JARDIM BOTÂNICO O FANTASMA GANHA VIDA EXEMPLAR GRÁTIS RIOZINHO, CAMPECHE. PÁGINA 18. A Ilha das tendas

Transcrição

1 FLORIPA - SÃO JOSÉ - PALHOÇA - BIGUAÇU - SANTO AMARO DA IMPERATRIZ DEZEMBRO DE ANO I - Nº 12 Jurandir Camargo/BD JARDIM BOTÂNICO O FANTASMA GANHA VIDA PÁGINAS 4, 5 e 6 EXEMPLAR GRÁTIS Paulo Goeth/Divulgação/BD RIOZINHO, CAMPECHE. PÁGINA 18 Jurandir Camargo/BD GUERRA DO PARAGUAI, 150 ANOS DO MASSACRE. PAG. 11 Detalhe de pintura de Candido Lopes/Reprodução/BD A Ilha das tendas PÁGINA 17

2 2 Florianópolis, dezembro de 2014 BOM DIA. ANO 2 Um ano passa voado. Os leitores ainda folheiam edições de 2014 e o jornal Bom Dia Floripa, logo ali em 2015, já entra no seu Ano 2 de circulação. Para nós foi muito gratificante entregar todos os mês de casa em casa, nas sinaleiras e em centenas de pontos de distribuição os exemplares do jornal. Nossa proposta não é a acompanhar o noticiário factual, mas mostrar assuntos inéditos, como o ressurgimento da Casa Feliz, lá no Peru; a história de Pedro Raimundo, o catarinense que virou o gaúcho mais famoso do Brasil; ou as demissões em massa na RBS, que só o Bom Dia publicou. Vamos continuar assim em Um bom dia a todos e um bom Ano Novo. FELIZ NATAL PRÓSPERO 2015 Débitos municipais em até 72 vezes Contribuintes em débito com a Prefeitura de Santo Amaro da Imperatriz podem parcelar dívidas em até 72 prestações mensais, com redução de 100% de juros e multa, até o dia 31 de março de A dívida possível de ser parcelada é aquela constituída até o dia 30 de junho de 2014, inclusive o que já está inscrito em dívida ativa e as que estão em fase de execução fiscal já ajuizada. O valor mensal mínimo da parcela será de R$ 50,00 para pessoas físicas e de R$ 150,00 para jurídicas. O parcelamento pode ser solicitado no setor tributário, na prefeitura, das 12 às 18hs. Esse benefício fiscal faz parte do Programa de Parcelamento Incentivado (Propari). PUBLICAÇÃO LEGAL EDITOR Jurandir Camargo SANTA CATARINA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Balancete Financeiro - Por Categoria Econômica DIRETORES Fernando Damásio e Jurandir Camargo COMERCIAL Fernando Damásio COLABORADORES Agatha Roldan e Fernanda Félix DESIGN GRÁFICO Ronaldo Ferro CIRCULAÇÃO: Florianópolis, São José, Biguaçu, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz ENDEREÇO: Avenida Josué Di Bernardi, Sala 27 Campinas, São José, Santa Catarina - CEP redacao@bomdiafloripa.com.br / comercial@bomdiafloripa.com.br / festas@bomdiafloripa.com.br Fone (48) / Tiragem desta edição: 6 mil exemplares Mês/Ano : novembro/2014 Receita Despesa Títulos Valor Títulos Valor Despesa Orçamentária ,85 Despesas exceto Intra-orçamentárias ,86 PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS ,66 OUTRAS DESPESAS CORRENTES ,20 INVESTIMENTOS 1.400,00 Despesas Intra-orçamentárias ,99 PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS ,99 Receita Extra - Orçamentária ,28 DEPOSITOS ,47 CONSIGNACOES ,76 PREVIDENCIA SOCIAL ,14 PENSAO ALIMENTICIA 8.394,78 TESOURO ESTADUAL E MUNICIPAL ,86 PLANOS DE PREVIDENCIA E ASSISTENCIA ME ,05 PLANOS DE SEGUROS 34,63 EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTOS ,37 DIVERSOS CONSIGNATARIOS 90,93 DEPOSITOS DE DIVERSAS ORIGENS ,71 DEPOSITOS PARA QUEM DE DIREITO ,71 OBRIGACOES EM CIRCULACAO ,98 OBRIGACOES A PAGAR ,98 FORNECEDORES ,20 PESSOAL A PAGAR ,18 ENCARGOS SOCIAIS A RECOLHER ,23 RECURSOS ESPECIAIS A LIBERAR ,13 DEBITOS DIVERSOS A PAGAR ,24 INTERFERENCIAS ATIVAS ,83 TRANSFERENCIAS RECEBIDAS ,83 REPASSE RECEBIDO ,83 Despesa Extra - Orçamentária DEPOSITOS CONSIGNACOES PREVIDENCIA SOCIAL PENSAO ALIMENTICIA TESOURO ESTADUAL E MUNICIPAL PLANOS DE PREVIDENCIA E ASSISTENCIA MEDICA PLANOS DE SEGUROS EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTOS DIVERSOS CONSIGNATARIOS DEPOSITOS DE DIVERSAS ORIGENS DEPOSITOS PARA QUEM DE DIREITO OBRIGACOES EM CIRCULACAO OBRIGACOES A PAGAR FORNECEDORES PESSOAL A PAGAR ENCARGOS SOCIAIS A RECOLHER RECURSOS ESPECIAIS A LIBERAR DEBITOS DIVERSOS A PAGAR , , , , , , ,72 34, ,91 90, , , , , , , , , ,24 Saldos anteriores APLICAÇÕES NO MERCADO ABERTO BANCO C/ MOVIMENTO INVESTIMENTOS DO RPPS TESOURARIA GERAL , , ,78 0,00 0,00 Saldos atuais ,63 APLICAÇÕES NO MERCADO ABERTO ,93 BANCO C/ MOVIMENTO 1.918,70 INVESTIMENTOS DO RPPS 0,00 TESOURARIA GERAL 0,00 Total ,21 Total ,21 São José, 15/12/2014 SANDERSON ALMECI DE JESUS Presidente CANISIO VANDERLEI OSAIDA Contador CRC/SC /O-6 ROBERVAL ROGERIO WAN-DALL Diretoria Controle Interno ANA LUCIA TEIXEIRA Chefia Planejamento Controle e Orçamento

