PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL DE SANTA MARIA

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1 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL DE SANTA MARIA VOLUME II A SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Página 1

2 Sumário 1. PRECEDENTES SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA CARACTERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO INTRODUÇÃO CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EXISTENTE SEDE MANANCIAIS SUPERFICIAIS SUBTERRÂNEOS OUTORGAS CONCESSÃO PARA CAPTAÇÃO SUPERFICIAL CONCESSÃO PARA CAPTAÇÃO SUBTERRÂNEA CAPTAÇÃO CAPTAÇÃO SUPERFICIAL CAPTAÇÃO SUBTERRÂNEA ADUTORAS DE ÁGUA BRUTA ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ÁGUA BRUTA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA CONTROLE DE QUALIDADE DA ÁGUA ADUTORA DE ÁGUA TRATADA ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ÁGUA TRATADA RESERVAÇÃO REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA LIGAÇÕES DOMICILIARES DE ÁGUA GESTÃO OPERACIONAL DO SISTEMA CONTROLE E REDUÇÃO DE PERDAS BALANÇO HÍDRICO CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EXISTENTE DISTRITOS SAA DO DISTRITO DE SÃO VALENTIM SAA DO DISTRITO DE PAINS SAA DO DISTRITO DE ARROIO GRANDE SAA DO DISTRITO DE ARROIO DO SÓ SAA DO DISTRITO DE PASSO DO VERDE SAA DO DISTRITO DE BOCA DO MONTE SAA DO DISTRITO DE PALMA Página 2

3 SAA DO DISTRITO DE SANTA FLORA SAA DO DISTRITO DE SANTO ANTÃO DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA - SEDE MANANCIAIS E CAPTAÇÃO DE ÁGUA BALANÇO HÍDRICO RIO IBICUÍ BARRAGEM DO DNOS ADUÇÃO DE ÁGUA BRUTA ELEVATÓRIAS DE ÁGUA BRUTA TRATAMENTO DE ÁGUA ADUÇÃO, RESERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA TRATADA CONTROLE DE PERDAS (Critérios de Eficiência e Economia) INFORMAÇÕES DA CONCESSIONÁRIA PRESTADORA DE SERVIÇOS CORSAN INDICADORES DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA - DISTRITOS REQUISITOS PARA GESTÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DIRETRIZES OBRIGAÇÕES INDICADORES INDICADORES DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA INDICADOR PARA MONITORAMENTO DA UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS CBA INDICADOR PARA MONITORAMENTO QUALIDADE DA ÁGUA IQA INDICADOR PARA MONITORAMENTO DA CONTINUIDADE DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA ICA INDICADOR PARA MONITORAMENTO DAS PERDAS NO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO IPD INDICADORES DE GESTÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA INDICADOR PARA MONITORAMENTO DA EFICIÊNCIA NOS PRAZOS DE ATENDIMENTO IEPA INDICADOR DE MONITORAMENTO DA SATISFAÇÃO DO CLIENTE NO ATENDIMENTO ISCA INDICADOR DE MONITORAMENTO DA EFICIÊNCIA NA ARRECADAÇÃO IEAR METAS METAS FIXADAS PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA METAS PARA O INDICADOR UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS CBA METAS PARA O INDICADOR QUALIDADE DA ÁGUA - IQA METAS PARA O INDICADOR CONTINUIDADE DO ABASTECIMENTO - ICA METAS PARA O INDICADOR ÍNDICE DE PERDAS - IPD Página 3

4 METAS PARA O INDICADOR ATENDIMENTO DAS SOLICITAÇÕES DE SERVIÇOS - IEPA METAS PARA O INDICADOR SATISFAÇÃO DOS CLIENTES - ISCA METAS PARA O INDICADOR SATISFAÇÃO DOS CLIENTES IEAR RESUMO DOS INDICADORES E METAS PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PLANEJAMENTO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ESTUDO POPULACIONAL POPULAÇÃO ATUAL EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO POPULAÇÃO ATUAL SEDE EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO INDICADORES DE CRESCIMENTO NASCIMENTOS E ÓBITOS IMIGRAÇÃO DESLOCAMENTO EM FUNÇÃO DO TRABALHO OU ESTUDOS CARACTERÍSTICAS E EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE MORADIAS CONCLUSÃO PROJEÇÃO DE POPULAÇÃO NO ENTORNO URBANO MÉTODO GEOMÉTRICO MÉTODO ARITMÉTICO MÉTODO MODELO GEOMÉTRICO PONDERADO (MOPU) ESCOLHA DO MODELO DE PROJEÇÃO DEMOGRÁFICA PARA O ENTORNO URBANO PROJEÇÃO DE POPULAÇÃO NO ENTORNO RURAL MÉTODO GEOMÉTRICO MÉTODO ARITMÉTICO MÉTODO MODELO GEOMÉTRICO PONDERADO (MOPU) ESCOLHA DO MODELO DE PROJEÇÃO DEMOGRÁFICA PARA O ENTORNO RURAL RESUMO DAS PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO DISCRETIZAÇÃO ZONAL DA POPULAÇÃO PREVISTA DISCRETIZAÇÃO POR DISTRITOS DISCRETIZAÇÃO POR BAIRROS DENTRO DA SEDE DO MUNICÍPIO ESTUDO DE DEMANDA E OFERTA DE ÁGUA PROJEÇÃO DAS DEMANDAS DE ÁGUA E AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DA OFERTA NECESSÁRIA PARÂMETROS ADOTADOS/CONSIDERADOS CRITÉRIOS CONSIDERADOS EVOLUÇÃO DAS DEMANDAS DE ÁGUA PARA O DISTRITO SEDE Página 4

5 AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE OFERTA NECESSÁRIA CAPTAÇÃO, ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS E ADUTORAS DE ÁGUA BRUTA PRODUÇÃO E RESERVAÇÃO REDE DE DISTRIBUIÇÃO E LIGAÇÕES DOMICILIARES ATENDIMENTO AOS DISTRITOS SISTEMA DE ABASTECIMENTO PROPOSTO PARA O DISTRITO SEDE PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA A SEDE A) Implantar novas redes de distribuição e novas ligações domiciliares B) Garantir a qualidade da água distribuída a população C) Garantir a continuidade no abastecimento de água à população D) Implantar programa de redução de perdas e melhorias operacionais no sistema de abastecimento de água E) Substituição de rede e ramais F) Hidrometrar 100% das ligações de água e atualizar o parque de hidrômetro G) Pesquisa acústica de vazamentos invisíveis H) Implantar programa de relacionamento com o cliente I) Melhorias operacionais J) Programa de Controle Ambiental dos Reservatórios (Barragens) a. Manutenção e Disponibilidade Hídrica b. Monitoramento da Qualidade da Água c. Controle da Poluição e da Eutrofização d. Plano de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório e. Educação Ambiental da População PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA OS DISTRITOS INVESTIMENTOS NO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA SEDE INVESTIMENTOS NA SEDE DO MUNICÍPIO AÇÃO PARA GARANTIR A UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS GARANTIR A QUALIDADE DA ÁGUA DISTRIBUÍDA A POPULAÇÃO GARANTIR A CONTINUIDADE NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA A POPULAÇÃO IMPLANTAR PROGRAMA DE PERDAS NO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA SUBSTITUIÇÃO DE REDE E RAMAIS HIDROMETRAR 100% DAS LIGAÇÕES DE ÁGUA E ATUALIZAR O PARQUE DE HIDRÔMETRO REALIZAR PESQUISA DE VAZAMENTOS INVISÍVEIS MELHORIAS OPERACIONAIS CONTROLE AMBIENTAL DOS RESERVATÓRIOS CRONOGRAMA E PREVISÃO DE INVESTIMENTOS INVESTIMENTOS NO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DOS DISTRITOS PRODUÇÃO RESERVAÇÃO DISTRIBUIÇÃO Página 5

6 MEDIDAS ESTRUTURANTES INVESTIMENTOS TOTAIS SEDE E DISTRITOS ANEXO I ANÁLISE DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA DE SANTA MARIA ANEXO III - SISTEMA COMERCIAL DA CORSAN EM SANTA MARIA ANEXO V SITUAÇÃO DAS OBRAS NA UNIDADE DE SANTA MARIA ANEXO VI CONTRATO DE CONCESSÃO COM A COMPANHIA RIOGRANDENSE DE SANEAMENTO ANEXO III - SISTEMA COMERCIAL DA CORSAN EM SANTA MARIA Sistema Tarifário Informações econômico-financeiras ANEXO V SITUAÇÃO DAS OBRAS NA UNIDADE DE SANTA MARIA ANEXO VI CONTRATO DE CONCESSÃO COM A COMPANHIA RIOGRANDENSE DE SANEAMENTO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS Página 6

7 Lista de Figuras Figura 1 Croquis do Sistema de Abastecimento de Água de Santa Maria Figura 2- Localização das Barragens, Booster e da Estação de Tratamento de Água (ETA) Figura 3 - Croqui do Sistema Produtor de Santa Maria-RS Figura 4 - Tela do sistema de controle das vazões de chega e saída da ETA Figura 5 - Tela do sistema de controle de pressão na rede de abastecimento do bairro Camobi Figura 6 - Tabela Parâmetros da Qualidade da Água Figura 7 - Resumo dos Indicadores e Metas para o Sistema de Abastecimento de Água Figura 8 - Distritos de Santa Maria e Distrito Sede Figura 9 - Densidade de população dos Distritos de Santa Maria Figura 10 - Densidade de população dos bairros do distrito sede Figura 11 - População por distritos no ano horizonte Figura 12 - Bairro Campestre do Menino de Deus Figura 13 - Bairro Agroindustrial Figura 14 - População do distrito Sede por bairros no ano horizonte Figura 15 Imagem do Modelo Hidráulico de um Sistema de Abastecimento de Água Figura 16 - Cronograma e Investimentos previstos no sistema de abastecimento de água para a Sede Figura 17 Cronograma e Investimentos previstos para o sistema de abastecimento de água dos Distritos Figura 18 - Cronograma e Investimentos Totais previstos para o Sistema de Abastecimento de Água do Município de Santa Maria Figura 19 Gráfico Cronograma de Investimentos Totais previstos para o Sistema de Abastecimento de Água do Município de Santa Maria Lista de Gráficos Gráfico 1 - Evolução da população do município, de 1950 a Gráfico 2 - Evolução da taxa de crescimento do município Gráfico 3 - Evolução da população rural e urbana em Santa Maria Gráfico 4 - Evolução da taxa de urbanização Gráfico 5 - Evolução da população no Distrito Sede Gráfico 6 - Número de nascimentos em Santa Maria Gráfico 7 - Tendência de natalidade de Santa Maria Gráfico 8 - Óbitos de pessoas com mais de 60 anos Gráfico 9 - Tendência a partir dos números de natalidade de Santa Maria Gráfico 10 - Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Geométrico Gráfico 11 - Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Aritmético Gráfico 12 - Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Geométrico Ponderado Gráfico 13 - Projeções demográficas segundo diferentes metodologias Gráfico 14 - Evolução da população de Santa Maria segundo Modelo Geométrico Gráfico 15 - Evolução da população de Santa Maria segundo Modelo Aritmético Gráfico 16 - Evolução da população de Santa Maria segundo Modelo Geométrico Ponderado Gráfico 17 - Projeções demográficas segundo diferentes metodologias Gráfico 18 - Populações atuais e futuras Gráfico 19 - Populações atuais e futuras Gráfico 20 - Valores per capita em diversas regiões Página 7

8 Lista de Fotos Foto 1- Ruína antigo recalque Saturnino de Brito Foto 2 - Barragem Saturnino de Brito (Rio Ibicuí-Mirim) Foto 3 - Barragem Rodolfo Costa e Silva (Rio Ibicuí-Mirim) Foto 4 - Adutora de DN 800 mm em construção Foto 5 - Estação Elevatória barragem DNOS Foto 6 - EAB 20 Recalque de Água Bruta Foto 7- Estação de Tratamento de Água de Santa Maria Foto 8 - EEAT Booster Panorâmico Foto 9 - Centro de Reservação R Foto 10 - Vista da sede da Subprefeitura de Valentim Foto 11 - Situação do poço da colônia Toniollo Foto 12 - Vista do reservatório e casa de bomba do poço Foto 13 - Vista da área do poço artesiano que abastece o distrito de Arroio do Só Foto 14 - Perfuração do poço artesiano Foto 15 - Poço, compressor e reservatório elevado Foto 16 - Balneário do Distrito Passo do Verde Foto 17 - Domicílio típico do Balneário, suspenso em pilotis Foto 18 - Prédio da Unidade Sanitária de Boca do Monte, onde está instalado o sistema de reservação Foto 19 - Vista do reservatório e do poço que abastece parte do distrito de Palma Foto 20 - Imagem do Poço do Distrito de Santa Flora Foto 21 - Sede do Distrito Santa Flora, ao fundo instalações da indústria Marzari Alimentos, beneficiadora de arroz Foto 22 - Imagem do colégio do distrito Foto 23 - Adutora de DN 600 mm Foto 24 - Adutora de DN 350 mm Lista de Tabelas Tabela 1 - Prazos para Atendimento das Solicitações de Serviços Tabela 2 - Parâmetros para Indicador da Satisfação dos Clientes Tabela 3 - Meta para Universalização do Sistema de Abastecimento de Água Tabela 4 - Meta para Atendimento da Qualidade da Água Tabela 5 - Meta para Atendimento da Continuidade no Abastecimento Tabela 6 - Meta para Índice de Perdas Tabela 7 - Meta para Atendimento das Solicitações de Serviços Tabela 8 - Meta para Indicador de Satisfação dos Clientes Tabela 9 - Meta para Indicador de Eficiência na Arrecadação Tabela 10 - Dados de população e densidade dos distritos de Santa Maria Tabela 11 - Evolução da população de Santa Maria entre 1950 e Tabela 12 - Taxa de crescimento da população de Santa Maria entre 1950 e Tabela 13 - Divisão por bairros, estabelecida em 2006, no município de Santa Maria Tabela 14 - Nacionalidades da população residente em Santa Maria Tabela 15 - Origem dos habitantes com relação ao município ou unidade da Federação Tabela 16 - População residente. Deslocamento de residentes para o exercício profissional ou estudantil Tabela 17 - Características das moradias do município de Santa Maria Página 8

9 Tabela 18- Taxa de crescimento para os diferentes anos considerados Tabela 19 - Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Geométrico Tabela 20 - Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Aritmético Tabela 21 - População urbana nos anos de 1990, e a taxa de crescimento Tabela 22 - Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Geométrico Ponderado Tabela 23 - Projeções demográficas em zonas urbanas segundo os diferentes modelos utilizados.. 83 Tabela 24 - Taxa de crescimento para os diferentes anos da série Tabela 25 - Evolução da população de Santa Maria segundo Modelo Geométrico Tabela 26 - Evolução da população de Santa Maria segundo Modelo Aritmético Tabela 27 - População rural nos anos de 1990, 2000 e 2010 e taxa de crescimento Tabela 28 - Evolução da população de Santa Maria segundo Modelo Geométrico Ponderado Tabela 29 - Projeções demográficas em zonas rurais segundo os diferentes modelos Tabela 30 - Populações atuais e futuras Tabela 31 - População por distritos no ano horizonte Tabela 32 - População do distrito Sede por bairros no ano horizonte Tabela 33 - Informações e Parâmetros do SAA de Santa Maria adotados Tabela 34 - Valores das perdas no período de 12 meses Tabela 35 - Projeção da População adotada Tabela 36 - Projeção da Demanda de Água Tabela 37 - Necessidade de Produção e Reservação de Água Tabela 38 - Extensão de Rede de Água Tabela 39 - Evolução das Ligações e Economias Tabela 40 - Participação da Concessionária no incremento de rede e ligações Tabela 41 - Evolução Populacional do segundo ao décimo distrito de Santa Maria Lista de Quadros Quadro 1 Estações Elevatórias de Água Tratada Quadro 2 - Reservatórios Quadro 3 Composição da Rede de Distribuição Quadro 4 Composição da rede (desenho) Quadro 5 Metodologia da IWA Quadro 6 Indicadores do SAA de Santa Maria Corsan set/ Quadro 7 Indicadores Operacionais do SAA de Santa Maria Corsan 1º sem/ Quadro 8 Indicadores do SAA de Santa Maria Corsan 1º sem/ Quadro 9 Quadro de Pessoal da Corsan - Unidade de Santa Maria Quadro 10 - Ação para garantir a universalização dos serviços Quadro 11 - Ações de melhoria da gestão operacional Quadro 12 - Etapas de implantação de novas redes e ligações de água Quadro 13 - Etapas de substituição de rede e ligações de água Quadro 14 - Complementação e substituição de hidrômetros Quadro 15 - Pesquisa de vazamentos invisíveis Quadro 16 - Investimentos para garantir a universalização Quadro 17 - Investimento para substituir/renovar redes e ligações Quadro 18 - Investimentos com hidrometração Quadro 19 - Investimentos em pesquisa de vazamentos invisíveis Quadro 20 - Investimentos em controle ambiental dos reservatórios Página 9

10 1. PRECEDENTES A realização deste trabalho decorre da Solicitação de Proposta SBQC Nº 001/2011; Empréstimo nº IBRD 7648-BR do Programa de Desenvolvimento Municipal Integrado PDMI da Prefeitura Municipal de Santa Maria no Rio Grande do Sul. O processo licitatório originou o contrato de prestação de serviços SBQC Nº 001/2011, assinado em 08 de MAIO de 2012, entre o município de Santa Maria e o Consórcio AGBAR-QUÍRON e correspondente Ordem de Serviço Nº 01 de 28 de junho de O contrato conferiu ao Consórcio, a elaboração do Plano de Saneamento Ambiental para os serviços de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, resíduos sólidos urbanos drenagem, nos termos previstos pela Lei Federal nº /2007. O desenvolvimento deste trabalho observou as normativas técnicas, os aspectos legais e melhores práticas aplicadas ao setor de saneamento, no Brasil. Espera-se que o Plano possa produzir efeitos satisfatórios. No entanto, sabe-se que o sucesso dependerá principalmente da capacidade executiva e das revisões periódicas em prazos não superiores a 4 (quatro) anos; e, da existência de uma estrutura regulatória, que seja capaz de acompanhar os custos das prestações dos serviços, estabelecer e manter padrões de qualidade, e principalmente, fiscalizar os investimentos e o cumprimento das metas estabelecidas. Certamente, trata-se de um valioso documento com forte compromisso social, endereçado ao saneamento básico e ao futuro de Santa Maria. O presente volume refere-se ao componente Sistema de Abastecimento de Água, contemplando todos os produtos entregues nas diversas etapas previstas no contrato. 2. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 2.1. CARACTERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO INTRODUÇÃO O sistema de abastecimento de água e de esgotamento sanitário da área urbana da cidade de Santa Maria é operado pela CORSAN Companhia Riograndense de Saneamento, decorrente do contrato de concessão datado de 30 de outubro de 1996 e prazo de vigência de 20 anos. O contrato também prevê a exploração somente do sistema de abastecimento de água do distrito de Arroio do Sol. As informações solicitadas à CORSAN pelo Consórcio Agbar-Quíron, através da Prefeitura Municipal de Santa Maria, sobre os sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário foram atendidas parcialmente em dois documentos. O primeiro foi fornecido pela sede da Companhia em Porto Alegre e o segundo, mais completo, fornecido pela Superintendência Regional SURCEN, com sede em Santa Maria. A consultoria realizou visita in loco em todas as instalações do sistema e realizou várias reuniões com os técnicos da área operacional dos sistemas de água e esgoto. Página 10

11 Informações solicitadas oficialmente pela Prefeitura quanto a existência de Planos Diretores de Água e Esgoto da CORSAN para os sistemas de água e esgoto para Santa Maria, não foram atendidas, somente houve a informação da relação de algumas obras em andamento e previstas para o futuro, sem apresentar maiores detalhes tais como: datas de conclusão e valores de investimentos. No final do ano de 2012 a CORSAN, através de notícias divulgadas pela imprensa, comunicou seu plano de investimentos futuros, cujo resumo encontra-se no ANEXO V Situação das obras na Unidade de Santa Maria. No presente estudo, utiliza a denominação de Sede quando se refere ao Distrito Sede (01) e de Distrito quando se refere aos demais Distritos (02 a 09) CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EXISTENTE SEDE O atual sistema de abastecimento de água de Santa Maria, em sua concepção é bem simples, conforme mostra a figura 1, composto de duas captações superficiais, uma no rio Ibicuí-Mirim e outra no rio Vacacaí-Mirim. A água bruta do rio Ibicuí-Mirim é aduzida de duas formas, por gravidade e bombeada através de um Booster para a única estação de tratamento existente, enquanto que a água bruta do rio Vacacaí-Mirim é aduzida somente através de uma estação elevatória. A partir da estação de tratamento, a água tratada é aduzida para os reservatórios de grande porte, integrados entre si. Posteriormente faz-se a distribuição a outros reservatórios e a estações de bombeamentos localizados em bairros da área urbana e então a água tratada chega aos consumidores, através da rede de distribuição e suas ligações domiciliares. Na figura a seguir Croqui do Sistema Integrado Santa Maria/Camobi, fornecido pela CORSAN, mostra duas Estações de Tratamento de Água sendo que a ETA 2 não está em operação há vários anos. Página 11

12 Figura 1 Croquis do Sistema de Abastecimento de Água de Santa Maria Fonte: CORSAN. *Este croqui pode ser visto de forma ampliada (A3) na página 148 deste documento. Página 12

13 MANANCIAIS SUPERFICIAIS Os mananciais superficiais utilizados para a captação de água do sistema de abastecimento de água da cidade de Santa Maria são dois: o Rio Ibicuí-Mirim e o Rio Vacacaí-Mirim. O sistema conta com 3 (três) Barragens/Reservatórios com capacidade total de m³. A capacidade e o volume máximo dessas Barragens/Reservatórios podem ser vistos no quadro abaixo: BARRAGENS / RESERVATÓRIOS CAPACIDADE (m³) VOLUME MÁXIMO (m³) SATURNINO DE BRITO RODOLFO COSTA E SILVA (VAL DE SERRA) VACACAÍ MIRIM TOTAL O sistema baseado no manancial do rio Ibicuí-Mirim é constituído pelas Barragens/Reservatórios Saturnino de Brito e Rodolfo Costa e Silva (Val de Serra), ambas situadas fora do município de Santa Maria: Barragem Saturnino de Brito, construída no ano de 1930, com mais de 80 anos, pela construtora uruguaia Wayssy Freitagnos, com capacidade de reservação prevista em projeto de m 3. A tomada de água está localizada logo a montante do Passo do Mezec, onde funcionou um antigo recalque movido a carvão, atualmente existe uma edificação em ruínas conforme imagem a seguir. Foto 1- Ruína antigo recalque Saturnino de Brito Página 13

14 A Barragem foi construída em concreto armado tendo contrafortes com laje de impermeabilização a montante (foto abaixo), possui dois vertedores, o secundário de menor comprimento localizado no encontro da ombreira direita e constituído por um segmento da barragem erguido em alvenaria de pedra. Foto 2 - Barragem Saturnino de Brito (Rio Ibicuí-Mirim) A área da bacia hidrográfica contribuinte do reservatório possui aproximadamente ha. Barragem Rodolfo Costa e Silva (Val de Serra), construída no ano de 1969 foi ampliada em 1971 através de elevação da cota de coroamento em 2 metros. Possui atualmente, uma capacidade de acumulação de m 3. A principal função desse reservatório é a de regularizar a vazão do rio Ibicuí-Mirim a montante da barragem Saturnino de Brito, evitando o risco da ocorrência de ondas de cheia e de reserva de água durante as estiagens. A descarga é por válvula dispersora, operada hidraulicamente e por comporta mecânica. Página 14

15 Foto 3 - Barragem Rodolfo Costa e Silva (Rio Ibicuí-Mirim) O sistema que utiliza o manancial Rio Vacacaí-Mirim possui somente uma Barragem/ Reservatório, situado no próprio município de Santa Maria: Barragem do Rio Vacacaí-Mirim, construída pelo DNOS com capacidade de m 3, cuja água é levada até a ETA de Santa Maria por meio de bombeamento e uma adutora SUBTERRÂNEOS O sistema de abastecimento de água de Santa Maria, operado pela CORSAN, utiliza-se também do manancial subterrâneo, em pequena proporção, com captação através de poços tubulares profundo: 1 (um) na Vila Bilibiu; 1 (um) no Distrito Arrio do Só. O poço da Vila Bilibiu atende aos moradores em área considerada de risco. A remoção da população deste local para outro, é motivo de ação do Ministério Público. Segundo informações, não oficiais, dentro da cidade a Universidade Federal de Santa Maria, possui um sistema de abastecimento de água próprio, cujo manancial explorado é o subterrâneo com captação através de poços tubulares profundos. Ainda segundo essas informações, vários outros conjuntos de residências, prédios e condomínios fechados utilizam-se do manancial subterrâneo com captação por poços tubulares profundos para o Página 15

16 abastecimento de água. Esta prática foi adotada no passado quando houve desabastecimento geral na cidade devido a estiagem prolongada que reduziu a disponibilidade de água para o abastecimento público OUTORGAS CONCESSÃO PARA CAPTAÇÃO SUPERFICIAL No rio Ibicuí-Mirim a captação na barragem Saturnino de Brito possui uma OUTORGA através da Portaria DRH N 0 320/2006, para uma vazão de 0,46 m 3 /s, datada de 20 de março de Neste mesmo rio Ibicuí-Mirim na ponte sobre o Rio Ibicuí, foi concedida OUTORGA através da Portaria DRH N 0 067/2008, para uma vazão de 0,50 m 3 /s, datada de 14 de janeiro de A CORSAN está solicitando ao DRH uma alteração de vazão para 0,60 m 3 /s. Neste local funciona um Booster denominado EAB 2 0 Recalque de Água Bruta. No rio Vacacaí-Mirim na barragem do DNOS, foi concedida OUTORGA através da Portaria N 0 278/2006, para uma vazão de 0,36 m 3 /s, datada de 13 de março de Figura 2- Localização das Barragens, Booster e da Estação de Tratamento de Água (ETA) Portanto o volume de água total outorgado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, para a captação de água superficial é de 1,32 m³/s ou m³/h assim distribuídos: Bacia Hidrográfica do rio Vacacaí-Mirim, no ponto correspondente a barragem do DNOS é de 0,36 m 3 /s (1.296 m 3 /h) e; Página 16

17 Bacia Hidrográfica do rio Ibicuí, no ponto correspondente a Barragem Saturnino de Brito, é de 0,46 m 3 /s (1.656 m 3 /h) e no ponto correspondente a Estação Elevatória de Água Bruta (EAB-2) é de 0,50 m 3 /s (1.800 m 3 /h) CONCESSÃO PARA CAPTAÇÃO SUBTERRÂNEA Não existem documentos formais ou conhecimento de outorgas concedidas aos poços operados pela CORSAN, UFSM e também dos poços particulares CAPTAÇÃO CAPTAÇÃO SUPERFICIAL O Sistema de captação das águas superficiais para o abastecimento de Santa Maria é constituído da seguinte forma: Captação na barragem Saturnino de Brito é por tomada de fundo e saída por gravidade em adutoras. Na adutora há instalado um booster, em operação desde o ano de 2006, que acresce uma vazão de 130 L/s à adutora; Captação na barragem do DNOS é feita através de tubulação de fundo. O volume médio captado nos mananciais superficiais nos últimos doze meses (ref. agosto de 2012) foi de m 3 /mês ou aproximadamente 780 L/s CAPTAÇÃO SUBTERRÂNEA O volume médio captado nos mananciais subterrâneos nos últimos doze meses, (ref. agosto de 2012), nos poços Bilibiu e Arroio do Só, foi de m 3 /mês, aproximadamente 2 L/s, que corresponde aproximadamente a 0,25% do volume total captado ADUTORAS DE ÁGUA BRUTA O sistema adutor de água bruta conta com 4 (quatro) linhas instaladas, a 179TRAVacacaí-Mirim responsável pela adução da água bruta da Elevatória DNOS e as outras 3 linhas são responsáveis pela adução da água bruta proveniente sistema Ibicuí-Mirim, a partir da barragem Saturnino de Brito. O sistema adutor a jusante da barragem Saturnino de Brito é por gravidade, nos primeiros metros é constituído de 3 (três) linhas paralelas, implantadas ao nível do leito do rio. Neste trecho o rio Ibicuí-Mirim desenvolve-se em um vale fechado, com encostas bastante íngremes, apresentando elevações muitas vezes escarpadas e com mais de 100 metros de altura. Essas adutoras possuem as seguintes características: Adutora com 350 mm de diâmetro, em ferro fundido (anteriormente era de cimento amianto e foi substituída), disposta totalmente pela margem direita do rio Ibicuí-Mirim; Adutora com diâmetro de 350 mm em ferro fundido disposta igualmente na margem direita do rio; Adutora com diâmetro de 600 mm, em aço, com duas travessias do rio Ibicuí-Mirim, duas envelopadas em concreto. Página 17

