ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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1 CAPÍTULO III ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA QUESTÕES 1. ASPECTOS GERAIS SOBRE ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 1. (CESPE Unificado Set/09) No que concerne à administração pública, assinale a opção correta. a) As empresas públicas, cujos funcionários são regidos pelo regime dos servidores públicos da União, são criadas por meio de decreto do presidente da República. b) Os órgãos públicos não são dotados de personalidade jurídica própria. c) A Caixa Econômica Federal é pessoa jurídica de direito público interno. d) O Banco do Brasil S.A., na qualidade de sociedade de economia mista controlada pela União, goza de privilégios fiscais não extensivos ao setor privado. 2. (CESPE Unificado Mai/09) Julgue os itens subsequentes, relativos à organização e estruturação da administração pública. I. Uma lei que reestruture a carreira de determinada categoria de servidores públicos pode também dispor acerca da criação de uma autarquia. II. O controle das entidades que compõem a administração indireta da União é feito pela sistemática da supervisão ministerial. III. As autarquias podem ter personalidade jurídica de direito privado. IV. As autarquias têm prerrogativas típicas das pessoas jurídicas de direito público, entre as quais se inclui a de serem seus débitos apurados judicialmente executados pelo sistema de precatórios. Estão certos apenas os itens a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) III e IV. 3. (CESPE Unificado Set/08) Assinale a opção correta a respeito da organização da administração pública federal. a) Os órgãos que compõem a estrutura da Presidência da República, apesar de serem dotados de personalidade jurídica, estão submetidos à supervisão direta do ministro chefe da Casa Civil. b) Todas as entidades que compõem a administração pública indireta dispõem de personalidade jurídica de direito público, vinculando-se ao ministério em cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade. 56

2 ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA c) As autarquias destinam-se à execução de atividades típicas da administração pública que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. d) As sociedades de economia mista têm patrimônio próprio e capital exclusivo da União, destinando-se à exploração de atividade econômica que o governo seja levado a exercer por força de contingência ou conveniência administrativa. 4. (CESPE Unificado Set/08) (...) compartimento na estrutura estatal a que são cometidas funções determinadas, sendo integrado por agentes que, quando as executam, manifestam a própria vontade do Estado. José dos Santos Carvalho Filho. Manual de Direito Administrativo. 19.ª ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008, p. 13. O trecho acima se refere ao conceito de a) agente público. b) função pública. c) órgão público. d) pessoa de direito público. 5. (CESPE Unificado Abr/07) Em relação à organização da administração pública, assinale a opção correta. a) Os dirigentes das empresas estatais que não são empregados dessas empresas não são considerados celetistas. b) A Receita Federal (fazenda pública) tem natureza jurídica autárquica. c) Com o fim do regime jurídico único, os funcionários públicos das empresas estatais, quando prestadoras de serviço público, podem, atualmente, ser estatutários. d) As autarquias, fundações e empresas estatais, de acordo com o princípio da legalidade, devem ser criadas por meio de lei. 6. (CESPE Pato Branco Fev/08) A respeito da atuação do Estado no domínio econômico, assinale a opção correta. a) O texto constitucional, haja vista exigências de interesse público, admite a existência de monopólio estatal, assim como de monopólio privado, para o desempenho exclusivo de certas atividades do domínio econômico. b) A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios podem exercer o tabelamento de preços quando a iniciativa privada se revela sem condições de mantê-los nas regulares condições de mercado. c) A CF veda expressamente a exploração direta de atividades econômicas pelo poder público; assim, o Estado só intervém no domínio econômico de forma indireta, por meio das entidades paraestatais. d) As empresas públicas que explorem atividade econômica possuem personalidade de direito privado e, ainda que sofram o influxo de algumas regras de direito público, sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas. 57

