Licenciamento Ambiental de Aterros no Estado de São Paulo. Eng.º Thiago Marcel Campi Eng.º Pedro Penteado de Castro Neto
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1 Licenciamento Ambiental de Aterros no Estado de São Paulo Eng.º Thiago Marcel Campi Eng.º Pedro Penteado de Castro Neto
2 CETESB PRESIDÊNCIA (P) VICE- PRESIDÊNCIA (V) DIRETORIA DE GESTÃO COORPORATIVA (A) DIRETORIA DE CONTROLE E LICENCIAMENTO AMBIENTAL (C) DIRETORIA DE ENGENHARIA E QUALIDADE AMBIENTAL (E) DIRETORIA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL (I)
3 ETAPAS DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL Licença Ambiental Prévia LP Licença de Instalação LI Licença de Operação LO Viabilidade do empreendimento Ambiental/Legal Atendimento às exigências técnicas da LP Projeto técnico (executivo) do empreendimento Atendimento às exigências técnicas da LP e da LI Verificação das obras e instalações do empreendimento
4 DINÂMICA DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
5 TIPOS DE LICENCIAMENTO COM AVALIAÇÃO DE IMPACTO, sendo a LP emitida pela Diretoria de Avaliação de Impacto Ambiental I e as LI e LO emitidas pelas Agências ambientais da Diretoria de Controle e Licenciamento Ambiental - C; A Licença Previa é emitida com base em um Parecer Técnico do Departamento de Avaliação de Projetos e Processos IP, fundamentado no Estudo de Impacto Ambiental EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental RIMA elaborado pela Empresa de Consultoria. SEM AVALIAÇÃO DE IMPACTO, sendo as LP, LI e LO emitidas pelas agências ambientais da diretoria de controle e licenciamento ambiental C, com o apoio do IP. Instruções para o licenciamento são obtidas no endereço eletrônico da CETESB na internet, no campo LICENCIAMENTO. 5
6 Em geral, os aspectos que influem nos critérios de decisão quanto à forma de licenciamento são: LOCALIZAÇÃO QUANTO A RECURSOS NATURAIS, ÁREAS ESPECIALMENTE PROTEGIDAS E ZONEAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO; TIPOLOGIA DE RESÍDUOS; PORTE DA INSTALAÇÃO E; TECNOLOGIAS ENVOLVIDAS E MEDIDAS DE CONTROLE DE POLUIÇÃO AMBIENTAL. Os casos em que não existe orientação específica no endereço eletrônico da CETESB deverão ser objeto de consulta; 6
7 Aterros Classe II Tipologia ATERROS EM VALAS Q< 10 ton/dia (SP) (pequeno porte) NBR15849/2010 considera como pequeno porte Q<20 t/dia ATERROS EM TRINCHEIRA ATERROS EM CAMADAS Vale o melhor aproveitamento volumétrico e operacionalidade.
8 Resolução SMA 75/2010 Dispõe sobre licenciamento das unidades de armazenamento, transferência, triagem, reciclagem, tratamento e disposição final de resíduos sólidos de Classes IIA e IIB Aterros para disposição de resíduos Classe I: não é abordado na SMA 75. Toda Unidade deve dar entrada pela Diretoria de Avaliação de Impacto Ambiental que irá definir o instrumento do licenciamento (EIA, RAP, EAS, etc.) e no âmbito de qual Diretoria da CETESB o licenciamento deverá ser conduzido.
