TITULO: TEMPO DE MADUREZA ONDE BRINCADEIRA É COISA SÉRIA
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1 TITULO: TEMPO DE MADUREZA ONDE BRINCADEIRA É COISA SÉRIA AREA TEMÁTICA: DIREITOS HUMANOS Autora: MARIA DE FATIMA HOLANDA LEITE MAIA INSTITUIÇAO E UNIDADE ENVOLVIDA: UFCG-DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS - CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE CAJAZEIRAS-PB E ABRIGO LUCA ZORN. JUSTIVICATIVA: Atualmente o fenômeno universal do envelhecimento das populações, fruto dos avanços da ciência, passou a ser alvo de preocupações por parte de governos e povos que de forma unânime perceberam que mais importante do que ter uma vida prolongada é envelhecer com dignidade e qualidade de vida. Na esteira dos desafios que povos e governos enfrentam para a construção de uma mentalidade nova que encare a velhice como um tempo produtivo e valorizado é que nasceu o projeto de extensão intitulado TEMPO DE MADUREZA ONDE BRINCADEIRA É COISA SÉRIA. Trata-se de um projeto de prestação direta de serviço a comunidade de idosos internos e externos do Abrigo Luca Zorn da cidade de Cajazeiras que vivia ociosa. Percebeuse que muitos de seus integrantes tinham condições de manter ainda uma série de atividades e, que se bem exploradas podiam redimensionar o papel social daqueles idosos. Portanto, este projeto se justifica como uma possibilidade de retirar os idosos daquela entidade do ostracismo e da solidão construindo um espaço de convivência social interativa como forma de reintegração destes idosos no universo social ativo. Criou-se um grupo de idosos, acreditando-se que as práticas de atividades coletivas parecem importantes para este segmento etário porque possibilita o enfrentamento da solidão, facilitando o agir comunicativo. O grupo em atividade transforma-se em um meio para o individuo idoso descarregar emoções reprimidas e de escapar das duras realidades da vida, aliviando a monotonia do cotidiano. Constitui-se no que Goldstein(1995) chamou de "suporte social", que para ele são relações grupais nas quais a presença de pessoas faz outras se sentirem valorizadas e amadas. O grupo é constituído de aproximadamente cinqüenta idosos de ambos os sexos, com idade variando entre 65 a 88 anos. Encontra-se três vezes por semana no auditório do Abrigo Luca Zorn e é composto por abrigados internos e externos. Entendemos que este projeto têm contribuído a
2 criar uma nova ética do saber envelhecer com qualidade na medida que traduz a idéia de que a atividade, a participação e o convívio social contribui para ressignificar papéis e construir espaço de cidadania. Afinal qualidade de vida é a meta basilar dos direitos humanos. Com o projeto perseguimos objetivo de contribuir para a democratização do saber acadêmico em um estimulante processo dialético entre Universidade e Comunidade. OBJETIVO GERAL: Otimizar a ressocialização entre os idosos do Abrigo Luca Zorn e a integração destes com os idosos da comunidade. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Realçar os valores ativos e sociais dos idosos através de atividades recreativas e a confecção de trabalhos manuais; Criar espaço-oficina que favoreça atividades lúdicas como a dança, o canto, a recitação; conversações, contar histórias, adivinhações e piadas. Promover debates sócio-politico-cultural com temas relativos a direitos e deveres sociais do idoso e, daqueles que envolvem saúde física e mental. PÚBLICO ALVO: Idosos do Abrigo Luca Zorn e da comunidade. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA: O contato freqüente que temos com os idosos da comunidade de Cajazeiras, revela que o idoso hoje precisa e deve apreender a redescobrir novas experiências, construir novos espaços de ser velho, ressignificar papéis e vivenciar a excitação que os renovem. Vivenciamos, neste inicio de século XXI verdadeiras revoluções paradigmáticas, ou seja, muitos mitos sobre a velhice estão sendo derrubados pela nova realidade científica. Assim, o individuo idoso precisa evitar, de todas as formas se entregar à ociosidade pura e simples ou permanecer totalmente inativo É imprescindível que ele construa espaços de convivência social interativa como forma de reintegração no universo social ativo. E um desses espaços é sem dúvida a formação do grupo social. Parto do pressuposto que viver uma velhice satisfatória é resultado da interação de pessoas que buscam o exercício permanente de ressignificação de vida. Pessoas em constantes mudanças, que transcendem barreiras e preconceitos e que tentam tornar-se incluído na trama da existência humana desempenhando outros papéis, desenvolvendo-se em outras atividades enquanto seres humanos ativos. O grupo tem essa eficácia de humanizar os indivíduos ao proporcionar convívio. Para Zimerman (in Costa 2000:75), em todo o grupo se produz "uma força interna que regula a conduta de seus membros e os faz comportarem-se de