3 7. (CESPE Unificado Ago/06) A norma jurídica necessária à criação de uma autarquia ou à autorização da instituição de uma empresa pública foi definida pela Constituição Federal como a) lei, no caso de criação de autarquia, e decreto, no caso de instituição de empresa pública. b) lei específica, tanto para a criação de autarquia, como para a instituição de empresa pública. c) decreto, quando se tratar de criação de autarquia, e lei, para a instituição de empresa pública. d) decreto específico, tanto para a criação de autarquia, quanto para a instituição de empresa pública. 8. (CESPE Unificado Dez/06) Acerca da organização administrativa, assinale a opção correta. a) A distribuição de competências entre órgãos de uma mesma pessoa jurídica de direito público denomina-se descentralização. b) Denomina-se, doutrinariamente, autarquia a pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com capacidade de auto-administração para o desempenho de serviço público descentralizado, mediante controle administrativo exercido nos limites da lei. c) As organizações sociais integram a administração indireta. d) Os consórcios públicos, com personalidade jurídica de direito público, não integram a administração indireta dos entes federados consorciados. 2. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA 9. (CESPE Unificado Mai/08) No que diz respeito à administração indireta, assinale a opção incorreta. a) Todas as entidades da administração indireta federal, sejam elas de direito público ou de direito privado, estão sujeitas ao controle externo realizado pelo Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de Contas da União. b) As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos sujeitam-se à responsabilidade civil objetiva. c) As entidades da administração indireta, incluindo-se as regidas por normas de direito privado, têm legitimação ativa para propor ação civil pública. d) As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos atuam com autonomia de vontade, sujeitando-se apenas a normas de direito privado. 10. (CESPE Pato Branco Fev/08) Assinale a opção incorreta no que diz respeito à administração indireta. a) Antes mesmo de ser consagrada na CF, a exigência de criação de autarquias por lei já estava disposta no Decreto-lei n.º 200/1967. b) As empresas públicas e as sociedades de economia mista devem ser estruturadas sob a forma de sociedades anônimas. c) A acumulação remunerada de cargos públicos estende-se a funções e empregos públicos e abrange empresas públicas e sociedade de economia mista. d) A criação de subsidiárias de sociedades de economia mista depende de autorização legislativa. 58

4 ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 3. CONSELHOS DE FISCALIZAÇÃO 11. (CESPE RJ Abr/07) Segundo o STF, a OAB a) é uma autarquia e está sujeita ao princípio do concurso público. b) exerce função pública, mas não é uma pessoa jurídica pertencente à administração pública. c) é uma entidade privada e por isso não exerce poder de polícia. d) é uma autarquia e está sujeita à supervisão ministerial. 4. FUNDAÇÕES 12. (CESPE Unificado Set/09) Assinale a opção correta acerca das fundações. a) Tanto as fundações públicas quanto as autarquias desempenham atividades de interesse coletivo que exigem a atuação de uma entidade estatal, por intermédio da aplicação de prerrogativas próprias do direito público. b) É possível o recebimento, pelas fundações privadas, de incentivos e subsídios oriundos dos cofres públicos, circunstância que implicará a incidência de instrumentos de controle de sua atividade. c) Fundação pública é pessoa jurídica instituída por lei para o desempenho de atividade de natureza econômica, de interesse coletivo, mantida com recursos públicos. d) A fundação pública decorre da conjugação de esforços entre diversos sujeitos de direito, o que lhe confere a natureza associativa. 5. AGÊNCIAS REGULADORAS 13. (CESPE Unificado Set/09) As agências reguladoras, na qualidade de autarquias, a) não dispõem de função normativa. b) podem ser criadas por decreto. c) estão sujeitas à tutela ou controle administrativo exercido pelo ministério a que se achem vinculadas, nos limites estabelecidos em lei. d) podem ter suas decisões alteradas ou revistas por autoridades da administração a que se subordinem. 14. (CESPE RJ Ago/07) Das decisões finais das agências reguladoras a) cabe sempre recurso hierárquico impróprio para os ministérios. b) não cabe impugnação perante o Poder Judiciário. c) pode caber recurso hierárquico impróprio, caso previsto na lei ou na Constituição. d) cabe sempre revisão de ofício pelo presidente da república. 15. (CESPE ES Ago/04) A respeito do direito administrativo, assinale a opção correta. a) Como ramo autônomo da ciência do direito, o direito administrativo é o conjunto de normas que rege a atividade administrativa do Poder Executivo. b) A profusa criação de agências reguladoras ocorrida na segunda metade da década passada constitui um processo de descentralização administrativa, e não de mera desconcentração. c) Contratos administrativos são aqueles em que ao menos uma das partes é um ente federativo ou uma entidade da administração indireta. d) O escoamento in albis do prazo para a interposição de recurso administrativo contra um ato vinculado faz precluir o direito da administração de rever, de ofício, esse ato. 59