3 Florianópolis, dezembro de Renúncia José Castelo Deschamps, que estava no seu segundo mandato, renunciou por motivos de saúde e o vice, Ramon Wollinger (PSDB) é o novo prefeito de Biguaçu. Castelo entregou a cartarenúncia ao presidente da Câmara no dia 10/12. Cemitérios Florianópolis tem 13 cemitérios municipais. São quase 200 mil metros quadrados de área, muitas delas de frente para o mar. Aqui, até morrer é um previlégio. SANTO AMARO DA IMPERATRIZ Rede de água, drenagem e asfalto na Vargem Grande Depois de conseguir junto à Casan a instalação de metros de rede de água na estrada geral da Vargem Grande, o prefeito de Santo Amaro da Imperatriz, Sandro Vidal, já iniciou as obras de drenagem para, em seguida, iniciar a pavimentação asfáltica nos próximos dias. A Vargem Grande até hoje não tinha rede de água.

4 4 Florianópolis, dezembro de 2014 JARDIM BOTÂNICO fantasma vai ganhar vida Depois de 2 anos de dúvidas, prefeita de São José assina compromisso para até dia 31 de dezembro dar solução para a área, onde já foi investido R$ 2 milhões. Criado há quatro anos, com investimento de R$ 2 milhões em obras físicas, e integrado ao patrimônio do município, só agora, dois anos depois de assumir a prefeitura, a prefeita Adeliana Dal Pont decidiu (no último dia 6 de novembro) que até 31 de dezembro vai dar um destino ao Jardim Botânico de São José. A área tem 2.300m² e fica em Potecas. Mas há mais de três anos o Jardim Botânico é um projeto fantasma, apesar de ter um prédio de 600m² com 20 salas, dois salões, 10 banheiros e espaço para museu e exposições. A estrutura tem ainda uma estufa de plantas com 50m2, já com exemplares de bromélias gigantes (vieram do acervo da antiga Fazenda do Max) e um anfiteatro ao ar livre. Na parte dos fundos, uma área de 160 mil m² de Mata Atlântica também pode ser incorporada ao projeto. EDIFÍCIO DA sede tem 600 metros qudrados de área construída, dois salões de reunião, 20 salas e outras estruturas de apoio A prefeita levou dois anos para quebrar a resistência do superintendente da Fundação do Meio Ambiente, Eduardo Bastos Moreira Lima, que era contra o município assumir o Jardim Botânico, pois entendia que o custo da operação seria muito elevado. No último dia 6 de novembro, ela e o superintendente da Fundação assinaram um termo de compromisso com a J.A. Desenvolvimento Urbano Ltda., empresa que construiu e cedeu a estrutura e a área do Jardim Botânico para o município, definindo que até o último dia de 2014 (31 de dezembro) vai estabelecer as diretrizes para criação, composição, desenvolvimento e operação do Jardim Botânico de São José. Jurandir Camargo/BD Pela J.A. assinaram o documento Brose Hervmann e Rafael Martins da Silva. O termo de compromisso foi publicado na edição nº 1623 do Diário Oficial do Município, página 695.

