AGRUPAMENTO VERTICAL DE MURÇA EB 2,3/S DE MURÇA
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- Maria Luiza Caiado Camelo
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1 AGRUPAMENTO VERTICAL DE MURÇA EB 2,3/S DE MURÇA REGULAMENTO DOS DIREITOS E DEVERES DOS ALUNOS, FALTAS, MEDIDAS DISCIPLINARES E VALORIZAÇÃO DO MÉRITO ESCOLAR I. Introdução Nos termos do número 1 do art.º 52º da Lei nº 30/2002, de 20 de Dezembro, alterada pela Lei n.º 3/2008, de 18 de Janeiro, o Regulamento Interno da Escola deve traduzir o desenvolvimento das matérias relativas ao estatuto do aluno e a adequação das regras de convivência e da resolução de conflitos à realidade da escola. II. Objecto do regulamento 1. O presente regulamento define os direitos e os deveres dos alunos e, ainda, um conjunto de regras e de procedimentos relativos às faltas e aos seus efeitos, aos aspectos disciplinares, bem como à valorização do mérito dos alunos. III. Âmbito de aplicação 2. As disposições deste regulamento aplicam-se aos alunos que, independentemente da sua idade e grau de ensino ou curso que frequentam, estejam matriculados em qualquer um dos estabelecimentos de educação e de ensino que integram o Agrupamento Vertical de Escolas de Murça. IV. Princípios orientadores 3. A regulamentação e aplicação das matérias tratadas neste documento, subordinamse aos seguintes princípios orientadores: a) A escola é um centro de aprendizagem de regras, condutas e procedimentos onde o respeito pelo outro e o exercício de uma liberdade consciente, devem assumir expressão no seu quotidiano. b) O crescimento do aluno enquanto cidadão exige do adulto, docente, auxiliar de acção educativa, pai e encarregado de educação, entre outros intervenientes, atitudes coerentes, acções modelares e sobretudo orientadoras para uma educação cívica construtiva e responsável. 1
2 c) A consciência dos direitos e dos deveres com o inerente exercício de ambos é, ao mesmo tempo, uma aprendizagem e uma prática, sendo igualmente um imperativo ético-moral e uma obrigação resultante da vida em sociedade. d) O reconhecimento público do mérito escolar deve ser cultivado como uma boa prática na comunidade educativa e um estímulo para a melhoria de desempenho na escola. V. Direitos dos alunos 4. Para além dos direitos estatuídos na legislação em vigor definem-se, ainda, os seguintes direitos específicos dos alunos: a) Frequentar uma escola limpa, bem organizada e dirigida, na qual possa usufruir de um ambiente são e acolhedor. b) Usufruir de um ensino de boa qualidade, apoiado, que tenha em conta o seu ritmo de aprendizagem e a participar no processo de avaliação. c) Ter apoio do professor titular da turma ou do director de turma na sua integração escolar e no seu crescimento interior. d) Ser atendido com diligência, acuidade e respeito pelos docentes, auxiliares de acção educativa e restantes funcionários. e) Ter serviços administrativos diligentes e respeitadores da individualidade de cada aluno. f) Beneficiar dos serviços de acção social escolar, nomeadamente, ter apoio do sistema de saúde, incluindo seguro escolar para qualquer acidente sofrido nas actividades escolares ou ainda no trajecto casa - escola e escola - casa e ter auxílio económico sempre que lhe sejam justamente reconhecidas carências sócioeconómicas. g) Justificar as faltas por comunicação escrita do encarregado de educação, nos termos da legislação e das regras previstas neste regulamento. h) Exercer uma crítica construtiva, devidamente fundamentada, em relação ao trabalho e comportamento dos professores e funcionários, a qual será comunicada ao professor titular de turma, ao director de turma ou ao conselho executivo. i) Participar directa ou indirectamente, através da representação do delegado e subdelegado, na vida da escola, nos termos fixados neste regulamento. j) Ser informado e poder consultar o regulamento interno do agrupamento, bem como todas as normas e disposições legais relativas à vida escolar. 2
