TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE: ANALISANDO AS DIFICULDADES PARA SEU DIAGNÓSTICO

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1 TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE: ANALISANDO AS DIFICULDADES PARA SEU DIAGNÓSTICO Danielle Martins Vieira 1 Lucicleide Roberta Leite 2 Fátima Lúcia Soares Ribeiro 3 RESUMO O presente artigo tem o objetivo de analisar a dificuldade que existe para se diagnosticar o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), mostrando como um diagnóstico equivocado pode trazer sérias conseqüências na vida da criança. Para isso, é preciso observar a criança durante um mínimo de seis meses, e também conciliar relatos de seus pais, professores e especialista. Portanto, fizemos um estudo de caso em duas escolas particulares do Recife que tivessem alunos considerados hiperativos, e também entrevistas semi-estruturadas com seus pais, professores e especialistas e percebemos que em ambas as escolas existe, a necessidade de uma maior orientação acerca do TDAH, a fim de contribuírem mais para o desenvolvimento educacional de seus alunos. PALAVRAS-CHAVE: TDAH, diagnóstico e orientações. INTRODUÇÃO O interesse em pesquisar a respeito do TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) 4 surgiu da experiência enquanto estagiária de sala de aula, numa turma de educação infantil, em que havia um aluno com diagnóstico positivo para o transtorno. Sendo observado certo descaso com o aluno, em relação a seu tratamento em sala de aula, problemas com suas atividades que se mostravam inadequadas para o mesmo e até o próprio relacionamento entre professora e aluno, fazendo com que 1 Concluinte de Pedagogia Centro de Educação UFPE. dmartinsvieira@hotmail.com 2 Concluinte de Pedagogia Centro de Educação UFPE. bianchinne@hotmail.com 3 Professora do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino/DMTE Centro de Educação UFPE. fatimalsribeiro@uol.com.br 4- A partir desse ponto, utilizaremos sempre a sigla TDAH.

2 surgissem desentendimentos entre a professora e a família do aluno, que percebia pioras no comportamento, assim como recusa a ir para a escola. Constantemente as crianças têm sido chamadas de hiperativas na escola, por qualquer desvio de comportamento, mas o diagnóstico do transtorno não é algo tão simples, como podemos ver no trecho abaixo: para o diagnóstico de TDAH é sempre necessário contextualizar os sintomas na história de vida da criança (...) os sintomas de desatenção e/ou hiperatividade/impulsividade precisam ocorrer em vários ambientes da vida da criança (por exemplo, escola e casa) e manterem-se constantes ao longo do período avaliado. Sintomas que ocorrem apenas em casa ou somente na escola devem alertar o clínico para a possibilidade de que a desatenção, a hiperatividade ou a impulsividade possam ser apenas sintomas de uma situação familiar caótica ou de um sistema de ensino inadequado. (ROHDE; BARBOSA; TRAMONTINA e POLANCZYK, 2000 pág. 03). Dessa forma, entendemos que muitas vezes os diagnósticos de TDAH em crianças são feitos equivocadamente, baseados apenas na presença de alguns sintomas isolados. Por isso, desenvolvemos essa pesquisa para questionarmos o posicionamento do professor frente a um aluno com o transtorno, bem como analisarmos o tratamento que essa criança recebe no ambiente escolar. O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade chega a atingir 3 a 5% da população infantil, provocando baixo rendimento escolar, baixa auto-estima e dificultando os relacionamentos entre os colegas (SMITH; STRICK, 2001). Muitas vezes, essas crianças recebem apelidos de pestinhas, diabinhos, distraídos, desobedientes e/ou agitados, o que pode trazer sérios prejuízos à vida da criança. E ainda vemos que muitas pessoas rotulam uma criança indisciplinada de hiperativa, pois nem sempre a criança que apresenta estes sintomas, tem o transtorno, e segundo SAMPAIO: é importante observar com muito cuidado, porque existem crianças que não são hiperativas, são crianças agitadas devido a alguma situação pela qual esteja passando ou até mesmo são mal-educadas (2006, p.2). Assim, existe uma série de fatores necessários para se diagnosticar o transtorno, como, por

3 exemplo, o tempo que a criança apresenta este comportamento, é um dos fatores que vão diferenciar as crianças com o transtorno das que não possuem a chamada educação doméstica. Como dito anteriormente, os números a respeito de diagnósticos do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, vem aumentando entre as crianças em idade escolar. Porém questionamos a veracidade desses números, uma vez que é imprescindível a busca por um diagnóstico completo e seguro antes de rotularmos uma criança de hiperativa, pois atitudes preconceituosas que essas crianças venham a sofrer, principalmente na escola, podem trazer conseqüências irreversíveis. Dessa forma, esse trabalho teve como objetivos: analisar a complexidade do diagnóstico do TDAH, salientando que sintomas específicos e isolados não podem acarretar um diagnóstico de TDAH; esclarecer a importância do educador no trabalho específico com um aluno diagnosticado; e também, observar se há preconceito em relação a essas crianças uma vez que esse diagnóstico tenha sido confirmado. REFERENCIAL TEÓRICO 1. Conceituando O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade é causado pela alteração nas taxas de dopamina e/ou noradrenalina, que são neurotransmissores responsáveis pela troca de informações entre as células nervosas. E a falta ou deficiência dessa comunicação entre as células causa a falta de atenção, a incapacidade de controlar atos motores, impulsos entre outros. Em outras palavras, Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD. (Associação Brasileira do Déficit de Atenção, 2008 pág. 01). Há estudos que mostram também a predisposição genética para o transtorno. Nestes estudos foi observado que havia presença de parentes afetados pelo TDAH na

