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1 Monopólio - Barreiras à entrada estruturais (legais) As barreiras estruturais decorrem das características dos mercados (tecnológicas, económicas ou legais) (i) economias de escala: o mercado (em termos de procura) pode ser demasiado peueno para suportar um número elevado de empresas. Tal acontece uando há elevadas economias de escala, isto é, uando o custo unitário é decrescente até um volume de produção elevado. Uma empresa relativamente peuena ue entre no mercado tende a ter um custo médio superior à receita média. Um caso extremo diz respeito aos monopólios naturais: para os volumes de produção relevantes o aproveitamento das economias de escala exige ue haja apenas um produtor no mercado - uma única empresa pode produzir o output total com menor custo ue um $ número maior de empresas; exemplo: Se a uantidade procurada for, então é mais vantajoso existir uma única empresa a produzir unidades do ue existirem duas a produzir 5 unidades cada; 5 5 TM L 5 Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab. 64 Monopólio - Barreiras à entrada estruturais (legais) (ii) vantagens absolutas de custos: custos inferiores, resultantes por exemplo da experiência de estar no mercado há mais tempo, ou de se utilizar uma tecnologia mais eficiente ou de se ter acesso a preços dos factores produtivos mais baixos, permite ao monopolista baixar o preço e ganhar guerras de preço. Uma empresa ue entre num mercado suporta custos de experiência (contrata trabalhadores menos experientes e logo, menos eficientes) e custos de transacção (tem de procurar fornecedores e clientes) mais elevados; $ TM entrante TM instalada Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab. 64

2 Monopólio - Barreiras à entrada estruturais (legais) (iii) patentes e concessões: trata-se de uma protecção legal para uso exclusivo do produto ue a empresa desenvolveu, permitindo a recuperação dos investimentos assumidos e fomentando a inovação (exemplo: indústria farmacêutica). espesas expressivas em investigação e desenvolvimento podem desincentivar a entrada no mercado, além de permitirem às empresas existentes enfrentarem custos menores e, portanto, praticarem preços inferiores; (iv) diferenciação (por exemplo: espacial): uando o produto é diferenciado, as empresas não são price-takers mesmo uando são em número elevado. A existência de muitas empresas pode tornar os custos não suportáveis - ampliação dos efeitos de economias de escala; (v) restrições do comércio internacional: é o caso de tarifas e uotas protectoras de mercados internos. Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab. 64 Barreiras à entrada estratégicas As barreiras estratégicas decorrem da acção das empresas instaladas com o objectivo de evitar a entrada. (i) preço limite: a empresa existente pode adoptar políticas de preços, baixando o preço e obrigando as potenciais entrantes a enfrentarem prejuízos se decidirem entrar no mercado. (ii) excesso de diferenciação (proliferação de marcas) Exemplo: Nos EUA, há 5 anos, existiam 4 empresas de cereais de peueno-almoço. Essas empresas criaram marcas. Foi provado em tribunal ue essas 4 empresas estavam a produzir marcas a mais, o ue impedia ualuer outra empresa de entrar no mercado. (iii) controle de inputs e outlets: a empresa presente no mercado controla o acesso aos factores produtivos e aos postos de venda (chocolates no Reino Unido: as duas maiores empresas têm contratos com supermercados o ue dificulta a entrada de outras empresas neste canal de distribuição); (iv) publicidade: a conuista de fidelização por parte dos consumidores através da imposição de um marca pode tornar uma entrada no mercado mais dispendiosa. Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab. 64