18 O quadro abaixo apresenta o resumo das principais características das adutoras de água bruta: Nome Material Extensão (m) Diâmetro (mm) 179TRAVacacaí-Mirim F o Flex TRAunico Aço TRAunico Ferro Fundido TRAunico Ferro Fundido Segundo informações da CORSAN, uma quinta adutora com extensão de ,50 metros, e diâmetro de DN 800 mm (6.937,50 metros) e DN 700 mm (4.955,00 metros), está em construção. Para conclusão da obra faltam 477,00 metros de adutora com diâmetro de DN 700 mm. Esta adutora faz parte do sistema de bombeamento para e ETA, cujo conjunto de recalque será instalado junto ao Booster Ibicuí existente. Contribuirá com um volume de, aproximadamente, 400 L/s para o sistema. Foto 4 - Adutora de DN 800 mm em construção ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ÁGUA BRUTA O sistema conta com 2 (duas) estações elevatórias de água bruta, sendo que a primeira denominada de EBA-1 0 Recalque de Água Bruta, situa-se a jusante da barragem do DNOS, junto à antiga Estação de Tratamento de Água denominada de ETA DNOS, contendo 3 (três) conjuntos motor-bomba sendo um de reserva, cada conjunto possui motor de 374 kw de potência. Página 18

19 Atualmente, essa EBA opera somente com um conjunto, funcionando entre o mínimo de 17h chegando, em algumas ocasiões, há 24 horas por dia. Esta elevatória quando trabalha com os três conjuntos aumenta a vazão de bombeamento para a ETA em 50L/s. Foto 5 - Estação Elevatória barragem DNOS A segunda estação elevatória de água bruta, pertence ao sistema de Ibicuí-Mirim, é do tipo booster, instalada diretamente na adutora de água bruta, denominada de EAB 2 0 Recalque de Água Bruta, contendo somente um equipamento instalado de 225 e 150 kw de potência. Página 19

20 Foto 6 - EAB 20 Recalque de Água Bruta O croqui de adução do sistema produtor de água de Santa Maria apresenta as captações superficiais, as adutoras por gravidade e o sistema de bombeamento até a Estação de Tratamento de Água. O desenho já contempla a nova adutora de água bruta de DN 800/700 mm. Página 20

21 Figura 3 - Croqui do Sistema Produtor de Santa Maria-RS Página 21

22 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA O sistema de tratamento de água conta com 2 (duas) Estações de Tratamento de Água, uma em operação e outra ainda inoperante. A ETA Santa Maria, em operação, é do tipo convencional, com vazão de operação de 900 L/s a 950 L/s. Conforme estudo da Magna Engenharia, a vazão nominal da ETA é de 462,9L/s, isto demonstra que houve uma sobrecarga de 100% em relação ao projeto. A Estação de Tratamento de Água em operação, localizada na Vila Vitória, possui as seguintes características: Calha Parshall, para a medição de vazão e a mistura da solução de sulfato de alumínio; Nove Floculadores mecânicos com 26,80 m 2 de área por unidade e área superficial de 241,20 m 2 ; Três decantadores retangulares com área total de 630,70 m 2 e volume total de 1.822,00 m 3 ; Nove Filtros rápidos de fluxo descendente com 28,20 m 2 cada um, área total de filtração de 252,00 m 2. Foto 7- Estação de Tratamento de Água de Santa Maria Está em processo de conclusão a ampliação desta Estação de Tratamento de Água para a vazão nominal de L/s (vazão de adução de água bruta). Segundo documento do Consórcio Magna- Bourscheid, a concepção dos módulos de tratamento será igual aos existentes, com algumas modificações nos sistemas de entrada e de saídas das unidades e com a adequação dos gradientes. Cada módulo de tratamento implantado na ampliação da ETA terá uma vazão nominal de 275 L/s, pouco menor que a atual de 300 L/s. As obras de ampliação contam também com a construção de um sistema de tratamento do lodo produzido na ETA. Página 22

23 O tratamento das águas produzidas nos dois poços em operação pela CORSAN é feito através de simples desinfecção. Sobre o tratamento das águas produzidas através dos poços particulares não existem informações CONTROLE DE QUALIDADE DA ÁGUA O controle de qualidade da água tratada é feito da seguinte forma: a) Na produção, as análises da água produzida na Estação de Tratamento, são feitas: No laboratório da ETA em Santa Maria: Periodicidade A cada duas horas Diária Semanal Duas vezes por semana Análises realizadas ph, Cor, Turbidez, Fluoretos, Cloro Residual Livre, Odor e Gosto. Alcalinidade Total, Alumínio Residual e Matéria Orgânica. Oxigênio Dissolvido, Dureza Total, Ferro e Manganês. Coliformes Totais e Escherichia coli. No laboratório Central da CORSAN em Porto Alegre: Periodicidade Análises realizadas Semestral Acrilamida, Alcalinidade Total, Amônia, Bicarbonatos, Cloretos, Condutividade, Cálcio, Cianeto, Cor, Dureza Total, Fluoretos, Magnésio, Matéria Orgânica, Nitratos, Nitritos, Nitrogênio Amoniacal, Odor, ph, Turbidez, Sulfatos, Sódios Dissolvidos Totais, Sulfeto de Hidrogênio, Sulfactantes, Metais, Compostos Orgânicos e Agrotóxicos. Trimestral Conforme legislação Trihalometanos e outros produtos secundários da desinfecção. Cianobacterias, Cianotoxinas, Microcistinas e Saxitoxinas b) Na água distribuída, são feitas da seguinte forma: No laboratório da ETA em Santa Maria: Periodicidade Mensal Análises realizadas ph, Cor, Turbidez, Fluoretos, Cloro Residual Livre, Alumínio Residual, Odor, Gosto, Coliformes Totais e Escherichia coli. No laboratório Central da CORSAN em Porto Alegre: Periodicidade Semestral Análises realizadas Metais, Compostos Orgânicos e Agrotóxicos. Página 23

24 ADUTORA DE ÁGUA TRATADA A Unidade de Saneamento de Santa Maria informa sobre a existência de cinco linhas troncos com diâmetros variando entre 300 a 500 mm. Instaladas a partir da estação de tratamento de água e dotadas de medidores eletromagnéticos, com a função de distribuir água aos diversos setores de do sistema e derivações existentes ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ÁGUA TRATADA Segundo informações da CORSAN o sistema de abastecimento de água conta com oito estações elevatórias, necessárias para o transporte de água aos reservatórios e aos consumidores, suas características são apresentadas no quadro abaixo. Quadro 1 Estações Elevatórias de Água Tratada Nome Potência Tipo Bairro Zona KW CV Boster Ipiranga Tomazetti Sul 2 Grupos motor bomba 3,5 4,76 Boster Parcianello Cerrito Sudeste 2 Grupos motor bomba submersos 3,5 4,76 Boster Cauduro Boi Morto Sudoeste 2 Grupos motor bomba submersos 3,5 4,76 Boster Conde Déu Perpétuo Socorro Norte Grupo motor bomba 2 2,72 Boster Itararé Itararé Nordeste 2 Grupos motor bomba submersos 16,5 22,44 Boster Venâncio Passo da Areia Centro Sul Grupo motor bomba submerso 3,5 4,76 Boster Arroio Grande - Leste 2 Grupos motor bomba 3,5 4,76 Boster Panorâmico Cerrito Sudeste Grupo motor bomba submerso 3,5 4,76 A foto apresentada a seguir ilustra o tipo de Elevatória utilizada no sistema de distribuição de água de Santa Maria, composta de dois conjuntos moto bomba de eixo vertical. A foto 8 retrata a Elevatória de Água Tratada denominada de Booster Panorâmico, localiza no bairro Cerrito, que atende a zona sudeste da cidade. Página 24

25 Foto 8 - EEAT Booster Panorâmico RESERVAÇÃO Segundo informações da CORSAN, o sistema de abastecimento de Santa Maria conta com 21 reservatórios com capacidade total de m 3, conforme relatado no quadro a seguir: Quadro 2 - Reservatórios Reservatório Tipo Capacidade (m³) R-0 Apoiado 300 R-1 Intze 250 R-10 Apoiado 50 R Apoiado 500 R Apoiado 500 R-2 Enterrado 150 R-200 Apoiado R-3 Intze 500 R Enterrado 750 R Enterrado 750 R-4-1 Apoiado 35 R-4-2 Apoiado 35 R-400 Semi-Enterrado R-5 Apoiado 25 R-500 Semi-Enterrado R-6 Apoiado 30 R-7 Apoiado 30 R-8 Apoiado 50 R-9 Elevado 30 R-I Apoiado R-II Apoiado R Terra Nova 500 R TOTAL Página 25

26 O reservatório R-0 com capacidade de 300 m3 tem a função principal de armazenar água para a lavagem dos filtros da Estação de Tratamento de Água de Santa Maria. Provisoriamente este reservatório abastece a parte alta da Vila Santa Tereza. A foto a seguir retrata o centro de resevação R-500, onde está instalado um reservatório semienterrado de concreto armado com capacidade de de litros, que atende a área do bairro Camobi e Nossa Senhora de Lourdes. Foto 9 - Centro de Reservação R REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA A CORSAN informa que a rede de distribuição de água tratada possui uma extensão de total de m, com diâmetros variando de DN 50 a DN 550, correspondendo ao sistema de Santa Maria e Camobi. Santa Maria possui metros de rede de distribuição e Camobi metros. Conforme observado no desenho do cadastro da rede de distribuição do sistema de abastecimento de água de Santa Maria e Camobi, fornecido pela Prefeitura Municipal, são obtidas as seguintes informações: Página 26

27 Quadro 3 Composição da Rede de Distribuição Material da rede Diâmetro (mm) Extensão (m) Fibrocimento/Cimento Amianto Fibrocimento/Cimento Amianto Fibrocimento/Cimento Amianto Fibrocimento/Cimento Amianto Fibrocimento/Cimento Amianto Fibrocimento/Cimento Amianto Fibrocimento/Cimento Amianto Fibrocimento/Cimento Amianto Fibrocimento/Cimento Amianto Fibrocimento/Cimento Amianto Fibrocimento/Cimento Amianto Fibrocimento/Cimento Amianto TOTAL F C/C A Ferro Fundido Ferro Fundido Ferro Fundido Ferro Fundido Ferro Fundido Ferro Fundido Ferro Fundido Ferro Fundido Ferro Fundido Ferro Fundido TOTAL DE FERRO FUNDIDO PVC DEFoFo PVC DEFoFo PVC DEFoFo PVC DEFoFo TOTAL DE PVC DEFoFo PVC PVC PVC PVC PVC PVC PVC TOTAL DE PVC TOTAL GERAL Página 27

28 O quadro abaixo contém as redes existentes no desenho, com informações incompletas. Quadro 4 Composição da rede (desenho) Material da rede Diâmetro (mm) Extensão (m) Rede de água bruta s/informações PVC DEFOFO PROJETADO PVC DN PROJETADO PVC DN PROJETADO Rede projetada Com. Indígena Guarani S/informações Rede projetada Rede projetada CAMOBI Rede projetada Rede projetada Zona Oeste Rede projetada Rede projetada Rede projetada Rede projetada Rede projetada Rede projetada Sem informação Sem informação Sem informação Adutora sul cava Sem informação s/ inf Ferro Flex Ferro Flex LIGAÇÕES DOMICILIARES DE ÁGUA O sistema de abastecimento de água de Santa Maria conta com ligações domiciliares de água tratada, que corresponde a economias, alcançando um índice de 1,56 economia/ligação, o que indica forte verticalização da cidade GESTÃO OPERACIONAL DO SISTEMA O sistema de abastecimento de Água de Santa Maria conta com uma Central de Controle Operacional (CCO), implantada a partir de 2005, que monitora mais de 60 pontos remotos: 13 pontos críticos para o abastecimento da cidade (pressão); 13 reservatórios de distribuição (níveis); 10 válvulas controladoras/reguladoras de pressão VRP`s; 9 conjuntos moto-bombas; Página 28

29 10 macromedidores eletromagnéticos; 3 estações de precipitação pluviométricas, uma em cada barragem; 2 estações de meteorológica com informações de temperatura e umidade 3 pontos de monitoramento dos níveis das barragens, em todas. A Central de Controle Operacional, através de um sistema computadorizado, recebe informações dos sessenta pontos de controle a cada cinco minutos, processa as informações, gera gráficos de tendência e planilha de cada grandeza informada. O responsável pela Central acompanha no painel as informações disponibilizadas pelo software (SCADA) e toma as melhores decisões quanto à operação do sistema de abastecimento de água. Figura 4 - Tela do sistema de controle das vazões de chega e saída da ETA. Figura 5 - Tela do sistema de controle de pressão na rede de abastecimento do bairro Camobi. Com objetivo de melhoria do sistema de gestão da operação, a Unidade de Saneamento de Santa Maria desenvolve um programa de substituição dos macromedidores convencionais por medidores Página 29

30 eletromagnéticos e ultrassônicos, com 22 (vinte e duas) unidades em operação e 10 (dez) com telemetria fornecendo sinal à CCO. O principal programa de gestão operacional em implantação é o controle e redução de perdas, iniciado em 1994 e com previsão de conclusão em CONTROLE E REDUÇÃO DE PERDAS O Programa de Modernização do Setor de Saneamento desenvolveu, através do Ministério das Cidades, o Projeto Demonstrativo Técnico e Institucional visando estruturar e promover o Gerenciamento Integrado do Controle e Redução de Perdas de Água e do Uso de Energia Elétrica na Unidade de Saneamento de Santa Maria no período de 2005 a A região escolhida para a execução do projeto foi a situada no Setor Oeste, em razão de ser a mais problemática da cidade em termos de abastecimento de água. A região é formada pelos bairros Vila Caramelo, Vila Rigão, Vila Prado, Cohab Santa Marta, Vila São João, Vila Schimidt, Parque Pinheiro Machado, Vila Santa Catarina, Vila Cauduro, Residencial Lopes, Vila Rossi, Vila São Serafim, Cohab Tancredo Neves, Vila Alto da Boa Vista, Vilas Pôr-do-Sol I e II, Vila Núcleo Central, Vila Jockey Club e Vila São José. Naquela época o Projeto detectou que a Unidade de Santa Maria apresentava uma série de dificuldades para gerenciar de forma eficiente os seus sistemas. O índice de perdas totais de água em relação ao volume disponibilizado para abastecimento alcançou 66%, conforme balanço hídrico apresentado. Outro problema também ocorreu quanto ao uso da energia, tendo sido a empresa, multada por demanda e reativo excedente. O Projeto listou algumas oportunidades de melhorias para a redução das perdas como: Atualização constante do cadastro técnico. Construção, calibração e simulação de modelo hidráulico para auxiliar tecnicamente a operação do sistema de abastecimento de água. Sem um modelo hidráulico não se consegue operar com bases técnica um sistema do porte de Santa Maria. Utilizar o modelo hidráulico como ferramenta essencial nos estudos de controle de pressão. A recomendação da época não citada o modelo hidráulico como ferramenta, no entanto, tecnicamente não é possível fazer estudos para o controle de pressão sem estudar o sistema hidraulicamente através de um modelo desse nível proposto. Implantar pesquisa de vazamento de forma sistemática com a elaboração de procedimentos e relatórios que armazenem de forma eficiente as informações. Compatibilizar o cadastro comercial com o setor de abastecimento para emissão de relatórios, zonas de pressão e fornecimento de dados para o Balanço Hídrico. Garantir a atualização e complementação permanente do cadastro de consumidores e a emissão de relatórios gerenciais. Estabelecer políticas para atualização do cadastro de hidrômetros, de forma a garantir a confiabilidade da micromedição com a emissão de relatórios gerenciais. Página 30

31 Estabelecer políticas para o sistema de faturamento e cobrança, com a emissão de relatórios gerenciais; Aumentar o índice de medição em 100% nas ligações ativas da Célula de Controle. Realizar estudos de hidrometria, visando à gestão do parque de hidrômetros com idade inferior a oito anos. Aperfeiçoar as técnicas para a aquisição de hidrômetros. Buscar o aperfeiçoamento entre micro e macromedição, de maneira a propiciar dados mais precisos para a interpretação da matriz do Balanço Hídrico. Desenvolver programas permanentes de combate às fraudes em ligações com água suspensa. O Projeto já havia identificado o problema e concluiu sobre a necessidade em melhorar a gestão da Unidade de Saneamento de Santa Maria BALANÇO HÍDRICO O cálculo do Balanço Hídrico para o Setor Oeste teve início em setembro/2007, quando a US de Santa Maria implementou a planilha eletrônica disponibilizada pelo Projeto. Verificou-se para a Célula de Controle do Setor Oeste um valor das Perdas Reais Anuais Correntes (PRAC) de m3/ano. No Projeto foi adotada a metodologia da IWA para o cálculo do Balanço Hídrico conforme quadro apresentado a seguir: Página 31

32 Quadro 5 Metodologia da IWA Volume anual de entrada no sistema m 3 /ano margem de erro (+/-) 2,0% Consumo autorizado m 3 /ano margem de erro (+/-) 0,0% Perdas de água m 3 /ano margem de erro (+/-) 3,0% Consumo autorizado faturado m 3 /ano Consumo autorizado não faturado 0 m 3 /ano margem de erro (+/-) 0,0% Perdas aparentes m 3 /ano margem de erro (+/-) 1,8% Consumo medido faturado m 3 /ano Consumo não medido faturado m 3 /ano Consumo medido não faturado 0 m3/ano Consumo não medido não faturado 0 m 3 /ano margem de erro (+/-) 0,0% Consumo não autorizado 120,012 m 3 /ano margem de erro (+/-) 4,5% Imprecisões dos medidores e erros de manipulação dos dados m 3 /ano margem de erro (+/-) 0,0% Água faturada m 3 /ano Água não faturada m 3 /ano margem de erro (+/-) 3,3% Perdas reais m 3 /ano margem de erro (+/-) 3,3% CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EXISTENTE DISTRITOS O Município de Santa Maria conta com 9 distritos, e a caracterização dos sistemas de abastecimentos de água destes possuem as seguintes similaridades: As principais fontes de abastecimento coletivo são poços artesianos, com depósitos e redes de pequena extensão que atendem a pequenas comunidades; Os poços artesianos têm em média 150 m de profundidade; Algumas comunidades mantém um fundo para manutenção dos sistemas; A população também se abastece de poços rasos e/ou vertentes; Página 32

33 A qualidade da água é considerada boa, mas as análises de qualidade da água não são feitas de forma permanente; Existe escassez de água em épocas de estiagem, principalmente nas localidades abastecidas por poços rasos e vertentes; A defesa civil abastece as comunidades com caminhão-pipa em épocas de estiagem SAA DO DISTRITO DE SÃO VALENTIM O sistema de abastecimento de água do distrito da comunidade denominada de colônia Toniollo conta com um poço artesiano, um reservatório de 500 litros e metros de rede e distribuição, atendendo aproximadamente 13 residências próximas. Os moradores operam e mantém esse sistema contribuindo com uma taxa mensal de R$ 10,00. Outras comunidades como Colônia Conceição, Rincão do Brasil e Paço da Laranjeira, cada uma com 15, 10 e 15 residências respectivamente, contam cada uma com um sistema de abastecimento próprio. Foto 10 - Vista da sede da Subprefeitura de Valentim Foto 11 - Situação do poço da colônia Toniollo Página 33

34 SAA DO DISTRITO DE PAINS A principal fonte de abastecimento de água do distrito é um poço artesiano 160m profundidade, que abastece 23 casas. O reservatório tem capacidade de litros e a rede de distribuição tem m de extensão. Este sistema está em serviço há 22 anos. É necessária a troca do reservatório de ferro por outro de polietileno ou fibra de vidro. A qualidade da água é considerada boa, mas não há realização de exames para a comprovação dessa qualidade. Não há medição individual de consumo e tampouco existe um fundo para manutenção do sistema. Quando ocorre alguma avaria, arrecada-se o valor necessário para o conserto, junto aos usuários. A subprefeitura não controla gasto da energia elétrica consumida pelo sistema de abastecimento, cujo custo é pago pela Prefeitura Municipal. A manutenção da rede também é feita pela Prefeitura Municipal. Foto 12 - Vista do reservatório e casa de bomba do poço As localidades de Passo das Tropas e Capivara são abastecidas por nascentes. Já em Passo do Arenal e Passo das Tropas, falta água em épocas de estiagem, quando a população é abastecida por caminhão-pipa pela defesa civil SAA DO DISTRITO DE ARROIO GRANDE A Vila Arroio Grande, a Vila Brígida e as zonas limítrofes da RS-511 são atendidas pela rede principal de abastecimento da CORSAN. O abastecimento pela rede principal da CORSAN vai até a sede do distrito, pelo lado esquerdo da RS-511. São em torno de 500 ligações. Página 34

35 Outras fontes de abastecimento são os poços artesianos individuais. Estes poços têm em média 150 m de profundidade e a água é de boa qualidade e somente esporadicamente há falta de água nas épocas de estiagem. As análises de qualidade da água são feitas na UFSM. Foi reportado que a CORSAN demora muito em fazer manutenção e reparos na rede. Para uso na agricultura, os usuários pagam pela água acumulada nos açudes. O valor é de R$300 /ano e o registro dos açudes é obrigatório. Existe um projeto para que se passe a pagar uma taxa por hectare de área plantada. Na localidade de Três Barras existe um poço artesiano localizado na Estrada Pedro Fernandez da Silveira que abastece 41 casas. O poço tem 88 m de profundidade e vazão de 12 m 3 /h e o reservatório tem capacidade de L. Cada casa tem medidor individual e reservatório próprio. A leitura é feita no dia 20 de cada mês e existe um fundo de conservação de R$ 2,00 mais cota de leitura de R$ 4 reais mais R$ 1,00/m 3 de água (consumo de luz). Em média são arrecadados R$150,00/mês de fundo para manutenção do sistema. A associação de usuários administra o fundo. A qualidade da água é considerada boa e é realizada análise de qualidade. Na localidade de Nossa Senhora da Saúde, a principal fonte de abastecimento são duas vertentes que abastecem 32 casas. Em uma delas, o proprietário do terreno onde está localizada a fonte bloqueia o passo da água para os usuários a jusante, causando problemas de falta de água. Na localidade de Canudos, a água proveniente de uma vertente abastece 15 casas. As vertentes secam em época de estiagem. Existe a necessidade de perfuração de dois poços artesianos comunitários em Canudos (lado B) e Nossa Senhora da Saúde (lado da Igreja). Os balneários têm abastecimento por poços rasos. Não se conhece a qualidade ou disponibilidade SAA DO DISTRITO DE ARROIO DO SÓ A principal fonte de abastecimento de água no distrito é o poço artesiano operado pela CORSAN, com vazão de 20 m 3 /h. Este poço atende atualmente a 130 casas. A rede de distribuição tem aproximadamente m de extensão. A qualidade da água é considerada boa, porém existe escassez em épocas de estiagem, quando o abastecimento é feito por caminhão-pipa. A rede de distribuição de água atual foi construída em parceria da Prefeitura Municipal com a CORSAN. Existe medição individual de consumo por economia e os usuários pagam a seguinte tarifa: Página 35

36 Até 10 m 3 de consumo: a tarifa é de R$ 7,00. Cada m 3 excedente: a tarifa é de R$ 0,50 Foto 13 - Vista da área do poço artesiano que abastece o distrito de Arroio do Só No momento da visita de campo, um segundo poço estava em perfuração. Este segundo poço tem vazão de 10 m 3 /h, está sendo perfurado com recursos do governo do Estado e também será operado pela CORSAN. Foto 14 - Perfuração do poço artesiano Ambos os poços estão localizados dentro da área do distrito de Palmas, pois em Arroio do Só não se alcançou o lençol até a profundidade de 200m. Página 36

37 Outras fontes de abastecimento menos importantes nos distritos são poços rasos e nascentes. A localidade de Água Boa dispõe de poço artesiano próprio com vazão de 7m 3 /h, depósito de reservação de l e aproximadamente m de rede de distribuição. O sistema atende a 30 casas e os usuários pagam R$1,00 por m 3 consumido. Este sistema também abastece um frigorífico na localidade. A localidade de Alto dos Marios é atendida pela rede principal de distribuição da CORSAN, que tem extensão de m SAA DO DISTRITO DE PASSO DO VERDE As residências são abastecidas com poços caseiros de baixa vazão, mas de boa qualidade. Não há rede pública para distribuição de água. Na região onde se situa a Subprefeitura, a escola municipal e também Brigada Militar, existe um poço artesiano, um compressor e uma caixa d água de litros para atender esses equipamentos municipais instalados no local e, ainda, aos moradores que buscam água na época de estiagem. Foto 15 - Poço, compressor e reservatório elevado. O distrito possui uma região denominada de Balneário, onde residem em torno de 300 moradores e recebem outros tantos na época do verão. Neste local a qualidade de água não é boa, apresentando água salobra (com salinidade intermédia entre a água salgada (marinha) e a água doce) e com alto teor de ferro, não atendendo as condições de potabilidade, a comunidade se abastece trazendo água potável da cidade ou buscando na Subprefeitura. Página 37

38 Foto 16 - Balneário do Distrito Passo do Verde Durante a estiagem de 2012 a Secretaria de Desenvolvimento Rural do Município providenciou a instalação de caixa d água nas residências que não dispunham de reservação, para receber água de caminhão pipa fornecido pela Prefeitura Municipal de Santa Maria. Foto 17 - Domicílio típico do Balneário, suspenso em pilotis. Outras comunidades situadas ainda nesse distrito, denominada de Aparecida e a localizada na estrada Dos Guerras, a água também é salobra e, na época no verão, a vazão reduz acentuadamente obrigando a prefeitura providenciar caminhões pipa para o abastecimento SAA DO DISTRITO DE BOCA DO MONTE Está instalado dentro da área do distrito o Centro de Pesquisa em Florestas da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (FEPAGRO), uma fundação pública vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio cuja missão é produzir conhecimento e promover a geração de tecnologias e serviços, tendo como princípios a geração de renda no setor primário e a Página 38

39 responsabilidade social e ambiental, evidenciando a pesquisa agropecuária como fator estratégico para o desenvolvimento sustentável. No aspecto de lazer o distrito conta ainda com os Balneários: Beira Rio e Timbauva. A sede do distrito conta com sistema de abastecimento de água pública contendo um poço artesiano, dois reservatórios elevados, distribuição feita através de rede pública com ligações domiciliares de água. O sistema foi construído a partir de iniciativa e contando com recursos dos próprios moradores e sua administração e manutenção e realizada por uma associação local. Cada morador contribui com uma taxa mensal fixa de R$ 15,00 para as despesas administrativas e de manutenção. Segundo informações da Subprefeitura, a Universidade Federal de Santa Maria realiza as análises mensais da qualidade da água distribuída. Foto 18 - Prédio da Unidade Sanitária de Boca do Monte, onde está instalado o sistema de reservação SAA DO DISTRITO DE PALMA As principais fontes de abastecimento de água são vertentes ou poços. São 64 famílias atendidas por poço artesiano, de aproximadamente 75m de profundidade. Existe um reservatório elevado de litros e rede de distribuição tem m de extensão. Página 39

40 Foto 19 - Vista do reservatório e do poço que abastece parte do distrito de Palma A água é considerada de boa qualidade, levemente alcalina. É cobrada uma taxa mensal de R$7,00 dos usuários para fundo de manutenção. No distrito de Palma existe um núcleo Quilombola, abastecido por poços individuais e/ou vertentes. A água é considerada de boa qualidade, porém existem problemas de falta de água no verão. A defesa civil abastece água em caminhão pipa todos os verões. Neste núcleo existe a necessidade de construção de um poço comunitário, para atendimento de aproximadamente 80 famílias, com distribuição feita por gravidade. Para tanto, estima-se a construção de uns m de rede de distribuição e um reservatório de pelo menos litros. Poços rasos são utilizados para irrigação. Existe carência de água em épocas de estiagem. A subprefeitura administra os recursos e necessidades de abastecimento SAA DO DISTRITO DE SANTA FLORA A sede do distrito conta com aproximadamente 50 casas, e não existe rede de água pública. O prédio que serve de subprefeitura e abastecido através de um poço artesiano e um reservatório. Segundo informações da Subprefeitura a água é considera potável. Página 40

41 Foto 20 - Imagem do Poço do Distrito de Santa Flora Foto 21 - Sede do Distrito Santa Flora, ao fundo instalações da indústria Marzari Alimentos, beneficiadora de arroz. Já a Colônia Pena, localizada dentro da área do distrito e com aproximadamente 40 residências, não conta com água de boa qualidade para o consumo humano, pois os poços caseiros utilizados apresentam água salobra, imprópria para o consumo e utilizada somente para a limpeza. Por esse motivo, a prefeitura disponibiliza caminhões pipas, que são acionados em época de estiagem quando os poços reduzem suas vazões até secarem. No ano de 2012, devido à estiagem prolongada, a defesa civil providenciou doação de caixa d água de 500 litros para as famílias armazenarem a água distribuída pelos caminhões pipas. A água transportada sempre é fornecida pela CORSAN. Segundo a subprefeitura a solução apresentada pela prefeitura de Santa Maria é a perfuração de um poço artesiano, nas proximidades da Colônia Pinheiro, onde já existe um poço em operação, situado na área da escola municipal, que atende aproximadamente 30 residências com água de boa qualidade. Página 41