4 família da criança diagnosticada como tal, passando então a se acreditar também nessa influência genética. Não significa que os parentes da criança apresentem o TDAH, mas alguns sintomas estariam presentes. Porém, há controvérsias a esse respeito, já que essa ocorrência maior dentro de uma determinada família poderia ocorrer por causa de influências do ambiente em que vive, sendo necessário um estudo com genes comprovando que o transtorno era sim devido a uma predisposição genética. Foram então feitos estudos com crianças adotadas, o qual foi realizado da seguinte maneira: comparam-se pais biológicos e pais adotivos de crianças afetadas, verificando se há diferença na presença do TDAH entre os dois grupos de pais. Eles mostraram que os pais biológicos têm três vezes mais TDAH que os pais adotivos 1 (Associação Brasileira do Déficit de Atenção, op. Cit., p.4). Alguns estudiosos ligam a incidência do TDAH na criança, cuja mãe teve complicações na gravidez, ingestão de álcool, drogas, ou ainda, no caso da criança, pode ocorrer devido à infecção do sistema nervoso central na primeira infância. No adulto, o TDAH provoca dentre outras coisas - um isolamento, baixa auto-estima, tendo como conseqüência o fumo, ingestão de álcool, em alguns casos. Então se a mãe possui sintomas ou possui o transtorno propriamente dito, a criança terá maior predisposição ao TDAH. Dessa forma: A nicotina e o álcool quando ingeridos durante a gravidez podem causar alterações em algumas partes do cérebro do bebê, incluindo-se aí a região frontal orbital. Pesquisas indicam que mães alcoolistas têm mais chance de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção. É importante lembrar que muitos destes estudos somente nos mostram uma associação entre estes fatores, mas não mostram uma relação de causa e efeito (...) mulheres que tiveram problemas no parto que acabaram causando sofrimento fetal tinham mais chance de terem filhos com TDAH (...) Talvez mães com TDAH sejam mais descuidadas e assim possam estar mais predispostas a problemas na gravidez e no parto. Ou seja, a carga genética que ela própria tem (e que passa ao filho) é que estaria influenciando a maior presença de problemas no parto (Op. Cit. 2008, p.4). 1- Acreditamos que por erro de tradução, a palavra sintomas tenha sido suprimida no trecho: (...) pais biológicos tem três vezes mais sintomas de TDAH que os pais adotivos.

5 É importante salientar que todas as causas acima citadas levam ao mesmo fim, que é a deficiência na troca de informações entre as células nervosas, o que tem como conseqüência o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. 2. Diagnóstico Uma criança que apresenta alguns sintomas do TDAH precisa ter um diagnóstico feito com precisão, pois um diagnóstico equivocado ou uma falta de tratamento adequado podem trazer sérias conseqüências na vida social, educacional e afetiva da criança. Para tanto, é preciso que os pais estejam atentos ao comportamento do seu filho, pois segundo Souza; Pinheiro; Fortes; Pinna (2007), esse transtorno teve um entendimento errôneo durante muito tempo no que se refere às implicações na vida dos pacientes. Muitas vezes a avaliação e o tratamento eram feitos por um nãoespecialista, que se baseava apenas nas queixas dos pais e professores sobre a hiperatividade e impulsividade da criança, e ainda acreditava-se na diminuição dos sintomas na adolescência. Há um conjunto de dezoito sintomas para o TDAH, estes são divididos em dois grupos cada um com nove sintomas, módulos A e B, o primeiro caracteriza os sintomas de desatenção que são: dificuldade de concentração; cometer erros por falta de atenção/ prestar pouca atenção; perca de objetos que lhe são necessários; parece prestar atenção em outras coisas numa conversa; dificuldades de seguir instruções ou deixa tarefas e deveres sem concluir; dificuldades de planejamento; reluta a fazer atividades que denotem esforço mental por longo tempo; distração fácil com coisas a sua volta e esquecimento de coisas a fazer no seu cotidiano. O segundo engloba os sintomas de hiperatividade e impulsividade, são eles: mexer muito mãos e pés, se sentado; dificuldade de se manter sentado, quando isso é necessário; falar demasiadamente; responder a perguntas antes de a mesma ser concluída; correr ou escalar coisas; dificuldade de se manter em silêncio quando isso é necessário; não consegue aguardar sua vez, em vários ambientes e situações do seu dia-a-dia e interromper as pessoas em conversas. Dessa maneira, segundo Mattos (2001), existem três tipos de TDAH: a predominante desatenta, sendo necessário no mínimo seis sintomas do bloco A; o tipo hiperativo/impulsivo, sendo necessário também seis