5 6. EMPRESAS PARAESTATAIS E TERCEIRO SETOR 16. (CESPE Unificado Abr/07) Acerca das entidades paraestatais e do terceiro setor, assinale a opção correta. a) As entidades do denominado sistema S (SESI, SESC, SENAI, SENAC) não se submetem à regra da licitação nem a controle pelo TCU. b) As entidades paraestatais estão incluídas no denominado terceiro setor. c) As organizações sociais são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por iniciativa de particulares, para desempenhar atividade típica de Estado. d) As organizações da sociedade civil de interesse público celebram contrato de gestão, ao passo que as organizações sociais celebram termo de parceria. GABARITO COMENTADO Gabarito Comentário sobre a Alternativa Correta Comentário Extra sobre a Questão 1 B 2 C Os órgãos não têm personalidade jurídica (ex.: a União detém personalidade jurídica, mas os ministérios, que são órgãos, têm sua atuação imputada à União), mas têm prerrogativas que admitem defesa em juízo de suas prerrogativas funcionais (ex.: impetrar mandado de segurança). No entanto, tal capacidade processual só possuem os órgãos independentes e os autônomos. A criação de uma autarquia deve se dar por lei específica, de acordo com o art. 37, XIX, CF. O controle externo das entidades da Administração Pública Indireta é realizado pela entidade da Administração direta que as criou. Há mera vinculação à entidade criadora, ou seja, mero poder de correção finalística. (Continua) Assim como todo ato de agente público é imputado ao órgão ao qual pertence (trata-se da chamada teoria do órgão ), todo ato de um órgão é imputado diretamente à pessoa jurídica da qual é integrante. Deve-se ressaltar, todavia, que a representação legal da entidade é atribuição de determinados agentes, como o Chefe do Poder Executivo e os Procuradores. Empresas públicas são autorizadas por lei específica de acordo com o art. 37, XIX, CF. A Caixa Econômica Federal é empresa pública e, portanto, pessoa jurídica de direito privado. O Banco do Brasil também está submetido ao regime de direito privado aplicável às demais empresas, não gozando de privilégio fiscal. As autarquias são criadas para exercer típica atividade administrativa, pelo que assumem personalidade jurídica de direito público. A organização da Presidência da República é disciplinada pela Lei /03. Os órgãos que compõem a Presidência da República não possuem personalidade jurídica. (Continua) 60

6 ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Gabarito Comentário sobre a Alternativa Correta Comentário Extra sobre a Questão 2 C 3 C 4 C 5 A 6 D (Continuação) Autarquia é pessoa jurídica de direito público (Decreto-lei 200/67, art. 5.º: I). Além do pagamento de suas dívidas judiciais por meio de precatórios, podemos elencar as seguintes prerrogativas processuais das autarquias: prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer; prescrição qüinqüenal de suas dívidas passivas; execução fiscal de seus créditos inscritos; reexame necessário (duplo grau de jurisdição obrigatório) em determinados casos. Órgãos públicos: são centros de competência integrantes das pessoas estatais instituídos para o desempenho das funções públicas por meio de agentes públicos. Os órgãos resultam da desconcentração, e podemos dizer que são partes do corpo pessoa jurídica. Para Hely Lopes Meirelles, os órgãos públicos são centros especializados de competências. Em geral a direção das empresas estatais é formada por cargos em comissão ou funções de confiança, que possuem um regime jurídico administrativo próprio distinto da CLT. De acordo com o art. 173, 1.º, inciso II, da CF, as empresas estatais, quando prestadoras de serviços públicos, estarão sujeitas ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários. (Continuação) A Administração Pública Indireta é o conjunto de pessoas administrativas (têm personalidade jurídica própria) vinculadas à Administração direta que irão desempenhar as atividades administrativas de forma descentralizada. Algumas das pessoas integrantes da administração pública indireta assumem personalidade jurídica de direito privado, como ocorre com as empresas estatais. Decreto-lei 200/67, art. 5.º, inciso III: Sociedade de Economia Mista a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam, em sua maioria, à União ou a entidade da Administração Indireta. Vale lembrar que a Lei 9.784/1999, em seu art. 1.º, 2.º, I também traz uma definição de órgão, dizendo ser órgão a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta, o que nos leva a concluir que se admite a existência de órgãos não só nos entes políticos, mas também na administração indireta. A Receita Federal do Brasil é um órgão específico singular vinculado ao Ministério da Fazenda. O monopólio de atividade econômica é excepcional e só pode ser exercido pelo Estado. Não há previsão constitucional de monopólio de atividade privada. A CF admite o monopólio da União das atividades mencionadas no art

