SISTEMA ODELOUCA-FUNCHO PROJECTO DA BARRAGEM DE ODELOUCA E DO TÚNEL DE INTERLIGAÇÃO ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL RESUMO NÃO TÉCNICO 1 - INTRODUÇÃO...

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1 SISTEMA ODELOUCA-FUNCHO PROJECTO DA BARRAGEM DE ODELOUCA E DO TÚNEL DE INTERLIGAÇÃO ESTUDO DE AMBIENTAL RESUMO NÃO TÉCNICO ÍNDICE Pág. 1 - INTRODUÇÃO ENQUADRAMENTO E JUSTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO CARACTERIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS DO BARLAVENTO ALGARVIO NECESSIDADES DE ÁGUA NO BARLAVENTO ALGARVIO Abastecimento urbano e industrial Necessidades de água para rega ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO E EXPLORAÇÃO DOS RECURSOS NO BARLAVENTO ALGARVIO BREVE CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO CARACTERIZAÇÃO SUMÁRIA DA REGIÃO MATRIZ: SÍNTESE DOS PRINCIPAIS S E MEDIDAS MITIGADORAS ANÁLISE COMPARATIVA DE ALTERNATIVAS CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS I BARRAGEM DE ODELOUCA E TÚNEL DE INTERLIGAÇÃO ODELOUCA-FUNCHO. ESTUDO DE AMBIENTAL. RESUMO NÃO TÉCNICO

2 1 - INTRODUÇÃO O presente documento apresenta, de forma resumida, as principais informações, conclusões e recomendações do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da Barragem de Odelouca e do Túnel de Interligação do Sistema Odelouca-Funcho, que foi desenvolvido para o Instituto da Água (INAG) pela COBA, Consultores de Engenharia e Ambiente. Salienta-se que o empreendimento foi já submetido a Processo de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), entre Junho e Dezembro de 1996, decorrendo a Consulta do Público entre 9 de Setembro e 18 de Outubro do mesmo ano, incluindo a realização de uma Audiência Pública, a 3 de Outubro de 1996, na Casa do Povo de Alferce (freguesia do Concelho de Monchique). Como resultado do Processo de AIA foi exarada a Informação do Senhor Secretário de Estado dos Recursos Naturais, a qual é reproduzida no Anexo I e recomenda a reformulação do EIA anterior no sentido de dar respostas a algumas questões chave. Assim, o presente EIA foi desenvolvido no sentido de dar respostas a essas questões assim como a dúvidas, sugestões e comentários colocados no Parecer da Comissão de Avaliação e no Relatório da Consulta do Público, pela actualização, aprofundamento e/ou complementação das informações contidas no EIA anterior, bem como através da realização de novos estudos. Cabe sublinhar também que, a fim de promover um maior grau de profundidade e de pormenor na análise de alguns aspectos ambientais considerados particularmente sensíveis, bem como dar respostas o mais documentadas possível, em termos científicos, foram realizados paralelamente à elaboração do presente EIA, autonomamente e por especialistas independentes da equipa do EIA, estudos cujos relatórios se encontram reproduzidos no Volume 3: Estudos Independentes Elaborados por Especialistas Externos. Refira-se ainda que, no âmbito dos estudos realizados após o Processo de AIA anterior, procedeu-se ao estudo cuidadoso de uma série de soluções que poderiam, potencialmente, ser consideradas como alternativas à designada Solução 1 de projecto da Barragem de Odelouca, incluindo a consideração de outros locais para a implantação da barragem, outras cotas de pleno armazenamento para a albufeira e a utilização de outras origens de água para suprir a demanda. 1

3 Assim, estabeleceu-se uma análise ambiental comparativa das diversas alternativas que, conjuntamente com a ponderação da problemática técnica e económica, visou auxiliar a eventual selecção das soluções mais habilitadas à compatibilização das múltiplas condicionantes que se colocam para a satisfação dos objectivos do empreendimento. O estudo das soluções alternativas levou a concluir que nenhuma das soluções analisadas constituía uma verdadeira alternativa à Solução 1 de projecto anteriormente estudada, dado que nenhuma delas poderia satisfazer os objectivos estabelecidos, tendo em vista as necessidades estimadas. No entanto, o estudo de soluções alternativas levou também à conclusão que, através da adopção de algumas delas, seria possível obter uma mais-valia ecológica, em detrimento dos benefícios sociais somente alcançáveis com a adopção da Solução 1. Assim sendo, apesar de, como referido anteriormente, não poderem ser satisfeitos com estas outras soluções os objectivos que se pretendem alcançar com o empreendimento, procedeu-se à caracterização técnica e respectiva análise técnica, económica e ambiental das soluções alternativas mais compatíveis com as diversas condicionantes, constando o seu estudo de um volume próprio (Volume 2: Análise de Soluções Alternativas com Redução do Objectivo do Aproveitamento). Desta forma, o Volume 1 do presente EIA, constituído pelo Relatório Base, incide essencialmente sobre a Solução 1 desenvolvida ao nível do Estudo Prévio da Barragem de Odelouca e do Túnel de Interligação, incluindo a análise de alternativas em termos do tipo de barragem e respectivos órgãos hidráulicos. O Relatório Base apresenta as informações consideradas mais relevantes sobre o empreendimento, as questões fundamentais levantadas ao longo dos vários estudos ambientais sectoriais realizados, os impactes positivos e negativos associados e medidas de controlo que minimizem os impactes negativos detectados e que potencializem os benefícios que estão associados ao empreendimento, sobretudo considerando-o como parte integrante do Sistema de Aproveitamento Hidráulico de Odelouca-Funcho. Integram também o EIA, as peças desenhadas (Desenhos), que ilustram alguns dos descritores analisados nos estudos, localizando o empreendimento e delimitando áreas e aspectos considerados críticos. 2

4 O presente Resumo Não Técnico apresenta, de forma resumida, as principais informações, recomendações e conclusões do EIA, tendo sido efectuado na forma de um texto conciso, objectivo e de linguagem acessível, com o intuito de possibilitar a divulgação generalizada das questões fundamentais, por forma a poder ser apreendido pelo público em geral interessado. Nos Anexos são apresentados documentos que contêm informações ou dados mais pormenorizados e aprofundados e que permitam a justificação e complementação técnicocientífica e legal sobre as diversas matérias tratadas nos diferentes volumes que integram o EIA. Dada a natureza e as características do empreendimento, o Estudo de Impacte Ambiental em apreço, como elemento fundamental do processo de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), foi desenvolvido tendo em consideração as orientações contidas nos Decretos-Lei nº 186/90 de 6 de Junho e nº 278/97 de 8 de Outubro e nos Decretos Regulamentares nº 38/90 de 27 de Novembro e nº 42/97 de 10 de Outubro, que regem o processo de AIA em Portugal e que introduzem no direito interno as normas constantes da Directiva nº 85/337/CEE de 27 de Junho. 3

