TÉCNICAS CIRÚRGICAS NOS INTESTINOS
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- Ana Lívia Carmona Mota
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1 TÉCNICAS CIRÚRGICAS NOS INTESTINOS
2 INTESTINOS - ANATOMIA Intestino de carnívoros 2 a 5 vezes o comprimento do tronco Intestino delgado 4 vezes o tamanho do grosso
3 INTESTINOS - ANATOMIA DUODENO Relativamente fixo à parede abdominal direita, relacionado ao estômago e pâncreas O ducto biliar comum e o ducto pancreático desembocam no início do duodeno, na papila duodenal
4 INTESTINOS - ANATOMIA JEJUNO Mais estreito que o duodeno, longo e geralmente vazio ÍLEO Parede espessa Apresenta a dobra ileocecal na borda antimesentérica, com vasos adicionais (artéria ileocecal)
5 INTESTINOS - ANATOMIA CECO À direita da linha média, entre as porções ascendente e descendente do duodeno É um fundo de saco cego, com forma de vírgula
6 INTESTINOS - ANATOMIA COLO Porções: ascendente, transverso e descendente Apresenta coloração pálida e estrias longitudinais MESENTÉRIO Liga todo o intestino, permitindo mobilidade parcial Contém a vascularização e os linfáticos
7 INTESTINOS - ANATOMIA VASCULARIZAÇÃO Artéria mesentérica cranial originada da aorta, na raiz do mesentério Artéria mesentérica caudal supre o terço final do intestino grosso Linfáticos linfonodos mesentéricos
8 INTESTINOS - ANATOMIA CAMADAS Mucosa Submucosa Muscular Serosa
9 CIRURGIA INTESTINAL - TÉCNICA Laparotomia mediana pré-retro-umbilical permite exposição completa das alças Utilizar afastador auto-estático Gosset ou Balfour Minimizar contaminação bacteriana Isolar a alça afetada com compressas
10 CIRURGIA INTESTINAL - TÉCNICA Ordenhar o conteúdo da alça para longe do local de incisão Isolar com pinças atraumáticas (Doyen) ou com o dedo Utilizar técnica cirúrgica atraumática Preservar a vascularização
11 CIRURGIA INTESTINAL - TÉCNICA Incluir sempre a submucosa na sutura Trocar as luvas e o material cirúrgico após terminar a sutura da alça Lavar a cavidade som solução fisiológica ou Ringer aquecido Cobrir a sutura com omento Fechar a laparotomia
12 AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE DAS ALÇAS Comprometimento vascular por oclusão venosa (torção, corpo estranho, intussuscepção); arterial (trombose) ou lesão arteriovenosa (avulsão) Critério de avaliação: cor, pulsação arterial, peristaltismo, textura da parede e sangramento na incisão
13 AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE DAS ALÇAS Lesão arterial: mais difícil Peristaltismo: critério mais confiável Fluoresceína ao utilizado na rotina Na dúvida, cortar a mais
14 AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE DAS ALÇAS
15 AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE DAS ALÇAS
16 ESCOLHA DA SUTURA Absorvíveis sintéticos multifilamentados poliglactina 910 (Vicryl), poliglicólico (Dexon, Safil) Boa segurança no nó e fácil manuseio Podem abrigar bactérias e cortar a alça Absorvíveis sintéticos monofilamentados poliglecaprona (Monocryl), polidioxanona (PDS), poligluconato (Maxon) Fios de escolha
17 ESCOLHA DA SUTURA Inabsorvíveis nylon, polipropileno Animais debilitados Catgut não é recomendado; perde tensão rapidamente na presença de colagenase e é rapidamente fagocitado em tecido infectado Produz reação inflamatória intensa - estenose Inabosrvíveis multifilamentados (algodão, seda) abrigam bactérias e produzem reação granulomatosa Usar fios agulhados, calibre 2-0 a 4-0 Pontos separados por 2 a 4 mm, afastados 2 a 3 mm da borda
18 ANTIBIOTICOTERAPIA Indicações Ressecção extensa com possibilidade de derramamento de conteúdo Obstrução com supercrescimento bacteriano Presença de tecido desvitalizado Pacientes debilitados Colo grande população de anaeróbios Mais utilizados: cefazolina (20 mg/kg, IV), amoxicilina + clavulanato (20 mg/kg, IV), metronidazol (15-20 mg/kg, IV)