42 SAA DO DISTRITO DE SANTO ANTÃO O distrito é atendido através de um poço localizado próximo do colégio e conta também com rede de distribuição da concessionária CORSAN. A sede da subprefeitura recebe água do poço do colégio. Outros locais mais distantes como o denominado de Fundão da Caturita e os Assentamentos distantes não contam com água de boa qualidade. Foto 22 - Imagem do colégio do distrito. Página 42

43 2.2. DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA - SEDE MANANCIAIS E CAPTAÇÃO DE ÁGUA A cidade de Santa Maria, nos últimos 40 anos, tem convivido com situações de cheias e estiagem, provocando racionamento decorrente das características dos seus mananciais. Após pesquisas em documentos fornecidos pela CORSAN apresentamos síntese do que já ocorreu. Racionamento de água iniciado em 05/jun/1978, interrompendo-se o abastecimento de água a população durante o período noturno (no ano de 1978 havia ligações de água na cidade): o Motivo: nível da barragem Rodolfo da Costa e Silva (Val de Serra) atingiu valores alarmantes, segundo estudos apresentados em documentos pela Empresa Magna Engenharia Ltda, Volume 1 Síntese do Projeto de outubro/1984. o Ações tomadas: foram construídas em regime de emergência três novas captações, em diferentes locais, para reforçar o suprimento de água, cujas providencias foram: Instalação de um recalque no Passo da Cruz no rio Ibicuí-Mirim com capacidade para 10 L/s; Instalação de um novo recalque, antiga barragem do Razzera, aproveitandose do manancial do Arroio Ferreira com capacidade para 20 L/s; Construção de uma estação de recalque e de adutora para captação de 100 L/s na barragem do DNOS rio Vacacaí-Mirim, com adução direta na rede através do distribuidor leste, procedendo-se tratamento de desinfecção com cloro. Agravamento das obras das barragens e adutoras de água bruta geologicamente debilitadas após serem atingidas por grande enxurradas em maio de Como consequência direta da enxurrada catastrófica que atingiu o vale do rio Ibicuí-Mirim ocasionou sérios problemas de erosão à jusante da margem esquerda da barragem Rodolfo da Costa e Silva e destruição do sistema adutor de água bruta da CORSAN, quando esse sistema ficou paralisado por dez dias. o Motivo: estudos da Magna Engenharia realizados na época indicam que no dia 6 de maio de 1984, pelo vertedouro da barragem do Rodolfo da Costa e Silva, passou uma vazão de 315 m 3 /s, 1,77 vezes maiores que a vazão de dimensionamento (178 m 3 /s). o Ações tomadas: Recuperação das barragens do rio Ibicuí-Mirim: Rodolfo da Costa e Silva e Saturnino de Brito; recuperação da adutora de água bruta e construção de um módulo da estação de tratamento de água para 150 m 3 /s para aproveitamento das águas do rio Vacacaí-Mirim, incluindo sistema adutor e de recalque. Em janeiro de 2010 o abastecimento da cidade de Santa Maria ficou prejudicado durante 30 dias devido à intensa chuva na bacia do Ibicuí-Mirim, provocando uma grande avalanche que instabilizou a linha de adução em aço de DN 600mm em dois pontos: o primeiro foi na travessia do rio Ibicuí-Mirim, arrancando-lhe o sistema de ancoragem da adutora na travessia do rio; o segundo na margem direita do rio Ibicuí-Mirim, após a segunda travessia, a adutora de DN 600mm ficou solta pois as ancoragensque a fixavam ao solo se soltaram, deixando-a suspensa durante a enxurrada e depois ficou solta ao solo e, esse movimento, provocou torção na mesma, conforme foto 23. Problema semelhante aconteceu com as duas adutoras Página 43

44 de água bruta de DN 350 mm, sendo que essa se rompeu em dois pontos cada uma. O primeiro rompimento aconteceu em um ponto onde se situa a terceira travessia quando houve rompimento no envelopamento de concreto que protege as mesmas, foto 24. o Motivo: no dia 04 de janeiro de 2010, devido a intensas chuvas, que provocou no vertedouro da Barragem Rodolfo da Costa e Silva uma lâmina d água de 1,29 cm, registrado na Central de Controle Operacional da Unidade de Saneamento de Santa Maria, cuja consequência foi rompimento de adutoras devido a grandes enxurradas no curso do rio Ibicuí-Mirim. O abastecimento foi prejudicado em m 3 /dia mais ou menos 13%, que foi compensado em parte EBA-1 do DNOS que operou com os dois grupos moto bomba de forma contínua, menos no horário de ponta. O sistema de distribuição operou com manobras e redução de pressão para evitar o desabastecimento. Esta ação somente foi possível devido à ao funcionamento do Centro de Controle Operacional, que recebe as informações atualizadas do sistema de distribuição a cada cinco minutos, permitindo atuar de forma ágil nas ações necessárias para normalizar o sistema dentro de suas condições. o Ações tomadas: As travessias foram recuperadas de forma provisória e solicitado projeto para a solução definitiva na instalação das adutoras em todas as travessias, nas duas onde houve danos e em uma terceira menos afetada, porém necessária sua correção. Após e elaboração do projeto, as obras definitivas tiveram início somente agora em novembro de 2012, com previsão para a conclusão em Foto 23 - Adutora de DN 600 mm Página 44

45 Foto 24 - Adutora de DN 350 mm BALANÇO HÍDRICO RIO IBICUÍ Estudos realizados pelo Departamento de Recursos Hídricos DRH/SEMA do estado do Rio Grande do Sul para o Processo de Planejamento da Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí, apresentam importantes considerações sobre o balanço hídrico das Unidades do Bicuí-Mirim. No Relatório Final (RF) Fases A e B, que consiste na síntese descritiva da realização do Processo de Planejamento dos Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí, da página 56 a 61, apresenta a conclusão sobre o balanço hídrico quanto a: Disponibilidade versus Demanda (página 56) Observa-se que a situação dos balanços hídricos é mais crítica nos meses de verão quando há coincidência entre baixas disponibilidades com as elevadas demandas para irrigação, principalmente em dezembro e janeiro. Em termos espaciais, as situações são mais críticas nos UPG s: Ibicuí-Mirim e Toropi (pela baixa disponibilidade hídrica) e Afluentes do Uruguai pelas Margens Direita e Esquerda (pela elevada demanda de água). No entanto, os balanços a partir das demandas não consideram os retornos das parcelas não consumidas. Assim o balanço hídrico considerando os consumos (e não as demandas) configura a situação mais próxima da realidade. Disponibilidade versus Consumo (página 58) Página 45

46 O balanço hídrico considerando os consumos mostra uma situação geral para a bacia sem déficits hídricos. No entanto, ao analisar cada UPG são encontradas situações específicas de déficits hídricos: em janeiro e dezembro na UGP 2 (Toropi), embora de pequena magnitude; em dezembro, janeiro e fevereiro na UPG 8 (Afluentes do Uruguai Margem Esquerda); e em novembro, dezembro, janeiro e fevereiro n UGP 7 (Afluentes do Uruguai Margem Direita). Os maiores déficits ocorrem na UGP 7, no entanto essa UGP conta com a possibilidade de se suprir de água diretamente do Rio Uruguai, em parcela superior à considerada neste estudo (cadastro de outorgas da ANA). Situação Futura (página 61) Em termos de situações futuras quanto aos balanços hídricos, foram consideradas as projeções de demandas efetuadas para Tais projeções, confrontadas com os balanços hídricos atuais, permitem prever as situações futuras como parâmetros balizadores para a proposição de critérios de outorga. Como o objetivo deste prognóstico é projetar situações futuras que possam caracterizar maior pressão sobre os recursos hídricos, o cenário de maior demanda mostra-se, ainda assim, plenamente aceitável do ponto-de-vista dos balanços hídricos disponibilidade versus demandas, para o recursos hídricos superficiais. Em temos de água subterrâneas, já foi verificado que a situação apresenta-se, quanto ao balanço hídrico, bastante confortável. Assim, observa-se que tendo o Q90% como referencial para as águas superficiais, já há uma situação de equilíbrio entre as disponibilidades e as demandas. Portanto, com a construção da barragem de regularização Rodolfo Costa e Silva houve garantia de água para a captação realizada a jusante, na barragem Saturnino de Brito BARRAGEM DO DNOS Informações do nível da barragem colhidas pela Central de Controle Operacional da Unidade de Santa Maria da CORSAN e posteriormente comprovadas in loco, relatam que o reservatório praticamente secou. Fato que foi registrado em 2006 e sempre se repete em épocas de pouca precipitação, como ocorreu nos anos de 2010, 2011 e Portanto, para garantir o abastecimento de água ao município, deverão ser estudadas e implantadas ações conjuntas entre os municípios situados na bacia, o estado do Rio Grande do Sul e a operadora do sistema de abastecimento no sentido de proteger os aquíferos utilizados no abastecimento do município. Página 46

47 ADUÇÃO DE ÁGUA BRUTA O sistema de adução de água bruta do sistema Ibicuí-Mirim requer obras definitivas de recuperação e proteção, para garantir que as próximas chuvas não provoquem o rompimento dessas adutoras, como já aconteceu no passado recente. A CORSAN anunciou investimentos da ordem de R$ ,00 na recuperação da adutora no trecho entre a Barragem Saturnino de Brito e a Estação de Tratamento de Água, sem informar data de conclusão. A adutora de água bruta do Vacacaí-Mirim não apresenta problema dessa magnitude ELEVATÓRIAS DE ÁGUA BRUTA As elevatórias de água bruta estão em funcionando de forma adequada não necessitando de investimentos para sua melhoria TRATAMENTO DE ÁGUA Os investimentos realizados recentemente pela CORSAN na ampliação da estação de tratamento de água de Santa Maria, compreendendo inclusive a reutilização da água de lavagem dos filtros e um sistema de tratamento do lodo produzido na ETA, além de adequar ambientalmente sua operação, garante o atendimento a população do município e sua projeção de crescimento pelo período atendido neste estudo, até o ano de As informações fornecidas pela Unidade de Santa Maria na forma de uma planilha denominada CONSUMO PROGRESSIVOS dão conta da necessidade da ampliação da Estação de Tratamento para atender a demanda do ano de Nos cálculos apresentados na planilha consta que a população urbana da sede do município para o ano de 2010 foi estimada em habitantes, número muito acima da população divulgada pelo IBGE em 2010 que é de Outro parâmetro que impacta muito na demanda de água necessária para o atendimento a população é o índice de perda considerado no estudo, onde alcança 45% no ano de 2035, evidenciando a expectativa de pequena redução ao longo dos anos ADUÇÃO, RESERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA TRATADA A CORSAN disponibilizou um croqui do Sistema Integrado Santa Maria/Camobi, bastante desatualizado e sem informações suficientes para entender com mais profundidade como funciona a distribuição de água, pois não contem toda a infraestrutura do sistema e tão pouco como está setorizada distribuição. No entanto a Unidade de Santa Maria da CORSAN se prontificou em auxiliar a consultoria na elaboração de um desenho esquemático do Sistema de Abastecimento de Água, serviço que deverá levar certo tempo, data a natureza do trabalho que envolve o conhecimento de todo o sistema, e cujo profissional designado para a tarefa tem outras funções na Companhia. Nesse sentido, uma avaliação mais profunda do sistema de distribuição deverá acontecer após a elaboração do referido desenho do croqui atualizado. Os sistemas de adução e distribuição de água tratada são favorecidos pela topografia, pois os principais reservatórios, R-I e R-II encontram-se na parte mais elevada da cidade, a uma cota do terreno de 182 metros e alimentam toda a distribuição e funciona como reservatório pulmão para o abastecimento. Mais de 60% da distribuição é feita por gravidade. A rede de distribuição trabalha Página 47

48 com pressões elevadas, decorrentes da situação topográfica em que se encontram os reservatórios principais. No entanto, as pressões na rede estão sendo reduzidas em função das 50 VRP`s Válvulas Redutoras de Pressão, instaladas ao longo da rede. A Central de Controle Operacional (CCO), ligada a Coordenadoria Operacional é quem faz a gestão das VRP`s, desde o estudo para definir sua localização, instalação, operação, manutenção e controle operacional. A Coordenadoria desenvolve, ainda, programa de controle e redução de perdas, que compreende principalmente a redução das pressões na rede de distribuição e a instalação de macromedidores em setores de distribuição. Os resultados apresentados pela CCO quanto à redução dos vazamentos e consequentemente redução perdas físicas de água são significativos para o programa em desenvolvimento na Unidade de Santa Maria. No entanto percebe-se que a Unidade necessita de um estudo de modelagem hidráulica do sistema de distribuição para definir tecnicamente as que ações de melhorias operacionais no abastecimento são necessárias. Identifica-se também a necessidade de um plano de substituição das redes e ramais com problemas de qualidade, principalmente as redes de cimento amianto que trabalham com pressões mais elevadas e onde ocorrem mais vazamentos CONTROLE DE PERDAS (Critérios de Eficiência e Economia) O Decreto Estadual n o 37033/96, que regulamenta a outorga de uso da água no Estado do Rio Grande do Sul, no seu Artigo 18, estabelece que dentro de uma mesma categoria de usuários, terá preferência para a outorga de direito de uso da água o usuário que comprovar maior eficiência e economia na sua utilização, mediante tecnologias apropriadas, eliminação de perdas e desperdícios e outras condições a serem firmadas nos plano de Bacia Hidrográfica. O Relatório Final do Processo de Planejamento da Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí Fases A e B, de fevereiro de 2012, na página 72 comenta o seguinte sobre o Artigo 18: Assim, em casos de disputa, decorrente da indisponibilidade hídrica (ou disponibilidade restrita) frente às demandas de água, características de situação limite nos balanços hídricos, a decisão do gestor quanto a escolha de qual usuário deverá ser outorgado (em um mesmo nível de prioridade) submete-se a critério técnico: eficiência e economia. Sendo o abastecimento humano (público) o usuário prioritário, dificilmente haverá necessidade de aplicação de critério de preferência nessa categoria de usuário. No entanto, pode ser utilizados alguns indicadores técnicos no caso de necessidade, tais como: menor índice de perdas físicas nos sistemas de abastecimento e menor demanda per capita. Sem necessitar entrar em detalhes técnicos, esses dois indicadores podem ser utilizados para definir, em caso de concorrência dentro da mesma categoria, qual usuário será outorgado. Página 48

49 Portanto, o critério acima exposto, demonstra a importância do programa de redução e controle de perdas para o sistema de Santa Maria INFORMAÇÕES DA CONCESSIONÁRIA PRESTADORA DE SERVIÇOS CORSAN Nos documentos da CORSAN relativos ao mês base de setembro de 2012, os dados relativos ao sistema operado pela Unidade de Santa Maria são os seguintes: Quadro 6 Indicadores do SAA de Santa Maria Corsan set/2012 Nome do dado Valor Porcentagem Sistema de Abastecimento de Água População Atendida (hab.) % Ligações (un.) Ligações com hidrômetro (un.) ,34% Ligações com consumo de 5m 3 (un.) ,82% Economias (un.) Economias com Hidrômetro (un.) ,33% Economias com consumo (un.) ,06% Economias com consumo até 5m 3 (un.) ,09% Extensão de rede de água (m) Volume Disponibilizado (VD) m 3 /mês Volume Utilizado (VU) m 3 /mês Índice de Perda na Distribuição (IPD) 43,34% Receita e despesas junho/2012 Receita (R$) ,04 Despesas (R$) ,34 Resultado (R$) ,70 35% Quadro 7 Indicadores Operacionais do SAA de Santa Maria Corsan 1º sem/2012 Indicadores Operacionais Média do Primeiro Semestre de 2012 Intervenções em Ramais 526 Consertos de Rede até 150 mm 45,50 Consertos de Rede acima de 150 mm 3,42 Página 49

50 INDICADORES DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Quadro 8 Indicadores do SAA de Santa Maria Corsan 1º sem/2012 Indicadores Primários Média do Primeiro Semestre de 2012 Índice de Perdas na Distribuição - IPD (%) 42,45 Índice de Perdas por Ligação - IPL ((L/dia)/lig.) 474,69 Índice de Macromedição - IM (%) 10,11 Volume Disponibilizado - VD (m³) ,75 Volume Utilizado - VU (m³) ,42 Volume Disponib. Unitário -Vdu (m³/eco.) 18,20 Volume Exportado (m³) ,42 Volume Macromedido( m³) ,08 Volume Utilizado Unitário - VUu (m³/eco.) 10,44 IPD Média 12 meses (%) 45,65 IPL Média 12 Meses ((L/dia)/lig.) 559, ESTRUTURA ORGANIZACIONAL A Companhia Riograndense de Saneamento - CORSAN, por meio de sua Diretoria de Operação e da Superintendência da Região Central - SURCEN, atende 42 municípios nesta região do Estado. Em Santa Maria está lotada sede da Superintendência Regional e tem a Unidade de Saneamento de Santa Maria, responsável pela gestão e operação dos serviços locais de saneamento básico, com autonomia administrativa, comercial e operacional. A Unidade de Saneamento de Santa Maria conta com 126 colaboradores, onde 28 (22%) estão lotados na área administrativa e 98 (78%) na área operacional, conforme mostra o quadro a seguir: Quadro 9 Quadro de Pessoal da Corsan - Unidade de Santa Maria ITEM CARGO QUANTIDADE 1 ADMINISTRADOR 1 2 AGENTE ADM AUXILIAR II 4 3 AGENTE ADMINISTRATIVO 23 4 AGENTE DE SERVIÇOS OPERACIONAIS 47 5 AGENTE DE TRATAMENTO ÁGUA E ESGOTO 19 6 AUXILIAR INSTALAÇÃO REDE 5 7 AUXILIAR PITOMETRIA 2 8 AUXILIAR TRATAMENTO ÁGUA E ESGOTO 1 9 ENGENHEIRO 2 10 INSTALADOR REDES MONTADOR 1 12 TÉCNICO ELETROTECNICO 2 13 TÉCNICO INDUSTRIAL 2 Página 50

51 14 TÉCNICO MECANICO 2 15 TÉCNICO QUIMICO 2 16 AGENTE EM TRATAMENTO ÁGUA E ESGOTO 1 17 TECNICO TRATAMENTO ÁGUA E ESGOTO DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA - DISTRITOS. O sistema de abastecimento de água dos distritos apresenta características semelhantes cujo manancial utilizado é o subterrâneo através de poços tubulares profundos e, alguns casos utilizam-se de poços rasos e/ou vertentes, apesar de não existir registro sobre a qualidade da água consumida as informações dão conta que são de boa qualidade. Portanto deverá ser considerada essa mesma fonte de abastecimento para os próximos anos. Todos os distritos já possuem um sistema de abastecimento de água que atende o núcleo dessas comunidades, que deverá ser ampliado quanto a sua capacidade de atendimento, considerando o pequeno crescimento durante o horizonte do plano. Algumas localidades convivem com escassez de água em época de estiagem, principalmente nas abastecidas por poços rasos e vertentes, necessitando estudos para definição de local mais adequado para encontrar água subterrânea. A defesa civil do município socorre essas comunidades com caminhão-pipa na época de estiagem, propiciando despesas com transporte ao município e desconforme à população. Os dados e informações sobre as características dos sistemas instalados não estão registrados e organizados de tal forma que possa ser consultado e utilizado como base para futuros planos. As informações prestadas pelos gestores dos distritos, consultados na época da visita, oferecem indicativo das necessidades de infraestrutura em abastecimento de água em aproximadamente 23 localidades (Núcleos Urbanos Isolados, Sede dos Distritos, Localidade Rurais, Quilombolas), considerando que a CORSAN atende algumas das sedes dos distritos. Recomenda-se a revisão deste Plano a cada 4 (quatro) anos conforme legislação federal, para que sejam feitas as adequações necessárias à realidade, que pode ser alterada com o decorrer dos anos. Página 51

52 3. REQUISITOS PARA GESTÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 4.1. DIRETRIZES São considerados eficazes e eficientes os Sistemas de Abastecimento de Água, Comercial e de Gestão dos Serviços que atendam aos seus usuários, que sejam auto-suficientes financeiramente e concomitantemente atendam as seguintes diretrizes: Onde a qualidade da água esteja, a qualquer tempo, dentro dos padrões de potabilidade, no mínimo, atendendo aos dispositivos legais da Portaria n /2011 do Ministério da Saúde ou aqueles que venham a ser fixados pela administração do sistema; Busquem constantemente a universalização dos serviços, visando à garantia da inclusão de toda a população, atual e futura, ao atendimento pelos serviços; Onde o usuário seja a razão de ser da empresa, independentemente desta ser pública, mista, autarquia ou privada; Tenham regularidade e continuidade na prestação de serviços de abastecimento de água, no que se refere à quantidade e pressão dentro dos padrões estabelecidos pela ABNT; Onde a prestação de serviços, originados pelos usuários, atendam suas expectativas em termos de prazos de atendimento e qualidade do serviço prestado; Onde a grade tarifária a ser aplicada privilegie os usuários que pratiquem a economicidade no consumo de água; Onde o custo do m³ cobrado de água produzido e distribuído e do esgoto coletado e tratado seja justo e que possa ser absorvido pela população, mesmo aquela de baixa renda, sem causar desequilíbrio financeiro domiciliar sem, contudo, inviabilizar os planos de investimentos necessários; Onde a relação preço/qualidade dos serviços prestados esteja otimizada e que a busca pela diminuição de perdas físicas, de energia e outras seja permanente; Onde a política de cobrança com adequada regulação econômica, deverá prever a arrecadação pela disposição dos serviços públicos de saneamento básico a imóveis cujos proprietários ou ocupantes efetivos não tenham aderido voluntariamente à sua prestação. Onde a operação do sistema seja adequada, no que se refere à medição correta de consumos e respectivos pagamentos; Onde a empresa atue com isonomia na prestação de serviços a seus clientes; Onde sejam previstas nos projetos de implantação das obras, condições de minimizar as interferências com a segurança e tráfego de pessoas e veículos; Onde os serviços de manutenção preventiva/preditiva tenham prevalência em relação às corretivas; Onde esteja disponibilizado um bom sistema de geração de informações e que os dados que venham a alimentar as variáveis dos indicadores sejam verídicos e obtidos da boa técnica; Onde os indicadores selecionados permitam ações oportunas de correção e otimização da operação dos serviços; Onde haja a busca permanente por prover soluções otimizadas ao cliente; Onde seja aplicada a tecnologia mais avançada, adequada às suas operações; Onde seja viabilizado o desenvolvimento técnico e pessoal dos profissionais envolvidos nos trabalhos; Página 52

53 Onde ocorra a busca da melhoria contínua do desempenho do corpo profissional envolvido OBRIGAÇÕES Para assegurar o cumprimento das diretrizes fixadas faz-se necessário a observação das obrigações inerentes ao poder público. As principais obrigações da Administração Municipal a serem atendidas são: A Administração Municipal deverá constituir ou delegar a competente regulação dos serviços, conforme previsto em lei; A Administração Municipal deverá fortalecer a capacidade técnica e administrativa da entidade reguladora para que a mesma tenha relevante atuação conforme previsto na lei; A Administração Municipal ou a quem a mesma delegar a operação dos sistemas deverá desenvolver um sistema de indicadores, o qual deverá ser utilizado para acompanhamento do cumprimento das metas estabelecidas; A entidade reguladora dos serviços deverá implantar um sistema de avaliação e monitoramento, acompanhando a evolução das metas, utilizando o sistema de indicadores desenvolvido, atuando sempre que ocorrerem desconformidades e acionando medidas para correção, garantindo o fiel cumprimento das metas fixadas, sejam elas quantitativas e/ou qualitativas; A Administração Municipal ou a quem a mesma delegar a operação dos sistemas deverá obter todas as licenças ambientais para execução de obras e operação dos serviços nos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, tendo em vista que diversas dessas obras são passíveis de licenciamento ambiental nos termos de legislação específica (Lei Federal nº 6.938/1988, Decreto Federal nº /1990 e Resoluções CONAMA nº 5/1988, 237/1997 e 377/2006); A Administração Municipal ou a quem a mesma delegar a operação dos sistemas deverá ser responsável pelos custos de expansão da rede de distribuição e respectivas ligações domiciliares, sempre que a relação metro por ligação for igual ou inferior a 13 m/ligação; nos casos em que essa relação for superior a diferença do custo desses serviços deverá ser rateado proporcionalmente entre todos os interessados e o operador; A Administração deverá garantir que as obras e serviços venham a ser executados atendendo todas as legislações referentes à segurança do trabalho; Deverá ser efetuada a implantação de um sistema de qualidade envolvendo todas as etapas do processo, inicialmente com a ISO 9001/2008, sendo complementado posteriormente pela ISO INDICADORES Como primeiro passo, apresentam-se alguns indicadores que nos ajudam a estabelecer estes objetivos de forma quantitativa. A escolha destes indicadores será realizada de forma setorial por cada um dos serviços urbanos estudados (água potável, rede de esgoto, rede de drenagem e coleta de resíduos sólidos urbanos), como será apresentado nos itens seguintes. Página 53

54 INDICADORES DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA INDICADOR PARA MONITORAMENTO DA UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS CBA Como o índice de atendimento urbano de água, informado pela CORSAN é de 100%, apesar do SNIS/2010 informar que o índice de atendimento total de água é de 91,05%, consequentemente a cobertura pode ser considerada em 100%. Sendo assim, previu-se a manutenção deste patamar até o final do horizonte do estudo. A cobertura do sistema de abastecimento de água CBA ao longo do tempo será medida pelo indicador e será calculada anualmente pela seguinte expressão: CBA = (NIL x 100)/NTE Onde: CBA = cobertura pela rede de distribuição de água, em porcentagem; NIL = número de imóveis ligados à rede de distribuição de água; NTE = número total de imóveis edificados na área de prestação. Na determinação do número total de imóveis edificados na área de prestação dos serviços NTE, não serão considerados os imóveis que não estejam ligados à rede de distribuição, tais como: localizados em loteamentos de empreendedores particulares que estiverem inadimplentes com suas obrigações perante a legislação vigente, a Prefeitura Municipal e demais poderes constituídos e com o prestador dos serviços, e ainda, não serão considerados os imóveis abastecidos exclusivamente por fontes próprias de produção de água INDICADOR PARA MONITORAMENTO QUALIDADE DA ÁGUA IQA O sistema de abastecimento de água, em condições normais de funcionamento, deverá assegurar o fornecimento de água demandada pelas ligações existentes no sistema, garantidas o padrão de potabilidade estabelecido pelos órgãos competentes. A qualidade da água distribuída será medida pelo Índice de Qualidade da Água IQA; em sua definição serão considerados os parâmetros de avaliação da qualidade mais importantes, cujo bom desempenho depende não apenas da qualidade intrínseca dos mananciais, mas, fundamentalmente, de uma operação correta, tanto do sistema produtor quanto do sistema de distribuição de água. O índice deverá ser calculado mensalmente a partir de princípios estatísticos que privilegiam a regularidade da qualidade da água distribuída, sendo o valor final do índice pouco afetado por resultados que apresentem pequenos desvios em relação aos limites fixados. O IQA será calculado com base no resultado das análises laboratoriais das amostras de água coletada na rede de distribuição, segundo um programa de coleta que atenda a legislação vigente e seja representativa para o cálculo estatístico. Para garantir a representatividade, a freqüência de amostragem do parâmetro colimetria, fixado pelos órgãos competentes, deverá também ser adotado para os demais parâmetros que compõem o índice. Página 54

55 A freqüência de apuração do IQA será mensal, utilizando os resultados das análises efetuadas nos últimos 03 meses. Para apuração do IQA, o sistema de controle da qualidade da água deverá incluir um sistema de coleta de amostras e de execução das análises laboratoriais que permitam o levantamento dos dados necessários além de atender a legislação vigente. O IQA é calculado como a média ponderada das probabilidades de atendimento da condição exigida de cada um dos parâmetros constantes da tabela abaixo, considerados os respectivos pesos. Figura 6 - Tabela Parâmetros da Qualidade da Água Parâmetro Símbolo Condições exigidas Peso Turbidez Cloro residual livre ph Fluoreto Bacteriologia TB CRL ph FLR BAC Menor que 1,0 U.T. ( unidade de turbidez) 0,20 Maior que 0,2 ( dois décimos) e menor que um valor limite a ser fixado de acordo com as condições do sistema 0,25 Maior que 6,5 ( seis e meio) e menor que 8,5 ( oito e meio) 0,10 Maior que 0,7 ( sete décimos) e menor que 0,9 (nove décimos) mg/l ( miligramas por litro) Menor que 1,0 (uma) UFC/100 ml ( unidade formadora de colônia por cem mililitros) 0,15 0,30 A probabilidade de atendimento de cada um dos parâmetros da tabela será obtida através da teoria da distribuição normal ou de Gauss; no caso da bacteriologia, será utilizada a freqüência relativa entre o número de amostras potáveis e o número de amostras analisadas. Determinada a probabilidade de atendimento para cada parâmetro, o IQA será obtido através da seguinte expressão: IQA = 0,20 x P(TB) + 0,25 x P(CRL) + 0,10 x P(pH) + 0,15 x P(FLR) + 0,30 x P(BAC) Onde: P(TB) probabilidade de que seja atendida a condição exigida para a turbidez; P(CRL) probabilidade de que seja atendida a condição para o cloro residual; P(pH) probabilidade de que seja atendida a condição exigida para o ph; P(FLR) probabilidade de que seja atendida a condição exigida para os fluoretos; P(BAC) probabilidade de que seja atendida a condição para a bacteriologia. A apuração mensal do IQA não isentará o prestador do serviço de abastecimento de água de suas responsabilidades perante outros órgãos fiscalizadores e perante a legislação vigente, sendo a Página 55