5 Florianópolis, dezembro de Jardim Botânico Prazo para assumir já venceu A prefeitura tinha um prazo de três anos para assumir a administração do Jardim Botânico, que já está vencido desde o início de A empresa J.A. poderia ter notificado judicialmente o município por descumprimento do compromisso assinado pela Fundação do Meio Ambiente, mas a empresa, ao contrário, sempre buscou uma forma para resolver o impasse. A J.A. construiu um loteamento na região e, como contrapartida, doou 2.300m² de área institucional além de ter investido R$ 2 milhões na estrutura física do Jardim Botânico. Tudo isso faz parte de um termo de compromisso assinado com a Fundação Municipal do Meio Ambiente em 2010 e ratificado em 2011, e pelo qual a área passou a fazer parte do patrimônio do município. Mas a prefeitura não assumiu o projeto e, durante anos, o prédio de 600m² do Jardim Botãnico ficou fechado. Só não foi invadido e depredado porque a empresa manteve, nesse período, vigilância 24 horas, e as construções também foram mantidas e conservadas. Vereadores de São José relatam que a intenção da prefeita Adeliana Dal Pont era ocupar a área, mas que a superitendência da Fundação sempre foi contra. Um levantamento de custos (pessoal, móveis e equipamentos) chegou a ser feito. Foi orçado em R$ 2 milhões/ano, mas a listagem de cargos e salários não era compatível com o padrão salarial do município. A direção do Jardim Botânico conforme já noticiou o Bom Dia em junho ganharia mais que a própria prefeita. Essas contas terão que ser refeitas, mesmo porque deverá ser aproveitado pessoal do município. 36ª unidade no Brasil O Jardim Botânico de São José será a 36ª unidade no Brasil. Seu projeto teve a consultoria de João Neves Toledo, presidente da Fundação Jardim Botânico de Poços de Caldas. O projeto de São José segue os padrões da Rede Brasileira de Jardins Botânicos. Foi concebido como estrutura sustentável, que seguiu princípios básicos como: ser ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito. Também seguiu critérios legais: foi implantado em área natural, para que possa servir como agente de recuperação ambiental.

6 6 Florianópolis, dezembro de 2014 Jardim Botânico Jardim perdeu mais importante coleção de bromélias de SC Uma das mais importantes coleções de bromélias de Santa Catarina, que seria transferida para o Jardim Botânico de São José, acabou indo parar no Rio de Janeiro. A coleção pertencia ao bispo Dom Vitus e estava em estufas em um terreno de 12 mil m² em Barreiros, em São José, onde fica a APAZ (Associação Padre Augusto Zucco), que não tinha condições de mantê-la. É ali que Dom Vitus mora há 26 anos. A coleção, que chegou a ter mais de 60 mil plantas, virou referência nacional pela sua variedade híbrida. Foi essa preciosidade que São José e o Jardim Botânico perderam. Próximo de completar 86 anos e com dificuldades para cuidar da coleção de bromélias, que entre espécies e variedades tinha mais de variedades, Dom Vitus decidiu repassá-las a César Suytene, um admirador da espécie que trabalha com plantas no Riuo de Janeiro. O destino natural seria o Jardim Botânico, mas jogar lá para morrer?, resignou-se o bispo, em julho deste ano, durante entrevista ao jornal Bom Dia, na manhã em que foi feito o último embarque de bromélias. Dom Vitus chegou a oferecer a coleção à Ufsc (Universidade Federal de SC), mas a universidade alegou que não tinha espaço para abrigar as bromélias. Pesquisa científica Dom Vitus Schlickmann, discípulo do botânico padre Raulino Reitz, também é um especialista e defende que a área de 160 mil m² de Mata Atlântica que é agregada ao Jardim Botânico de JARDIM BOTÂNICO de São José já tem sede, estufa de plantas, anfiteatro, trilhas ecológicas e um importante acervo de bromélias gigantes e área de Mata Atlântica São José, seja preservada para o estudo de Botânica e o incentivo à pesquisa científica. O bispo foi um crítico da planilha salarial montada pela Fundação para o Jardim Botânico, que ele considerou astronômica, e também discorda da projeção de custos feita pelo município para manter a estrutura do Jardim Botânico. A despesa será mínima. No âmbito municipal, o valor é ridículo. Nossos dirigentes municipais demonstram ignorância sobre o quanto é importante a pesquisa botânica e científica. É uma vergonha, criticou Dom Vitus, em entrevista ao Bom Dia.