3 VI. Direito de representação dos alunos 5. Para além das estruturas inerentes à Associação de Estudantes da EB 2,3/S de Murça, os alunos têm direito a ser representados: a) Nos órgãos de gestão e estruturas de orientação educativa do Agrupamento, nos termos fixados no regulamento interno; b) Pelos alunos delegado e subdelegado da respectiva turma do ensino básico e do ensino secundário, nos termos seguintes; c) Pela assembleia de delegados, nos termos seguintes. 6. O delegado e o subdelegado de turma têm o direito de solicitar a realização de reuniões da turma com o respectivo director de turma ou professor titular para apreciação de matérias relacionadas com o funcionamento da turma, sem prejuízo do cumprimento das actividades lectivas dos alunos, nos termos das alíneas seguintes: a) O pedido das reuniões de turma é apresentado ao professor titular ou ao director de turma, com pelo menos 8 dias de antecedência e com ordem de trabalhos devidamente especificada. b) Se o conteúdo da ordem de trabalhos o justificar, o professor titular ou o director de turma solicitará a presença do representante dos pais e encarregados de educação. c) Salvo casos excepcionais, estas reuniões realizar-se-ão até ao máximo de 2 por período. 7. Os delegados e subdelegados de turma da EB 2,3/S têm o direito de participar na assembleia de delegados, a realizar de acordo com o seguinte: a) As assembleias de delegados visam debater assuntos relacionados com a escola e com a sua comunidade escolar, auscultar o parecer dos alunos sobre matérias relativas ao seu funcionamento e organização e planear actividades conjuntas. b) As assembleias de delegados realizam-se, pelo menos, uma vez por período, e são expressamente convocadas pelo órgão de gestão. c) Nas assembleias de delegados poderão participar os membros da Associação de Estudantes, bem como outros representantes de alunos, eleitos para os órgãos e estruturas educativas do Agrupamento. 8. No processo eleitoral para os alunos delegados e subdelegados, deverão observarse os seguintes requisitos: 3
4 a) Os actos eleitorais deverão realizar-se nas primeiras 2 semanas de cada ano escolar ou de funcionamento de cada curso, sob a orientação do respectivo professor titular, director de turma ou por quem as suas vezes fizer; b) O processo eleitoral deverá ser antecedido de ampla discussão a realizar entre os alunos da turma ou curso, dinamizada pelo professor titular ou director de turma, relativamente às competências e ao perfil inerentes ao exercício dos representantes e às regras a observar no processo eleitoral. c) O acto eleitoral realiza-se por votação secreta. VII. Deveres dos alunos 9. A responsabilização do aluno enquanto elemento nuclear da comunidade educativa implica a assunção dos deveres que se seguem: a) Estudar, empenhando-se na sua educação e formação integral; b) Ser assíduo, pontual e empenhado no cumprimento de todos os seus deveres no âmbito das actividades escolares; c) Seguir as orientações dos professores relativas ao seu processo de ensino e aprendizagem; d) Tratar com respeito e correcção qualquer membro da comunidade educativa; e) Guardar lealdade para com todos os membros da comunidade educativa; f) Respeitar as instruções dos professores e do pessoal não docente; g) Contribuir para a harmonia da convivência escolar e para a plena integração na escola de todos os alunos; h) Participar nas actividades educativas ou formativas desenvolvidas na escola, bem como nas demais actividades organizativas que requeiram a participação dos alunos; i) Respeitar a integridade física e moral de todos os membros da comunidade educativa; j) Prestar auxílio e assistência aos restantes membros da comunidade educativa, de acordo com as circunstâncias de perigo para a integridade física e moral dos mesmos; k) Zelar pela preservação, conservação e asseio das instalações, material didáctico, mobiliário e espaços verdes da escola, fazendo uso correcto dos mesmos; 4
5 l) Respeitar a propriedade dos bens de todos os membros da comunidade educativa; m) Permanecer na escola durante o seu horário, salvo autorização escrita do encarregado de educação ou da direcção da escola; n) Participar na eleição dos seus representantes e prestar-lhes toda a colaboração; o) Conhecer e cumprir o estatuto do aluno, as normas de funcionamento dos serviços da escola e o regulamento interno da mesma; p) Não possuir e não consumir substâncias aditivas, em especial drogas, tabaco e bebidas alcoólicas, nem promover qualquer forma de tráfico, facilitação e consumo das mesmas; q) Não transportar quaisquer materiais, equipamentos