56 qualidade de água distribuída no sistema calculado de acordo com a média dos valores do IQA verificados nos últimos 12 meses INDICADOR PARA MONITORAMENTO DA CONTINUIDADE DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA ICA Este índice estabelecerá um parâmetro objetivo de análise para verificação do nível de prestação do serviço, no que se refere à continuidade do fornecimento de água aos usuários, sendo estabelecido de modo a garantir as expectativas dos usuários quanto ao nível de disponibilização de água em seu imóvel e conseqüentemente o percentual de falhas por eles aceito. Consiste na quantificação do tempo em que o abastecimento pode ser considerado normal, comparado ao tempo total de apuração do índice, que será apurado mensalmente. Para apuração do valor do ICA deverá ser registrado continuamente o nível de água em todos os reservatórios em operação no sistema, e registrados continuamente as pressões em pontos da rede de distribuição, devendo a seleção dos pontos ser representativa e abranger todos os setores de abastecimento e ser instalado pelo menos um registrador de pressão para cada ligações. O ICA será calculado através da seguinte expressão: ICA = [ ( _ TPMB + _ TNMM ) X 100 ] / (NPM X TTA) Onde: ICA índice de continuidade do abastecimento de água, em porcentagem (%); TTA tempo total da apuração, que é o tempo total, em horas, decorrido entre o início e o término do período de apuração; TPMB tempo com pressão maior que 10 (dez) mca. É o tempo total, medido em horas, dentro do período de apuração, durante o qual um determinado registrador de pressão registrou valores iguais ou maiores que 10 (dez) mca. TNMM tempo com nível maior que o mínimo. É o tempo total, medido em horas, dentro do período de apuração, durante o qual um determinado reservatório permaneceu com o nível de água em cota superior ao nível mínimo da operação normal. NPM número de pontos de medida, que é o número total dos pontos de medida utilizados no período de apuração, assim entendidos os pontos de medição de nível de reservatórios e os de medição de pressão na rede de distribuição. Na determinação do ICA não deverão ser considerados registros de pressões ou níveis de reservatórios abaixo dos valores mínimos estabelecidos, no caso de ocorrências programadas e devidamente comunicadas à população, bem como no caso de ocorrências decorrentes de eventos além da capacidade de previsão e gerenciamento do prestador, tais como inundações, incêndios, precipitações pluviométricas anormais, interrupção do fornecimento de energia elétrica, greves em setores essenciais ao serviço e outros eventos semelhantes, que venham a causar danos de grande monta às unidades operacionais do sistema. Página 56

57 INDICADOR PARA MONITORAMENTO DAS PERDAS NO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO IPD O índice de perdas no sistema de distribuição de água deverá ser determinado e controlado para verificação da eficiência das unidades operacionais do sistema e garantir que o desperdício dos recursos naturais seja o menor possível. O índice de perdas de água no sistema de distribuição será calculado pela seguinte expressão: IPD = (VLP VAM) x 100/VLP Onde: IPD índice de perdas de água no sistema de distribuição em percentagem (%); VLP volume total de água potável macromedido e disponibilizada para a rede de distribuição por meio de uma ou mais unidade de produção; VAM volume de água fornecido em m³ resultante da leitura dos micromedidores e do volume estimado das ligações que não os possuem. O volume estimado consumido de uma ligação sem hidrômetro será a média do consumo das ligações com hidrômetros de mesma categoria de uso INDICADORES DE GESTÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA INDICADOR PARA MONITORAMENTO DA EFICIÊNCIA NOS PRAZOS DE ATENDIMENTO IEPA O índice será calculado mensalmente com base no acompanhamento e avaliação dos prazos de atendimento dos serviços de maior freqüência. Propõe-se como prazo o período de tempo decorrido entre a solicitação do serviço pelo usuário e a data de inicio dos trabalhos. Os prazos são para solicitações efetuadas dentro do horário comercial (2ª a 6ª feira, das 8:00 às 17:00 h), fora desse período os mesmos deverão ser majorados em 100%. Tabela 1 - Prazos para Atendimento das Solicitações de Serviços Serviços Unidades Prazo Ligação de água Dias úteis 5 Reparo de vazamento de água Horas 12 Reparo de cavalete Horas 12 Falta de água local ou geral Horas 12 Ligação de esgoto Dias úteis 10 Desobstrução de redes e ramais de esgoto Horas 12 Ocorrências relativas à repavimentação Dias úteis 3 Verificação da qualidade da água Horas 6 Verificação de falta de água/pouca pressão Horas 6 Restabelecimento do fornecimento de água por débito Horas 24 Restabelecimento do fornecimento a pedido Dias úteis 2 Ocorrências de caráter comercial Dias úteis 2 Remanejamento de ramal de água Dias úteis 5 Deslocamento de cavalete Dias úteis 3 Substituição de hidrômetro a pedido do cliente Dias úteis 2 Página 57

58 O índice de eficiência dos prazos de atendimento será determinado como segue: IEPA = (Quantidade de serviços realizados no prazo estabelecido x 100) / (quantidade total de serviços realizados) INDICADOR DE MONITORAMENTO DA SATISFAÇÃO DO CLIENTE NO ATENDIMENTO ISCA O indicador de satisfação do cliente no atendimento - ISCA deve mensurar o grau de satisfação do usuário em relação ao atendimento recebido, devendo ser calculado mensalmente e avaliado como média anual. A obtenção dos dados para integrar o índice deve ser efetuada por amostragem, em quantidade suficiente que garanta a representatividade do universo de solicitações, sendo que da pesquisa deverão constar obrigatoriamente os itens relacionados na tabela a seguir apresentada. Tabela 2 - Parâmetros para Indicador da Satisfação dos Clientes Item Atendimento personalizado Atendimento telefônico Cortesia no atendimento Profissionalismo no atendimento Conforto oferecido pelas instalações físicas, mobiliário e equipamentos. Condições a ser verificada Atendimento em tempo inferior a 15 minutos Atendimento em tempo inferior a 5 minutos Com cortesia Sem Cortesia Com profissionalismo Sem profissionalismo Sem conforto O indicador deverá ser calculado como segue: ISCA = (quantidade de atendimentos pesquisados no padrão X 100) / (Quantidade total de serviços pesquisados) INDICADOR DE MONITORAMENTO DA EFICIÊNCIA NA ARRECADAÇÃO IEAR A eficiência da arrecadação é um indicador que permite o acompanhamento da efetividade das ações que viabilizem o recebimento dos valores faturados. O acompanhamento deverá ser mensal e referenciado sempre ao mês base, devendo ser apurado até o terceiro mês do faturamento. Após esse período passará a ser considerado como um serviço ineficiente em relação à efetividade de arrecadação. Deverá ser calculado da seguinte forma: Página 58

59 IEAR = (Valor arrecadado (mês base)/ Valor faturado (mês base)) + (Valor arrecadado (mês base) no mês base + 1/ Valor faturado (mês base)) + (Valor arrecadado (mês base) no mês base + 2/ Valor faturado (mês base)) METAS Neste item serão fixadas as metas a estabelecer dentro do horizonte temporal do Plano Diretor. Estas metas foram estabelecidas seguindo uma priorização temporal na qual foram estabelecidos os seguintes horizontes: Metas a curto prazo: são aquelas que se apresentam como sendo atingíveis nos primeiros cinco anos de horizonte do plano. Metas a médio prazo: são aquelas que se apresentam para implantar entre o quinto e décimo ano do horizonte do plano. Metas a longo prazo: são aquelas que se apresentam como sendo atingíveis nos últimos dez anos (do ano 10 ao ano 20) do horizonte do plano. O estabelecimento das metas será realizado em função dos parâmetros selecionados no item de indicadores deste documento, estabelecendo-se os marcos setoriais que constam em cada um dos itens seguintes METAS FIXADAS PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA As metas para o sistema de abastecimento de água levam em consideração a evolução do sistema à curto, médio e longo prazo METAS PARA O INDICADOR UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS CBA Tabela 3 - Meta para Universalização do Sistema de Abastecimento de Água Ano Cobertura (%) % % % % % 2017 a % Página 59

60 METAS PARA O INDICADOR QUALIDADE DA ÁGUA - IQA Para efeito de cumprimento da evolução da meta em relação ao IQA, a água produzida será considerada adequada se, a média dos IQA s apurados nos últimos 12 meses atender os valores especificados na tabela abaixo. Tabela 4 - Meta para Atendimento da Qualidade da Água Ano Meta do IQA (%) 1 a a em diante METAS PARA O INDICADOR CONTINUIDADE DO ABASTECIMENTO - ICA Tabela 5 - Meta para Atendimento da Continuidade no Abastecimento. Ano Meta do ICA (%) 1 a ao em diante > METAS PARA O INDICADOR ÍNDICE DE PERDAS - IPD As metas do IPD a serem atingidas são as apresentadas na tabela a seguir, partindo-se de um valor de 43,34%, valor médio no período de 12 meses, de outubro de 2011 a setembro de 2012, calculado através das informações contidas no Relatório Operacional de Santa Maria e Camobi de setembro de Cabe ressaltar que o IPD constante do SNIS/2010 é de 47,02%. Propõe-se que exista uma redução no decorrer do tempo, conforme pode ser observado na tabela, mantendo-se no patamar de 25% até o final do horizonte. Página 60

61 Tabela 6 - Meta para Índice de Perdas Ano Índice Perdas (%) , , , , , , , , , , a , METAS PARA O INDICADOR ATENDIMENTO DAS SOLICITAÇÕES DE SERVIÇOS - IEPA Tabela 7 - Meta para Atendimento das Solicitações de Serviços Ano Metas do IEPA (%) Do 1 ao 2 80 Do 3 ao 4 90 Do ano 5 em diante METAS PARA O INDICADOR SATISFAÇÃO DOS CLIENTES - ISCA Tabela 8 - Meta para Indicador de Satisfação dos Clientes Ano Meta do ISCA (%) Do 1 ao 2 90 Do 3 ao 4 95 Do ano 5 em diante METAS PARA O INDICADOR SATISFAÇÃO DOS CLIENTES IEAR Tabela 9 - Meta para Indicador de Eficiência na Arrecadação Ano Meta do IEAR (%) Do ano 1 ao 2 Do ano 3 em diante Diminuição de 0,5% ao ano em relação ao ano anterior Diminuição de 0,25% ao ano em relação ao ano anterior, até atingir uma eficiência de 99%. Página 61

62 RESUMO DOS INDICADORES E METAS PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Figura 7 - Resumo dos Indicadores e Metas para o Sistema de Abastecimento de Água Página 62

63 5. PLANEJAMENTO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 5.1. ESTUDO POPULACIONAL Para a elaboração deste primeiro item empregaram-se duas fontes de informação: o Censo do ano de 2010, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o documento de Indicadores socioeconômicos e ambientais de Santa Maria: Análise demográfica do município, elaborado pelo Escritório da Cidade, editado pela Diretoria de Planejamento da Prefeitura Municipal de Santa Maria, em maio de POPULAÇÃO ATUAL Santa Maria é formada por 10 distritos, entre os quais se destaca o 1 º Distrito (Sede), por ser onde está localizado o núcleo urbano principal e, portanto, a maioria da sua população. Por sua vez, o Distrito Sede é dividido em 8 Regiões Administrativas que formam um total de 41 bairros, enquanto o restante dos distritos não tem subdivisões. Figura 8 - Distritos de Santa Maria e Distrito Sede Página 63

64 Tabela 10 - Dados de população e densidade dos distritos de Santa Maria DISTRITO POPULAÇÃO 2010 DENSIDADE (Hab/km 2 ) Pains ,96 Boca do Monte ,84 Arroio Grande ,81 Santa Flora ,06 Arroio do Sol 944 6,04 Palma 856 9,03 São Valentin 565 3,43 Passo do Verde 531 4,04 Santo Antão ,13 Sede ,34 Fonte: Adaptado a partir de dados da Prefeitura Municipal de Santa Maria, Escritório da Cidade. Maio Figura 9 - Densidade de população dos Distritos de Santa Maria. Após o Distrito Sede, o de Pains é o segundo mais povoado dos 10 distritos que compõem o município. Isto se deve à sua localização, que permite o aumento do perímetro urbano, dando Página 64

65 espaço a comunidades como Passo das Tropas, Vila Ipiranga, Vila Marques, Sítio dos Paines, Vila Videira e Vila Abrantes (Escritório da Cidade, Maio 2012) EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO Se analisarmos a evolução da população, observa-se que o município de Santa Maria incrementou o número de habitantes de forma constante nas últimas décadas até os nossos dias. Tabela 11 - Evolução da população de Santa Maria entre 1950 e 2010 Ano População Total (hab.) População Urbana (hab.) População Rural (hab.) Taxa de Urbanização (%) (hab.) ,3% ,6% ,3% ,1% ,8% ,7% ,1% Fonte: Prefeitura Municipal de Santa Maria, Escritório da Cidade. Gráfico 1 - Evolução da população do município, de 1950 a Fonte: Adaptado de IBGE Censo Analisando a taxa de crescimento de população, (Tabela 3) observa-se que o maior incremento de população situa-se no período compreendido entre os anos 1950 e 1960, com novos habitantes provenientes de zonas rurais. Página 65

66 Tabela 12 - Taxa de crescimento da população de Santa Maria entre 1950 e Período Acréscimo Populacional (Nº de hab.) Taxa de Crescimento (%) 1950 a ,4% 1960 a ,8% 1970 a ,8% 1980 a ,2% 1990 a ,1% 2000 a ,7% Fonte: Prefeitura Municipal de Santa Maria, Escritório da Cidade. Gráfico 2 - Evolução da taxa de crescimento do município. Fonte: Adaptado de IBGE Censo Além disso, na série histórica de população pode-se notar que a partir dos anos 60 as zonas urbanas começaram a ganhar peso em comparação com as rurais, tendência que se tem mantido até hoje. O fato de ser a maior cidade da região central do Estado do Rio Grande do Sul atuou como pólo de atração de população, à medida que esta se desenvolvia. O referido desenvolvimento foi catalisado pela fundação, no ano de 1960, da Universidade Federal de Santa Maria, a primeira do Brasil instalada fora de uma capital de Estado. No final de 1970, outro fator que provocou a chegada de novos habitantes ao município e, em concreto, militares, foi à instalação da Base Aérea de Santa Página 66

67 Maria. A implantação destes dois centros explica o grande aumento da taxa de urbanização entre os anos 60 e 70. Gráfico 3 - Evolução da população rural e urbana em Santa Maria. Fonte: Adaptado de IBGE Censo Se for definida uma taxa de urbanização como a proporção existente entre o número de habitantes que residem na cidade com relação aos que o fazem no campo, pode-se observar uma estabilização do seu valor nos últimos 12 anos. Gráfico 4 - Evolução da taxa de urbanização. Fonte: Adaptado de IBGE Censo Página 67

68 POPULAÇÃO ATUAL SEDE Segundo os dados do censo de 2010 do IBGE a população atual do Distrito Sede é de pessoas, distribuídas ao longo de 8 Regiões Administrativas e 41 bairros. A referida distribuição foi determinada em 2006 (Escritório da Cidade/PMSM, Maio 2012). Região administrativa Centro Urbano Centro-Leste Centro-Oeste Tabela 13 - Divisão por bairros, estabelecida em 2006, no município de Santa Maria. Nome Nossa Senhora Medianeira População (Hab.) Área (km2) Área (%) Densidade Demográfica Hab./km ,91 1,51% Nonoai ,61 0,48% Nossa Senhora de Lourdes Nossa Senhora de Fátima ,47 1,17% ,84 0,67% Bonfim ,55 0,44% Centro ,90 1,51% Nossa Senhora do Rosário ,85 0,68% Cerrito ,78 3,79% 236 São José ,69 3,72% Pé-de-Plátano ,14 3,28% 532 Diácono João Luiz Pozzobon ,63 6,05% 413 Uglione ,68 0,54% Duque de Caxias ,63 0,50% Patronato ,18 0,94% Noal ,25 0,99% Passo D'Areia ,66 2,11% Leste Camobi ,35 16,13% Nordeste Nossa Senhora das Dores ,10 0,87% Menino Jesus ,60 0,48% Presidente João Goulart ,81 1,43% Itararé ,32 1,84% Campestre do Menino Deus ,59 6,81% 314 Página 68

69 Norte Oeste Sul Km Três ,39 2,69% 739 Divina Providência ,84 0,67% Carolina ,46 0,36% Salgado Filho ,74 0,59% Caturrita ,88 3,07% 828 Chácara das Flores ,01 1,60% Nossa Senhora do Perpétuo Socorro ,00 3,17% Boi Morto ,84 4,63% 439 Renascenþa ,43 1,13% São João ,84 0,66% Tancredo Neves ,42 2,71% Pinheiro Machado ,59 2,85% Jucelino Kubtschek ,46 1,95% Nova Santa Marta ,95 1,54% Agroindustrial 224 6,75 5,35% 33 Lorenzi ,87 3,86% Tomazetti ,78 4,58% 353 Dom Antônio Reis ,61 0,48% Urlândia ,72 2,16% TOTAL ,10 100,00% - Fonte: Prefeitura Municipal de Santa Maria, Escritório da Cidade. Das 41 subdivisões, o Bairro de Camobi, localizado a leste da cidade, é o mais povoado, seguido dos bairros Centro e Juscelino Kubitschek. O Bairro de Nova Santa Marta é o seguinte mais importante quanto ao número de habitantes. Em outro extremo situa-se o Bairro Agroindustrial, localizado no extremo oeste da cidade, que é onde está localizado o tecido industrial do município e, portanto, apresenta o menor número de residentes. Página 69

70 Figura 10 - Densidade de população dos bairros do distrito sede I No plano de densidades anterior pode-se observar como a Região Administrativa Centro Urbano é a que apresenta a maior densidade de população (bairros de Salgado Filho, Bonfim, Nossa Senhora de Fátima e Centro). Cabe indicar ainda que a densidade do Bairro de Camobi não é das mais elevadas devido a que, apesar de ser o mais povoado da cidade, é o que ocupa a maior superfície EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO A evolução da população do Distrito Sede seguiu uma tendência muito similar à evolução da população do conjunto do município já vista, dado que este distrito é essencialmente do tipo urbano. Se forem cotejados os dados demográficos da população da referida tabela pode-se perceber que a maioria dos novos cidadãos, no período de 1990 a 2010, estabeleceu-se no Distrito Sede. Página 70

71 Gráfico 5 - Evolução da população no Distrito Sede INDICADORES DE CRESCIMENTO No documento de Caracterização Física e Social da fase de Diagnóstico expunham-se em detalhe os indicadores de crescimento da população de Santa Maria, pelo qual neste item pretende-se resumir as principais questões ali descritas, com o fim de poder entender o comportamento até a data e, portanto, poder prever a evolução futura NASCIMENTOS E ÓBITOS O Gráfico abaixo apresenta o número de nascimentos ocorridos no período Gráfico 6 - Número de nascimentos em Santa Maria. Fonte: Adaptado de IBGE Censo Escritório da Cidade. Página 71

72 Se os mesmos dados forem representados em um gráfico de linhas pode-se notar como nos últimos anos a natalidade tem estabilizado entorno dos nascimentos por ano. Gráfico 7 - Tendência de natalidade de Santa Maria. Fonte: Adaptado de IBGE Censo Escritório da Cidade. Analisando a mortalidade entre as pessoas com mais de 60 anos aprecia-se um aumento dos óbitos desde o ano de Este comportamento pode ser devido a um maior número de pessoas de mais idade relacionado, por sua vez, ao aumento de população que ocorreu no município desde os anos 50. Gráfico 8 - Óbitos de pessoas com mais de 60 anos Fonte: Adaptado de IBGE Censo Escritório da Cidade Página 72

73 Apesar do aumento dos óbitos, vemos que estes ficam abaixo do número de nascimentos, pelo qual, se forem considerados somente estes dois fatores, podemos supor que a população de Santa Maria crescerá no futuro, ainda que em menor medida que no passado, já que os nascimentos tem estancado, enquanto as mortes seguem uma tendência crescente IMIGRAÇÃO Com relação à distribuição por nacionalidades, quase a totalidade da população de Santa Maria é brasileira. Segundo dados do Censo de 2010 somente 316 pessoas eram consideradas estrangeiras. Tabela 14 - Nacionalidades da população residente em Santa Maria. Nacionalidade Pessoas Brasileira Brasileira-nata Brasileira por naturalização 157 Estrangeira 316 Total Fonte: Prefeitura Municipal de Santa Maria, Escritório da Cidade. Censo Se analisarmos a origem da população com relação ao município ou à unidade da federação, observamos que a maioria dos habitantes nasceu no município, 64,1% frente a 35,9% que não nasceu nele. Com relação ao estado de origem, 97,3% dos residentes nasceu no Estado do Rio Grande do Sul. Isto significa que a imigração de Santa Maria procede de populações relativamente próximas, dentro do Estado, dado que somente 2,7% não é natural do Rio Grande do Sul. Tabela 15 - Origem dos habitantes com relação ao município ou unidade da Federação. Naturalidade Pessoas Naturais do município Não naturais do município Naturais da unidade da federação Não naturais da unidade da federação Total Fonte: Prefeitura Municipal de Santa Maria, Escritório da Cidade. Censo Pode-se esperar para o futuro um incremento de população em Santa Maria proveniente do seu entorno mais próximo. Página 73

74 DESLOCAMENTO EM FUNÇÃO DO TRABALHO OU ESTUDOS A relação do número de habitantes inscritos no município e o local onde desenvolvem sua atividade profissional ou formativa permitem obter informação sobre a capacidade da população para proporcionar postos de trabalho e a suficiente oferta formativa para reter os seus habitantes. A tabela a seguir mostra o deslocamento da população para atividades profissionais ou estudos. Observando seus números surge que uma maioria de residentes inscritos trabalha ou estuda em Santa Maria, enquanto os que o fazem em outro local são minoritários. Tabela 16 - População residente. Deslocamento de residentes para o exercício profissional ou estudantil. Faixa etária Total Trabalhava m ou estudavam no município de residência Não trabalhava m nem estudavam Trabalhava m ou estudavam em outro município da Unidade da Federação Trabalhava m ou estudavam em outra Unidade da Federação Trabalhava m ou estudavam em País estrangeiro 0 a 14 anos a 24 anos 25 a 64 anos 65 anos ou mais TOTAL Fonte: Prefeitura Municipal de Santa Maria, Escritório da Cidade. Censo A implantação da Universidade Federal e da base aérea no município explicaria o fato pelo qual o número de trabalhadores e estudantes que se deslocam fora de Santa Maria é pequeno, pessoas, 1,13% da população. No entanto, a dinamização que a universidade e a base aérea produzem na economia local não é suficiente para ocupar uma boa parte da sociedade. Destaca-se o número de pessoas que não trabalham nem estudam e que atingem 34% da população total do município. A este respeito poderia se pensar em um descenso da população de Santa Maria devido a uma emigração econômica dos seus habitantes, mas o atual cenário econômico do Brasil leva a pensar em um aumento do número de postos de trabalho em nível global e local, razão pela qual é de se supor que, no futuro, Santa Maria poderá criar postos de trabalho para todos os seus cidadãos, evitando assim uma emigração econômica. Página 74

75 CARACTERÍSTICAS E EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE MORADIAS A tabela a seguir mostra as principais características do parque de moradias do município. Cabe destacar o elevado número de domicílios particulares sem ocupação. Tabela 17 - Características das moradias do município de Santa Maria. Descrição Número Domicílios recenseados Domicílios particulares ocupados Domicílios particulares ocupados com entrevista realizada Domicílios particulares ocupados sem entrevista realizada Domicílios particulares não ocupados Domicílios particulares não ocupados de uso ocasional Domicílios particulares não ocupados vagos Domicílios coletivos 110 Domicílios coletivos com morador 80 Domicílios coletivos sem morador 30 Média de moradores em domicílios particulares ocupados 2,96 Fonte: Prefeitura Municipal de Santa Maria, Escritório da Cidade. Censo Gráfico 9 - Tendência a partir dos números de natalidade de Santa Maria. Fonte: Adaptado de IBGE Censo Escritório da Cidade. Página 75

76 Detecta-se, portanto, com um incremento no número de moradias, parte delas vazias, que podem acolher um futuro incremento populacional CONCLUSÃO Uma vez expostos os fatores (nascimentos e óbitos, imigração, deslocamento econômico e parque de moradias), que levaram ao crescimento da população de Santa Maria nos últimos anos, é de se esperar um crescimento futuro, ao se prever a manutenção dos fatores que têm possibilitado a tendência atual PROJEÇÃO DE POPULAÇÃO NO ENTORNO URBANO A evolução da população será estudada considerando um horizonte de 20 anos, adotando para a modelização o ano de 2012, como ano de início, e o ano horizonte o de Como dados de partida consideram-se o número de habitantes censados na totalidade do município, obtidos a partir dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentados nos itens anteriores. No presente item de projeção de população empregaram-se três métodos diferentes que permitem analisar a evolução dos dados de população de anos anteriores, e extrapolar os resultados a anos futuros. Os três modelos de cálculo utilizados são o Modelo Geométrico, o Modelo Aritmético e o Modelo Geométrico Ponderado. A seguir apresenta-se a metodologia e os resultados obtidos em cada um deles. Para o estudo de demandas posteriores será utilizado o resultado fornecido pelo modelo que melhor se ajusta à evolução da população em anos anteriores MÉTODO GEOMÉTRICO Descrição do modelo O procedimento empregado para o cálculo da evolução de população mediante a aplicação deste método indica-se a seguir: 1) A primeira etapa do método consiste em calcular as taxas de crescimento mediante comparação da população do último ano do qual se dispõe de dados com a do restante dos anos da série. Desta forma obtém-se a taxa de crescimento para diferentes períodos de tempo. Página 76

77 A fórmula para o cálculo da taxa de crescimento é a seguinte: Sendo: P 2 = População no ano t 2 P 1 = População no ano t 1 t 2 = ano futuro. t 1 = ano passado. r= taxa de crescimento (%). 2) Escolha da taxa de cálculo. Escolhe-se aquela taxa de crescimento que melhor se ajusta à série de dados existentes. 3) Cálculo do número de habitantes no ano início e no ano horizonte. Uma vez determinado o valor de taxa de cálculo, calcula-se a prognose de população para o futuro mediante a seguinte fórmula: Resultados obtidos De acordo com o descrito anteriormente, calcularam-se os valores de taxa de crescimento obtidos para os diferentes anos da série considerada. Tabela 18- Taxa de crescimento para os diferentes anos considerados Ano População urbana Taxa de crescimento (%) Anos do período da taxa de crescimento ,31% ,88% ,75% ,59% ,28% ,74% Pode-se observar como a taxa de crescimento segue uma tendência decrescente, refletindo uma desaceleração no aumento de população. Página 77

78 Para o cálculo da população considerou-se a taxa de crescimento para 60 anos, pois é a única que cruza o valor de população de 1950 e Os dados da prognose de população para os diferentes anos da série expressam-se a seguir, numérica e graficamente. Tabela 19 - Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Geométrico Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Geométrico. Ano População Gráfico 10 - Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Geométrico Página 78

79 Observando os resultados obtidos podemos afirmar que o modelo geométrico não se ajusta à tendência seguida pelos dados de população do censo, já que não reflete o descenso na taxa de crescimento das últimas décadas. O teto de população urbana com este método ficou em habitantes MÉTODO ARITMÉTICO Descrição do modelo Este modelo considera um incremento constante da população com a seguinte fórmula: Sendo: P = População t = tempo K a = razão aritmética Se considerado como: P 1 = População do município no tempo t 1 P 2 = População no tempo t 2 Obtemos: Desta forma pode-se calcular a população (P) em um tempo futuro t mediante a seguinte expressão: Resultados obtidos A partir da metodologia descrita calcula-se a projeção de população urbana de Santa Maria nos anos 2010, 2020 e 2030 e no ano horizonte 2032, considerando os dados da população de 1950 e Os resultados obtidos são os seguintes: Página 79

