecemos. Rio de Janeiro: Revan, 2002.

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