tecnológicos, instrumentos ou engenhos, passíveis de, objectivamente, perturbarem o normal funcionamento das actividades lectivas, ou poderem causar danos físicos ou morais aos alunos ou a terceiros; r) Não recorrer ao insulto e/ou à violência; s) Assumir a responsabilidade por eventuais danos causados; t) Não filmar ou fotografar, divulgar ou publicitar, por qualquer meio, actividades ou acções que documentem a vida escolar ou decorram em qualquer espaço da escola, a não ser em casos devidamente autorizados pelo órgão de gestão; u) Ser diariamente portador do cartão de estudante e, no caso do ensino básico, da caderneta escolar; v) Não realizar qualquer tipo de acção de recepção e integração aos novos alunos, vulgarmente designadas por praxes, que possam por em causa a integridade física ou psicológica dos mesmos; x) Cumprir as regras específicas de conduta adoptadas no Agrupamento, estabelecidas nos termos dos números seguintes. 11. Para além do dever de frequência da escolaridade obrigatória, nos termos da lei, os alunos são responsáveis pelo cumprimento do dever da assiduidade que implica a sua presença e uma atitude de empenho e respeito pelos outros. 12. Os pais e encarregados de educação dos alunos menores de idade são responsáveis conjuntamente com estes pelo cumprimento dos deveres referidos no número anterior. 5
6 13. O dever de assiduidade implica para o aluno quer a presença na sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar, quer uma atitude de empenho intelectual e comportamental adequadas, de acordo com a sua idade, ao processo de ensino e aprendizagem. VIII. Regras específicas de conduta 14. Constituem regras específicas de conduta dos alunos na sala de aula: a) Aguardar disciplinadamente junto à sala de aula a chegada do professor, abandonando-a apenas na sequência de indicação dada pelo funcionário; b) Entrar calmamente na sala de aula, sem empurrões e sem passar à frente dos colegas, após ordem do professor; c) Ocupar sempre a mesma carteira ou lugar e responsabilizar-se pela limpeza, asseio e arrumação da sala de aula, respeitando os trabalhos expostos nos placares; d) Verificar o estado de conservação do mobiliário ou equipamento escolar, informando o professor de qualquer deterioração ou anomalia do mesmo; e) Utilizar com correcção e zelo o material laboratorial, o equipamento informático ou qualquer outro material ou equipamento propriedade da escola, para fins didácticos e de acordo com as orientações do professor; f) Permanecer na sala de aula, abstendo-se de atitudes menos correctas, nomeadamente de mastigar pastilha elástica, comer ou perturbar o funcionamento da aula; g) Não usar, mesmo para efeito de envio ou recepção de mensagens curtas, o telemóvel durante o período das aulas, que deve permanecer desligado; h) Fazer-se acompanhar do material indicado para a aula, munindo-se inclusivamente de folhas de exercício adoptadas na escola para a realização dos testes de avaliação e, no caso de educação física, de vestuário e calçado adequado; i) Arrumar o material e sair, depois de o professor dar a aula por terminada; j) Não entrar ou permanecer nas salas de aula durante o intervalo. 15. Constituem regras específicas de conduta dos alunos nos espaços exteriores ou de recreio: a) Não circular ou permanecer diante das salas de aula quando estejam a decorrer actividades lectivas; b) Não cortar as plantas nem pisar os canteiros e impedir que outros o façam; 6
7 c) Utilizar os recipientes para o lixo sem os danificar; d) Não danificar as cercas, paredes, vidros e instalações da escola; e) Jogar à bola apenas nos locais para tal destinados; f) Evitar barulhos excessivos que possam prejudicar o normal funcionamento das aulas. IX. Faltas 16. A falta é a ausência do aluno a uma aula ou a outra actividade de frequência obrigatória, ou facultativa caso tenha havido lugar a inscrição. 17. Decorrendo as aulas em tempos consecutivos, há tantas faltas quantos os tempos de ausência do aluno. 18. As faltas são registadas pelo educador/professor titular ou pelo director de turma em suportes administrativos adequados. 19. A falta de material não implica o registo de falta ao aluno no livro de ponto, devendo o docente indagar os respectivos motivos e, em caso de reincidência, comunicar ao director de turma com vista a dar conhecimento ao encarregado de educação. 