UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE COMPUTAÇÃO GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

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1 UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE COMPUTAÇÃO GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO SISTEMA BRASILEIRO DE TELEVISÃO DIGITAL MIDDLEWARE GINGA NCL E GINGA J DANIEL ALVES DA CRUZ JOSÉFERSON GOMES DE OLIVEIRA NOVEMBRO 2008

2 UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE COMPUTAÇÃO GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO SISTEMA BRASILEIRO DE TELEVISÃO DIGITAL MIDDLEWARE GINGA NCL E GINGA J Trabalho de Projeto Final de Curso II apresentado por Daniel Alves da Cruz e Joséferson Gomes de Oliveira à Universidade Católica de Goiás, sob a orientação do Profº. Orientador Rodrigo Pinto Lemos, Dr., como requisito para a Graduação do Curso de Ciência e Engenharia da Computação.

3 DEDICATÓRIA A Deus, pelas nossas vidas e por ter colocado pessoas no nosso caminho que tanto nos ajudaram. Aos nossos familiares pela força e compreensão em todos os momentos. Aos amigos pelo companheirismo. A todos os professores e funcionários da Universidade Católica de Goiás pelo suporte pedagógico e estrutural. A todas as pessoas que por algum gesto ou palavra confortaram nossos corações nos momentos de desespero, aflição ou alegria.

4 AGRADECIMENTOS Agradecimentos aos nossos pais, colegas e familiares, por nos apoiarem em chegar ao final de mais uma etapa da vida. Ao nosso orientador, Rodrigo Pinto Lemos, que teve paciência e compreensão em nos orientar no desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso. Para os nossos professores que nos ensinaram ao longo do curso nas mais diversas áreas do conhecimento. Ao todos os funcionários do Departamento de Computação da Universidade Católica de Goiás por nos orientarem nos procedimentos referentes à vida acadêmica.

5 RESUMO Este projeto tem por objetivo estudar os conceitos de TV Digital associados à interatividade local e remota. Especificamente é descrito o Middleware Ginga em suas abordagens comuns, NCL e Java. Adicionalmente, foi implementada aplicações multimídia para TV através de ferramentas de composição de domínio público. Palavras-Chave: TV Digital, middleware, Ginga, interatividade

6 ABSTRACT This project aims at studying the concepts of digital TV interactivity associated with local and remote. Specifically is described in the Middleware Ginga their common approaches, NCL and Java. Additionally, it was implemented multimedia applications for TV through composition tools in the public domain. Word-Key: Digital TV, middleware, Ginga, interactivity

7 SISTEMA BRASILEIRO DE TELEVISÃO DIGITAL MIDDLEWARE GINGA NCL E GINGA J SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS... ix LISTA DE TABELAS... x LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS... xi 1. INTRODUÇÃO A TELEVISÃO E SUA EVOLUÇÃO Cronologia da historia da TV Padrões Pal M PAL-M NTSC TV Digital TV Analógica X TV Digital TV DIGITAL NO MUNDO Padrões Internacionais de TV Digital Padrão Americano - ATSC Padrão Europeu - DVB Padrão Japônes - ISDB Formatos de TV Digital LDTV Low Definition Television SDTV Standard Definition Television EDTV Extended Definition Television HDTV - High Definition Television O PADRÃO BRASILEIRO DE TV DIGITAL ADOTADO Plataforma da SBTVD INTERATIVIDADE Níveis de interatividade... 31

8 5.1.1 Local Intermitente Permanente Momento atual MIDDLEWARE Ginga, o middleware brasileiro Ginga-CC (Ginga Common-Core) Ginga-J Ginga-NCL Desenvolvimento da aplicação NCL A linguagem NCL Estrutura de um documento NCL Regiões Descritores Nó de mídia ou nó de conteúdo Elos A Ferramenta Composer Desenvolvimento da aplicação Java TV A linguagem Java API Java TV XLET O emulador XletView Resultados CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA APÊNDICE Apêndice A Código-fonte em linguagem Java da aplicação Java TV Apêndice B Código-fonte em linguagem NCL da aplicação do Ginga NCL... 84

9 ix MIDDLEWARE GINGA NCL E GINGA J LISTA DE FIGURAS Figura Sistemas de TV Digital no mundo Figura Diagrama do fluxo de informação do SBTVD Figura EPG (Electronic Program Guide Figura Aplicação Específica de Programa Figura Aplicação Permanente Figura 6.1 Arquitetura da TV Digital Figura Middleware Ginga Figura 6.3 Aplicação Ginga-NCL Figura 6.4 Aplicação Ginga-NCL, Nós de Mídia Figura 6.5 A ferramenta Composer Figura Ambiente JavaTV API para receptor de TV Digital Figura 6.7 Ciclo de vida das aplicações em Java TV Figura 6.8 Aplicação Java TV... 41

10 x SISTEMA BRASILEIRO DE TELEVISÃO DIGITAL MIDDLEWARE GINGA NCL E GINGA J LISTA DE TABELAS Tabela Subsistemas de TV Digital... 8 Tabela Comparação das características dos padrões de Middleware... 24

11 xi SISTEMA BRASILEIRO DE TELEVISÃO DIGITAL MIDDLEWARE GINGA NCL E GINGA J LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AAC ACAP ADTB ANATEL API ARIB COFDM CONTEL CPqD DASE DIBEG DMB DTV DVB EDTV EMBRATEL EPG GEM HDTV IP ISDB ISDTV ITV LAVID LDTV MHP MPEG Advance Áudio Coding Advanced Common Application Platform Advanced Digital Television Broadcast Agência Nacional de Telecomunicações Application Programming Interface Association of Radio Industries and Businesses Codec Orthogonal Frequency Division Multiplexing Conselho Nacional de Telecomunicações Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações Application Software Environment Digital Broadcasting Expert Group Digital Multimedia Broadcast Digital Television Digital Video Broadcast Extended Definition Television Empresa Brasileira de Telecomunicações Electronic Programming Guide Globally Executable MHP High Definition Television Internet Protocol Integrated Services Digital Broadcasting International System for Digital Television Interactive Television Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital Low Definition Television Multimedia Home Platform Motion Pictures Experts Group

