MOTIVAÇÃO PARA USO DE DROGAS NA PERCEPÇÃO DO ADOLESCENTE EM TRATAMENTO PARA DEPENDÊNCIA QUÍMICA 1. Aida Mulinari 2 Silvia Dutra Pinheiro 3

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1 MOTIVAÇÃO PARA USO DE DROGAS NA PERCEPÇÃO DO ADOLESCENTE EM TRATAMENTO PARA DEPENDÊNCIA QUÍMICA 1 Aida Mulinari 2 Silvia Dutra Pinheiro 3 RESUMO O consumo de drogas vem aumentando consideravelmente entre a população brasileira e com iniciação cada vez mais precoce, entre jovens e adolescentes. O uso de drogas é um fenômeno bastante antigo na história da humanidade e constitui um grave problema de saúde pública, com sérias consequências pessoais e sociais, no futuro dos jovens e de toda a sociedade (MARQUES e CRUZ, 2000). Considerando esta realidade, o objetivo deste estudo foi conhecer, na percepção do próprio adolescente dependente químico, os motivos que o levaram a usar drogas. Participaram deste estudo dez adolescentes, dependentes químicos, em tratamento em comunidades terapêuticas, localizadas em municípios do Rio Grande do Sul, todos do sexo masculino, com idade entre doze e dezoito anos. Foram feitas entrevistas semiestruturadas, gravadas, transcritas e analisadas, através do método de Análise de conteúdo de Bardin. Os principais resultados evidenciaram que os adolescentes recorrem ao experimento das drogas, na maioria das vezes, pela curiosidade sobre a substância, e por estarem vulneráveis a vários aspectos, entre eles a negligência dos familiares, a própria fase de vida pela qual estão passando, que é um momento crítico de incertezas, além da influência dos grupos sociais, nos quais o adolescente está inserido. Palavras-chave: Adolescência. Drogas. Dependência química. INTRODUÇÃO A dependência química vem se tornando, cada vez mais, um paradigma para os pais, professores, profissionais da saúde e para toda a sociedade, com um considerável impacto social, econômico e para a saúde. Várias pesquisas apontam para o crescente uso de drogas entre crianças e adolescentes, não destacando, porém, os motivos que os levaram a usar drogas, o que se pode comprovar nos estudos trazidos a seguir. Pesquisa realizada pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas em 2005 (BRASIL, 2010) relata que, a cada 100 brasileiros, aproximadamente 09 já havia usado maconha, pelo menos uma vez na vida. O consumo maior concentra-se entre os jovens adultos, sendo que destes, 4,1% eram adolescentes entre 12 e 17 anos (DUARTE, STEMPLIUK e BARROSO, 2009). 1 Artigo de pesquisa apresentado ao Curso de Psicologia das Faculdades Integradas de Taquara, como requisito parcial para aprovação na disciplina Trabalho de Conclusão II. 2 Acadêmica do Curso de Psicologia da FACCAT. aidamulinari@pop.com.br 3 Psicóloga, Mestre em Psicologia Clínica (PUCRS), docente do Curso de Psicologia da FACCAT e orientadora do Trabalho de Conclusão. silviap12@yahoo.com.br 1

2 Estudos mostram que 90% dos atuais fumantes começaram o hábito na adolescência, com a intenção de fumar só alguns cigarros e parar quando quisessem. Entretanto, 85% destes continuam fumando diariamente. O tabagismo é considerado uma pandemia, sendo a maior causa de morte evitável no mundo. A consequência do consumo dos produtos de tabaco é tão grave que o número de mortes, por doenças relacionadas, é maior do que os óbitos por HIV, malária, tuberculose, alcoolismo, causas maternas, homicídios e suicídios combinados, sendo responsável por um em cada 10 óbitos (DIEHL et al., 2011; OMS, 2003 apud BRASIL, 2010). Cerca de 6% dos brasileiros já inalaram algum tipo de solvente ou inalante. São os inalantes muito usados entre crianças e adolescentes em situação de rua, enquanto jovens adultos tendem a usá-los na forma de lança-perfume ou loló (DUARTE, STEMPLIUK e BARROSO, 2009). Segundo informações do Sistema Único de Saúde SUS, no período de 2001 a 2007, houve internações, decorrentes do uso de drogas no Brasil, sendo que 3,6% foram de indivíduos na faixa etária entre 15 e 19 anos e 0,6% na faixa etária de 10 a 14 anos. No mesmo período, o Sistema de Informações de Mortalidade SIM, vinculado à Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, diz que os transtornos mentais e comportamentais, devido ao uso de álcool, são responsáveis por, aproximadamente, 90% dos casos de mortes, associados ao uso de drogas, seguidos de 6% pelo uso de tabaco, 0,7% de múltiplas drogas e 0,4% de cocaína (DATASUS, 2011). Conforme refere Outeiral (2008), as drogas sempre existiram e o ser humano sempre fez uso delas. Interessa entender este problema, no entanto, e encontrar soluções, já que o mesmo tornou-se, nos dias atuais, uma grave doença dos indivíduos e da sociedade, e que atinge especialmente os jovens. Considerando o que foi exposto, a presente pesquisa teve por finalidade conhecer os motivos da experimentação da droga, pelos adolescentes dependentes químicos em tratamento, os seus projetos de vida, os critérios avaliados antes do uso da droga e a percepção da própria vida antes e depois da droga. Espera-se, através deste estudo, oferecer dados que possam contribuir para a sociedade em geral, na redução de vulnerabilidades, associadas aos fatores culturais, sociais, políticos, econômicos e biológicos. Auxiliar a comunidade científica, em estudos de estratégias de prevenção a serem inseridas nas escolas e grupos comunitários, promovendo a saúde, a prevenção dos riscos e danos relacionados ao uso de substâncias psicoativas, o que torna esta pesquisa relevante social e cientificamente. 2