3 O euilíbrio Em monopólio, existe apenas um produtor ue tem poder de mercado pois domina totalmente o lado da oferta, não tendo ualuer concorrente. Logo, o monopolista fixa o preço de mercado (price-maker) ou a uantidade. No entanto, esse poder de mercado é limitado, dado ue o monopolista está sujeito à curva da procura. Significa então ue a função procura ue o monopolista enfrenta corresponde à função procura de mercado. ado ue a função procura é negativamente inclinada, então o monopolista enfrenta uma relação inversa entre o preço e a uantidade: uanto mais elevado for o preço, menor a uantidade ue os consumidores estão dispostos a aduirir (e vice-versa) RT (). () drt d ( ( ). ) d d d d Significa então ue a receita marginal tem duas componentes: o preço a ue é vendida a última unidade, ue é positiva; d/d, ue é negativa: a diminuição do preço ue se verifica em todas as unidades anteriores (em concorrência perfeita, d/d ). Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab. 64 O euilíbrio O euilíbrio corresponde à situação em ue o monopolista maximiza o lucro: Max LT RT T ondição de primeira ordem (O): ondição de segunda ordem (SO): dlt drt dt d LT - < d < d d d d d d d Significa então ue o lucro do monopolista é maximizado uando o benefício obtido com a venda da última unidade produzida iguala o custo de produzir essa unidade adicional. ara volumes de produção superiores ao volume de produção de euilíbrio, >, donde a produção de uma unidade adicional faz reduzir o lucro, pelo ue se deve reduzir a produção; para volumes de produção inferiores ao volume de produção de euilíbrio, < deve produzir-se mais pois o lucro aumenta. * * Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab. 64 3

4 aracterísticas do euilíbrio (i) Receita marginal e Receita média No modelo de concorrência perfeita,. No entanto, em monopólio,. Numa análise mais cuidada da função procura de mercado, temos ue se o monopolista praticar o preço, então vende e tem uma receita total AB. Se o monopolista uiser aumentar a uantidade vendida no mercado para, então terá ue diminuir o preço para. A receita total do monopolista é agora B. A variação na receita total é -A, em ue A representa a diminuição da receita provocada pela diminuição do preço (A.) e representa o acréscimo de receita ue resulta do aumento da uantidade vendida (.). $ A B Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab. 64 aracterísticas do euilíbrio (ii) Relação entre preço, receita marginal e elasticidade preço da procura Em monopólio,, ou seja, o preço é igual à receita média e >, ou seja, a receita marginal do monopolista está relacionada com a função procura de mercado. Será assim possível definir-se uma relação entre e elasticidade preço da procura: B A I Epd > ( ) ( ) Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab. 64 ( ) RT ( ) ( ) ( ) ( ) ε B Epd B II Epd < A A Apesar de poder escolher ualuer ponto ao longo da procura, o monopolista maximizador do lucro apenas vai produzir na zona elástica da curva da procura, em ue >. e facto, se o monopolista produzir em A (zona inelástica da procura), então pode sempre aumentar o seu lucro reduzindo a uantidade e aumentando o preço. Assim, se se deslocar para B, então RT I II >. 4

5 aracterísticas do euilíbrio (iii) Relação entre preço, custo marginal e elasticidade preço da procura ( ) ( ) ( ) ε ε ε uanto menos elástica for a curva da procura, mais o preço do monopolista excederá o (>). No euilíbrio competitivo,, o ue resulta de Epd. Exemplo: no mercado A, a função procura é mais elástica, pelo ue a diferença entre o preço de mercado e o é menor. Mercado A Mercado B B A A B A B B A Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab. 64 aracterísticas do euilíbrio (iv) reços de markup iversos estudos concluem ue é freuente as empresas definirem os preços considerando uma margem sobre os custos de produção (markup). ( ) ( ) ( ) / ε ( ) ε ε Significa então a markup óptima do monopolista é tanto mais elevada uanto menos elástica for a curva da procura. No caso limite de concorrência perfeita, a elasticidade preço da procura é infinita e a markup, zero. Se uma empresa define uma markup fixa ue não se actualiza uando ocorrem alterações da procura, então esta política de definição de preços não é compatível com a maximização do lucro. Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab. 64 5