12 xii NTSC OCAP OSI PAL QAM QPSK RDSI SBTVD-T SDTV SET SI STB TCP URD VoD VSB National Television System Comitee Open Cable Application Platform Open System Interconnection Phase Alternate Line Quadrature Amplitude Modulation Quadrature Phase Shift Keying Redes Digitais de Serviços Integrados Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre Standard Definition Television Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão System Information Set Top Box Transmission Control Protocol Unidade Receptora-decodificadora Video on Demand Vestigial Side Band

13 13 SISTEMA BRASILEIRO DE TELEVISÃO DIGITAL MIDDLEWARE GINGA NCL E GINGA J CAPITULO I INTRODUÇÃO O estudo da TV Digital tem o objetivo entender o conceito dessa nova tecnologia, a respeito do seu funcionamento, características, ferramentas e utilizações atuais e perspectivas futuras. A televisão não é diferente dos outros meios de comunicação em massa e segue a tendência mundial do movimento de digitalização, que está acontecendo nos últimos anos. [DSC2006] Demonstrar os conceitos e transparecer o processo de desenvolvimento de tecnologia e ferramentas do sistema de televisão digital não é uma tarefa fácil, pois tem princípios bem pautados que é de fundamental importância para as grandes organizações desenvolvedoras, empreender e realizar projetos de pesquisa e desenvolvimento de soluções em softwares e hardwares voltados nas áreas de vídeo digital, redes de computadores, emissoras de TV, comércio relacionado ao marketing televisivo e interatividade voltada para o usuário. [UFP2008] Muitos países implantaram nos últimos anos sistemas digitais, que têm inúmeras vantagens sobre os analógicos, como maior imunidade a ruído e melhor qualidade de reprodução. Porém, sua maior vantagem é permitir que as tecnologias de TV, rádio e telefone celular convirjam para as dos computadores. [AEB2007]

14 14 SISTEMA BRASILEIRO DE TELEVISÃO DIGITAL MIDDLEWARE GINGA NCL E GINGA J CAPITULO II A TELEVISÃO E SUA EVOLUÇÃO A história e o desenvolvimento da televisão misturam-se aos grandes descobrimentos dos séculos XIX e XX nas mais diversas áreas das ciências. Desde os primórdios do século XIX, cientistas e pesquisadores se esforçavam para transmitir imagens a distância. Descobertas como, por exemplo, a do selênio em 1817 pelo químico sueco Jons Jakob Berzelius, propiciou o estudo e desenvolvimento de transmissão de imagens por meio de corrente elétrica. [TUD2004] Pode-se dizer que o pontapé inicial para os estudos e posteriormente o invento da televisão deu-se pelo estudante de engenharia alemão Paul Nipkow. Nipkow estudava a idéia de enviar imagens à distância, sua idéia consistia em decompor a imagem em pontos que seriam posteriormente transformados em impulsos elétricos por uma célula fotoelétrica e enviados por um fio. Quando esses impulsos chegassem a um receptor, ocorreria o processo inverso de composição da imagem. Nipkow então criou um disco com furos em expirais o qual varria uma imagem gerando em cada furo uma luz a qual era convertida em corrente elétrica através de uma célula de selênio. Esta corrente elétrica acenderia uma lâmpada que iluminaria outro disco oposto ao primeiro, e geraria a imagem num écran. Esse invento foi denominado de Disco de Nipkow e serviu de pilar para o desenvolvimento da TV. Por este invento Nipkow é considerado como o pai da TV. [TUD2004] Oficialmente a televisão iniciou-se na Alemanha e posteriormente na França tendo a Torre Eiffel como ponto emissor, mas já na década de 20 as primeiras transmissões já eram realizadas em caráter de testes pelo escocês John Logie Baird. Baird utilizou-se de um sistema mecânico baseado no invento do estudante alemão Paul Nipkow. Também na década de 20 nos Estados Unidos dois cientistas trabalhavam numa mesma idéia: transmitir imagens à distância. Embora não soubessem um da existência do outro, o russo Wladimir Zworykin e o americano Philo Farnsworth são considerados os inventores da televisão. Em 1925, Philo Farnsworth concebeu através de fórmulas o diagrama de uma válvula transmissora de imagens. [TUD2004]

15 15 Wladimir Zworykin foi convidado pela RCA para produzir o primeiro tubo de televisão o qual ficou conhecido como Orticon e passou a ser produzido em escala industrial a partir de Este tubo foi apresentado primeiramente em 1936 em Nova York. [IPV2007] Nas décadas seguintes houve uma grande movimentação em torno do desenvolvimento de novas tecnologias, como a implantação da TV em cores a qual já havia estudos desde 1929, mas apenas em 1954 começaram as transmissões a cores nos Estados Unidos utilizando o padrão NTSC. Em 1967 a Alemanha coloca em funcionamento uma variação do padrão americano o qual foi chamado de PAL (Phase Alternation Line), que corrige algumas deficiências do padrão americano. No mesmo ano entra em funcionamento na França o SECAM. No Brasil a primeira transmissão colorida foi feita em caráter fechado pela Embratel e transmitiu a Copa do Mundo de Em 1972 foi realizada a primeira transmissão pública a cores para todo Brasil, cobrindo a Festa da Uva em Caxias do Sul. Foi também nos anos 70 que começou a ser delineado uma revolução que viria décadas depois: a televisão digital. Os japoneses através de um consórcio de estações de TV começaram os estudos para o desenvolvimento de uma televisão de alta definição, a qual foi chamada de HDTV (High Definition TV). No começo dos anos 80 já eram feitos os primeiros testes desta nova tecnologia. No decorrer da década, europeus e americanos faziam estudos e tentavam desenvolver um padrão próprio que atenderia suas demandas. Assim nos anos 90 começava uma nova era da televisão moderna, a era digital. No final da década europeus, americanos e japoneses já faziam transmissões mesmo que em caráter experimental do sinal digital. O mundo ficava dividido entre os três padrões de sinal digital: o padrão americano ATSC (Advanced Television Systems Comitee), o padrão japonês ISDB (Integranted Services Digital Broadcasting) e o padrão europeu DVB (Digital Video Broadcasting). Cada padrão possui suas vantagens e suas debilidades, sendo que a escolha de um padrão deve levar em conta o tipo de serviço almejado como, por exemplo, o tipo de transmissão (HDTV e/ou SDTV), aspectos econômicos e políticos também têm grande influência na escolha. Abaixo segue uma cronologia da história da TV. [TUD2004]