3 A partir disso, este estudo teve como problema de pesquisa a seguinte pergunta: Quais os motivos que levam o adolescente a usar drogas, na percepção do próprio adolescente dependente químico? A fim de dar sustentação teórica, aos questionamentos oriundos desta pesquisa, serão trazidos como embasamento teórico três assuntos prioritários, que ajudarão a fundamentar a necessidade e a importância desta investigação: dependência química, drogas e adolescência. 1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.1 Dependência química Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-IV-TR (APA, 2002), a característica primordial da dependência de substâncias corresponde à presença de um conjunto de sintomas cognitivos, comportamentais e fisiológicos, que evidenciam o indivíduo a continuar a utilização de uma determinada substância, apesar dos problemas significativos relacionados à mesma tanto em termos de saúde, quanto em termos pessoais e sociais. Sendo assim, existe um padrão de auto-administração repetida, que geralmente resulta em tolerância, abstinência e comportamento compulsivo de consumo da droga. Após algum tempo de uso de uma determinada substância, o usuário adquire tolerância com relação a ela, o que significa que seu corpo precisa dela cada vez mais e em doses maiores, para produzir o mesmo efeito, pois existe uma readaptação cerebral ao estímulo constante da droga. Na verdade, o cérebro procura manter, sempre, certo equilíbrio e tenta readaptar-se após a exposição à droga o que, com a repetição do uso, torna o efeito mais rápido e passageiro, contribuindo, assim, para a manutenção da dependência e o aparecimento dos danos, causados pela mesma. Além da necessidade de buscar constantemente a droga, a dependência causa mudanças acentuadas na interação do indivíduo com seus familiares, afetando suas relações sociais e até mesmo profissionais (LARANJEIRA, 2010). Conforme definição da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2003 apud BRASIL, 2010), a dependência de droga é um estado mental e, muitas vezes, físico, que resulta na interação entre um organismo vivo e uma droga. Caracteriza-se por um comportamento que sempre inclui uma compulsão de tomar a droga para experimentar seu efeito psíquico e, às vezes, evitar o desconforto provocado por sua ausência, o que vem caracterizar a abstinência (OMS, 1974 apud GRAEFF, 1989). 3

4 As drogas apropriam-se do circuito de recompensa, estimulando sua atividade com força e persistência maiores do que qualquer recompensa natural. O sistema mesolímbico dopaminérgico (conjunto de neurônios que se originam na área tegmental ventral - ATV) é um componente essencial para o circuito de recompensa, está próximo à base de cérebro e se projeta para as regiões frontais do mesmo. Os neurônios da ATV comunicam-se pela liberação do neurotransmissor dopamina, que sai dos axônios e chega aos receptores dos neurônios do núcleo acúmbens. A via dopaminérgica entre a ATV e o núcleo acúmbens é vital para a dependência (NESTLER E MALENKA, 2004). Em mamíferos, o circuito de recompensa é mais complexo e se liga a várias regiões cerebrais, responsáveis por colorir de emoções as experiências vividas e direcionar os estímulos de recompensa. A amígdala ajuda a determinar se uma experiência foi prazerosa ou desagradável, se deve ser repetida ou evitada. O hipocampo registra a experiência na memória, incluindo onde, quando e com quem ela ocorreu; as regiões frontais do córtex cerebral coordenam e processam toda a informação, determinando o comportamento da pessoa. A via da ATV-acúmbens atua como um reostato de recompensa: diz aos outros centros cerebrais o quanto recompensadora é a atividade e, quanto mais satisfatória for esta atividade, maiores serão as probabilidades de o organismo se lembrar dela e repetir. As drogas atingem vários pontos diferentes do cérebro e, direta ou indiretamente, aumentam a quantidade de dopamina no núcleo acúmbens, provocando o vício (NELSTER e MALENKA, 2004). Atualmente, os avanços científicos na área da dependência química permitem dizer que, assim como a ação do uso prolongado de substâncias com potencial de abuso no cérebro, aspectos sociais, culturais, educacionais e comportamentais têm papel central no desenvolvimento da síndrome de dependência. Portanto, é fundamental lembrar que a droga é apenas um dos fatores da tríade que leva à dependência. Os outros dois são o indivíduo e a sociedade, onde a droga e indivíduo se encontram (DIEHL et al., 2011). 1.2 Drogas Drogas são substâncias que podem inibir, acentuar ou modificar, em parte, um comportamento passível de ocorrer no indivíduo. Dados históricos revelam que as drogas eram utilizadas pelos homens primitivos ou pelas antigas sociedades, dentro de seus rituais e como uma forma de obter contato com as entidades divinas, de uma maneira circunscrita e 4

