Grupo de Trabalho da Qualidade de Energia Elétrica (GT-QEE) Relatório da Reunião n.º 6
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- Maria de Lourdes Araújo Fonseca
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1 Grupo de Trabalho da Qualidade de Energia Elétrica (GT-QEE) Relatório da Reunião n.º 6 Dia: 28 de maio de 2015 Hora: 15h00 a 17h00 Local: ERSE, Rua Dom Cristóvão da Gama 1, Lisboa Participantes: (Ver lista em anexo) Resumo da Reunião: A reunião do grupo de trabalho iniciou-se com a intervenção do Prof. Jorge Esteves que agradeceu a presença de todos os participantes. Seguidamente, referiu que a reunião tinha em vista analisar os seguintes temas: 1) Atas das reuniões anteriores 2) Campanha de sensibilização o Divulgação página internet; o Materiais (manual e folheto); o Seminário; o Protocolos parceria; 3) Apresentação sobre a divulgação dos resultados de monitorização 4) Apresentação sobre alteração ao Procedimento n.º 9 do RQS o Comentários da REN; 5) Proposta de Revisão do Procedimento n.º 11 do RQS 6) Outros temas a desenvolver em 2015 De seguida, foi referido pelo Eng.º Sérgio Faias que as atas das reuniões anteriores já se encontravam praticamente concluídas e que as mesmas irão ser disponibilizadas aos grupos de trabalho com a brevidade possível, para a recolha de comentários/propostas de alteração.
2 Em seguida, fez-se referência ao seminário de lançamento da campanha A qualidade de serviço cabe a todos- sensibilização sobre a partilha de responsabilidades na qualidade de serviço técnica" a realizar no dia 2 de junho e à página na internet desenvolvida para a campanha. Foram percorridos os vários campos da página da campanha e referido que, em complemento ao Manual de Boas Práticas para a Manutenção dos Postos de Transformação de Cliente, foi elaborado um folheto de divulgação da iniciativa intitulado Sensibilização para a Manutenção dos Postos de Transformação de Cliente. Sobre a divulgação dos resultados monitorização, o Eng.º Sérgio Faias aproveitou a presença dos participantes do GT-QEE para fazer a apresentação dos resultados de monitorização que iriam ser disponibilizados no seminário de 2 de junho, de forma a confirmar junto dos representantes dos operadores de rede se os dados retirados das suas páginas na internet se encontravam atualizados. Neste âmbito, foram apresentados os resultados de monitorização da QEE disponibilizados pela REN, pela EDP Distribuição e pela CEVE, como exemplos de operadores de rede em Portugal continental, pela EDA, na qualidade de operador de rede na Região Autónoma dos Açores e pela EEM, na qualidade de operador de rede na Região Autónoma da Madeira. O Eng.º Jorge Mendonça e Costa, representante da Associação Portuguesa dos Industriais Grandes Consumidores de Energia Eléctrica (APIGCEE) referiu que esta associação se encontrava a fazer a recolha de informação relativa ao impacto dos micro-cortes (cavas de tensão) nas instalações dos clientes, com base na recolha de informação em 8 instalações de associados. A APIGCEE pretende, igualmente, quantificar o tempo de interrupção causado pelos eventos de tensão no processo produtivo dessas instalações e que essa informação passará a ser disponibilizada na página na internet da referida associação. O Eng.º Jorge Mendonça e Costa mencionou ainda o número de eventos que se haviam identificado como estando na origem de perturbações em processos produtivos, sendo que 75 % desses eventos corresponderam a cavas de tensão e os restantes 25% a efetivas interrupções transitórias de fornecimento de energia.