16 CRONOLOGIA DA HISTORIA DA TV 1817 Químico sueco Jons Jakob Berzelius descobre o elemento químico Selênio Alexander Brain obtém a transmissão telegráfica de uma imagem (fac-símile), hoje conhecido como fax Inglês Willoughby Smith comprova que o Selênio possui a propriedade de transformar energia luminosa em energia elétrica Alemão Paul Nipkow inventa um disco com orifícios em espiral com mesma distância entre si que fazia com que o objeto se subdividisse em pequenos elementos que juntos formavam uma imagem Julius Elster e Hans Getiel inventam a célula fotoelétrica Russo Boris Rosing desenvolve um sistema de televisão por raios catódicos Primeiras transmissões realizadas pelo inglês John Logie Baird através do sistema mecânico baseado no invento de Nipkow Russo Wladimir Zworykin patenteia o iconoscópio, invento que utilizava tubos de raios catódicos Philo Farnsworth patenteia um sistema dissecador de imagens por raios catódicos, mas com nível de resolução não satisfatório Hebert Eugene Ives realiza, em Nova Iorque, as primeiras imagens coloridas com 50 linhas de definição por fio, cerca de 18 frames por segundo 1935 Inicia-se oficialmente a televisão na Alemanha e França, sendo a Torre Eiffel o ponto emissor Inicialização das transmissões na Rússia e Estados Unidos Peter Goldmark aperfeiçoa o invento mecânico fazendo demonstrações com 343 linhas, a 20 frames por segundo. Transmissão experimental da TV em cores França volta a transmitir a televisão após a 2ª Guerra Mundial Primeiro sistema de TV a Cabo desenvolvido por Ed Parson França possuía a maior definição de emissora com 819 linhas seguido dos russos com 625 linhas. No Brasil inaugura-se a TV Tupi de São Paulo pertencente a Assis Chateaubriand Primeiras transmissões regulares em cores nos Estados Unidos, utilizando o padrão NTSC.

17 Em 23 de julho, a primeira transmissão via satélite, o satélite artificial Telstar, lançado pela NASA dos EUA Criada a primeira TV de Plasma na Universidade de Illinóis por Donald L. Bitzer e H. Gene Slottow Primeira transmissão via satélite para todo o mundo mostra o homem descendo na Lua Primeira transmissão a cores no Brasil Primeira transmissão pública oficial em cores no Brasil No Japão o consórcio Hi-Vision Promotion Association passa a operar o serviço Digital Hi-Vision Broadcasting durante uma hora por dia Organizações criam o grupo FCC (Federal Communication Commission) para concepção sobre o padrão digital americano FCC convoca 58 redes de TV para discussão sobre os impactos tecnológicos do até então padrão americano (ATC) sobre os serviços existentes União Internacional de Telecomunicações estabelece o primeiro padrão HDTV, baseado em um pacote de transmissão digital Nasce o ATSC (Advanced Television Systems Comittee), padrão de TV Digital americano Japoneses começam os estudos para desenvolvimento do que seria mais tarde o ISDB (Integranted Services Digital Broadcasting) Início de radiodifusão experimental de HDTV digital nos Estados Unidos. Sistema DVB-T utiliza modulação OFDM para TV Digital na Europa Em 6 de março a HBO começa a transmitir padrão HDTV via satélite com o filme U.S. Marshalls. No Brasil a Anatel começa os estudos para implantação do sinal digital Lançado oficialmente o serviço Digital Hi-Vision Broadcasting no Japão Japão lança comercialmente os serviços de televisão digital terrestre Brasil anuncia padrão Japonês para TV digital (ISDB-T) Primeira transmissão digital no Brasil. Uruguai adota o padrão europeu DVB-T O sinal digital chega a algumas capitais brasileiras como Goiânia, Belo Horizonte, Porte Alegre e Salvador. [INA2006] [WIK2007] 2009 Segundo especialistas esse é o ano da entrada da interatividade nas residências brasileiras. Emissoras como Globo e Bandeirantes aguardam apenas receptores com o

18 18 middleware Ginga chegarem ao mercado para fornecerem seus programas interativos. [UOL2008] 2.2 Padrões Com o passar dos anos desde a criação da TV, vários padrões foram desenvolvidos, dentre estes se destacam: Pal O sistema PAL foi criado na Alemanha para correção de erros que existiam no NTSC. Os erros de fase que são introduzidos por reflexões do sinal, podem ser corrigidos pelo sistema PAL. Sem essas correções, o sinal recebido poderia ser influenciado por outro sinal qualquer, resultando em distorções na imagem recebida. [WIK2008] M Durante o desenvolvimento da televisão (preto e branco), foram criadas diversas normas; uma delas era a dependência com a freqüência da rede de energia elétrica local. Como nos Estados Unidos a freqüência da rede elétrica era de 60 Hz, o processo para transmissão de televisão deveria gerar 60 campos de imagem por segundo para evitar o efeito da cintilação. A imagem seria formada por 525 linhas por quadro (formado por 2 campos) e 30 quadros por segundo para dar a sensação de movimento. Estas características do sistema de transmissão de televisão norte-americana fazem parte das normas estabelecidas pela RMA (Radio Manufacturers Association) ou simplesmente "M", e acabou sendo adotadas por outros países com a mesma freqüência de rede, como o Brasil e o Japão (ressalvado que a parte oriental do Japão usa 50 Hz). Países onde a energia elétrica é gerada com a freqüência de 50 Hz como Alemanha, Argentina, e outros, principalmente na Europa, o sincronismo da imagem é formada por 625 linhas por quadro e 25 quadros por segundo para dar a sensação de movimento. [WIK2008]