80 Tabela 20 - Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Aritmético Evolução da população em Santa Maria segundo o Modelo Aritmético. Ano População Gráfico 11 - Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Aritmético Observando os resultados podemos afirmar que o modelo aritmético não se ajusta completamente à tendência seguida pelos dados de população do censo, já que não reflete o descenso na taxa de crescimento das últimas décadas, mas supõe um ajuste melhor que o geométrico. O teto de população urbana com este método ficou em habitantes MÉTODO MODELO GEOMÉTRICO PONDERADO (MOPU) Descrição do modelo O modelo de prognose de população conhecido como modelo geométrico ponderado, que é um caso particular do método geométrico, toma como base as populações do último censo realizado e a dos censos dos 10 e 20 anos anteriores. Com isso calculam-se as taxas de crescimento anual cumulativo para cada um destes censos com relação ao último censo realizado. Página 80

81 β desconta-se de P a = P a-10 (1+β) 10 γ desconta-se de P a = P a-20 (1+γ) 20 Onde: P a é a população do último censo P a-10 é a população do censo de dez anos atrás P a-20 é a população do censo de vinte anos atrás β é a taxa anual de crescimento acumulativo nos últimos dez anos γ é a taxa anual de crescimento acumulativo nos últimos vinte anos A partir dos valores de β e γ calcula-se uma taxa de crescimento para a projeção de população de modo ponderado e de acordo com a seguinte expressão: α= (2β+γ)/3 Podendo-se estabelecer uma projeção de população dentro de t anos com o seguinte valor: P t = P a (1+α) t Onde: P t é a população dentro de t anos P a é a população atual α é a taxa de crescimento acumulativo já definida t é o número de anos até o horizonte previsto Resultados obtidos Com a metodologia descrita calculou-se a população para os anos de 2012, 2020, 2030 e 2032 a partir da população dos anos de 2010, 2000 e Tabela 21 - População urbana nos anos de 1990, e a taxa de crescimento Ano População urbana Taxa de crescimento γ = 0, β = 0, α = 0,00921 Obtendo-se os seguintes resultados: Página 81

82 Tabela 22 - Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Geométrico Ponderado Ano População Gráfico 12 - Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Geométrico Ponderado Observando os resultados podemos afirmar que o modelo geométrico ponderado ajusta-se à tendência seguida pelos dados de população do censo, já que reflete a queda na taxa de crescimento das últimas décadas. O teto de população urbana com este método ficou em habitantes ESCOLHA DO MODELO DE PROJEÇÃO DEMOGRÁFICA PARA O ENTORNO URBANO Uma vez expostas as três metodologias utilizadas para o estudo de projeção demográfica no entorno urbano podemos extrair os seguintes resultados: Página 82

83 Habitantes Prefeitura Municipal de Santa Maria Tabela 23 - Projeções demográficas em zonas urbanas segundo os diferentes modelos utilizados Ano Modelo Geométrico Modelo Aritmético Modelo Geométrico Ponderado Gráfico 13 - Projeções demográficas segundo diferentes metodologias Ano Modelo geometrico Modelo aritmetico Modelo aritmetico ponderado Devido aos dados expostos podemos estabelecer as seguintes conclusões: A modelagem que nos leva a uma maior população no ano horizonte é o modelo geométrico, que se afasta em excesso dos outros dois modelos empregados. Uma vez descartado o modelo geométrico não há diferenças significativas entre o modelo aritmético e o geométrico ponderado. Página 83

84 Por isso, e depois de ver que o modelo geométrico ponderado se ajusta melhor ao descenso na taxa de crescimento de população sofrido nas últimas décadas, escolhemos este como modelo válido. Portanto, podemos estabelecer para o ano horizonte de 2032 uma população de habitantes na zona urbana do município de Santa Maria. Chegados a este ponto, é importante destacar que esta população horizonte estabeleceu-se com projeções demográficas baseadas em históricos, sem levar em conta outros fatores, como vontades políticas ou condicionantes econômicos, pelo qual terão que ser revistas estas projeções no caso de mudanças nas tendências por fatores políticos ou econômicos PROJEÇÃO DE POPULAÇÃO NO ENTORNO RURAL Ao igual com o que se fez no caso da população urbana, neste item realiza-se uma projeção demográfica da população localizada no entorno rural seguindo os mesmos modelos demográficos: modelo aritmético, modelo geométrico e modelo geométrico ponderado. Os dados de base para a prognose serão os que constam na Tabela 31 Taxa de crescimento para os diferentes anos da série - do presente documento. A descrição dos três modelos foi descrita no item anterior, por isso nos limitaremos aqui à exposição dos resultados para o caso das projeções de população no entorno rural MÉTODO GEOMÉTRICO Com os dados de população rural obtêm-se os valores de taxa de crescimento obtidos para os diferentes anos da série considerada. Ano Tabela 24 - Taxa de crescimento para os diferentes anos da série População rural Taxa de crescimento (%) Anos do período da taxa de crescimento ,19% ,73% ,32% ,49% ,66 % ,18% Pode-se observar como a taxa de crescimento é negativa e esta diminuição de população segue uma tendência decrescente, refletindo uma desaceleração no descenso de população. Página 84

85 Para o cálculo da população tomou-se a taxa de crescimento há 60 anos, pois é a única que cruza com o valor de população de 1950 e Os dados da prognose de população para os diferentes anos da série, e com a taxa de crescimento escolhida, são os seguintes: Tabela 25 - Evolução da população de Santa Maria segundo Modelo Geométrico Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Geométrico. Ano População Gráfico 14 - Evolução da população de Santa Maria segundo Modelo Geométrico Observando os resultados podemos afirmar que o modelo geométrico ajusta-se parcialmente à tendência seguida pelos dados de população do censo, ainda que não reflita o descenso na diminuição de população para a última década. Página 85

86 O teto de população urbana com este método ficou em habitantes MÉTODO ARITMÉTICO Considerando os dados de população rural de 1950 e 2010, os resultados obtidos são os seguintes: Tabela 26 - Evolução da população de Santa Maria segundo Modelo Aritmético Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Aritmético. Ano População (*) (*) o calculo matemático apresenta uma projeção de -230 habitantes para o ano de 2032 Gráfico 15 - Evolução da população de Santa Maria segundo Modelo Aritmético Observando os resultados podemos afirmar que o modelo aritmético não se ajusta à tendência seguida pelos dados de população do censo, já que não reflete o descenso na taxa de crescimento das últimas décadas. O teto de população rural com este método ficou em 0 habitantes. Página 86

87 MÉTODO MODELO GEOMÉTRICO PONDERADO (MOPU) Com esta metodologia calculou-se a população para os anos de 2012, 2020, 2030 e 2032, a partir da população dos anos de 2010, 2000 e Tabela 27 - População rural nos anos de 1990, 2000 e 2010 e taxa de crescimento Ano População rural Taxa de crescimento γ = -0, β = -0, α = -0,01007 Obtiveram-se os seguintes resultados: Tabela 28 - Evolução da população de Santa Maria segundo Modelo Geométrico Ponderado Ano População Gráfico 16 - Evolução da população de Santa Maria segundo Modelo Geométrico Ponderado Página 87

88 Habitantes Prefeitura Municipal de Santa Maria Observando os resultados podemos afirmar que o modelo geométrico ponderado se ajusta à tendência seguida pelos dados de população do censo, já que reflete o descenso na taxa de decremento de população da última década. O teto de população rural com este método ficou em habitantes ESCOLHA DO MODELO DE PROJEÇÃO DEMOGRÁFICA PARA O ENTORNO RURAL Uma vez expostas as três metodologias utilizadas para o estudo de projeção demográfica no entorno rural podemos extrair os seguintes resultados: Tabela 29 - Projeções demográficas em zonas rurais segundo os diferentes modelos Ano Modelo Geométrico Modelo Aritmético Modelo Geométrico Ponderado Gráfico 17 - Projeções demográficas segundo diferentes metodologias Ano Modelo geometrico Modelo aritmetico Modelo geometrico ponderado Página 88

89 Devido aos dados expostos podemos estabelecer as seguintes conclusões: A modelagem que nos leva a uma menor população no ano horizonte é o modelo aritmético que, com uma população de 0 habitantes (-230 habitantes segundo a formulação matemática), afasta-se em excesso dos outros dois modelos empregados. Uma vez descartado o modelo aritmético não há diferenças significativas entre os modelos geométrico e geométrico ponderado. Por isso, e depois de ver que o modelo geométrico ponderado se ajusta melhor ao descenso na taxa de decrescimento de população obtido nas últimas décadas, escolhemos este como modelo válido. Portanto, podemos estabelecer para o ano horizonte de 2032 uma população de habitantes na zona rural do município de Santa Maria. Ao igual que no caso da projeção da população urbana, este teto de população estabeleceu-se em base em históricos de população e, portanto, podem-se ver alterados por mudanças de tendências, por vontades políticas ou conjunturas econômicas RESUMO DAS PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO Como resumo mostra-se a seguinte tabela, na qual são apresentadas as populações a considerar no ano horizonte: Tabela 30 - Populações atuais e futuras Ano 2010 (habitantes) Ano 2032 (habitantes) Incremento (habitantes) Incremento (%) População rural ,95 População urbana ,36 População total ,30 Página 89

90 Gráfico 18 - Populações atuais e futuras População rural População urbana População total 2010 Gráfico 19 - Populações atuais e futuras DISCRETIZAÇÃO ZONAL DA POPULAÇÃO PREVISTA Uma vez estabelecidos os tetos de população a considerar no ano horizonte, é necessário distribuir geograficamente esta população, com o fim de poder dimensionar as infraestruturas necessárias para satisfazer as necessidades destes novos habitantes. Os critérios básicos para esta discretização zonal foram os seguintes: Supôs-se que o incremento de população, decrescimento no caso de população rural, será realizada de modo proporcional à população atual de cada distrito. Página 90

91 Dentro do Distrito Sede se suporá que a nova população que se estabelecer no período estará localizada naqueles locais com maior disponibilidade de espaço e menor densidade de população. Com estas duas premissas básicas obtêm-se uma distribuição, cujo desenvolvimento será visto nos seguintes itens, com as seguintes características: O principal incremento de população (95%) de todo o município ficará no Distrito Sede. Dentro deste distrito, os bairros que sofrem um maior incremento de população são os situados nas seguintes regiões administrativas: o Centro Leste (bairros de Cerrito, Pé de Plátano e Diácono João Luiz Pozzobon), o Nordeste (bairro de Campestre do Menino Deus), o Oeste (bairros de Boi Morto e Agro Industrial) e o Sul (bairro de Tomazzeti). Regiões que a Lei de uso do solo do município de Santa Maria, de novembro de 2009, contempla como de maior crescimento DISCRETIZAÇÃO POR DISTRITOS A partir dos dados de incremento de população mostrados na Tabela 37 e distribuindo estes de forma proporcional à população atual de cada um dos distritos, podemos estabelecer os seguintes tetos de população para o ano horizonte: DISTRITO Tabela 31 - População por distritos no ano horizonte POPULAÇÃO 2010 DENSIDADE 2010 (Hab/km 2 ) CRESCIMENTO POPULAÇÃO URBANA CRESCIMENTO POPULAÇÃO RURAL POPULAÇÃO 2032 Pains , Boca do Monte , Arroio Grande , Santa Flora , Arroio do Sol 944 6, Palma 856 9, São Valentin 565 3, Passo do Verde 531 4, Santo Antão , Sede , Página 91

92 Figura 11 - População por distritos no ano horizonte DISCRETIZAÇÃO POR BAIRROS DENTRO DA SEDE DO MUNICÍPIO Uma vez fixado o teto de população por distritos no ano horizonte (2032), dividiu-se por bairros a população do distrito Sede. Esta distribuição, como já foi comentado, foi realizada conforme o seguinte critério: a nova população que se estabelecer no período estará localizada naqueles locais com maior disponibilidade de espaço e menor densidade atual de população. Este critério se traduz em dois objetivos: Distribuição do incremento de população de forma proporcional à área de cada bairro. Ponderação desta distribuição em função da densidade de população atual. Por isso definiram-se certas áreas ponderadas para levar em conta os dois fatores ao mesmo tempo, para posteriormente distribuir o incremento de população proporcionalmente a estas áreas ponderadas. Com esta metodologia obtêm-se os dois objetivos buscados. Página 92

93 Os fatores de ponderação das áreas tem sido os seguintes: K=5 para setores com uma densidade atual de população menor ou igual a 500 hab/km 2. K=4 para setores com uma densidade atual de população entre 501 e 1000 hab/km 2. K=3 para setores com uma densidade atual de população entre e hab/km 2. K=2 para setores com uma densidade atual de população entre e hab/km 2. K= 1 para setores com uma densidade atual de população maior que hab/km 2. A esta norma geral aplicaram-se duas exceções: Ao bairro Campestre do Menino Deus, ao qual corresponderia um coeficiente K=5 pela sua densidade de população, aplicou-se um coeficiente K=3 para levar em conta que uma parte do bairro é ocupada por uma represa e outra parte do bairro está ao pé de uma montanha. Figura 12 - Bairro Campestre do Menino de Deus Ao bairro Agroindustrial aplica-se um K=1 no lugar de K=5, como corresponderia pela sua densidade de população, ao ser uma zona industrial, onde a população não se instalará. Página 93

94 Figura 13 - Bairro Agroindustrial Desta forma obtêm-se as seguintes populações por bairros, demonstradas na tabela a seguir: Página 94

95 Etapa 4: Estudo de Demanda e Oferta Região administrativa Nome População 2010 (Hab.) Tabela 32 - População do distrito Sede por bairros no ano horizonte Área (km2) Área (%) Densidade Demográfica Hab./km Coeficiente de ponderação de área por densidade demográfica Área Ponderada (km2) Crescimento População urbana (hab) Crescimento População rural (hab) População Total 2032 (habitantes) Crescimento População Total (%) Nossa ,91 1,51% , ,67 Senhora Nonoai ,61 0,48% , ,53 Centro Urbano Medianeira Nossa ,47 1,17% , ,92 Senhora Nossa de ,84 0,67% , ,16 Senhora Lourdes Bonfim de ,55 0,44% , ,93 Fatima Centro ,90 1,51% , ,58 Nossa ,85 0,68% , ,05 Senhora Cerrito do ,78 3,79% , ,84 Centro-Leste São Rosário José ,69 3,72% , ,94 Pé-de ,14 3,28% , ,91 Centro-Oeste Diácono Plátano ,63 6,05% , ,62 João Uglione Luiz ,68 0,54% , ,64 Pozzobon Duque de ,63 0,50% , ,60 Patronato Caxias ,18 0,94% , ,69 Noal ,25 0,99% , ,00 Passo ,66 2,11% , ,84 Leste Camobi D'Areia ,35 16,13% , ,89 Nossa ,10 0,87% , ,59 Senhora Menino das ,60 0,48% , ,70 Nordeste Presidente Dores Jesus ,81 1,43% , ,50 João Itararé Goulart ,32 1,84% , ,53 Campestre ,59 6,81% , ,74 do Km Menino Três ,39 2,69% , ,58 Deus Sociedad General de Aguas de Barcelona S.A. Quíron Serviços de Engenharia Ltda 95

96 Etapa 4: Estudo de Demanda e Oferta Continuação... População do distrito Sede por bairros no ano horizonte Região administrativa Nome População 2010 (Hab.) Sociedad General de Aguas de Barcelona S.A. Quíron Serviços de Engenharia Ltda Área (km2) Área (%) Densidade Demográfica Hab./km Coeficiente de ponderação de área por densidade demográfica Área Ponderada (km2) Crescimento População urbana (hab) Crescimento População rural (hab) População Total 2032 (habitantes) Crescimento População Total (%) Nossa ,91 1,51% , ,67 Senhora Nonoai ,61 0,48% , ,53 Medianeira Nossa ,47 1,17% , ,92 Centro Urbano Senhora Nossa de ,84 0,67% , ,16 Senhora Lourdes Bonfim de ,55 0,44% , ,93 Fatima Centro ,90 1,51% , ,58 Nossa ,85 0,68% , ,05 Senhora Cerrito do ,78 3,79% , ,84 Centro-Leste São Rosário José ,69 3,72% , ,94 Pé-de ,14 3,28% , ,91 Centro-Oeste Diácono Plátano ,63 6,05% , ,62 João Uglione Luiz ,68 0,54% , ,64 Pozzobon Duque de ,63 0,50% , ,60 Patronato Caxias ,18 0,94% , ,69 Noal ,25 0,99% , ,00 Passo ,66 2,11% , ,84 Leste Camobi D'Areia ,35 16,13% , ,89 Nossa ,10 0,87% , ,59 Nordeste Senhora Menino das ,60 0,48% , ,70 Presidente Dores Jesus ,81 1,43% , ,50 João Itararé Goulart ,32 1,84% , ,53 Campestre ,59 6,81% , ,74 do Km Menino Três ,39 2,69% , ,58 Deus 96

97 Etapa 4: Estudo de Demanda e Oferta Continuação...População do distrito Sede por bairros no ano horizonte Região administrativa Norte Oeste Sul Nome População 2010 (Hab.) Área (km2) Área (%) Densidade Demográfica Hab./km Coeficiente de ponderação de área por densidade demográfica Área Ponderada (km2) Crescimento População urbana (hab) Crescimento População rural (hab) População Total 2032 (habitantes) Crescimento População Total (%) Divina ,84 0,67% , ,69 Providência Carolina ,46 0,36% , ,29 Salgado Filho ,74 0,59% , ,92 Caturrita ,88 3,07% , ,52 Chácara das ,01 1,60% , ,58 Flores Nossa ,00 3,17% , ,65 Senhora Boi Morto do ,84 4,63% , ,06 Renascença Perpétuo ,43 1,13% , ,99 São João ,84 0,66% , ,85 Tancredo Socorro ,42 2,71% , ,84 Pinheiro Neves ,59 2,85% , ,93 Machado Jucelino ,46 1,95% , ,34 Nova Kubtschek Santa ,95 1,54% , ,71 Agroindustrial Marta 224 6,75 5,35% , ,21 Lorenzi ,87 3,86% , ,51 Tomazetti ,78 4,58% , ,59 Dom Antônio ,61 0,48% , ,14 Urlândia Reis ,72 2,16% , ,04 TOTAL ,10 100,00% , Sociedad General de Aguas de Barcelona S.A. Quíron Serviços de Engenharia Ltda 97

98 Figura 14 - População do distrito Sede por bairros no ano horizonte Sociedad General de Aguas de Barcelona S.A. Quíron Serviços de Engenharia Ltda 98

99 5.2. ESTUDO DE DEMANDA E OFERTA DE ÁGUA Com base no levantamento da situação atual do saneamento em Santa Maria, faz-se necessário projetar as demandas futuras de atendimento, bem como calcular a expansão da oferta de serviços requerida ao logo dos próximos 20 anos, para atender o crescimento populacional e ao desenvolvimento econômico previsto para o município. O estudo da projeção populacional para o período em estudo, recentemente elaborado pelo Consórcio AGBAR-QUÍRON e aprovado pelo município, permite realizar o cálculo da demanda pelos serviços de saneamento, pois ela está diretamente relacionada ao aumento da população e dos domicílios, especialmente os urbanos, razão pela qual foram realizadas projeções de seu crescimento para o horizonte do plano PROJEÇÃO DAS DEMANDAS DE ÁGUA E AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DA OFERTA NECESSÁRIA O fixa as condições que nortearão o processo de planejamento das demandas de investimento durante o horizonte do plano, no que se refere aos componentes físicos de abastecimento de água. O escopo é o mesmo utilizado em projetos de engenharia e planos diretores convencionais, onde são fixados os diversos parâmetros e premissas necessários, além da definição das obras, melhorias e ampliações. Além de fixar parâmetros e premissas, também atenderá os padrões de eficiência na prestação do serviço, exigidos pela legislação vigente, de modo a atingir os objetivos pretendidos. No que se refere aos aspectos de engenharia, muitas dessas definições são objeto de Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, consideradas, obviamente, no presente estudo. As principais normas técnicas consideradas neste trabalho são as seguintes: NBR NB 589/92 Projeto de captação de água de superfície para abastecimento público ; NBR NB 590/92 Projeto de sistema de bombeamento de água para abastecimento público ; NBR NB 591/91 Projeto de adutora de água para abastecimento público ; NBR NB 592/92 Projeto de estação de tratamento de água para abastecimento público ; NBR 12217/94 Projeto de reservatório de distribuição de água para abastecimento público ; NBR NB 594/94 Projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público. Também foram consideradas as recomendações literárias pertinentes, em situações em que as normas são omissas ou desatualizadas. Página 99

100 PARÂMETROS ADOTADOS/CONSIDERADOS Conforme informações levantadas no Sistema de Abastecimento de Água de Santa Maria, foram adotados os seguintes parâmetros de acordo com os critérios apresentados no item a seguir: Tabela 33 - Informações e Parâmetros do SAA de Santa Maria adotados DESCRIÇÃO VALOR FONTE Índice de atendimento atual do SAA (%) 100,00 Relatório operacional Sta Maria/Camobi - set/2012 Índice de perdas de água (%) 43,34 Relatório operacional Sta Maria/Camobi - set/2012 Per capita efetivo (L/hab.dia) 125,20 SNIS 2010 Produção existente (L/s) 700,00 Relatório operacional Sta Maria/Camobi - set/2012 Reservação existente (m³) ,00 Relatório operacional Sta Maria/Camobi - set/2012 Taxa de ocupação (hab./economia) 2,96 IBGE geral do município - urbana/rural Extensão da rede de água (km) Relatório operacional Sta Maria/Camobi - set/2012 Densidade de economias de água por ligação - ativas (econ./lig.) 1,68 Relatório operacional Sta Maria/Camobi - set/2012 Extensão da rede de água por ligação (m/lig.) 12,01 Relatório operacional Sta Maria/Camobi - set/2012 Quantidade de ligações de água [ligação] Relatório operacional Sta Maria/Camobi - set/2012 Quantidade de economias de água [economia] Relatório operacional Sta Maria/Camobi - set/2012 Volume de água disponibilizado - VD [m³/mes] Relatório operacional Sta Maria/Camobi - set/2012 Volume de água Utilizado - VU [m³/mes] Relatório operacional Sta Maria/Camobi - set/2012 Índice de hidrometração (%) 91,34 Relatório operacional Sta Maria/Camobi - set/ CRITÉRIOS CONSIDERADOS Neste item será apresentado o sistema de abastecimento de água proposto, as eventuais modificações a serem introduzidas nos sistemas atuais, melhorias e ampliações requeridas para atender à demanda ao longo do período de projeto, de modo a que as metas de serviço adequado possam ser cumpridas no menor prazo possível econômica e financeiramente. Cabe ressaltar que o principal objetivo deste plano é estabelecer um cenário, a ser desenvolvido com base nas informações disponíveis, que orienta a análise econômica e financeira com vistas à viabilização do serviço de água e esgoto do município. O nível de detalhamento da solução técnica proposta é suficiente para avaliar os custos de sua implantação. Durante o horizonte do planejamento, deverão ser elaborados detalhamentos aprofundados que analisem alternativas técnicas e detalhem as soluções apresentadas deverão ser objeto de projetos clássicos de engenharia (básicos e executivos). O planejamento foi concebido a partir das considerações: O município possui atualmente 100% de cobertura do sistema de abastecimento de água e apresenta oportunidades de melhorias a fim de flexibilizar o abastecimento de água e consequentemente reduzir os custos operacionais. Esta premissa busca harmonização com o princípio da universalização do atendimento, estabelecido na Lei Federal N /2007; Manutenção da exploração dos mananciais superficiais existentes, haja vista a quantidade e qualidade comprovadas nos diversos anos de exploração. No entanto, conforme apresentado no diagnóstico do sistema de abastecimento de água da cidade de Santa Maria que nos últimos 40 anos conviveu com situações de cheias e estiagem, provocando racionamento Página 100

101 decorrente das características dos seus mananciais, deve-se avaliar com mais profundidade a situação das barragens e adutoras de água bruta para garantir sua integridade; Já existe setorização piezométrica do Sistema de Abastecimento de Água, executada em etapas e pelos técnicos da Unidade de Santa Maria, faltando à confirmação da setorização através de montagem de modelo hidráulico e sua respectiva calibração para confirmar com mais propriedade a setorização e ainda, muito importante, a instalação de aproximadamente 70 Válvulas Redutoras de Pressão, sua realização tem o objetivo de reduzir os vazamentos, e consequentemente as perdas na rede de distribuição. Foram considerados os seguintes critérios na realização dos cálculos e projeções: Horizonte do Estudo - Os projetos de engenharia de sistemas de água e esgoto usualmente adotam um período de estudo de 20 anos, portanto este foi o prazo adotado. Coeficientes de variação de consumo k1 e k2 - Foram adotados os seguintes valores: k1 Coeficiente do dia de maior consumo = 1,20 e k2 Coeficiente da hora de maior consumo = 1,50. Índice de Perdas de Água - As perdas são constituídas por duas parcelas principais: as perdas físicas (reais) e as perdas não-físicas (aparentes). As perdas físicas referem-se a vazamentos, extravasamentos e outros eventos onde a água potável retorna ao meio ambiente sem ser utilizada. As perdas não-físicas ou comerciais referem-se à água que tendo de fato sido utilizada, não foi contabilizada pelo sistema comercial do organismo operador, em consequência de erros na micromedição, fraudes, ligações clandestinas, distorções cadastrais, fornecimento gratuito etc. Conforme informado pela CORSAN (set/2012), o índice de perdas médio do sistema nos últimos doze meses, de out/2011 a set2012, foi de 43,34%. Previu-se a redução das mesmas até o patamar de 25%, no ano de 2020, considerando que a unidade de Santa Maria da CORSAN já vem realizando algumas ações de combate a perdas, orientadas pelo Projeto COM+ÁGUA de Tabela 34 - Valores das perdas no período de 12 meses MÊSES out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 MÉDIA IPD (%) 44,77 42,41 46,48 39,98 40,28 40,59 41,45 43,44 41,30 47,39 51,50 40,49 43,34 A redução prevista é um desafio plausível, considerando, por um lado o imperativo de redução de perdas em virtude da crescente valorização das medidas de conservação de recursos naturais e, por outro, a lógica expectativa da profícua conjunção da evolução tecnológica com esforço especial a ser aplicado pelo organismo operador. Página 101

102 Essa regressão é factível em face das ações de melhoria de todo o sistema comercial, incluindo a, substituição dos hidrômetros, recadastramento comercial, pesquisa de ligações clandestinas etc., além das medidas de renovação e substituição de rede de Cimento Amianto e ligações de água e demais ações de pesquisa e eliminação de vazamentos e extravasamentos. Consumo per capita - O SNIS de 2010 apresenta um valor de consumo per capita para o sistema de Santa Maria de 125,20 L/hab.dia, para a CORSAN de 147,7 L/hab.dia, para o Estado do Rio Grande do Sul de 155,4L/hab.dia e a média do Brasil em 2010 de 159L/hab.dia. Gráfico 20 - Valores per capita em diversas regiões Per capta (L/hab.dia) 200,00 150,00 100,00 50,00 0,00 125,2 147,7 155,4 Santa Maria CORSAN Rio Grande do Sul 159 Brasil Fonte: SNIS/2010 O consumo per capita adotado considerou uma evolução de 0,6% desse parâmetro levando-se em conta a melhoria da qualidade de vida da população para os próximos anos e os valores de per capta da região que tem características semelhantes. No Anexo II apresenta-se análise técnica sobre a adoção do per capita para Santa Maria. Índice de cobertura - Foi prevista a manutenção da cobertura de 100% para todo o horizonte de planejamento, conforme fixa a Lei Federal nº /2007, que estabelece a universalização dos serviços de saneamento. Cálculo do volume de reservação necessário - O método adotado para cálculo do volume necessário de reservação é o proposto pela NBR /94 - Projeto de Reservatório de Distribuição de Água para Abastecimento Público que preconiza que o volume de reservação deve ser calculado como 1/3 do volume do dia de maior consumo. Página 102

103 EVOLUÇÃO DAS DEMANDAS DE ÁGUA PARA O DISTRITO SEDE O apresentará soluções distintas no tocante a área urbana e área rural do município, para atendimento ao sistema de abastecimento publico com água potável e ao sistema de esgotamento sanitário. Nesse sentido estudo populacional fez projeção ano a ano para o horizonte do plano considerando estas duas áreas de atendimento. Especialmente o distrito sede do município, cuja população urbana tem significado preponderante em relação à dos outros distritos, a projeção ano a ano da população urbana é apresentada a seguir. Tabela 35 - Projeção da População adotada Ano População Distrito Sede O estudo de demanda, em geral, tem por objetivo determinar as vazões de água e esgoto, considerando os seguintes parâmetros de projetos: Página 103

