DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE E AVALIAÇÃO DO SEU GRAU DE CONSERVAÇÃO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SAGRADO (MORRETES/PR)

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1 DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE E AVALIAÇÃO DO SEU GRAU DE CONSERVAÇÃO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SAGRADO (MORRETES/PR) Alexei Nowatzki (UFPR/LABS) alexei.geografia@ufpr.br Eduardo Vedor de Paula (UFPR/LABS) edugeo@ufpr.br Leonardo José Cordeiro Santos (UFPR/LABS) santos@ufpr.br RESUMO O presente trabalho se enquadra dentro do Programa CAD (Contaminantes, Assoreamento e Dragagem no Estuário de Paranaguá/PR). Diante da ameaça de inviabilização das atividades portuárias no Estado do Paraná, torna-se necessária a investigação da dinâmica do processo de assoreamento, a fim de se evitar as constantes obras de dragagens que evidenciam elevados custos, além de causar significativos impactos ambientais. Um dos intuitos do programa é entender a origem desta problemática, envolvendo diversos projetos de diferentes áreas. No âmbito da Geografia Física, faz-se um estudo sistêmico das bacias hidrográficas que drenam para a baía a fim de sugerir medidas que possam recuperar algumas áreas, avaliadas como prioritárias à recuperação ambiental. Desta maneira, fez-se necessário primeiramente um estudo da legislação brasileira vigente no que se refere à delimitação das Áreas de Preservação Permanente (APP s), seguido da investigação do grau de preservação ou ocupação destas (por meio do software ArcGIS 9.2). As porções de APP s devem estar recobertas com vegetação natural e livres de atividades humanas quaisquer, pois são essenciais para um equilíbrio ambiental, e devem preservar os recursos hídricos, a biodiversidade, a estabilidade geológica, a proteção do solo e, sobretudo manter qualidade e bem estar da sociedade. Uma das bacias que drenam para a baía é o Rio Sagrado (137,7km 2 ) localizada no município de Morretes, entre a Serra do Mar e litoral do Paraná. Este trabalho contempla a delimitação das APP s existentes nesta bacia, como nascentes, mata ciliar, entorno de reservatórios, topo de morros/montanhas, linhas de cumeada, encostas acima de 45 graus de declividade e mangues. Todas as APP s ocupam 49,2% da área da bacia, o que revela a importância da preservação desta. A APP de mata ciliar é a mais representativa por somar 28,93km 2, bem como aquela que revela um elevado grau de degradação (cerca de 25%). Palavras-chave: Bacia hidrográfica, Áreas de Preservação Permanente, Assoreamento. ABSTRACT This article fits within the CAD program (Contaminants, Siltation and Dredging in the estuary of Paranaguá/PR). Facing the threat of having the port activities in the State of Paraná unviable, it has become necessary to research the dynamics of silting process in order to avoid the constant dredging works that evidence high costs, and cause significant environmental impacts. One of the purposes of the program is to understand the origin of this problem, involving several projects in different areas. In the scope of Physical Geography, it has been done a systemic study of the hydrographic basins that drain into the bay in order to suggest procedures that can restore some areas, evaluated as priority to environmental restoration. Thus, it was first necessary study the current Brazilian legislation concerning to the delimitation of Mandatory Preservation Areas (APP's), followed by the investigation of the degree of preservation or occupation of these (using the software ArcGIS 9.2). The portions of APP's must be covered with natural vegetation and free of any human activities, because they are essential for an environmental balance, and must preserve the water resources, biodiversity, geological stability, soil s protection and over all maintain quality and the welfare of society. One of the basins that drains to the bay is the Sagrado river (137.7 km²) located in Morretes, between Serra do Mar and the Paraná s littoral. This work contemplates the delimitation of APP's in this basin, such as water spring, riparian forest, around tanks, top of hills/mountains, ridge lines, slopes above 45 degrees and mangroves. All the APP's occupy 49.2% of the basins area, which reveals the importance of preserving it. The APP of riparian vegetation is the most representative by adding km², as well as the one that reveals a high degree of degradation (about 25%). Key-words: Hydrographic Basin, Mandatory Preservation Areas, Siltation.

2 1. INTRODUÇÃO A problemática do assoreamento tem sido foco de diversos estudos relacionados à temática ambiental e da Geografia Física, pois está diretamente relacionado com o processo de erosão que ocorre dentro do sistema bacia hidrográfica. O estudo de bacias hidrográficas deve ser entendido por meio de visões integradas na qual deve transcender os conhecimentos fragmentados das diferentes áreas do conhecimento que tratam da temática ambiental. De acordo com este raciocínio, ao se estudar os diversos componentes de uma bacia hidrográfica, é possível contemplar diversos aspectos do meio natural de uma maneira holística, ou sistêmica. Um sistema de drenagem é considerado para Chorley (1962) e Coelho Netto (1995) apud Cunha e Guerra (2003), um sistema aberto onde ocorre a entrada e saída de energia. As bacias de drenagem, para os mesmos autores, recebem energia fornecida pela atuação do clima e da tectônica locais, eliminando fluxos energéticos pela saída da água, sedimentos e solúveis. Internamente, verificam-se constantes ajustes nos elementos das formas e nos processos associados, como a erosão, que é um fenômeno que vai moldando o relevo, em função das mudanças de entrada e saída de energia ocorridas. Os processos erosivos nas bacias são fenômenos naturais. Para Araújo (2005) apud Guimarães (2008) a erosão do solo consiste na remoção das camadas superficiais do solo pelas ações do vento e da água. Envolve ainda um processo de destacamento e transporte de partículas por esses agentes. Associada a esta dinâmica, um assoreamento é uma conseqüência da erosão. Infanti e Fornasari apud Guimarães (2008) definem assoreamento: É um processo que consiste na acumulação de partículas sólidas (sedimento) em meio aquoso, ocorrendo quando a força do agente transportador natural é sobrepujada pela força da gravidade ou quando a super-saturação das águas permite a deposição. A remoção da vegetação natural nas encostas, causada pela ocupação do homem, muda as dinâmicas do ambiente, que antes se encontrava em um equilíbrio dinâmico. Esta área fica mais suscetível aos processos erosivos e que se não houver um manejo adequado, a erosão acaba se intensificando. Estes sedimentos inconsolidados são levados pelos rios até um certo ponto onde eles não tenham energia suficiente para serem carregados. As atividades antrópicas dês da própria construção civil até a agricultura, contribuem significativamente para o aumento da produção de sedimentos, com o desmatamento das vertentes, principalmente aquelas relacionadas a terrenos com altas declividades como as serras. Desta forma, com o passar dos anos, os sedimentos vão se acumulando nas planícies, fazendo com que os canais de drenagem extrapolem os seus leitos, diminuindo com isso a sua profundidade, o que afetam as relações ecológicas da fauna e da flora da região, além de que as áreas inundadas pelo assoreamento fiquem inaproveitáveis para a agricultura. Em lugares onde os rios deságuam em baías, estas acabam tendo