19 PAL-M PAL-M é o sistema de televisão em cores utilizado pelo Brasil desde sua primeira transmissão oficial, na Festa da Uva em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, em 19 de fevereiro de Consiste em utilizar o sistema PAL de codificação do sinal de cor em uma sub-portadora, no padrão de formação de imagem "M". Foi a solução encontrada na época da adoção do sistema de cor para que, desta forma, as transmissões em cores pudessem ser recebidas pelos aparelhos em preto-e-branco sem a necessidade de adaptadores, e vice-versa. [WIK2008] NTSC NTSC (National Television Systems Committee) é o padrão para a transmissão de televisão analógica nos Estados Unidos e em muitos outros países em todo o mundo. O padrão NTSC foi desenvolvido em 1953 pelo National Television System Comité. Oferece 482 linhas de resolução vertical e 16 milhões de cores. O padrão transmite 525 linhas, mas algumas linhas são utilizadas para sincronizar, vertical retroceder, e legendas fechadas. NTSC proporciona 29,97 frames por segundo. 2.3 TV Digital Podemos definir TV Digital basicamente como sendo a transmissão de televisão na forma digital. O sistema de TV Digital permite transmissões de programas em grande resolução, aumentando consideravelmente a qualidade da imagem e som da TV. Entretanto para o usuário conseguir utilizar essa grande resolução é necessário um aparelho de televisão de alta definição, mais conhecido como HDTV (High Definition Television). Os aparelhos de TV que utilizam de sinais analógicos deverão ter um conversor para exibirem imagens digitais, mas mesmo assim com uma resolução mais baixa que uma TV de Plasma ou Cristal (LCD) que utilizam o padrão digital HDTV. [PAE2005] O sinal digital HDTV é o padrão digital de mais alta resolução existente, podendo

20 20 chegar a resoluções de 1920 x 1080 pixels e chega a exibir cerca de 10 vezes mais pixels do que um aparelho de TV analógico. Entretanto não basta apenas comprar uma TV que suporta o padrão HDTV para ver imagens em alta definição, é necessário primeiramente que uma emissora transmita o sinal de alta definição e este for captado por uma antena interna ou externa via cabo ou serviço contratado via satélite, e o sinal enviado para o conversor digital que transmite as imagens para a TV. Mesmo assim o usuário deverá conferir com a emissora ou provedor de serviços quais programações transmitem em HDTV. Outro padrão utilizado para transmissão digital é o SDTV (Standard Digital Television). [PAE2005] Arquitetura do Sistema de TV Digital Como no modelo OSI para Redes de Computadores, a arquitetura de um sistema de TV digital é dividida em camadas. Estas têm uma autonomia e prestam ou recebem serviço de suas camadas vizinhas. Esta independência traz flexibilidade para os usuários deste sistema. Cada camada existente possui um grupo de padrões industriais ou de mercado, muitos já implantados. A tabela 2.1 apresenta os subsistemas. Tabela Subsistemas de TV Digital [PAE20 05] Função no ambiente Função no ambiente dos Subsistema das emissoras usuários Transmissão e Recepção Transmissão do sinal de TV Digital Sintonia do sinal de TV Modulação e Demodulação Adequação (modulação) ao meio de transmissão Demodulação do sinal em fluxo de transporte codificado. Codificação e Decodificação do fluxo de Codificação do fluxo de transporte Decodificação transporte codificado. Demultiplexação do programa Multiplexação de vários programas em fluxo de Transporte selecionado pelo suário do fluxo de transporte transporte Compressão e Descompressão Compressão de um programa Compressão de um programa Middleware Injeção de dados no fluxo Extração de dados do fluxo e de transporte processamento TV Analógica x TV Digital De maneira simplificada, podemos dizer que a TV analógica forma a imagem e o som de modo contínuo, análogo aos sinais originais. O sinal sofre distorções e interferências

21 21 no canal entre o transmissor e receptor, no sistema analógico o sinal reproduzido já contém essas distorções. [PUC2007] A TV analógica apresenta uma resolução equivalente da ordem de 720 pixels x 480 linhas de elementos de imagem e um aspecto de tamanho da imagem de 4:3, o sinal de transmissão preenche a largura de banda de 6 MHz. O padrão brasileiro PAL-M utiliza 525 linhas e 60 quadros/s entrelaçados, já que cada quadro passa duas vezes. Quanto à qualidade de Áudio, utiliza-se mono ou estéreo. Não possui recursos extras, como interatividade e o uso do espectro são limitados por interferências [TVD2005] A TV digital tem uma resolução máxima de 1920 pixels x 1080 linhas. O formato da imagem é mais amplo, de 19:9, com 30 quadros/não entrelaçados. A principal característica é a presença de funcionalidades (ou serviços) que permitam algum tipo de interatividade entre o telespectador e a emissora. O acesso a informações adicionais como, por exemplo, o menu de programação e a interação do usuário com a emissora, pode ser feito através de um canal de retorno ou por alguma aplicação residente no STB (Set Top Box) ou receptor. [TVD2005]

22 22 SISTEMA BRASILEIRO DE TELEVISÃO DIGITAL MIDDLEWARE GINGA NCL E GINGA J CAPITULO III TV DIGITAL NO MUNDO Existem três tipos de Sistemas de TV Digital importantes em funcionamento no mundo. A concepção de cada um dos três padrões de televisão digital utilizados atualmente nos vários países do mundo refletiu, de forma bastante clara, os requisitos de mercado vigentes à época de sua concepção nas regiões em que foram desenvolvidos. [CPQ2006] Figura 3.1 Sistemas de TV Digital no mundo [SBT2008] 3.1. Padrões Internacionais de TV Digital Abaixo segue algumas características dos principais padrões internacionais de TV Digital usados atualmente, ATSC, DVB e ISDB. [SER2006] Não será mencionado o Padrão DMB em vigência na China, pois se trata de um sistema novo é em estruturação, portanto existe pouco material que aborda o assunto.