104 Tabela 36 - Projeção da Demanda de Água Ano População Índice Per Demandas Economias Abastecida Perdas Cpf capita Líquida Máxima Máxima totais (hab) (%) (L/hab.di (L/ média (m 3 /d (L/ diária (m 3 /d (L/ hotária (m 3 /d ,34 1,3 125,20 a) 36 s) ia) 56 s) ia) 84 s) ia) ,05 1, , ,76 1, , ,46 1, , ,17 1, , ,88 1, , ,59 1, , ,29 1, , ,00 1, , ,00 1, , ,00 1, , ,00 1, , ,00 1, , ,00 1, , ,00 1, , ,00 1, , ,00 1, , ,00 1, , ,00 1, , ,00 1, , ,00 1, , No quadro acima utilizamos o coeficiente de perdas físicas, considerado 60% do índice de perda total, pois não há sentido de se prever perdas comerciais como, por exemplo, ligações irregulares, fraudes, hidrômetros parados e outros motivos, já que estamos trabalhando com toda a população prevista para a cidade nos próximos anos. Por esse motivo não utilizamos o valor total das perdas para calculamos a demanda de água e sim o coeficiente de perdas físicas. Página 104

105 IP = Indice de perda total (decimal) Cpf = Coeficiente de perda física (foi considerado 60% da perda total) Cpf = 1 / (1 - IP x 0,60 / 100) Obs.: Como se trata de projeção populacional, ou seja, toda população prevista para a cidade; não há sentido de se prever perdas por ligações irregulares, fraudes, hidrômetros parados, etc. Qmédio = Vazão liquida média (L/s) Qmd = Vazão máxima diaria (L/s) Considerando o coeficiente de majoração k1 = 1,20 Qmd = k1 x Qmédio + (volume perdido) ou Qmd = 1,20 x Qmédio + (Qmédio x Cpf - Qmédio) (O coeficiente de majoração k1 não incide sobre a perda física) AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE OFERTA NECESSÁRIA CAPTAÇÃO, ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS E ADUTORAS DE ÁGUA BRUTA Conforme constatado no relatório do diagnóstico, o sistema de captação atual das águas superficiais através das barragens Saturnino de Brito e do DNOS, situadas na Bacia Hidrográfica do rio Ibicuí e na do rio Vacacaí-Mirim, respectivamente, possuem outorga de 820 L/s. O sistema de captação conta com outorga de mais 500 L/s para futura captação de água do rio Ibicuí, situada no ponto correspondente a Estação Elevatória de Água Bruta EAB-2, onde há previsão de se construir nova tomada de água para alimentar a ETA de Santa Maria, cuja linha de recalque já está quase toda construída. Com essa nova captação o sistema poderá contar com uma vazão da ordem de L/s. No entanto a demanda necessária para os próximos 20 anos não necessita toda esta vazão conforme demonstra os cálculos apresentados na tabela 43 Projeção de Demanda de Água. O relatório do diagnóstico teceu considerações sobre a questão dos mananciais que, em razão das suas características, tem provocado racionamento de água no sistema em várias ocasiões, em época de estiagem e de cheia. A Unidade de Santa Maria monitora o nível das barragens de suas captações e tem constatado durante o período de estiagem níveis alarmante na barragem do rio Ibicuí. Por esse motivo é prioritário investimentos na integridade das barragens e adutoras e na preservação desses mananciais, principalmente o rio Vacacaí-Mirim onde há invasão com construção de moradias em área de preservação do manancial. Página 105

106 PRODUÇÃO E RESERVAÇÃO Definidos os parâmetros e calculada a demanda necessária para o período de estudo, apresentam-se os cálculos do balanço de produção e reservação para o sistema de abastecimento de água durante o período de estudo, conforme quadro a seguir. Ano População Abastecida (hab) Tabela 37 - Necessidade de Produção e Reservação de Água Produção existente (L/s) Produção necessária (L/s) Produção a implantar Balanço produção (L/s) Reservação existente (m 3 ) Reservação necessária (m 3 ) Reservação a implantar (m 3 ) Balanço existente (m 3 ) (L/s) A informação prestada pela Unidade de Saneamento de Santa Maria da CORSAN, através do Relatório de Sistema Operacional para o Mês/Ano base Setembro/2012 apresenta uma vazão Operacional de 700 L/s para a produção da ETA existente. Este dado é confirmado através dos valores mensais do Volume Produzido no período de outubro de 2011 a setembro de Portanto, conforme o quadro acima, considerando as ações necessárias e urgentes de redução de perdas, o sistema de abastecimento de água, a princípio, não necessita de aumento de produção assim como aumento de reservação, pois a reservação existente ultrapassa em mais de 40% a necessária, situação que possibilita a flexibilização dos reservatórios ao atendimento de vários setores de abastecimento. Apresentamos no Anexo I avaliação do sistema de distribuição por setor de abastecimento, utilizando as informações prestadas pelos funcionários da Coordenadoria Operacional que possibilitou melhor compreensão do sistema de distribuição por setor e toda a infraestrutura atendimento aos bairros da sede. Recentemente a CORSAN executou obras de ampliação da ETA existente para tratar até L/s. Página 106

107 REDE DE DISTRIBUIÇÃO E LIGAÇÕES DOMICILIARES Após avaliação da produção e reservação calculou-se a evolução da extensão de rede de água e das ligações e economias de água para o sistema de abastecimento de água de Santa Maria no período dos estudos, conforme seguir. Apresenta-se a seguir a evolução teórica da extensão das redes de distribuição. Tabela 38 - Extensão de Rede de Água Ano Extensão da rede de água (m) Em razão da exigência imposta aos empreendedores para que estes, ao implantar loteamentos na área urbana do distrito sede, implantem também toda a infraestrutura do sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Conforme previsão de população e atendimento segue, na tabela a seguir, a evolução das ligações e economias ano a ano. Página 107

108 Tabela 39 - Evolução das Ligações e Economias Ano Ligações totais Economias 2012 de água totais de água A implantação das novas ligações de água e consequentes redes incrementais ao longo do período podem ocorrer das seguintes formas: Em redes já existentes, disponíveis à frente de lotes vagos. Concomitantemente à execução das redes em programas de expansão promovidos pelo organismo operador, resultante de seu planejamento. Em redes implantadas em empreendimentos imobiliários comerciais novos. Em redes de conjuntos habitacionais novos. Em imóveis localizados em regiões atendidas, mas que necessitam de pequenos prolongamentos das redes de água para que possam ser ligados a elas. Redes implantadas por terceiros em empreendimentos imobiliários, tais como loteamentos, condomínios e conjuntos habitacionais: nos novos empreendimentos imobiliários a implantação da infraestrutura de água e esgoto é responsabilidade do empreendedor que deve fazê-la às suas expensas, segundo diretrizes fornecidas pelo organismo operador e de acordo com projeto técnico previamente aprovado. Após a implantação dessas redes são incorporadas aos sistemas sem quaisquer ônus para o organismo operador. De forma a quantificar os investimentos necessários às expansões de redes e ligações ao longo horizonte estimando-se que os empreendimentos imobiliários privados representarão 30% das novas Página 108

109 ligações, o restante (70%) será realizado pela concessionária. A tabela a seguir demonstra essa evolução. Tabela 40 - Participação da Concessionária no incremento de rede e ligações Ano Porcentagem de redes e ligações de água por conta da CONCESSIONÁRIA (%) Incremento anual da Rede de Água (m) Incremento anual das Ligações de Água , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , Entre as medidas para redução do índice de perdas está prevista a substituição de toda a extensão de rede de cimento amianto, aproximadamente 95 km, até Página 109

110 Não serão previstos reforços nas redes primárias ou adutoras de água bruta, pois a Unidade de Saneamento de Santa Maria da CORSAN dimensionou sua estrutura de distribuição a partir do cálculo de demanda de água para população prevista de habitantes no ano de 2012, 17,31% maior do que o estudo ora apresentado e considerou, ainda, o índice de perdas de 45% em 2032, contra os 25% considerado no presente Plano de Diretor. Nestas condições a demanda de água é bem superior à prevista nos estudos do Plano em questão e, consequentemente, toda a infraestrutura do sistema de abastecimento de água provavelmente foi dimensionada e implantada considerando esses cálculos. No entanto deverá ser previsto investimentos na melhoria da setorização do sistema, a partir de um estudo técnico, com a utilização da modelagem hidráulica, o que poderá indicar algumas intervenções para readequar a setorização existente ATENDIMENTO AOS DISTRITOS Conforme descrito no diagnóstico, excetuando o distrito sede, outros nove distritos compõem o município de Santa Maria, assim listados: 2º Distrito de São Valentim 3º Distrito de Pains 4º Distrito de Arroio Grande 5º Distrito de Arroio do Só 6º Distrito de Passo do Verde 7º Distrito de Boca do Monte 8º Distrito de Palma 9º Distrito de Santa Flora 10º Distrito de Santo Antão A população dos distritos é apresenta no quadro a seguir: Página 110

111 ANO DISTRITO SÃO VALENTIN Tabela 41 - Evolução Populacional do segundo ao décimo distrito de Santa Maria POPULAÇÃO DISTRITO PAIN DISTRITO ARROIO GRANDE DISTRITO ARROIO DO SÓ DISTRITO PASSO DO VERDE DISTRITO BOCA DO MONTE DISTRITO PALMA DISTRITO SANTA FLORA DISTRITO SANTO ANTÃO TOTAL DOS DISTRITOS Os distritos possuem características distintas da Sede do Município. A população é residente em localidades de pequeno porte: vilas, aglomerados rurais, povoados, núcleos, lugarejos e aldeias (assim definidos pelo IBGE), que são regiões com pouco adensamento habitacional. As intervenções, normalmente, precisam ser pontuais e específicas. Diferenciando-se das soluções convencionais adotadas nas áreas urbanas, tanto na dimensão tecnológica, quanto na da gestão e relação com as suas comunidades. Por isso o atendimento a essas localidades será no sentido de cobrir possíveis déficits de infraestrutura física que deverá vir acompanhada de medidas estruturantes, no campo da organização das informações, participação da comunidade, da educação ambiental para o saneamento e dos mecanismos de gestão e da capacitação, inclusive na elaboração de projetos. Página 111

112 5.3. SISTEMA DE ABASTECIMENTO PROPOSTO PARA O DISTRITO SEDE O objetivo principal das ações proposta para o saneamento de Santa Maria é propiciar a população do município o acesso na conformidade de suas necessidades e maximizando a eficácia das mesmas e seus resultados, conforme artigo 10 dos princípios fundamentais da lei de saneamento. Estabelecidos os objetivos e as metas do plano referentes ao sistema de abastecimento de água de Santa Maria apresentamos o conjunto de programas e ações para alcançá-los, considerado que a infraestrutura básica existente atualmente atendo em termos de produção, tratamento, reservação e redes primárias, necessitando ampliar sua cobertura para atender ao crescimento vegetativo e, logicamente, melhora sua gestão operacional. O esquema do sistema proposto encontra-se no desenho 1 do Anexo I deste volume. Considerando a característica do sistema de abastecimento de água do município, as ações propostas foram agrupadas em duas vertentes: 1 a Manutenção da capacidade de produção e reservação, pois as unidades existentes são suficientes para atender o sistema de abastecimento de água de Santa Maria até o final do plano, conforme os estudos demonstraram. Serão necessários ampliar a redes de distribuição e correspondentes ligações domiciliares para atender o crescimento vegetativo do município. Nesse sentido três propostas garantem a ampliação e a melhoria do sistema: Implantar metros de rede de distribuição da água potável até o final do plano, garantindo 100% de cobertura. Implantar ligações domiciliares de água potável até o final do plano. Melhoria no sistema de abastecimento de água. Controle ambiental dos reservatórios. 2 a Melhoria na gestão operacional, dotando o sistema de condições para reduzir desperdícios, através do seguinte programa: Programa de combate e redução de perdas e medidas de racionalização e eficiência energética, que compreende, entre outras ações: o Substituir aproximadamente metros de rede de distribuição de água potável. o Substituir e padronizar ligações domiciliares de água potável. o Complementar e substituir hidrômetros, garantindo 100 % de micromedição. o Executar pesquisa acústica de vazamento invisíveis. Página 112

113 Ação Implantar novas redes de distribuição e novas ligações domiciliares acompanhando o crescimento populacional Quadro 10 - Ação para garantir a universalização dos serviços Indicador Monitoramento da Universalização dos Serviços (CBA) Situação atual Meta 100% 100% Quadro 11 - Ações de melhoria da gestão operacional Situação Ação Indicador atual Garantir a qualidade da água distribuída a população. Garantir a continuidade no abastecimento de água à população. Implantar programa de redução de perdas no sistema de abastecimento de água. Implantar programa de relacionamento com o cliente Implantar programa de relacionamento com o cliente Monitoramento da Qualidade da Água (IQA) Monitoramento da Continuidade do Abastecimento de Água (ICA) Monitoramento das Perdas no Sistema de Distribuição (IPD) Monitoramento da Eficiência nos Prazos de Atendimento (IEPA) Monitoramento da Satisfação do Cliente no Atendimento (ISCA) Não há monitoramen to com esse indicador Não há monitoramen to sistemático com esse indicador Meta Ano 1 a 2 IQA 90% Ano 3 a 4 IQA 95% Ano 5 em diante IQA 98% Ano 1 a 4 ICA 90% Ano 5 a 8 ICA 95% Ano 9 em diante ICA >98% 43,34% Redução linear até 2020 quando deve atingir 25%. Manter os 25% ou, reduzir paulatinamente, caso seja viável. (ver tabela 36) Não há monitoramen to com esse indicador Não há monitoramen to sistemático com esse indicador Ano 1 a 2 IEPA 80% Ano 3 a 4 IEPA 90% Ano 5 em diante IEPA 95% Ano 1 a 2 ISCA 90% Ano 3 a 4 ISCA 95% Ano 5 em diante ISCA 98% Página 113

114 Implantação de programa de gestão de receita. Monitoramento da Eficiência na Arrecadação (IEAR) Não há monitoramen to sistemático com esse indicador Ano 1 a 2 Diminuir 0,5% ao ano em relação ao ano anterior. Ano 3 em diante Diminuir 0,25% ao ano em relação ao ano anterior, até atingir uma eficiência de 99%. Página 114

115 PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA A SEDE A seguir são definidos um conjunto de programas, projetos e ações com objetivos de alcançar as metas estabelecidos para o sistema de abastecimento de água ao longo do período de estudo: A) Implantar novas redes de distribuição e novas ligações domiciliares. Ampliação da rede de distribuição e ligações domiciliares de água para atender ao crescimento populacional no período. Na tabela a seguir foi apresentada a participação da concessionária no incremento de rede e ligações, cujos dados foram sintetizados nos diferentes horizontes. Etapas de implantação Quadro 12 - Etapas de implantação de novas redes e ligações de água Período de duração Rede de distribuição (m) Ligações domiciliares (un.) Curto prazo De 1 a 5 anos Médio prazo De 6 a 10 anos Longo prazo Acima de 10 anos B) Garantir a qualidade da água distribuída a população. Atender a Portaria 2.914/2011 que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, melhorando seu controle com a implementação da metodologia do IQA. C) Garantir a continuidade no abastecimento de água à população. Atender a Portaria /1994 que fixa as condições exigíveis de projeto de distribuição de água para abastecimento público onde preconiza pressão mínima de 10 m.c.a. e máxima 50 m.c.a. na rede de distribuição. D) Implantar programa de redução de perdas e melhorias operacionais no sistema de abastecimento de água. Os investimentos nos sistemas de abastecimento de água no Brasil, historicamente, privilegiados a expansão do setor de saneamento básico em detrimento aos investimentos necessários à manutenção e modernização da gestão das companhias prestadoras dos serviços. Em consequência disso constata-se uma série de ineficiências, principalmente elevada perda de água e alto consumo de energia. Esta situação tem gerado diversos problemas para a administração dos prestadores dos serviços como, por exemplo: Página 115

116 Produção de quantidade de água muito superior à necessária, o que amplia os investimentos na infraestrutura e nos custos de produção. Exemplo desta situação encontramos no sistema de abastecimento de Santa Maria, cujo elevado índice de perdas exige uma produção maior de água; Uma parcela significativa da água produzida é perdida na distribuição (perdas físicas), ou seja, não chega aos consumidores, o que representa custos incorridos e desperdiçados; Outra parcela da água distribuída não é cobrada (perdas de faturamento); ou seja, o consumidor recebe o recurso hídrico, utiliza/consome, mas não é cobrado por isso. O prestador de serviços incorre nos custos de produção e de distribuição sem auferir receita. O Ministério das Cidades (2003) recomenda a implantação de um programa de redução de perdas em caráter permanente, caso contrário, às ações de combate às perdas não serão efetivas e os resultados positivos serão temporários. Deve-se observar que a redução de perdas reais, a princípio, não contribuirá para redução dos custos de produção, mas aumentará o volume de água efetivamente distribuído. Esse aumento, além de contribuir para a melhora na qualidade dos serviços, refletirá positivamente no desempenho financeiro das companhias, uma vez que o aumento do volume de água efetivamente distribuído resultará no aumento da arrecadação. No entanto, a partir do momento que a demanda de água for atendida de modo satisfatório, a redução das perdas reais ocasionará a redução dos custos de produção, mediante redução do consumo de energia, de produtos químicos e outros. A partir de então, a redução dos custos somada ao aumento da arrecadação pode resultar em melhoras significativas no desempenho financeiro das companhias prestadoras de serviços de abastecimento de água. A Unidade de Santa Maria é consciente da situação em relação ao nível de perdas que apresenta. Iniciativas já realizadas no passado recente demonstram esta preocupação, no entanto, as ações para combate e redução das perdas não foram implantadas na sua plenitude e tão pouco de foram permanente. Conclui-se que a recomendação do Ministério das Cidades, quanto às ações de para redução de perdas, não foram adotadas e as ações não apresentam efetividade desejada e os resultados positivos poderão ser temporários. Outro aspecto importante a considerar quanto a importância do programa de redução de perdas é citados no Relatório Final, Processo de Planejamento da Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí Fases A e B, Fev/2012 Item Critérios de Eficiência e Economia, página 72, onde consta: A legislação estabelece (Artigo 18 do Decreto No /96 Regulamenta a outorga do direito de uso da água no estado do Rio Grande do Sul, prevista nos artigos 29,30 e 31 da Lei n o , de 30 de dezembro de 1994) que dentro de uma mesma categoria de usuários, terá preferência para a outorga de direitos de uso da água o Página 116

117 usuário que comprovar maior eficiência e economia na sua utilização, mediante tecnologias apropriadas, eliminação de perdas e desperdícios e outras condições a serem firmadas nos planos de Bacia Hidrográfica. Assim, em casos de disputa, decorrente da indisponibilidade hídrica (ou disponibilidade restrita) frente às demandas de água, característica de situação limite nos balanços hídricos, a decisão do gestor quanto a escolha de qual usuário deverá ser outorgado (em um mesmo nível de prioridade) submete-se a critério técnico: eficiência e economia. Sendo o abastecimento humano (público) o usuário prioritário, dificilmente haverá necessidade de aplicação de critério de preferência nessa categoria de usuário. No entanto, podem ser utilizados alguns indicadores técnicos no caso de necessidade, tais como: menor índice de perdas físicas nos sistemas de abastecimento e menor demanda per capita. Sem necessitar entrar em detalhes técnicos, esses dois indicadores podem ser utilizados para definir, em caso de concorrência dentro da categoria, qual usuário será outorgado. Recomenda-se a avaliação econômica de projeto de redução de perdas de água quando da sua elaboração. A definição do fluxo de caixa do projeto depende da identificação de todos os custos e receitas envolvidos, com objetivo de se fazer a avaliação econômica, projetos dessa natureza requer a avaliação sobre os custos envolvidos, que podem ser divididos em custos fixos (que ocorrem durante período específico de implantação do projeto) e custos variáveis (que ocorrem ao longo de todo o projeto), assim como avaliar os ganhos que deverão ocorrer ao longo da implantação do projeto. As ações apresentadas neste plano são as que apresentam os custos mais significativos referentes ao projeto de redução de perdas, no entanto um projeto de redução de perdas envolve outros custos como: Equipamentos e instalações (bombas, motores, acessórios, peças e conexões, elementos de controle e automação, equipamentos elétricos, subestação) Obras civis Custos indiretos, incluindo projetos, gerenciamento e fiscalização de obras, serviços de consultoria, entre outros. Todos esses outros custos somente poderão ser apropriados através de um projeto de redução de perdas mais detalhado e que levante e aproprie todos os aspectos que contribuem para que o índice de perdas de água atinja valores dessa magnitude em Santa Maria. Portanto, as ações previstas neste estudo para a redução de perdas de água no sistema de abastecimento de água de Santa Maria são as de custo mais significativos que, em consonância com as ações que a Unidade de Santa Maria vem realizando, podem garantir a meta proposta de redução de perdas para os próximos anos. Página 117

118 E) Substituição de rede e ramais A substituição de rede e ramais prediais deverá ser executada quando esgotadas alternativas menos dispendiosas para a redução das perdas provenientes dessas redes e ramais Será necessário substituir aproximadamente 130 km de rede de distribuição, iniciando pelas redes cujo material é de Cimento Amianto, tubulações que provocam muitos rompimentos e/ou que apresentam alto grau de incrustações, diminuindo a capacidade hidráulica da rede ou provocando interrupção no abastecimento bem como desperdício de água tratada, elevando o custo de manutenção e a insatisfação dos usuários. Será também necessário substituir os ramais que apresentarem fadiga, reincidência de consertos de vazamentos, devido ao mau estado das tubulações ou por apresentarem características fora do padrão recomendável. Para as adutoras, redes primária e redes de distribuição de água que apresentarem problemas de incrustações, deverão ser utilizados o sistema de desentupimento das mesmas, quando o diagnóstico assim recomendar. Como estimativa dos serviços de substituição de redes, consideramos as informações fornecidas no cadastro de rede da Unidade de Santa Maria. Etapas de implantação Quadro 13 - Etapas de substituição de rede e ligações de água Período de duração Rede de distribuição (m) Ligações domiciliares (un.) Curto prazo De 1 a 5 anos , ,50 Médio prazo De 6 a 7 anos , ,50 Longo prazo Acima de 7 anos , ,00 F) Hidrometrar 100% das ligações de água e atualizar o parque de hidrômetro Completar 100% das ligações hidrometradas no primeiro ano, ou seja, complementar a hidrometração existente, prevendo-se a substituição de 20% de hidrômetros a cada ano, considerando-se a vida útil do aparelho de 5 anos, totalizando hidrômetros instalados até o final do plano. Quadro 14 - Complementação e substituição de hidrômetros Etapas de implantação Período de duração Instalação de Hidrômetros (un.) Curto prazo De 1 a 5 anos Médio prazo De 6 a 7 anos Longo prazo Acima de 7 anos Página 118

119 G) Pesquisa acústica de vazamentos invisíveis Executar pesquisa de vazamentos em 100% da rede de distribuição e de ramais domiciliares, com o objetivo de ir além da tradicional tarefa de somente localizar os vazamento invisíveis, mas contribuindo para o diagnóstico das causas dos rompimentos e na tomada de ações corretivas e preventivas a serem implantadas, como por exemplo: troca de rede de distribuição; redução de pressões; qualidade e agilidade do serviço de manutenção, entre outros. Etapas de implantação Quadro 15 - Pesquisa de vazamentos invisíveis Período de duração Rede pesquisada (km) Curto prazo De 1 a 5 anos 780 Médio prazo De 6 a 7 anos 840 Longo prazo Acima de 7 anos 922 H) Implantar programa de relacionamento com o cliente. Implantar programa de comunicação social através da adoção de práticas de modelos gerenciais compatíveis com os melhores exemplos mundiais, buscando casos de sucesso que auxiliam no aprimoramento dos serviços prestados, aumentado a qualidade dos mesmos e a satisfação dos usuários. I) Melhorias operacionais Ao longo do período de alcance do estudo foram previstos investimentos para a manutenção e melhorias dos sistemas de: Captação/Barragem Previsão de investimentos com elaboração de estudos, projetos e execução de obras nas barragens e sistema de captação, decorrente de possíveis erosões principalmente no vertedor da Barragem Rodolfo Costa e Silva, tanto da margem direita como da margem esquerda (por onde passa 80% da vazão total e onde já apresentou erosão documentada pela empresa Magna Engenharia Ltda, no Volume I do Estudos Preliminares Visando a Recuperação das Barragens do Rio Ibicuí-Mirim e do Trecho Inicial do Respectivo Sistema Adutor, de out/1984). Os estudos deverão ser realizados com especialistas em obras de contensão, em barragens e obras hidráulicas, visando identificar e corrigir possíveis problemas nas três barragens existentes, principalmente nas do rio Ibicuí-Mirim, Barragem Rodolfo Costa e Silva e Barragem Saturnino de Brito, considerando o histórico de problemas dessa natureza. Página 119

120 Adução de água bruta Previsão de investimentos que visem garantir a integridade das adutoras de água bruta protegendo-as melhor contra estrados decorrentes de possíveis enxurradas, catástrofe que já atingiu o valo do rio Ibicuí-Mirim no passado recente e documentado pela empresa Magna Engenharia Ltda, no Volume I do Estudos Preliminares Visando a Recuperação das Barragens do Rio Ibicuí-Mirim e do Trecho Inicial do Respectivo Sistema Adutor, de out/1984. Estação de tratamento de água (ETA) Previsão de investimentos para melhorias na ETA. Apesar dos investimentos realizados recentemente pela CORSAN com a ampliação da Estação de Tratamento existente, algumas melhorias deverão ser realizadas como: Automação dos processos da ETA como, por exemplo: o medição contínua de turbidez, cloro residual, flúor, Ph e potencial de coagulação; o Controle ótimo da dosagem de produtos químicos; o Controle automático e do ciclo de lavagem dos filtros; o Otimização dos tempos de permanência da decantação; o Controle automático da remoção de lodo; o Integração operacional do laboratório de análises químicas. Adequação do laboratório para realizar análises de água bruta e tratada em conformidade com as legislações pertinente, absorvendo gradativamente, análises realizadas atualmente em outros laboratórios. Central de Controle Operacional Investimentos na automação e inovação tecnológica da operadora com o objetivo de melhorar o desempenho do SAA na supervisão, operação e controle dos sistemas automatizados. A Central de Controle Operacional deverá contar com modelo hidráulico do sistema de abastecimento de água de Santa Maria como ferramenta para sua atividades operacionais de análise hidráulica, otimização energética e identificação das perdas do sistema. Os modelos são conhecidos como MODELOS MATEMÁTICOS (por causa do algoritmo de cálculo interno), MODELOS SIMULADORES (pela capacidade de simular situações diversas) ou MODELOS HIDRÁULICOS (trata do campo da hidráulica). Os MODELOS DE SIMULAÇÃO fornecem a resposta de um sistema a um conjunto de informações de entrada, que incluem regras de decisão, permitindo a quem toma decisão, examinar as consequencias de diversos cenários de um sistema existente ou de um sistema em projeto. A CALIBRAÇÃO do modelo é efetuada para se verificar ou se ajustar o grau de representatividade do sistema real. A CALIBRAÇÃO é necessária, pois em alguns casos, podese melhorar a representatividade pela alteração ou inclusão de parâmetros corretivos Aplicações dos modelos em Operação de Sistemas de Abastecimento de Água, especificamente na Central de Controle Operacional, tem como objetivos: Página 120

121 análises hidráulicas, para identificação de problemas de abastecimento (pressão insuficiente ou exagerada); estudos dos sistemas de bombeamento, tanto na produção quanto na distribuição, com a finalidade de otimização energética; poderoso auxílio na difícil tarefa de identificação das perdas nos sistemas; treinamento de técnicos das unidades operacionais; análises hidráulicas dos efeitos, no sistema distribuidor, da operação de válvulas para as intervenções de rotina (manutenções, interligações, reparos, etc.) instrumento de trabalho na atividade operacional do dia-a-dia, nem sempre se pode esperar pelo tempo necessário para projetar um sistema e para adquirir os equipamentos e tubulações conforme o ideal projetado. A não existência do modelo hidráulico, situações de problemas operacionais que necessitavam de soluções imediatas, costuma ser enfrentado pela experimentação direta. Executa-se a modificação no sistema com o que se tiver disponível e verificava-se o resultado em escala real. O custo desse tipo de atitude é muito questionável. Figura 15 Imagem do Modelo Hidráulico de um Sistema de Abastecimento de Água Portanto, haverá necessidade de investimentos no desenvolvimento de modelagem hidráulica do sistema de distribuição de Santa Maria com a respectiva calibração, implantação e treinamento do modelo para a equipe da Central de Controle Operacional, propiciando a mesma de condições técnica operacional condizente com as empresas mais avançadas tecnologicamente. Página 121