20. Se após os procedimentos referidos no número anterior, o aluno não alterar a sua postura, fica sujeito às medidas correctivas previstas no regulamento interno. 21. As ausências intercalares do aluno a qualquer actividade escolar que decorra durante o período de permanência na escola devem ser objecto de averiguação pelo director de turma e de informação ao encarregado de educação, podendo determinar, em caso de reincidência e de fundada justificação, a aplicação de medidas correctivas previstas no regulamento interno. 22. Consideram-se justificadas as faltas dadas por: a) Doença do aluno, devendo esta ser declarada por médico se determinar impedimento superior a cinco dias úteis; b) Isolamento profiláctico; c) Falecimento de familiar; d) Nascimento de irmão; e) Realização de tratamento ambulatório; f) Assistência na doença a membro do agregado familiar; 7
8 g) Acto decorrente da religião professada pelo aluno; h) Participação em provas desportivas ou eventos culturais, nos termos da legislação em vigor; i) Participação em actividades associativas, nos termos da lei; j) Cumprimento de obrigações legais; k) Outro facto impeditivo da presença na escola, desde que, comprovadamente, não seja imputável ao aluno e considerado atendível pelo director de turma ou pelo professor da disciplina. 23. São consideradas faltas injustificadas as que não são previstas no número anterior, bem como aquelas que não tenham sido justificadas no tempo estabelecido para a sua justificação ou quando a falta decorrer da ordem de saída da sala de aula. 24. O pedido de justificação das faltas é apresentado, por escrito, pelos pais ou encarregado de educação ou, quando o aluno for maior de idade, pelo próprio, ao director de turma ou ao educador/professor titular da turma, com indicação do dia, hora e da actividade em que a falta ocorreu, referenciando-se os motivos justificativos da mesma na caderneta escolar, tratando-se de aluno do ensino básico, ou em impresso próprio, tratando-se de aluno do ensino secundário. 25. O educador, professor titular ou director de turma deve solicitar aos pais ou encarregado de educação, ou ao aluno, quando maior, os comprovativos adicionais que entenda necessários à justificação da falta, devendo, igualmente, qualquer entidade que para esse efeito for contactada, contribuir para o correcto apuramento dos factos. 26. A justificação da falta deve ser apresentada previamente, sendo o motivo previsível, ou, nos restantes casos, até ao 3.º dia útil subsequente à verificação da mesma. 27. Nos casos em que, decorrido o prazo referido no número anterior, não tenha sido apresentada justificação para as faltas, ou a mesma não tenha sido aceite, deve tal situação ser comunicada no prazo máximo de três dias úteis subsequentes, pelo meio mais expedito, aos pais ou encarregados de educação ou, quando maior de idade, ao aluno, pelo director de turma. 28. As matérias relativas às faltas previstas neste ponto IX são aplicáveis, com as devidas adaptações, à educação pré-escolar. 8
9 X. Excesso grave de faltas 29. Quando for atingido o número de faltas correspondente a 2 semanas no 1º ciclo do ensino básico ou ao dobro do número de tempos lectivos semanais, por disciplina, os pais ou o encarregado de educação ou, quando maior de idade, o aluno, são convocados à escola, pelo meio mais expedito, pelo professor titular ou director de turma, com o objectivo de os alertar para as consequências do excesso grave de faltas e de se encontrar uma solução que permita garantir o cumprimento efectivo do dever de frequência, bem como o necessário aproveitamento escolar. 30. Na educação pré-escolar, considera-se o limite estabelecido, nos termos do número anterior, para o 1º ciclo do ensino básico. 31. Quando, nas actividades escolares de frequência facultativa destinadas para os alunos dos ensinos básico e secundário, for atingido o número de faltas correspondente ao dobro do número de tempos lectivos semanais por actividade, os pais ou o encarregado de educação ou, quando maior de idade, o aluno, são convocados à escola, pelo meio mais expedito, pelo professor titular ou director de turma, com o objectivo de se encontrar uma solução que permita garantir o cumprimento efectivo do dever de frequência. 