23 Padrão Americano - ATSC No final dos anos 80, foi iniciada a discussão sobre televisão avançada, mais precisamente HDTV (High Definition Digital Television). Em 1987, a Comissão Federal de Comunicações dos EUA criou um comitê para elaborar um plano político e técnico sobre televisão avançada. Em 1993, o comitê já havia descartado 23 propostas de sistemas de televisão avançada, quando foi formada a Grande Aliança, que veio a divulgar o ATSC em Hoje, o ATSC é uma organização composta por aproximadamente 140 membros (entre empresas, universidades e centros tecnológicos) e é encarregada de normatizar a utilização do padrão, inclusive por outros países. [DSC2006] De fato, nos Estados Unidos, a tendência é que as vendas de equipamentos receptores de sinais de televisão digital aumentem muito quando grandes emissoras do país passem a disponibilizar partes significativas de sua programação em HDTV, em especial de programas esportivos. Foi o que aconteceu quando duas das maiores redes de televisão do país, a CBS e a ABC, começaram a transmitir, respectivamente, a programação do horário nobre e jogos de futebol americano em HDTV. Paralelamente a esses dois movimentos, o preço de um televisor digital caiu em 20% num período de dois anos, entre 2000 e 2002, enquanto suas vendas cresceram 125,1%. [DSC2006] Padrão Europeu DVB Apesar de todos os países da Europa que iniciaram as transmissões digitais terrestres terem optado, pelo menos num primeiro momento, pela disponibilização da programação apenas em SDTV, modalidade de transmissão sem grandes diferenciais para a qualidade obtida em aparelhos analógicos, mas que requer unidades decodificadoras para a recepção do sinal digital mais baratas do que aquelas exigidas para captar o sinal em HDTV, fato que repercutiu, portanto, em menores custos para o consumidor, estes últimos tenham tido acesso as set-top boxes a um custo menor e, muitas vezes, gratuitamente, a transmissão digital não encontrou tantos adeptos no continente. Independentemente da realidade dos países do continente Europeu, esse novo suporte tecnológico vem apresentando uma série de dificuldades semelhantes, sobretudo no

24 24 que se refere à viabilidade dos canais pagos terrestres, bem como dos serviços interativos. [DSC2006] Padrão Japonês - ISDB O ISDB (Integrated Services Digital Broadcasting), sistema japonês de TV Digital foi criado em 1999 pelo consórcio Dibeg (Digital Broadcasting Experts Group), que tem a emissora NHK como principal sustentáculo. O Japão começou a desenvolver um sistema de HDTV já na década de 70. Esse sistema, baseado em processamento digital e transmissão analógica, e conhecido como MUSE, começou a ser testado em meados da década de 80 e entrou em operação comercial no final daquela década, com transmissões via satélite. Aparentemente, a existência em operação desse sistema analógico foi o fator que mais pesou para os japoneses terem entrado tão tardiamente na corrida da TV Digital, em [DIG2007] Desta forma, o Japão, que havia começado as primeiras pesquisas sobre televisão de alta definição em meados dos anos setenta, tinha agora um padrão completamente digital que também englobava o conceito de televisão de alta definição. O padrão ISDB é formado por um conjunto de documentos que definem as medidas adotadas em relação ao meio de transmissão, transporte, codificação e middleware, camada de comunicação entre o software e hardware.. [DIG2007] Do ponto de vista de tecnologia e desempenho, o padrão japonês pode ser considerado o mais avançado, pois teve a mobilidade e flexibilidade como principal prérequisito durante o seu desenvolvimento, sendo assim adequado para recepção portátil de dados e imagens. Além deste fato, este padrão tem uma intensa convergência, suporta modulação digital de alta qualidade e ainda engloba os conceitos de televisão de alta definição. [SJC2006] Outro grande diferencial do ISDB é a segmentação de canais. Isto significa que o canal digital é subdividido em vários sub-canais que permite assim a transmissão paralela de vários serviços. [DSC2006] Enfim, o ISDB utilizou as qualidades do já existente DVB (europeu) e incrementou novos e poderosos conceitos que tornaram este padrão o mais robusto da atualidade. [SJC2006]

25 Formatos de TV Digital O sinal da TV Digital pode ser transmitido em 4 formatos, LDTV, SDTV, EDTV e HDTV. Partindo do princípio que o maior atrativo da TV Digital é sua qualidade de imagem e som, o formato HDTV é o mais indicado por ser altamente superior aos outros formatos existentes, porém apenas alguns programas estão sendo transmitidos em HDTV devido ao seu alto custo LDTV Low Definition Television LDTV (Low Definition Television - TV de baixa resolução) tem uma resolução de 320 pixels x 240 linhas, sua qualidade é um pouco maior que a de um vídeo cassete doméstico VHS, e um pouco pior do que a imagem que temos hoje na televisão. O formato LDTV, na verdade, seria utilizado para a transmissão de conteúdo de televisão digital em aparelhos celulares. [WIK2006] SDTV Standard Definition Television SDTV (Standard Definition Television - Televisão de definição padrão) tem uma resolução de 640 pixels x 480 linhas. Apesar de a SDTV apresentar valores de resolução parecidos com o da TV analógica convencional, sua qualidade é bem superior, sendo comparada à imagem de estúdio profissional dos sistemas analógicos, e muito próximo da qualidade do DVD. O sistema de som mais adotado é o estéreo de dois canais, e o formato de tela predominante é o 4:3. [WIK2006] EDTV Extended Definition Television EDTV (Extended Definition Television - Televisão de definição estendida), é um formato intermediário entre a SDTV e a HDTV, têm uma resolução espacial de 720 pixels x 480 linhas. O formato da imagem EDTV é 16:9 e o som da mesma forma que na HDTV é transmitido no sistema 5.1. [WIK2006]

26 HDTV High Definition Television HDTV (Televisão de alta definição) tem uma qualidade de imagem muito superior, e pode ser comparada a qualidade da película de filme. Sua resolução é predominantemente 1920 pixels x 1080 linhas e seu formato de tela é 16:9. O som é transmitido em múltiplos canais, começando no 2.0 até 12.1 (home theater), mas geralmente o formato é 5.1. [WIK2006]