7 Florianópolis, dezembro de

8 8 Florianópolis, dezembro de 2014 UM ESTRANHO NO NINHO Galeria de ex-prefeitos de São José, no hall de entrada da prefeitura, não inclui a foto de Djalma Berger Aprefeitura de São José não é nenhum ninho de stalinistas. Mas o método usado para tratar a história do município parece ser o mesmo da antiga União Soviética, onde era comum apagar das fotos oficiais pessoas que caiam em desgraça e se transformavam em inimigos do regime comunista. Aqui, quem é adversário do grupo que comanda a prefeitura também não tem direito a foto oficial. É o que acontece com o exprefeito Djalma Berger, que governou a cidade de 2009 a Depois de ter deixado o cargo há dois anos, ele ainda não ganhou o direito de freqüentar a galeria dos ex-prefeitos de São José. Essa tradição foi inaugurada pelo ex-prefeito Dário Berger no dia 18 de março de 2003, quando a prefeitura ainda funcionava no prédio ao lado do Fórum, em Barreiros. A galeria, agora, ocupa ESPAÇO reservado à foto de Djalma Berger na galeria dos ex-prefeitos está vazio. A foto do ex-prefeito Fernando Elias foi a última a ir para a galeria toda uma parede no hall de entrada da nova sede da prefeitura, na Av. Beira-mar. Estão lá as fotos de 29 exprefeitos (são pequenos quadros de 40 por 60cm), como Germano Vieira, Geci Thives, Gervásio Silva, Vanildo Macedo, Homero de Miranda Gomes, Constâncio Maciel, Cândido Amaro Damásio e mais 22 personagens da história do município. Mas a última foto afixada foi a de Fernando Melquíades Elias, que governou o município de 2005 a Djalma Berger, que o sucedeu, não faz parte da galeria de ex-prefeitos. O espaço vazio na parede está lá para quem quiser ver. Para a atual gestão, Djalma Berger não faz parte da história oficial de São José.

9 Florianópolis, dezembro de ACABOU A FARRA dos ranchos na Baía Sul 56 construções não estavam sendo usadas e sete ranchos foram lacrados no Saco dos Limões. Ministério Público Federal queria demolir tudo ASecretaria Municipal de Pesca e Maricultura (SMPM) lacrou sete dos 56 ranchos de pesca instalados na Baía Sul, junto à saída do túnel Antonieta de Barros, no Saco dos Limões, porque as construções não estavam servindo ao fim para o qual foram construídas. A ação foi feita em conjunto com a Procuradoria-Geral do Município e contou com o apoio da Guarda Municipal de Florianópolis. A medida cumpre exigência do Ministério Público Federal (MPF) em ação civil pública. O MPF queria que todos os 56 ranchos fossem demolidos, por entender que o local seria área de invasão. Mas a Secretaria realizou cadastramento dos usuários e comprovou a prática da atividade de pesca na área. Por isso, em audiência entre SMPM e MPF na Justiça Federal, ficou definido que apenas sete ranchos, utilizados para outros fins, deveriam ser lacrados. De acordo com o parecer jurídico da Secretaria de Pesca a documentação entregue pela Associação de Pescadores revela que não houve invasão ou construção clandestina de ranchos. Mas como se passaram 18 anos entre as construções (1996) e o Fotos: Simone Moreira/SMPM/Divulgação/BD presente cadastramento (2014), provavelmente foram efetuadas várias adaptações, obras de manutenção, ou mesmo uso diverso ao da pesca, já que o local foi entregue a todos os tipos de usuários, sem qualquer restrição, orientação ou fiscalização de interessados, o que se pode comprovar através da GUARDA MUNICIPAL deu apoio à ação da Secretaria de Pesca, que lacrou sete ranchos na Baía Sul documentação do Deinfra/Construtora Figueiredo Ferraz, quando as estruturas foram entregues como contrapartida à construção da Via Expressa Sul. A próxima etapa será a análise por parte da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) de todos os processos individuais de usuários de rancho, para identificar os pescadores profissionais. Além disso, a SMPM terá que apresentar um projeto de revitalização da área, retirando os ranchos que não são utilizados para pesca profissional.