32. Caso se revele impraticável o referido no número 29 deste regulamento, por motivos não imputáveis à escola, a respectiva Comissão de Protecção de Crianças e Jovens deverá ser informada do excesso de faltas do aluno do ensino básico, sempre que a gravidade especial da situação o justifique. XI. Efeitos das faltas 33. Verificada a existência de faltas dos alunos, a escola pode promover a aplicação da medida ou medidas correctivas previstas neste regulamento que se mostrem adequadas. 34. Sempre que um aluno, independentemente da natureza das faltas, atinja um número total de faltas correspondente a 3 semanas no 1º ciclo do ensino básico ou ao triplo de tempos lectivos semanais, por disciplina, ou, tratando-se, exclusivamente, de faltas injustificadas, 2 semanas no 1.º ciclo ou ao dobro de tempos lectivos semanais, por disciplina, deve realizar, logo que avaliados os efeitos da aplicação das medidas correctivas, uma prova de recuperação, na disciplina ou disciplinas em que ultrapassou aquele limite, de acordo com o previsto neste regulamento. 35. Sempre que um aluno ultrapasse um número total de faltas injustificadas correspondente ao triplo de tempos lectivos semanais das actividades escolares 9
10 facultativas em que está inscrito, esgotadas as soluções preconizadas no número 31 do ponto anterior, é excluído da frequência dessa actividade. XII. Termos e efeitos da prova de recuperação 36. A prova de recuperação tem lugar nos 15 dias subsequentes à verificação das situações previstas no ponto 34 deste regulamento, devendo a data e hora ser previamente comunicada ao encarregado de educação e ao aluno pelo respectivo professor titular ou director de turma. 37. A prova de recuperação tem por finalidade diagnosticar as eventuais necessidades de apoio para a recuperação das aprendizagens, sendo a sua realização da competência do(s) professor(es) titulares de turma ou de disciplina(s). 38. Compete ao professor titular de turma ou ao professor da disciplina facultar ao aluno e ao encarregado de educação ou ao aluno, quando de maior idade, informações quanto ao tipo de prova, aos conteúdos e à duração da mesma com a devida antecedência. 39. A prova de recuperação deve ser presencial e contempla uma das seguintes modalidades: teórica, teórico-prática, prática, oral ou de entrevista A decisão da data e hora de realização da prova de recuperação cabe ao professor titular ou ao professor da disciplina, que, posteriormente, a comunicará ao director de turma Nas provas de recuperação a realizar pelos alunos com faltas justificadas, pode ser adoptado um procedimento simplificado, nomeadamente, através da realização de trabalhos de pesquisa orientada que cumpram a finalidade prevista no número Compete ao professor titular de turma ou da(s) disciplina(s) decidir sobre a modalidade a adoptar, de acordo com o seguinte: a) A modalidade da prova de recuperação deve ter em conta o perfil e o historial do aluno, bem como as circunstâncias que determinaram a respectiva prova. b) A prova de recuperação no 1º ciclo do ensino básico deve ter carácter transdisciplinar e incidir sobre os conteúdos e as competências essenciais de Língua Portuguesa, Matemática e Estudo do Meio; c) A prova de recuperação nos restantes ciclos de ensino deve incidir sobre conteúdos ou competências relevantes e significativos; d) Em qualquer dos ciclos de ensino, a prova deve avaliar conhecimentos e competências do aluno até ao momento da última falta, podendo excepcionalmente ter 10
11 em linha de conta os conteúdos leccionados durante os períodos de ausência prolongada por motivos de doença; 41. Os resultados obtidos pelo aluno na prova de recuperação são dados a conhecer ao encarregado de educação e ao aluno pelo professor titular ou professor da disciplina, nos 5 dias úteis subsequentes à data de realização da prova, devendo neste último caso dar conhecimento do procedimento, em suporte escrito, ao respectivo director de turma. 42. Quando o aluno, por faltas justificadas, ficar sujeito à aplicação de uma prova de recuperação e nela não obtiver aprovação, o professor titular de turma ou da disciplina define, se necessário em conjunto com o conselho de turma, um plano de apoio específico que pode revestir as seguintes modalidades: a) Actividades de recuperação diferenciadas na sala de aula, a realizar ao longo de um período de tempo, complementadas ou não com reforço do trabalho de casa; b) Actividades de compensação ou de apoio ao estudo, a realizar no âmbito de uma outra área curricular, nomeadamente no estudo acompanhado. 