5 como parte da atividade cultural e religiosa de suas civilizações (CAMPOS, 1987; MARQUES e CRUZ, 2000; OUTEIRAL, 2008). Segundo Outeiral (2008), o uso de drogas, na Idade Moderna ou pós-moderna, e particularmente nas últimas décadas, tem ocorrido de maneira indiscriminada e não ritualizada, muitas vezes ligada à criminalidade e de uma forma extremamente abusiva. Até a primeira década do século passado, todas as drogas conhecidas encontravam-se disponíveis em farmácias e drogarias, podendo, também, serem compradas pelo correio. A propaganda era livre e anunciava o efeito benéfico dessas substâncias. Já nos anos seguintes, na década de 20, conta o autor, que a ação das drogas sobre a saúde começou a ser melhor estudada e a proibição legal começou a ser estabelecida nos Estados Unidos, com a Lei Seca (1920), que proibia o uso de bebidas alcoólicas. Todas as drogas psicotrópicas atuam sobre o cérebro, que é o principal órgão do sistema nervoso central. Cada substância age de uma maneira diferente, e assim, quanto ao modo de ação no cérebro, as substâncias podem ser classificadas como: drogas depressoras, que são substâncias capazes de lentificar ou diminuir a atividade dos neurônios. As pessoas sob efeito de tais substâncias tornam-se sonolentas, lerdas, desatentas e desconcentradas; drogas estimulantes, que são as substâncias capazes de aumentar a atividade neuronal, acelerando o pensamento e a euforia, a atenção e a vigília. Seus usuários tornam-se ativos e ligados sob o efeito da droga e o raciocínio, muitas vezes, adquire mais velocidade e fluidez, resultando em associações mais flexíveis de conceitos, ideias e emoções; e as drogas perturbadoras, que estão relacionadas ao quadro de alucinações ou ilusões, geralmente de natureza visual. Os alucinógenos não se caracterizam por acelerar ou lentificar o sistema nervoso central; neste caso, a mudança provocada é qualitativa e o cérebro passa a funcionar fora de seu normal e sua atividade fica perturbada (NEAD, 2009; MALCHER-LOPES e RIBEIRO, 2008). Segundo o Núcleo Einstein de Álcool e Drogas, do Hospital Israelita Albert Einstein (NEAD, 2009), a palavra droga é rapidamente associada a substâncias que alteram estados da mente, proporcionando experiências de prazer, capazes de levar parte de seus usuários ao uso contínuo e à dependência. Desse modo, as drogas psicotrópicas atuam sobre o cérebro, alterando a maneira de sentir, de pensar e muitas vezes de agir. Porém, estas alterações do psiquismo não são iguais para toda e qualquer droga, pois cada substância é capaz de causar diferentes reações. A distinção entre drogas lícitas e ilícitas merece atenção, como produção mediada por conflitos simbólicos. A substância quando passa pelo controle laboratorial e pela estabilização 5

6 de efeitos desejados é legalizada. A eficácia desses testes é isolar os ativos farmacológicos como uma entidade autônoma, para além de suas interações com o sujeito e deste com o mundo. Há uma ideia de controle científico que garante o efeito e o limite do uso, referenciado pela prescrição médica. As drogas ilícitas, que passam ao largo desse controle, são consideradas potencialmente nocivas, sem interferência da existência de conhecimentos sobre seus efeitos. Nos debates públicos, a ênfase dada ao tema da dependência química é referente a drogas ilícitas, em detrimento da dependência de álcool e tabaco, que se destacam por serem as substâncias psicoativas mais usadas, com maior impacto na saúde publica e nas taxas de mortalidade associadas. As drogas lícitas, produzidas e difundidas pelas indústrias formalizadas, ganham menor discussão pública e manchetes na mídia jornalística. A chamada questão das drogas limita-se às substâncias ilícitas (DIEHL et al., 2011). Cada droga tem um perfil de dependência, e a maconha não é diferente das demais. Atualmente, ela está dez vezes mais forte do que há 30 anos e a concentração de Tetrahidrocanabinol - THC (princípio ativo da maconha) aumentou de 0,5%, na década de 60, para 5%, hoje, por isso não é tão fácil afastar-se dela, principalmente se a pessoa começou a fumar na adolescência, quando ainda era um ser em formação. Além de atuar na percepção, atenção, formação de memória e coordenação motora, os canabinoides da maconha agem diretamente nos sistemas neurais que regulam o aprendizado por reforço, seja por recompensa ou punição. Assim, o consumo crônico pode acarretar sérios problemas de motivação comportamental, especialmente em crianças e adolescentes. O uso da maconha antes dos 15 anos está relacionado ao aumento de seis vezes na taxa de evasão escolar. Este problema vem se agravando com o uso de drogas entre os garotos de 12, 13 anos, e, às vezes, até mais novos (LARANJEIRA, 2010; MALCHER-LOPES e RIBEIRO, 2008). Das várias substâncias que podem ser experimentadas, durante o período da adolescência, a cocaína é uma das que gera maiores preocupações, dada a rapidez com que pode causar dependência. A cocaína estimula o cérebro, produz euforia e provoca, aumentando a energia, a excitação sexual, levando a comportamentos sexuais de risco, causando, também, desequilíbrio emocional. Passando o efeito da cocaína, o usuário fica deprimido e irritável. O estresse é um fator que contribui para o aparecimento da fissura, fenômeno que integra o próprio conceito de dependência, comprometendo o aprendizado de comportamentos, necessários para o crescimento, direcionando-o para o consumo de droga (OBID, 2006). 6