7 Gabarito Comentário sobre a Alternativa Correta Comentário Extra sobre a Questão CF, art. 37, inciso XIX: somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada 7 B a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste úl- timo caso, definir as áreas de sua atuação. 8 B Vide Comentários às questões 2 e 3. A alternativa a traz a conceituação de desconcentração. As organizações sociais integram o chamado terceiro setor, não fazendo parte da administração pública indireta. Lei /05, art. 6.º, 1.º: O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados. 9 D 10 B Quando são criadas pessoas privadas pelo Estado, busca-se uma maior agilidade e liberdade de ação. Porém, como há interesses públicos, essas pessoas nunca serão regidas totalmente pelo direito privado. Diz-se que a elas se aplica o direito privado derrogado (revogado parcialmente) pelo direito público. De acordo com o art. 5.º, incisos III e IV, Decreto-lei 200/67: Sociedades de Economia Mista: somente podem ser constituídas na forma de Sociedades anônimas. Empresas Públicas: podem ser constituídas por qualquer modalidade societária legalmente admitida (Ltda, S/A, etc.). CF, art. 37, 6.º: As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. De acordo com o art. 5.º, inciso IV, da Lei 7.347/85, possuem legitimidade para propor ação civil pública a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista. Este dispositivo foi inserido pela Lei /07. Decreto-lei 200/67, art. 5.º, I: Autarquia o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. CF, art. 37, XVII: a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. CF, art. 37, XX depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada. 62

8 ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Gabarito Comentário sobre a Alternativa Correta Comentário Extra sobre a Questão 11 B Em se tratando da Ordem dos Advogados do Brasil OAB, o Plenário do STF julgou improcedente a ADIn DF (rel. Min. Eros Grau, j ), requerida pelo Procurador-Geral da República que pretendia obrigar a OAB a contratar seus funcionários por meio de concurso. Os argumentos utilizados foram no sentido da necessidade da autonomia e independência da OAB, permanecendo a entidade desatrelada do poder público e fora do alcance da sua fiscalização, como acontece com a imprensa. Este julgamento passou a considerar a OAB, antes enquadrada como autarquia especial, uma categoria ímpar no elenco das personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro. Transcrevemos abaixo parte da ementa pela sua importância. A OAB não é uma entidade da Administração indireta da União. A Ordem é um serviço público independente, categoria ímpar no elenco das personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro. 4. A OAB não está incluída na categoria na qual se inserem essas que se tem referido como autarquias especiais para pretenderse afirmar equivocada independência das hoje chamadas agências. 5. Por não consubstanciar uma entidade da Administração indireta, a OAB não está sujeita a controle da Administração, nem a qualquer das suas partes está vinculada. Essa não-vinculação é formal e materialmente necessária. 6. A OAB ocupa-se de atividades atinentes aos advogados, que exercem função constitucionalmente privilegiada, na medida em que são indispensáveis à administração da Justiça [art. 133 da CF/1988]. É entidade cuja finalidade é afeita a atribuições, interesses e seleção de advogados. Não há ordem de relação ou dependência entre a OAB e qualquer órgão público. 7. A Ordem dos Advogados do Brasil, cujas características são autonomia e independência, não pode ser tida como congênere dos demais órgãos de fiscalização profissional. A OAB não está voltada exclusivamente a finalidades corporativas. Possui finalidade institucional. 8. Embora decorra de determinação legal, o regime estatutário imposto aos empregados da OAB não é compatível com a entidade, que é autônoma e independente. 9. Improcede o pedido do requerente no sentido de que se dê interpretação conforme o art. 37, II, da Constituição do Brasil ao caput do art. 79 da Lei 8.906, que determina a aplicação do regime trabalhista aos servidores da OAB. (Continua) 63