10 10 Florianópolis, dezembro de 2014 SÃO JOSÉ Mais um passo na construção do Plano Diretor A prefeitura de São José concluiu a última etapa de eventos comunitários para discutir o Plano Diretor Participativo Aequipe técnica da Associação dos Municípios da Grande Florianópolis (Granfpolis) e os técnicos da Prefeitura se reuniram com moradores de vários bairros para discutir os pontos positivos e negativos, considerando os potenciais e as necessidades da cidade. Durante os encontros, os participantes são divididos em grupos menores para identificar problemas e prioridades tanto para os seus bairros como para o município. Todas as informações coletadas servirão de base para a Leitura Comunitária do Plano Diretor. Para ajudar neste trabalho, em cada reunião foi feita uma breve apresentação para situar os participantes sobre a metodologia, etapas e procedimentos que estão adotados durante o trabalho de reelaboração do documento. A equipe retornará a essas mesmas regiões para uma segunda rodada de discussão. O Plano deverá ser coerente com o que a sociedade apresentar nestas reuniões, por isso nós estamos trabalhando para que o maior número de pessoas possa colaborar, explicou coordenador técnico, Edson Cattoni. De acordo com ele, somente a participação das comunidades, em todas as etapas do processo, pode garantir que o documento represente as demandas reais da cidade.

11 Florianópolis, dezembro de GUERRA DO PARAGUAI 150 ANOS do maior massacre da América Latina Paraguai enfrentou a Tríplice Aliança, formada por Brasil, Argentina e Uruguai. Depois de 6 anos de guerra, país foi destruído e sua população dizimada Esse mês de dezembro [e marco de um dos períodos mais tristes da história da América do Sul. Faz exatamente 150 anos da Guerra do Paraguai, conflito armado que começou no dia 13 de dezembro de 1864, envolveu o Brasil, Uruguai e Argentina, a chamada Tríplice Aliança, contra o Paraguai, país teve a sua população dizimada e foi praticamente destruído em seis anos de combates. A guerra só terminou com a morte do líder paraguaio Solano López, em 1º de março de A Guerra da Tríplice Aliança foi um verdadeiro massacre contra o Paraguai, que à época tinha uma das economias mais pujantes da região e que, ao cabo de seis anos, transformou-se num país arruinado, com a população reduzida a mulheres, velhos e crianças. Foi um verdadeiro extermínio. Mas superioridade econômica e demográfica dos países aliados não foi suficiente para uma guerra curta, como planejavam Brasil, Argentina e Uruguai. O Paraguai mobilizou praticamente toda sua população para a guerra, e enfrentou com bravura os exércitos da Tríplice Aliança. Até hoje os motivos da Guerra do Paraguai, com suas atrocidades, são obscuros e controversos. Os principais documentos brasileiros sobre o conflito permanecem sigilosos. O Paraguai ainda não superou as conseqüências do conflito. Nem gosta de lembrá-lo. Tanto que os jornais de Assunção e outras cidades do país vizinho não fizeram menção à guerra em suas edições do dia 13 de dezembro, data do início do conflito. O assunto, quando é analisado por articulistas e estudiosos, carrega um forte sentimento de patriotismo: os artigos sobre a guerra são escritos em Guarani, a verdadeira língua paraguaia. O Paraguai, além de perder território, teve grande parte de sua população exterminada e toda a infraestrutura destruída. O conflito começou depois que tropas brasileiras invadiram o Uruguai, que vivia uma guerra civil. Em resposta à invasão brasileira ao Uruguai, o Paraguai apreendeu o vapor brasileiro Marquês de Olinda, e Solano López declarou guerra ao Brasil, no dia 13 de dezembro de Dias depois, já em janeiro de 1865, o exército paraguaio invadiu Corumbá, Miranda e Dourados. O Brasil convoca a Guarda Nacional para se juntar ao Exército. Em maio de 1865, Brasil Argentina e Uruguai assinam o Tratado da Tríplice Aliança. O Paraguai não se intimida. Em junho de 1865, o exército paraguaio invade o Rio Grande do Sul e ocupa Uruguaiana. Seus soldados renderam-se dois meses depois. Ainda em junho, a Marinha paraguaia é derrotada na histórica Batalha do Riachuelo. Dez meses depois, o Exército da Tríplice Aliança parte da Argentina, cruza o rio Paraná e invade o Paraguai. Em maio, travam o mais importante e sangrento combate da guerra, a Batalha dó Tuiuti. Os aliados venceram. Em setembro de 1865, defendendo ferozmente a fortaleza do Curupaiti, os paraguaios provocam a maior derrota do Exército da Tríplice Aliança. No Brasil, o imperador é acusado de só mandar negros para a guerra. Um decreto do Império, com o n 3.725, de 6 de novembro de 1866, liberta escravos que servissem no exército contra o Paraguai. Resistência - Em 25 de julho de 1868 o Exército aliado toma a Fortaleza de Humaitá, um símbolo da resistência paraguaia e onde estava Solano López, que abandona a fortaleza e monta um quartel-general em San Fernando, distante cerca de 10 quilômetros. Em dezembro, os paraguaios são derrotados nas batalhas de Divulgação/BD Itororó, Avaí, e Lomas Valentinas, no que ficou conhecido por dezembrada. Em 1 janeiro de 1869 as tropas brasileiras invadem Assunção e saqueiam tudo. Depois de cinco anos de guerra, o Paraguai já era uma nação destruída. Seu exército, dizimado, praticamente era integrado apenas por velhos e crianças. E foi com essa tropa formada por 6 mil velhos e crianças que, no dia 16 de agosto de 1869, enfrentou 20 mil soldados da Tríplice Aliança, na trágica Batalha de Acosta-Ñu. Em homenagem às vítimas desse massacre, 16 de agosto tornou-se o Dia das Crianças no Paraguai. No dia 1º de março de 1870, com a morte o líder paraguaio Solano López, em Cerro Corá termina a guerra que tornou-se uma mancha na história bélica do Brasil, Argentina e Uruguai, pelas suas crueldades e atrocidades. A Guerra do Paraguai foi um massacre, e por isso não deve ser comemorada como uma vitória. PINTURA DE CANDIDO LOPES, que retrata a Guerra da Tríplice Aliança, ou Guerra do Paraguai, como é conhecida no Brasil Reprodução/ABC Color/BD