7 1.3 A adolescência De acordo com Outeiral (2008), a adolescência é composta por três etapas, considerando-se início, meio e fim. A adolescência inicial, estimada entre 10 a 14 anos, é caracterizada, basicamente, pelas transformações corporais e alterações psíquicas, derivadas deste acontecimento. A adolescência média, que vai dos 14 aos 17 anos, tem como elemento central as questões relacionadas à sexualidade em especial, e à passagem da bissexualidade para a heterossexualidade. A adolescência final, considerada dos 17 aos 20 anos, tem vários elementos importantes, entre os quais o estabelecimento de novos vínculos com os pais, a questão profissional, a aceitação do novo corpo e dos processos psíquicos do mundo adulto. Esta divisão por idade, no entanto, não é muito precisa, pois se defronta com adolescentes antes dos 10 anos, assim como após os 20 anos. A Organização Mundial da Saúde (OMS, 2003 apud BRASIL, 2010) delimita a adolescência em duas fases, ou seja, a primeira dos 10 aos 16 anos, e a segunda dos 16 aos 20 anos. Já o Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990) situa esta etapa entre 12 e 18 anos. Adolescência é a fase do desenvolvimento humano que marca a transição entre a infância e a vida adulta, devendo ser consideradas as características físicas e biológicas, enquanto marcas de transição, o que não significa dizer que a determinação da fase da adolescência seja definitivamente reconhecida através da idade e pelas alterações orgânicas. Ao se pensar na fase de adolescência, é preciso considerar os aspectos psicológicos, cognitivos e os fatores socioculturais, pois a transição representa, para o indivíduo, um processo de distanciamento de formas de comportamento e privilégios da infância e a aquisição de características e competências que o capacitam a assumir deveres e papéis sociais do adulto (CHAGAS, 2003). Segundo Campos (1987), na fase de desenvolvimento da adolescência, o indivíduo fica particularmente vulnerável, não só aos efeitos decorrentes das transformações biológicas que ocorrem em seu corpo, mas também às mudanças sem precedentes, provocadas pelo mundo moderno, pelo impacto das explosões demográficas, pelo progresso científico, pela tecnologia, pelos meios de comunicação, pelas novas aspirações humanas e pela rápida transformação social. Os adolescentes possuem duas tarefas aparentemente contraditórias, em suas relações com os pais: o estabelecimento da autonomia em relação a eles e a manutenção de seu senso de relação com eles. O impulso para a autonomia manifesta-se através de mais conflitos entre 7

8 ambas as partes; a manutenção da conexão é entendida no forte apego que se mantém, por parte da criança, em relação aos pais. Na grande maioria das famílias, ele parece constituir um aumento de brigas leves ou discussões sobre assuntos do cotidiano, tais como regras e regulamentos, códigos de vestimenta, encontros, notas escolares ou trabalhos domésticos. Esse adicional, na questão da discórdia, é bastante encontrado, embora se precise ser cauteloso em não pressupor que isso significa uma importante ruptura na qualidade das relações entre pais e filhos (BEE, 1997). Devido a grandes mudanças que ocorrem na adolescência, muitas vezes a família e a escola podem interpretar determinados comportamentos problemáticos como uma fase que logo passará, levando, em certos casos, a uma tolerância exagerada diante de atitudes inadequadas, desvalorizando os sinais que podem indicar o uso de substâncias (DIEHL et al, 2011). 2 MÉTODO O presente estudo caracteriza-se como descritivo exploratório e explicativo, de caráter qualitativo. A pesquisa exploratória busca conhecer melhor o problema, aprimorando ideias e descobrindo origens, e a explicativa identifica as variáveis que determinam a ocorrência dessa imagem, explicando a razão e investigando relações de causa e efeito (JUNG, 2004). A pesquisa qualitativa tem como objetivo principal interpretar o fenômeno que observa. Seus objetivos são a observação, a descrição, a compreensão e o significado. Não existem hipóteses pré-concebidas, suas hipóteses são construídas após a observação. Não existe suposta certeza do método experimental. Neste sentido, quem observa ou interpreta (o pesquisador) influencia e é influenciado pelo fenômeno pesquisado (LESSARD, 2005). Segundo Bardin (1977), a pesquisa qualitativa é indicada quando desejamos entender porque o indivíduo faz determinada coisa. 2.1 Participantes Participaram da pesquisa dez adolescentes dependentes químicos, do sexo masculino, com idade entre 12 e 18 anos, em tratamento em comunidades terapêuticas, em municípios do Rio Grande do Sul. 8

9 Participante Idade Escolaridade Droga experimentada Tempo de uso A 15 anos 8ª série incompleta crack, cocaína, maconha, loló, ox, lança perfume, cigarro, álcool. 05 anos B 12 anos 1ª série cigarro, maconha, pitico, pedra 02 anos e meio C 16 anos 1º ano ensino médio cigarro, álcool, cocaína, pedra, maconha. 04 anos D 14 anos 8ª série incompleta cigarro, álcool, maconha, cocaína. 05 meses E 18 anos 5ª série F 15 anos 6ª série G 16 anos 6ª série H 15 anos 5ª série I 14 anos 3ª série J 16 anos 5ª série Quadro 1: Caracterização dos participantes Fonte: elaborada pelas autoras maconha, cocaína, crack, álcool, loló. cocaína, maconha, álcool, crack, cola, loló, LSD, docinho, balinha, lança perfume, cigarro. cigarro, álcool, maconha, cocaína, mesclado, docinho, balinha. álcool, cigarro, maconha, crack, figurinha, maconha, loló, cocaína, cigarro, álcool. cigarro, álcool, crack, maconha, cola. 06 anos 04 anos 01 ano e meio 09 a 10 meses 07 anos 05 anos e meio 2.2 Instrumentos Foi utilizada como instrumento a entrevista semiestruturada, contendo seis perguntas abertas, as quais foram respondidas individualmente e que serviram de roteiro para a coleta de dados (Apêndice A). A entrevista semiestruturada consiste em uma conversação, composta de perguntas abertas, proporcionando ao informante maior liberdade de expressão (TRIVINÕS, 1987). O autor diz, ainda, que a entrevista semiestruturada é aquela que parte de certos questionamentos básicos, apoiados em teorias e hipóteses, que se revelam pertinentes à pesquisa e que oferecem amplo campo de interrogativas, junto de novas hipóteses que vão surgindo à medida que as respostas são fornecidas. 9