9 Passarão a ter seu licenciamento ambiental conduzidos pelas Agências da CETESB a instalação e ampliação de: Q< 100 t/dia Relocação de população e/ou supressão de vegetação em estágio médio ou avançado I - Aterros sanitários com ou sem codisposição de resíduos sólidos industriais não perigosos com capacidade de projeto inferior a 100t/dia; Quando a implantação e ampliação desses aterros exigir a relocação de população ou a supressão de vegetação primária ou secundária em estágios avançado ou médio de regeneração, o licenciamento deverá ser conduzido pela Diretoria de Avaliação de Impacto Ambiental. NÃO Diretoria C (Agências) SIM Diretoria I (Estudos ambientais)
10 AMPLIAÇÃO Poderá ser conduzido nas Agências Ambientais da CETESB o licenciamento da ampliação da vida útil de aterros sanitários com ou sem codisposição de resíduos sólidos industriais não perigosos, com capacidade de projeto superior a 100 t/dia, desde que sejam verificadas todas as condições a seguir: Q> 100 t/dia Capacidade volumétrica inferior a 10% do volume licenciado inicialmente I - A ampliação prevista não ultrapasse em mais de 10% (dez por cento) da capacidade volumétrica total licenciada no projeto inicial; Manutenção da mesma tipologia de resíduos SIM Diretoria C (Agências) II - Seja mantida a disposição da mesma tipologia de resíduos originalmente licenciada; III - O aterro a ser ampliado apresente IQR adequado. IV - A ampliação seja realizada sobre o maciço existente ou em área contígua ao mesmo. IQR>7,0 Ampliação sobre o maciço existente ou área contígua NÃO Diretoria I (Estudos ambientais)
11 Empreendimentos potencial ou efetivamente causadores de degradação ambiental OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO DE ESTUDOS AMBIENTAIS (EAS/RAP/EIA)
12 ESTUDOS AMBIENTAIS EAS (Estudo Ambiental Simplificado) Para atividade ou empreendimento de impacto muito pequeno e não significativo. RAP (Relatório Ambiental Preliminar) Para atividade ou empreendimento potencial ou efetivamente causadores de degradação do meio ambiente. EIA (Estudo de Impacto Ambiental) Para atividade ou empreendimento potencial ou efetivamente causador de significativa degradação do meio ambiente. Não havendo clareza acerca da magnitude e da significância dos impactos ambientais, decorrentes da implantação de empreendimento ou atividade, o empreendedor poderá protocolizar Consulta Prévia na CETESB, com vistas à definição do tipo de estudo ambiental necessário para o licenciamento do seu empreendimento.
13 OUTROS DOCUMENTOS ALÉM DO ESTUDO AMBIENTAL Publicações do pedido de Licença Ambiental Prévia LP; Certidão da Prefeitura Municipal de conformidade do empreendimento com as posturas municipais, no que tange ao uso e ocupação do solo; Certidão da P. M. de que a municipalidade não possui legislação ambiental para o licenciamento e que não se opõe à implantação do empreendimento; Comprovação da titularidade da área; Estudo Arqueológico, para o qual será solicitado Parecer Técnico do IPHAN; Cópias das ARTs dos profissionais envolvidos: Manifestação da ANAC nos casos em que o empreendimento esteja inserido em área de segurança aeroportuária; Parecer técnico referente aos aspectos florestais; Ata da Audiência Pública. 13
14 LICENCIAMENTO AMBIENTAL COM AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL POR MEIO DE EIA PARA INSTALAÇÕES DE DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS Licença Previa é emitida com base em um Parecer Técnico fundamentado no Estudo de Impacto Ambiental EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental RIMA elaborado pela Empresa de Consultoria. 14
15 Atividade ou empreendimento potencial ou efetivamente causador de significativa degradação do meio ambiente EIA Resolução CONAMA 01/86 PLANO DE TRABALHO ANÁLISE TERMO DE REFERÊNCIA ELABORAÇÃO DO EIA Empreendedor CETESB CETESB Empreendedor AUDIÊNCIA PÚBLICA
16 Novo: Manual para Elaboração de Estudos para o Licenciamento com Avaliação de Impacto Ambiental
17 ETAPAS DO LICENCIMENTO (Resolução SMA n 54/04) Apresentação do Plano de Trabalho do EIA/RIMA e publicações do pedido de Licença Ambiental Prévia; Realização de Audiência Pública Pelo CONSEMA; Realização de vistoria técnica na área de implantação do empreendimento; Definição do Termo de Referência para o EIA e respectivo RIMA; Apresentação do EIA/RIMA e publicações; Emissão de Parecer Técnico; Apreciação do CONSEMA; Emissão da LP
18 ITENS DO EIA RIMA Justificativa do empreendimento; Alternativas locacionais e tecnológicas; Caracterização do empreendimento; Definição das áreas de influência (ADA; AID E AII) (discutível) e; Avaliação de impactos ambientais e proposição de medidas mitigadoras. 18
19 INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS Delimitação da gleba do empreendimento, área de disposição de resíduos e demais unidades de infraestrutura e apoio; Direção preferencial dos ventos e potenciais receptores de odores; Limites municipais; Identificação e nomes dos corpos d água. Caso exista a propositura de lançamento de efluentes, o ponto de lançamento e a vazão mínima deverão ser apontados; Uso e Ocupação do Solo na Área de Influência Direta; Aspectos de vegetação: fragmentos florestais, tipos de vegetação e estágios sucessionais, áreas de cultivo, reflorestamentos, pastagens, Áreas de supressão de vegetação; Corredores de fauna, Áreas de Preservação Permanente; Pontos de levantamento de flora/fauna; Áreas urbanas e de expansão urbana; Rodovias, aeroportos, linhas de transmissão, dutos e outras infraestruturas; 19
20 EIA Resultado da análise da solicitação da LP a) Indeferimento do pedido de licença, considerando que o EIA não evidenciou a viabilidade ambiental do empreendimento ou atividade, e publicação no Diário Oficial do Estado o indeferimento; b) Indicação da viabilidade ambiental do empreendimento, com as condições para a Licença de Instalação e Licença de Operação. A análise do empreendimento será feita pelo Plenário do Consema quando solicitado pelo Secretário do Meio Ambiente ou por decisão do Plenário, mediante requerimento de um quarto de seus membros. Sendo este o caso, o Consema emite deliberação aprovando o empreendimento e encaminha à CETESB, que emite a Licença Prévia, fixando seu prazo de validade, e publica no Diário Oficial do Estado.
