AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE ÁLCOOL E DROGAS ENTRE ADOLESCENTES ACADÊMICOS DO CURSO DE ENFERMAGEM DE UMA UNIVERSIDADE DO CEARÁ
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- Benedicto de Paiva Farinha
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1 1 AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE ÁLCOOL E DROGAS ENTRE ADOLESCENTES ACADÊMICOS DO CURSO DE ENFERMAGEM DE UMA UNIVERSIDADE DO CEARÁ Assessment of alcohol and drugs use among adolescents students of Nursing at a private university in Fortaleza, Ceará Título resumido: Consumo de álcool e drogas entre acadêmicos de Enfermagem Eixo norteador: Educação e trabalho em saúde Trabalho originado de um projeto de pesquisa aprovado no Edital Universal CNPq Artigo Original Natália Bitar da Cunha Olegario- Graduada em Fisioterapia, mestranda em Saúde Coletiva- Universidade de Fortaleza Ana Maria Fontenelle Catrib- Pós- Doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Campinas- Universidade de Fortaleza Raimunda Magalhães da Silva- Pós- Doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Campinas- Universidade de Fortaleza Nelson Filice de Barros- Pós- Doutorado em Saúde Coletiva- Universidade Estadual de Campinas
2 2 RESUMO O presente estudo teve como objetivo avaliar o consumo de álcool e drogas entre adolescentes acadêmicos do curso de Enfermagem de uma universidade particular do município de Fortaleza- Ceará. Foi realizado um estudo transversal de abordagem quantitativa no período de janeiro a junho de 2013 com 26 acadêmicos do curso de Enfermagem. Os participantes responderam um questionário previamente elaborado pelos pesquisadores e foram analisadas as seguintes variáveis: sexo, idade, raça, estado civil, religião, faixa de renda familiar, consumo de álcool, tabaco ou droga ilícita, consumo de álcool, tabaco ou droga ilícita por familiares e participação em atividades de prevenção de consumo de álcool e droga na universidade. A maior parte dos estudantes afirmou ser católica e ter renda familiar entre 2-5 salários mínimos. Apenas um acadêmico afirmou ter feito uso de álcool em algum momento da vida acadêmica e nenhum dos participantes afirmou ter feito uso de tabaco ou outros tipos de drogas. Todos os alunos afirmaram nunca ter participado de atividades de prevenção ao consumo de álcool e drogas na universidade. Conclui-se que houve baixa prevalência de consumo de álcool e outras drogas por alunos ingressos no curso de Enfermagem de uma universidade particular em Fortaleza- Ceará. Descritores: Educação em Enfermagem. Comportamento do Adolescente. Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias ABSTRACT The aim of the study was to evaluate the consumption of alcohol and the use of drugs among the students of the nursing course of a private university in Fortleza-Ceará. The cross-
3 3 sectional study, whose approach was quantitative, was carried out from January to June 2013 and involved 26 students of the nursing course. The students filled in a questionnaire, which was previously elaborated by the researchers concerning the following variables: genre, age, race, marital status, religion, family income, consumption of alcohol, tobacco or illegal drugs by the own students or their family members as well as participation in projects related to the prevention of the use of alcohol or drugs at the university. The survey reported that the most of the students are catholic and their family income is 2-3 times the minimum wage. Furthermore only one student admitted to have used tobacco or any type of drugs and no students have participated in projects related to the prevention of the use of alcohol or drugs at the university. Based on the study, it can be stated that there is a low prevalence of the use of alcohol or other drugs among the students of the nursing course of a private university in Fortaleza-Ceará. Key Words: Education Nursing. Adolescent Behavior. Substance- Related Disorders. INTRODUÇÃO A sociedade moderna está exposta a diversas situações de risco que prejudicam a saúde, os seus relacionamentos familiares, sociais e sua qualidade de vida. Dentre os vários fatores agressores destaca-se a droga-dependência, cujas consequências e prejuízos não se restringem apenas ao usuário, abrangem também os diversos segmentos sociais. As drogas são motivo de preocupação mundial devido aos inúmeros riscos à saúde (1). O termo droga se refere a qualquer substância com potencial de alterar o funcionamento de um indivíduo, em função de mudanças fisiológicas e de comportamento. Àquelas que alteram o funcionamento psíquico são denominadas de drogas psicotrópicas.