3 O Eng.º Nuno Melo referiu que, quer o RQS, quer a norma NP EN 50160:2010 não estabelecem quaisquer limites relativamente ao número de eventos de tensão que possam ocorrer anualmente. O Eng.º Fernando Casas relatou a sua experiência na Siderurgia Nacional relativamente às consequências das interrupções e dos eventos de tensão nas paragens de produção. Ainda relativamente ao caso da Siderurgia Nacional, o Eng.º António Cavalheiro relatou uma situação em que, na sequência de um estudo aprofundado realizado por técnicos da REN, foi possível eliminar um conjunto de defeitos que tendiam a ocorrer na rede e que eram indevidamente classificados como tendo origem em fenómenos atmosféricos. Assim, conclui-se que uma análise mais aprofundada das causas que estão na origem dos defeitos pode permitir tomar medidas que evitem o surgimento desses mesmos defeitos. O Eng.º Fernando Pimenta, da Q-Energia reforçou a importância dessa análise causaefeito para identificar a origem do defeito e poder tomar as medidas necessárias para evitar o seu surgimento ou minimizar os efeitos que dele resultem. O Eng.º Nuno Melo referiu que, atendendo à preocupação de melhoria de desempenho do setor e encontrando-se a ser desenvolvido um trabalho neste âmbito pela APIGCEE, considerava importante que o referido trabalho contemplasse, designadamente a data e hora em que ocorre o evento, qual o equipamento raiz que deu origem à interrupção, as características técnicas e elétricas do equipamento e o impacto económico dessa interrupção. O Eng.º Jorge Mendonça e Costa referiu que os associados da APIGCEE têm essa informação e que a mesma poderá ser disponibilizada através da associação. A concluir este tema, o Prof. Jorge Esteves falou da possibilidade de se realizar um seminário para discutir as questões relacionadas com a imunização das instalações a eventos de tensão e para a importância de sensibilizar os investidores e as entidades envolvidas no licenciamento de fábricas e/ou parques industrias para as questões da qualidade de energia elétrica.
4 No que respeita à apresentação sobre a alteração ao Procedimento n.º 9 do Manual de Procedimentos da Qualidade de Serviço do setor elétrico (MPQS), foram apresentados pelo Eng.º Luís Perro os comentários da REN sobre esta alteração. Após esses comentários terem sido analisados pelos elementos do GT-QEE, foi combinado que seria preparada uma nova versão da proposta de alteração que será depois enviada à ERSE e partilhada pelo grupo de trabalho. Quanto à proposta de revisão do Procedimento n.º 11 do MPQS, a mesma surgiu na sequência de uma reunião promovida pela ERSE, em que participaram a REFER, a REN e a EDP Distribuição, dedicada à análise da impossibilidade de ligação da REFER ao nível AT. Essa impossibilidade resulta da limitação dos níveis de emissão de desequilíbrio para a rede que é imposta pelo Procedimento n.º 11 do MPQS. No decorrer dessa reunião estabeleceu-se que iria ser mantida uma colaboração entre a REFER, a REN e a EDP Distribuição no sentido de se encontrar uma solução, baseada na experiência internacional, nos dados nacionais recolhidos pelos operadores de rede e numa tentativa de incorporação da norma IEC na regulamentação nacional. De acordo com o Eng.º Nuno Melo e o Eng.º Luís Perro, essa colaboração está a realizar-se, tendo o tema sido também abordado na 16ª reunião da CTE-8 do IEP. No que respeita a outros temas a desenvolver em 2015, referiu-se a possibilidade de desenvolver o n.º 9 do art.º 43.º do RQS no que se refere aos equipamentos de monitorização de QEE a instalar pelos próprios clientes. O Eng.º Nuno Melo mencionou que têm chegado à EDP Distribuição variadas situações suscitadas pelos clientes. Esta matéria deverá ser abordada na próxima reunião, prevendo-se que nesse momento já possa existir uma proposta para colocar à discussão do GT-QEE.
5 Por último, ficou agendada a próxima reunião deste grupo de trabalho para o dia 25 de setembro, às 10 horas, nas instalações da ERSE.
6 ANEXO Lista de participantes na reunião de 28 de maio de 2015 ERSE: Jorge Esteves Sérgio Faias Susana Dias Hugo Pousinho
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