27 27 SISTEMA BRASILEIRO DE TELEVISÃO DIGITAL MIDDLEWARE GINGA NCL E GINGA J CAPITULO IV O PADRÃO BRASILEIRO DE TV DIGITAL O governo do brasileiro escolheu o padrão do sistema japonês para basear sua tecnologia de TV Digital. Após um debate que se estendeu por dez anos no Brasil teve um capítulo concluído no dia 29 de junho, com resultados positivos para toda a sociedade brasileira. O presidente da república assinou o decreto que define o Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (SBTVD-T) e estabelece as diretrizes para a transição do sistema de analógico para digital [MTC2007] Existem no Brasil 43 milhões de domicílios com cerca de 54 milhões de aparelhos de TV fixos, com tecnologia analógica. Recentemente, o mercado de telefones celulares se expandiu de forma imprevisível: há hoje cerca de 85 milhões em uso no país. [MET2007] No futuro, cada celular poderá ser uma unidade de TV móvel. Estima-se que estão em jogo negócios de ao menos R$ 100 bilhões em investimentos a serem feitos num período de 5 a 10 anos na adequação ou substituição de televisores analógicos, celulares e aparelhos portáteis com TV, nos sistemas de transmissão e na produção de conteúdo. Partindo da premissa de valorizar o conhecimento e a capacidade de produção nacionais, em novembro de 2003 foi assinado o decreto instituindo o SBTVD-T e determinando a mobilização de pesquisadores para estudar os aspectos envolvidos na adoção da nova tecnologia. Também estabeleceu as diretrizes para o sistema: acessibilidade por parte de toda a população; inclusão social; preservação da identidade nacional nos meios de comunicação de massa; fortalecimento da cadeia produtiva de televisão, compreendendo, entre outros, as empresas de radiodifusão e de criação de conteúdos, equipamentos e software. Cerca de cientistas e técnicos, distribuídos em 22 consórcios formados por 90 entidades de pesquisa e empresas, estudaram durante dois anos os padrões de TV digital implantados no mundo (o japonês, o europeu e o norte-americano) e as opções para o SBTVD-T, financiados pelos ministérios das Comunicações e da Ciência e Tecnologia. Com base nesses estudos e em consultas a representantes de diversos segmentos da sociedade,

28 28 empresas difusoras de TV e de telefonia, indústrias do setor eletrônico e discussões realizadas no Congresso e em fóruns diversos-, o governo definiu as características do SBTVD-T. Ele não é igual a nenhum dos três padrões existentes: é o mais avançado de todos. A transmissão de TV digital no é feita pelo sistema de modulação do padrão japonês, com componentes exclusivos criados no Brasil ou desenvolvidos após a implantação dos demais sistemas. O SBTVD-T mantém as características da TV brasileira, aberta e gratuita para toda a população, podendo ser captada por receptores fixos ou portáteis. O sistema de modulação japonês é o único que, atualmente, permite transmitir imagens com a mesma qualidade, em um só canal, como utilizado no Brasil. O acordo assinado entre o Brasil e o Japão prevê parcerias entre centros de pesquisa e empresas dos dois países, como também a incorporação de tecnologias aqui desenvolvidas no sistema japonês. E o Brasil já tem discutido com nossos vizinhos para que a configuração final do sistema seja comum ao MERCOSUL ampliado. Os desafios para a indústria nacional de eletrônica, para os pesquisadores, produtores culturais e difusoras de TV estão apenas começando, pois o novo sistema irá revolucionar os meios de transmissão de imagens e de comunicação. Mas eles serão vencidos com a determinação e a criatividade de nossa gente. [AEB2007] 4.1. Plataforma da SBTVD Com a adoção do sistema de modulação do SBTVD baseado no modelo japonês, que é o mais robusto da atualidade e utilizou as qualidades do já existente DVB (europeu) e incrementou novos e poderosos conceitos, sendo assim a plataforma utilizada no padrão adotada pelo Brasil tornará o desfrute da tecnologia da TV Digital ainda mais interessante. A tecnologia usada para o SBTVD é realizada a partir de uma arquitetura genérica comum aos sistemas de TV Digital. A arquitetura proposta baseia-se no modelo de referência da UIT (União Internacional de Telecomunicações). Esse modelo foi enriquecido com os detalhes necessários para atender aos preceitos do Decreto 4.901/2003 (Brasil, 2003). Foi acrescentada ao modelo a representação do Canal de Interatividade. Além disso, optou-se por se representar de forma única as funções de Multiplexação e Transporte, agrupadas na Camada de Transporte. De forma análoga, a Codificação de Canal, Modulação e Transmissão estão representadas em um único módulo. Por fim, o Receptor Digital foi expandido, para que fosse possível dar uma ênfase maior à sua arquitetura.

29 29 O sistema é definido como uma plataforma multimídia capaz de transmitir sinais de áudio e vídeo de alta qualidade, bem como dados, utilizando o sinal de radiodifusão em freqüências de VHF/UHF. A capacidade de transmissão de dados, que podem estar vinculados ou não à programação, possibilita o desenvolvimento de novos serviços e aplicações digitais. A Arquitetura de Referência para sistemas de Televisão Digital Terrestre está representada no diagrama da Figura 4.1. A figura mostra o sistema através da apresentação do fluxo de informação. O sistema atua como uma plataforma de comunicação entre uma fonte de conteúdo, representada no diagrama pela Produção de Conteúdo, e os usuários finais, que fazem uso das Aplicações Interativas, e está dividido em duas entidades complementares: a Difusão e Acesso e o Terminal de Acesso. [CPQ2007] Figura Diagrama do fluxo de informação do SBTVD [CPQ2007] A parte da Difusão e Acesso é constituída pelos módulos necessários à codificação e ao empacotamento das informações a serem transmitidas para aos receptores digitais. Para que os sinais de áudio e vídeo e os dados, originados na Produção de Conteúdo, possam ser transmitidos pela plataforma de Televisão Digital Terrestre, estes precisam ser adequadamente codificados, o que inclui a sua compactação e a inserção de informações que permitam, posteriormente, a sua recuperação, pelos Codificadores de Áudio, de Vídeo e de Dados, respectivamente, conforme observado na Figura 4.1. Uma vez codificados, os sinais

30 30 são processados pela Camada de Transporte, que os empacota e reúne em um único sinal de transporte, ou feixe de transporte (Transport Stream - TS), acrescentando-lhes informações auxiliares de controle. Na etapa seguinte, o sinal gerado na Camada de Transporte passa por um processamento adicional no módulo de Codificação de Canal, Modulação e Transmissão, por onde é transmitido. A parte do Terminal de Acesso é composta pelos módulos necessários para efetuar o processamento reverso ao da Difusão e Acesso, reconstituindo as informações originais de áudio, vídeo e dados. O sinal recebido pelo Terminal de Acesso, através de antenas receptoras, no módulo de Recepção, Demodulação e Decodificação de Canal, passa por um processo de demodulação e de decodificação de canal, de onde resulta o sinal de transporte que será enviado à etapa de demultiplexação, no módulo da Camada de Transporte. A Camada de Transporte separa os sinais codificados de Áudio, Vídeo e Dados, que são então submetidos aos Decodificadores de Áudio, de Vídeo e ao Middleware, respectivamente. Os Decodificadores de Áudio e Vídeo reconstituem os sinais originais, para que possam ser corretamente exibidos. O Middleware, por outro lado, além de decodificar os dados recebidos, é responsável por tratar as instruções, funcionando como uma plataforma de execução de software. Como resultado final, temos as Aplicações Interativas sendo utilizadas pelos usuários. O sistema possui ainda um Canal de Interatividade, composto de um Canal de Descida e um Canal de Retorno, que possibilita a interação do usuário final com a Produção de Conteúdo, permitindo-lhe receber ou enviar solicitações e informações. [CPQ2007]