3 toda a sua dinâmica alterada da mesma forma. Estes locais são controlados pelo fluxo e refluxo das marés onde há uma interação entre as águas doces e salgadas. No litoral do estado do Paraná, o problema do assoreamento atinge as áreas de navegação portuárias em regiões estuarinas de Antonina e Paranaguá, sendo que as atividades portuárias nestes locais estão sendo cada vez mais prejudicadas, devido à quantidade de sedimentos acumulados nas baías. As obras de dragagens constituem as principais soluções adotadas para este problema, mas o seu alto custo de execução, atrelado à dificuldade de se licenciar áreas de despejo, vêm tornando esta estratégia inviável. Para se entender a problemática do assoreamento, deve-se localizar antes quais são as áreas fontes de sedimentos dentro das bacias hidrográficas que drenam para as baías do litoral e a sua dinâmica no contexto hidrográfico. Nesta perspectiva o Programa CAD (Contaminantes, Assoreamento e Dragagem no Estuário de Paranaguá), foi criado em 2005 para investigar a origem do assoreamento, contaminação e da hidrodinâmica das baías de Antonina e Paranaguá, por meio de diversos projetos que contemplem possíveis soluções para esta problemática. O CAD conta com uma equipe multidisciplinar que através do geoprocessamento e de pesquisas de campo desenvolvem metodologias cientificas de diagnóstico, recuperação e monitoramento do assoreamento juntamente com ações mitigadoras no planejamento das dragagens portuárias. Um dos agravantes do assoreamento nas baías do Paraná é a retirada da vegetação natural das Áreas de Preservação Permanente (APP s). De acordo com a legislação brasileira, uma APP deve ser um espaço físico-natural protegido, sem qualquer atividade. Contudo, nem sempre estas APP s são respeitadas no litoral paranaense e inúmeras atividades humanas foram implantadas em locais aonde deveria se preservar. As matas ciliares são uma das modalidades de APP s e a sua vegetação natural é retirada para principalmente implantar-se nestes locais alguma atividade agrícola ou mesmo para ter mais espaço para pastagem. Estas áreas têm um certo grau de fragilidade a erosão, e quando elas não são respeitadas, os processos erosivos podem se acentuar em função do ambiente fluvial ter características de ambientes em constante dinâmica. Uma das bacias que drenam para a baía de Antonina é a do Rio Sagrado, localizado integralmente no município litorâneo de Morretes (Paraná) com 137,7 km² entre o a Serra do Mar e a Planície Litorânea do estado (Figura 1). No presente trabalho constarão apenas as etapas de delimitação dos diversos tipos de APP s presentes no Rio Sagrado de acordo com a legislação vigente (Código Florestal e resoluções do CONAMA) e uma análise de uso da terra em todas as categorias de APP s contidas neste rio juntamente com o seu grau de conservação, ou seja, quais APP s que a população local respeita mais, mantendo a vegetação (natural ou em estágios mais avançados de sucessão vegetacional) e quais são as mais degradadas do ponto de vista ambiental.

4 Figura 1 Mapa de localização do Rio Sagrado

5 2. REVISÃO DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL REFERENTE ÀS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANTENTE Primeiramente, faz-se necessário entender quais são os tipos de Áreas de Preservação Permanente (APP), de acordo com as legislações federal e estadual (Paraná), e a partir destas efetuar a delimitação das APP s internas à Bacia Hidrográfica do Rio Sagrado. No Brasil, os primeiros parâmetros sobre preservação entraram em vigor com o Código Florestal Brasileiro de As APP s são espaços físicos legalmente protegidos, estando devidamente definidos nos termos dos Artigos 2 e 3 da Lei 4.771/65 (Código Florestal). Estas áreas, em geral são cobertas por vegetação nativa, tendo a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. É de suma importância a preservação destes espaços, pois eles prestam serviços aos ambientes que eles estão inseridos. No que se refere às APP s, o código florestal apresenta oito categorias passiveis de serem delimitadas de acordo com fatores hidrológicos e com aspectos naturais da paisagem em conformidade com a disposição e a caracterização geomorfológica do ambiente. Conforme o Artigo 2 da Lei 4.771/65 as oito categorias são: 1. Ao longo dos rios ou qualquer curso de água, em faixa marginal, cuja largura mínima será: a) de 30 metros para rios de menos de 10 metros de largura; b) de 50 metros para cursos de 10 a 50 metros de largura; c) de 100 metros para cursos de 50 a 200 metros de largura; d) de 200 metros para cursos de 200 a 600 metros de largura; e) de 500 metros para cursos que tenham largura acima de 600 metros de largura. 2. Em um raio de 50 metros de nascentes; 3. Ao redor de lagoas, lagos ou reservatórios d'água, mesmo que artificiais; 4. No topo de morros, montes, montanhas e serras; 5. Em encostas com declividade superior a 45 graus, equivalente a 100% na linha de maior declive; 6. Nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; 7. Nas bordas dos tabuleiros ou chapadas; e, 8. Em altitude superior a metros. Além das condições citadas, o poder público, por meio do Artigo 3º da Lei 4.771/65, considera como sendo APP as florestas e demais formas de vegetação que integram o Patrimônio Indígena ou em situações que prestam serviços de forma à:

6 1. Atenuar a erosão das terras; 2. Fixar as dunas; 3. Formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias; 4. Auxiliar a defesa do território nacional a critério das autoridades militares; 5. Proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico ou histórico; 6. Asilar exemplares da fauna ou flora ameaçados de extinção; 7. Manter o ambiente necessário à vida das populações silvícolas; 8. Assegurar condições de bem-estar público. Porém em março de 2002, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) cria as Resoluções 302 e 303, que estabelecem parâmetros, definições e limites referentes às Áreas de Preservação Permanente, complementando o Código Florestal criado em Nesta resolução aparece pela primeira vez o limite para APPs em torno de reservatórios artificiais e lagoas naturais. De acordo com a Resolução 303, as áreas urbanas consolidadas devem ter um raio de 30m. Para áreas rurais o raio é de e 15 metros, exceto corpos hídricos com mais de 20 hectares de superfície que devem possuir um raio de cem metros de APP. No contexto físico e geomorfológico do litoral do Paraná, a resolução em questão também estabelece APP nos locais situados: 1. Ao redor de nascente ou olho d`água, ainda que intermitente, com raio mínimo de cinqüenta metros de tal forma que proteja, em cada caso, a bacia hidrográfica contribuinte; 2. Nas linhas de cumeada, em área delimitada a partir da curva de nível correspondente a dois terços da altura, em relação à base do pico mais baixo da cumeada, fixando-se a curva de nível para cada segmento da linha de cumeada equivalente a mil metros; 3. Nas restingas: a) em faixa mínima de trezentos metros, medidos a partir da linha de preamar máxima; b) em qualquer localização ou extensão, quando recoberta por vegetação com função fixadora de dunas ou estabilizadora de mangues; 4. Em manguezal, em toda a sua extensão; 5. Em duna; 6. Em altitude superior a mil e oitocentos metros, ou, em estados que não tenham tais elevações, a critério do órgão ambiental competente: 7. Nos locais de refúgio ou reprodução de aves migratórias: 8. Nos locais de refúgio ou reprodução de exemplares da fauna ameaçadas de extinção que constem de lista elaborada pelo Poder Público Federal, Estadual ou Municipal; 9. Nas praias, em locais de nidificação e reprodução da fauna silvestre.

7 Após ter se estabelecido estas áreas de proteção ambiental o CONAMA cria em março de 2006 alguns critérios para considerar casos excepcionais de intervenção em APP para implantação de obras, planos, atividades ou projetos considerados de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental através da Resolução 369/06. O órgão ambiental competente somente poderá autorizar intervenção em APP, caso sejam observados os requisitos considerados na Resolução 369/06, como noutras normas federais, estaduais e municipais, Planos Diretores, Zoneamento Ecológico Econômico e Planos de Manejo de Unidades de Conservação. Esta resolução estabelece parâmetros de como os órgãos ambientais devem atuar na fiscalização da conservação e recuperação das APP s de acordo com o ecossistema associado. Ela também permite algumas intervenções nas APP s, contudo, seguindo algumas restrições na intervenção destas a fim de que os impactos ambientais sejam mínimos. Considerando a legislação federal, o órgão ambiental estadual possui grande autonomia no que diz respeito a licenças e autorizações. No caso do Paraná, os órgãos ambientais competentes destas funções são a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA) e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Por meio do Artigo 1 do Decreto Estadual nº 387/99 fica instituído o Sistema de Manutenção, Recuperação e Proteção da Reserva Florestal Legal e Áreas de Preservação Permanente (SISLEG), integrado ao Programa de Conservação da Biodiversidade (Rede da Biodiversidade), Sistema Estadual de Reposição Florestal Obrigatória (SERFLOR), Programa Estadual de Desenvolvimento Florestal (PRODEFLOR) e Programa Florestas Municipais. O Decreto Estadual supramencionado define APP como florestas e demais formas de vegetação situadas em áreas elencadas nos artigos 2 e 3 da Lei Federal n de 15 de setembro de Segundo o Código Florestal de 1965 a Reserva Florestal Legal é considerada uma área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas (incluído pela Medida Provisória nº , de 2001). O governo estadual também por meio do Decreto nº 3.320/04 aprova os critérios, normas, procedimentos e conceitos aplicáveis ao Sistema de Manutenção, Recuperação e Proteção da Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente (SISLEG), instituído pelo Decreto nº 387/99, visando aperfeiçoar a sua gestão para o Estado do Paraná. Por meio destes parâmetros, os proprietários rurais devem seguir as regras estabelecidas no que diz respeito ao quanto da sua propriedade seja uma Reserva Legal e delimitar todos os tipos de APP s presentes dentro dela. O presente trabalho contempla apenas a discussão das APP s e de sua delimitação dentro da bacia hidrográfica do Rio Sagrado pois ainda não existe uma base cartográfica que contenha a delimitação das propriedades rurais presentes dentro desta bacia.