6 sintomas do bloco B; e a forma combinada, quando há sintomas dos dois grupos, sendo preciso o mínimo de seis sintomas de cada bloco para um possível diagnóstico. Embora os sintomas primários do TDAH desatenção, hiperatividade e impulsividade sejam em geral facilmente reconhecíveis (Rohde e Halpern, 2004), o diagnóstico e o tratamento podem ser dificultados pela existência de mitos acerca da doença (Knipp, 2006). O diagnóstico do TDAH é clínico e se baseia, fundamentalmente, nos sintomas atuais, no caso de crianças, ou na combinação entre sintomas atuais e história clínica pregressa do comportamento, no caso de adultos. Além disso, não existe um exame em que se possa detectar o TDAH, ele é feito de forma que, o especialista através de entrevistas, observações e testes, dá o diagnóstico ou não para o Transtorno. De acordo com Rohde e Halpern (2004), é difícil observar manifestações clínicas de pacientes com o transtorno durante a consulta médica, por isso, para um diagnóstico definitivo é imprescindível o relato fiel dos pais e dos professores, bem como a experiência dos médicos e psicólogos para interpretar e avaliar os relatos e a história do paciente. E segundo Gomes; Palmini; Barbiratpo; Rohde; Mattos (2007) é preciso haver um entendimento da doença e apoio dos que cercam o paciente, para que haja um manejo bem-sucedido em pacientes com o transtorno, uma vez que aderir ao tratamento não é fácil. Portanto, é imprescindível conhecer o nível de informação dos grupos que participam do processo de diagnóstico e tratamento desse transtorno. Para se diagnosticar uma criança com o TDAH, se faz necessário tempo e observação, para que não se confunda o transtorno com uma agitação momentânea da criança devido a algo que ocorreu naquele instante. Para caracterizar a criança como hiperativa é necessário que a mesma apresente os sintomas sem interrupção e por um período de seis meses, não podendo ser limitado a apenas uma situação. Quando o transtorno não é tratado desde o início, o indivíduo se torna um adulto levando os mesmos problemas que tinha desde a infância. Em contrapartida, com o tratamento que é realizado, com remédios, em alguns casos, terapias e acompanhamento com especialista em TDAH, é possível que essa pessoa viva em sociedade, sem que a mesma seja excluída. Em alguns casos a hiperatividade diminui, devido ao amadurecimento do cérebro que equilibra a produção de dopamina.

7 3. Orientações aos professores Muitas vezes, os pais de crianças com TDAH não sabem como lidar com o comportamento de seus filhos, por isso Rohde; Barbosa; Tramontina; Polanczyk (2000) ressaltam que é necessário um programa de treinamento para os pais, para que eles possam aprender estratégias de como ajudar seus filhos na organização e planejamento das atividades. Porém, não só os pais precisam ficar atentos, é importante que os professores também sejam orientados para que assim possam ter uma sala de aula melhor estruturada e com poucos alunos. O aluno com TDAH precisa de rotinas diárias consistentes e de um ambiente escolar previsível, pois assim o seu controle emocional não é alterado. As crianças com TDAH apresentam inteligência e capacidade de aprendizado idênticas as de uma criança normal e são bastante criativas, mas é preciso lhes dar chance para se desenvolver e observar as suas deficiências (PEREIRA, 2008, p.3). Por isso, faz-se necessário que o professor busque sempre estratégias para que seu ensino seja ativo, incorporando atividades físicas com o processo de aprendizagem e que também evite atividades muito longas e que precisam de explicações demoradas. Sempre que necessário também deve dar ao aluno um atendimento individual e fazer com que ele sente-se na primeira fila e longe de tudo que possa distraí-lo, como portas, janelas, etc. É na escola, no convívio com outros alunos e professores que o transtorno fica mais evidente, as obrigações impostas pela escola, a necessidade do bom comportamento, de fazer as atividades solicitadas, tudo isso coloca a prova o aluno que apresenta o transtorno. Visto como aluno-problema, a criança com o TDAH, passa a ser apontada como aquela que faz bagunça na sala, que importuna os colegas, vista como preguiçosa e desleixada. Com o poder de concentração diminuído, a criança tira notas baixas, sofre reprovações. Segundo Pereira, Dificuldade de prestar atenção na aula, se distrair facilmente e ficar com a mente vagando pelo mundo da lua quando o professor está falando. Pouca paciência para estudar e fazer os deveres, agitação, inquietude e uma capacidade incrível de fazer milhões de coisas ao mesmo tempo e quase nenhuma delas associada à aula (2008, p.01).

8 Além disso, no ambiente escolar, muitas vezes, a criança está sujeita a medidas disciplinares, em virtude do mau comportamento, que em nada resolvem o problema do aluno com TDAH. Na verdade ocorre que o professor, na maioria das vezes sozinho com um grande quantitativo de alunos, tem dificuldade para lidar com o aluno que necessita de atenção especial, sendo mais fácil puni-lo ou levá-lo a diretoria da escola. Faz-se necessário que o professor tome medidas que busquem a inclusão do aluno com TDAH. A criança com o transtorno gosta do novo, do dinamismo, sente-se entediada com coisas monótonas. É necessário então, que o professor planeje aulas diferentes, capazes de prender a atenção do aluno, que não sejam de longa duração, pois o interesse do aluno com TDAH é de curta duração. Usar o aluno como ajudante nas atividades, permitir o movimento do aluno dentro ou fora de sala como, por exemplo, pegar algum material em outro local, ajuda a criança a se movimentar e participar da rotina da sala de aula. De acordo com Rizzo: "proporcionar atividades variadas que ocupe a criança o maior período de tempo possível, dando a ela liberdade de escolha e de movimentos" (1985, p.307). É necessário também que seja verificada a colocação de limites para esses alunos, eles precisam saber até onde podem ir, utilizando assim, de estratégias para atingir este fim. Crianças com TDAH precisam saber o que será feito, precisam ter em mente o planejamento a cumprir, assim eles tomam a consciência de que há uma atividade a ser feita e que deve terminá-la, sendo isto possível. METODOLOGIA Nossa pesquisa foi realizada através do estudo de caso, a fim de que pudéssemos investigar crianças diagnosticadas com TDAH dentro de seu contexto real, uma vez que esse tipo de pesquisa nos permite um maior aprofundamento da unidade individual pesquisada. Para isso, visitamos duas escolas que oferecem Educação Infantil, ressaltando que o nosso intuito não foi fazer uma pesquisa comparativa, e sim obtermos mais dados para aprofundamento. As escolas escolhidas possuiriam pelo