31 31 SISTEMA BRASILEIRO DE TELEVISÃO DIGITAL MIDDLEWARE GINGA NCL E GINGA J CAPITULO V INTERATIVIDADE A interatividade é um recurso essencial para uma TV Digital de qualidade. Através da interatividade, o telespectador abandonará o papel meramente passivo para se tornar ativo frente à programação, com o poder de interagir com a televisão, ou seja, o telespectador poderá "escolher" qual programa, seriado, filme ou novela irá assistir, a qualquer hora e a qualquer momento que desejar. Este tipo de televisão deu-se o nome de IDTV (Interactive Digital Television). [SBT2005] Dependendo do tipo de interatividade desejada, pode ser feito o uso de um canal de retorno. Há vários estudos em desenvolvimento sobre que tipo de tecnologia (wimax, banda larga, satélite) o Brasil poderia adotar, mas até agora não se chegou a uma resposta satisfatória de que tipo de canal de retorno será usado. Segundo [PUC2007], linhas telefônicas fixas têm uma penetração da ordem de 50% das residências no Brasil (contra 90% da TV analógica), capacidade limitada de transmissão (banda estreita) e custo de utilização. Telefonia celular tem boa cobertura (mas não total, particularmente em regiões de poucos habitantes) e custo de utilização muito elevado. Outras soluções sem fio como WiFi e WiMax envolvem custo de implantação e de utilização Níveis de interatividade Do ponto de vista técnico, o grau de interação do usuário com a TV pode ser classificado em três categorias: local, intermitente e permanente. [SBT2005] Local A interatividade local pode ser considerada como a mais básica das categorias. A antena doméstica recebe os fluxos de áudio e vídeo enquanto o receptor digital Set Top Box, é

32 32 o responsável pelo armazenamento do fluxo de dados, ou seja, pelas aplicações que estarão sendo executadas e que permitirão ao telespectador a interação propriamente dita (aplicações residentes em memória). Porém, o telespectador não conseguira realizar o envio de dados em direção ao emissor, pois esse nível de interatividade não possui um canal de retorno ou canal de interação. Alguns exemplos de aplicações classificadas nessa categoria temos: a configuração de legendas, jogos residentes, guias de programação (Electronic Program Guide, figura 5.1), etc. Figura 5.1 EPG (Electronic Program Guide). [SBT2005] Intermitente No nível intermitente, a antena doméstica continua exercendo a função de receptora de fluxos de áudio e vídeo. Já o STB apresenta uma mudança significativa: a adição de um canal de retorno. Este canal permite que o telespectador transmita fluxos de dados ao servidor através do controle remoto, mas o servidor não envia respostas ao telespectador. Por isso, o canal de retorno é considerado não-dedicado. Sendo uma comunicação de dados unidirecional, alguns exemplos dessa de interatividade tem votações, pesquisas de opinião, quiz (Figura 5.2) entre outras.

33 33 Figura Aplicação Específica de Programa. [SBT2005] Permanente A interatividade permanente é uma evolução da interatividade intermitente, na qual a comunicação dos dados deixa de ser unidirecional para se tornar bidirecional, existindo para isso um canal de retorno dedicado no STB. Em comparação esse nível de interatividade equivale-se basicamente aos serviços de um computador conectado a internet onde o telespectador poderá usufruir de aplicações como navegação, , chat, jogos em tempo real, compras (T-Commerce), homebanking, ensino a distancia, entre outras.

34 34 Figura 5.3 Aplicação Permanente. [SBT2005] 5.2 Momento atual Atualmente a emissora fluminense Rede Globo de Televisão está em constantes reuniões para definição de como a interatividade fará parte de sua programação. A emissora já faz testes internos, porém têm de esperar o lançamento de conversores com o Ginga. Há indícios de que a emissora implantará um programa interativo em janeiro de 2009, o programa em questão seria o Big Brother Brasil 8 e o Mais Você de Ana Maria Braga, "Estamos pensando em sistemas em que a telespectadora poderia armazenar as receitas da Ana Maria Braga, em vez de só ver enquanto a receita é transmitida ao vivo", diz Liliana Nakonechnyj, diretora de engenharia de transmissão da Globo. Outra possibilidade é usar o sistema nas votações de programas como o "BBB", em que atualmente os espectadores usam telefone, internet e SMS para eliminar um candidato. "Deve ser algo mais voltado para o público jovem. Acho difícil que a minha mãe vá querer ficar mexendo nesse tipo de coisa", diz Nakonechnyj. A rede de televisão Bandeirantes de São Paulo já definiu alguns parâmetros de como funcionará a interatividade. Foi definido pela emissora que a interatividade não ocupará toda a tela nos intervalos, para que os próximos comerciais programados sejam exibidos. Apenas o último comercial do brake poderá ter interatividade em tela cheia e a interatividade dos programas será cortada quando os intervalos entrarem no ar. [UOL2008] Apesar de toda movimentação das emissoras em torno da interatividade, a mesma ainda não pode ser levada a cabo pois ainda não existem no mercado conversores lançados

35 35 com o software Ginga, entretanto, no mercado informal já podem ser encontrados conversores com Ginga tabajara. O principal obstáculo seria a implementação e compatibilidade do Java (Ginga-J) que ainda não está completamente especificado ao contrário do Ginga-NCL, o qual já pode ser embarcado nos conversores digitais. Porém, os desenvolvedores querem ter a certeza de que os conversores lançados com o Ginga-NCL serão compatíveis com o Ginga-J. [IDG2008] Em relação a TV Digital, a mesma completa 1 ano de seu lançamento e hoje seu sinal já chega a 40 milhões de habitantes, entretanto seus adeptos não chegam a 650 mil. [FSB2008]. Isso representa apenas 0,23% dos 90 milhões de televisores brasileiros, a interatividade tão esperada ainda não saiu o que acabou por empacar as vendas dos conversores digitais, os quais em um ano reduziram consideravelmente o preço. Quem mesmo ficou satisfeito com a TV digital foi outro tipo de telespectador: o móvel, seduzido pela novidade e pela estabilidade do sinal. A tecnologia estreou em receptores para notebooks, carros e MiniTVs, mas teve maior destaque mesmo no celular - o dispositivo foi o que mais vendeu entre todos os equipamentos para TV digital, incluindo TVs e conversores. [ESP2008].