9 Gabarito Comentário sobre a Alternativa Correta Comentário Extra sobre a Questão 11 B 12 B 13 C 14 C 15 B CF, art. 71, inciso II: O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: (...) II julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; As Agências Reguladoras são consideradas autarquias sob regime especial com a função de regular um setor específico da atividade econômica, com determinada independência relativamente ao Poder Executivo e com imparcialidade em relação às partes interessadas. As agências reguladoras federais estão vinculadas aos respectivos ministérios. Apesar de a matéria ser polêmica, é aplicável às agências reguladoras a supervisão ministerial, pelo que pode ser interposto recurso hierárquico impróprio. A criação das agências reguladoras está relacionada ao fenômeno da descentralização (Continuação) 10. Incabível a exigência de concurso público para admissão dos contratados sob o regimetrabalhista pela OAB. 11. Princípio da moralidade. Ética da legalidade e moralidade. Confinamento do princípio da moralidade ao âmbito da ética da legalidade, que não pode ser ultrapassada, sob pena de dissolução do próprio sistema. Desvio de poder ou de finalidade. 12. Julgo improcedente o pedido. As fundações públicas de direito privado não possuem todas as prerrogativas próprias do regime de direito público, como ocorre com as autarquias. As fundações públicas, independente da personalidade que tenham (pública ou privada), só podem ser criadas para a prestação de serviços públicos, nunca para a exploração de atividade econômica. Apesar de se tratar de mataria divergente, o examinador considerou que as agências reguladoras possuem função normativa. Sendo consideradas autarquias, as agências reguladoras somente podem ser criadas por lei específica. Não há relação de subordinação técnicas para com o Ministério a que se encontram vinculadas. 64

10 ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Gabarito Comentário sobre a Alternativa Correta Comentário Extra sobre a Questão 16 B As entidades que integram o chamado terceiro setor não fazem parte da administração pública direta ou indireta. Os entes paraestatais, entidades de natureza privada e sem fins lucrativos, cooperam com o Estado e deste recebem incentivos, por exercerem atividades de interesse social e coletivo. As entidades integrantes do sistema S estão submetidas à fiscalização do TCU. Embora a doutrina majoritária entenda que estes entes precisam licitar, o Tribunal de Contas da União decidiu que não precisam observar a Lei 8.666/1993, admitindo-se a adoção de regulamento próprio para licitações e contratações administrativas. Organizações Sociais são pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos criadas por particulares, cujas atividades não exclusivas do Estado se dirigem ao interesse público e, em especial, às áreas de saúde, ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, proteção e conservação do meio ambiente, cultura, saúde, qualificadas como tal por contrato de gestão com a Administração Pública. Na alternativa d o examinador inverteu os instrumentos que vinculam as OS e OSCIP à Administração Pública. RAIO-X O tema Organização da Administração Pública responde por aproximadamente 12,7 % das questões de Direito Administrativo. A maioria das questões é baseada em: doutrina legislação jurisprudência + DICAS DE ESTUDO Nesta matéria o CESPE exigiu do candidato alguns posicionamentos jurisprudenciais. Assim, chamamos a atenção para a necessidade de um maior aprofundamento quanto aos principais posicionamentos quanto aos conselhos de classe, principalmente da OAB, e do regime jurídico das empresas públicas que exerçam atividade em regime de monopólio, como os Correios. Sugerimos leitura atenta dos conceitos trazidos pelo Decreto-lei 200/67, vez que muitos deles foram exigidos nas alternativas das questões. O candidato deve fixar bem os conceitos de concentração/desconcentração e centralização/descentralização, já que são essenciais para a compreensão da matéria. 65

11 É bom relembrar a existência das chamadas autarquias territoriais, que são os territórios federais, atualmente inexistentes no Brasil, mas que podem vir a ser criados (art. 33, CF). O STF refere-se às fundações públicas de direito público como autarquias fundacionais. As duas únicas Agências que têm previsão constitucional são a ANP (art. 177, 2.º, III, da CF/1988) e a ANATEL (art. 21, XI, da CF/1988). CUIDADO COM AS PEGADINHAS! Não confundir as fundações públicas, entidades pertencentes à Administração Indireta, com as fundações privadas. As privadas são criadas por ato de vontade de um particular, a partir de um patrimônio privado, enquanto as públicas são criadas por ato do Poder Executivo após autorização em lei específica, a partir de patrimônio público. As entidades estatais que explorem atividade econômica não podem usufruir de nenhum benefício não oferecido às demais pessoas jurídicas de direito privado que atuem no mesmo ramo de atividade econômica. Instituições integrantes do Terceiro Setor são constantemente referidas em questões sobre administração pública indireta. Os conselhos profissionais exercem, por delegação, a fiscalização no âmbito de determinada categoria, pelo que se reconhece o exercício do poder de polícia. As anuidades desses Conselhos, com exceção da OAB Ordem dos Advogados do Brasil, têm natureza tributária (contribuição social), e somente poderão ser fixadas por meio de lei federal. Estas entidades de classe, também com exceção da OAB, devem prestar contas ao TCU em razão da natureza dos recursos que arrecadam. Após longa discussão, restou pacificada pela ADIn DF que os conselhos profissionais são autarquias federais. STJ, CC 6378-SP: (...) Prevalece, pois, a orientação contida na Súmula 66/STJ, considerando que a relação jurídica ensejadora do título executivo extrajudicial é de direito público, eis que agem os referidos Conselhos por delegação da Administração Pública Federal (art. 21, XXIV, c/c art. 22, XVI, ambos da CF/88), à luz do princípio da descentralização do Serviço Público. Observe-se que o munus atribuído aos Conselhos de Fiscalização decorre do exercício delegado do poder de polícia, visando a concessão de autorização para o exercício de determinada profissão, tratando-se, em verdade, de relação profissional e não de relação de emprego. Atenção para o posicionamento do STF, quanto aos Correios: À empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, pessoa jurídica equiparada à Fazenda Pública, 66