5 2 - ENQUADRAMENTO E JUSTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO A Barragem de Odelouca e o Túnel de Interligação Odelouca-Funcho fazem parte do Aproveitamento Hidráulico do Sistema Odelouca-Funcho, sistema que visa o armazenamento e o fornecimento de água para satisfazer as necessidades hídricas de abastecimento público e de rega para o Barlavento Algarvio. Este sistema tem como objectivo a regularização dos caudais que afluem ao rio Arade e à ribeira de Odelouca, e integra as seguintes infraestruturas (Figura 2.1): a Barragem do Funcho (em exploração) a Barragem do Arade (em exploração) a Barragem de Odelouca o Túnel de Interligação do Sistema Odelouca-Funcho o Adutor Funcho-Alcantarilha (já construído) a ETA de Alcantarilha (em construção) o Adutor Alcantarila-Sobral/Serras, incluindo o reservatório de Serras e o reservatório de Sobral (parte em construção, parte em projecto) As Redes de Distribuição Primária para rega e para abastecimento público (em projecto) A construção desta barragem possibilitará a regularização parcial dos escoamentos gerados na bacia da ribeira de Odelouca, a mais produtiva do Barlavento Algarvio, aumentando significativamente os recursos disponíveis e possibilitando uma gestão mais racional dos mesmos, evitando-se muitos dos problemas associados à escassez e à baixa qualidade de água actualmente existentes. Os volumes de água disponibilizados pela albufeira de Odelouca, serão destinados quase exclusivamente ao abastecimento urbano dos concelhos do Barlavento Algarvio, através do Sistema Multimunicipal do Barlavento, actualmente em construção. Uma pequena parte dos recursos, será reservada para manutenção de caudais ecológicos a jusante da barragem e para rega de cerca de 300 ha de regadios existentes no vale a jusante e que seriam directamente prejudicados pela construção da obra CARACTERIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS DO BARLAVENTO ALGARVIO Não sendo extraordinariamente abundantes, os recursos hídricos do Barlavento Algarvio são, apesar de tudo, significativos, quer em termos de águas subterrâneas, quer de águas superficiais. 4

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7 (a) Recursos Subterrâneos do Barlavento Algarvio Os recursos subterrâneos do Barlavento Algarvio concentram-se na faixa litoral, a sul da zona da serra Algarvia, em formações de natureza essencialmente calcária e dolomítica. Dadas as condições hidrogeológicas e climáticas prevalecentes, os aquíferos da zona mais afastada do mar (Silves-Querença, Almádena-Odeáxere, Covões e Mexilhoeira-Portimão), são bastante produtivos e livres de problemas de intrusão salina. Pelo contrário, os aquíferos da zona junto à costa (Quarteira, Algibre, Albufeira, Alcantarilha, Portimão, Sagres) são de menor dimensão, pouco recarregados e muito sujeitos a problemas de intrusão salina e de poluição. Estudos recentes (INAG, 1997) permitem estimar para os aquíferos mais afastados do mar, cobrindo uma área 450 km 2, recursos médios renováveis da ordem de 120 hm 3 /ano, dos quais 90 hm 3 referentes ao aquífero de Silves-Querença. No que se refere aos aquíferos da zona junto à costa, cobrindo uma área de 250 km 2, a quantificação dos recursos é mais difícil, podendo admitir-se para os recursos médios renováveis valores da ordem de 40 a 50 hm 3 /ano. No que se refere aos valores indicados, existe uma considerável margem de incerteza quanto aos reais valores dos recursos subterrâneos renováveis sendo os valores bastante díspares, consoante os autores. Por outro lado, deve ter-se em atenção que os recursos médios renováveis não serão totalmente utilizáveis, uma vez que a distribuição espacial não uniforme das captações não permitirá a exploração 100% eficiente dos recursos teóricos. Tendo em conta estes factos poderá considerar-se que os recursos subterrâneos utilizáveis a longo prazo corresponderão a 75% dos recursos médios renováveis nos aquíferos mais afastados do mar e de 50% nos aquíferos da zona costeira, mais sujeitos a riscos de salinização. Estimar-se-ão então os recursos subterrâneos totais utilizáveis no Barlavento em 105 hm 3, dos quais 70 hm 3 concentrados no aquífero de Silves-Querença. No que se refere à qualidade da água subterrânea, ela apresenta-se geralmente bastante mineralizada por efeito da composição das rochas que formam o aquífero, embora os aquíferos mais interiores apresentem água de melhor qualidade que os da zona costeira. Dada a prática agrícola intensiva, existe um forte risco de contaminação dos aquíferos Silves-Querença e Almádena-Odeáxere, com produtos de origem agrícola (nomeadamente 5

8 nitratos e fosfatos), existindo já indícios de contaminação nalguns locais. Esta contaminação é difusa e de difícil controlo, com tendência a agravar-se a médio prazo. (b) Recursos Superficiais do Barlavento Algarvio No que se refere aos recursos em águas superficiais do Barlavento Algarvio, a sua produção concentra-se essencialmente na orla Norte da região (zona da Serra), constituída por formações xistentas impermeáveis. Quando as linhas de água nascidas na serra penetram na orla sedimentar, observam-se perdas muito importantes de escoamento for infiltração. Nestas condições, apenas deverá ser considerada a regularização das águas superficiais até ao limite Sul das formações xistosas, ou seja da zona da Serra. Das bacias da região, as mais importantes são, sem dúvida, as da ribeira de Odelouca e do rio Arade, com valores de escoamento médio anual de 151,5 e 60 hm³/ano, respectivamente, no limite sul das formações impermeáveis. As outras ribeiras da região (Quarteira, Alcantarilha, Boina, Torre, Farelo, Arão, Odeáxere e Bensafrim) produzem em conjunto cerca de 100 hm³/ano, e exigiriam para o seu aproveitamento a construção de um grande número de pequenas barragens. Dadas as características climáticas da região, os escoamentos são muito variáveis, quer ao longo do ano quer de ano para ano. Os cursos de água têm carácter intermitente, com cheias fortes e de curta duração no Inverno, e longos períodos de estiagem com caudal praticamente nulo. Dada a referida variabilidade, a utilização de águas superficiais impõe a criação de albufeiras que permitam armazenar água nos anos húmidos e transferi-la para os anos secos. Uma vez que a oscilação de afluências é acentuada e as secas muitas vezes prolongadas, será necessário dispor de albufeiras com capacidade de armazenamento significativa para poder regularizar minimamente as afluências. Mesmo com albufeiras com capacidade significativa, não será possível regularizar mais de 60% das afluências médias anuais, pelo que no Barlavento poder-se-ia dispor, potencialmente de 180 hm³/ano, uma vez regularizadas todas as linhas de água. Em termos de qualidade, as águas superficiais do Barlavento Algarvio apresentam geralmente qualidade razoável, com baixa mineralização. 6