43. No caso da prova de recuperação se realizar, devido à ultrapassagem do limite de faltas injustificadas, os resultados podem ter os seguintes efeitos: a) Quando o aluno não obtém aprovação na prova de recuperação, o conselho de turma pondera a justificação ou injustificação das faltas dadas, o período lectivo e o momento em que a realização da prova ocorreu e, sendo o caso, os resultados obtidos nas restantes disciplinas, podendo determinar: i) O cumprimento de um plano de acompanhamento especial e a consequente realização de uma nova prova; ii ) A retenção do aluno inserido no âmbito da escolaridade obrigatória ou a frequentar o ensino básico, a qual consiste na sua manutenção, no ano lectivo seguinte, no mesmo ano de escolaridade que frequenta; iii) A exclusão do aluno que se encontre fora da escolaridade obrigatória, a qual consiste na impossibilidade de esse aluno frequentar, até ao final do ano lectivo em curso, a disciplina ou disciplinas em relação às quais não obteve aprovação na referida prova. b) Quando o aluno obtém aprovação na prova de recuperação prevista no n.º 34 ou naquela a que se refere a alínea i) anterior, o mesmo retoma o seu percurso escolar normal, sendo as faltas dadas consideradas apenas para fins estatísticos. 11
12 c) A não comparência do aluno com faltas injustificadas à realização da prova de recuperação, quando não justificada, determina a sua retenção ou exclusão. 44. Após o procedimento estabelecido no ponto i) da alínea a) ou da situação verificada na alínea b) do número anterior, o aluno que se encontre fora da escolaridade obrigatória pode ser excluído pelo conselho de turma, logo que, numa dada disciplina, atinja um número de faltas injustificadas correspondente ao seu número de tempos lectivos semanais. XIII. Medidas disciplinares 45. A violação pelo aluno de algum dos deveres previstos neste regulamento, em termos que se revelem perturbadores do funcionamento normal das actividades da escola ou das relações no âmbito da comunidade educativa, constitui infracção, passível da aplicação de medida correctiva ou medida disciplinar sancionatória, nos termos dos artigos seguintes. 46. A utilização danosa ou deterioração intencional de material ou equipamento escolar ou de outrem ou outros prejuízos causados na escola pelo aluno, pode implicar o pagamento dos respectivos custos ou encargos, sem prejuízo da aplicação de outras medidas disciplinares. 47. A utilização abusiva e reincidente de telemóvel ou qualquer outro equipamento electrónico na sala de aula pelo aluno, capaz de perturbar o funcionamento das actividades lectivas, determina a sua confiscação pelo respectivo professor para posterior devolução ao encarregado de educação. 48. As medidas disciplinares aplicáveis aos alunos são as medidas correctivas - a ordem de saída da sala de aula e demais locais onde decorra o trabalho escolar, a realização de tarefas e actividades de integração escolar, o condicionamento no acesso a certos espaços escolares, ou na utilização de certos materiais e equipamentos, sem prejuízo dos que se encontram afectos a actividades lectivas, a realização de actividades de apoio à comunidade e a mudança de turma - e as medidas disciplinares sancionatórias - a repreensão registada, a suspensão da escola até 10 dias úteis e a transferência de escola. 49. Na determinação da medida correctiva ou medida disciplinar sancionatória aplicável deve ser tido em consideração, a gravidade do incumprimento do dever violado, a idade do aluno, o grau de culpa, o seu aproveitamento escolar anterior, o meio familiar e social em que o mesmo se insere, os seus antecedentes disciplinares e todas as demais circunstâncias em que a infracção foi praticada que militem contra ou a seu favor. 12