12 12 Florianópolis, dezembro de 2014

13 Florianópolis, dezembro de

14 14 Florianópolis, dezembro de 2014 VERÃO SEM MERCADO PÚBLICO Não vai ser desta vez. Moradores e turistas vão passar o Verão sem poder desfrutar do ambiente mais fraterno da cidade, a ala Sul do Mercado Público, com aquele seu aroma característico de frutos do mar e muita alegria regada a chope, cerveja e petiscos tradicionais como pastéis de camarão e berbigão ou empadinhas. A obra de reforma atrasou porque a situação interna do Mercado Público era bem pior do que previram arquitetos e engenheiros da prefeitura, relatam os operários que trabalham na recuperação da ala Sul do mercado. Apesar da parte externa já ter recebido até pintura nova, lá dentro a situação é muito diferente. Ainda falta parte do telhado e toda a reforma, com a nova divisão dos boxes. Mas a prefeitura, depois de uma visita técnica feita no início do mês, junto com representantes da CDL, prevê a liberação da ala Sul para os ALA SUL DO MERCADO PÚBLICO: ainda sem telhado e com obras por fazer comerciantes em março de 2015, segundo o secretário de Obras, Rafael Hahne. A previsão inicial era 15 de janeiro. O espaço, com metros quadrados, abrigará 39 boxes. O Diário Oficial de Florianópolis do dia 12/12 também publicou a assinatura de mais um aditivo de R$ 1,9 milhão no valor da restauração, encarecendo a obra em cerca de 50% do valor inicial. A restauração da ala Sul já está custando mais de R$ 10 milhões ao município. Bob s Na ala Norte, que foi reaberta no primeiro semestre e está com BD seu mix de negócios quase completo, o Bob s como opção gastronômica recebeu muitas críticas. É muito pouco para o velho e tradicional Mercado Público e para uma cidade turística. Quem vai ao mercado busca a gastronomia tradicional da Ilha. Também com metros quadrados, a ala Sul tem 78 boxes.

15 Florianópolis, dezembro de

16 16 Florianópolis, dezembro de 2014 Oúltimo Olho Mágico de 2014 mostra o trabalho do jornalista Paulo Goeth, que atua na Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde. Fotógrafo amador, sempre tem a praia como cenário, onde a mutação de luzes e cores é uma construção constante. Paulo é morador do Campeche. Mas também coloca o preto no branco com belas imagens do Rio de Janeiro, outra cidade encantadora.