4 4 Estas atuam no cérebro e provocam alterações de pensamento, sentimento e comportamento, diferentes para cada tipo de droga (1). Recentemente, foi realizada uma pesquisa cuja temática gerou o I Levantamento Nacional sobre o Uso de Álcool, Tabaco e outras Drogas entre Universitários, conduzido em 27 capitais brasileiras. Particularmente, em relação à prática do bringe drinking (consumo excessivo de álcool num curto período de tempo), o levantamento nacional identificou prevalência de 43,7% para os homens e 29,0% para as mulheres (2). O consumo excessivo do álcool, tanto em países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, tem alcançado grandes proporções e está associado a uma série de consequências adversas (3). Os desfechos negativos do uso abusivo de bebidas alcoólicas incluem desde alterações do humor até doenças cardiovasculares, doenças neurodegenerativas, gastrointestinais, hepáticas e mentais (4,5). É certo que o consumo de bebidas alcoólicas em grandes quantidades contribui de forma significativa na etiologia e manutenção de vários problemas sociais, econômicos e de saúde registrados no país, e alguns estudos mostram que o seu uso tem início cada vez mais precoce (6,7). O consumo abusivo, mesmo ocasional, do álcool entre os jovens tem o potencial de representar um importante problema de saúde pública, e essa é uma situação que inclui também os universitários. Alguns autores consideram esse grupo da população particularmente vulnerável ao consumo de bebidas alcoólicas, seja pelas características da vida social ou pelas dificuldades e estresse enfrentados nas universidades (8,9). A universidade representa um período de transição da adolescência para a vida adulta fazendo com que este seja uma fase de vulnerabilidade, o que pode aumentar o consumo de álcool e o uso de outras drogas (10,11).
5 5 Conforme Picolotto e colaboradores (12), do ponto de vista psicossocial, o processo de crescimento e desenvolvimento desse jovem parece estar sendo fragilizado em decorrência das pressões impostas pela adaptação a um novo estilo de vida. Esse estilo requer novos padrões comportamentais com novos papéis, podendo gerar estresse, frustrações e perdas de projetos de vida. Estas características fazem da adolescência um período de grande exposição ao uso de substâncias psicoativas, já que estas podem parecer oferecer aos adolescentes algumas soluções para o que eles procuram (13). O conhecimento sobre os efeitos adversos das drogas e do álcool, obtido nas disciplinas curriculares, parece não ter sido suficiente para modificar esse comportamento em relação ao uso dessas substâncias, estabelecendo-se, dessa forma, a contradição com a formação profissional direcionada à saúde e à promoção de estilos de vida saudáveis. A ambiguidade entre seu modo de agir e a necessidade de desenvolver ações de prevenção ao uso de drogas expõe o acadêmico ao risco de diminuir a sua credibilidade enquanto profissional de saúde (12). Para os universitários das áreas de ciências biológicas e da saúde, os estudos acerca desse tema são particularmente importantes (14,15). São eles que, no futuro, em suas atividades profissionais, deverão orientar e aconselhar seus clientes para a adoção de hábitos saudáveis (16). Assim, há a necessidade de se considerar a especificidade do padrão de consumo de bebidas alcoólicas dessa população para a elaboração e implantação de programas específicos de intervenção e prevenção (17). É fundamental que as atividades de promoção da saúde que abordem essa temática sejam desenvolvidas sedimentadas em dados reais, que reflitam a realidade e auxiliem na identificação de intervenções efetivas (18).