8 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1. DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DE PROTEÇAO PERMANTENTE DO RIO SAGRADO Para a delimitação das Áreas de Preservação Permanente tomou-se por referência o Código Florestal Brasileiro (BRASIL, 2001), a Resolução CONAMA 302/02 (BRASIL, 2002a) e a Resolução CONAMA 303/02 (BRASIL, 2002b). Efetuou-se a delimitação das APP s internas à bacia hidrográfica do Rio Sagrado utilizando o Software ArcGIS 9.2. Na Tabela 1 tem-se a listagens das categorias de APP consideradas no presente trabalho. Código Categoria Legislação APP1 50 metros no entorno das nascentes (surgências hídricas) Lei Federal 4.771/65 APP2a 30 metros para rios de menos de 10 metros de largura Lei Federal 4.771/65 APP2b 50 metros para cursos de 10 a 50 metros de largura Lei Federal 4.771/65 APP2c 100 metros para cursos de 50 a 200 metros de largura Lei Federal 4.771/65 APP3 15 metros no entorno de reservatórios artificiais (área rural) CONAMA Resolução 302/02 APP4 Topo de morros CONAMA Resolução (cota máxima em relação à base entre 50 e 300 metros) 303/02 APP5 Topo de montanhas CONAMA Resolução (cota máxima em relação à base superior a 300 metros) 303/02 APP6 Linhas de cumeada (terço superior do pico mais baixo em CONAMA Resolução segmentos de metros) 303/02 APP7 Encostas com declividade superior a 45 graus Lei Federal 4.771/65 APP8 Manguezal CONAMA Resolução 303/02 Tabela 1 - Categorias consideradas para a delimitação de APP na Bacia Hidrográfica do Rio Sagrado (Morretes/PR) A delimitação das APP s no entorno das nascentes (APP1) foi desenvolvida a partir da localização de todas as nascentes dentro da bacia e a criação de pontos em formato shapefile no ArcGIS 9.2. Tendo estes pontos confeccionou-se buffers de 50 metros, nas 731 cabeceiras de canais de primeira ordem, existentes na Bacia do Rio Sagrado e mapeadas na escala 1: Teixeira e Christofoletti (1997) demonstram que em SIG (Sistema de Informações Geográficas) buffer significa uma forma de análise de proximidade onde zonas de uma determinada dimensão são delimitadas em volta de uma feição ou de um elemento geográfico, levando-se em conta um determinado atributo. A partir desta técnica, é possível estipular uma área circular na qual representa um entorno necessário para que a nascente com vegetação não perca a sua funcionalidade de manter fluxos regulares de água do lençol freático aflorante para a superfície. Para a delimitação das APP s no entorno da rede de drenagem (APP2) da bacia selecionada, utilizou-se também a ferramenta Create Buffers, disponível no software ArcGIS 9.2. A distância especificada para a geração do buffer ao longo dos rios foi de 30 metros, à exceção dos trechos de drenagem que apresentam largura superior à 10 metros, quando a largura do canal mostrou-se entre 10 a 50 metros confeccionou-se buffer de 50 metros, enquanto que nos segmentos hidrográficos cuja

9 largura foi superior a 50 metros confeccionou -se buffer de 100 metros. É pertinente ressaltar que na bacia em análise o canal que apresentou maior largura (132 metros) está situado no próprio Rio Sagrado, próximo a sua foz no Rio Nhundiaquara. A etapa final do mapeamento da categoria APP2 configurou na exclusão da área de sobreposição desta com a categoria APP1. A categoria APP3 refere-se à delimitação das APP s no entorno dos 18 reservatórios artificiais existentes na área em análise. O buffer gerado foi correspondente a 15 metros no entorno dos reservatórios. A Figura 2 notifica alguns exemplos da abrangência das APP s 1, 2 e 3: Figura 2 - Abrangência das APP s conforme a localização dos recursos hídricos. Fonte: IEMA/ES ( em 11/01/08). De acordo com a Resolução CONAMA 303/02 morro é definido como elevação do terreno com cota de topo em relação à base entre 50 e 300 metros e declividade na encosta de maior declive maior que 30%. Para a delimitação da categoria APP4, seguiram-se os passos abaixo listados: 1. Identificação dos picos isolados ao longo de toda a bacia do Rio Sagrado 2. Os pontos cotados relativos às altitudes dos picos isolados foram selecionados; 3. A base de cada pico isolado foi definida a partir da depressão mais baixa, interna à área de contribuição do respectivo pico; 4. Depois de calculada a altura dos morros potenciais (Pico Base), manteve-se a seleção somente daqueles cujo valor demonstrou-se entre 50 e 300 metros. 5. Foram considerados morros dentre os picos restantes, somente aqueles cuja declividade em pelo uma de suas vertentes demonstrou-se superior a 30%; 6. Em planilha Microsoft Excel foram calculadas as cotas altimétricas relativas ao terço superior, por meio da equação: ((Pico Base) / 3) x 2) + Base); 7. Em seguida, para cada morro, sobre o MDT (modelo digital do terreno) e com o auxílio da ferramenta Contour do software ArcGIS 9.2, foi gerada a linha de cota relativa ao terço superior;