17 Florianópolis, dezembro de TENDAS Assim do nada, Floripa vai virando a Cidade das Tendas Tenda branca e misteriosa, que não há quem entenda T enda azul da feirinha de artesanato, com peças multicoloridas para atrair freguesia de todas as tendências Tem a tenda do circo que armou sua lona no aterro no Saco dos Limões, para cobrir o palhaço e o trapezista e proteger da chuva o riso do menino Tenda oficial do Natal Mágico que, como num passe de mágica, parece fundir-se com as torres da Catedral Ea tenda da reza, da Igreja Batista Vida Abundante, onde Deus fez a morada e atende a quem tem fé

18 18 Florianópolis, dezembro de 2014 ARTIGO ATIVIDADE FÍSICA APÓS OS 60 Vitor Mendes Bregue Daniel (*) Com o passar do tempo a expectativa de vida dos brasileiros vem mudando. Mas, além dela, a aparência de pessoas que já passaram dos 60 anos também. Já não é mais possível apontar a idade de alguém através de traços antes característicos da idade. Avançaram os tratamentos estéticos, produtos para conservar e até rejuvenescer. Com relação a atividade física não foi diferente. Cada vez mais encontramos pessoas dessa faixa etária nas academias, praticando musculação, ginástica, caminhando ou correndo na esteira e os depoimentos são quase sempre os mesmos: Como é bom praticar exercício. Nem seria preciso perguntar, pois geralmente o sorriso no rosto e a imagem de saúde e bem-estar, carregada de felicidade e anos a menos de envelhecimento nos provam como é bom realizar exercícios físicos após os 60. Isso sem contar a prevenção de lesões, diminuição e tratamento de dores, melhora das funções cotidianas como sentar, agachar, carregar objetos pesados e até a não dependência física e de medicamentos. Entretanto, para que tudo isso se torne uma realidade segura e eficiente coloco algumas dicas: Procure uma academia confiável, que tenha além de professor treinado e responsável técnico um departamento de avaliação física. De preferência a academias que ofertem várias modalidades, para que você escolha a que mais lhe agrada. Experimente antes de escolher. Procure realizar aula experimental com a intenção de avaliar o serviço e verificar se os professores dão atenção ou se aquela modalidade tem o seu perfil, e até se as pessoas que freqüentam o ambiente lhe agradam. De preferência aos períodos da manhã e no inicio da tarde, horários em que vai encontrar pessoas da mesma faixa etária, assim poderá reencontrar antigos amigos e fazer novos. Procure incluir, além de programas como musculação, outras atividades. Uma boa sugestão é fazer pilates uma vez por semana na sua rotina, para complementar. Além de ficar barato, os ganhos são extraordinários. E lembre-se: investir em atividade física só trará benefícios, além de ser muito mais barato que tentar comprá-los na farmácia. (*) Vitor Mendes Bregue Daniel, cref 9307 G/SC, é proprietário e responsável técnico da Rede A Fitness - Vitor@afitness.com.br LIGUE E ANUNCIE (48) / redacao@bomdiafloripa.com.br

19 Novas revelações sobre Aleixo Garcia I nformações inéditas sobre Aleixo Garcia, o náufrago que viveu no litoral catarinense desde 1516 e que, trilhando o milenar Caminho de Peabiru, foi o descobridor do império inca antes dos espanhóis, estão em novo livro de Rosana Bond lançado este mês. A obra, Aleixo Garcia:Algo mais sobre a saga do descobridor dos incas, foi editada em formato de apostila pela Aimberê/AND do Rio e é 17a. da carreira da jornalista. Guiado pelos índios guaranis de SC, Aleixo foi o primeiro branco a caminhar pelo Peabiru, rota indígena que ligava o Atlântico ao Pacífico. Publiquei essa história em 1998 e 2004, mas nunca parei de investigar. Creio que estes irão surpreender os leitores prevê. O livro tem importantes descobertas, comoum controverso trecho do Peabiru seguido na viagem aos Andes, e o episódio da morte de Aleixo. Para ela, uma das revelações mais impactantes é a descoberta de um grupo guarani boliviano que informa ter vivido no litoral de SC 500 anos atrás e ter viajado junto com Aleixo Garcia ao império inca. Esses guaranis são conhecidos na Bolívia, mas nunca falaram a respeito de seus ancestrais de origem atlântica e da expedição. Imaginem que, em segredo, eles realizam até hoje um ritual homenageando o litoral catarinense e chamam Aleixo de nosso pai. Rosana mostra, com diversas provas, que os guaranis e os carijós que habitavam o litoral centenas de anos atrás são uma mesma tribo. Existem pessoas que questionam os direitos dos atuais guaranis sobre terras litorâneas, pois não descenderiam dos velhos carijós. Isso não é correto. Os carijós não se extinguiram. Foi apenas seu nome que caiu em desuso. Os homens brancos, que os batizaram artificialmente de carijós ou carios, passaram depois a chama-los de guaranis. São, portanto, uma mesma tribo. Florianópolis, dezembro de 2014 Desejo Feliz Natal e próspero Ano Novo repleto de saúde, amor, paz e realizações à empreendedora e trabalhadora população de São José. Feliz 2015!! FERNANDO SOUZA Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia 19