6 aracterísticas do euilíbrio (v) Índice de Lerner uando uma empresa enfrenta uma curva da procura negativamente inclinada, então tem capacidade para escolher o preço de mercado. izemos então ue a empresa tem poder de mercado, sendo este medido pela percentagem da markup sobre o custo marginal. Esta medida do poder de mercado foi definida pelo economista Abba Lerner, sendo por isso denominada de Índice de Lerner de oder de Mercado. Índice de Lerner ( ) ( ) ε uanto maior este índice (varia entre e ), maior é a distância entre o preço praticado e o preço concorrencial (cmg). O Índice de Lerner depende da elasticidade da procura: uanto menos elástica for a curva da procura com ue a empresa se depara, maior é a diferença entre o preço e o custo marginal e, portanto, maior é o poder da empresa sobre o consumidor. Em concorrência perfeita, o poder de mercado é zero () Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab. 64 aracterísticas do euilíbrio (vi) erda de bem-estar em monopólio omo vimos, em euilíbrio de concorrência perfeita,, ou seja, o benefício da última unidade transaccionada no mercado para os consumidores é igual ao custo dessa unidade para os produtores (situação em ue o bem-estar social é máximo). No euilíbrio do monopolista, ( ) > ( ), ou seja, o preço de mercado é superior ao custo marginal (ineficiência social). Significa então o valor ue os consumidores atribuem à última unidade transaccionada é superior ao custo dessa unidade para o produtor, pelo ue se regista uma perda de bem-estar social. emonstração: W() [U() ()] [() ()] U() () Esta medida tem um valor máximo uando W () logo uando U () (). No euilíbrio de concorrência perfeita verifica-se (), logo nesta solução o bem estar social é máximo: U () : consumidores pagam o preço idêntico à utilidade marginal (): as empresas recebem o preço idêntico ao custo marginal Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab. 64 6

7 aracterísticas do euilíbrio $ m c A B E m Ec E m c oncorrência perfeita Monopólio E AB A -B- E E B B-E W E E ABE AB --E Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab. 64 Vantagens/esvantagens do Monopólio Logo, o monopólio apresenta desvantagens: desincentivo ao progresso tecnológico pelo facto do monopolista se acomodar à posição dominante; a acomodação à posição dominante pode também gerar ineficiências no sentido em ue não há a preocupação de se produzir ao menor custo possível; a concorrência incentiva as empresas a produzirem ao menor custo; comportamento rent-seeking: a procura de aduirir ou manter situações de monopólio para conseguir rendas elevadas implica gastos em recursos para manter a posição dominante e não para produzir bens e serviços. ontudo, o monopólio tem vantagens: a possibilidade de obter lucros de monopólio, pelo menos durante algum tempo, pode ser um incentivo para a inovação (patentes: protecção legal para uso exclusivo do produto ue a empresa desenvolveu); se existirem economias de escala até volumes de produção elevados, pode ser a única solução para o fornecimento do produto (monopólio natural: custos unitários decrescentes até ao nível de produção ue satisfaça a procura). Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab. 64 7

8 iscriminação de reços A prática de cobrar a consumidores diferentes preços diferentes pelo mesmo produto designa-se de discriminação de preços. Exemplos: vales de desconto, cartões de pontos nas gasolineiras, cartão família no hipermercado, promoções no take-away, saldos, descontos de uantidade, cabazes, cartão jovem. As condições necessárias para ue a discriminação de preços seja proveitosa para o monopolista são: a empresa tem ue ser price-maker; a empresa tem ue ser capaz de identificar os diferentes consumidores; os mercados devem ser separados, isto é, os consumidores não podem ter a possibilidade de arbitrar (os consumidores aos uais o produto é vendido a um preço mais baixo não podem ter a possibilidade de vender aos outros) e os consumidores devem ser incapazes de se deslocarem para o mercado em ue o preço é mais baixo. Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab. 64 iscriminação de reços (i) iscriminação de preços de º grau (ou perfeita) onsiste na prática de vender cada unidade do produto ao preço máximo ue o consumidor está disposto a pagar por essa unidade. Nestas circunstâncias, a curva da procura coincide com a curva da receita marginal e o monopolista apropria-se de todo o excedente do consumidor. Assim, com este tipo de discriminação é transaccionada a mesma uantidade ue em concorrência perfeita (correspondente a ), mas o excedente do consumidor passa a ser zero. No limite, considerando uantidades infinitesimais, o excedente do consumidor reverte totalmente a favor do produtor. Monopólio sem discriminação Monopólio com discriminação de º grau * consumidor produtor consumidor produtor * Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab. 64 8