122 J) Programa de Controle Ambiental dos Reservatórios (Barragens) Os usos múltiplos dos reservatórios poderão resultar em alterações na qualidade da água armazenada, com impactos sobre a fauna aquática e riscos sanitários para os seus usuários. As alterações na qualidade da água podem ocorrer devido as seguintes razões: Uso para banho e outras atividades recreativas. Lançamento de esgotos domésticos e industriais. Disposição de resíduos sólidos. Lançamentos de resíduos de embarcações. Ingresso de agrotóxicos. Aporte de nutrientes. Tendência à salinização. Com objetivo de garantir a qualidade da água armazenada a operadora, em conjunto com outros usuários dos reservatórios, deverá realizar ações visando: a. Manutenção e Disponibilidade Hídrica A oferta de água de um reservatório corresponde à vazão por ele regularizada associada a determinada garantia. Para sua avaliação, o procedimento comum consiste na simulação da operação do reservatório utilizando o balanço hídrico do reservatório. A vazão regularizada pelo reservatório está normalmente associada a um determinado nível de garantia. O nível de garantia adotado no Brasil em estudos hidrológicos para reservatórios para fins de abastecimento humano é de 97% a 100%; para fins energéticos é de 95% e para fins hidro-agrícolas é de 90%. Assim, durante os 3%, 5% e 10% do tempo que corresponde ao não atendimento, todas as atividades socioeconômicas da região, abastecidas pelos reservatórios, podem entrar em colapso. Devido a situação descrita anteriormente, justifica-se a introdução de outro conceito, que traduzido em regra de operação, venha a monitorar tais riscos. É o conceito de volume de alerta de um reservatório, que corresponde ao volume a partir do qual apenas um determinado percentual da vazão regularizada pode ser retirado. Portanto deve-se definir uma política de operação dos reservatórios de modo que a vazão liberada mínima para o abastecimento humano possa ser mantida, mesmo sem afluência de água, por período maior que um período hidrológico. Assim sendo, apenas volumes excedentes deverão ser rateados entre os outros diversos usuários. No tocante ao Balanço Hídrico da Bacia do Ibicuí, principal bacia de captação de água para o abastecimento de Santa Maria, onde estão situadas as Barragens de Rodolfo Costa e Silva e Saturnino de Brito, estudos apresentados pelo Comitê de Gerenciamento Página 122

123 da Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí Comitê Ibicuí, em relatório síntese do Processo de Planejamento da Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí, denominado de Relatório Final, Fase A e B, fev/2012, onde apresenta o seguinte comentário na página 27. O diagnóstico mostra que, em termos de quantidade, os recursos hídricos superficiais, na Bacia, já são utilizados em seu limite, relativamente às águas fluentes. Importante considerar que 50% da demanda hídrica total é atendida a partir de água estocada (açudes) e que 10% tem como manancial do Rio Uruguai (fora da Bacia). Assim, não há possibilidades de expansão das demandas (no período entre novembro e fevereiro) sem a correspondente reservação de água. As situações de deficiência hídrica encontram-se dispersas pela Bacia, mas com maior grau de ocorrência nas Unidades do Ibicuí-Mirim, Toropi e nos afluentes do Rio Uruguai. A conclusão sobre o Balanço Hídrico encontra-se na página 56 e 57 e diz o seguinte: Em termos de situações futuras quanto aos balanços hídricos, foram consideradas as projeções de demandas efetuadas para Tais projeções, confrontadas com os balanços hídricos atuais, permitem prever as situações futuras como parâmetros balizadores para a proposição de critérios de outorga. Como o objetivo deste prognóstico é projetar situações futuras que possam caracterizar maior pressão sobre os recursos hídricos, o cenário de maior demanda mostra-se, ainda assim, plenamente aceitável do ponto-de-vista dos balanços hídricos disponibilidades versus demandas, para os recursos hídricos superficiais. Em termos de águas subterrâneas, já foi verificado que a situação apresenta-se, quanto ao balanço hídrico, bastante confortável. Assim, observa-se que tendo a Q90% como referencial para as águas superficiais, já há uma situação de equilíbrio entre as disponibilidades e as demandas. Portanto é importante monitorar o volume de alerta dos reservatórios, principalmente o DNOS, referente a bacia do Vacacaí-Mirim, pois apresenta situação crítica em época de estiagem. b. Monitoramento da Qualidade da Água A qualidade da água do reservatório deverá ser acompanhada através de um programa de monitoramento, concebido em função das atuais condições do corpo hídrico e das previsões de alteração da qualidade da água. Este programa deverá conter: Número e localização das estações de amostragem; Definição dos parâmetros físico-químicos, biológicos e bacteriológicos a serem amostrados; Períodos de amostragem; Responsabilidade institucional pelo monitoramento; Página 123

124 Forma de divulgação interna e externa dos resultados. O Programa deverá acompanhar não só o monitoramento da qualidade das águas dos reservatórios, mas também as variações quantitativas nas afluências aos reservatórios e alterações no uso do solo na bacia a montante dos mesmos. Os pontos de amostragem para o monitoramento deverão ser selecionados considerando os seguintes aspectos: Acompanhar as variações qualitativas e quantitativas nas águas afluentes, acumuladas e liberadas pelo reservatório; Permitir a análise da influência de atividades agrícolas e dos núcleos urbanos a montante e daqueles situados no entorno dos reservatórios, nas características das águas dos reservatórios. Deverão ser escolhidas seções, nas proximidades dos pontos de coleta de amostras, para realização de medições de vazões, para permitir o monitoramento quantitativo dos corpos d água da bacia. Com esses pontos monitorados e o acompanhamento sistemático das atividades que se desenvolvem nas bacias de drenagem do curso d água, será possível identificar não só as alterações como também suas prováveis causas. Deverão ser planejadas e efetuadas campanhas de medição, coleta e análise da água nos pontos escolhidos, com freqüência, a princípio, trimestral, passando a semestral no caso de não serem verificadas alterações significativas nos parâmetros, no período de três meses. Deverão ser medidos os seguintes parâmetros, no mínimo: DBO ou DQO (demanda bioquímica de oxigênio ou demanda química de oxigênio) OD (oxigênio dissolvido) Coliformes totais e fecais Turbidez Cor Fósforo total Nitrogênio total Amônia, nitrito, nitrato PH Cloretos Íons (cálcio, sódio e magnésio), e Pesticidas organoclorados e organofosforados (frequência semestral). Os métodos e técnicas de coleta e análise de amostras de água deverão seguir o que consta do Standard Methods for Examination of Water and Wastewater, publicado Página 124

125 pela American Public Health Association (APHA), American Water Works Association (AWWA) e Water Pollution Control Federation (WPCF). Deverá ser executada, também, a análise quantitativa e qualitativa dos organismos plantônicos e da biomassa algal. Deverá ser monitorada, ainda, a ocorrência de proliferação do hospedeiro da esquistossomose (caramujos do gênero Biomphalaria), cuja freqüência de amostragem deverá ser semestral. c. Controle da Poluição e da Eutrofização Para minimizar a possibilidade de degradação, poluição e eutrofização das águas, deverão ser adotadas várias linhas de ação: Primeira: monitoramento da qualidade da água do reservatório e adoção de regras operativas que promovam uma maior renovação de suas águas. Segunda: disciplinamento do uso e ocupação das terras nas margens do reservatório. Terceira: disciplinamento do uso e ocupação das terras na bacia de drenagem, que possa afetar as características de qualidade e quantidade das águas que afluirão ao reservatório. Quarta: controle dos usos da água represada. Neste sentido propõem-se três linhas de ações, sendo a primeira ação contemplada nos itens do monitoramento e disponibilidade hídrica e a segunda linha deverá constar do Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno dos Reservatórios. As ações a serem desenvolvidas na terceira linha compreendem trabalhos de engenharia ambiental, para definição de medidas técnicas adequadas e ações políticas e de mobilização social, cujo efeito indutivo que se espera é contribuir para a adoção das providências necessárias no tempo correto. Essas ações contemplam as seguintes atividades: Identificação de indústrias e atividades agropecuárias implantadas; Identificação de núcleos urbanos existentes; Quantificação dos resíduos e efluentes urbanos, agrícolas e industriais gerados por essas atividades (atuais e potenciais); Mapeamento dos tipos de solos que ocorrem na bacia, em nível de detalhe que permita identificar a existência de solos com aptidão para expansão da agropecuária e solos propícios para liberação de sais, sob determinadas condições (a partir de mapeamentos já existentes no estado); Análise das informações levantadas quanto ao seu potencial de degradação das águas do reservatório, por poluição ou eutrofização; Definição do conjunto de ações necessárias / recomendadas para garantir que as alterações nas águas do reservatório sejam mínimas ou em nível suportável, em função Página 125

126 de seus usos previstos; Gestão junto aos órgãos competentes e sociedade civil para tomada de decisões e encaminhamento de soluções: regulamentação da ocupação urbana / rural (estabelecimento de zonas non aedificandi nas áreas urbanas, restrição à instalação de certos tipos de indústrias com alto potencial poluidor, incentivo à manutenção de áreas com cobertura vegetal natural, incentivo à criação de unidades de conservação públicas ou particulares, etc.). Dependendo dos usos da água represada, pode-se proibir a instalação, na bacia contribuinte, de atividades que resultem em elevados graus de poluentes ou deve-se exigir o tratamento prévio dos esgotos, antes do lançamento. A quarta ação refere-se ao controle dos usos múltiplos da água dos reservatórios. Os usos da água represada deverão ser controlados, pois alguns deles podem ser conflitantes e podem resultar na sua poluição. O zoneamento de usos do reservatório é uma medida a ser adotada, procurando-se afastar aqueles que são incompatíveis, como, por exemplo, atividades recreacionais versus local de tomada de água para abastecimento humano. O uso de embarcações no lago deve ser controlado, proibindo-se o lançamento, na água, dos resíduos nelas produzidos: óleos lubrificantes, graxas, combustíveis, resíduos sólidos, dejetos e outros. d. Plano de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório A qualidade da água de um reservatório depende diretamente das atividades desenvolvidas em suas áreas marginais. Por isso, é necessário que sejam disciplinados os usos do solo nessas áreas, de modo a não resultarem em poluição da água armazenada. A proteção será conseguida através da adoção de uma faixa de preservação no entorno do reservatório. De acordo com a Resolução no. 302, de 20 de março de 2002, do CONAMA, é considerada como Área de Preservação Permanente a área com largura mínima, em projeção horizontal, no entorno dos reservatórios artificiais, medida a partir do nível máximo normal, de: I. trinta metros para os reservatórios artificiais situados em áreas urbanas consolidadas e cem metros para áreas rurais; II. quinze metros, no mínimo, para os reservatórios artificiais de geração de energia elétrica com até dez hectares, sem prejuízo da compensação ambiental. Página 126

127 III. quinze metros, no mínimo, para reservatórios artificiais não utilizados em abastecimento público ou geração de energia elétrica, com até vinte hectares de superfície e localizados em área rural. A Área de Preservação Permanente tem a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações humanas. Por exemplo, para os reservatórios do PROÁGUA /Semi-árido, a área de preservação há proposta que tenha largura de 100 (cem) metros. O plano ambiental de conservação e uso do entorno de reservatório artificial deverá ser elaborado pelo empreendedor, no âmbito do procedimento de licenciamento ambiental, em conformidade com o termo de referência expedido pelo órgão ambiental competente, para os reservatórios artificiais destinados à geração de energia e abastecimento público. Na análise deste plano ambiental, deverá ser ouvido o respectivo comitê da bacia hidrográfica onde será implantado o reservatório, quando houver. Na etapa de operação do reservatório, caberá ao empreendedor adotar as providências para o cumprimento das recomendações do plano ambiental de conservação e uso do entorno do reservatório. e. Educação Ambiental da População Para se conseguir a proteção do meio ambiente na área de influência do reservatório, é imprescindível que haja a participação da população. Para isso, além das ações de comunicação social que provavelmente foram desenvolvidas nas fases de estudos, projeto e da construção dos reservatórios em Santa Maria, é necessário que seja implantado um programa de educação ambiental junto à população da área, para a sua adequada utilização. O Programa de Educação Ambiental deverá constituir um fluxo contínuo de informações entre o operador do sistema de abastecimento de água e a população usuária ou que se beneficiará do reservatório, objetivando motivá-la para o desenvolvimento de ações que levem à conservação e preservação do meio ambiente. O Programa deverá, também, alcançar a população que não é beneficiada com o abastecimento de água mas que habita o entorno do reservatório. Página 127

128 As medidas propostas para controle do uso da água armazenada e das terras do entorno do reservatório só obterão êxito se contar com a participação da comunidade, o que deverá ser conseguido com o desenvolvimento do Programa de Educação Ambiental. Este programa deverá, através dos meios de comunicação social, transmitir à população informações sobre como usar a água do reservatório, o seu entorno e a área da bacia de contribuição, sem provocar danos ambientais, assim como sobre a importância do mesmo para o abastecimento de outras comunidades que não habitam o seu entorno. No desenvolvimento do programa de educação ambiental, deverão ser envolvidos as entidades de classe, associações comunitárias, lideranças, escolas, igrejas, organizações não governamentais e outros segmentos sociais, e usados os meios de comunicação escrita, oral e visual disponíveis. Deverão participar deste programa, também, os Comitês de Bacia Hidrográfica e os Comitês de Usuários do Reservatório, quando existirem PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA OS DISTRITOS. A atuação nos nove distritos e na área rural do município de Santa Maria deverá ser contemplada através o Programa de Saneamento dos Distritos e Saneamento Rural. O Programa de Saneamento dos Distritos e Saneamento Rural tem como objetivo a universalização do acesso às ações e serviços de saneamento básico por meio de estratégicas que garantam o financiamento, a sustentabilidade e a participação social, da população da sede dos nove distritos e sua população rural. Conforme já observação neste estudo e decorrente das especificidades desses locais, cuja característica é de população dispersa, muito pouco adensada, residente em localidades de pequeno porte: vilas, aglomerados rurais, povoados, núcleos, lugarejos e aldeias (assim definidos pelo IBGE), que requerem abordagem própria e, algumas vezes, distintas das soluções convencionais adotadas nas áreas urbanas, tanto na dimensão tecnológica, quanto na da gestão e relação com as suas comunidades. Devido a essas características, as ações nessas comunidades deverão ser no sentido de cobrir os possíveis déficits de infraestrutura física necessária que deverão vir acompanhadas de medidas estruturantes, no campo da participação da comunidade, da educação ambiental para o saneamento, dos mecanismos de gestão e da capacitação, inclusive na elaboração de projetos. As Metas serão voltadas para a universalização de forma gradual e progressiva e terão como base referencial o déficit das condições de saneamento nos distritos e área rural: Metas de curto prazo: projetadas para o 5 primeiros anos Metas de médio prazo: projetada de 6 a 10 anos Página 128

129 Metas de longo prazo: projetadas de 11 a 20 anos Portanto, o Programa proposto, além de cobrir os possíveis déficits de infraestrutura de abastecimento de água, deverá considerar medidas estruturantes que garantam as três linhas básicas de atuação: Tecnologia, Gestão e Educação, assim descritas. Medidas estruturantes em Tecnologia, que poderão ser executadas pela operadora do distrito sede, já que a mesma realiza este tipo de ações no seu dia a dia: Apoio na elaboração de projetos de engenharia para o abastecimento de água, utilizando de alternativas tecnológicas apropriadas às diversas situações de saneamento em áreas dos distritos e áreas rurais. Apoio na busca de financiamento para a implantação dos projetos para o abastecimento de água. Medidas estruturantes de Gestão, que, também, poderão ser executadas pela operadora do sistema do distrito sede, já que a mesma realiza este tipo de ações no seu dia a dia: Estratégias para a implantação e implementação das alternativas de gestão das ações e serviços de saneamento nos distritos e áreas rurais. Medidas estruturantes de Educação Ambiental: Propostas de ações de educação e participação da população na implantação dos serviços de saneamento nos distritos e áreas rurais, com sustentabilidade. 6. INVESTIMENTOS NO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA SEDE A seguir apresentamos os valores de investimentos previstos para o sistema de abastecimento de água INVESTIMENTOS NA SEDE DO MUNICÍPIO AÇÃO PARA GARANTIR A UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS Para o estabelecimento dos valores dos investimentos para garantir a cobertura com rede de distribuição e ligações domiciliares, adotou-se um preço médio de R$ 120,00 por metro rede e R$ 300,00 para ligações. Etapas de implantação Quadro 16 - Investimentos para garantir a universalização Rede de distribuição (m) Investimento em rede água (R$) Ligações domiciliares (un.) Investimento em ligações água (R$) Curto prazo Médio prazo Longo prazo TOTAL Página 129

130 GARANTIR A QUALIDADE DA ÁGUA DISTRIBUÍDA A POPULAÇÃO. O custo para a garantia da qualidade de água distribuída é parte das despesas de exploração do sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário GARANTIR A CONTINUIDADE NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA A POPULAÇÃO. O custo para a garantia da continuidade no abastecimento de água é parte das despesas de exploração do sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário IMPLANTAR PROGRAMA DE PERDAS NO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA SUBSTITUIÇÃO DE REDE E RAMAIS Para o estabelecimento dos valores de investimentos adotou-se um custo de R$ 350,00 por metro rede de distribuição e R$ 300,00 para ligações domiciliares de água. O custo de R$ 350,00 por metro de rede é a média ponderada do custo de implantação da rede de cimento amianto, considerando cada um dos diâmetros e seus respectivos comprimentos a serem substituídos. Quadro 17 - Investimento para substituir/renovar redes e ligações Etapas de implantação Rede de distribuição (m) Investimento em rede água (R$) Ligações domiciliares (un.) Investimento em ligações água (R$) Curto prazo , , , ,25 Médio prazo , , , ,25 Longo prazo , , , ,50 TOTAL , , , , HIDROMETRAR 100% DAS LIGAÇÕES DE ÁGUA E ATUALIZAR O PARQUE DE HIDRÔMETRO Os custos previstos para aquisição e instalação de hidrômetros giram em torno de R$ 90,00 por unidade. Quadro 18 - Investimentos com hidrometração Etapas de implantação Instalação de Hidrômetros (un.) Investimentos em hidrometração (R$) Curto prazo Médio prazo Longo prazo TOTAL REALIZAR PESQUISA DE VAZAMENTOS INVISÍVEIS. Os custos previstos contemplam uma equipe completa e equipada para executar a pesquisa em redes de distribuição em cada um dos períodos propostos. O valor médio para os serviços de campo de pesquisa é de R$ 500,00. Quadro 19 - Investimentos em pesquisa de vazamentos invisíveis Página 130

131 Etapas de implantação Rede pesquisada (km) Investimento em Pesquisa de vazamentos (R$) Curto prazo Médio prazo Longo prazo MELHORIAS OPERACIONAIS O presente estudo destinou valores estimados para a melhoria das seguintes unidades: Captação: R$ ,00 Adução de água bruta: ,00 Estação de tratamento de água: ,00 Central de Controle Operacional (CCO): ,00 O valor previsto para a elaboração dos projetos e estudos corresponde a 1,5% do valor dos investimentos e melhorias operacionais CONTROLE AMBIENTAL DOS RESERVATÓRIOS Os custos estimados para as ações de Controle Ambiental são os seguintes: Etapas de implantação Quadro 20 - Investimentos em controle ambiental dos reservatórios Monitoramento e Disponibilidade Hídrica Controle da Poluição e da Eutrofização Plano de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório Educação Ambiental da População Curto prazo Médio prazo Longo prazo TOTAL O monitoramento da qualidade da água não entra como investimentos, pois é despesas de exploração do sistema de abastecimento de água CRONOGRAMA E PREVISÃO DE INVESTIMENTOS Uma vez descritas e avaliadas as atuações a realizar, estabelecer-se-á neste item o planejamento temporário das mesmas, buscando poder estabelecer um cronograma de investimentos. A seguir apresenta o cronograma dos investimentos para o sistema de abastecimento de água em Santa Maria. Página 131

132 Figura 16 - Cronograma e Investimentos previstos no sistema de abastecimento de água para a Sede Página 132

133 6.2. INVESTIMENTOS NO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DOS DISTRITOS A previsão de crescimento para os distritos, área urbana e rural, indica que ao longo do período de estudo poderá chegar a uma população de habitantes, distribuída na área urbana e rural e de forma dispersa, porém necessitando de atendimento com saneamento básico. O Programa de Saneamento proposto prevê investimentos de duas naturezas: a primeira referente à ampliação da infraestrutura de abastecimento de água, e a segunda referente à educação ambiental, considerando que as outras ações estruturantes poderão ser executadas pela operadora do sistema da Sede do município. Os programas, projetos e ações preveem investimentos no sistema de abastecimento de água para os distritos no tocante da produção, reservação e distribuição PRODUÇÃO Em razão dos distritos utilizarem o manancial subterrâneo através de poços tubulares profundos com fonte de abastecimento, o estudo prevê a continuidade na utilização deste manancial, precedido de uma avaliação hidrogeológica para cada região urbana dos distritos e outras localidades que apresentam escassez de água, visando elaborar um projeto técnico-construtivo de um poço tubular profundo. As quantidades apresentadas nos quadros a seguir são estimadas, considerando demandas apresentadas pelos gestores dos nove distritos no entorno da sede. Item Descrição do investimento Quantidade Preço Valor Total Unitário (R$) Previsto (R$) 1 Captação Estudo hidrogeológico, incluindo levantamento geofísico pelo 1.1 método da eletrorresistividade para avaliação da subsuperfície (considerado estudo em uma superfície de 5km por distrito) (un) , , Perfuração de poço tubular profundo equipado com conjunto moto bomba e quadro de proteção e comando. (un) , , Instalação elétrica vb ,00 Total Captação , RESERVAÇÃO De acordo com a localidade a ser atendida e função das habitações a serem atendidas previu-se dois a instalação de reservatórios com volumes distintos, litros ou litros Item Descrição do investimento Quantidade Preço Unitário (R$) Valor Total Previsto (R$) 2 Reservação 2.1 Instalação de reservatório elevado metálico de 15 m³ (un) , , Instalação de reservatório elevado metálico de 50 m³ (un) Total Reservação , , ,00 Página 133

134 DISTRIBUIÇÃO Considerando as características das localidades a serem atendidas com implantação de rede pública de distribuição de água, os parâmetros convencionais adotados para projetos não são os mesmos neste caso. Estimou-se que para cada uma das 30 localidades a serem atendidas seria necessário à implantação, em média, de aproximadamente 5 km de rede e atenderia aproximadamente a metade da população das localidades, pois outra metade já conta o esse serviço ou apresentam soluções individuais com poços caseiros. Item Descrição do investimento Quantidade Preço Unitário (R$) Valor Total Previsto (R$) 3 Distribuição Fornecimento e assentamento de m tubo PVC com junta 3.1 elástica DN 50mm para água , , Ligações domiciliares de água com instalação de hidrômetros , ,00 Total Distribuição , MEDIDAS ESTRUTURANTES Os investimentos relativos às medidas estruturantes que garantam as três linhas básicas de atuação: Tecnologia, Gestão e Educação; alcançam valor global de R$ ,00, com ênfase especialmente na educação ambiental. Em resumo os investimentos previstos para os nove distritos do entorno do distrito sede alcança o valor total de R$ ,00, o que dá uma média de R$ 1.000,00 por habitante em um período de 20 anos. Os investimentos deverão ser implantados por etapa conforme quadro a seguir. Etapa de Implantação Investimentos na Infraestrutura do S.A.A Investimentos Medidas Estruturantes Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo TOTAL Página 134

135 Figura 17 Cronograma e Investimentos previstos para o sistema de abastecimento de água dos Distritos Página 135

136 6.3. INVESTIMENTOS TOTAIS SEDE E DISTRITOS A seguir o cronograma dos investimentos para todo o Sistema de Abastecimento de Água de Santa Maria, contemplando a Sede e os Distritos do Município. Página 136

137 Figura 18 - Cronograma e Investimentos Totais previstos para o Sistema de Abastecimento de Água do Município de Santa Maria Página 137

138 Figura 19 Gráfico Cronograma de Investimentos Totais previstos para o Sistema de Abastecimento de Água do Município de Santa Maria Página 138

139 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Magna Engenharia Ltda. Estudos Preliminares Visando a Recuperação das Barragens do Rio Ibicuí- Mirim e do Trecho Inicial do Respectivo Sistema Adutor vol I e vol II. Outubro/1984. Contrato Concessão celebrado entre a CORSAN e o Município de Santa Maria no RS de 30 de outubro de Ofício 1778/2012-GB Resposta a solicitação de informações sobre o sistema da cidade de Santa Maria DOP/SUAOP/DEDOP CORSAN, Setembro/2012. Ofício N o 044/12-CEN Informações para o Plano Municipal de Saneamento Ambiental PLAMSAB, Superintendência da Região Central da CORSAN, Novembro/2012. Site da CORSAN - Lei /2007 Lei do Saneamento PLANSAB SNIS Processo de Planejamento da Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí DRH/SEMA/RS. Página 139

140 ANEXOS ANEXO I ANÁLISE DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA DE SANTA MARIA ANEXO II - JUSTIFICATIVA DA DEMANDA PER CAPITA ADOTADA ANEXO III - SISTEMA COMERCIAL DA CORSAN EM SANTA MARIA ANEXO IV INFORMAÇÕES ECONÔMICO-FINANCEIRAS ANEXO V SITUAÇÃO DAS OBRAS NA UNIDADE DE SANTA MARIA ANEXO VI CONTRATO DE CONCESSÃO COM A COMPANHIA RIOGRANDENSE DE SANEAMENTO ANEXO VII - ELABORAÇÃO DO PLANO DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA Página 140

141 ANEXO I ANÁLISE DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA DE SANTA MARIA A) Avaliação da reservação por setor de distribuição Em complementação os estudos de Demanda e Oferta, cujos cálculos técnicos mostraram que a reservação total existente no sistema de abastecimento de água e Santa Maria é suficiente para o atendimento a população para o período de estudo, apresentamos neste anexo os estudos, agora, por setor de abastecimento. O presente estudo somente foi possível após a contribuição da Coordenadoria Operacional da Unidade de Santa Maria da CORSAN, através do colaborador Sr. Ivo Bertoldo, que prestou informações importantes na construção do croqui do sistema de abastecimento de água contendo toda sua infraestrutura e respectiva setorização. A partir das informações atualizadas constatou-se que a reservação total existente no sistema é de m 3, que é 750 m 3 a mais do que a CORSAN nos havia fornecido durante a elaboração do diagnóstico, no entanto este volume a mais não interfere no abastecimento dos setores, conforme pode-se constatar no final do estudo. No desenho 01 do Layout do Sistema de Abastecimento de Água estão representados os principais elementos da sua infraestrutura, os setores de abastecimento e os respectivos bairros. No desenho 02estão representados os bairros na área urbana da cidade por setores de abastecimentos. Para o cálculo do balanço da reservação por setor, isto é, quanto de reservação existe e quanto será necessário para o final de plano, aprestamos primeiramente o Quadro 01 que relaciona cada bairro com os setores de abastecimento e respectiva população correspondente ao final de plano, ano Os bairros com asteriscos são atendidos uma parte por um setor e outra parte por outro setor de abastecimento. Decorrente da dificuldade de definir com precisão quanto é atendido por um ou por outro setor, adotamos, que cada setor atende 50% da população do bairro. Página 141

142 Quadro 01 Relação dos bairros por setor de abastecimento e respectiva população SETOR CENTRO/CORINTIANS CERRITO LESTE OESTE NORTE/ SUL R200 CENTRO/SATURNINO N BAIRRO BAIRRO População Total Ano 2032 (hab.) 30 Centro Menino Jesus Nonoai Nossa Senhora de Lourdes (*) Cerrito Diácono João Luiz Pozzobon Nossa Senhora das Dores Pé-de-Plátano São José Camobi Km Três Chácara das Flores N. S. do Perpétuo Socorro Campestre do Menino Deus Itararé Presidente João Goulart Agro-Industrial Tancredo Neves Boi Morto (*) Caturrita Nova Santa Marta Jucelino Kubtschek Pinheiro Machado São João Renascenþa (*) Caturrita Salgado Filho Divina Providência Passo D'Areia Noal Patronato Duque de Caxias Uglione Urlãndia Lorenzi Carolina (*) Nossa Senhora de Fátima (*) Nossa Senhora Medianeira (*) Dom Antônio Reis Tomazetti Nossa Senhora do Rosário Bonfim (*) Nossa Senhora de Fátima (*) Nossa Senhora Medianeira (*) Dom Antônio Reis (*) Cerrito POPULAÇÃO TOTAL ANO 2032 POPULAÇÃO POR SETOR (Hab.) Página 142

143 Como já observado no diagnóstico do sistema de abastecimento de água, a distribuição de água tratada é favorecida pela topografia, pois os principais reservatórios, denominado de reservatórios pulmão do sistema, que são o R-I e o R-II, encontram-se na parte mais elevada da cidade e contam com tubulação de saída interligada, proporcionando flexibilidade em abastecer os diversos setores do sistema, bastando apenas à abertura de uma válvula instalada na tubulação que os interliga. O quadro a seguir apresenta a capacidade existente de reservação por setor de abastecimento, considerando os reservatórios pulmões que atende a todos os setores. Quadro 2 Reservação existente por setor de abastecimento SETOR PULMÃO (GERAL) RESERVAÇÃO EXISTENTE VOLUME (M³) NO SETOR DE DISTRIBUIÇÃO VOLUME (M³) CENTRO/CORINTIANS R R R6 30 R CERRITO R Terra Nova 500 R2 150 R1 250 R8 50 LESTE RI 5000 R R5 25 RII 5000 R3 500 OESTE R9 30 R 500 NORTE/ SUL R R10 50 R CENTRO/SATURNINO R7 30 R R TOTAL Esta flexibilidade operacional permite que os dois reservatórios R-I e R-II complementam a reservação dos setores onde sua reservação não é suficiente, que é o caso dos setores Leste, Oeste e Centro/Corintians, apresentado no balanço de reservação do Quadro 3. Informações da Central de Controle Operacional da Unidade de Santa Maria da CORSAN dá conta que os reservatórios raramente trabalham abaixo de 40% de suas capacidades. Conforme os cálculos efetuados o balanço de reservação por setor alcança um déficit de m 3, compensado pelos reservatórios pulmões, que além de complementar a reservação dos setores com Página 143

