Data de Gravação: hora13.20h OLÁ! CARO AMIGO/ EU SOU PAULO CHAVEIRO E ESTE É O PROGRAMA O

Transcrição

1 REFERÊNCIA: Juizes 5:1 31 PRODUTOR: Paulo Chaveiro Data de Gravação: hora13.20h Locução: Paulo Chaveiro REGRAVADO EM ÀS 13.53H OLÁ! CARO AMIGO/ EU SOU PAULO CHAVEIRO E ESTE É O PROGRAMA O SOM DO LIVRO QUE TRÁS ATÉ SI O LIVRO MAIS LIDO EM TODO O MUNDO. / O MEU DESEJO É QUE O SOM DESTE LIVRO CONTINUE A FALAR CONSIGO/ MESMO DEPOIS DE DESLIGAR O SEU RÁDIO. / No último estudo debruçamo-nos sobre o capítulo 4 de Juizes e terminamos falando de Débora a profetiza que Deus levantou para liderar o povo que vivia a norte de Israel, durante tempos de grande escuridão e secura espiritual. Ela foi chamada por Deus para despertar o exército que não estava a cumprir os seus deveres e não lutava contra o inimigo. Ela liderou o povo e Deus deu-lhes uma vitória tremenda contra os seus opressores. Eles exterminaram todo o exército inimigo, excepto o seu general, Sísera, que fugiu e se refugiou na tenda de uma mulher gentia que o escondeu debaixo de um manto. No entanto, quando surgiu oportunidade, ela muniu-se de uma estaca e matou-o, trazendo assim a libertação a Israel. Depois disso Débora entoou um cântico em que exaltaram a libertação providenciada por Deus. Começamos a nossa leitura em Juizes 5:1-5: Débora e Baraque compuseram então e cantaram este cântico de vitória: 2 Louvem o Senhor! Os líderes de Israel conduziram corajosamente o povo. Este seguiu-os de cabeça erguida. Sim, bendito seja 1

2 o Senhor! 3 Escutem, vocês, reis e governantes, porque vou cantar ao Senhor, o Deus de Israel. 4 Quando nos fizeste sair de Seir, e nos levaste através dos campos de Edom, a terra tremeu, os céus derramaram chuvas. 5 Sim, até o Monte Sinai tremeu na presença do Deus de Israel. Em forma poética, Débora entoa um cântico ao Senhor, exaltando o seu poder e majestade. Ela tem consciência de que foi escolhida por Deus para desempenhar um papel diante do seu povo. Ela, e todos os que se dispusessem nas mãos de Deus, seriam usados para cumprir os mais altos e sublimes propósitos de Deus. Débora assumiu a liderança do povo e fê-lo de forma tremenda e diligente, ao ponto de trazer a libertação da escravatura em que viviam. Mas o facto de ter sido ela a escolhida, reflecte a fraqueza da liderança masculina que se vivia nos seus dias. Ela foi uma grande mulher nas mãos de Deus, mas isso só colocou a nu o facto de que os homens de Israel, que deveriam estar a governar o povo, não eram capazes ou eram medrosos, como bem demonstrou Baraque. Não é vergonha nenhuma ter sido uma mulher a libertar o povo, vergonha foi não ter havido nenhum homem que assumisse o seu papel; não ter havido homens com coragem para libertarem o povo. Pelas palavras de Débora vemos que ela mesma não queria para si esta responsabilidade, mas os filhos de Israel tinham sido feitos escravos e eram dominados por Jabim, rei dos cananitas. E quando chegou a altura de fazer frente a Sísera e ao seu grandioso exército, Baraque teme e escuda-se na profetisa Débora. E para grande vergonha de Baraque, Deus dá-lhes uma 2

3 tremenda vitória sobre o inimigo, não sob a sua liderança, mas sob a liderança de uma mulher. Débora então escreve um cântico de louvor e gratidão a Deus, um dos mais importantes da Bíblia. Vejamos o que diz em Juizes 5:6-7: 6 Nos dias de Sangar, o filho de Anate; e nos dias de Jael, as grandes estradas ficaram desertas; e os viajantes preferiram ir pelos estreitos atalhos retorcidos. 7 O povo de Israel estava a decair a olhos vistos; até que apareceu Débora, que se tornou como que uma mãe para Israel. Viviam-se dias de grande dor e sofrimento, o povo passava fome, não havia segurança nas ruas, a imoralidade reinava em todas as áreas da sociedade e a escuridão espiritual era tremenda. Débora sabia que não havia lideres no povo e que não era seguro andar sequer pelas ruas. Até que Deus levantou uma mãe para Israel: Débora. Ela era mãe, tinha um cuidado maternal com os seus e infelizmente para ela não havia um único homem capaz de liderar o povo contra o estado degradante em que viviam. Como mãe ela queria algo melhor para os seus filhos. Não queria vê-los terminarem como tantos outros, destruídos, subjugados e maltratados pelo inimigo. Por isso ela levantou-se para governar em Israel. Verso 8: 8 Quando Israel vai atrás de deuses estrangeiros, é a derrocada de tudo, é guerra. Os senhores que nos dominavam não permitiam sequer que tivéssemos um escudo ou uma lança nas nossas mãos. Entre quarenta mil soldados israelitas não se encontra uma só arma! O povo negou a Deus como tinha feito em outras alturas e em vez de dependerem de Deus passaram 3