12 ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA é aplicável o privilégio da impenhorabilidade de seus bens, rendas e serviços. Recepção do art. 12 do Dec.-lei 509/1969 e não-incidência da restrição contida no art. 173, 1.º, da Constituição Federal, que submete a empresa pública, a sociedade de economia mista e outras entidades que explorem atividade econômica ao regime próprio das empresas privadas, inclusive quanto às obrigações trabalhistas e tributárias. Empresa pública que não exerce atividade econômica e presta serviço público da competência da União Federal e por ela mantido. Execução. Observância ao regime de precatório, sob pena de vulneração do disposto no art. 100 da Constituição Federal (RE ED, rel. Min. Maurício Corrêa, DJ ). O STF também entendeu ser aplicável à empresa Brasileira de Correios e Telégrafos o princípio da imunidade recíproca, previsto no art. 150, VI, a, da CF (ACO 765 AgR/RJ, rel. orig. Min. Marco Aurélio, rel. p/ o acórdão Min. Joaquim Barbosa, ). O capital da empresa pública federal não precisa ser 100% pertencente à União. ATENÇÃO ÀS SEGUINTES SÚMULAS E LEGISLAÇÃO CF, art. 37, XVI, XVII, XIX, 6.º, 8.º e 9.º; art. 61, 1.º, II, e; art. 71, II; art. 109, I e VIII; art. 150, 2.º; art Decreto-lei 200/67, arts. 4.º a 14. Lei 9.784/1999, art. 1.º, 2.º. Lei /2005, art. 6.º, 1.º. STF, Súmula 8: Diretor de sociedade de economia mista pode ser destituído no curso do mandato. STF, Súmula 517: As sociedades de economia mista só têm foro na Justiça Federal, quando a União intervém como assistente ou opoente. STF, Súmula 556: É competente a Justiça Comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista. STF, Súmula 620: A sentença proferida contra autarquias não está sujeita a reexame necessário, salvo quando sucumbente em execução de dívida ativa. STF, Súmula 644, STF: Ao titular do cargo de procurador de autarquia não se exige a apresentação de instrumento de mandato para representá-la em juízo. TST, Súmula 390: ESTABILIDADE. ART. 41 DA CF/1988. CELETISTA. ADMINISTRA- ÇÃO DIRETA, AUTÁRQUICA OU FUNDACIONAL. APLICABILIDADE. EMPREGADO DE EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. INAPLICÁVEL (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 229 e 265 da SBDI-1 e da Orientação Jurisprudencial nº 22 da SB-DI-2) Res. 129/2005, DJ 20, 22 e : I O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou fundacional é 67

13 beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. (ex-ojs nºs 265 da SBDI-1 inserida em e 22 da SBDI-2 inserida em ); II Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante aprovação em concurso público, não é garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. (ex-oj nº 229 da SBDI-1 inserida em ). OBRAS RECOMENDADAS PARA APROFUNDAMENTO ANDRADE, Flávia Cristina Moura de. Direito Administrativo. Série Elementos de Direito. São Paulo: RT, CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 22. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 19. ed. São Paulo: Atlas, 2006 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 35. ed. São Paulo: Malheiros, MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 26. ed. São Paulo: Malheiros,

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