10 2.3 Procedimentos para a coleta de dados A partir da aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da FACCAT, deu-se início ao primeiro contato com a Comunidade Terapêutica, a fim de apresentar a proposta da pesquisa. Depois foi solicitado o consentimento, por escrito, da direção da Comunidade Terapêutica, para a aplicação do instrumento nos adolescentes internos da Instituição. Mediante a autorização do local, realizou-se o contato com os participantes e seus responsáveis, visto que são menores de idade, explicando-se o tema, os objetivos, as condições da pesquisa, o processo de coleta de dados. O contato com os responsáveis e o convite aos participantes da pesquisa foram realizados no fim de semana destinado à visita dos familiares. Uma vez por mês, a Comunidade Terapêutica proporciona um dia de visita para os familiares, parentes, amigos, responsáveis pelas internações e demais pessoas da comunidade. Neste dia, os visitantes podem permanecer durante todo o dia com os internos, devendo respeitar regras impostas pela instituição, como a proibição do uso de qualquer tipo de droga dentro da comunidade. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi lido, assegurando a eles o sigilo das informações fornecidas, sendo-lhes reservado o direito de omissão de dados. Explicitou-se que poderiam, ainda, recusar-se a participar da pesquisa, a não responder a perguntas que lhes causasse qualquer constrangimento, e abandonar o procedimento em qualquer momento, sem qualquer prejuízo, abrindo-se espaço para esclarecimentos. A partir disso, buscou-se obter a autorização individual dos responsáveis e participantes, através da assinatura no documento. As entrevistas foram aplicadas em data posterior, agendadas pela coordenação da Comunidade Terapêutica, no intuito de não interferir nas tarefas rotineiras do participante. As entrevistas ocorreram individualmente e em local reservado na instituição, não havendo necessidade de encaminhamento para atendimento de monitoria ou serviço de psicologia da Instituição. Todas as entrevistas foram gravadas e, em seguida, o material foi transcrito para posterior análise dos dados. A guarda do material coletado ficou sob a responsabilidade da pesquisadora, sem acesso a qualquer pessoa. 2.4 Procedimentos para a análise dos dados A análise e interpretação dos resultados foram realizadas após a transcrição do material coletado. Foi utilizada uma abordagem qualitativa visando a conhecer a motivação para o uso 10

11 de drogas, na percepção do adolescente em tratamento para dependência química. O método utilizado foi a Análise de Conteúdo de Bardin (1977). A autora, ao longo do processo de análise, desenvolveu três etapas norteadoras, ou seja: a pré-análise, que consiste no reconhecimento e organização do material, através de leitura flutuante, escolha dos documentos, preparação e elaboração. A exploração do material, fase onde os temas são explorados e enumerados, correspondendo a uma transformação dos dados brutos do teste em recortes, pode atingir uma representação do conteúdo ou de sua expressão. E o tratamento dos dados é a fase final, onde a interpretação deve transformar-se em dados brutos, de forma a torná-los significativos e válidos à pesquisa. Posteriormente, oram definidas as Categorias, Subcategorias e Unidades de Registro, resultando em quatro categorias, apresentadas a seguir: 1ª Categoria: A Vida antes do uso da droga Subcategorias: Regrados: 05 U.R Não lembram: 03 U.R Desregrados: 02 U.R 2ª Categoria: Motivos para o uso Subcategorias: Curiosidade: 06 U.R Negligência familiar: 04 U.R Amizades: 03 U.R Vingança: 01 U.R 3ª Categoria: Droga de iniciação e sentimentos diante do primeiro uso Subcategorias: Cigarro: 08 U.R Maconha: 02 U.R Sentiu-se mal: 05 U.R Sentiu-se bem: 04 U.R Sentiu sono: 02 U.R Sentiu vergonha: 01 U.R Arrependimento: 01 U.R 11

12 4ª Categoria: Projeto de Vida Subcategorias: Para os próximos cinco anos: Estudando: 09 U.R Trabalhando: 08 U.R Formar família: 06 U.R Adquirir Bens: 05 U.R Para os próximos dez anos: Não sabem: 06 U.R Trabalhar e ser independente: 04 U.R Estudar: 02 U.R 3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Após a realização da análise de conteúdo das entrevistas, verificou-se a existência de quatro categorias, conforme apresentadas acima, todas com base nos relatos dos participantes, objetivando responder ao seguinte problema de pesquisa: Quais os motivos que levam o adolescente a usar drogas, na percepção do próprio adolescente dependente químico? Como ponto de partida, para atingir o objetivo deste estudo, viu-se a necessidade de investigar como era a vida do dependente antes do uso de drogas. Desta forma, através das respostas obtidas, foi possível identificar a primeira categoria: a vida antes do uso de drogas. 3.1 Categoria 1: A vida antes do uso de drogas No que diz respeito a essa categoria, os adolescentes trouxeram como subcategorias: regrados (05 U.R); não lembram (03 U.R), e desregrados (02 U.R.). Dos dez participantes, sete deles trouxeram respostas entre ser ou não ser regrado na sua vida, antes do uso de drogas, sendo que a maioria afirma ter levado uma vida regrada, ou seja, obedecia às regras da sociedade, enquanto uma menor parte afirma que já tinha comportamento não satisfatório perante a família, a sociedade e a escola. De todos os respondentes, 3 deles referiram não se lembrarem de como era sua vida antes de iniciar-se nas drogas. Seguem alguns relatos dos entrevistados, fundamentando as subcategorias comentadas: 12