4 a confiar nas armas. Quando o povo alcançou um tempo de paz, com o último juiz, pensaram que podiam viver em paz e em libertinagem, ou seja, queriam viver de braços dados com a paz e viver no pecado, esquecendo-se de Deus. Não pode haver paz e o povo viver longe de Deus e entregue ao seu pecado. Não foi possível para Israel como também não é possível para nós hoje. No verso 9: 9 Como me alegro nos chefes de Israel, que tão generosamente se deram a si próprios! Louvem o Senhor! Débora exalta o facto de apesar de tudo ainda haver alguns, poucos homens, que estavam sinceramente comprometidos com Deus e lhe queriam obedecer, e ela queria dar-lhes o seu apoio moral e espiritual. Vejamos agora os versículos 10-11: 10 Que Israel inteiro, ricos e pobres, se juntem nos seus louvores, tanto os que andam montados em brancos jumentos e pisam tapetes ricos em casa, como os que têm de andar a pé pelos caminhos. 11 Os músicos de cada povoação juntam-se no poço da vila, para exaltar os triunfos do Senhor. Sem cessar, fazem suceder os hinos e baladas, sobre como o Senhor salvou Israel com um exército de combatentes! O povo do Senhor passou as portas das cidades. Débora exorta o povo a reunir-se num só local para exaltar os feitos de Deus e para se concentrar e preparar o futuro, em vez de ficar parado a contemplar o passado. No verso 12 lemos: 12 Levanta-te, Débora, e canta! Ergue-te, Baraque! Tu, filho de Abinoão, chega-te, com os teus prisioneiros! Depois da vitória Débora continua a levantar a moral do povo, começando por 4

5 despertar o general do exército, Baraque. Mas ele não assumia o comando e ala continuava a ter o domínio sobre os poderosos. Nos versos lemos algo interessante: 13 Descendo o monte Tabor via-se o nobre resto do povo. O povo do Senhor desceu avançando contra grandes pessoas. 14 Vieram de Efraim e de Benjamim, de Maquir e de Zebulão. As outras tribos agora também se juntam a Débora. Verso 15: 15 Veio até ao vale essa nobre gente de Issacar, com Débora e com Baraque. À ordem de Deus acorreram todos ao vale. Contudo, a tribo de Rúben não se deslocou. Entretanto a tribo de Rúben não se congrega com as restantes. A tribo de Rúben era vizinha mas não envia reforços para apoiar os outros que estavam em dificuldade. Além deles outras tribos também não vêm apoiar, versos 16-17: 16 Porque ficas sentado em casa, no meio dos rebanhos, ouvindo os balidos dos animais e as flautas dos pastores? Sim, a tribo de Rúben não pode estar com a consciência descansada. 17 Porque ficou também Gileade do lado de lá do Jordão, e porque razão Dan ficou à beira dos seus barcos? E qual a razão que levou Aser a deixar-se estar impassível, nas praias, descansando junto aos seus portos? Estas tribos tinham plena consciência da guerra que os outros travavam mas não se preocuparam em deixar os seus interesses pessoais e ir ajuda-los. É espantoso como a natureza humana não muda ao longo dos tempos. Ainda hoje todos nós temos consciência de que pessoas a nossa volta, povos nossos vizinhos travam lutas e guerras sangrentas e nós nem nos incomodamos em tentar ajudar naquilo que está ao nosso alcance. Deixamo-nos 5