3 uma maneira peculiar, distinta do comportamento que assumiriam individualmente". Desta forma, o individuo idoso ao pertencer a um grupo social defronta-se em relação com seres de sua própria espécie, compartilhando situações de vida assemelhadas, o que favorece a interação pessoal dando ao grupo um papel libertador, expressivo e criativo.no entender de Habermas (1987) o grupo possibilita o enfrentamento da solidão, o agir comunicativo porque ali está a presença do outro. A comunicação gerada no grupo incita a vontade do individuo estar junto com seus semelhantes e a trabalhar junto a eles. Isto porque se doar pode compor o substrato ético do grupo. É preciso compreender que o ser humano se realiza na sua relação com os outros e constrói seus limites de liberdade na convivência com outras pessoas, com as quais compartilham regras de normas, direitos e deveres. Desse modo, nossa ação de extensão deve ter como principal preocupação conduzir o processo de ressocialização entre os idosos do Abrigo Luca Zorn e a integração destes com os idosos da comunidade através das atividades lúdicas e sócio-culturais do grupo ali formado. METODOLOGIA: Trabalha-se com oficina de dança, recreações, dinâmicas de grupos, pinturas e trabalhos manuais. METAS: Promover um espaço de convivência social interativa e de conscientização sócio-politica com os idosos internos e externos do LUCA ZORN; Realizar trabalhos manuais como forma de manter o idoso ativo; Desenvolver atividades recreativas que proporcionem saúde física e mental ao idoso, público alvo de nossa ação de extensão. RESULTADOS ESPERADOS: a nossa expectativa é que este trabalho de extensão possa: - favorecer o processo de ressocialização entre os idosos do Luca Zorn, onde eles possam adotar atitudes de solidariedade, cooperação e respeito ao outro, bem como realçar seus valores ativos, retirando-os da ociosidade. AVALIAÇÃO: As atividades da bolsista é permanentemente avaliada pela coordenadora através de : relatórios, assiduidade, desempenho e criatividade. No mês de dezembro, a coordenadora fará a avaliação final por meio de um relatório geral da bolsista que será encaminhado a ASSESSORIA DE EXTENSÃO DO CFP E A PRAC.
4 EQUIPE DE TRABALHO: - MARIA DE FATIMA HOLANDA LEITE MAIA ( COORDENADORA, PROFESSORA DO DCD-CFP) - CARGA HORÁRIA: 12 horas semanais - BOLSISTA: FRANCISCA LUCIENE ARAÚJO (ALUNA DO CURSO DE HISTÓRIA DO CFP) - CARGA HORÁRIA: 12 horas semanais. COLABORADORA: MARCIA FERREIRA (ALUNA DO CURSO DE HISTÓRIA) CARGA HORÁRIA: 12 horas semanais. CRONOGRAMA: - MÊS DE JULHO: Leitura bibliográfica; discussão teórico-metodológica, execução das atividades extensionistas com os idosos; - AGOSTO: realização das atividades extensionistas; - SETEMBRO: realização das atividades extensionistas, palestras e comemoração do Dia do Idoso. - OUTUBRO: realização das atividades extensionistas. - NOVEMBRO: realização das atividades extensionistas. - DEZEMBRO: realização das atividades extensionistas, elaboração de relatório final e avaliação: PROPOSTA DE TRABALHO PARA A BOLSISTA E COLABORADORA EXTENSIONISTA - leituras bibliográficas- local: CFP C/h : 03 - discussões teórico-metodológicas- local: CFP :C/h :03 - preparação das atividades extensionistas- local: CFP: C/h: 02 - realização das atividades extensionistas-local: ABRIGO LUCA ZORN: C/h:04 - elaboração do relatório final-local: CFP, COM ORIENTAÇÃO E DISCUSSÃO DO RELATÓRIO COMO FORMA DE ACOMPANHAMENTO DA COORDENADORA. FORMA DE ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES: - reuniões semanais e fichamentos; acompanhamento e avaliação pela orientadora, orientação e discussão do relatório com a bolsista e colaboradora. BIBLIOGRAFIA.
5 BEAUVOIR, Simone. (1990). A velhice incômoda. Rio de Janeiro, Nova Fronteira. CHOPRA, Keepark. (1994). Corpo sem idade, mente sem fronteiras. Rio de Janeiro, Rocco. COSTA, Geni de Araújo, (2000). Atividade física, qualidade de vida e currículo: por uma velhice bem sucedida. Tese de Doutorado. São Paulo, Puc. CONTRERAS, Juan Manuel.(1999). Como trabalhar em grupo. São Paulo, Paulus. DEBERT, Guita Grin. (1988). Envelhecimento e representação da velhice. Ciência Hoje. 8 GOLDSTEIN, L. L.(1995). Estresse, enfrentamento e satisfação de vida entre os idosos. Um estudo do envelhecimento bemsucedido. Tese de Doutorado. Campinas, UNICAMP, Faculdade de Educação. Haddad, Eneida (1986). Ideologia da velhice. São Paulo.Cortez. MASCARO, Sonia de Amorim.(1997). O que é velhice. São Paulo, Brasiliense.
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