13 ... ia pra escola nem saía muito, só saía à tarde para jogar bola depois voltava e não saía mais, fazia umas coisas, ajudava em casa (sic.). Antes da droga era uma vida normal, ia pra escola, voltava, ia pro mercado, cuidava da minha irmã... (sic.). Eu sempre fui revoltado, sempre, sempre, nunca respeitei ninguém e nenhuma regra, na escola sempre fui o pior aluno, sendo que nunca rodei de ano sempre passei; eu gosto de estudar, de ler, mas de comportamento assim, sempre fui o pior, por pouco não fui expulso por comportamento na escola... (sic.).... saía pra rua, bagunçava, roubava, ia jogar biliar... (sic.). Outeiral (1994) diz que a questão da normalidade e da patologia é crucial na adolescência e interessa, não só aos pais, mas a todos os profissionais que trabalham com esta faixa etária. Se o ato de definir o que é normal não é uma tarefa fácil, torna-se algo mais difícil na adolescência. É necessário enfatizar que as crianças e os adolescentes pedem limites e que o limite ajuda-os a organizar sua mente. Os adultos, às vezes, não colocam limites, porque assim será mais cômodo, já que colocar limites significa envolvimento e suportar as reclamações e protestos. O autor diz ainda que: a escola tem um significado primordial para o adolescente, conforme o ambiente que ele vivencia ter-se-á um aprendizado prazeroso e propicio ou distúrbio de conduta e/ou aprendizagem. 3.2 Categoria 2: Motivos para o uso Na categoria Motivos para o uso: os adolescentes pesquisados trouxeram as seguintes subcategorias: curiosidade (06 U.R), negligência familiar (04 U.R), amizades (03 U.R), vingança (01 U.R). Em relação à curiosidade os participantes registraram a experimentação da droga no intuito de conhecer a sensação, entendendo que seria bom, uma vez que a droga é consumida por grande parte da sociedade, não buscando nenhuma informação sobre as consequências por elas causadas. Quatro dos dez participantes registraram a negligência familiar como uma das causas, onde a família não deu limites, atenção, como também de familiar usuário que propiciou o uso da droga. As amizades representadas por colegas de escola e grupos de amigos também foram apontadas como uma das causas por três dos dez participantes. Um dos participantes registrou como causa a vingança devida à violência familiar. Destacam-se nesse sentido algumas falas:... conhecer, saber como era a sensação, achava que tava certo porque os outros usavam e só eu não, eu me achava o único simples, um careta como falavam, queria ser igual, e acabei me viciando (sic.).... o cheiro assim, fiquei curioso assim [...] e quando vi meu tio fumando o cheiro me deu vontade assim... (sic). 13

14 A curiosidade é um dos fatores que pode levar um jovem a se drogar, pois a adolescência é a época das descobertas e o adolescente quer conhecer tudo. É preciso, entretanto, saber diferenciar a boa curiosidade da curiosidade nociva. Querer conhecer o mundo das drogas é, de fato, uma curiosidade ruim, já que se sabe, efetivamente, que as drogas fazem mal à saúde, alteram o pensamento e mudam o comportamento das pessoas (TIBA, 1997). A adolescência é o período da vida caracterizado pela maior vulnerabilidade. Dessa forma, um ambiente aversivo pode influenciar, de forma negativa, o desenvolvimento psicológico e social. Uma família com laços profundos, cujos pais participam da vida de seus filhos pode ter um impacto positivo na vida do adolescente, atuando como fatores protetores (OBID, 2006), o que fica evidente na fala de alguns entrevistados:... de repente minha mãe me deixou meio de lado e eu me revoltei com aquilo ali, não gostei e participou em drogas (sic.).... meus pais que me deram a liberdade de sair sozinho na rua, não me deram regras... (sic.) De acordo com Tiba (1997), os pais amam seus filhos, mas não os educam, pois temem cobrar deles responsabilidades, pensando que irão sobrecarregá-los, tornando-os superprotegidos, sem limites reais e, afetivamente, mais carentes. Sem regras, sentem-se frustrados como se lhes faltasse algo que não pode ser materialmente preenchido. Querendo, então, preencher esse vazio interno, suprir essa angústia, podem chegar à droga e facilmente ficarem viciados, pois além do prazer, a droga desliga-os da angústia interior e da carência afetiva.... no começo a gente ia jogar bola, alguns já conheciam as drogas sabe, daí que depois falaram assim, falavam pra eu usar sabe né, ah se tu não usar tu é um bundinha e não sei o que, foi que eu usei (sic.).... meu pai tinha me batido, bateu bastante, me deixou tri mal... (sic). Segundo Tiba (1999), o desejo de experimentar já existe dentro do adolescente, aguardando o momento de ser concretizado. Nessa fase, em que a identidade está sendo construída, se todo o mundo usa e ele não, conclui que deve haver algo errado com ele. Portanto, para não ser diferente dos outros, para se sentir seguro e aceito entre eles, precisa fazer exatamente o que os outros fazem. 14

15 A adolescência significa um momento difícil na vida do homem, portanto ele necessita de uma liberdade adequada, com a segurança e normas que sigam ajudando-o a adaptar-se, sem entrar em conflitos graves com seu ambiente e com a sociedade (ABERASTURY, 1990). 3.3 Categoria 3: Droga de iniciação e sentimento diante do primeiro uso Na categoria Droga de iniciação e sentimento diante do primeiro uso os adolescentes trouxeram as seguintes subcategorias: cigarro (08 U.R), maconha (02 U.R), sentiu-se mal (05 U.R), sentiu-se bem (04 U.R), sentiu sono (02 U.R), sentiu vergonha (01 U.R), arrependimento (01 U.R). Dos dez participantes, oito contaram ter sido o cigarro a primeira droga usada e dois a maconha. Todos relataram terem algum membro da família usuário de algum tipo de drogas. Conforme Tiba (1997), o cigarro é considerado droga por ser prejudicial ao organismo, provocando câncer de pulmão. A nicotina é a maior responsável pela dependência química e física, porque desenvolve rapidamente a tolerância e produz síndrome de abstinência. Diz ainda que, se a quantidade de nicotina presente num pequeno charuto fosse injetada diretamente na veia de um homem, em vez de ser fumado, ele morreria. O autor diz também que a nicotina atinge o cérebro em minutos, após a primeira tragada; em pequenas quantidades, pode ser estimulante, mas em doses maiores costuma ser depressiva. Segue a fala de um dos participantes:... o cigarro é uma coisa que faz parte de mim... (sic.). No caso da maconha, o THC ao chegar à corrente sanguínea passa por todos os tecidos do organismo, afetando principalmente o cérebro e o sistema cardiovascular. As sensações experimentadas variam com o tipo, qualidade e potência da preparação, via de administração, circunstâncias ambientais, personalidade e mesmo o grau de experiência do indivíduo no uso da droga. Tanto em curto, como em longo prazo, o THC atua praticamente em todos os sistemas vitais do organismo (SILVA, SILVA e MEDINA, 2005). Com relação ao sentimento diante do primeiro uso, cinco participantes responderam terem se sentido mal, relatando tontura, tremedeira, tosse, dor de cabeça e até pensaram em nunca mais usar. Quatro dos dez sentiram-se bem, referindo uma alegria enorme, prazer. Dois relataram sentirem muito sono, a ponto de dormirem sem poder precisar o tempo. Um dos participantes conta ter sentido vergonha e pensado em parar, porém sem sucesso. E um sentiu arrependimento de ter usado. As falas dos participantes, a seguir, retratam esta realidade: 15