6 6 Dentro desse contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar o consumo de álcool e drogas entre adolescentes acadêmicos do curso de Enfermagem de uma universidade particular do município de Fortaleza- Ceará. MÉTODOS Foi realizado um estudo transversal de abordagem quantitativa no período de janeiro a junho de A população do estudo foi composta por acadêmicos do curso de Enfermagem de uma universidade particular do município de Fortaleza- Ceará. O estudo respeitou os preceitos éticos que regem as pesquisas em seres humanos conforme as normas da Resolução n.º 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (19), sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Fortaleza com o parecer de número 292/11 e todos os pacientes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Foram inclusos na pesquisa, acadêmicos do curso de Enfermagem, regularmente matriculados no segundo ano do curso, com até 19 anos de idade, independente do sexo. Os participantes responderam a um questionário previamente elaborado pelos pesquisadores e foram analisadas as seguintes variáveis: sexo, idade, raça, estado civil, religião, faixa de renda familiar, consumo de álcool, tabaco ou droga ilícita, consumo de álcool, tabaco ou droga ilícita por familiares e participação em atividades de prevenção de consumo de álcool e droga na universidade. Os dados obtidos foram analisados pelo programa estatístico SPSS, versão 13.0, utilizando-se para as variáveis numéricas média, desvio padrão e percentual. Nas variáveis categóricas foi utilizado o teste qui-quadrado. RESULTADOS
7 7 Participaram do estudo 26 acadêmicos com idade média de 18,2 anos, sendo 25 do sexo masculino. Quanto a raça/cor 61,5% afirmaram ser brancos, 34,6% mulatos/pardos e 3,8% amarelos (Tabela 1). A maior parte dos estudantes afirmou ser católica (88,5%) e ter renda familiar entre 2-5 salários mínimos (55,7%) (Tabela 1). Apenas um acadêmico afirmou ter feito uso de álcool em algum momento da vida acadêmica e nenhum dos participantes afirmou ter feito uso de tabaco ou outros tipos de drogas. Quanto ao consumo de álcool e drogas pelos pais, 12 alunos afirmam que estes o fazem, havendo maior prevalência no consumo do álcool (75%), seguido por uso do tabaco (16,7%) e medicamentos (8,3%). Quando questionados sobre as mães, apenas 8 alunos afirmaram que estas fazem uso de algum tipo de droga, sendo também predominante o consumo de álcool (62,5%), seguido pelo tabaco (12,5%). Observa-se, entretanto um maior consumo de medicamentos entre estas quando comparadas aos pais (Tabela 2). Todos os alunos afirmaram nunca ter participado de atividades de prevenção ao consumo de álcool e drogas na universidade. DISCUSSÃO O presente estudo aponta baixo consumo de álcool e drogas pelos acadêmicos do curso de Enfermagem de uma universidade particular do município de Fortaleza- Ceará, entretanto as repercussões do consumo de álcool e drogas por jovens no Brasil representam uma importante preocupação social e questão de saúde pública. Tal fato é evidente em pesquisas realizadas pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID), que mostra que 73,2% dos jovens entre 18 e 24 anos já
8 8 fizeram uso de bebidas alcoólicas alguma vez na vida e 15,5% apresentam sintomas de dependência. O levantamento domiciliar também apresentou informações de que o álcool é a substância psicoativa mais consumida entre os jovens (20). Entre estudantes universitários, as bebidas alcoólicas vêm sendo apontadas na literatura como a substância de maior consumo (21,22). O baixo consumo de álcool encontrado no presente estudo representa um resultado positivo que pode estar relacionado à cultura de saúde envolvida no curso de Enfermagem, porém também se deve considerar o número restrito de estudantes na faixa etária escolhida e possível omissão dos mesmos quanto ao consumo de álcool e outras drogas. O uso e a dependência de álcool é um fenômeno complexo e determinado por fatores genéticos, psicológicos e sociais. Estudos realizados em diferentes contextos socioculturais demonstram que na população de estudantes adolescentes e jovens o índice de consumo de álcool é significativo (20). Dados estatísticos demonstram que, no Brasil, o álcool é responsável por 47% dos acidentes de trânsito (principal causa de morte entre jovens), 41% dos homicídios e por um número expressivo de assassinatos, brigas e suicídios (22). Outros apontamentos estatísticos indicam que aproximadamente 84% dos brasileiros fazem uso ocasional de bebida alcoólica; 21% a consomem diariamente e 19% têm uma embriaguez alcoólica semanal (23). Estudo realizado em uma faculdade do Ceará mostrou que o álcool acarreta inúmeros problemas nas atividades acadêmicas, tais como notória falta de atenção, ausência, atrasos, saídas antecipadas das aulas, reclamações e sono durante as aulas. Os acadêmicos relatam que encontram disposição para beber nos fins de semana, após as provas e finais das aulas (21). Há inúmeras razões para que uma pessoa ingira qualquer tipo de bebida alcoólica: em momentos de alegria, tristeza, festas, estresse emocional, relaxamento físico e mental, ou