10 8. Esta linha foi convertida em shapefile e transformada em polígono por meio de ferramentas disponíveis na extensão do ArcGIS 9.2, denominada XTools Pro 2.2.0; 9. Por fim, nas áreas em que ocorreu sobreposição de APP3 com APP1 ou APP2, por meio de recursos existentes na ferramenta Geoprocessing Wizard, efetuou-se a exclusão da categoria APP3, sendo mantida portanto a categoria APP1 ou APP2. Quanto à delimitação da categoria APP5, referente às montanhas, cabe destacar que a metodologia foi a mesma adota na categoria APP4, contudo a altura considerada entre o topo e a base foi superior a 300 metros, tendo como base a Resolução CONAMA 303/02. De acordo com a mesma resolução, as linhas de cumeada (APP6) correspondem a uma seqüência de morros (e/ou montanhas) distando a menos de 500 metros um do outro, que em geral situam-se nos divisores das bacias hidrográficas. Também considera que seja delimitada a partir da curva de nível correspondente a dois terços de altura, em relação à base do pico mais baixo da cumeada, fixando-se a curva de nível para cada segmento da linha de cumeada equivalente a mil metros. A Figura 3 expressa um esquema sobre como se deve delimitar esta categoria. Figura 3 - Esquema da abrangência das APP s segundo resolução 303/02 do CONAMA Para uma melhor interpretação do relevo, na identificação das linhas de cumeada, morros ou montanhas, é necessário ter um banco de dados relativos às bacias hidrográficas contíguas, contendo as curvas de nível, pontos cotados e hidrografia, pois em alguns casos a base dos divisores de água estarão situados na encosta de fora da bacia hidrográfica analisada. Na definição de morro, montanha e linha de cumeada deve-se estipular qual é o topo mais alto e entender o contexto hidrográfico que regem as vertentes analisadas para definir a base, pois esta deve ser entendida pela contribuição dos canais de drenagem das vertentes relativas ao topo. Para delimitação da APP6 seguiram-se os seguintes passos: 1. Delimitação das bacias de terceira ordem conforme Strahler (1952) apud Christofoletti (1974);

11 2. Identificação e traçado das linhas de cumeada sobre o MDT (modelo digital do terreno); 3. A base de cada linha de cumeada foi definida a partir da depressão mais baixa, interna à área de contribuição da respectiva cadeia de picos; 4. As linhas de cumeada traçadas foram segmentadas a cada 1km; 5. Efetuou-se a identificação do topo mais baixo a cada 1km; 6. A cota de preservação foi calculada a cada 1km, por meio da equação: (((pico mais baixo - base) / 3) x 2) + base); 7. Na seqüência, para cada linha de cumeada, sobre o MDT (modelo digital do terreno), foi gerada a linha de cota relativa ao terço superior; 8. No caso das linhas de cumeada com extensão superior a 1km, obtiveram-se mais de uma linha relativa ao terço superior, assim fez-se necessária a edição manual das mesmas, de tal forma que a cadeia de morros e montanhas apresentasse somente uma linha de APP; 9. Esta linha foi convertida em formato shapefile e transformada em polígono por meio de ferramentas disponíveis na extensão XTools Pro 2.2.0; 10. Como etapa final, nas áreas em que ocorreu sobreposição de APP6 com as demais APP previamente delimitadas efetuou-se a exclusão da categoria APP6, sendo mantidas as demais categorias. A espacialidade da categoria de APP (APP7) foi obtida a partir da Carta de Declividade descrita em Paula e Cunico (2007). Desta carta foram selecionadas somente as porções com valores de declividade iguais ou superiores a 45 (equivalentes a 100%). Tais porções foram convertidas para o formato shapefile e incluídas na Carta de APP. No presente relatório foi incluída a APP relativa aos manguezais (APP8). A delimitação desta foi feita a partir das informações presentes na Carta de Cobertura Vegetal e Uso da Terra da Área de Drenagem das Baías de Antonina e Paranaguá, descrita em Paula e Cunico (2006). Apesar de integrar ao SISLEG as Áreas Úmidas (as quais serão denominadas de APP9) ainda não foram traçadas para a bacia do Rio Sagrado, pois conforme a Resolução Conjunta IBAMA / SEMA / IAP nº 45, de 25 de setembro de 2007, sua delimitação deve ser efetuada localmente. Acredita-se que as mesmas poderão ser delimitadas em ambiente SIG somente após a realização de um detalhamento do mapa pedológico desta bacia, com a indicação das respectivas classes texturais. No que é referente à delimitação das Reservas Legais, deve-se apontar que a escolha do local para implantação das mesmas fica a critério de cada proprietário, não sendo possível traçá-las, portanto, sem os limites das propriedades rurais e sem o consentimento dos proprietários. De acordo com o Código Florestal Brasileiro as porções do terreno que apresentam declividade entre 25 e 45 são consideradas Áreas de Uso Restrito (AUR), na bacia em análise estas áreas, que podem ser utilizadas como Reserva Legal, totalizam 26,27km². Perico e Cemin (2006) apontam que