144 reservação deficitária, propicia um superávit de reservação total da ordem de m 3, conforme quadro a seguir. SETOR Quadro 3 Balanço da reservação total RESERVAÇÃO PULMÃO RESERVAÇÃO EXISTENTE POR SETOR (M3) RESERVAÇÃO NECESSÁRIA POR SETOR (M3) ANO 2032 BALANÇO DA RESERVAÇÃO POR SETOR (M3) CENTRO/CORINTIANS (1.247) CERRITO LESTE (2.051) OESTE (3.124) NORTE/ SUL CENTRO/SATURNINO TOTAL (5.515) RESERVAÇÃO EXISTENTE RESERVAÇÃO NECESSÁRIA Analisando o balanço de reservação por setor, conclui-se que três setores não se utilizam da reservação pulmão, os setores Cerrito, Norte/Sul e Centro/Saturnino, enquanto que os outros três: Centro/Corintians, Leste e Oeste são dependentes quase totalmente dos reservatórios pulmões. Há uma prioridade de atendimento dos reservatórios pulmões; o RII atende em especial o Setor Oeste e o RI em especial os setores Leste e Centro/ Corintians, distribuição perfeitamente exequível. Portanto, podemos concluir que o sistema possui reservação suficiente para o período de estudo, levando em conta que a adução de água ao sistema é contínua durante 24 horas do dia, razão pelo qual adotamos o volume de reservação igual a 1/3 do volume distribuído no dia de maior consumo. B) Avaliação do sistema de adução de água tratada aos setores de distribuição A rede de distribuição de água é normalmente constituída por dois tipos de canalizações: rede principal, comumente denominada de conduto tronco ou adutora de água tratada, são tubulações de maior diâmetro que tem por finalidade alimentar as canalizações secundárias ou abastecer outros reservatórios; e a rede secundária, cuja função é abastecer diretamente os pontos de consumo do sistema. Com objetivo de avaliar as tubulações da rede primária quanto à capacidade de transporte aos setores de abastecimento, identificando a possível existência de estrangulamentos na distribuição, apresentamos a Quadro 4 onde os cálculos demonstram com segurança que os diâmetros da rede principal instalada no sistema são capazes de transportar a vazão requerida para o atendimento aos setores de distribuição além do período de estudo. Página 144

145 Quadro4 Avaliação da capacidade de transporte das adutoras de água tratada SETOR Capacidade máxima horária da adutora por Setor (L/s) Diâmetro Nominal da adutora por Setor (mm) Vazão máxima horária por Setor (L/s) Balanção de vazão da Adutora (L/s) OESTE R1 E R2 272, ,11 65,25 NORTE/ SUL R , ,45 240,75 CENTRO/SATURNINO R , ,00 69,47 CENTRO/CORINTIANS 421, ,03 309,45 CERRITO 272, ,69 77,67 SETOR R , ,99 165,37 Página 145

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147 Página 147

148 ANEXO II - JUSTIFICATIVA DA DEMANDA PER CAPITA ADOTADA O estudo de demanda de água para Santa Maria partir do valor de per capita atual e adotou um crescimento de 0,6% ao ano de tal forma que no final do plano o mesmo não alcance os valores médios da CORSAN e tampouco da média do Brasil, o que justificaremos a seguir. a) Primeiramente analisando os vários fatores que afetam o consumo de água em Santa Maria, podemos concluir que: Valor da Tarifa a tarifa praticada pela CORSAN e que apresentamos no estudo econômico financeiro do Plano não prevê aumento real da mesma, portanto os reajustes praticados no passado e no futuro não indicam que poderá haver redução de consumo. Índices de hidrometração e micromedição estes dois fatores não sinalizam grandes distorções de medição do sistema de Santa Maria. O índice de hidrometração de Santa Maria está acima de 90%, enquanto que o desejável é 100%. O índice atingido de 90% é um bom valor e nada indica que quando alcançar o índice de 100% haverá diminuição do consumo de água. Já a qualidade da micromedição, talvez seja um fator importante no caso de Santa Maria, no entanto um diagnóstico profundo do parque de hidrômetro instalado não é objeto desse estudo e não acreditamos que qualquer resultado apresentado virá a impactar significativamente nos valores adotados de per capita do estudo. Renda familiar consideramos como o fator preponderante para o aumento do per capita em Santa Maria. É fato o aumento do poder econômico e social da população brasileiras e Santa Maria não é diferente. Quanto mais elevado o poder econômico e social da população, maior o consumo em decorrência da maior utilização da água, resultante do emprego de máquinas de lavagem de roupa, de lavagem de pratos, de lavagem de automóveis e de numerosas outras aplicações que visam trazem conforto e facilidades aos consumidores. Oferta de água fator este que não terá influência no consumo de água de Santa Maria, pois apesar de não conviver com desabastecimento de qualquer natureza, a CORSAN está ampliando sua oferta. No caso do presente estudo, mais importante que a oferta de água, é a pressão na rede de distribuição um dos fatores consideráveis para o consumo de água. Pressão na rede O consumo de água aumenta com a pressão na rede de água. Como a CORSAN realiza um trabalho sistemático de instalação Válvulas Redutoras de Pressão, pois conta atualmente com mais de 50 VRP s e pretende instalar ainda mais 20 neste ano; esta ação inibe a possibilidade do aumento do consumo devido ao fator pressão na rede. b) Após análise dos fatores que afetam o consumo, inserimos o gráfico abaixo com as informações do SNIS Sistema Nacional de Informações referentes ao valor do per capita de 2002 até o Página 148

149 (L/hab/dia) Prefeitura Municipal de Santa Maria último dado existente, referente ao ano de Assim, também, inserimos a linha em vermelho que é média do per capita no período de nove anos, atingiu o valor de 119 L/hab/dia. Pode-se observar que no período o valor do per capita em L/hab/dia variou de 101, em 2002 até 146,8 em 2009 e reduzindo para 125 em Os últimos quatro anos informados variam entre 124 e 146, variação bastante próxima dos valores adotados no presente estudo. Consumo Per capita ,1 146,8 124,17 125,2 114, ,27 106, Ano Gráfico 1 Consumo per capita de Santa Maria. Fonte: SNIS Conclusão: O per capita adotado no estudo está tecnicamente justificado, pois considera os fatores que o afetam e, principalmente, as características da região e do país. Assim como, ao prever que o valor de per capita não atinge as médias atuais do estado do Rio Grande do Sul e tão pouco o do Brasil, leva em conta que os hábitos de consumo poderão ser modificados durante o período de projeto, em razão de maior conscientização da população quanto à utilização da água. Citamos, a seguir, alguns exemplos de mudança nos hábitos de consumo, observados após a adoção de boas práticas de consumo adotadas em países que enfrentam escassez de água, como por exemplo: O Chile adotou medidas de conservação em nível dos agregados familiares incentivando a reutilização de água cinzenta (ou seja, de lavagem e de máquinas de lavar) para regrar jardins e descargas sanitárias, permitindo uma redução de até 40% do consumo de água per capita. Em 2007, os subsídios do governo cobrem 70% dos custos do sistema. Na Alemanha, um quinto das maiores cidades tem apoiado a recolha de água das chuvas durante mais de 10 anos com o objetivo de equipar 15% dos edifícios até Fonte: COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPÉIAS, Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho, Bruxelas, COM(2007) 414 final. Página 149

150 Mesmo não havendo indicativo de escassez de água em Santa Maria aos níveis exemplificados acima, aos poucos a população mais esclarecida sobre a importância de se economizar água, poderá reduzir o consumo. Como a definição do per capita é o principal indicador utilizado na estimativa de consumo, é recomendável seu acompanhamento anual para, se caso for, efetuar a adequada revisão das expectativas em relação às necessidades do sistema de abastecimento de água. Página 150

151 ANEXO III - SISTEMA COMERCIAL DA CORSAN EM SANTA MARIA Estrutura Tarifária A estrutura tarifária sintética, utilizada no faturamento dos consumos de água, a partir de julho de 2012, obedece a seguinte tabela: TARIFA SOCIAL CATEGORIA PRECO BASE ÁGUA SERVICO BÁSICO TARIFA MÍN. SEM HD COLETADO PRECO m 3 ESGOTO TRATADO PRECO m 3 Bica Pública 1,73 6,85 24,15 0,87 1,21 Resid. A e A1 1,46 6,85 21,45 0,73 1,02 m 3 excedente 3,61 1,81 2,53 BÁSICA Residencial B 3,61 17,07 53,17 1,81 2,53 EMPRESARIAL Comercial C1 3,61 17,07 53,17 1,81 2,53 m 3 excedente 4,10 2,05 2,87 Comercial 4,10 30,46 112,46 2,05 2,87 Pública 4,10 60,84 142,84 2,05 2,87 Industrial 4,66 60,84 215,65 2,34 3,28 Observações quanto à aplicação da tabela: O Preço Básico do m 3 de água é variável aplicando-se a Tabela de Exponenciais. O Valor da água é calculado de acordo com a Fórmula PB x C n acrescido do Serviço Básico. Nas categorias Resid. A e A1, cujo consumo exceder a 10 m 3, o Preço Básico do m 3 excedente será calculado de acordo com o Preço Básico da categoria Residencial B. Na categoria C1 cujo consumo exceder a 20 m 3, o Preço Básico do m 3 excedente será calculado de acordo com o Preço Básico da categoria Comercial. O Esgoto será cobrado de acordo com o consumo ou do volume mínimo da categoria. Página 151

152 A tabela de exponenciais da Estrutura Tarifária da CORSAN é a seguinte: Figura 2 Tabela de Exponenciais da Estrutura Tarifária Sistema Tarifário Conforme informações obtidas no endereço eletrônico - acessado em dez/2012, as tarifas são estabelecidas segundo as categorias das economias abastecidas: I. Residencial Social A e A1 /10m³ II. Residencial RB /10m³ III. Pública P /20m³ IV. Industrial I /30m³ V. Comercial C /20m³ VI. Comercial C1 /10m As economias enquadradas na categoria residencial social "RS", com área construída inferior a 60 m² e até seis pontos de tomada de água, ocupada por família de baixa renda, nos parâmetros da ordem Página 152

153 de serviço 004/ DAFRI são consideradas categorias sociais e têm, nesta condição, tarifas 60% inferiores às demais economias residenciais ("RB"), nos primeiros 10 m³ de consumo. As categorias comerciais, também apresentam diferenciação em suas tarifas, havendo redução de valor para as economias de categoria "C1", que apresentam área construída inferior a 100 m² e destinadas a pequenos comércios e profissionais liberais. As tarifas da CORSAN são cobradas mediante faturas de serviços mensais correspondentes ao consumo de água e/ou esgotamento sanitário do período e compreendem: Valor do serviço básico - SB Valor do consumo medido de água ou valor do consumo estimado para a categoria de uso; Valor relativo ao serviço de esgotamento sanitário; Valores de serviço diversos, sanções, parcelamentos e receitas recuperadas. O titular ou usuário deverá remunerar os serviços prestados pela CORSAN, nas seguintes condições: Quando a ligação de água for hidrometrada, pela soma das parcelas relativas ao valor do Serviço Básico - SB, e o valor do consumo medido, de água, sendo aplicado o exponencial definido para cada faixa de consumo (conforme tabela de exponenciais); Quando a ligação de água não for hidrometrada, pela soma das parcelas relativas ao valor do Serviço Básico SB e do valor do consumo de água estimado para a categoria de uso. Quando houver esgotamento sanitário, o valor deste serviço, calculado conforme tabela de preço em vigor, será acrescido aos valores relativos ao Serviço Básico e o valor do consumo de água, identificado conforme os dois itens supramencionados. A tarifa para os serviços de esgotamento sanitário será determinada com base em percentual sobre o consumo de água, considerada a categoria de uso em que a economia se enquadrar. Para fins de faturamento, o volume de esgotamento sanitário será determinado pela aplicação de percentual sobre o consumo de água faturado ou ao volume de água proveniente de fonte alternativa de abastecimento, medido ou estimado. Não se aplica o mesmo critério de cobrança para as situações de esgoto industriais, sujeitos a regramento específico. SERVIÇOS BÁSICOS - SB - valor equivalente aos custos fixos. VALOR DO CONSUMO - valor equivalente aos custos variáveis, cobrado pelo consumo de água registrado pelo hidrômetro, ou pelo consumo presumido, quando não existir medidor - corresponde aos custos de produção da água potável. Página 153

154 Portanto a receita da CORSAN em Santa Maria é composta por: Cobrança do fornecimento de água; Cobrança da coleta e tratamento de esgoto; Cobrança relativa a diversos serviços técnicos prestados na localidade; Cobrança de multas relativas às infrações previstas nos regulamentos de serviços da Companhia. Página 154

155 ANEXO IV INFORMAÇÕES ECONÔMICO-FINANCEIRAS Informações econômico-financeiras A CORSAN apresentou, através da Diretoria Administrativa, Financeira e de Relações com Investimentos, o quadro denominado DADOS DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA, elaborado em Porto Alegre na data de 04 de julho de Ali estão demonstrados os valores históricos (sem atualização monetária),referentes aos últimos 10 anos. Dados do Município de Santa Maria, de 2002 a 2011 Página 155

156 Com o objetivo de auxiliar na interpretação das informações, foram elaborados os gráficos abaixo: Demonstrativo Receitas e Despesas Fonte: Elaboração própria A CORSAN também informou, através da Diretoria Financeira, sobre as receitas e despesas da Unidade de Santa Maria referente ao primeiro semestre de 2012, com data de emissão de 19 de setembro de Documento relata o plano de contas da empresa em Santa Maria, computando as despesas de Camobi separadas de Santa Maria, conforme tabela a seguir. Página 156

157 Despesas por natureza do 1 o Semestre de 2012 Fonte: CORSAN Analisando o quadro anterior, das despesas, note-se que existem três descrições que devem ser mais bemdetalhadas, pois representam aproximadamente 62% das despesas totais realizadas em Santa Maria e Camobi: Item Descrição da Despesa Valor (R$) 1 Despesas totais realizadas no primeiro semestre de ,61 2 Conta 700 Despesas Indiretas Transferidas ,47 3 Conta 800 Custos Indiretos Capitalizados ,09 4 Conta 900 Serviços Internos ,04 5 Total das contas 700, 800 e ,60 6 Porcentagem do item 5 sobre o item 1 61,87% As informações sobre as receitas, repassadas pela CORSAN, estão agrupadas e somam as receitas dos municípios de Santa Maria e Camobi. Página 157

158 Receitas por conta do 1 o Semestre de 2012 Fonte: CORSAN Segundo as informações demonstradas, no primeiro semestre de 2012 as receitas auferidas pela CORSAN alcançaram o valor de R$ ,01 enquanto que as despesas o total de R$ ,61. O valor de superávit foi de R$ ,40, que corresponde a 36,23% da receita. Página 158

159 Receita e despesas realizadas no 1 o Semestre de 2012 Fonte: Elaboração própria Página 159

160 ANEXO V SITUAÇÃO DAS OBRAS NA UNIDADE DE SANTA MARIA A CORSAN anunciou recentemente investimentos da ordem de R$ 97 milhões no sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário da cidade de Santa Maria, tendo como previsão de conclusão o ano de Os investimentos previstos estão resumidos no quadro a seguir: Investimentos em Saneamento em Santa Maria Valor (R$) Recuperação da adutora no trecho entre a Barragem Saturnino de Brito e a Estação de Tratamento de Água ,00 Ampliação do Sistema de Abastecimento de Água ,00 Substituição de 200 km de redes antigas ,00 Substituição de 500m da adutora de água tratada na Rua Venâncio Aires ,00 Nova elevatória de água bruta junto ao Rio Ibicuí Mirim ,00 Realização de Estudos e projetos ,00 Implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário em Camobi ,00 Implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário do bairro Nossa Senhora de Lourdes ,00 Estudos e projetos para o sistema de esgotamento sanitário ,00 Implantação do sistema de esgotamento sanitário do Hospital Regional ,00 TOTAL ,00 Fonte:CORSAN Pode-se observar que 57,58% do valor será investido em sistema de abastecimento de água e 40,16% no sistema de esgotos, quando o percentual de cobertura proposto de é 70% de atendimento, incluindo o adequado tratamento. Fonte:Elaboração Própria As informações da Unidade de Santa Maria quanto a execução da recuperação da adutora de água bruta, no trecho compreendido entre a Barragem Saturnino de Brito e a Estação de Tratamento de água, é de que já foi licitada e aguarda somente a licença de instalação para poder executar a obra. Por ser um obra de prioridade zero para a garantida no abastecimento de Santa Maria, todos os esforços deverão ser empregados no sentido de sua execução o mais rápido possível. Página 160

161 ANEXO VI CONTRATO DE CONCESSÃO COM A COMPANHIA RIOGRANDENSE DE SANEAMENTO A Prefeitura Municipal de Santa Maria concedeu a CORSAN a concessão do sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário em contrato celebrado em 30 de outubro de 1996 cujas principais condições estão selecionadas a seguir: Objeto A CONCEDENTE outorga à CONCESSIONÁRIA,...o direito de ampliar, melhorar, explorar e administrar com exclusividade os serviços..., na área urbana contínua do Município de Santa Maria, bem como ampliar, melhorar, explorar e administrar com exclusividade os serviços...nas áreas urbanas dos Distritos nesta data existentes. Prazo A concessão... vigorará pelo prazo de 20 anos,... O praz será reduzido automaticamente para 10 anos caso a CONCESSIONÁRIA deixe de cumprir os inciso V (... elaboração de projeto para construção de barragem de acumulação de água bruta...), VI (Iniciar a construção da barragem... num prazo de 24 meses... concluindo-a, num prazo de 60 meses...),vii (Elaborar projetos de reformulação do sistema de distribuição de água...), VIII (Substituir as redes de distribuição de água que se encontram obsoletas ou inservíveis e ramais prediais em idênticas condições...), IX (Participar em parceira com a CONCEDENTE, na execução de obras do sistema de abastecimento de água do distrito de Arroio do Sol...) e XII (Elaborar Projeto Executivo para viabilizar a implantação de esgoto sanitário, contemplando drenagem urbana, em Camobi, em parceria com a concedente, num prazo máximo de 12 meses após a assinatura do presente contrato.) do Cláusula Sétima Obrigações da Concessionária Tarifa As tarifas...serão reajustas periodicamente, de modo a serem mantidos seus valores reais e cobertos os investimentos, custos operacionais, manutenção e expansão dos serviços, e ser assegurado o equilíbrio econômico e financeiro da concessão,... As tarifas dos serviços concedidos serão as resultantes dos estudos de viabilidade econômico-financeiro realizados pela CONCESSIONÁIRA,... Obrigações da Concessionária Inciso XV da CLÁUSULA SÉTIMA Ampliar o número de economias atendidas com o sistema de esgotamento sanitário de no mínimo 5% ao ano, até o limite mínimo de 80% da população urbana da cidade, obedecidas as prioridades indicadas pelo CONCEDENTE, respeitada a viabilidade econômica-financeira, e obtenção de recursos financeiros necessários a sua execução. Obrigações do Concedente O CONCEDENTE obriga-se a participar com o mínimo de 15% do custo das obras de ampliação ou melhoria do sistema de abastecimento de água e dos custos da implantação ou melhoria do sistema de esgotamento sanitário, exceto nos sistemas assumidos nos termos do inciso X da Cláusula VII (Caberá a CONCESSIONÁRIA a obtenção de mananciais e execução de obras dos sistemas de abastecimento de água de no mínimo 80% Página 161

162 dos núcleos distritais, em um prazo de 96 meses), nos quais o percentual de participação será de no mínimo de 25%. Parágrafo Primeiro da Cláusula Oitava A participação da CONCEDENTE dar-se-á através de prestação de serviços, dação em pagamento ou de quaisquer outras contribuições passíveis de quantificação monetária, as quais lhe serão creditadas dentro do mês de sua efetiva realização e sujeitas à atualização monetária, mediante aplicação do índice que vier a ser fixado pelo Governo para esse fim. Parágrafo Segundo da Cláusula Oitava As contribuições a que alude o parágrafo anterior poderão ser convertidas em ações, sempre que possível, o que permitirá ao município participar das Assembleias Gerais de Acionistas,... Rescisão Contratual e Reversão dos Bens Este contrato poderá ser rescindido: - Por acordo, expresso e por escrito, entre o CONCEDENTE e a CONCESSIONÁRIA; -Pelo inadimplemento de qualquer de suas Cláusulas; - Findo o prazo da concessão ou de suas eventuais prorrogação, nos termos previstos na Cláusula Segunda. Cláusula Décima-Quinta Em qualquer das hipóteses previstas na Cláusula anterior a rescisão só de efetivará com a consequente entrega à CONCEDENTE de todas as instalações, móveis e utensílios relativos aos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, depois que a CONCESSIONÁRIA for indenizada integralmente pelo valor total dos investimentos por ela realizados, inclusive bens imóveis, devidamente depreciados e corrigidos monetariamente, até a data de rescisão, de acordo com a legislação vigente ou mediante acordo entre as partes. Parágrafo Único A situação funcional dos servidores que, na época da transferência dos serviços, estiverem vinculados ao sistema de Água e Esgoto, dessa cidade, deverá ser solucionada de comum acordo entre as partes, obedecendo às normas constitucionais e legais que se acharem em vigor, no momento da reversão. Página 162

163 ANEXO VII - ELABORAÇÃO DO PLANO DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA O plano de emergência deve ser elaborado pela Concessionária prestadora dos serviços e disponibilizado para conhecimento dos envolvidos. Um plano de contingência deve conter minimamente, a seguinte estrutura: Capítulo I - Aspectos gerais 1. Objetivos e abrangência do Plano de Contingência 2. Índice 3. Data da última revisão 4. Informação geral sobre o sistema de abastecimento Designação do sistema de abastecimento Entidade gestora Elemento(s) de contacto para o desenvolvimento e manutenção do Plano Telefone, fax e endereço eletrônico do(s) elemento(s) de contacto Capítulo II - Planos de emergência 1. Ocorrência 2. Resposta inicial Procedimentos para notificações internas e externas Estabelecimento de um sistema de gestão de emergências Procedimentos para avaliação preliminar da situação Procedimentos para estabelecimento de objetivos e prioridades de resposta a incidentes específicos Procedimentos para a implementação do plano de ação Procedimentos para a mobilização de recursos 3. Continuidade da resposta 4. Ações de encerramento e acompanhamento Capítulo III Anexos de suporte Anexo 1. Informação sobre o sistema de abastecimento e localização física Mapas do sistema de abastecimento Esquemas de funcionamento Descrição das instalações/layout Anexo 2. Notificação Notificações internas Notificações à comunidade Notificações a entidades oficiais Anexo 3. Sistema de gestão da resposta Generalidades Cadeia de comando Operações Página 163

164 PLANO DE CONTINGÊNCIA Planejamento Instruções de segurança Plano de evacuação Logística Finanças Anexo 4. Documentação de incidentes Anexo 5. Formação e simulações em contexto real Anexo 6. Análise crítica, revisão do Plano e alterações Anexo 7. Análise de conformidade Apesar de todo o sistema de abastecimento de água ser objeto de monitoramento no âmbito do processo, podem ocorrer eventos que, pela sua natureza, apenas se verifiquem em situações excepcionais, tais como desastres naturais, ações humanas e outros incidentes inesperados, que tenham impacto negativo elevado na qualidade da água e, consequentemente, possam por em perigo a saúde pública. Para fazer face a estas situações, aconselha-se que as entidades gestoras elaborem um Plano de Contingência, integrando planos de ação para dar respostas a situações de emergência como as que se exemplificam na tabela a seguir. Página 164

165 Figura 1 Eventos Excepcionais A necessidade de se dar resposta aos variados tipos de eventos excepcionais, aconselha a que as entidades gestoras adotem um único documento de gestão (Plano de Contingência) que inclua conjuntos de procedimentos com autonomia própria e adequados à resposta a dar a cada uma das situações de emergência que possam ocorrer conforme visto na Figura 2. Desta forma, minimizam-se esforços na preparação e uso de planos de emergência na mesma entidade gestora, para além de se reduzirem despesas na elaboração, manutenção, aprovação e atualização de um único instrumento operativo, em vez de um múltiplo conjunto de planos. Por outro lado, a resposta a um determinado acontecimento pode beneficiar de uma maior concentração de esforços e racionalização de meios, através da colocação em prática de mecanismos coordenados, que, em última análise, se refletirá numa resposta mais eficiente na proteção da saúde pública, da saúde ocupacional, do patrimônio e do ambiente. Página 165

166 Figura 2 Organização de Planos de Emergência em Plano de Contingência Sem prejuízo de uma avaliação específica de potenciais vulnerabilidades associadas a um determinado sistema de abastecimento de água, propõe-se neste trabalho uma possível estrutura de Plano de Contingência, onde consta a informação e conteúdos a contemplar na sua elaboração. ESTRUTURA A identificação de perigos numa determinada instalação deve seguir uma estratégia integrada e coordenada, adequando-a as suas necessidades específicas através de um plano funcional simples. Um Plano de Contingência pode estruturar-se em três grandes capítulos: aspectos gerais, planos de emergência e anexos de suporte. Nos pontos seguintes e para cada um destes capítulos, apresentase uma lista dos elementos que o constituem, com uma breve explicação da natureza da informação a conter. Aspectos gerais Os aspectos gerais do Plano de Contingência devem conter os elementos informativos básicos sobre o plano e sobre a entidade gestora, necessários a uma fácil consulta por parte de pessoal com responsabilidade de ação interna e externa, bem como de entidades oficiais diretamente relacionadas com a proteção civil e com a saúde pública. a) Objetivos e abrangência do Plano de Contingência: Esta seção deve dar uma visão geral da operação do sistema e descrever, de forma genérica, a localização geográfica, a natureza dos riscos ou eventos excepcionais para os quais o Plano é aplicável. Esta descrição sumária ajudará os utilizadores a ter uma rápida noção da relevância do Plano para uma dada emergência num determinado local. Esta secção deve incluir ainda uma lista das normas aplicáveis. b) Índice: Esta seção deve identificar claramente a estrutura do Plano e incluir uma lista de anexos. Pretende-se, assim, facilitar a celeridade na sua utilização em caso de emergência. Página 166

167 c) Data da última revisão: Esta seção deve indicar a data da última revisão de modo a informar os utilizadores da validade do Plano. A informação sobre atualizações do Plano deve constar no Anexo 6 (Análise Crítica, Revisão do Plano e Alterações) do Plano de Emergência. d) Informação geral sobre o sistema de abastecimento Designação do sistema de abastecimento. Entidade gestora (inclui endereço e telefone). Elemento(s) de contacto para o desenvolvimento e manutenção do Plano. Telefone, fax e endereço eletrônico do(s) elemento(s) de contato. Esta seção deve conter breves referências do sistema e dos elementos de contacto, de modo a facilitar uma identificação rápida dos elementos responsáveis por prestar informações. Planos de Emergência Os planos de emergência devem refletir as etapas essenciais necessárias para iniciar, dar continuidade e encerrar uma ação de resposta a uma emergência: reconhecimento, notificação e resposta inicial. Os acidentes a considerar em cada um dos planos de emergência podem ser agrupados em três níveis de alerta, conforme a gravidade da situação, como se propõe na Figura 3. Figura 3 - Níveis de alerta Esta seção do Plano deve ser concisa, objetiva e de fácil aplicação. Não necessita de ser exaustiva em todos os procedimentos necessários, mas deve dar a informação considerada crítica nas fases iniciais da resposta e constituir um quadro orientador eficaz para o pessoal operacional montar o esquema de resposta. Página 167

168 Sempre que possível, a informação deve ser apresentada sob a forma de check-lists e esquemas funcionais, de modo a ser possível uma fácil e rápida compreensão das recomendações a por em prática. Os planos de emergência devem ser construídos fazendo referência às respectivas seções constantes dos Anexos de suporte, para uma orientação mais pormenorizada dos procedimentos específicos a adotar. Devem ser simples e flexíveis. O planejamento de emergência assume-se como elemento crítico para uma resposta com sucesso. Daí o cuidado especial a ter nas ligações de comunicação, coordenação e cooperação. Sugere-se que a atribuição da responsabilidade da gestão das emergências, seja atribuída a um Gabinete de Crise, organizado da forma como se exemplifica na Figura a seguir. Figura 4 - Exemplo de organização do Gabinete de Crise Página 168

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