9 9 qualquer razão que seja suficiente para justificar o consumo dessa substância, considerada acessível a quem quer que seja principalmente no que diz respeito ao seu baixo custo (24). O excesso de álcool no organismo acarreta vários distúrbios fisiológicos tais como gastrite, pancreatite, hepatite, hipertensão, fraqueza em membros inferiores, quedas frequentes, convulsões e tremores matinais; distúrbios psicológicos como irritabilidade, nervosismo, insônia, falta de concentração, prejuízo de memória; além de problemas sociais como perda da produtividade, falta no trabalho, uso de violência com amigos e familiares, perda de responsabilidades, entre outros (25). A prevalência mundial do consumo de substâncias psicoativas está aumentando (26). No Brasil, onde 35 milhões de pessoas têm menos de 30 anos, os problemas relacionados ao consumo de substâncias psicoativas podem ser preocupantes (27). Com relação ao abuso e a dependência de drogas, estas ameaçam os valores políticos, econômicos e sociais. Além de contribuir para o crescimento dos gastos com tratamento médico e internação hospitalar, eleva os índices de acidente de trânsito, de violência urbana e de mortes prematuras (28). Nos resultados encontrados no presente estudo todos os participantes afirmaram serem adeptos à religião católica, protestante ou espírita, podendo a religião ser um fator preditivo à proteção ao uso de drogas na população dos alunos estudados. Borini et. al. (29) verificou que há menor consumo de álcool (incluindo bebedores discretos, moderados e excessivos) entre os protestantes (50%) em relação aos espíritas (75%), católicos (75%) e ateus (94,5%). Não se detectou bebedores excessivos entre os espíritas e os protestantes. Miller et. al. (30) também observaram que há associação entre pertencer a grupos religiosos mais conservadores (como os protestantes) e utilizar e ter menos dependência de álcool e outras drogas entre os adolescentes americanos.
10 10 Carlini-Cotrin et. al. (28) observaram que os alunos da rede particular de ensino de São Paulo relataram significativamente maior uso de cigarro, álcool, inalantes e maconha no período recente do que os alunos da rede estadual de ensino da mesma idade. Baus et. al. (31) observaram que a classe socioeconômica alta foi associada a um risco duas vezes maior do uso de álcool do que a classe baixa entre alunos de escolas públicas de primeiro e segundo grau. Grande parte dos estudantes participantes da pesquisa (55,7% ) possuíam renda familiar média de dois até cinco salários mínimos, portanto, sendo minoria aqueles com renda familiar alta o que pode ter contribuído para o baixo consumo de álcool e drogas encontrados. No presente estudo 75% dos alunos relatam consumo de álcool pelos pais e 62,5% pelas mães, estas também citadas por 25% dos alunos como usuárias de algum tipo de medicamento. A influência familiar é também considerada como um fator protetor ou promotor do consumo de substâncias psicoativas pelos filhos. Conforme Chiapetti (33) e Kazdin (34), a estrutura e a dinâmica familiar inadequada destacam-se, particularmente durante a pré-adolescência e adolescência, faixa etária estudada na presente pesquisa, no incremento da vulnerabilidade do sujeito ao desenvolvimento de comportamentos de risco, tais como o uso de substâncias psicoativas. De forma complementar, Baus, Kupek e Pires (31) consideram que adolescentes de pais consumidores pesados ou dependentes de substâncias psicoativas tendem a adotar o mesmo comportamento. O envolvimento dos filhos no consumo de substâncias dos pais (buscar uma taça para colocar vinho, trazer uma caixa de fósforos para acender o cigarro ou comprar um maço de cigarros no bar) também é considerado fator de risco proporcionado pela família. Por outro lado, adolescentes cujos pais oferecem diretrizes claras, e ao mesmo tempo encorajam seus filhos a assumirem certos riscos e exercerem sua liberdade, levando em conta o que a idade