12 em AUR não é permitida a derrubada de florestas, só sendo tolerada a extração de toras quando em regime de utilização racional, que vise rendimentos permanentes. Em áreas com declividades acima de 25, a suscetibilidade à erosão é extremamente forte e o uso agrícola não é recomendado, sob pena de serem totalmente erodidas. É pertinente salientar que a bacia do Rio Sagrado, além de estar parcialmente inserida na APA de Guaratuba, apresenta cerca de 20% de seu território interno ao Corredor de Biodiversidade do Rio Nhundiaquara, o que a caracteriza como sendo área prioritária à implantação de Reservas Legais. Desta forma, a compensação de Reserva Legal entre propriedades distintas é vedada em toda bacia do Rio Sagrado. Enquanto que a recuperação da Reserva Legal, só poderá ser feita com a utilização de espécies nativas em plantios heterogêneos. A partir deste mapeamento de APP s, é possível fazer uma análise do uso humano em APP s usando ferramentas do software ArcGIS 9.2, ou seja, avaliar o grau de conservação das APP s. Para tanto, sobrepõem-se as categorias de APP s em formato shapefile com as categorias de Uso e Cobertura da Terra. Desta maneira é possível analisar espacialmente as áreas de APP s ocupadas pela ação antrópica. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Na Figura 4 tem-se a ilustração da Carta de APP s da Bacia Hidrográfica do Rio Sagrado, enquanto que na Tabela 2 pode-se observar a quantificação de cada categoria de APP devidamente mapeada. Nota-se nesta tabela que a categoria APP1 corresponde a 8,35% da área total da bacia, o que resulta em 5,66km². Código APP Categoria Área (km²) % APP1 Nascentes 5,66 8,35 APP2 Rios 28,93 42,68 APP3 Represas 0,05 0,07 APP4 Topo de Morro 4,65 6,86 APP5 Topo de Montanha 3,72 5,49 APP6 Linhas de Cumeada 13,35 19,70 APP7 Declividade > 45 10,86 16,02 APP8 Mangues 0,56 0,83 Total (APP) Todas 67,78 100,00 Tabela 2 - Extensão das APP s por categoria na bacia hidrográfica do Rio Sagrado Ao se observar a Tabela 2, verifica-se que a APP2 soma área de 28,93km² (42,68% da área total). As matas ciliares são, portanto as mais representativas categorias de APP dentro do rio Sagrado. De acordo com esta tabela, as represas são a menor categoria de APP, já que apresenta somente 0,05 km², e esta tem o maior índice de desmatamento. A APP4 que soma 4,65km² e é referente aos topos de

13 morro. Os topos de montanhas (APP5) representaram somente 5,49% das APP, já que somaram apenas 3,72km².A categoria APP6 é referente às áreas de preservação situadas no terço superior das mencionadas linhas de cumeada, as quais totalizam 13,35km², configurando-se na segunda maior categoria de APP da bacia do Rio Sagrado já que representa 19,70% de toda APP da bacia. Desconsiderando-se os trechos de APP7 internos às demais categorias de APP, nota-se a existência de 10,86km² de APP7. A área da APP8 que se estende apenas por 0,56 km², ocupa 0,83% da área total das APP s. Figura 04 - Ilustração da carta de APP s da bacia hidrográfica do Rio Sagrado

14 Após a delimitação das APP s no rio Sagrado fez-se uma análise espacial em função das alterações provocadas pela ação antrópica a fim de se obter resultados quantitativos de quais as APP s estão sendo mais e menos preservadas na área de estudo. Para isso, usou-se o mapa de Cobertura Vegetal e Uso da Terra que foi confeccionado com base nos dados levantados por Paraná (2002), o qual foi elaborado a partir de imagens do satélite LANDSAT ETM 7, referentes ao ano de As classes deste mapeamento e a sua área total dentro da bacia do Rio Sagrado estão dispostas na Tabela 3: Classe de Cobertura Vegetal e Uso da Terra Área (Km 2 ) Agricultura, Pecuária e Outros 11,44 Fase Inicial da Sucessão 24,03 Fase Intermediária da Sucessão 53,56 Floresta Ombrófila Densa Altomontana 2,48 Floresta Ombrófila Densa Aluvial 1,09 Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas - solos hidromórficos 1,75 Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas - solos semi-hidromórf. e não hidromórf. 0,72 Floresta Ombrófila Densa Montana 15,76 Floresta Ombrófila Densa Submontana 22,60 Formações Pioneiras com Influência Fluvial - arbórea 0,21 Formações Pioneiras com Influência Fluvial - herbácea / arbustiva 0,39 Formações Pioneiras com Influência Fluviomarinha - arbórea 0,77 Formações Pioneiras com Influência Fluviomarinha - herbácea / arbustiva 2,03 Refúgios Montanos e Altomontanos 0,02 Tabela 3 - Classes de cobertura vegetal e uso da terra existentes na bacia hidrográfica do Rio Sagrado Em seguida foi feito um cruzamento pelo ArcGIS 9.2 dos dados referentes às classes de APP s com as classes de cobertura vegetal Agricultura, Pecuária e Outros e Fase Inicial da Sucessão consideradas neste trabalho como as classes de ação antrópica. Desta maneira foi possível ter em km² o quanto de área cada APP ocupa dentro das duas classes de Uso e Cobertura da Terra supracitadas. A partir deste número em km² foi possível estipular a porcentagem dessas classes em cada tipo de APP (por exemplo: a relação do uso Agricultura, Pecuária e outros nas Nascentes foi feito o cálculo a partir da sua área total de 5,66 km² com a área referente ao tipo de uso, que totaliza 0,16 km², resultando em 2,82%), expressa na Tabela 4. A APP de número 8 referente aos mangues não foi incluída neste cálculo devido à ausência de ação antrópica nesta classe de cobertura. A coluna Preservação é referente à subtração: 100% (total preservação de cada classe) menos o resultado em porcentagem da soma da Agricultura e Pecuária com a Fase Inicial da Sucessão. A partir desta tabela síntese é possível fazer algumas considerações. A primeira é que os reservatórios artificiais estão com o seu entorno praticamente ausentes de vegetação, sendo a sua área