20 20 Florianópolis, dezembro de 2014 Fernanda Ágatha ENFIM FÉRIAS Vanessa Rosa comemora este mês sua formatura em Administração e festeja entre amigos e familiares no Oceania Park Hotel. FESTA GARANTIDA Este quarteto gosta mesmo é de se divertir. Francielle, Rafaela, Priscila e Tatiane sempre estão nas festas mais badaladas de Floripa. MÚSICA Deejay Chin tem feito cada vez mais sucesso pelas casas noturnas por onde passa, e encanta quem ouve seus set's. Boa música faz bem aos nossos ouvidos. FISICULTURISTA Atleta Marcos Lima fez um ensaio fotográfico e gravação de vídeoclip de treino em Florianópolis, com o fotógrafo e filmmaker Rodrigo Avlis. Marcos treina há 13 anos e foi vicecampeão estadual e também campeão sulbrasileiro nos campeonatos da IFBB SC. DEBUTANTE Maria Luísa Cechetto, posando em frente ao cartão postal da Ilha para a fotógrafa Priscila Borba, festejou seus 15 anos no dia 29/11 com amigos e familiares.

21 Florianópolis, dezembro de

22 22 Florianópolis, dezembro de (48) Quanto tempo? Esta pergunta foi feita em algumas rodinha na primeira edição do Bom Dia Floripa, que está fazendo um ano de circulação. A resposta está na suas mãos. Estamos indo para o ano 2. Fernando Damásio Verão chegou, rapeize Tem um colunista famoso na Capital que usa muito o termo "Olá, que tal?, e complementa com a frase "O verão está chegando, rapeize. A temporada é de curtição, mas com ela também vem a falta de água, de luz e as filas imensas a caminho das praias. Tiveram tempo para resolver tudo, mas neste verão vai continuar tudo com antes. Eita beleza! Mudando de lado Dois grandes políticos, um deles São José e outro de Palhoça, numa boa conversa dia desses em uma mesa pra lá de eclética, garantiram que em meados de julho de 2015 mudam de lugar, já pensando nas eleições de Ponta de Baixo Mas um ano se passou, chegou o novo verão e a única praia de São José que não recebeu o tratamento aguardado (e merecido) pela comunidade foi a Ponta de Baixo. Eles querem o engordamento da praia (ampliação da faixa de areia), com novos passeios. Como a coisa não sai, os moradores acham que estão confundido engordar com engodo. Bela ave No monumento em homenagem aos imigrantes açorianos, na praça Arnoldo de Souza, em frente a Câmara dos Vereadores de São José, tem uma ave bem no alto do pedestal. É o Açor e, segundo o idealizador do monumento, tem garras afiadas. Será que é por isso que muita gente desvia dali quando vai para o Legislativo? Nesses tempos bicudos, qualquer coleira parece um gavião. Melhor não arriscar. Centro Histórico A Praça Hercílio Luz, no Centro Histórico de São José, ficou linda com as luzes de Natal, mas a faixa de pedestre que dá acesso a ela está apagada. Pequenos detalhes podem ajudar ou estragar um grande projeto. Ainda dá tempo para consertar. A ponte vai cair Quem diz não sou eu. A hipótese foi levantada pelo diretor-geral do Deinfra, Paulo Meller, que afirmou com todas as letras, durante entrevista, que se der uma ventania de 90 a 100 km por hora a nossa querida Hercílio Luz vai cair. Diante do risco, como é que fica? Vão colocar mais dinheiro? Os milhões gastos na ponte nesses anos ainda não foram suficientes? Ô mô Deus. Câmara e cadeia A placa está lá pra quem quiser ver. Depois de pronto a obra, o espaço deve ser usado para qual finalidade? Você pode escrever as sugestões no espaço pontilhado.vai servir para Barbearia do Mano Quem gosta de uma boa conversa e, depois dela, ainda sair com o visual renovado, é só dar uma passada na Barbearia do Mano, no Pantanal, próximo ao posto. Os dois barbeiros, Ivan e Emerson, além de ótimos profissionais da tesoura, também contam as melhores histórias, que sempre terminam em boas gargalhadas.