9 2.2 - NECESSIDADES DE ÁGUA NO BARLAVENTO ALGARVIO Abastecimento urbano e industrial A estimativa das necessidade de água para satisfação dos usos urbanos no Barlavento Algarvio propõem-se satisfazer as necessidades hídricas dos seguintes concelhos: Albufeira Lagoa Lagos Loulé Portimão Silves Vila do Bispo As necessidades de água dependerão de três factores essenciais: população (fixa e flutuante), sazonalidade e taxas de ocupação e capitações. Assim, foram equacionadas as estimativas de população residente actual e prevista no ano 2025, bem como o número de camas disponíveis para a actividade turística na região (população flutuante). Como é sabido, a actividade turística está sujeita a uma acentuada sazonalidade que faz variar fortemente as taxas de ocupação ao longo do ano; um dos objectivos da indústria turística é exactamente a redução dessa sazonalidade, mediante o aumento das taxas de ocupação, principalmente na época baixa. Este aumento parece compatível com a tendência actualmente verificada no que se refere ao aumento de turistas (principalmente reformados) que em número crescente procuram o Sul da Europa durante o Inverno. Dadas as características da ocupação sazonal, as capitações deverão considerar os consumos que dependem da ocupação efectiva e aqueles que são fixos e dependem apenas do número de alojamentos (por exemplo os referentes a rega de jardins, limpeza e manutenção, etc.). Tendo em conta os factores anteriormente considerados, foram estimados os consumos urbanos, actuais e no ano

10 As necessidades de água do pequeno comércio e indústria incluídos na malha urbana estão consideradas nas capitações da população residente. No que se refere a unidades industriais de grande dimensão, os consumos são reduzidos, não excedendo actualmente 2 hm 3 /ano, prevendo-se para 2025 uma dotação industrial de 5 hm 3 /ano. Todas as redes de distribuição apresentam perdas de água que dependem das características da rede e do seu estado de conservação. Em Portugal, as perdas nas redes municipais são geralmente muito elevadas, oscilando entre 35 e 45% dos volumes injectados à cabeça da rede. Julga-se ser possível reduzir as perdas até cerca de 25% do volume injectado, traçando-se como objectivo (ambicioso) atingir 22% de perdas no ano Entrando em linha de conta com os valores anteriormente indicados, poderão estimarse as necessidades na origem de água para abastecimento urbano e industrial que se indicam no Quadro 2.1: Quadro Necessidades de Água na Origem para Consumo Urbano e Industrial no Barlavento Algarvio (hm³/ano) Actual Previsão para 2025 Consumo urbano 24,6 47,7 Consumo industrial 2,0 5,0 Perdas nas redes 22,1 21,7 TOTAL 48,7 74, Necessidades de água para rega No que se refere à rega, a área actualmente beneficiada ronda ha, dos quais são regados com águas subterrâneas (principalmente a partir do aquífero de Silves- Querença, de onde são extraídos para este fim cerca de 42 hm³/ano) e 2500 são regados com águas superficiais (blocos de Lagoa-Silves e de Bravura, alimentados pelas albufeiras de 8

11 Arade e Bravura). As necessidades de rega destes perímetros, admitindo uma dotação média de 7000 m³/ha, rondarão 70 hm³/ano. Se houvesse disponibilidade de água, num futuro mais ou menos próximo, poderiam ser beneficiados mais ha de área útil, atingindo-se um total de ha, com necessidades de água da ordem de 190 hm³/ano (COBA/INAG, 1994b). Destes potenciais novos ha de regadios, cerca de ha serão regados por águas superficiais com origem na albufeira do Funcho (blocos de Sobral e Serras, a sul de Alcantarilha) ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO E EXPLORAÇÃO DOS RECURSOS NO BARLAVENTO ALGARVIO Conforme se referiu anteriormente estão potencialmente disponíveis no Barlavento Algarvio cerca de 285 hm 3 /ano de água, dos quais 105 hm 3 /ano provenientes de origens subterrâneas e 180 hm³/ano de origens superficiais. No entanto, desses 285 hm³/ano só estão actualmente disponíveis cerca de 130 hm³/ano, ou seja: 80 hm³/ano de águas subterrâneas, concentrados nos aquíferos setentrionais. 50 hm³/ano de águas superficiais (barragens de Arade, Bravura e Funcho) Com efeito, por razões de qualidade e dada a dificuldade de controlo das explorações agrícolas, a exploração dos aquíferos da zona costeira não deve ser aumentada, pelo menos para consumo humano, devendo-se deixá-los recuperar durante alguns anos da sobreexploração a que foram submetidos, retomando-se posteriormente a sua utilização de forma cuidadosa (com um limite de 20 hm 3 /ano). Por outro lado, a maior parte das águas superficiais não é utilizável por falta de capacidade de regularização. No que se refere às necessidades globais, elas são actualmente de cerca de 110 hm³/ano (70 para rega e 40 para abastecimento público), prevendo-se que a médio prazo (ano 2025) elas possam atingir, em caso limite, 245 hm³/ano (150 para rega, 75 para abastecimento e 20 hm³/ano para caudal ecológico e reserva estratégica). 9