21 QUESTÕES COLOCADAS PARA DISCUSSÃO Como gerenciar os lixiviados em pequenos aterros sanitários? Como equacionar os aterros em valas? Eles poluem? O que indicam os monitoramentos? Qual é a fase mais crítica do aterro e sua geração de lixiviados? Como trabalhar em função de minimizar a geração dos lixiviados? Aspectos de projeto e operação. Recirculação de lixiviados: pratica possível em que condições? Acelera processos de inertização e produção de biogás? Estabilidade pode ser garantida ou comprometida? Qual a situação dos tratamentos de lixiviados no ESP? Monitoramentos de efluentes tratados. Quais práticas de tratamento se tem conhecimento como aceitáveis perante a legislação estadual? O que podemos estabelecer como práticas adequadas para o gerenciamento de lixiviados nos pequenos, médios e grandes aterros? Do projeto à execução e à eventual remediação. Proposta geral (fluxograma) para gerenciar os lixiviados, segundo a visão da diretoria a que você pertence...
22 QUAL É O OBJETO DESSE ESTUDO? RSU Matéria orgânica 55 a 65 % em massa Umidade 60 a 65 % Recicláveis 25 a 30 % Outros até 5% O QUE ACONTECE NA MASSA DO ATERRO? -Degradação anaeróbia da fração orgânica processo biológico de transformação (não otimizado e não controlado) onde a matéria orgânica é transformada ou estabilizada gerando: - Gases (CH4, CO2, NH4, N2, Compostos de enxofre, vapor) - Perda de massa 20 a 30% (líquidos entre 15 a 25 %) - geração de ácidos orgânicos -Percolação de águas de chuva -Ambiente de reação: levemente ácido propicia a solubilização de alguns metais propicia a dissolução de contaminantes propicia a dissolução sais
23 QUAL SERIA A COMPOSIÇÃO DESSES LÍQUIDOS? - ALTA DBO (ENTRE 2000 E Mg/L) - ALTA DQO - ÁCIDOS ORGÂNICOS; - COMPOSTOS NITROGENADOS - COMPOSTO SUFUROSOS - BAIXAS CONCENTRAÇÕES DE METAIS, INCLUSIVE OS PESADOS - CARGA BACTERIANA
24 QUAL SERIA A VAZÃO DESSES LÍQUIDOS? A DETERMINAÇÃO DA VAZÃO É UMA TAREFA CERCADA DE INCERTEZAS E DEPENDE: - DAS TAXAS DE DEGRAÇÃO (incertas?) - TAXAS DE PRECIPITAÇÃO E INFILTRAÇÃO (depende das condições climáticas, de projeto e operacionais) - TAMANHO DAS FRENTES DE TRABALHO (critério de projeto e operacional) - DO REGIME OPERACINAL NORMALMENTE SE MODELA A VAZÃO UTILIZANDO O MÉTODO DO BALANÇO HIDRÍCO ONDE O PRINCIPAL COMPONENTE É A INFILTRAÇÃO, COM UMA VARIAÇÃO SAZONAL E LIGEIRO RETARDO
25 EXISTEM TÉCNICAS PARA ABATIMENTO DE DBO E REMOÇÃO DE METAIS, COMPOSTOS NITROGENADOS E FÓSFORO? SIM. EXISTEM MÉTODOS PARA ISSO QUE PODEM SER TÃO SOFISTICADOS QUANTO NECESSÁRIO (normalmente são encadeados diferentes processo de tratamento físicos, físicoquímicos e biológicos) POR QUE ENTÃO NÃO EXISTEM SISTEMAS INSTALADOS E OPERANDO NOS ATERROS? - PORTE DO EMPREENDIMENTO; - DIMENSIONAMENTO PARA VAZÃO MÍNIMA, MÉDIA OU MÁXIMA? - DIMENSIONAMENTO PARA CONCENTRAÇÃO MÍNIMA, MÉDIA OU MÁXIMA? - A FORMA E O PONTO DE DESCARTE DOS EFLUENTES INFLUEM NO PROJETO - NÍVEL TECNOLÓGICO E OPERACIONAL DO EMPREENDIMENTO
26 CORPO HÍDRICO RECEPTOR (ÁGUA DOCE, SALINA OU SALOBRA) Indústria Indústria Indústria STAR STAR STAR PE (Artigo 18 Legislação Estadual Artigo 16 Legislação Federal PE (Artigo 19A Legislação PE (Artigo 18 Legislação e Artigo 19A inciso 3 Estadual) Estadual e 16 Legislação (proteção à rede) e PQ Federal) RPC RPC ETE PE (Artigo 18 Legislação Estadual Artigo 16 Legislação Federal) PQ PQ PQ CORPO RECEPTOR