13 50. Quando os alunos atingirem os limites de faltas definidos no número 29 deste regulamento, o professor titular ou o director de turma pode, de acordo com as circunstâncias e ouvido o encarregado de educação, decidir sobre a aplicação das seguintes medidas correctivas: a) Realização de tarefas e actividades de integração escolar; b) Condicionamento no acesso a certos espaços escolares; c) Realização de actividades de apoio à comunidade. 51. A ordem de saída da sala de aula e demais locais onde decorra o trabalho escolar é uma medida cautelar, aplicável ao aluno que aí se comporte de modo que impeça o prosseguimento do processo de ensino e de aprendizagem dos restantes alunos, destinada a prevenir esta situação. 52. A aplicação da medida disciplinar preventiva referida no número anterior é da competência do respectivo professor da turma e implica a permanência do aluno na escola, competindo àquele determinar o período de tempo durante o qual o aluno deve permanecer fora da sala de aula, se a aplicação de tal medida acarreta ou não a marcação de falta e quais as actividades, se for caso disso, que o aluno deve desenvolver no decurso desse período de tempo. 53. As actividades referidas no número anterior, a realizar na BE/CRE, na sala da educação especial ou numa sala com supervisão de um docente ou funcionário, podem revestir as seguintes modalidades: a) Plano de trabalho individual, no âmbito do projecto curricular de turma, definido pelo professor que aplica a ordem de saída da sala de aula. b) Plano de trabalho individual, no âmbito da disciplina, definido pelo professor que aplica a ordem de saída da sala de aula. 54. Quando após a aplicação da ordem de saída de sala de aula, o aluno não cumprir o plano de trabalho individual, não respeitar o período de tempo definido pelo professor para a sua ausência ou se se verificar que o aluno reincide no seu comportamento perturbador, deve o docente proceder à marcação de falta injustificada ao aluno, comunicando-a por escrito ao director de turma, a fim de ser informado o encarregado de educação. 55. A realização de tarefas e actividades de integração escolar, enquanto medida cautelar, pode revestir as seguintes modalidades: a) Limpeza de jardins e de espaços interiores e exteriores da sala de aula; 13
14 b) Execução de trabalhos pedagógicos ou de um plano de trabalho individual, relacionados com a conduta inadequada do aluno, prevendo-se a possibilidade de o apresentar aos alunos da turma, a alunos de outras turmas ou anos de escolaridade e ciclos de estudo; c) A realização de tarefas pedagógicas, a decorrer dentro ou fora da sala de aula, orientadas para as actividades de recuperação tais como a pesquisa orientada, a realização de relatórios, de trabalhos práticos, de fichas de trabalho formativas ou de testes de curta duração, e ainda o apoio na sala de estudo ou na biblioteca; d) Apoio aos serviços prestados pelos diferentes sectores da escola (reprografia, papelaria, serviços administrativos, bufete, refeitório). 56. O condicionamento no acesso a certos espaços escolares, ou na utilização de certos materiais e equipamentos, enquanto medida cautelar, pode revestir as seguintes modalidades: a) O condicionamento no acesso ao pavilhão gimnodesportivo, à BE/CRE e ao refeitório; b) O condicionamento na utilização de computadores, da mesa de ping-pong e mesa de matraquilhos, entre outros jogos em desenvolvimento na escola, e de material desportivo; c) O condicionamento de acesso aos locais onde decorrem as actividades de enriquecimento curricular. 57. A realização de actividades de apoio à comunidade enquanto medida cautelar a aplicar aos alunos que frequentem os 2º e 3º ciclos do ensino básico e o ensino secundário, pode revestir as seguintes modalidades: a) A prestação de apoio e de acompanhamento aos alunos com necessidades educativas especiais, sob a orientação das docentes da educação especial; b) A prestação de apoio e de acompanhamento às crianças e alunos que frequentam a educação pré-escolar e o 1º ciclo do ensino básico do Agrupamento, sob a orientação do respectivo educador ou professor titular; c) A colaboração em instituições locais de intervenção social e voluntariado. 58. A aplicação das modalidades referidas nos números 55 a 57 deve decorrer em horário não coincidente com as actividades lectivas, e durante um período de tempo não superior a 4 semanas, a definir por quem tem competência para o efeito, que poderá ser, excepcionalmente, alargado até um máximo de 3 meses, em situação de reincidência. 14