9 menos um aluno diagnosticado com TDAH, porém, quando já estávamos em uma das escolas, descobrimos que um dos alunos não possui o diagnóstico de TDAH dado por um especialista, apenas uma incidência de sintomas observados pela sua coordenadora há mais de um ano, e que para ela, o caracterizam como hiperativo, por isso, ressaltamos que o aluno da Escola A, Lucas, nome fictício, não possui o diagnóstico de TDAH confirmado por um especialista, apenas apresenta sintomas do transtorno, e, Pedro, nome fictício, aluno da Escola B, é diagnosticado como hiperativo por um especialista. Para verificar se essas crianças sofriam algum tipo de preconceito, realizamos um total de dez visitas, sendo cinco em cada escola. Durante as observações, tivemos como foco: o comportamento da criança durante a aula e durante o recreio, e também o tratamento recebido por elas pelos professores e colegas de sala. Com o intuito de conhecer como essas crianças foram diagnosticas com TDAH, ou no caso de Lucas, que foi levantada essa hipótese, e também como se dão os relacionamentos que elas estabelecem, realizamos entrevistas semi-estruturadas com os pais, os professores, e com o profissional responsável pela criança. Esse tipo de entrevista é um instrumento comumente utilizado nas pesquisas em Ciências Sociais, e segundo Quivy (1992), permite que o entrevistado tenha alguma liberdade para desenvolver as respostas segundo a direção que considere adequada, explorando, de uma forma flexível e aprofundada, os aspectos que considere mais relevantes. Além de também possibilitar o acesso a uma grande riqueza informativa, contextualizada e através das palavras dos atores e das suas perspectivas, o que foi de suma importância para o objetivo de nossa pesquisa. Por fim, fizemos uma análise do que foi observado juntamente com o que foi reportado pelos pais e professores, a fim de verificarmos como se chegou ao diagnóstico, confrontando com a literatura consultada, ou no caso de Lucas, possível diagnóstico, bem como, analisarmos se as atividades que os professores trazem para esses alunos são diferenciadas e também considerar se eles sofrem algum tipo de preconceito. DESCRIÇÃO DAS ESCOLAS

10 ESCOLA A A escola A pertence à rede privada e fica situada em Boa Viagem, próxima ao Shopping Recife. A maioria dos seus alunos é residente desse mesmo bairro, sendo assim uma escola que atende alunos de classe média e alta. De acordo com a coordenadora da Educação Infantil e também com a sua professora, Lucas*, 5 anos, aluno do Infantil 2, e que já está na escola há um ano e meio, apresenta vários sintomas que o caracteriza como hiperativo desde que ingressou na escola, porém a sua mãe se recusa a aceitar, e dessa forma não o leva a um especialista para a confirmação desse diagnóstico. Segundo a coordenadora, ele é muito desatento e tem bastante dificuldade para se concentrar nas atividades, se distrai facilmente e é sempre muito agitado, não conseguindo ficar quieto por mais do que alguns minutos. Lucas sempre chega à escola no horário de começar a aula e se dirige diretamente para sala de aula. A professora procura seguir uma rotina em sala, e sempre começa cantando a música do bom-dia e depois fazendo a chamada e registrando no quadro, com a ajuda dos alunos, quantos estão presentes e quantos faltaram. A turma tem dezessete alunos. Nesse momento, Lucas é sempre participativo, porém, nunca fica sentado, está sempre em pé, dançando e quando a professora chama o nome de um colega, ele corre até o colega e aponta que o mesmo está presente. Em seguida, a professora faz uma revisão de algo que eles estejam aprendendo, ou traz algum assunto novo. Como eles já tinham estudado a família do F, a professora começou a chamar no quadro os alunos de um em um para escrever as sílabas fa, fe, fi, fo e fu. Enquanto aguardava a sua vez, ele não prestava atenção, ficava sentado procurando algo para se entreter, e quando não encontrava, ficava mexendo com as mãos. Como os alunos sentam-se em cadeiras que formam um círculo, tinha sempre um colega do seu lado, por isso, ele está sempre mexendo nas coisas dos colegas também, que não gostam muito, pois ele não pede antes de pegar. Após esse momento, a professora entregou uma ficha de atividades, onde eles