36 36 SISTEMA BRASILEIRO DE TELEVISÃO DIGITAL MIDDLEWARE GINGA NCL E GINGA J CAPITULO VI MIDDLEWARE A finalidade da camada de middleware é oferecer um serviço padronizado para as aplicações (as quais residem na camada de aplicação), escondendo as peculiaridades e heterogeneidades das camadas inferiores (tecnologias de compressão, de transporte e de modulação). O uso do middleware facilita a portabilidade das aplicações, permitindo que sejam transportadas para qualquer receptor digital (set-top-box) que suporte o middleware adotado. Uma das funções do middleware é fornecer suporte às aplicações. O suporte é fornecido através de uma API (Application Programming Interface), cuja funcionalidade deve ser regida pela necessidade das aplicações a serem executadas no ambiente de TV Digital. [PAE2005] Buscando evitar uma proliferação de padrões de middleware, os principais sistemas existentes de TV Digital, adotam um padrão de middleware em seus receptores digitais. Esses padrões, DASE, ARIB, e MHP, respectivamente, são apresentados sucintamente a seguir: DASE Foi desenvolvido como um padrão norte-americano para a camada de middleware nos settop-boxes. O DASE executa uma máquina virtual Java para aplicações desenvolvidas na API JavaTV e também permite o uso de linguagens declarativas como HTML e Java Script. ARIB É o middleware usado no Japão. É formado por alguns padrões como o ARIB STD-B24 e o ARIB STD-B23. O middleware japonês permite tanto aplicações interativas desenvolvidas em Java quanto linguagens declarativas baseadas em XML. MHP É o padrão europeu de middleware para a TV Digital. O ambiente de execução do middleware é baseado em uma máquina virtual Java e em um conjunto de APIs que possibilitam aos programas escritos em Java o acesso a recursos e facilidades do receptor digital de forma padronizada. Além da possibilidade de desenvolvimento de aplicações em Java, o MHP 1.1 introduziu a possibilidade de usar uma linguagem semelhante ao HTML, denominada DVB-HTML. [MHP2003]

37 37 Figura 6.1: Arquitetura da TV Digital [PAE2005] A Tabela 6.1 apresenta as comparações entre as principais características dos padrões de Middleware mais importantes. Tabela Comparação das características dos padrões de Middleware [PAE2005]

38 GINGA, O MIDDLEWARE BRASILEIRO Ginga é o middleware desenvolvido pela PUC - Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) e UFPB (Universidade Federal da Paraíba) e que em breve estará nos receptores digitais de todo Brasil. O middleware Ginga é resultado de vários anos de pesquisas e foi desenvolvido especificamente para a realidade brasileira, provendo recursos e inovações tecnológicas para melhor desempenho e qualidade. O Middleware Ginga pode ser dividido em três subsistemas: Ginga-CC, Ginga-J e Ginga-NCL Ginga-CC (Ginga Common-Core) Oferece o suporte básico para os ambientes declarativo (Ginga-NCL) e procedural (Ginga-J). Dependendo das funcionalidades requeridas no projeto de cada aplicação, um paradigma de programação (declarativo ou procedural) possuirá uma melhor adequação que o outro. Como principais funções destaca-se a exibição dos vários objetos de mídia, o controle do plano gráfico, o tratamento de dados obtidos do carrossel de objetos DSM-CC, o tratamento do canal de retorno, entre outras. [GIN2006] Ginga-J Foi desenvolvido pela UFPB para prover uma infra-estrutura de execução de aplicações baseadas em linguagem Java, com facilidades especificamente voltadas para o ambiente de TV digital. Pode ser dividido em três partes: as APIs vermelhas, inovações que dão suporte às aplicações brasileiras, em especial as de inclusão social; as APIs amarelas, também inovações brasileiras, mas que podem ser exportadas para os outros sistemas; e as APIs verdes, que seguem o núcleo comum do padrão GEM (Globally Executable MHP). [GIN2006]

39 Ginga-NCL Foi desenvolvido pela PUC - Rio para prover uma infra-estrutura de apresentação de aplicações baseadas em documentos hipermídia escritos em linguagem NCL, com facilidades para a especificação de aspectos de interatividade, sincronismo espaço-temporal de objetos de mídia, adaptabilidade e suporte a múltiplos dispositivos. Para facilitar o desenvolvimento de aplicações Ginga-NCL, a PUC - Rio desenvolveu uma ferramenta denominada Composer a qual é totalmente voltada para o desenvolvimento de programas NCL para a IDTV. Nessa ferramenta, as abstrações são definidas em diversos tipos de visões que permitem simular um tipo específico de edição (estrutural, temporal, leiaute e textual). Essas visões funcionam de maneira sincronizada, a fim de oferecer um ambiente integrado de autoria. [GIN2006] O middleware Ginga oferece uma série de facilidades para o desenvolvimento de conteúdo e aplicativos para TV Digital, entre elas a possibilidade desses conteúdos serem exibidos nos mais diferentes sistemas de recepção, independente do fabricante e tipo de receptor (TV, celular, PDAs etc.). No modelo de referência do Sistema Brasileiro, Ginga é uma camada de software interposta entre as aplicações e os outros módulos que compõem o Sistema Brasileiro, que são, usualmente, implementados por hardware (Figura 6.2). [PAE2005] Figura 6.2. Middleware Ginga [PAE2005] 6.2. Desenvolvimento da aplicação NCL Como parte do estudo de interatividade para TV Digital, foi desenvolvido uma aplicação a qual chamamos de Interatividade NCL-JAVA a qual utilizamos de duas

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