19 ENTEROTOMIA INDICAÇÕES Retirada de fragmento para biopsia Corpo estranho
20 ENTEROTOMIA TÉCNICA Isolamento da alça Separar o conteúdo Incisão longitudinal borda antimesentérica Corpo estranho região de aspecto viável, distal ao objeto Sutura longitudinal ou transversal, PSS
21 ENTEROTOMIA
22 ENTEROTOMIA
23 ENTEROTOMIA
24 ENTEROTOMIA
25 ENTEROTOMIA
26 ENTEROTOMIA
27 ENTEROTOMIA
28 ENTEROTOMIA
29 ENTEROTOMIA
30 ENTERECTOMIA E ANASTOMOSE INDICAÇÕES Remoção de tecido isquêmico ou necrótico Neoplasias Intussuscepção
31 ENTERECTOMIA E ANASTOMOSE TIPOS DE ANASTOMOSE Término-terminal Término-lateral Látero-lateral
32 ENTERECTOMIA E ANASTOMOSE TIPOS DE SUTURA A INVERSÃO OU INVAGINANTE Cushing, Lembert, Parker-Kerr Produz compressão dos vasos e redução do fluxo à parte invertida edema necrose Maior resistência a tensão nas primeiras 24 horas Menor percentual de falha Causa maior estenose e fibrose pós-cicatricial
33 SUTURA DE INVERSÃO OU INVAGINANTE
34 ENTERECTOMIA E ANASTOMOSE TIPOS DE SUTURA B EVERSÃO Tentativa de minimizar o risco de necrose Aumenta a ocorrência de inflamação e retarda a normalização do fluxo sanguíneo Produz aderências (exposição da mucosa) Pode provocar estenose
35 SUTURA DE EVERSÃO
36 ENTERECTOMIA E ANASTOMOSE TIPOS DE SUTURA C APROXIMAÇÃO / APOSIÇÃO Permite realinhamento das camadas intestinais, acelerando a cicatrização Fácil realização Resistência igual à invaginante após 24 horas Permite regeneração rápida da mucosa, reduz a deposição de tecido fibroso e menor inflamação Reduz a formação de aderências e estenose
37 SUTURA DE APROXIMAÇÃO / APOSIÇÃO
38 ENTERECTOMIA E ANASTOMOSE TÉCNICA Identificação e isolamento da alça Avaliar a viabilidade da alça Isolar o conteúdo duas pinças traumáticas e duas atraumáticas Ligar os vasos correspondentes ao segmento ressecado
39 ENTERECTOMIA E ANASTOMOSE
40 ENTERECTOMIA E ANASTOMOSE TÉCNICA Cortar entre as pinças Excisar o excesso de mucosa Aproximar as bordas Iniciar a sutura na borda mesentérica (PSS) Suturar a falha no mesentério (chuleio simples)
41 ENTERECTOMIA E ANASTOMOSE
42 ENTERECTOMIA E ANASTOMOSE
43 ENTERECTOMIA E ANASTOMOSE CORREÇÃO DE DISPARIDADES ENTRE AS BOCAS DA ANASTOMOSE Incisão longitudinal Fechamento parcial da boca maior
44 ENTERECTOMIA E ANASTOMOSE
45 ENTERECTOMIA E ANASTOMOSE
46 COLOPEXIA INDICAÇÕES Fixação do colo à parede abdominal Prolapso retal recidivante TÉCNICA Localizar e isolar o colo descendente Reduzir o prolapso Criar uma incisão longitudinal seromuscular no colo e uma semelhante na parede abdominal Suturar as bordas
47 COLECTOMIA SUBTOTAL INDICAÇÕES Megacolon TÉCNICA Semelhante à descrita para ressecção e anastomose Manter a válvula ileocecocólica reduz a contaminação
48 TIFLECTOMIA INDICAÇÕES Impactação cecal Inversão cecal TÉCNICA Localização e isolamento do ceco Colocar duas pinças atraumáticas uma no ceco e outra na altura do intestino Cortar entre as pinças Sutura de Parker-Kerr
49 PRINCIPAIS PATOLOGIAS INTESTINAIS Corpo estranho / CE linear Torção mesentérica Intussuscepção Trauma Avulsão Esmagamento / contusão Laceração
50 Intussuscepção
51 Corpo estranho
52 PRINCIPAIS PATOLOGIAS INTESTINAIS Neoplasias Linfoma Carcinomas Megacolon
53 Linfoma intestinal
54 Linfoma intestinal
55 DOENÇAS INTESTINAIS SINTOMATOLOGIA Vômitos Diarréia / obstipação Abdome distendido Dor à palpação Sintomas inespecíficos letargia, anorexia, prostração
56 DOENÇAS INTESTINAIS DIAGNÓSTICO Histórico / anamnese Ultra-sonografia Radiografia Simples Contrastada (sulfato de bário)
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60 COMPLICAÇÕES DA CIRURGIA INTESTINAL Falha na sutura Deiscência Ileus Perfuração
61 COMPLICAÇÕES DA CIRURGIA INTESTINAL Peritonite Choque Estenose Síndrome do intestino curto Morte
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