11 deveriam escrever a família do F. Após algum tempo, a maioria dos alunos já tinha terminado e colocado suas atividades na mesa da professora, porém Lucas ainda estava brincando com seu papel, girando na mesa e no chão. Ele não sabia fazer a atividade sozinho, e quando a auxiliar conseguiu parar para ajudá-lo, ele fez apenas o FA, FE e FI, não conseguindo concluir a atividade. Antes do lanche, a professora sempre pede que eles formem uma fila para lavarem as mãos, e Lucas é sempre o último, pois nunca está prestando atenção as instruções da professora. Ele normalmente traz seu lanche de casa e começa a comer sozinho, mas quando tem iogurte ou suco, a auxiliar tem ajudá-lo, pois ele não usa a colher e fica colocando todos os dedos no pote de iogurte e limpando na farda. Durante o intervalo, ele apresenta o mesmo comportamento. Fica correndo pelo pátio e brincando com vários grupinhos de meninos, porém, em nenhum ele demora muito, pois logo cansa da brincadeira e procura outra coisa para fazer. Fica subindo e descendo nos brinquedos, bem como correndo no meio do jogo dos colegas, e pegando a bola e/ou brinquedo. Quando a professora chama para voltar para sala, ele finge que não escuta, e como sempre, é o último a sentar-se. Enquanto a professora explica que eles terão que fazer um desenho, ele não está prestando atenção, pois está desenhando com o dedo na cadeira. Na hora que recebe o papel, ele fica girando-o na mesa, e demora a pegar o lápis de cor para começar o seu desenho. Quando começa, fica fazendo vários rabiscos, e logo em seguida entrega a professora. Quando ela pergunta sobre o que ele desenhou, ele diz que foi um carro e um avião. Enquanto alguns colegas ainda estão desenhando, ele fica rodando pela sala, e mexendo ora nas estantes, ora nas bolsas dos colegas. A professora fica sempre reclamando e mandando-o voltar para sua cadeira. Ele obedece, mas após alguns minutos se levanta de novo. Às vezes ele vai até o cantinho da leitura, e pega vários livros e começa a folheá-los, e como os livros são cheios de figura, ele fica entretido durante alguns minutos com um, mas assim que cansa, troca de livro. Outro dia, durante a aula de informática, ele fez apenas desenhos sem nexo, e com apenas uma cor por vez, ou tudo preto, ou tudo azul, e depois de uns cinco minutos, começa a usar o computador em pé. Quando a aula está terminando, ele

12 já se arruma e fica esperando o seu portador, que assim que toca, já o aguarda na escola. Lucas tem a mesma faixa etária que seus colegas de sala, e participa de toda a rotina da sala de aula, gosta de brincar, e na hora do lanche senta-se junto com todos para comer, porém é importante salientar que ele é o único que mesmo com a ajuda da auxiliar não consegue concluir as atividades de sala, pois não se concentra direito querendo terminar o mais rápido possível o que está fazendo; e na hora da explicação está sempre desatento, ora mexendo com suas mãos, ora brincando com algum objeto próximo. Quando se encontra em outro ambiente que não seja a sua sala de aula, como por exemplo, o pátio ou a sala de informática, ele está sempre buscando algo a mais para mexer e assim se entreter, porém, logo perde o interesse e começa a buscar algo novo. Durante as explicações da professora utilizando o quadro, todos os colegas conseguem permanecer sentados, porém, Lucas após no máximo cinco minutos, sempre se levanta e vai até a professora para lhe fazer alguma pergunta ou então, quando ela faz atividades no quadro que envolvam a turma toda, ele não consegue aguardar a sua vez e fica sempre querendo ser o primeiro a participar. Percebe-se então, a presença de alguns sintomas dos dois grupos de TDAH, como a desatenção, dificuldade de concentração, se distrai facilmente, mexe muito com os pés e as mãos, não consegue aguardar a sua vez, entre outros, porém, nenhuma afirmação pode ser feita, uma vez que Lucas não possui o diagnóstico dado por um especialista, apenas relatos de sua professora e coordenadora, que já o observam há um ano e seis meses. De acordo com sua mãe, desde os dois anos de idade que Lucas é um pouco agitado, porém, ela disse que nunca notou algo além do normal, apenas quando ele ingressou na escola é que a professora mandou chamá-la relatando que ele estava sempre muito desatento e que não ficava muito tempo sentado como os demais colegas. Como ela o levou a um neurologista e um exame inicial não relatou problema algum, ela decidiu não fazer mais nenhum outro exame, porém como já foi citado anteriormente por Rohde e Halpern (2004), é difícil observar manifestações clínicas de pacientes com o transtorno durante a consulta médica, por isso, para um diagnóstico definitivo é imprescindível o relato fiel dos pais e dos professores, e apesar de a

13 professora atual ter lhe dito as mesmas coisas, ela recusa levá-lo novamente, pois diz que a professora é bastante atenciosa, porém, acho que às vezes ela exagera nos comentários, e persegue um pouco meu filho, que é apenas uma criança um pouco trelosa. A professora disse que já foi alertada sobre Lucas pela professora anterior, e assim, não teve grandes problemas ao lidar com o aluno, porém, disse que eu o aceito e me esforço para colocar limites, mas encontro muita dificuldade, pois não tenho apoio dos pais, que não dão limites para ele em casa. Eles acham que eu sempre exagero nas coisas que relato. Apesar de buscar formas de ajudá-lo melhor, é possível observar que a professora não consegue utilizar estratégias úteis que poderiam ajudar Lucas, como colocá-lo numa cadeira mais a frente, passar atividades diferenciadas para ele, que requeiram um pouco menos de atenção, ou então pedir para ele buscar algum material em outra sala. Pode-se observar também, que a metodologia utilizada pela professora talvez não seja a ideal, pois como já foi dito anteriormente as crianças com TDAH apresentam inteligência e capacidade de aprendizado idênticas a de uma criança normal e são bastante criativas, mas é preciso lhes dar chance para se desenvolver e observar as suas deficiências (PEREIRA, 2008, p.3). Isso pode ser observado em Lucas, pois ele apresenta interesses por livros, e sempre quer participar das atividades no quadro, mas cabe a professora criar oportunidades para ele. ESCOLA B A escola B, pertence à rede particular de ensino, a mesma é situada no bairro de Santo Amaro, na cidade de Recife-PE. O Pré-II, turma da qual Pedro faz parte, é composta por dezessete (17) alunos com idade entre 5 e 6 anos. A escola atende a alunos de classe baixa e média da própria comunidade e circunvizinhas. Quando Pedro iniciou seus estudos nessa Escola, há aproximadamente dois anos, as professoras foram informadas pela mãe da criança, a respeito do diagnóstico de TDAH. A mãe de Pedro é participativa e costuma se comunicar com a escola a respeito do filho informando as professoras a respeito do diagnóstico, dos sintomas e