11 11 deles comporta, de alguma maneira está mais protegida de comportamentos de risco, incluindo o uso de substâncias (35). Alguns autores afirmam ainda que a realização de estudos sobre o consumo de álcool e drogas pode definir medidas a serem inseridas ainda no ensino fundamental e médio com o intuito de minimizar o percentual de consumo e de uso abusivo de bebidas alcoólicas entre universitários (16). Nenhum dos alunos afirmou ter participado de qualquer atividade de prevenção ao consumo de álcool e drogas, porém a universidade, assim como a escola, é um ambiente de convivência e de intensas interações sociais, apresentando-se, assim, como um terreno fértil para a implementação das propostas, estratégias e ações que envolvem a Promoção da Saúde (32). CONCLUSÃO Conclui-se que houve baixa prevalência de consumo de álcool e outras drogas por alunos ingressos no curso de Enfermagem de uma universidade particular em Fortaleza- Ceará. Diante do exposto, entretanto, percebe-se que se trata de um grupo da população particularmente vulnerável ao consumo álcool e drogas, sendo essencial o reconhecimento da universidade como campo favorável à promoção da saúde e ideal para a implementação de ações educativas. REFERÊNCIAS 1. Domingos NAM, Domingos JCV. Levantamento sobre o uso de álcool e drogas em universitários. Rev. bras.ter. cogn., v.1, n.1, Rio de Janeiro, jun
12 12 2. Brasil. Presidência da República. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. I Levantamento Nacional sobre o Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas entre Universitários das 27 Capitais Brasileiras/Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas; GREA/IPQ- HCFMUSP. Org: Andrade AG, Duarte PCAV, Oliveira LG. Brasília: SENAD; Kuntsche E, Rehm J, Gmel G. Characteristics of binge drinkers in Europe. Soc Sci Med. 2004;59: World Health Organization. WHO Global Status Report on Alcohol. Department of Mental Health and Substance Abuse. Geneva: World Health Organization; Heckmann W, Silveira CM. Dependência do álcool: aspectos clínicos e diagnósticos. In: Andrade AG, Anthony JC, Silveira CM. Álcool e suas consequências: uma abordagem multiconceitual. Barueri (SP): Minha Editora; p Nunes JM, Campolina LR, Vieira MA, Caldeira, AP. Consumo de bebidas alcoólicas e prática do binge drinking entre acadêmicos da área da saúde. Rev Psiq Clín. 2012;39(3): Pinsky I, Sanches M, Zaleski M, Laranjeira R, Caetano R. Patterns of alcohol use among Brazilian adolescents. Rev Bras Psiquiatr. 2010;32: Pillon SC, Corradi CMW. Teste de identi.cação de problemas relacionados ao uso de álcool entre estudantes universitários. Rev Enferm UERJ. 2006;14:
13 13 9. Wagner GA, Andrade AG. Uso de álcool, tabaco e outras drogas entre estudantes universitários brasileiros. Rev Psiq Clín. 2008;35(Supl 1): Ham, L.S; Hope, D.A. (2003). College students and problematic drinking: A review of the literature. Clinical Psychology Review, 23, Park, C.L; Grant, C. (2005). Determinants of positive and negative consequences of alcohol consumption in college students: alcohol use, gender e psychological characteristics. Addictive Behaviors, 30, Picolotto E, Libardoni LFC, Migott AMB, Geib LTC. Prevalência e fatores associados com o consumo de substâncias psicoativas por acadêmicos de enfermagem da Universidade de Passo Fundo. Ciência & Saúde Coletiva, 2010;15(3): Corradi-Webster CM, Esper LH, Pillon SC. A enfermagem e a prevenção do uso indevido de drogas entre adolescentes. Acta Paul Enferm, 2009; 22(3): Oliveira DAG, Soares VCG, Benassi Jr M. O consumo de bebidas alcoólicas entre estudantes universitárias e o conhecimento dos riscos entre seu uso combinado com contraceptivos orais. Rev Inst Ciênc Saúde, 2009; 27: Chiapetti N, Serbena CA. Uso de álcool, tabaco e drogas por estudantes da área de saúde de uma universidade de Curitiba. Psicol Re"ex Crit. 2006;20:
14 Colares V, Franca C, Gonzalez E. Condutas de saúde entre universitários: diferenças entre gêneros. Cad Saude Publica, 2009;25: Rios PAA, Matos AM, Fernandes MH, Barbosa AR. Consumo e uso abusivo de bebidas alcoólicas em estudantes universitários do município de Jequié/BA. Rev Saúde Com. 2008; 4: Cavalcante MBPT, Alves MDS, Barroso MGT. Adolescência, álcool e drogas: promoção da saúde. Esc Anna Nery Rev Enferm, 2008;12: Conselho Nacional de Saúde (Brasil). Resolução n. 196, de 10 de outubro de Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União 16 out 1996; Seção Vaillant GE. A história natural do alcoolismo revisitada. Porto Alegre: Artes Médicas; Fonseca AG. Drogas: não caia nessa! 6ª ed. Aparecida (SP): Santuário; Cotrin BC. Drogas: Mitos e Verdades. 7ª ed. São Paulo: Ática; Vaissman M. Alcoolismo no trabalho. Rio de Janeiro: Fiocruz; Gikovate, F. Drogas: opção de perdedor. São Paulo (SP): Moderna; 1992.