12 Uma vez que, como se referiu anteriormente, estão neste momento disponíveis apenas 130 hm³/ano, já incluindo a totalidade dos recursos subterrâneos exploráveis em segurança, torna-se claro que a satisfação das necessidades previsíveis a médio prazo implica necessariamente a mobilização de novas origens de água superficial. Não sendo discutível a necessidade de desenvolvimento de novas origens de água superficial, as principais questões que se colocam são portanto as seguintes: Qual a nova origem de água superficial a desenvolver? Que tipo de desenvolvimento a seguir (uma grande barragem ou várias mais pequenas)? Que usos a dar à nova origem de água? Qual a capacidade de regularização da albufeira? Qual a localização e dimensões da obra? (a) Origens Superficiais a Desenvolver No que se refere a esta questão, verifica-se que, para o ano 2025, se prevêem consumos da ordem de 245 hm 3 /ano, ou seja, mais 115 hm 3 /ano que os recursos actualmente disponíveis. Mesmo admitindo que, nessa altura, se poderão já extrair em segurança 20 hm 3 /ano dos aquíferos meridionais, verificar-se-á um défice de 95 m 3 /ano a colmatar por origens superficiais. Ora, um volume desta magnitude só poderá ser fornecido pela ribeira de Odelouca, a qual deverá portanto ser posta em exploração com certa celeridade. (b) Uma barragem grande ou várias mais pequenas A mobilização dos recursos da ribeira de Odelouca poderá ser conseguida com uma única barragem de grandes dimensões, ou por várias barragens mais pequenas distribuídas ao longo da bacia e com capacidade de armazenamento global igual à da albufeira grande. A construção de uma única barragem é preferível sob o ponto de vista económico à alternativa de múltiplas barragens mais pequenas, por razões facilmente compreensíveis (economia de escala). Mas, principalmente, é igualmente preferível sob o ponto de vista ambiental, uma vez que: um grande número de pequenas barragens provoca maiores impactes no ambiente que uma única barragem capaz de cumprir as mesmas funções, dada a maior 10

13 área a ocupar e a necessidade de construção de um maior número de infraestruturas de transporte e adução. (c) Usos a dar à nova origem de água e a problemática do tratamento da água É facto bem reconhecido que a situação do abastecimento de água potável à região do Barlavento Algarvio, quase totalmente dependente da exploração de recursos subterrâneos, se encontra numa situação insustentável, quer em termos de quantidade quer de qualidade da água, sendo urgente encontrar uma alternativa a grande parte das origens actualmente em exploração. A utilização dos aquíferos mais afastados da zona costeira (particularmente o de Silves-Querença) para abastecimento urbano, não constitui uma alternativa viável, dado a água do aquífero fazer falta para ser utilizada na rega dos solos sobrejacentes ( ha) e o facto de o processo de rega e as características geológicas do aquífero (rochas calcárias com elevado grau de carsificação) induzirem a sua contaminação com poluentes de origem agrícola. Havendo competição entre a rega e o consumo urbano para acesso ao mesmo aquífero, deverá ser dada prioridade à rega, visto que o pedido de rega é distribuído ao longo do aquífero e, assim, a sua exploração poderá ser efectuada de modo racional mediante um grande número de furos abertos ao longo de toda a sua extensão, sendo dispensáveis grandes estruturas de transporte de água. Pelo contrário, a utilização dos aquíferos para uso urbano tende a ser feita por meio de um número limitado de furos, muito concentrados, não sendo portanto possível a exploração homogénea do aquífero. Por outro lado, a centralização das origens de água superficial permite um melhor controlo de qualidade e um tratamento mais consistente que o conseguido com múltiplas origens e diversas pequenas estações de tratamento, além de permitir uma gestão mais equilibrada dos recursos, principalmente em anos de escassez de água. O plano de desenvolvimento dos recursos hídricos do Barlavento Algarvio, actualmente em curso, propõe em linhas gerais o seguinte modo de alocação dos recursos disponíveis: 11

14 Os recursos subterrâneos serão utilizados para rega dos solos agrícolas sobrejacentes; Os recursos superficiais serão utilizados para abastecimento urbano e para complemento de rega de zonas deficitárias em recursos subterrâneos (essencialmente na orla costeira); (d) Capacidade de regularização da albufeira Levanta-se agora a questão de saber qual a capacidade de regularização que deverá ter a nova albufeira, uma vez que se pretende satisfazer as necessidades de água para consumo urbano exclusivamente com origens superficiais, de melhor qualidade. Dos recursos superficiais já em exploração, apenas 5 hm 3, provenientes da barragem da Bravura, estão alocados a usos urbanos. Os restantes 40 hm 3 estão alocados a actividades agrícolas e estão portanto indisponíveis para outros usos. Deste modo, a albufeira de Odelouca deverá poder fornecer o restante, ou seja, 70 hm 3 no ano Além disso, a albufeira deverá permitir manter a jusante um caudal ecológico conveniente (3 hm 3 /ano, garantidos no período de estiagem, ou seja, um mínimo de 200 l/s). Finalmente, a albufeira deverá continuar a permitir a rega de 300 ha localizados no vale a jusante da barragem, e que seriam afectados pela redução de caudais induzida pela construção da barragem (2 hm 3 /ano). Uma vez que a evolução futura dos consumos não é perfeitamente conhecida, pretende-se ainda que a albufeira possa, por segurança, fornecer 10 hm 3 /ano adicionais, que serão mantidos como reserva estratégica e cujo uso final será decidido no futuro, conforme a evolução da situação o determine. Ou seja, a albufeira de Odelouca deverá ser dimensionada para fornecer, com os níveis de garantia habituais pelo menos cerca de = 85 hm 3 /ano. 12

15 No estudo de análise de alternativas, com o objectivo de obter menores impactes ecológicos, foi decidido abandonar a manutenção da reserva estratégica, pelo que a albufeira de Odelouca deverá ser dimensionada para fornecer, =75 hm³/ano. (e) Localização e dimensões da albufeira Dadas as características topográficas e hidrológicas dos diversos locais estudados, verifica-se ser difícil regularizar mais de 60% das afluências médias anuais à secção de barragem (valor este que é aliás comum nas barragens existentes no Algarve), Logo, para regularizar o volume necessário, será necessário seleccionar um local com afluências médias anuais da ordem de 85/0,6=141 hm 3 /ano (Solução 1 - ver Capítulo 3) ou da ordem de 75/0,6 = 125 hm³/ano (Soluções 2 e 3 - ver Capítulo 3). Ora, locais com estas características apenas se encontram na ribeira de Odelouca, perto da confluência com a ribeira de Monchique. Com efeito, imediatamente a jusante desta confluência o escoamento anual médio é da ordem de 151,5 hm 3 /ano, dos quais 121,5 hm³ provêm da ribeira de Odelouca e 30 hm³ da ribeira de Monchique. Poderão, portanto, encarar-se locais imediatamente a jusante, ou imediatamente a montante da confluência da ribeira de Monchique. Conforme já se referiu, dadas as características do nosso clima, as afluências são muito irregulares, observando-se frequentemente anos com escoamentos inferiores a 10 hm³ e outros em são ultrapassados 300 hm³. Nestas condições, para poder obter a capacidade de regularização requerida, será necessário dispor de uma capacidade de armazenamento relativamente elevada a qual está no entanto limitada pelo facto de o nível de pleno armazenamento (NPA) da albufeira não poder ultrapassar a cota 102 m de modo a não submergir a povoação de S. Marcos da Serra. Foi este o valor considerado na Solução 1, em que a capacidade útil da albufeira criada será de 196 hm³. Pelos motivos expostos, estudaram-se duas soluções alternativas, uma no mesmo local da Solução 1 (Solução 2) e outra a montante da confluência da ribeira de Monchique (Solução 3). Para a solução 2, considerou-se o NPA à cota (96), sendo a capacidade útil da albufeira de, aproximadamente, 160 hm³. Para a Solução 3, a capacidade útil de 13