15 preservada de apenas 20%. Contudo, deve-se analisar este dado juntamente com a sua área total que ocupa 0,05 km² dos 137,7 km² da bacia, ou seja, 0,03% apenas. Por conseguinte ela é pouco expressiva no contexto geral da bacia do rio Sagrado. Diferentemente da modalidade de APP referente à mata ciliar. Esta ocupa a maior extensão de todas as outras modalidades, referindo-se 28,93 km² dos 137,7 km² da bacia, (20,9% da bacia). Este dado é relativamente significativo em função das características geomorfológicas da área de estudo, que possui uma densidade de drenagem alta. A sua parcela de preservação é de 75,85% e isso nos remete a pensar que aproximadamente um quarto desta classe já está degradada, sendo portanto esta a classe que merece uma maior atenção em virtude da sua preservação/recuperação. Nesse sentido, deve-se evidenciar a questão da funcionalidade das APP s, no sentido de ter uma razão de se preservar, levando em conta ainda que a área de estudo do presente trabalho se encontra boa parte em um contexto de relevos fortemente ondulados. APP s (Área total Agr. Pec. + Preservação Agr. Pec. (%) Fase In. (%) em km²) Fase In. (%) (%) 1 Nascente 5,66 2,82 16,78 19,60 80,40 2 Mata ciliar 28,93 7,67 16,48 24,15 75,85 3 Reservatório 0,05 40,00 40,00 80,00 20,00 4 Morro 4,65 0,86 14,40 15,26 84,74 5 Montanha 3,72 0,26 10,21 10,47 89,53 6 Cumeada 13,35 1,94 6,36 8,30 91,70 7 Declividade 10,86 0,64 14,82 15,46 84,54 Tabela 4 Modalidade de APP s, área em km², quantidade em % de Agricultura, Pecuária e Outros, quantidade em % de Fase Inicial de Sucessão, degradação em %, preservação em %. As Áreas de Preservação Permanente têm uma funcionalidade mantenedora das relações geoecológicas de um certo ambiente. A principal função delas é a de preservar os recursos hídricos tanto em questão de qualidade quanto quantidade. A preservação das mesmas pode servir como um agente ambiental que pode diminuir consideravelmente a taxa de assoreamento. Uma das principais preocupações que se deveria ter é a da preservação das nascentes dos cursos d água apontados por Calheiros et al. (2004). Para estes autores entende-se por nascente o afloramento do lençol freático, que vai dar origem a uma fonte de água de acúmulo (represa), ou cursos d água (regatos, ribeirões e rios). Eles destacam que a nascente ideal é aquela que fornece água de boa qualidade, abundante e contínua, localizada próxima do local de uso e de cota topográfica elevada, possibilitando sua distribuição por gravidade, sem gasto de energia da mesma forma que, segundo eles, as nascentes preservadas apresentam pontos básicos comuns de controle de erosão do solo em suas estruturas físicas juntamente com as barreiras vegetais de contenção, além de minimizar a contaminação química e biológica da água. Quanto à ocupação da nascente Calheiros et al. (2004) colocam que quando proíbe-se a ocupação da APP de nascente é que evite-se com um cultivo, por exemplo, que a nascente fique sujeita à erosão e que as atividades agrícolas de preparo do solo, adubação, plantio, cultivos, colheita e

16 transporte dos produtos levem trabalhadores, máquinas e animais de tração para o local. Quando permite-se o acesso a animais nas nascentes, Calheiros et al. (2004) argumentam que o pisoteio torna a superfície do solo próximo às nascentes compactado, diminui sua capacidade de infiltração, ficando sujeito à erosão laminar e, conseqüentemente, provocando não só a contaminação da água por partículas do solo, turvando-a, como também, e o que é pior, provoca até mesmo soterramento da nascente. Inúmeras são as vantagens de se preservar as nascentes com relação à taxa de assoreamento, da mesma forma que as matas ciliares também têm uma função ambiental muito importante. Andrade e Romero (2005) apresentam algumas das principais funções da mata ciliar como manter o equilíbrio hidrológico por meio: da estabilização das ribanceiras do rio através da manutenção do emaranhado de raízes; do controle do aporte de nutrientes e de produtos químicos aos cursos d'água; da filtragem e do controle da alteração da temperatura para o ecossistema aquático; da formação de barreiras para o carregamento de sedimentos para os cursos d água evitando o assoreamento das micro-bacias hidrográficas. Eles complementam argumentando que as matas ciliares são fundamentais para garantir a quantidade e qualidade da água em nossos rios, represas e lagos, além de proporcionar alimentação para os peixes e outros organismos vivos aquáticos. Quando um rio não possui mata ciliar em um comprimento considerável, ele fica suscetível a processos erosivos mais freqüentes e intensos ao longo de suas margens. Uma das conseqüências é o assoreamento que pode causar tragédias para o ser humano que vive próximo a estas margens degradadas. Com mais sedimentos presentes no leito do rio, este acaba aumentando a distancia das margens e faz com que o rio perca profundidade. Em um evento meteorológico mais intenso, a vazão do rio aumenta demasiadamente ao ponto de extrapolar estas margens já expandidas, causando enchentes que além de causar danos as atividades agrícolas e pecuárias, altera profundamente as relações ecológicas da fauna e flora local, pode levar a morte de pessoas e inúmeros danos em suas residências, além de conseqüentemente contribuir ainda mais para o assoreamento. As modalidades de Topo de Morros/Montanha e Linha de Cumeada (APP s 4,5 e 6 respectivamente), são imprescindíveis para a preservação em função da inclinação (declividade) das suas encostas, pois para ser morro ou montanha, além da sua amplitude altimétrica, pelo menos uma das vertentes deve se encontrar com uma inclinação maior que 30%, ou 17º (além de que em morros e montanhas existe uma grande quantidade de nascentes). A partir dessa visão, os processos erosivos são potencialmente maiores nas áreas das altas declividades, e se as encostas estiverem ausentes de vegetação, os processos podem tornar-se ainda mais intensos quando a quantidade de chuvas for mais intensa. Pelo mesmo motivo existe a modalidade de APP 7 (declividades superiores a 45º), na qual a probabilidade de se ocorrer estes processos é ainda maior. 5. CONCLUSÕES