16 ... me deu uma tontura, uma tremedeira, falei na hora que não queria mais...(sic.).... por um momento era bom sabe, mas depois que passa vem o arrependimento... (sic.).... estava usando drogas na esquina quando minha madrinha de batizado passou e me viu... (sic.). A rejeição inicial pode levar ao efeito contrário, como num imã: até certo ponto repele, para depois começar a atrair. E o que torna essa atração fatal é querer melhorar o que já acontece: ampliar a luz de um local já claro e iluminado (TIBA, 1999). Percebeu-se que as influências do grupo têm grande participação na continuidade do uso da droga, pois, mesmo com a experiência negativa, citada pelos participantes, os mesmos retornaram ao seu consumo, na intenção de sentirem os efeitos positivos, causados pela mesma. 34. Categoria 4: Projeto de vida Para a categoria Projeto de vida os adolescentes trouxeram as seguintes subcategorias: para os próximos cinco anos: Estudar (09 U.R), Trabalhar (08 U.R), Formar família (06 U.R), Adquirir bens (05 U.R); para os próximos dez anos: Não sabem (06 U.R), Trabalhar e ser independente (04 U.R), Estudar (02 U.R). Os recortes a seguir demonstram os planos dos respondentes: Tenho planos de seguir trabalhando com meus tios [...] ser gerente da empresa deles, [...] ter uma vida melhor, ter uma família... (sic.). Eu me imagino ter uma família assim, ter um carro, ter dinheiro, ter uma casa, estudar (sic.) Conforme diz Outeiral (1994), o jovem vai abandonando as fantasias idealizadas e busca uma adequação à realidade. Adequação esta que não é sinônimo de alienação, mas sim de uma posição consciente consigo e com o mundo, transformadora. Observa-se nas falas trazidas pelos participantes, uma conscientização da própria realidade, dos seus projetos de vida e a vontade de mudar, porém essas transformações dependem também do apoio que terão da família, escola e sociedade. Sei lá (sic.).... eu me vejo... assim, se eu tivesse uma luz [...] só mesmo o tempo pra dizer. Quando eu sair daqui, assim, eu vejo. (sic.). 16

17 Diehl et al. (2011) trazem que pesquisas sobre neurodesenvolvimento sugerem que o cérebro dos adolescentes pode ser mais vulnerável aos efeitos das substâncias. Um estudo, comparando adolescentes usuários de maconha e controles, apontou que os usuários avaliados obtiveram pior desempenho em tarefas de planejamento e manutenção de ações sucessivas. O uso da maconha, nessa fase, influencia de forma negativa o amadurecimento neural e o desenvolvimento cognitivo desses sujeitos. Em relação a projetos de vida também se evidenciou que, para alguns participantes, não existe planejamento para o futuro, só vivem o dia de hoje, não conseguido expressar sequer um sonho. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os principais resultados do estudo apontam para o fator curiosidade e para a importância da família, como referência de primeiros cuidadores, pois, em relação às percepções trazidas pelos adolescentes, pode-se entender, na maioria das respostas, mesmo que subliminarmente, que faltou a eles o olhar atento e afetuoso de seus cuidadores, o que oportunizou o experimento e a continuidade do uso da droga, mesmo com a primeira experiência sendo desagradável e tendo causado desconforto. A falta de limites, de regras claras e o desinteresse pelo adolescente fazem com que ele busque, por si próprio, sem qualquer orientação, as suas aventuras, seus caminhos, amigos, lazer, diversão e prazeres. Em nenhum momento, a maioria dos entrevistados demonstrou satisfação com a escolha que fez (usar drogas), pelo contrário, vários manifestaram não quererem mais isto para eles, conseguindo verbalizar um projeto de vida saudável, para depois do cumprimento do programa terapêutico, ao qual estavam submetidos, no momento da entrevista. Também é viável considerar-se os tempos modernos, em que os valores estão invertidos, onde o ter ocupa maior espaço na vida das pessoas do que o ser e que, para isso, é preciso uma jornada de trabalho desumana, não só do pai, que não mais é o principal provedor, como também da mãe, que menos tempo tem para a maternagem. Portanto, não é justo culpabilizar os pais, mas é necessária uma reflexão sobre a sociedade, que não olha para o outro e não vê as necessidades básicas do ser humano: o olhar, o afeto, o sentir-se amado e respeitado. O que estes adolescentes revelaram em suas respostas, na verdade, foram pedidos de socorro, não só agora que estão com a dependência química instalada, mas, sim, muito antes disso acontecer, quando não foram atendidos em suas tentativas de chamar a atenção, 17