15 59. Na determinação das respectivas modalidades deve atender-se ao perfil e idade do aluno, à gravidade do seu incumprimento e contexto em que ele foi praticado e, se for caso disso, à necessidade de ser reparado o dano provocado pelo aluno. 60. É competente para aplicar as medidas de realização de tarefas e actividades de integração escolar e de condicionamento no acesso a certos espaços escolares, ou na utilização de certos materiais e equipamentos, e da realização de actividades de apoio à comunidade, o professor titular, o director de turma ou o presidente do conselho executivo, desde que em situação de cumulação de medidas ou na sequência de procedimento disciplinar instaurado. 61. A avaliação de execução das medidas referidas no número anterior são da responsabilidade do respectivo professor titular de turma ou director de turma, que devem assegurar a sua supervisão durante o período de implementação. 62. A aplicação das medidas correctivas de realização de tarefas e actividades de integração escolar e de condicionamento no acesso a certos espaços escolares, ou na utilização de certos materiais e equipamentos, e de mudança de turma é comunicada, pelo professor titular ou director de turma, aos pais ou ao encarregado de educação, tratando-se de aluno menor de idade. 63. A aplicação da medida de realização de actividades de apoio à comunidade carece de parecer favorável dos pais ou do encarregado de educação, tratando-se de aluno menor de idade, quando a mesma ocorre no exterior do estabelecimento de ensino. 64. Com excepção da ordem de saída da sala de aula não sujeita à marcação de falta, a aplicação das medidas disciplinares correctivas implica o seu averbamento no respectivo processo individual do aluno, com registo sumário da decisão, respectiva fundamentação de facto e de direito que norteou tal decisão, bem como a avaliação da sua execução. 65. Os efeitos decorrentes das faltas dadas pelo aluno no decurso do período de aplicação da medida disciplinar sancionatória de suspensão da escola até 10 dias úteis ou do período de suspensão preventiva, são: a) No que respeita à assiduidade, considerar as faltas justificadas, devendo o aluno realizar a prova de recuperação à(s) disciplina(s), prevista no número 34 deste regulamento, caso ultrapasse o limite de faltas definido; b) No que respeita à avaliação, o conselho de turma pondera sobre os resultados obtidos na prestação da prova de recuperação podendo, de acordo com o historial do aluno, idade e aproveitamento escolar, optar por uma das medidas previstas no número 43 deste regulamento. 66. A suspensão preventiva do aluno determina a aplicação de um plano de actividades pedagógicas a definir pelo professor titular ou pelo director de turma. 15
16 XIV. Valorização do mérito escolar 67. No sentido de promover o reconhecimento público de comportamentos e atitudes marcados por valores e princípios humanistas, bem como os excelentes desempenhos escolares, deve o conselho pedagógico elaborar o regulamento do Quadro de Valor e Mérito. 68. A criação do quadro referido no número anterior servirá para reconhecer os alunos que, para além do seu excelente desempenho, revelem grandes capacidades ou atitudes exemplares, que desenvolvam iniciativas ou acções de benefício claramente social ou comunitário ou de expressão de solidariedade dentro ou fora dos espaços escolares. XV. Disposições transitórias e finais 69. São revogados os artigos 150º a 166º do regulamento interno do Agrupamento Vertical de Escolas de Murça, homologado por despacho da Senhora Directora Regional Adjunta, em , e revisto em 21 de Julho de 2005 pela Assembleia de Escola. 70. O presente regulamento, após parecer do conselho executivo e do conselho pedagógico, é aprovado pelo conselho geral transitório, constituindo parte integrante do regulamento interno do Agrupamento. 71. O presente regulamento entra em vigor no dia seguinte à sua aprovação pelo conselho geral transitório. Regulamento elaborado pelo conselho executivo e submetido à discussão pública em Apreciado em reunião do conselho pedagógico em Aprovado em reunião do conselho geral transitório do Agrupamento em Revisto e aprovado em reunião do conselho geral transitório do Agrupamento em
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