9 iscriminação de reços (ii) iscriminação de preços de º grau onsiste em vender cada conjunto ou lote de unidades a um preço específico, sendo ue o preço ue o monopolista vai cobrar depende do nº de unidades aduiridas. Sem discriminação, o monopolista cobra o mesmo preço por todas as unidades transaccionadas no mercado. om discriminação de º grau, o monopolista vende unidades ao preço e unidades ao preço ( * ). O excedente do consumidor é reduzido em A, ue reverte a favor do monopolista. Exemplo: No mercado do consumo de electricidade, o monopolista tem uma tabela de preços, especificando um preço diferente para cada escalão de consumo de electricidade. O preço será mais baixo para os escalões de consumo mais elevados. Monopólio sem discriminação Monopólio com discriminação de º grau consumidor consumidor * produtor A produtor * Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab. 64 iscriminação de reços (iii) iscriminação de preços de 3º grau A empresa observa determinadas características dos consumidores ue funcionam como um indicador da disponibilidade para pagar. onsegue identificar diferentes grupos de consumidores, com elasticidades preço da procura diferentes e cobrar-lhes preços diferentes. O monopolista vai cobrar preços diferentes em mercados diferentes. Exemplos: Mercado externo e mercado interno (dumping); bilhetes de teatro mais baratos para jovens e idosos. ondições para a discriminação de preços de 3º grau: mercados separados; elasticidade preço da procura diferente em cada mercado. Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab. 64 9

10 iscriminação de reços de 3º Grau Microeconomia II Nuno Moutinho Gab. 64 onsidere-se um monopolista ue vende o seu produto em mercados diferentes: Mercado : ( ), reços de mercado nos mercados e Mercado : ( ), uantidades vendidas nos mercados e uantidade total produzida pelo monopolista () ( ) usto total de produção roblema do monopolista: [ ], Max ondição de primeira ordem: π π Logo, o lucro do monopolista é máximo uando e são tais ue, caso contrário seria possível aumentar o lucro com a transferência de alguma uantidade de um mercado para outro iscriminação de reços de 3º Grau Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab. 64 π π ( ) ( ) Epd Epd Epd Epd Logo, o lucro do monopolista é máximo uando e são tais ue, se Epd forem iguais nos dois mercados, então os preços também são. Se Epd < Epd, então > Se Epd > Epd, então < Significa então ue em euilíbrio, o monopolista cobra um preço mais elevado no mercado em ue a elasticidade é mais baixa, dado ue a uantidade procurada é pouco sensível a variações do preço.

11 $ iscriminação de reços de 3º Grau $ 4 8 $ p a 6 45 p b 6 agregada a b 5 a 75 3 Resolução gráfica: a função receita marginal agregada soma uantidades para a mesma receita marginal dos mercados. A intersecção com o custo marginal indica a uantidade global a produzir pela empresa. ara se encontrar o preço a praticar em cada mercado (e a uantidade a vender em cada um deles), basta considerar ue as receitas marginais têm de ser iguais. esde ue o acréscimo de custo decorrente da discriminação (incluindo publicidade, inspecção, etc) seja inferior à receita marginal, a discriminação é vantajosa para a empresa. À primeira vista poderia parecer ue o consumidor é o perdedor (pode significar a apropriação de parte do excedente do consumidor pela empresa), mas os consumidores do mercado ue pagam um preço inferior ao ue vigoraria sem discriminação são beneficiados. Mesmo os mercados ue pagam mais podem beneficiar, caso o custo unitário de produção diminua (economias de escala). Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab b ecisão da omissão de 3 de Maio de A omissão Europeia decidiu infligir uma multa de 3,96 milhões de euros à Volkswagen AG, por ter dado instrução aos concessionários Volkswagen alemães, em 996 e 997, para respeitarem uma "disciplina de preços" e não venderem o novo VW assat a preços claramente inferiores ao preço de retalho recomendado. As medidas de limitação de descontos têm por objectivo fixar os preços de retalho e devem considerar-se como uma restrição caracterizada da concorrência. Tais medidas são contrárias ao n.º, alínea a), do artigo 8.º do Tratado E, ue proíbe as medidas de fixação de preços, e incompatíveis com o regulamento sobre as isenções por categoria aplicável à distribuição dos veículos automóveis. A omissão considera as medidas impostas pela Volkswagen como uma infracção grave às regras de concorrência comunitárias. É também de salientar ue comparações de preços nos últimos anos mostraram ue, na Alemanha, os preços dos carros novos antes de impostos para os modelos da marca Volkswagen são substancialmente mais elevados uando comparados com os dos outros estados membros (ver ommission ress Release I//7 de 9 de Fevereiro de ) ommission ress Release I//76 de 3/5/ Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab. 64