6 estar impávidos e serenos, preocupados somente com os nossos afazeres, enquanto outros sofrem e precisam do nosso apoio. Depois lemos no verso 18: 18 Mas as tribos de Zebulão e de Naftali não tiveram medo de morrer nos campos de batalha. 19 Os reis de Canaã lutaram em Taanaque, junto às fontes de Megido, mas não foram vitoriosos. Estas duas tribos pagaram com as suas vidas o facto de serem solidários com os outros, mas arriscaram e se uniram a quem precisava deles. Este ajuntamento de reis contra o povo de Deus simboliza de alguma forma aquilo que vai acontecer no final dos tempos na batalha de Armagadom. Juizes 5: Até as próprias estrelas do céu lutaram contra Sísera. 21 O veloz ribeiro de Quisom os arrastou, os varreu. Avante, alma minha, corajosamente! Estamos diante de uma linguagem poética mas que no meu ponto de vista não é uma figura de estilo, ou seja, refere-se a acontecimentos reais que tiveram lugar na história. Por estas palavras entendemos que Deus, no céu, agiu em favor do seu povo e libertou-o do jugo do inimigo. Chegamos agora a um dos versículos mais estranhos deste capítulo, o versículo 22: "Então as unhas dos cavalos socavam pelo galopar, o galopar dos seus guerreiros. Amaldiçoai a Meroz, diz o Anjo do Senhor, amaldiçoa duramente os seus moradores, porque não vieram em socorro do Senhor, em socorro do Senhor e seus heróis." Não sabemos com certeza o sentido da palavra Meroz. Não sabemos se se trata de um rei ou de um lugar. 6

7 Parece-nos que seja uma cidade cujos habitantes não vieram lutar ao lado do povo de Israel contra os seus inimigos. No entanto uma coisa tenho como certa: Não queria estar no lugar de Meroz, sendo um homem, nem ser um habitante de Meroz, considerando que seja um lugar, para não sofrer as consequências da maldição de Deus. Podemos retirar daqui que com Deus não se brinca, é verdade que Deus é amor mas é igualmente verdade que Deus é Justo e que lhe desobedece sofrerá as consequências disso. Notemos no verso 24: "Bendita seja sobre as mulheres que vivem em tendas." Alguns comentaristas dizem que era uma comportamento completamente errado um homem entrar numa tenda onde estivesse uma mulher que não fosse a sua. Era condenado a morte. Sísera entrou na tenda de Jael e foi cruelmente morto por ela depois de lhe ter dado acolhimento. Jael era uma mulher gentia e foi a heroína do dia, mas não significa que Deus aprovasse o que ela fez. Mas estavam em tempo de guerra, e na guerra não há moral ou decência, o lado bárbaro e cruel das pessoas é posto a prova e não se pede licença para mutilar, destruir ou matar inocentes ou culpados. A guerra não é bonita nem honrosa. Não foi agradável o que ela fez, mas alcançou os objectivos para o povo onde ela estava inserida. Depois de Ter exposto os actos de Jael, o coração de mão de Débora vai ao encontro do que provavelmente sentiria a mão de Sísera e diz nos versos 28-29: A mãe de Sísera olhava 7

8 pela janela, e exclamava pela grade: Por que tarda em vir o seu carro? Por que se demoram os passos dos seus cavalos? As mais sábias das suas damas respondem, e até ela a si mesma respondia: porventura não achariam e repartiriam despojos? Uma ou duas moças a cada homem? Para Sísera estofos de várias cores, estofos de várias cores de bordados; um ou dois estofos bordados para o pescoço da esposa? Ela provavelmente pensou que o seu filho voltaria. Mas ele não voltou desta campanha. E Débora, com o seu coração de mãe lembrou-se dessa pobre mãe, que apesar de ser inimiga, sofria com a perda do filho. Muitas mães em todos os tempo têm vividos um dia como este em que aguardaram o regresso dos seus queridos filhos a casa e isso nunca aconteceu. Estes são os despojos reais das guerras; esses são os frutos amargos que as guerras trazem a cada família. E o capítulo 5 termina com o verso 31 que diz: Assim, ó Senhor, pereçam todos os teus inimigos! Porém os que te amam, brilham como o sol quando se levanta no seu esplendor. E a terra ficou em paz quarenta anos." Neste longo e magnífico cântico, é mais uma vez exaltado o poder e a libertação do povo de Israel dos seus poderosos inimigos, desta vez através de uma mulher. Milhares e milhares de pessoas nos nossos dias procuram a liberdade para as suas almas, e nós os que cremos e confiamos em Cristo possuímos o único poder libertador para a alma: o Evangelho de Cristo. O Evangelho na sua autenticidade e plenitude, tem a resposta para os problemas espirituais e 8

9 materiais da humanidade, seja ele transmitido por um homem ou por uma mulher. Vamos terminar aqui o estudo de hoje. No próximo programa vamos continuar a acompanhar a vida dos filhos de Israel e as façanhas dos seus juizes. ATÉ LÁ FIQUE SEMPRE NA NOSSA COMPANHIA E QUE DEUS O ACOMPANHE E GUARDE! E QUE O SOM DESTE LIVRO CONTINUE A FALAR CONSIGO MESMO DEPOIS DE DESLIGAR O SEU RÁDIO. TERMINOU H REGRAVAÇÃO 14.25H 9