27 Dec. 8468/76 Art Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, direta ou indiretamente, nas coleções de água, desde que obedeçam às seguintes condições: I - ph entre 5,0 (cinco inteiros), e 9,0 (nove inteiros); V - DBO 5 dias, 20ºC no máximo de 60 mg/l (sessenta miligrama por litro). Este limite somente poderá ser ultrapassado no caso de efluentes de sistema de tratamento de águas residuárias que reduza a carga poluidora em termos de DBO 5 dias, 20ºC do despejo em no mínimo 80% (oitenta por cento); VIII - regime de lançamento com vazão máxima de até 1,5 (um vírgula cinco) vezes a vazão média diária. Resolução CONAMA 430/2011 Seção II Das Condições e Padrões de Lançamento de Efluentes d) regime de lançamento com vazão máxima de até 1,5 vez a vazão média do período de atividade diária do agente poluidor, exceto nos casos permitidos pela autoridade competente; - Nitrogênio amoniacal total 20,0 mg/l N
28 Dec. 8468/76 Art. 19-A -Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados em sistema de esgotos, provido de tratamento com capacidade e de tipo adequados, conforme previsto no 4 deste artigo se obedecerem às seguintes condições: II -materiais sedimentáveis até 20 ml/l (vinte mililitros por litro) em teste de 1 (uma) hora em "cone Imhoff"; Art. 19- B - Os efluentes líquidos, excetuados os de origem sanitária, lançados nos sistemas públicos de coleta de esgotos, estão sujeitos a pré -tratamento que os enquadre nos padrões estabelecidos no artigo 19 -A deste Regulamento
29 Resolução SMA-3, de O Secretário do Meio Ambiente, em face da deliberação da Diretoria Plena da CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental que aprovou a necessidade de implementar o controle ecotoxicológico de efluentes líquidos no Estado de São Paulo, Resolve: Artigo 1 - Além de atenderem ao disposto na Lei n 997, de 31 de março de 1976, que institui o Sistema de Prevenção e Controle da Poluição do Meio Ambiente, com regulamentação aprovada pelo Decreto n 8.468, de 8 de setembro de 1976, em especial o disposto em seu artigo 18 e, considerando eventuais interações entre as substâncias no efluente, este não deverá causar ou possuir potencial para causar efeitos tóxicos aos organismos aquáticos no corpo receptor, de acordo com as relações que fixam a toxicidade permissível, como segue:
30 D.E.R = Diluição do Efluente no Corpo Receptor, em % CE50 = Concentração do efluente que causa efeito agudo a 50% dos organismos aquáticos, em um determinado período de tempo, em % CL50 = Concentração do efluente que causa efeito agudo (letalidade) a 50% dos Organismos aquáticos, em um determinado período de tempo, em % CENO = Concentração do efluente que não causa efeito crônico observável, em %
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35 Extraído de Estre (2012) Sistema de impermeabilização inferior: Dupla impermeabilização com sistema de detecção de vazamentos (dreno testemunha) AREIA GROSSA GEOM. PEAD (2mm) GETÊXTIL TUBO. PEAD ( 150mm) AREIA GROSSA GEOM. PEAD (2mm)
36 Extraído de Estre (2012) GEOCOMPOSTO SOLO COMPACTADO GEOM. PEAD (1 mm) Cobertura final: prevê impermeabilização.
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