16 armazenamento, conseguida como NPA à cota (102), será de apenas 135 hm³, ou seja, 69% da capacidade máxima que pode ser obtida com a Solução 1. 14

17 3 - BREVE CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO Como referido anteriormente, procedeu-se ao estudo de uma série de soluções que poderiam, potencialmente, ser consideradas como alternativas à designada Solução 1 de projecto da Barragem de Odelouca. Com base nesse estudo, concluiu-se que, restringindo o pedido definido para o sistema, ou seja, reduzindo os benefícios sociais do aproveitamento, era possível obter uma mais-valia ecológica caso fossem adoptadas algumas das soluções alternativas estudadas. Assim, seleccionaram-se duas outras soluções (soluções 2 e 3), que se consideraram tecnicamente mais viáveis e que, potencialmente, poderiam permitir uma compatibilização satisfatória das múltiplas condicionantes e dos diversos problemas em apreço. Faz-se, neste capítulo, a análise das condições de implantação da barragem e dos seus órgãos hidráulicos anexos para as Soluções 1, 2 (no mesmo local que a Solução 1, com o NPA à cota 96) e 3 (a montante da confluência com a ribeira de Monchique, junto à tomada do túnel de interligação Odelouca-Funcho, com o NPA à cota 102). Refira-se, ainda, que não serão descritas, em detalhe, as alternativas quanto ao tipo de barragem a construir (em aterro, ou em betão), uma vez que os impactes identificados não diferem grandemente, entre elas e, como tal, em termos ambientais, não é crítica a escolha por um ou outro tipo de barragem. (a) Hidrologia as seguintes: Em termos hidrológicos as principais características associadas a cada solução, são Hidrologia Solução 1 Solução 2 Solução 3 Ribeira Odelouca Odelouca Odelouca Área da bacia na secção da barragem 445 km² 445 km² 385 km² Volume anual médio afluente 151,5 hm³ 151,5 hm³ 121,2 hm³ 15

18 O empreendimento, como considerado neste EIA, compreende a barragem, respectivos órgãos hidráulicos (descarregador de cheias, derivação provisória), e túnel de interligação Odelouca-Funcho. (b) Barragem O local de implantação da barragem previsto nas Soluções 1 e 2, situa-se cerca de 600 m a jusante da confluência das ribeiras de Odelouca e Monchique. No caso da Solução 3, o local previsto para implantação da barragem situa-se na ribeira de Odelouca, a montante da confluência com a ribeira de Monchique, junto ao túnel de interligação Odelouca-Funcho. No Desenho nº 01 anexo, encontram-se localizadas as soluções em estudo. As principais características da barragem, de acordo com as soluções alternativas em estudo, serão as seguinte: Barragem Solução 1 Solução 2 Solução 3 Cota do coroamento (106) (102) (106) Comprimento do coroamento 444,5 m 440 m 360 m Altura máxima 82 m 75 m 73 m Volume de materiais de aterro m³ m³ m³ (c) Albufeira As principais características da albufeira de Odelouca, de acordo com as soluções alternativas em estudo, são as seguintes: Solução 1 Solução 2 Solução 3 Nível de Pleno Armazenamento (NPA) 102 m 96 m 102 m Volume total 248,3 hm³ 193,4 hm³ 160,8 hm³ Volume útil 196 hm³ 160 hm³ 135 hm³ Área inundada 10 km² 8,5 km² 7,3 km² 16

19 A concepção geral do descarregador de cheias, da derivação provisória, da descarga de fundo e da tomada de água, dependerão do tipo de barragem a construir (aterro ou betão), pelo que a sua descrição sendo demasiado exaustiva e técnica não faz sentido no presente contexto. Deve somente referir-se que enquanto nas soluções de aterro, os órgãos hidráulicos se localizam, normalmente, fora do corpo da barragem, nas de betão estes órgão são aí instalados. (d) Túnel de Interligação do Sistema Odelouca-Funcho O túnel de interligação do sistema Odelouca-Funcho, com cerca de m de extensão e 3 m de diâmetro, ligará a albufeira de Odelouca ao adutor Funcho-Alcantarilha, possibilitando a utilização da água armazenada nesta albufeira no abastecimento de água ao Barlavento Algarvio. Simulação de Exploração da Albufeira A construção da Barragem de Odelouca permitirá a regularização de parte significativa das afluências da ribeira de Odelouca. Uma grande percentagem dos volumes assim regularizados serão destinados ao abastecimento público através do novo Sistema Multimunicipal de Abastecimento do Barlavento Algarvio, actualmente em fase de implementação e que se prevê venha a entrar em serviço no Verão de As disponibilidades remanescentes serão destinadas ao regadio, sendo ainda reservada uma pequena parte da água da albufeira de Odelouca para manutenção de caudais ecológicos e para a rega dos terrenos agrícolas a jusante da barragem. O aproveitamento de Odelouca não funcionará isoladamente, estando integrado num sistema de aproveitamentos hidráulicos que inclui ainda as barragens do Funcho e do Arade, no rio Arade. A exploração dos componentes deste sistema far-se-á de forma conjunta, de modo a maximizar as suas potencialidades; nestas condições, a capacidade efectiva de regularização da albufeira de Odelouca corresponderá ao acréscimo de capacidade relativamente ao sistema Arade-Funcho, já em exploração. 17