17 Ao se estudar as APP s dentro de uma bacia hidrográfica, é importante que se entenda como o homem, com a sua dinâmica social, se apropriou destes espaços e os transformou por meio de seu trabalho, alterando os fluxos de matéria e energia no ambiente que ele se adequou. Algumas modalidades estarão mais degradadas do que outras, variando de um lugar para outro, e a partir disso pode-se propor medidas prioritárias à recuperação das APP s mais degradadas. Neste sentido, ao se implantar projetos, como os de educação ambiental, no município que abrange a bacia analisada, deve estar atento a quais modalidades que se deve priorizar. No contexto da bacia do rio Sagrado, as matas ciliares apresentaram os maiores índices de degradação em função da sua expressividade areal, desta forma, é coerente que se dê preferência a recuperação desta modalidade de APP. O mapeamento de todas as categorias de APP s supracitadas pode servir como subsídio para que se possam realizar estudos como os de recuperação ambiental em uma bacia hidrográfica como Paula e Cunico (2008) apresentam para o Rio Pequeno em Antonina-PR na qual delimita-se áreas prioritárias à recuperação ambiental, a partir do Uso e Cobertura da Terra dentro de áreas de APP s. Quando se discute assoreamento, deve-se estar clara a idéia de que esta é uma dinâmica que ocorre no interior do continente, ou seja, tudo começa com a erosão intensificada pelo mau uso da terra, ou da errônea localização das atividades humanas causadoras destes impactos. Para isso, um trabalho de planejamento territorial é de suma importância, e um mapeamento de APP s em bacias hidrográficas dá um excelente subsídio para estes trabalhos, pois a partir deste tipo de mapeamento, pode-se apontar áreas que com a ação antrópica não comprometam a qualidade ambiental do lugar. Desta maneira é possível pelo menos tentar conciliar um crescimento econômico sem prejudicar em grande escala as relações ambientais dentro de uma bacia hidrográfica. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, Liza Maria Souza de; ROMERO, Marta Adriana Bustos A importância das áreas ambientalmente protegidas nas cidades. XI Encontro Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional ANPUR. Salvador, BRASIL. Lei Federal nº 4771/65, de 15 de setembro de 1965, alterada pela Medida Provisória nº , de 24 de agosto de Brasília, DF: Congresso Nacional, BRASIL. Resolução do CONAMA 302, de 20 de março de Dispõe sobre os parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente de reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno. Brasília, DF: Congresso Nacional, 2002a. BRASIL. Resolução do CONAMA 303, de 20 de março de 2002, Dispõe sobre os parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente. Brasília, DF: Congresso Nacional, 2002b. BRASIL. Resolução CONAMA nº 369, de 28 de março de Dispõe sobre os casos excepcionais de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em APP. Brasília, DF: Congresso Nacional, 2006.

18 CALHEIROS, R. de O.; TABAI, F. C. V.; BOSQUILIA, S. V.; CALAMARI, M. Preservação e recuperação das nascentes (de água e de vida). Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivarí e Jundiaí CTRN. Piracicaba, CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. São Paulo: Edgar Blücher, Universidade de São Paulo, CUNHA, S. B.; GUERRA, A. J. T. Degradação Ambiental. In: CUNHA, S. B.; GUERRA, A. J. T. (orgs) Geomorfologia uma atualização de bases e conceitos. 4ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, GUIMARÃES, Leandro J. R. Levantamento das áreas potenciais ao assoreamento da barragem Piraquara I. Dissertação (Mestrado em Geografia), Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PAULA, E. V.; CUNICO, C. Caracterização sócio-ambiental das bacias hidrográficas que drenam para a Baía de Antonina e Paranaguá (Projeto CAD - Fase 3). Antonina: ADEMADAN, p. Relatório Técnico Terminais Portuários Ponta do Felix, Terminais Marítimos da Cattalini e Terminais de Contêineres de Paranaguá. PAULA, E. V.; CUNICO, C. O assoreamento das baías de Antonina e Paranaguá e a gestão de suas bacias hidrográficas. In: BOLDRINI, E. B.; SORAES, C. R.; PAULA, E. V.(Orgs.). Dragagens Portuárias no Brasil: Licenciamento e Monitoramento Ambiental. Antonina: Governo do Estado do Paraná; SEMA/PR; ADEMADAN; UNIBEM PAULA, E. V.; CUNICO, C. Delimitação das áreas prioritárias à recuperação ambiental na bacia hidrográfica do Rio Pequeno (Antonina-PR) In: BOLDRINI, E. B.; SORAES, C. R.; PAULA, E. V.(Orgs.) Dragagens Portuárias no Brasil: Engenharia, Tecnologia e Meio Ambiente. Antonina: ADEMADAN, UNIBEN, MCT PARANÁ. Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Programa Floresta Atlântica. Mapeamento da Floresta Atlântica do Estado do Paraná. Relatório final. Curitiba, PERICO, E; CEMIN, G. Planejamento do uso do solo em ambiente SIG: Alocação de um distrito industrial no município de Lajeado, RS, Brasil. Estudos Geográficos 4(1): 41-52, Rio Claro, 2006 TEIXEIRA, A. L. A; CHRISTOFOLETTI A. Sistema de Informações Geográficas: dicionário ilustrado. São Paulo: Editora Hucitec, 1997.

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