12 Regulação de Monopólio A regulação económica é o processo pelo ual o governo intervém no mercado com o objectivo de aumentar o bem estar (o ue geralmente é conseguido com a redução do preço e aumento da uantidade transaccionada). Na definição da política de regulação, é necessário assegurar ue a empresa regulada seja capaz de usufruir de um lucro não negativo. aso contrário, sairá do mercado. A regulação económica geralmente incide sobre: preços; entrada de empresas no mercado (ex: farmácias); ualidade dos bens. Alguns dos instrumentos de regulação mais utilizados são: a definição de preços máximos nos casos de regulação de monopólio não natural (price caps); a fixação do preço no valor do custo médio de produção (cost-of-service) ou usando a regra de Ramsey (preçocusto marginal, se a empresa auferir pelo menos o lucro normal; caso contrário, preçocusto médio). Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab. 64 reço máximo em monopólios não naturais A imposição de um preço máximo impede ue o produto seja transaccionado acima desse preço. A política de preço máximo só é eficaz se este preço ( m ) se situar abaixo do preço de euilíbrio e ao nível ao acima do custo médio, de modo a ue o monopolista aufira pelo menos o lucro normal (caso contrário sairá do mercado). Min TM ( ) < m < E E m TM Até à uantidade m, o preço de transacção é constante e igual ao preço máximo ue, por isso, corresponderá à receita marginal do monopolista. A partir dessa uantidade, as funções procura e receita marginal serão as anteriores. A estrutura de custos não se altera. O monopolista escolherá então o ponto ue maximiza o lucro nas novas condições: >, antes do ponto de euilíbrio E m O preço máximo ue garante a maximização do bem-estar social é auele ue permite obter a solução de concorrência perfeita (p). Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab. 64

13 reços Ramsey a Monopólio natural sem regulação a a md uando os custos unitários de produção são decrescentes até volumes de produção elevados face à dimensão da procura, a existência de uma única empresa pode ser a única solução para as empresas não terem prejuízos. ontudo, se não existir ualuer intervenção exterior, o monopolista pode definir um preço relativamente elevado, afectando o bem-estar social. a Monopólio natural com regulação a b c b c a b c md O preço mais eficiente (first best) é p, uma vez ue o bem-estar social é máximo. Mas neste caso, o monopolista tem prejuízos (área a sombreado) om regulação do tipo md obtém-se uma maior uantidade transaccionada a um preço mais baixo do ue sem regulação e o monopolista aufere o lucro normal. Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab. 64 reços Ramsey Os preços Ramsey são os ue permitem maximizar o bem-estar social com a restrição da empresa ter lucro normal. (daí ser considerada uma solução secondbest). A redução de eficiência do preço Ramsey face à solução de first best de concorrência perfeita depende: da diferença entre o custo marginal e o custo médio se o custo marginal for muito inferior ao custo médio, a ineficiência associada ao preço Ramsey é elevada; da elasticidade preço da procura uanto mais elástica a procura, maior é a distorção em termos da uantidade induzida pelo preço Ramsey reço Ramsey com procura elástica reço Ramsey com procura inelástica R md R md R R Microeconomia II Nuno Moutinho moutinho@fep.up.pt Gab. 64 3

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