20 Procedeu-se à simulação da exploração do sistema Odelouca-Funcho-Arade, considerando a necessidade de fornecimento de 80 hm 3 /ano para abastecimento público. Considerou-se ainda a necessidade de manutenção de caudais ecológicos a jusante de Odelouca, tendo-se adoptado para estes caudais os seguintes valores: caudal anual médio: >10% do caudal anual médio natural (15 hm 3 /ano); caudal mínimo garantido: 2% do caudal anual médio natural (3 hm 3 /ano). O resto da capacidade de regularização será destinado a rega. Deverá ter-se em conta que o sistema terá de fornecer pelo menos 35 hm 3 para rega, correspondentes ao volume actualmente disponível com a exploração do sistema Funcho-Arade e ainda mais 2 hm³/ano para rega dos terrenos no vale a jusante da barragem (cerca de 300 ha), ou seja, o sistema global deverá permitir a rega de = ha. No cenário analisado a transferência entre a albufeira de Odelouca e o adutor Funcho- Alcantarilha, efectuar-se-á por meio do túnel de derivação previsto. Com a albufeira de Odelouca cheia e duas tomadas de água abertas, o sistema de interligação poderá transferir até 20 m 3 /s, ou seja mais de 50 hm 3 por mês, superior à capacidade útil total da albufeira do Funcho, pelo que não existirá nenhuma restrição prática a esta transferência. Como referido anteriormente, o estudo de soluções alternativas a Solução 1, levou a concluir que as mesmas só serão viáveis, caso se verifique uma redução do pedido de água. Assim, procedeu-se também à simulação do sistema Odelouca-Funcho-Arade, considerando a necessidade de fornecimento de 70 hm³/ano para abastecimento público. Considerou-se também a necessidade de manutenção de caudais ecológicos a jusante da barragem, adoptando os mesmos valores para o caudal anual médio (15 hm³/ano) e para o caudal mínimo garantido (3 hm³/ano), bem como a necessidade de o sistema fornecer 35 hm³/ano para rega. Com base nestes pressupostos e mediante a adopção de regras que garantam uma exploração equilibrada do sistema, obtiveram-se os valores de capacidade de armazenamento útil na albufeira de Odelouca capazes de garantir o fornecimento dos volumes pedidos, bem como as cotas necessárias para o Nível de Pleno Armazenamento (NPA) das albufeiras relativas a soluções alternativas a jusante e a montante da confluência da ribeira de Monchique. 18

21 Conclui-se que, para satisfazer o pedido de 70 hm³/ano para abastecimento, a albufeira a montante da confluência com a ribeira de Monchique deveria ter a cota para o NPA à (106) o que se revela impossível pelos problemas causados pela inundação da zona de S. Marcos da Serra, pelo que a cota máxima a adoptar é a (102). Nestas condições verificou-se que, com a barragem a montante da confluência com a ribeira de Monchique, o sistema Odelouca-Funcho só poderia fornecer 65 hm³/ano de água para abastecimento, faltando portanto 5 hm³/ano (dado serem necessários 70 hm³/ano), que teriam de ser cobertos pelos recurso a águas subterrâneas. Assim, em termos do serviço prestado pelas soluções em estudo, tem-se: Solução Localização Cota do NPA Água para Abastecimento (hm³/ano) 1 Jusante da ribeira de Monchique (102) 80 2 Jusante da ribeira de Monchique (96) 70 3 Montante da ribeira de Monchique (102) 65 19

22 4 - CARACTERIZAÇÃO SUMÁRIA DA REGIÃO O empreendimento em apreço irá localizar-se na região Algarvia, abrangendo uma zona de transição entre o Barrocal e a Serra do Barlavento Algarvio. A barragem de Odelouca situar-se-á no concelho de Monchique e a sua albufeira ocupará áreas deste concelho (nas freguesias de Monchique e Alferce) e do concelho de Silves (nas freguesias de Silves e S. Marcos da Serra), ambos pertencentes ao distrito de Faro. O túnel de interligação do sistema Odelouca-Funcho desenvolver-se-á a partir da albufeira de Odelouca numa zona do concelho de Monchique, para em seguida percorrer grande parte do seu traçado pelo concelho de Silves. A barragem será implantada no vale da ribeira de Odelouca, a cerca de 60 km da nascente dessa ribeira encontrando-se em estudo duas localizações possíveis, distantes entre si de cerca de 2 km, uma a montante e outra a jusante da confluência das ribeiras de Odelouca e Monchique; a albufeira irá estender-se por uma zona essencialmente florestal, de escassa ocupação humana (povoamento disperso), com excepção da zona mais a montante, entre Sapeira e S. Marcos da Serra onde o espaço agrícola é mais expressivo devido à proximidade a estes aglomerados urbanos e às características de aptidão do solo para esta actividade. A área em estudo insere-se na zona de serra, de grandes variações altimétricas, com vertentes inclinadas e vales profundos e sinuosos. Trata-se de um relevo tipicamente xistento que se encontra de acordo com as formações xisto-grauváquicas presentes. O rigor da orografia torna-se mais suave para montante, ultrapassada a zona serrana. De acordo com o substracto geológico, os solos dominantes na área em estudo são muito delgados, solos esqueléticos de xistos em situação topográfica bastante declivosa, o que determina elevados riscos de erosão, pelo que, praticamente toda a área em análise foi incluída na Reserva Ecológica Nacional (REN); estes solos são ainda classificados, de um modo geral, na classe de capacidade de uso muito baixa (Classe E), à excepção da zona entre Sapeira e S. Marcos da Serra, em que se encontram solos de capacidade de uso elevada (Classes A e B), encontrando-se nesta zona as manchas mais expressivas de Reserva Agrícola Nacional (RAN), no contexto da área em estudo. A ribeira de Odelouca, principal afluente do rio Arade (maior bacia hidrográfica do Barlavento Algarvio), situa-se na Serra Algarvia, estendendo-se desde a sua nascente, na 20