15 Laranjeira R, Pinsky I, Sanches M, Zaleski M, Caetano R. Alcohol use patterns among Brazilian adults. Rev Bras Psiquiatr. 2010;32: United Nations Office on Drugs and Crime - UNODC. Global illicit drug trends New York (NY): United Nations; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Projeção da população do Brasil por sexo e idade para o período de : revisão Rio de Janeiro; Carlini-Cotrim B, Gazal-Carvalho C, Gouveia N. Comportamento de saúde entre jovens estudantes das redes pública e privada da área metropolitana do estado de São Paulo. Rev Saúde Pública, 2000; 34(6): Borini P, Oliveira CM, Martins MG, Guimarães RC. Padrão de uso de bebidas alcoólicas de estudantes de medicina (Marília, São Paulo): parte 1. J Bras Psiquiatr. 1994; 43(2): Miller L, Davies M, Greenwald S. Religiosity and substance use and abuse among adolescents in the national comorbity survey. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry. 2000;39(9): Baus, J, Kupek, E, & Pires, M. Prevalência e fatores de risco relacionados ao uso de drogas entre escolares. Revista de Saúde Pública, 2002; 36(1),
16 Catrib AMF, Moura JBV, Leal VCLV, Batista MH, Amorim, RF. Promoção da Saúde no Contexto da Estratégia Saúde da Família. Campinas, SP: Saberes Editora, 2011, pp Chiapetti, N. Comportamento de risco em pré-adolescentes institucionalizados. Tese de Doutorado não-publicada, Curso de Pós-graduação em Psicologia Clínica, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, SP, Kazdin, A. E. Adolescent mental health: Prevention and treatment programs. American Psychologist, 1993; 48(2), Jessor, R. Successful adolescent development among youth in high-risk settings. American Psychologist, 1993; 48(2), Agradecimentos Ao CNPq pelo apoio financeiro da pesquisa.
17 17 Tabela 1: Análise das variáveis idade, gênero, raça, estado civil, religião e faixa de renda familiar de 26 acadêmicos do curso de Enfermagem de uma universidade particular, Fortaleza, Ceará, Variável n=26 Idade (anos) 18,2 (17-19) Gênero (M/F) 1/25 Raça Branco (n/%) 16/61,5% Mulato/Pardo (n/%) 9/34,6% Amarelo (n/%) 1/3,8% Estado civil Solteiro (n/%) 26/100% Religião Católica 23/88,5% Protestante 1/3,8% Espírita 2/7,6% Faixa de renda familiar
18 SM (n/%) 15/55,7% 5-8 SM (n/%) 7/26,9% 8-11 SM (n/%) 3/11,5% SM (n/%) 1/3,8% M= masculino; F= Feminino; n= número de indivíduos; %= percentual; SM= salários/mínimo Tabela 2: Análise do consumo de álcool, tabaco e outras drogas por pais, mães e acadêmicos do curso de Enfermagem de uma universidade particular, assim como participação em atividades de prevenção ao consumo e álcool e drogas, Fortaleza, Ceará, Variável n % Consumo de álcool - aluno (S/N) 1/25 - Consumo de tabaco - aluno (S/N) 0/26 - Consumo de outras drogas - aluno (S/N) 0/26 - Consumo de drogas pai (S/N) 12/14 - Álcool 9 75 Tabaco 2 16,7 Medicamento 1 8,3 Consumo de drogas mãe (S/N) 8/18 - Álcool 5 62,5 Tabaco 1 12,5 Medicamento 2 25
19 Participação em APCAD 0 0 S= sim; N= não; n= número de indivíduos; APCAD= atividade de prevenção de álcool e drogas; %= percentual. 19
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