14 do comportamento em casa, enfim, trocando informações. Assim, como questiona quando alguma atividade está inapropriada para seu filho. De uma maneira geral, a rotina da escola é estabelecida da seguinte forma: o horário de início da aula é às 14:00 h, nesse horário os alunos se organizam, guardam as bolsas em locais adequados e já sentam na roda de conversa com as professoras. Pedro, enquanto os colegas já guardaram seus pertences o mesmo pega um brinquedo na sala, ou corre pela sala. Sendo necessário que chamem sua atenção a fim de que o mesmo sente-se na roda. Pedro senta, mas conversa com os colegas, fica rodando no chão ou faz movimentos bruscos com mãos e pés, o que conseqüentemente bate nos colegas, gerando desentendimentos. Após esse momento de descontração, a professora costuma fazer a chamada, cada dia ela faz de uma forma diferente, por exemplo, a professora pega uma ficha contendo o nome de um aluno e pede que outro colega reconheça de quem é a ficha e todos os alunos participam. Pedro passa a maior parte do tempo falando sozinho, mas quando a professora lhe pergunta a respeito dos nomes dos colegas escritos na ficha, ele sempre reconhece. O momento seguinte é para ir ao banheiro e tomar água, a professora informa qual dos alunos será o ajudante do dia fiscal do banheiro. Na maioria das vezes, Pedro faz esse papel, pois o mesmo gosta muito. Ele então organiza a fila de entrada, com a ajuda da professora e caso algum colega desperdice papel ou água, ele informa a professora. Feito isso, os alunos voltam para a roda para que seja iniciado o conteúdo do dia. Porém, Pedro corre pela sala, ou vai pegar brinquedos o que não é permitido nesse momento, fazendo com que alguns colegas o denunciem a professora, mesmo assim Pedro continua a mexer nos brinquedos e somente quando a professora ameaça deixá-lo na cadeirinha ele senta na roda, mas começa a cantar. Novamente a professora lhe chama a atenção, e Pedro fica em silêncio por alguns instantes. Com o início da aula, a professora pede que todos os alunos fiquem a sua frente, sentados no chão, olhando para o quadro. Pedro se deita e fica cantando, alto. A professora chama sua atenção, pede que levante e pare de cantar, pois estão em momento de aula. Ele diz que vai parar e que vai prestar atenção, pedindo desculpa à professora. Quando é questionado pela professora sobre o que estão estudando, ele

15 demora, mas responde corretamente. Levanta diversas vezes durante a aula para mexer nos brinquedos da sala sem ter autorização e ou para dar voltas na sala e, quando advertido, volta pro lugar e diz que vai se comportar. Enquanto fazia a tarefa tomou, várias vezes, a iniciativa de sair e mexer em brinquedos, com isso, todos os alunos da mesa o acompanhavam, levando mais tempo que o esperado para terminar a tarefa. Após a tarefa, é hora do lanche, todos os alunos se dirigem às mesas com copo e toalha. Nesse momento, Pedro pega suas coisas para o lanche, mas sempre deixa seus pertences espalhados pela sala e vai para os brinquedos, sendo advertido. Enquanto lancha, costuma sair várias vezes para mexer em algo na sala ou para bater na mesa de outros colegas, levando muito tempo para terminar a refeição. Ainda acontece de derrubar o suco, por se mexer bastante ou não tomar o cuidado necessário. Quando há roda de leitura na sala, Pedro não costuma prestar atenção, fixa o olhar em algum ponto, ou deita e fica girando no chão, mexe com os colegas (bate na cabeça, belisca, puxa o cabelo) irritando-os. Causando queixa à professora e a conseqüente cadeirinha ou ainda fica cantando alto, de forma que atrapalha o momento da leitura. Na hora de ir embora, os alunos sentam no chão com suas bolsas e aguardam seus portadores, Pedro costuma deitar-se por cima de sua bolsa e arrastar-se pelo chão ou pendurar-se no suporte onde são colocadas as bolsas que neste momento se encontra vazio. Quando chega seu portador, Pedro sai correndo, como as outras crianças. Pedro participa da rotina de sala de aula, mas de forma que as professoras precisam estar o tempo todo chamando a atenção para o que ele deve e como deve fazer, enquanto os outros alunos são mais independentes com relação a isso. Pedro se distrai facilmente na sala de aula, que mesmo sendo fechada, sem aberturas que levem a atenção de Pedro para fora da sala. O local possui muitos brinquedos expostos que sempre tomam a atenção dele em horários não apropriados como, por exemplo, no