23 serra do Caldeirão, até à confluência com o rio Arade, já próximo de Silves, percorrendo uma extensão de cerca de 100 km e drenando uma área total de cerca de 520 km 2. Do ponto de vista hidrogeológico, os terrenos interessados são pobres em recursos, em geral associados a formações com permeabilidade de fractura e fracas produtividades (cerca de 50 m 3 /dia/km 2 ). No que se refere à qualidade da água, apesar de os dados disponíveis serem indicadores de boa qualidade, o inventário das fontes poluidoras localizadas na área da bacia indicia que as ribeiras de Odelouca e Monchique funcionam como meio receptor de efluentes com elevada carga contaminante, provenientes particularmente de suiniculturas, lagares de azeite e aglomerados populacionais. Confirmando esta situação, têm-se observado, periodicamente, episódios de mortandade de peixes (ex.: Junho de 1997), os quais ocorrem na sequência de descargas efectuadas nos cursos de água. Quanto às águas subterrâneas, é possível afirmar que, em termos regionais, a qualidade da água dos aquíferos da Orla Algarvia, à luz das actuais normas de qualidade da água para consumo humano (Decreto-Lei nº 74/90 de 7 de Março) e dos conhecimentos actuais, está na maioria das vezes abaixo da qualidade definida pelos padrões estabelecidos pelos VMRs (Valor Máximo Recomendável). Refira-se também que a zona em estudo possui elevado interesse conservacionista, encontrando-se uma parte da área classificada como Biótopo CORINE (sítio Serra de Monchique - nº 111), atendendo às características dos biótopos presentes, marcados sobretudo pelas vastas áreas de matos mediterrânicos e pelas galerias ripícolas que marginam as principais linhas de água, habitats estes que albergam variadas espécies faunísticas, de onde se destacam o lince-ibérico, algumas aves de rapina e algumas espécies de peixe (o barbo-do-sul e a boga-portuguesa) pelo seu estatuto de conservação. Destaca-se ainda, como particularmente relevante ao nível de conservação dos habitats naturais e da flora e fauna selvagens, a inclusão da área da bacia hidrográfica da ribeira de Odelouca, abrangida pela albufeira da barragem, no sítio de Monchique que integra a lista nacional de sítios (1ª fase) de interesse comunitário (Rede Natura 2000), de acordo com a Resolução do Conselho de Ministros nº 142/97, de 28 de Agosto, no âmbito do estipulado pela Directiva dos Habitats (Directiva nº 92/43/CEE, do Conselho, de 21 de Maio, transpostas para o direito português pelo Decreto-Lei nº 226/97, de 27 de Agosto). 21

24 Relativamente à qualidade do ar na região em apreço, tendo em consideração a análise das informações existentes e analogias com situações similares, a mesma deverá ser boa, sendo expectável que os níveis de contaminantes atmosféricos se situem significativamente abaixo dos valores limite de concentrações referidas na legislação portuguesa e comunitária. Considera-se também, ainda que não se conheçam dados específicos, que a região em análise é pouco ruidosa, devido ao seu carácter predominantemente agrícola e florestal, devendo os níveis acústicos existentes assumir valores relativamente baixos, associados ao ruído ambiente natural da zona. Paisagisticamente, a área em estudo integra-se no cenário de elevado valor paisagístico característico da serra de Monchique, sendo que os elementos visuais característicos da paisagem encontram-se intimamente relacionados com os usos do solo e os factores sócio-culturais a ele associados. No que se refere à ocupação do solo, pode dizer-se que a área em estudo é tipicamente serrana, encontrando-se quase completamente despovoada e apresentando, no seu conjunto, solos com aptidão predominantemente florestal. Refira-se, contudo, a zona situada entre Sapeira e S. Marcos da Serra correspondente a uma baixa aluvionar com aptidão predominantemente agrícola. Aqui destacam-se as culturas hortícolas, associadas a pequenos olivais; a cultura arvense de regadio faz-se também representar em pequenas manchas, o mesmo acontecendo com um ou outro pomar de citrinos. Destaca-se ainda a utilização quase exclusivamente agrícola da baixa aluvionar que se estende, praticamente, desde a confluência das ribeiras de Monchique e Odelouca, até à confluência da ribeira de Odelouca com o rio Arade. Em termos do património cultural construído e arqueológico, o destaque vai para as termas da Fonte Santa da Fornalha, localizadas em Alferce, próximo da ribeira de Monchique e que possui, essencialmente, um elevado valor etnográfico, particularmente para a população local. Refira-se, no entanto, que as estruturas presentes no local estão extremamente degradas. 22

25 5 - MATRIZ: SÍNTESE DOS PRINCIPAIS S E MEDIDAS MITIGADORAS No Quadro 5.1 é apresentada, sob a forma de uma matriz, uma síntese dos principais impactes ambientais associados à construção e exploração do empreendimento, bem como das medidas preconizadas para o seu controlo e valorização. Salienta-se que os impactes foram analisados tendo em atenção algumas das suas características, nomeadamente: natureza: negativo, positivo ordem: directo, indirecto duração: permanente, temporário magnitude (ou grau de afectação): baixa, moderada, elevada Cabe destacar, que a análise foi efectuada distinguindo-se a fase do empreendimento (construção ou exploração) em que se origina o impacte, existindo vários casos em que o impacte tem origem na fase de construção e persiste na fase de exploração, nomeadamente os de carácter permanente. A avaliação global dos impactes foi efectuada com base nessas características e em outras informações, tais como expectativas da população, características específicas dos locais, aspectos críticos e/ou sensíveis e capacidade de recuperação do meio, dentre outras. Como resultado, os impactes foram classificados nas seguintes categorias, de acordo com a sua significância relativa aos demais impactes: significância: pouco significativo, significativo, muito significativo Salienta-se, ainda, que apesar do título deste capítulo fazer referência apenas a medidas mitigadoras, a matriz síntese apresenta também algumas medidas compensatórias e outras potencializadoras ou valorizadoras, destinadas a reforçar os benefícios do empreendimento, bem como medidas para monitorizar eventuais impactes. Tratando-se de uma síntese, considera-se que, para melhor compreensão dos aspectos aqui referidos, se deve acompanhar a sua análise pelo exposto no Capítulo 4 do Volume 1, relativamente a cada um dos aspectos e impactes ambientais analisados. O Desenho nº 13 anexo sintetiza os principais impactes locais. 23

26 QUADRO Barragem e Albufeira de Odelouca e Túnel de Interligação do Sistema Odelouca-Funcho Síntese dos Impactes Ambientais e das Medidas Minimizadoras (1) CLIMA ASPECTO AMBIENTAL GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA Alterações microclimáticas a nível local: Aumento da humidade relativa do ar (neblinas e nevoeiros) Aumento da radiação solar absorvida Efeito barreira na drenagem do ar frio Alteração fisiográfica e modificação no tecido geológico FASE DE OCORRÊNCIA Exploração Exploração Construção e Enchimento ÁREA DE OCORRÊNCIA Zonas imediatamente adjacentes à albufeira Vale da ribeira de Odelouca, a jusante da barragem Barragem e Albufeira Pedreiras (dentro e fora da área da albufeira), depósito de materiais, manchas de empréstimo, estaleiros, túnel e acessos à obra CARACTERÍSTICAS DO baixa. baixa. moderada. Afectação de aquíferos Construção Túnel temporário, magnitude baixa. Erosão e instabilidade dos taludes e margens da albufeira Diminuição dos fenómenos de erosão em períodos de cheia e retenção na albufeira do caudal sólido transpor-tado pela ribeira de Odelouca Construção e Exploração Zonas imediatamente adjacentes à abufeira Negativo, indirecto, baixa. Exploração A jusante da Barragem Positivo, directo, moderada. MEDIDAS MINIMIZADORAS PRECONIZADAS evitar a localização de estaleiros e de áreas de depósito de materiais próximo das linhas de água, não interferindo com as suas margens. limitar a movimentação de máquinas às zonas de obra. controlo da descarga de efluentes com sedimentos em suspensão e/ou óleos e outras substâncias tóxicas, promovendo acções de decantação adopção de inclinação nos taludes de escavação compatíveis com a sua estabilidade a curto e a longo prazo,dotados de banquetas que permitam a sua manutenção e eventual reforço adopção de métodos construtivos que minimizem a descompressão excessiva do maciço, em particular nos emboquilhamentos ou zonas de fraco recobrimento reutilização dos produtos de escavação minimizando os depósitos de material sobrante coordenação da obra do túnel com a barragem, de modo a minimizar o tempo e recursos necessários à sua construção, facilitando o controlo e garantindo a reutilização de materiais Características natureza: negativo, positivo ordem: directo, indirecto; duração: permanente, temporário significância: pouco significativo, significativo, muito significativo magnitude (ou grau de afectação): baixa, moderada, elevada