18 querendo dizer o quanto precisavam de uma atenção maior, em um momento tão delicado que é o crescer. Em relação às dificuldades encontradas, na execução desse estudo, destaca-se o momento da coleta de dados: alguns dos adolescentes, definidos para participarem da pesquisa, por problemas de relacionamento entre os residentes, fugiram da Comunidade Terapêutica, dias antes da data agendada para a coleta dos dados, sendo necessário recomporse a lista de sujeitos de pesquisa e reiniciar o processo com os novos participantes. Quanto às virtudes encontradas, ressalta-se a receptividade apresentada pela administração e pela psicóloga da Comunidade Terapêutica, bem como dos responsáveis pelos adolescentes e os próprios adolescentes. Também pelo acolhimento oferecido à pesquisadora, desde o primeiro encontro, propiciando um vínculo que facilitou, ao adolescente, transmitir suas experiências, o que foi, sem dúvida, uma vivência de profundo aprendizado. Por tratar-se de um tema complexo e que implica muitas variáveis, não houve a pretensão de esgotar o estudo. Assim, sugerem-se pesquisas que investiguem os motivos da continuidade do uso da droga, na percepção do próprio adolescente dependente químico, uma vez que a primeira experiência foi desagradável, causando-lhe desconforto, conforme relatado por cinco dos dez participantes da pesquisa. Acredita-se que, caso houvesse resultados significativos, a presente pesquisa estaria contribuindo para trabalhos de prevenção à iniciação ao uso de drogas entre os adolescentes. A partir das revelações, por parte dos entrevistados, pretende-se que sejam oferecidos mais grupos de atenção às famílias, valorizando-as e instruindo-as neste processo constante de educação dos filhos, para uma vida digna e saudável. Pequenos núcleos nos bairros, onde as famílias possam encontrar-se, sem precisarem de um grande deslocamento, propiciariam discussões acerca da educação com valores e limites, principalmente uma educação que aponte para relações e escolhas saudáveis. REFERÊNCIAS ABERASTURY, A (Org.). Adolescência. 6.ed. Porto Alegre: Artes Médicas, APA - American Psychiatric Association. Manual Diagnóstico dos Transtornos Mentais DSM IV-TR. 4. ed. rev. Trad. Cláudia Dornelles. Porto Alegre: Artmed, BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, BEE, H. O Ciclo Vital. Porto Alegre: Artes Médicas,

19 BRASIL. Lei nº 8069 de 13 de julho de Institui o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Disponível em: < Acesso em: 03 abr SENAD - Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. Drogas: cartilha sobre o tabaco. 2. ed. Série Por dentro do assunto. Brasília: SENAD, CAMPOS, D. M. de S. Psicologia da Adolescência: normalidade e psicopatologia. 11. ed. Petrópolis: Vozes, CHAGAS, A. Adolescência - Um Fenômeno Contraditório. Revista Psicologia Catharsis (on-line), Disponível em: < Acesso em: 05 abr DATASUS Departamento de Informática do SUS. Internações hospitalares. [base de dados on-line]. Disponível em: < sih/cnv/piuf.def>. Acesso em: 08 maio DIEHL, A et al. Dependência Química: prevenção, tratamento e políticas públicas. Porto Alegre: Artmed Editora S.A., DUARTE, P. do C. A. V.; STEMPLIUK, V. de A.; BARROSO, L. P. (Orgs.). Relatório Brasileiro Sobre Drogas. SENAD - Secretaria Nacional Antidrogas, Disponível em: < Acesso em: 08 maio GRAEFF, F. G. Drogas Psicoterápicas e Seu Modo de Ação. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: EPU, JUNG, C. F. Metodologia Para Pesquisa & Desenvolvimento: aplicada a novas tecnologias e Processos. Rio de Janeiro: Axcel Boks, LARANJEIRA, R. Dependência Química e Adolescente Disponível em: < Acesso em: 03 abr LESSARD, M. H. Metodologia Científica: pesquisa científica, pesquisa qualitativa, técnicas de pesquisa. 2. ed. Rio de Janeiro: Instituto Piaget, MALCHER-LOPES, R. M.; RIBEIRO, S. Efeitos Mentais da Maconha. Scientific American - Mente e Cérebro. ed.180, jan MARQUES, A. C. P. R.; CRUZ, M. S. O adolescente e o Uso de Drogas. Rev. Bras.Psiquiatr., São Paulo, vol. 22, s.2, dez Disponível em: 19

20 < Acesso em: 03 abr NESTLER, E. J.; MALENKA, R. C. Cérebro Viciado. Scientific American Mente e Cérebro. ed. 23, abr OBID - Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas. Uso de Cocaína e Crack na Infância e Adolescência Disponível em: < ifico.php?id_artigo_cientifico=78>. Acesso em: 08 maio OUTEIRAL, J. O. Adolescer. Estudos sobre adolescência. 2.ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, ed. Rio de Janeiro: Livraria e Editora Revinter Ltda, NEAD - Núcleo Einstein de Álcool e Drogas do Hospital Israelita Albert Einstein. Classificação das Drogas. 2009, Disponível em: < Acesso em: 23 abr SILVA, F.A.; SILVA, E.S.; MEDINA, J. Uso de drogas psicoativas: teorias e métodos para multiplicador prevencionista. Rio Grande: CENPRE, TIBA, I. Anjos caídos: como prevenir e eliminar as drogas na vida do adolescente. 10. ed. São Paulo: Editora Gente, Respostas sobre drogas. 3. ed. São Paulo: Editora Scipione, TRIVINÕS, A. N. S. Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais. São Paulo. Atlas,

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