16 momento da roda de conversa, enquanto os outros estão participando, seja cantando ou respondendo a alguma pergunta feita pela professora, Pedro está distraído, observando os brinquedos ou qualquer outra coisa na sala. No momento da tarefa não se concentra a ponto de fazê-la corretamente, sempre comete algum erro porque não prestou atenção ou fez rápido demais e quando tira do quadro algo que a professora escreveu, troca algumas letras por falta de atenção, já que quando a professora pede para que ele olhe novamente, o mesmo faz de forma correta. Pedro costuma levantar várias vezes em momentos que se espera que fique sentado: na hora do lanche, na hora da roda. Não aguarda a sua vez de falar ou fica cantando em voz alta, enquanto a professora está ensinando o conteúdo da aula, a ponto dos colegas também reclamarem. Segundo os pais de Pedro, por volta dos dois anos de idade, se mostrou uma criança nervosa, com dificuldades para falar e agressiva. Foi quando resolveram levá-lo a um especialista em que foi diagnosticado o TDAH. O diagnóstico de Pedro foi confirmado por volta dos três anos de idade. E segundo a profissional que o acompanha - uma Neurologista - ele apresentou, entre outros, os seguintes sintomas: Inquietação, agressividade, dificuldades na fala e desatenção. Observamos então, que Pedro possui sintomas dos dois grupos predominante desatenta e hiperativo/impulsivo sendo confirmado o diagnóstico de TDAH. O tempo para se chegar ao diagnóstico, segundo a médica, foi de três meses, porém, conforme discutido anteriormente, é necessário que a criança seja observada por um período de no mínimo seis meses. Acreditamos, contudo, que este diagnóstico tenha sido de menos tempo, porque se tratava de uma segunda opinião médica. Ao ser questionada sobre o modo como chegou ao diagnóstico de Pedro a médica informou que: (...) foram feitos testes neuropsicológicos, testes objetivos com os pais e com a criança, observação comportamental entre outros. Isto confirma o que foi dito em nosso estudo (...) não existe um exame em que se possa detectar o TDAH, ele é feito de forma que, o especialista através de entrevistas, observações e testes, dá o diagnóstico ou não para o Transtorno.

17 A mãe de Pedro, a respeito de ser chamada na Escola pelo comportamento do filho, diz: Algumas vezes fomos chamados, os professores alegavam que ele tirava a atenção dos demais alunos, pois o mesmo queria brincar na hora de fazer as tarefas. Eu então conversava com os professores a respeito do diagnóstico dele. Os professores sempre informavam que tomariam medidas que melhorassem o quadro. Algumas vezes apresentava melhoras, depois voltava tudo como era antes. E ficava desse jeito. Percebe-se na fala da mãe de Pedro, uma certa distância na comunicação Escola-família, algo que como citado anteriormente, é de suma importância para o desenvolvimento da criança. É através dessa comunicação que ambos os envolvidos saberão a respeito do comportamento, de como estão sendo realizadas as atividades de sala e de casa e se o método utilizado para com a criança esta sendo eficaz. Em relação a seu comportamento, a professora diz que muitas vezes ele se mostra disperso, deita na roda de conversa, mas mostra compreensão sobre o conteúdo estudado. A mesma informa também que a Escola, atualmente, não conta com profissionais que possam contribuir no caso do aluno, como por exemplo, fonoaudiólogo; psicólogo; psicopedagogo. Quando perguntada a respeito de suas intervenções e práticas junto ao aluno diagnosticado como TDAH, a professora afirma que: Na primeira conversa que tive com a mãe do aluno, disse-lhe que primeiro gostaria de conhecê-lo, fazer minhas intervenções pedagógicas e após o período de observação deste 1º semestre, irei conversar com ela sobre o que foi observado, quais as dificuldades do aluno e quais procedimentos serão adotados no 2º semestre para que ele tenha resultados satisfatórios em sua aprendizagem. O aluno segundo a mãe, é Hiperativo, mas meu objetivo é conhecê-lo e confrontar minhas observações com o diagnóstico dos profissionais que o acompanham. É perceptível então, uma preocupação da professora em não rotular o aluno de imediato, depois de confirmado o diagnóstico. Mas tirar suas conclusões a respeito, confrontando as opiniões. É necessário salientar que, mesmo a professora tendo a boa intenção de não rotular o aluno de início, fica comprometido o diálogo e a troca de informações entre a Escola e a Clínica, já que Pedro tem um acompanhamento e como a professora deseja ter esse período de observação sem nenhuma intervenção do profissional que o acompanha