27 QUADRO Barragem e Albufeira de Odelouca e Túnel de Interligação do Sistema Odelouca-Funcho Síntese dos Impactes Ambientais e das Medidas Minimizadoras (2) ASPECTO AMBIENTAL SOLOS MEIO HÍDRICO (REGIME HÍDRICO) Compactação e contaminação de solos Ocupação e submersão de solos Modificação das condições de drenagem dos solos Aumento da erosão Diminuição da capacidade de infiltração nas zonas de trabalho (aumento da escorrência superficial) Aumento da capacidade de infiltração FASE DE OCORRÊNCIA Construção Construção e Enchimento ÁREA DE OCORRÊNCIA Áreas de empréstimo Emboquilhamentos do túnel Caminhos de acesso Área da Albufeira (10 km 2 ), dos quais 2,17 km 2 perten-centes à RAN CARACTERÍSTICAS DO temporário, magnitude baixa. moderada Exploração Área marginal da albufeira baixa Construção e Exploração Construção Área da barragem e zonas de escavação e desmatação Zonas interníveis na albufeira Zona da barragem, órgãos anexos, acessos e estaleiros Negativo, indirecto, baixa. temporário, magnitude baixa Construção Áreas de empréstimo temporário, magnitude baixa. Alteração na hidrografia Construção Zona de obra (ensecadeira, órgão de desvio) temporário, magnitude baixa MEDIDAS MINIMIZADORAS PRECONIZADAS localização judiciosa do local para instalação de estaleiros e de áreas de depósito de materiais, se possível, na zona a inundar e fora da àrea de RAN. reabilitar os locais de estaleiro, de manchas de empréstimo (fora da área a inundar) e de escombreira; descompactação e arejamento dos solos e/ou cobertura com terra arável reduzir ao indispensável as áreas de circulação de veículos e máquinas pesadas remoção da camada superficial (camada vegetal) de solos de boa aptidão agrícola plantação e modelação das zonas interníveis implementar nos estaleiros sistemas de controlo de óleos e outros produtos contaminantes; evitar, sempre que possível, instalar estaleiros em áreas de alimentação de aquíferos, junto a linhas de água e em zonas de cabeceira; definir trajectos preferenciais para a circulação da maquinaria e desmatar apenas as áreas estritamente necessárias; promover posteriormente a recuperação das áreas de estaleiro, empréstimo de materiais e acessos temporários. promover posteriormente a recuperação das áreas de estaleiro, empréstimo de materiais e acessos temporários. promover posteriormente a recuperação das áreas de estaleiro, empréstimo de materiais e acessos temporários. Características QUADRO Barragem e Albufeira de Odelouca e Túnel de Interligação do Sistema Odelouca-Funcho natureza: negativo, positivo ordem: directo, indirecto; duração: permanente, temporário significância: pouco significativo, significativo, muito significativo magnitude (ou grau de afectação): baixa, moderada, elevada

28 Síntese dos Impactes Ambientais e das Medidas Minimizadoras (3) ASPECTO AMBIENTAL MEIO HÍDRICO (REGIME HÍDRICO) Assoreamento do leito da rib. de Odelouca devido à erosão em áreas de obra Efeito de barreira no sistema de drenagem natural Alteração do regime hídrico de lótico (águas correntes) para lêntico (águas calmas) Recarga dos aquíferos Efeito de regularização das afluências FASE DE OCORRÊNCIA ÁREA DE OCORRÊNCIA CARACTERÍSTICAS DO Construção A jusante da barragem temporário, magnitude baixa Construção e Enchimento Enchimento Enchimento e Exporação Zona da barragem troço da rib. de Odelouca correspondente à albufeira Zona da Albufeira elevada. Muito elevada Muito significativo Positivo, directo, baixa Exploração A jusante da barragem Positivo, directo, permanente, magnitude moderada Amortecimento de cheias Exploração A jusante da barragem Positivo, directo, permanente, magnitude baixa a significativo Redução do caudal médio anual para jusante e alterações no regime hidrológico Enchimento e Exploração A jusante da barragem elevada Singificativo MEDIDAS MINIMIZADORAS PRECONIZADAS definir trajectos preferenciais para a circulação da maquinaria e desmatar apenas as áreas estritamente necessárias; promover posteriormente a recuperação das áreas de estaleiro, empréstimo de materiais e acessos temporários. manter, no mínimo, o caudal ecológico a jusante; implementar um programa de monitorização da qualidade da água. realizar a desmatação e limpeza da área a ser inundada; efectuar estudo pormenorizado relativo às descargas de efluentes urbanos, industriais e agrícolas e implementar programa de controlo nas bacias das ribeiras de Monchique e de Odelouca; implementar sistema de monitorização da qualidade da água da albufeira. efectuar estudo pormenorizado relativo às descargas de efluentes urbanos, industriais e agrícolas e implementar programa de controlo nas bacias das ribeiras de Monchique e de Odelouca; implementar sistema de monitorização da qualidade da água da albufeira. manter, no mínimo, o caudal ecológico a jusante; dotar água para rega de parcelas agrícolas situadas no vale da ribeira de Odelouca, a jusante da barragem. Características QUADRO Barragem e Albufeira de Odelouca e Túnel de Interligação do Sistema Odelouca-Funcho Síntese dos Impactes Ambientais e das Medidas Minimizadoras natureza: negativo, positivo ordem: directo, indirecto; duração: permanente, temporário significância: pouco significativo, significativo, muito significativo magnitude (ou grau de afectação): baixa, moderada, elevada

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