18 pode ter como conseqüência um desencontro na maneira de conduzir o tratamento de Pedro, não surtindo um bom resultado. A professora regente oferece aulas dinâmicas, com materiais que prendem a atenção, temas interessante e busca sempre uma contextualização com a realidade das crianças, por isso, Pedro é sempre participativo, e mesmo aparentando, estar desatento durante a aula, quando questionado a respeito do tema estudado, ele na maioria das vezes, responde com sucesso. A Escola em que Pedro estuda, oferece uma rotina diária previsível, o que é de suma importância, conforme discussão feita anteriormente. A importância de se oferecer aulas dinâmicas e evitar atividades muito longas, já que a capacidade de concentração da criança com TDAH é diminuída, mas foi possível observar que isso não acontece, pois a professora não faz atividades diferenciadas para Pedro, causando o desinteresse dele em concluir a tarefa, por ser cansativa. RELAÇÃO ENTRE AS DUAS ESCOLAS Observamos que, em ambas as escolas, o tipo de ensino e a boa-vontade das professoras em lidarem com seus respectivos alunos, são similares, porém, vemos que esses aspectos não são suficientes, pois percebemos uma falta de atividades dirigidas especificamente para esses alunos, e o quanto elas seriam importantes para seu desempenho educacional, sendo assim, de suma importância o esclarecimento que o educador deve ter acerca do TDAH. É possível ressaltar também, que, mesmo Pedro sendo diagnosticado com TDAH, em alguns momentos apresenta um comportamento e um desenvolvimento superior ao de Lucas, porém isso pode ocorrer devido ao tratamento que o aluno já faz e também ao total apoio que recebe de seus pais junto com a escola. Vemos assim, como o seu correto diagnóstico foi imprescindível para sua melhora na vida

19 educacional, pois com a medicação e o tratamento corretos, ele vem apresentando melhoras significativas. CONSIDERAÇÕES FINAIS Acreditamos que os objetivos traçados no início do trabalho foram alcançados, uma vez que a partir das observações e das entrevistas realizadas, pudemos ver na prática a dificuldade que existe para se chegar a um diagnóstico de TDAH, e como a relação família-escola é importante nesse processo. Uma vez que, todo o processo do diagnóstico seguido de um tratamento eficaz, somente pode ser realizado quando existe a aceitação e colaboração da família, que junto com a escola reunirá dados que comprovem o diagnóstico do TDAH. Observamos que ambos os alunos não tem um lugar marcado, longe de distrações, e que também as suas atividades são sempre iguais as dos seus colegas, sem nenhum diferencial que chame mais a sua atenção. Assim, vemos que é mister ressaltar, o pouco preparo apresentado por essas instituições escolares para lidarem com seus alunos hiperativos, pois como dito no início desse artigo, professores bem orientados sobre o TDAH é fator imprescindível para um melhor desempenho e assim, um desenvolvimento educacional significativo de seus alunos. Apesar disso, ambos os alunos são bem tratados pelas professoras, que não demonstram nenhum tipo de preconceito para com eles, e nem seus colegas, que não se afastam e nem os impedem de brincar junto com eles. Importante salientar também, a respeito das mães dos dois alunos investigados. Lucas é uma criança que tem os sintomas do transtorno já observados pelas professoras, mas sua mãe se recusa a levá-lo a um especialista para buscar uma comprovação ou negação do diagnóstico. Já a mãe de Pedro, criança diagnosticada como TDAH, está sempre presente na escola em termos de acompanhamento de seu filho, mas talvez não tenha um retorno satisfatório em relação à aprendizagem e desenvolvimento de Pedro.

20 Dessa forma, vemos o quanto essa pesquisa contribuiu para a nossa formação, pois, como educadoras, precisamos estar preparadas para lidar com alunos com TDAH, bem como estarmos atentas para observação de sintomas em alunos com possibilidade de diagnóstico desse transtorno, uma vez que, segundo Rohde e Halpern (2004) o relato fiel do professor é imprescindível para se chegar a um diagnóstico definitivo. Portanto, constatamos a importância do educador para o desenvolvimento educacional da criança com TDAH. REFERÊNCIAS ABDA Associação Brasileira do Déficit de Atenção. Diagnóstico em Crianças. Disponível em: < acesso em: 02 de novembro de 2008 às 15:35. ABDA Associação Brasileira do Déficit de Atenção. O que é TDAH?. Disponível em: < acesso em: 01 de outubro de 2008 às 13:40. ABDA Associação Brasileira do Déficit de Atenção. Quadro Clínico. Disponível em: < acesso em: 03 de novembro de 2008 às 17:20. GOMES, M.;PALMINI,A. ;BARBIRATO, F.; ROHDE, L.A.; MATTOS, P.; Conhecimento sobre o transtorno do déficit de atenção/hiperatividade no Brasil. Disponível em: < > acesso em: 01 de novembro de 2008 às 9:15. KNIPP, DK. Teens' perceptions about attention deficit/hyperactivity disorder and medications. J Sch Nurs, 22:120-5, MATTOS, Paulo. No mundo da Lua: Perguntas e respostas sobre transtorno do déficit de atenção com hiperatividade em crianças, adolescentes e adultos. 4ª ed. São Paulo: Lemos Editorial,2005.

21 PEREIRA, Rafael Alves. ABDA Associação Brasileira do Déficit de Atenção A criança com TDAH e a escola Disponível em: < acesso em: 09 de maio de 2008 às 15:05. QUIVY, R. et al. (1992). Manual de Investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva. RIZZO, Gilda. Educação Pré-Escolar. 3ª ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, p. ROHDE, L.A.; BARBOSA, G.; TRAMONTINA, S.; POLANCZYK, G. Transtorno De Déficit De Atenção/Hiperatividade. Revista Brasileira de Psiquiatria vol. 22 s.2. São Paulo, Disponível em: < xt&tlng=en> acesso em 09 de outubro de 2008 às 16:15. ROHDE, L.A; HALPERN, R. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: atualização. J Pediatr, 80(2 suppl):s61-70, Disponível em: < > acesso em: 15 de outubro de 2008 às 17:30. SMITH,C; STRICK, L. Dificuldades de Aprendizagem de A a Z. 1ª ed. Ed. Artes Médicas, 2001.

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